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Questões de Prova de Processo Penal

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Questões de Prova de Processo Penal – 4º Ano – Primeiro e Segundo Semestres - Frederico
Ordinariamente, como se prova o crime que deixa vestígios? Aponte o fundamento legal 
R= De acordo com o art. 158 do CPP, quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame do corpo de delito direto ou indireto, não podendo suprí-lo a confissão do acusado.
O que se entende por prova negativa?
R= É ordinariamente chamada de álibi. É a prova de que o réu não estava no local do crime, provando que estava em outro local no momento da infração. É a prova de outro fato. 
Explique o princípio probatório da comunhão da prova.
R= A parte que produz equivocadamente uma prova não pode retirá-la do processo. É um corolário do princípio da autorresponsabilidade das partes. A prova passa a pertencer ao processo. A prova a partir do momento que juntada aos autos pode ser interpretada a favor ou contra qualquer das partes, independente de quem a produziu. 
Que se entende por confissão divisível?
R= É aquela em que o réu pode confessar parte da acusação e não confessar outra, o réu pode se retratar acerca da confissão. 
Como deverá agir o juiz quando a vítima, devidamente intimada deixar de comparecer à audiência? Aponte o fundamento legal.
R= Se a vítima deixar de comparecer sem justo motivo, poderá ser conduzida à presença de autoridade, neste caso é expedido um mandado de condução coercitiva. Art. 201 §1º CPP. 
Antes de proferir a sentença, o juiz deverá demonstrar quais são os fatos incontroversos, sobre os quais não necessitará examinar as provas. É correta essa afirmação? Porque?
R= Não, os fatos que não dependem de prova são os fatos axiomáticos – basta a mera verificação; notórios; inúteis e presunção legal – conclusões decorrentes da própria lei. Todos os demais fatos necessitam de prova, inclusive o fato incontroverso, porque diferentemente do processo civil, o juiz pode questionar o que lhe pareça duvidoso ou suspeito. 
Quanto à obrigatoriedade ou não de produzir-se prova, que se entende por fato notório?
R= Os fatos notórios não necessitam de prova, são aqueles de conhecimento geral que podem ser percebidos por qualquer pessoa. 
Explique o princípio da audiência contraditória.
R= Para toda prova há o direito de ser produzida a contraprova pela parte contrária. Por isso, as partes devem ser notificadas das provas produzidas para que possam produzir sua contraprova. 
Numa ação penal há 3 réus, todos estão presentes na audiência de instrução e julgamento. No momento do interrogatório como deverá agir o juiz?
R= De acordo com o art. 191 CPP os réus devem ser ouvidos separadamente para o caso de uma eventual acareação futura, pois se os réus ouviram um o depoimento do outro a acareação perderá o seu objetivo. 
Quanto à prova testemunhal explique a característica da judicialidade.
R= Só é prova testemunhal aquela que é produzida em juízo, a testemunha utilizada no inquérito policial só é utilizada na sentença condenatória se for corroborada em juízo. 
Na hipótese do crime do art. 129 §1º do CP, como será feita a prova da qualificadora? Aponte o fundamento legal.
R= Na lesão corporal grave, há uma prova específica que consiste no retorno da pessoa para a realização de nova perícia no prazo de 30 dias contados da data do fato, tem a finalidade de elaborar o laudo complementar, sendo positiva a incapacidade, a lesão corporal será qualificada, se negativo, a lesão corporal terá apenas natureza leve. Art. 168 §2º CPP.
Qual o procedimento para que o perito seja ouvido em audiência?
R= É necessário mandar para o perito com antecedência mínima de 10 dias a intimação e as questões que ele deve responder em audiência. (Art 159 §5º inciso I).
Explique o principio probatório da concentração.
R= Esse princípio prevê que toda prova deve estar concentrada na audiência de instrução e julgamento.
A confissão do réu é prova plena de autoria e culpabilidade? É correta essa afirmação? Por quê? Aponte o fundamento legal. 
R= Não, a confissão do réu não é prova plena, ela precisa ser confirmada pelas demais provas de acordo com o art. 198 CPP. 
Que se entende por laudo perinecroscópico? Qual o dispositivo legal que o prevê?
R= É o laudo feito pelo perito que aponta tudo o que está em volta do cadáver e lesões externas se houver. Está previsto no art. 164 CPP. 
Que se entende por exame grafotécnico? Como se procede? Aponte o fundamento legal.
R= É a comparação da letra de alguém com outros escritos que essa pessoa tenha preenchido anteriormente, está previsto no art. 174 CPP. Como ninguém é obrigada a produzir prova contra si mesmo, se o acusado não quiser escrever, o Estado terá que buscar escritos anteriores do acusado. 
Durante o interrogatório o réu confessa em parte a autoria, acrescentando fatos que o favorecem. Tais fatos entram em conflito com as demais provas produzidas. Pergunta-se pode o juiz reconhecer a confissão da autoria e rejeitar os demais fatos alegados pelo réu? Por quê? Aponte o fundamento legal.
R= Sim, devido a possibilidade da confissão divisível, em que o réu confessa uma parte e nega outra, o juiz pode reconhecer a autoria e rejeitar os demais fatos alegados pelo réu, uma vez que prevalecem as demais provas e a confissão não é uma prova devendo ser corroborada com as demais provas produzidas. Art. 200 CPP. 
Que comunicações devem ser feitas á vitima durante a tramitação da ação penal? Aponte o fundamento legal.
R= De acordo com o art. 201 §2º CPP, o ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantem ou modifiquem. 
A quem se destina o conjunto probatório? Qual a sua finalidade?
R= O juiz é o destinatário do conjunto probatório. Ele serve para formar o convencimento do juiz. 
Os fatos confessados pelo réu dependem de prova? Não se presumem verdadeiros. É correta essa afirmação? Por quê?
R= Sim, essa afirmação é correta, os fatos confessados pelo réu dependem de prova, pois se houver confissão do réu e não houver nenhuma prova que confirme o alegado é caso de absolvição. Art. 197 CPP.
Explique o princípio da proporcionalidade dos valores contrastantes e sua possível aplicação no caso concreto. 
