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BREVE E SUFICIENTE SÍNTESE SOBRE CITAÇÃO, INTIMAÇÃO E SENTENÇA NO PROCESSO PENAL.

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Rafael De Queiroz Torres
r.qtorres@hotmail.com
Assuntos sintetizados em pequenas Apostilas. 
ATOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL PENAL:
Citação: é o chamamento do réu para se defender em juízo, pessoalmente e mediante advogado, cientificando-o da imputação que lhe é feita. 
Três tipos de citação:
Pessoal (real): é a regra geral, o oficial de justiça entregará ao réu a ação penal pública e colher a sua assinatura naquele mandado de citação. No caso do réu estiver em outra comarca, sendo, que em regra será julgado no lugar do resultado, ele será citado por carta precatória. Sendo assim, o juiz deprecante (da comarca onde ocorreu o crime e de onde o processo está tramitando) encaminhará a citação para o juiz deprecado (comarca onde o réu está) e lá será feita a citação. 
1.1.1.1 Prazo: O prazo é de 10 dias para se defender, que é contado a partir do ato citatório. Isso vale também para a carta precatória. E não da juntada aos autos do mandado de citação. 
Por edital (ficta): Se o réu está em lugar incerto e não sabido será citado por edital. Não respondendo ao chamado a conseqüência é a suspensão do processo e da prescrição (art. 366 CPP). Segundo, o entendimento majoritário, e a sumula do STJ, a suspensão do prazo prescricional durará o mesmo tempo que o crime tem para prescrever. 
Com hora certa (real): Será adotado o mesmo procedimento do CPC. O réu será procurado por três vezes pelo oficial de justiça, verificando que ele está se ocultando, 	o oficial irá marcar dia e hora para fazer a citação, chegando neste dia e hora, e o réu se ocultar, o oficial irá citar algum parente ou vizinho. E o réu sendo citado por hora certa e não responde ao chamado (não comparece em juízo) ocorrerá a Revelia. 
Réu em outro país será citado por carta rogatória. Segundo o CPP, se ele é citado por rogatória, ficará suspenso o prazo prescricional até o cumprimento da rogatória (até que essa carta volte para o Brasil fica suspensa a prescrição). 
Militar, é citado na pessoa do seu superior. 
O funcionário público será compelido para presenciar em juízo por notificação assim como o seu superior. 
Réu, não comparecendo ao juízo, quando citado pessoalmente, ocorrerá a Revelia. O processo continuará sem a sua presença, tendo que o juiz nomear um defensor. 
Intimação: ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do processo, para que se faça ou deixe de fazer alguma coisa. Tem duplos sentidos, de dar ciência e convocar. Intimação, simplesmente, é a ciência dada à parte de um ato já realizado (ato passado).
Conforme o art. 370 do Código de Processo Penal, nas intimações dos acusados, testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, serão observadas as regras previstas para as citações. A intimação também pode ser feita pelo escrivão – o que não é permitido nas citações – por despacho em petição que servirá de mandado, por termos nos autos, pela publicação no órgão oficial e pelo correio.
Quanto ao advogado constituído, ao advogado do querelante e do assistente prevê a lei, na nova redação dada ao artigo 379, em seu § 1º., que devem ser eles intimados para os atos do processo pela imprensa, especificamente pelo órgão incumbido da publicação dos atos judiciais da comarca. A omissão ou erro que não permita identificá-lo claramente é causa de nulidade.
Na ausência de órgão incumbido de publicações judiciais a intimação desses procuradores será efetuada na forma dos §§2 e 3 do art. 379. Podem ser eles intimados diretamente pelo escrivão. Como se trata, no caso de intimação pessoal, pode também o escrivão intimar o acusado, o MP, o defensor público ou equivalente, as testemunhas, os peritos etc.
A intimação também pode ser feita por mandado e por via postal com comprovante do recebimento (carta ou telegrama). Assim, o defensor constituído, o advogado do querelante e do assistente podem ser cientificados por carta que deve ser entregue pessoalmente, colhendo o entregados dos Correios a assinatura do destinatário. Prevê ainda a lei que a intimação se faça por qualquer outro meio idôneo. É possível, pois, seja a cientificação realizada por telegrama, telex, fax etc, meios não aceitos pela jurisprudência quanto à legislação anterior.