R= O princípio da proporcionalidade dos valores contrastantes prevê que nenhuma garantia constitucional possui valor absoluto, significa a admissão de provas ilícitas como meio de prova, sob o fundamento de que nenhuma garantia constitucional tem valor supremo, em caráter excepcional e em casos visivelmente graves. Ou seja, se a única prova para absolver o réu for ilícita ela poderá ser admitida. 
Em que hipótese a polícia está autorizada a revistar pessoalmente todas as pessoas, independente da existência de fundadas suspeitas?
R= Existe uma única hipótese não prevista no CP que autoriza a revista pessoal, está prevista no art. 13 – A, inciso III da lei 10671/2003 – Estatuto do torcedor, em que para adentar em praças esportivas é permitido deixar-se revistar.
Qual o prazo para a execução da prova pericial? Aponte o fundamento legal. 
R= De acordo com o art. 160 parágrafo único, o laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais a requerimento do perito. 
Que se entende por álibi? Como se define processualmente?
R= É a prova de outro fato, demonstrando que o acusado estava em local diferente do que ocorreu o crime, é chamada de prova indireta ou negativa. 
A vítima que não fala a verdade em juízo pode ser penalmente responsabilizada? Aponte o fundamento legal.
R= Não, a vitima não presta compromisso com a verdade, pois não presta depoimento, presta declaração, mas caso seja intimada é obrigada a comparecer. Art. 201 caput. 
Quais os pressupostos da busca pessoal? Aponte o fundamento legal.
R= De acordo com o art. 240 §2º, a busca pessoal será realizada quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou coisas achadas ou obtidas por meios criminosos, instrumentos de falsificação,cartas ao acusado ou qualquer elemento de convicção. 
Como se procede a inquirição de testemunha surda muda? Aponte o fundamento legal. 
R= Quando houver testemunha surda muda, de acordo com o art. 192 inciso III do CPP, as perguntas deverão ser formuladas e respondidas por escrito. 
Quem está proibido de testemunhar? Aponte o fundamento legal. 
R= As pessoas que em razão de função, ministério, oficio ou profissão devem guardar segredo, salvo se desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar seu testemunho. Art. 207 CPP. São proibidos de testemunhar os doentes mentais e os menores de 14 anos (art. 208 CPP). Todas as pessoas previstas no art. 206 estão proibidas de testemunhar mas se quiser podem falar na condição de declarante.
 
O pai do réu é arrolado como testemunha. Antes de começar a falar, esclarece ao magistrado sua condição. Como deve agir o juiz?
R= O juiz deve perguntar se ele quer falar, se quiser será ouvido na condição de declarante ou poderá recusar sem problemas. Todas as pessoas elencadas no art. 206 podem escolher se querem falar ou não. 
Como, quando e onde os assistentes técnicos poderão executar o seu trabalho? Aponte o fundamento legal.
R= De acordo com o art. 159 §4º, o assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas dessa decisão. 
Explique o principio probatório da publicidade.
R= Toda a produção de prova é pública, salvo aquela que a lei ou decisão do juiz impõe segredo de justiça, por exemplo os crimes sexuais. 
Considere a seguinte hipótese: alguém é acusado da pratica do crime de furto ocorrido num supermercado, de onde foram subtraídos gêneros alimentícios. A defesa negou a autoria e subsidiariamente alegou estado de necessidade, afirmando que o réu acha-se desempregado e sem condições de sobreviver. O MP não conseguiu fazer a prova que lhe competia nem a defesa obteve êxito em provar a excludente de ilicitude. Como deverá agir o juiz? Por quê? Aponte o fundamento legal. 
R= O juiz deverá absolver o réu, pois se houver confissão e não houver nenhuma prova que confirme é o caso de absolvição. Art. 197 CPP. 
Embora a iniciativa das provas caiba primordialmente às partes, em que hipóteses o juiz poderá ter tal iniciativa? Aponte os fundamentos legais. 
R= São 4 as hipóteses em que o CP autoriza o juiz a tomar a iniciativa na produção de provas:
Ordenar antes de iniciada a ação penal a produção de provas urgentes e relevantes – art. 156 I;
Determinar no curso da instrução ou antes de proferir a sentença a realização de diligencias para dirimir duvida sobre ponto relevante – art. 156 II;
O juiz quando julgar necessário poderá ouvir outras testemunhas além das indicadas pelas partes – 209 CPP;
Se o juiz tiver noticia da existência de documento relativo a ponto relevante.
Antes de iniciar o interrogatório coo deve proceder o juiz em relação ao interrogando? Aponte o fundamento legal. 
R= De acordo com o art. 186 CPP, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e não responder perguntas que lhe forem formuladas. O silencio não importara em confissão e nem será interpretado em prejuízo do réu.
É licito à testemunha, durante seu depoimento, consultar alguma coisa? Em caso de resposta positiva, o que ela pode consultar? Se negativa, por quê? Aponte o fundamento legal. 
R= A lei 4898/65 art. 14 §1º prevê que quando se tratar de crime de abuso de autoridade é permitida que a testemunha leve o seu depoimento escrito. Essa é única exceção no nosso ordenamento jurídico. Além disso, a testemunha poderá consultar algum dado que não se lembre desde que autorizada pelo juiz. 
Diferencie prova ilícita de prova ilegítima. 
R= Prova ilícita é aquela obtida com violação à norma de direito material. Ex: confissão mediante tortura, nunca podem ser admitidas e em regra são obtidas fora do processo. A prova ilegítima é aquela prova obtida com violação a norma de direito processual, a ilegalidade se no curso do processo. Ex: oitiva de pessoas que não podem depor, interrogatório sem a presença do advogado. As provas ilegítimas podem ser corrigidas. 
Durante a tramitação de um inquérito policial, o delegado de polícia ouve uma testemunha que se acha enferma e em estado terminal. Comunica tal circunstância ao juiz. Verifica-se que tal testemunha provavelmente não resistirá até a instauração de ação penal. Por tratar-se de uma prova importante, como deverá agir o juiz para não perder tal prova? Aponte o fundamento legal. 
R= O juiz deverá ordenar a produção antecipada da prova, devido a urgência e relevância da prova, mesmo antes de instaurada a ação penal. Fundamento legal art. 156, inciso I, do CPP.
Em que hipótese deve-se fazer prova de direito? Aponte o fundamento legal. 
R= Nos casos em que forem alegados direito municipal, estadual, estrangeiro, normas administrativas e costumes. Por analogia utiliza-se como fundamento legal o art. 337 do CPC.
Em que hipótese a confissão será considerada uma prova? Aponte o fundamento legal. 
R= A confissão somente será considerada prova se confirmada com as demais provas dos autos. Fundamento legal art. 197 do CPP
O que é prova emprestada? Quando ela pode ser admitida? 
R= É aquela já produzida em outro procedimento e por não poder ser repetida pode ser tirado de um processo administrativo ou do inquérito policial, desde que ela não seja produzida novamente. Ex: testemunha que depôs no inquérito policial e morreu. 
Outras questões de provas:
Modelo de prova 1
Juiz criminal tem poder de cautela? Por quê?
Poder geral de cautela, autoriza o juiz, nas hipóteses urgentes que precisam de solução e que não tem cautelar especifica, a criar uma medida cautelar, o que é possível apenas para o juiz civil. No processo penal, o juiz não dispõe de poder geral de cautela, pois as cautelares no processo penal constituem um sistema dinâmico, tendo o juiz uma ampla movimentação, ele que decide qual cautelar irá aplicar ao caso e pode aplicar a mesma cautelar em casos diferente.
Segundo seu entendimento, quais os requisitos das cautelares no Processo Penal? Fundamente a resposta?
São requisitos para imposição das medidas cautelares: Fumus Commissi Delicti (comprovação da existência de um crime e indícios suficientes de autoria) e Periculum Libertatis (refere-se ao risco que o agente em liberdade possa criar à garantia da ordem pública, da ordem econômica, da conveniência da instrução criminal e para a aplicação da lei penal). Ausente tais requisitos, não é possível aplicar medidas cautelares.
Considere a seguinte hipótese: por causa de uma discussão durante um jogo de futebol, A ameaça de morte B, dizendo-lhe que, após o jogo, vai à casa do ameaçado para mata-lo. A vítima comparece à Delegacia de Polícia, para onde foi encaminhado o autor do fato pela Polícia Militar. Ao lavrar o Termo Circunstanciado, o delegado solicita que o autor do fato assine o termo de compromisso de comparecer ao Juizado Especial Crimina tão logo seja intimado pelo Poder Judiciário. O autor do fato recusa-se a assinar o termo de compromisso. Pergunta-se: quais providências procedimentais deverá tomar o delegado? Aponte os fundamentos legais.
Segundo o art. 69 da lei 9.099/95, aquele que não assina o termo de compromisso, não assumo o compromisso de comparecer ao juizado, desta forma, esse artigo autoriza a autoridade policial a autuá-lo em prisão em flagrante. Portanto a conduta do delegado deverá ser de prender o indivíduo em flagrante.
É possível a decretação da prisão preventiva após sentença condenatória? Em qual situação? Aponte o fundamento legal.
Segundo o art. 387, parágrafo 1º. Ao proferir sentença condenatória, o juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão preventiva, desde que presentes os requisitos do art. 312, não causando nenhum prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta.
Alguém é preso em flagrante. É beneficiado com a liberdadeprovisória sem fiança. Deixa de cumprir condições impostas pelo juiz ao conceder a liberdade provisória. Pergunta-se: como deverá agir o juiz? Aponte os fundamentos legais.
Segundo o art. 282, parágrafo 4º do CPP. No caso de descumprimento de qualquer obrigação imposta, o juiz, de oficio ou mediante requerimento do MP, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva. Porém para que seja decretada a prisão preventiva é necessário que estejam presentes os requisitos do art. 312 do CPP.
Modelo de prova 2
Existe infração ao art. 236 do Código Eleitoral se alguém que ostenta a condição de foragido da prisão é surpreendido pela polícia, no dia da eleição, e levado de volta ao presídio. É correta essa afirmação? Por quê?
Depende, pois a o art. 236 do Código Eleitoral, dispõe que nenhuma autoridade policial poderá, desde 5 dias antes e até 48 horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante deleito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável. Desta forma a afirmação será correta se o indivíduo for eleitor. Porém caso o indivíduo esteja cumprindo pena, por sentença condenatória transitada em julgada, este terá seus direitos políticos suspensos enquanto durarem seus efeitos, art. 15, inciso III da CF/88, portanto, nesse caso a afirmação será incorreta.
Alguém pratica um crime de receptação ao receber um objeto de valor considerável, sabendo-o produto de roubo (art. 180, caput, do Código Penal). Um ano depois desse fato, é surpreendido pela polícia de posse do referido objeto. Levado à delegacia, que providencias deverá tomar o delegado? Aponte os fundamentos legais.
O indivíduo deverá ser preso em flagrante de acordo com o art. 302, inciso I do CPP. Porém, como a pena máximo do crime de recepção, art. 180, caput do CP, não ultrapassa 4 (quatro) anos o delegado deverá estipular fiança, se paga a fiança o indivíduo será liberado. Base legal art. 322 do CPP.
Considere a seguinte hipótese: durante uma discussão entre dois desconhecidos num estádio de futebol, o primeiro ameaça o segundo, prometendo que vai matá-lo ainda naquele dia (art. 147 de Código Penal). Policiais militares de serviço no estádio encaminham ambos à delegacia de polícia. Pergunta-se: como deverá agir o delegado? Aponte os fundamentos legais.
O delegado deverá agir de acordo com o art. 69 da lei 9.099/95, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, cuja pena máxima não ultrapassa 2 (dois) anos, desta forma, deverá lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessário, frisando que ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao Juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança.
Quanto tempo pode alguém ficar preso temporariamente? Aponte os fundamentos legais.