A intimação do MP e do defensor nomeado será pessoal.
Pode a notificação ou intimação ser feita também no próprio requerimento em que foi pedida. Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, observando o art. 357 (art. 371).
Notificação é a comunicação à parte ou outra pessoa, do lugar, dia e hora de um ato processual a que deve comparecer. (arts. 366,370 e 570).
Distinção entre Intimação x Notificação = A primeira é o ato de dar ciência à um ato já praticado. A segunda é o ato de dar ciência a um ato que ainda deva ser realizado. 
Sentença: 
 Art. 93, IX, CF = Todas as decisões devem ser fundamentadas. Principio da fundamentação das decisões. A motivação tem finalidade endo e extra processual (Antonio Magalhães Filho). 
A Sentença se divide em três partes:
Relatório: o Juiz vai descrever tudo o que aconteceu durante o processo.
** No juizado Especial Criminal a sentença não precisa de relatório!! Mas ele pode fazer se quiser. Porém, é dispensável. 
Fundamentação: O juiz fará sua escolha e deverá descrever o PORQUÊ dela. O Juiz deve valorar toda prova produzida. 
Dispositivo: é a parte em que o juiz, coerente com a fundamentação, aplica a lei ao caso concreto e condena ou absolve o acusado, apontando os dispositivos legais que incidem na hipótese.
Principio da correlação entre a acusação e sentença = “O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denuncia ou queixa, poderá atribui-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave (art. 383 CPP)” = emendatio libelli = exemplo, na acusação ao réu lhe é imputado o crime de furto, porém, o Juiz poderá na sentença, apontar como crime de Roubo. O fato está descrito e por conta disso a acusação atribui um crime, podendo o Juiz divergir sem ouvir ninguém. Vale dizer que o instituto do emendatio existe no 1o e 2o grau. Emendatio Libelli = é a correção da classificação do delito sobre o mesmo fato constante da denuncia ou queixa.
Mutatio Libelli/ Mudança na imputação = Se no ocorrer da instrução, surgir fato não contido e nem explicitamente na denuncia ou queixa, o juiz não pode, por ocasião da sentença, admiti-lo como existente alterando o que foi inicialmente proposto, sem que se dê oportunidade de defesa. Isso porque o acusado defende-se dos fatos imputados e deve ter a possibilidade de contrariá-los. Só há no 1o grau. O juiz percebendo caso não descrito na denuncia pedirá ao promotor, para fins de sentença, que a denuncia seja aditada/emendada/mudada, se o promotor se manifestar admitindo a mudança da denuncia, deve-se ouvir também a defesa quanto ao caso, do qual se marca uma nova audiência. E de posse desse novo material, o Juiz lhe dará a sentença. Porém, se o promotor se negar a aditar a denuncia, o juiz mandara para o procurador geral para que haja ou aditamento ou não. Não admitindo, o procurador geral, que seja aditada a denuncia, resta ao juiz absolver. 
Na sentença o Juiz tem que motivar se o sujeito vai continuar solto ou se ele vai ser preso, com base no critério do art. 312 CPP, a saber, prisão preventiva (deve preencher os requisitos da PP = Garantia da OP, Garantia da Ordem Econômica, conveniência da instrução criminal ou garantia de aplicação da lei penal). 
O sujeito que responde o processo solto, recorrerá solto. O sujeito que responde preso, recorrerá preso. 
Contra a sentença cabem dois recursos e uma ação. Recursos = Apelação e Embargos de declaração. Ação = Habeas Corpus.
Apelação = tudo aquilo que é objeto da sentença, ainda que possa gerar outro recurso, é objeto de apelação. Tirando embargo de declaração caberá apelação. 
Habeas Corpus = Contra a sentença caberá em duas situações. 1 – O Juiz decretando a prisão na sentença. 2 – no caso de fato atípico. 
Embargos de Declaração= Cabem quando a sentença é ambígua, obscura, contraditória ou omissa. No JECRIM cabe também no que é relativo a dúvida. No juízo comum os embargos interrompem o prazo para recurso. No JECRIM SUSPENDE o prazo para recurso.

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