Segundo o art. 2º da lei 7960/89. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável, UMA SÓ VEZ, por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. Entretanto existe outro prazo que não está nesta lei, encontra-se na lei 8.072/90, crimes hediondos, art. 2ª, parágrafo 4º - terão prazo de até 30 dias, prorrogável por mais 30 dias, em caso de extrema necessitando de manter o indivíduo preso. 
Alguém é preso em flagrante por crime de furto (art. 155, caput, do Código Penal). O delegado arbitra fiança de um salário mínimo, que não é paga. O preso é encaminhado à prisão. Como advogado (a), que pedido você fara ao juiz em favor de seu cliente? Aponte o fundamento legal.
Com base no art. 325, § 1o, inciso I, pediria ao juiz que dispensasse a fiança em razão da situação econômica do preso, e portanto que fosse concedida a liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e 328 do CPP e a outras medidas cautelares, se for o caso.
8º semestre
1 – Se o réu for citado por hora certa e não comparecer nem constituir defensor, o juiz suspenderá o processo e o prazo prescricional, considerando-se que não se tem certeza de que ele tomou ciência pessoal da acusação. É correta essa afirmação? Por quê? Aponte o fundamento legal.
Resposta: Não, pois quando o réu é citado por hora certa, o juiz entende que ele tomou ciência, porém não constituiu advogado, então ele tem que nomear um defensor dativo para o prosseguimento do processo, conforme o art. 362, parágrafo único do CPP. 
2 – Como se interpreta e aplica o § 2º do art. 399 do CPP? Por quê?
Resposta: A interpretação é feita da seguinte maneira, quando o artigo fala em presidir a instrução, significa colher provas, então nesse caso o juiz que for ultimo que presidiu a instrução é o mesmo que deverá proferir a sentença, uma vez que, mais de um juiz pode presidir a instrução, porém o ultimo que o fizer deverá proferir a sentença, porém, esse ultimo que concluiu a audiência só poderá proferir a sentença se não tiver se aposentado ou promovido, no caso do referido artigo se aplica por analogia o art. 132 do CPC. 
3 – Considere a seguinte situação: o MP arrolou determinada testemunha da qual, posteriormente, desistiu. Pode o juiz homologar a desistência sem ouvir a defesa? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Sim, pois se o defensor considerava a testemunha importante deveria arrolar também, uma vez que, se ele não arrolou e o juiz homologar a desistência solicitada pelo MP ele não poderá mais escutar a testemunha, conforme o art. 401, § 2º do CPP. 
4- Considerando o disposto no art. 61, caput, do CPP, como se analisa a redação do inciso IV do art. 397 do mesmo código?
Resposta: Nesse caso se a extinção de punibilidade já estiver reconhecida, o juiz não poderá absolver, o juiz terá que proferir uma sentença declaratória para a extinção de punibilidade. 
5 – Considere a seguinte situação: “A”, homem, pratica um crime de homicídio (feminicídio) tipificado no art. 121, § 2º, VI, c/c § 2º - A, I do mesmo artigo do CP contra “B”, sua mulher, porque está se recusou a manter relações sexuais com ele. Logo após consumado o homicídio, “A” pratica conjunção carnal com o cadáver (art. 212 do CP). “A” é primário e não registra nenhum antecedente criminal. Concluído o inquérito policial, que demonstrou a autoria e a materialidade de ambos os crimes, pergunta-se: como deverão agir promotor e juiz? Aponte os fundamentos legais aplicáveis à espécie. 
Resposta: Primeiramente o promotor vai oferecer a denúncia, pois o crime praticado é de homicídio. O que não dá possibilidade dos benefícios da Lei 9.099/95. Já o segundo crime, será atraído pelo crime de homicídio, havendo então a conexão entre os crimes. Se o réu não aceitar um dos benefícios correrá junto com o crime doloso contra a vida, devendo ser julgado no Tribunal do Júri, pelos jurados, por conta da conexão entre os crimes. O juiz marcará audiência preliminar para proposta de transação penal. 
6 – “A” e “B” são denunciados pelo MP por dois crimes de roubo praticados com o emprego de arma e em concurso de pessoas (art. 157, § 2º, I e II do CP), e na forma continuada (art. 71, caput, CP). A denúncia descreve a conduta de “A” em ambos os crimes. Não especifica a conduta de “B”, afirmando apenas que este concorreu para a pratica dos delitos. Examinando o inquérito policial, para decidir se recebe ou rejeita a denúncia, o juiz depara-se com a seguinte situação probatória: vítima e testemunhas do primeiro crime não reconheceram “A”, apenas indicaram características físicas de um dos assaltantes, semelhantes às desse acusado, mas reconheceram “B” como autor, esclarecendo que não viu se agiu em concurso com outra pessoa. Como juiz (a), você:
Receberia a denúncia com relação aos dois acusados. 
Rejeitaria a denúncia com relação a “A”, mas receberia com relação a “B”. 
Rejeitariaa denúncia com relação aos dois acusados.
Fundamente a resposta e aponte os dispositivos legais pertinentes. 
Resposta: Alternativa C. Em relação ao acusado “B” a denúncia deve ser rejeitada com base no art. 395, I do CPP, pois ela é inepta, uma vez que não específica a conduta de “B”. Já em relação a “A” a denuncia deve ser rejeitada com base no art. 395, III do CPP, pois falta justa causa para a ação penal, uma vez que, a denuncia foi redigida e fundamentada numa prova indiciária que atesta a não autoria de “A”. Sendo assim, o juiz para condenar o réu não pode levar em consideração a prova indiciária, porém para rejeitar a denuncia deverá ser levada em consideração a prova indiciária. No caso, o depoimento da vítima e testemunhas que não reconheceram o acusado “A”. 
7 – “A” pratica um crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculos (art. 155, § 4º, I do CP) em estabelecimento comercial situado na divisa territorial das comarcas “X” e “Y”. Por alguma razão que não ficou clara, os delegados de polícia de ambas as comarcas instauram inquéritos policiais sobre o mesmo fato. Daí resultam duas denúncias oferecidas pelo MP nas comarcas “X” e “Y”. O juiz da comarca “X” recebeu a denúncia no dia 15 de outubro de 2015, o réu foi citado no dia 19 de outubro, uma segunda-feira. O juiz da comarca “Y”, desconhecendo a denúncia oferecida e recebida na comarca “X”, recebe a denúncia no dia 20 de outubro de 2015 e o réu é citado no dia 22 de outubro do mesmo mês, uma quinta-feira. Como advogado (a) desse réu, que atos procedimentais você praticaria perante os juízes de ambas as comarcas? Aponte os fundamentos legais. 
Resposta: Alegaria como defesa dentro do prazo de 10 dias, na comarca “Y” que houve litispendência, portanto, aplicaria o art. 396-A, § 1º do CPP, combinado com o art. 95, III do CPP. Entendendo que o juízo provento neste caso é o da comarca “X”, uma vez que recebeu a denúncia e citou o réu primeiro, a resposta à acusação deverá ser apresentada a este juízo.
8 – Como deve agir o juiz do Juizado Especial Criminal se o autor do fato, intimado, não comparecer à audiência preliminar, sabendo-se que o delito é de ação penal publica incondicionada? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: No presente caso, como o autor do fato não compareceu em audiência prejudicando a proposta de transação penal, então, o juiz tem que passar a palavra ao MP para que o mesmo ofereça a denuncia oralmente na própria audiência, conforme art. 77 da Lei 9.009/95
9 – No Juizado Especial Criminal, que é responsável civil? Em que hipótese ele aparece no respectivo procedimento? 
Resposta: Responsável civil é aquela pessoa física ou jurídica que deverá responder pela indenização em favor da vitima. O responsável civil só aparece quando o autor do fato não responde pela parte cível. 
10 – Delegado de polícia lavra Termo Circunstanciado, tendo como autores do fato cinco pessoas que faziam apostas sobre corridas de cavalos fora do hipódromo ou de outro local autorizado (art. 60 do Decreto Lei 6.259/1944). Na audiência preliminar, realizada em 30 de outubro de 2015, presentes os cinco autores do fato, verifica-se que todos já praticaram a mesma contravenção penal anteriormente e já aceitaram proposta de transação penal, consistente em pagamento de multa. Todas as multas foram pagas. “A”, “B” e “C” aceitaram-na em 03 de março de 2014. “C” foi condenado definitivamente pela pratica de um crime em 15 de outubro de 2011. Pergunta-se: como deverá agir o promotor com relação a cada um deles. Justifique a resposta e aponte os fundamentos legais. 
Resposta: No caso de “A” e “B” e “C” não poderá ser feita a transação penal, uma vez que, eles aceitaram o pagamento da multa no ano anterior, ou seja, não se passaram os 5 anos para poder realizar outra transação penal, como prevê o art. 76, § 2º, II da Lei 9.099/95, então o promotor deverá na audiência oferecer a denúncia verbalmente, conforme art. 77 da Lei 9.099/95. Porém o problema trás os outros 02 indivíduos, nesse caso se eles não tenham sido condenados anteriormente com pena privativa de liberdade e não tenham preenchidos nenhum dos requisitos do art. 76 da Lei 9.099/95, nesse caso caberia a transação penal pra ele, conforme art. 60, parágrafo único da Lei 9.099/95. 
11 – Ocorrida a hipótese do art. 66, parágrafo único, da Lei 9.099/95, qual o procedimento a ser adotado no juízo comum? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: O procedimento a ser adotado é o sumário, uma vez que, no juizado especial só possuí citação por pessoal, então o juiz deverá remeter os autos para o juízo comum, para que seja transformado no rito sumário e cite o réu por edital, isso ocorre por força do art. 538 do CPP. 
12 – É possível, no procedimento sumário, requerer ao juiz que as alegações finais sejam feitas por memoriais? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Sim, porém no rito sumário não há a previsão de memorais, o prazo no caso é de 20 min podendo ser prorrogáveis por mais 10 e logo em seguida o juiz profere a sentença, conforme o art. 534 do CPP, no entanto, pode-se pedir que as alegações finais sejam feitas por memorais, uma vez que a lei é omissa em relação a isso, aplicando-se o art. 394, § 5º do CPP. 
13 – É cabível a composição civil, estando ausente o autor do fato, mas presente o responsável civil? Por quê? 
Resposta: Sim, pois quando o autor do fato é diferente do responsável civil, basta a presença o responsável civil para a realização da composição civil, não havendo necessidade da presença do autor do fato. 
14 – Se o réu for citado por edital e for suspenso o processo e o prazo prescricional, ainda assim corre o prazo de dez dias para o defensor dativo oferecer a resposta à acusação. É correta essa afirmação? Por quê? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Está errada a afirmação, pois quando o réu é citado por edital não se tem a certeza de que o mesmo foi citado, então o juiz tem que proferir uma decisão interlocutória suspendendo o processo e o prazo prescricional, não podendo correr o prazo para a resposta à acusação, conforme prevê o art. 366 do CPP.
15 – No Juizado Especial Criminal, o autor do fato é intimado para comparecimento à audiência preliminar. Não comparece. O MP oferece denuncia. Expede-se mandado de citação. O réu não é encontrado para ser citado. O juiz determina a citação por edital nos termos do art. 361 do CPC, aplicado subsidiariamente, conforme dispõe o art. 394, § 5º, do mesmo código. Pergunta-se: agiu corretamente o juiz? Por quê? Justifique sua resposta, apontando o dispositivo legal pertinente. 
Resposta: O juiz não agiu corretamente, pois não é possível a citação por edital no juizado especial criminal, motivo pelo qual os autos deverão ser remetidos para o juízo comum, o qual prosseguirá no rito sumário. Tal matéria encontra fundamento legal no art. 66, parágrafo único do CPP. 
16 – No juízo comum, em procedimento ordinário, encerrada a instruções, foi concedido prazo sucessivo de cinco dias para que as partes apresentem alegações finais por memoriais (art. 403, § 3º, do CPP). Nesse período, o juiz titular da vara por onde tramita o feito foi promovido. Ao receber os autos com as alegações finais, o juiz substituto, que assumiu a vara até a chegada do novo titular, determinou o envio dos autos ao antigo titular, entendendo que ele está vinculado e deve proferir a sentença. Pergunta-se: foi correta a decisão? Por quê? Aponte o fundamento legal aplicável à espécie.
Resposta: Não, pois apesar do art. 399, § 2º, do CPP prever que o juiz que presidiu a audiência deverá proferir sentença, tal dispositivo deve ser interpretado combinado com o art. 132 do CPC, que dispõe que em caso de promoção os autos serão passados ao seu sucessor, desta forma o juiz substituto deverá sentenciar.
17 – Considere a seguinte situação: num processo que corre pelo procedimento sumário, com um único réu, a defesa arrolou duas testemunhas, arroladas também pelo MP, um menor de 12 anos e mais cinco testemunhas próprias. Pergunta-se: o defensor agiu dentro dos parâmetros legais ou houveexcesso? Por quê? Aponte os fundamentos legais. 
Resposta: O Defensor agiu com excesso, pois arrolou para a defesa 5 testemunhas, sendo que o menor não presta compromisso e as outras 2 são testemunhas que também foram arroladas pelo MP, de modo que ultrapasso a quantidade de testemunhas prevista no art. 532 do CPP. 
18 – Após uma audiência de instrução e julgamento pelo rito ordinário, cuja prova foi colhida por meio de gravação audiovisual, o defensor constituído, que não esteve presente à audiência apesar de intimado, requer ao juiz a transcrição da referida prova sob a alegação de que não presenciou sua produção. Como juiz (a) qual seria sua decisão. Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Como juiz forneceria cópia da prova produzida em mídia digital, conforme art. 405, § 2º do CPP. 
19 – Considere a seguinte situação: “A”, primário e sem antecedentes criminais, médico e sócio-proprietário de um hospital, recusa-se a atender “B”, um paciente que é levado àquele estabelecimento hospitalar em razão de uma emergência médica, alegando que seria necessário entregar previamente um cheque-caução para garantir as despesas, uma vez que o paciente não possuía convenio de assistência hospitalar (art. 135-A, caput, do CP). “B” é encaminhado rapidamente a outro hospital, é atendido e recebe alta. “A”, imaginando que “B” vai comunicar o fato à autoridade policial, vai até a casa dele e o mata a tiros, praticando um crime de homicídio qualificado (art. 121, § 2º, V do CP). Concluído o inquérito policial, que demonstrou a autoria e a materialidade de ambos os crimes, pergunta-se: como deverão agir promotor e juiz? Aponte os fundamentos legais aplicáveis à espécie. 
Resposta: Ambos os delitos se processarão pela Vara do Júri, conforme art. 76, II do CPP. O promotor, ao denunciar o acusado, deverá propor a proposta de suspensão condicional do processo ou composição civil, conforme o art. 60, parágrafo único. Se o réu não aceitar correrá junto com o crime doloso contra a vida, devendo ser julgado no Tribunal do Júri, pelos jurados, por conta da conexão entre os crimes. O juiz marcará audiência preliminar para proposta dos benefícios que o réu tem direito, conforme art. 78, I do CPP (transação penal).
20 – Por que o art. 397, II, do Código de Processo Penal impede que o juiz absolva sumariamente o réu inimputável?
Resposta: O motivo do impedimento é que o juiz antes de absolver por inimputabilidade deve verificar se não há outro fundamento para absolvição que seja mais benéfico para o réu. Em caso de inimputabilidade se faz necessária instrução processual, pois é possível provar que o inimputável não foi o autor do crime, ou mesmo agiu sob causa de excludente de ilicitude, neste caso será absolvido, mas não por inimputabilidade.
21 - Nos procedimentos ordinário e sumário, havendo citação por hora certa sem que o réu compareça ou constitua advogado, como deverá agir o juiz. Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo, conforme disposto no parágrafo único do artigo 362 do CPP. Ou seja, nomeia o defensor e prossegue no processo.
22 - No procedimento ordinário, qual a hipótese que permite ao juiz conceder prazo para apresentação de memoriais? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Na hipótese do parágrafo 3° do artigo 403 do CPP, o juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou número de acusados, conceder às partes prazo de 5 dias sucessivamente para apresentação de memoriais. 
23 - No JECRIM, não havendo possibilidade de composição civil e não sendo a hipótese de crime de ação penal pública condicionada ou a ação penal privada, como deverá agir o representante do Ministério Público? Aponte os fundamentos legais.
Resposta: Não havendo composição civil, transação penal nem proposta de suspensão condicional do processo, com base no caput do artigo 77 da Lei 9099/95 o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. E com base no disposto no parágrafo 2° do art. 77 da referida lei, se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação de denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 da Lei 9099/95.
24 - No procedimento sumário, havendo mais de um acusado, o termo para alegações finais orais será de 20 minutos, prorrogáveis por mais 10, para o Ministério Público e para a defesa. É correta essa afirmação? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Conforme previsto no parágrafo 1° do art. 534 do CPP, havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. E ainda, conforme o parágrafo 2° do artigo 534 do CPP, ao assistente do Ministério Público, após manifestação desse, serão concedidos por 10 minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
25 - Em que hipóteses o juiz rejeitará a denúncia ou a queixa por falta de justa causa? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Com base no inciso III do artigo 395 do CPP. A denúncia será rejeitada quando faltar justa causa para o exercício da ação penal. O código não traz definição do que é justa causa para rejeição da denúncia. Por isso, há construção doutrinária e jurisprudencial no sentido que haverá justa causa em três hipóteses, quais sejam: quando o juiz entender que o fato é atípico, quando o juiz entender que os indícios de autoria e prova de materialidade não dão suporte ao oferecimento da denúncia ou quando o juiz verificar presente qualquer das quatro excludentes de ilicitude. 
26 - Nos procedimentos ordinário e sumário, havendo citação por edital sem que o réu compareça ou constitua advogado, como deverá agir o juiz. Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Com base no artigo 366 do CPP, se o acusado citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva nos termos do disposto no artigo 312 do CPP.
27- Qual o prazo para opor exceções? Como são processadas? Aponte o fundamento legal.
Resposta: Eventuais exceções devem ser arguidas na fase de resposta à acusação, no prazo de 10 dias, contados da data da citação, ou da data da eventual audiência de proposta de suspensão condicional do processo não aceita pelo réu. Conforme previsto no parágrafo 1° do artigo 396-A do CPP, a exceção será processada em apartado nos termos dos artigos 95 e 112 do CPP.
28- No JECRIM tratando-se de crime de ação penal pública condicionada ou de ação penal privada, qual o efeito imediato da composição civil? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: O acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação com base no parágrafo único do artigo 74.
29- Por meio de procedimento sumaríssimo, um réu será julgado por crime de lesão corporal leve (art. 129, caput, do Código Penal), tendo a vítima oferecido representação em tempo hábil. Entretanto, ela não compareceu ao IML para fazer o exame de corpo de delito. Ainda assim poderá o Ministério Público fazer prova da materialidade? Como? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: De acordo com o parágrafo 1° do artigo 77 da Lei. 9099/95, no JECRIM é possível provar materialidade da lesão corporal por outro meio que não o laudo pericial do IML, por exemplo, atestado do médico particular ou pronto socorro.
30 - Considere a seguinte hipótese: Após a resposta escrita (art. 396-A do CPP), o juiz verifica, pelas provas indiciárias obtidas na investigação policial, que o réu, sem nenhuma dúvida, agiu amparado por uma excludente de antijuridicidade. Tendo presente o disposto no art. 155 do CPP, como deverá agir o juiz? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Com base no artigo 397 caput e inciso I, do CPP o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato.31- O Ministério Público arrolou 5 testemunhas numa ação penal de procedimento ordinário. A Defesa arrolou apenas uma testemunha, sendo ela uma daquelas arroladas pelo Ministério Público. Durante a audiência, o promotor desistiu de ouvir a testemunha arrolada em comum. Pergunta-se: Pode o juiz homologar a desistência manifestada pela acusação e dispensar a testemunha? Por quê? 
Resposta: Não, pois ela também foi arrolada pela defesa, ou seja, o juiz só poderá homologar a desistência se a defesa também desistir. Fundamento legal: art. 401, parágrafo 2° do CPP.
32- No procedimento sumário, quantas testemunhas podem ser arroladas pelas partes? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Com base no artigo 532, na instrução poderão ser inquiridas até cinco testemunhas arroladas pela acusação e cinco pela defesa. (observe-se que são 5 testemunhas por réu)
33- Na audiência preliminar, qual o papel do responsável civil? Quando ele deverá estar presente?
Resposta: Responsável civil é pessoa física ou jurídica que tem obrigação de indenizar a vítima. Ele deverá estar presente na audiência preliminar quando o juiz esclarecer sobre a possibilidade da composição civil dos danos e da aceitação da proposta da aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. (art. 72 da Lei 9.099/95) 
34- Aplica-se subsidiariamente ao procedimento sumaríssimo o disposto no artigo 361 do CPP? Por quê? Qual o fundamento legal?
Resposta: Não, de acordo com o parágrafo único do art. 66, não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo Comum para adoção do procedimento previsto em lei. Inexiste no âmbito dos Juizados, citação por edital ou hora certa. A citação por edital é uma das hipóteses que transformam o procedimento sumaríssimo em sumário.
35- Poderá o juiz absolver sumariamente o inimputável? Por quê? Aponte o fundamento legal.
Resposta: Não, o artigo 397, inciso II exclui a possibilidade de absolvição sumária em caso de inimputabilidade, o motivo é que o juiz antes de absolver por inimputabilidade deve verificar se não há outro fundamento para absolvição que seja mais benéfico para o réu. Em caso de inimputabilidade se faz necessária instrução processual, pois é possível provar que o inimputável não foi o autor do crime, ou mesmo agiu sob causa de excludente de ilicitude, neste caso será absolvido, mas não por inimputabilidade.
36- No procedimento sumaríssimo cabe citação por edital e por hora certa. É correta essa afirmação? Por quê? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: No procedimento sumaríssimo não há previsão de citação por edital ou hora certa. De acordo com o art. 66, a citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. E ainda considerando o disposto o parágrafo único deste mesmo artigo, não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo Comum para adoção do procedimento previsto em lei. 
37- No JECRIM, tratando-se de ação penal privada, a quem cabe decidir sobre a complexidade do caso para remeter os autos ao juízo comum? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: Na ação penal privada cabe ao juiz do Juizado Especial Criminal decidir sobre a complexidade do caso para remeter os autos ao juízo comum. Fundamento legal: artigo 538 do CPP.
38 - Num processo que segue pelo procedimento ordinário, um réu é citado pessoalmente para os fins do art. 396, caput, do CPP. Não comparece nem constitui advogado. Como deverá agir o juiz, sabendo-se que, na comarca, não há ainda órgão da Defensoria Pública. Aponte o fundamento legal.
Resposta: Com base no artigo 367 do CPP, o processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixa de comparecer sem motivo justificado. Conforme previsto no artigo 263 do CPP, se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo, defender-se, caso tenha habilitação. Por fim, conforme dispõe o parágrafo 2° do artigo 396-A, não apresentada à resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 dias. Ou seja, Se no 11° dia o réu não tiver apresentado defesa ou constituído advogado, o juiz nomeará defensor dativo, o que fará reabrir o prazo de 10 dias para resposta à acusação. 
39- Como deve ocorrer a intimação de defensor constituído? Aponte o fundamento legal.
Resposta: Com base no parágrafo 1° do artigo 370 a intimação do advogado constituído far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judicias da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
Todo advogado constituído, contratado pelo réu, com procuração nos autos, é intimado pela imprensa oficial e não no endereço indicado. 
40- No JECRIM, o autor do fato não é encontrado para ser citado. Como deverá agir o juiz? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: De acordo com o parágrafo único do art. 66, não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo Comum para adoção do procedimento previsto em lei.
41- No procedimento ordinário, qual é a única hipótese em que os memoriais são obrigatórios? Aponte o fundamento legal. 
Resposta: A única hipótese está prevista no artigo 404 do CPP, ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem alegações finais. 
42- Por que o art. 397, inciso II, do CPP, não permite ao juiz absolver sumariamente o réu inimputável, cujo laudo de inimputabilidade já está nos autos.
Resposta: O motivo do impedimento é que o juiz antes de absolver por inimputabilidade deve verificar se não há outro fundamento para absolvição que seja mais benéfico para o réu. Em caso de inimputabilidade se faz necessária instrução processual, pois é possível provar que o inimputável não foi o autor do crime, ou mesmo agiu sob causa de excludente de ilicitude, neste caso será absolvido, mas não por inimputabilidade.
43- Num procedimento sumaríssimo, o autor do fato não é encontrado para ser citado. O JECRIM determina a remessa dos autos ao Juízo Comum para prosseguimento. Pergunta-se: qual o procedimento a ser adotado neste último Juízo? Aponte o fundamento legal.
Resposta: Com base no disposto no art. 538, nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo. 
44- Num procedimento sumário por crime de furto simples (art. 155, caput, do CP), em que o réu é primário, nunca foi condenado e nem está sendo processado por outro crime, como deverá agir o representante do Ministério Público ao oferecer a denúncia? Aponte o fundamento legal.
45- Um réu foi denunciado pelo crime do art. 129, caput, do CP. Aceitou a proposta de suspensão condicional do processo. Durante o prazo de suspensão, foi denunciado por uma contravenção penal. Pergunta-se: quais as consequências para o primeiro processo? Aponte o fundamento legal.
46- Na resposta à acusação, em um procedimento sumaríssimo, o defensor demonstra ao juiz que o réu agiu em legítima defesa, requerendo a absolvição sumária. Anteriormente, restaram infrutíferas as propostas de composição civil e transação penal. Pode o juiz absolver o réu sumariamente, sem colher prova? Por quê?
47- Nos procedimentos ordinário e sumário, havendo citação pessoal sem que o réu compareça ou constitua advogado, como deverá agir o juiz? Aponte o fundamento legal.
Resposta: De acordo com o previsto no parágrafo 2° do artigo 396-A, não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 dias. 
48- Numa ação penal de procedimento sumário, o réu foi citado por edital, tendo o juiz aplicado o disposto no artigo 366 do CPP: Alguns meses depoisda citação, o réu constitui advogado que junta procuração aos autos. Como deverá agir o juiz? Aponte o fundamento legal.
Resposta: Se não houver proposta de suspenção condicional do processo o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído conforme disposto no parágrafo único do artigo 396 do CPP
49- No procedimento ordinário, em que hipótese as alegações finais serão feitas obrigatoriamente por escrito? Aponte o fundamento legal.
Resposta: A única hipótese está prevista no artigo 404 do CPP, ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem alegações finais. 
50- Na primeira fase do procedimento do júri, após as alegações finais, o juiz não se convence da existência de indícios de autoria. Que decisão deverá tomar? Aponte o fundamento legal.
Resposta: De acordo com o previsto no artigo 414 do CPP, não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
51- Considere a seguinte hipótese: No JECRIM foi instaurado um procedimento em face de alguém a que se imputa a prática do crime tipificado no art. 147 do CP. Não houve possibilidade de composição civil, por não aceitação da vítima, que ofereceu representação: pode o representante do MP oferecer a proposta de transação penal, valendo-se que o autor do fato foi condenado, no ano anterior, pela contravenção penal tipificada no art. 21 da Lei das Contravenções Penais? Aponte fundamento legal.
Resposta: Não, de acordo com o parágrafo 2°, inciso II, do artigo 76 da Lei 9099/95, não se admitirá a proposta se ficar comprovado ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa.
52- Quais as consequências penais da composição civil homologada?
Resposta: Com base no parágrafo único do artigo 74 da Lei 9099/95, tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. 
53- Considere a seguinte hipótese: o réu denunciado como incurso no art. 121, parágrafo 2°, inciso I, do CP. Na primeira fase do procedimento do júri, ao final da audiência de instrução, o juiz se convence de que não há nenhum indício da qualificadora. Pergunta-se: pode ele admitir parcialmente a acusação para pronunciar o réu por homicídio simples? Aponte o fundamento legal.
Resposta: O juiz, de acordo com o art. 418, poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.
54- No JECRIM, a citação e a intimação tem que ser feitas sempre por mandado. É correta essa afirmação? Por quê? Aponte o fundamento legal.
Resposta: De acordo com o artigo 66 do CPP, a citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível ou por mandado. Já a intimação, prevista no artigo 67 do CPP, far-se-á por correspondência com AR ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado ou sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação.
55- No procedimento sumário, qual o momento processual para que as partes arrolem suas testemunhas? Aponte o fundamento legal.
Resposta: De acordo com o disposto no artigo 396-A do CPP, na resposta o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar provas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.
56- No juizado Especial Criminal, a citação e a intimação têm que ser feitas sempre por mandado. É correta essa afirmação? Por quê? Aponte o fundamento legal.
56- No juízo comum, quando uma nulidade não invalida o processo? Aponte o fundamento legal.
57- No procedimento comum do júri, quantas testemunhas podem ser arroladas pelas partes na primeira faz? E no plenário? Aponte os fundamentos legais.
58- No procedimento ordinário, se o acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir defensor, como deverá agir o juiz? Aponte o fundamento.
59- É permitido à parte que arrolou uma testemunha desistir de sua oitiva? Aponte o fundamento legal.
60- Considere a seguinte hipótese: réu acusado da prática do crime tipificado no art. 147 CP. O juiz do Juizado Especial Criminal toma conhecimento de que ele se encontra desaparecido. Como deverá agir? Por quê? Aponte o fundamento legal.
61- Que se entende por pronúncia? Quando o juiz pronunciará o réu? Aponte o fundamento legal.
62- Quais os efeitos da composição civil no Juizado Especial Criminal? Aponte o fundamento legal.
63 - A denúncia deverá ser rejeitada quando faltar justa causa, segundo o art 395,III, do CPP. Pergunta-se: Quando faltará justa causa?
Resposta: Faltará justa causa quando, apesar dos fatos e das provas existirem, o juiz se convence de que o fato é atípico ou ainda quando observar que o agente agiu mediante uma das excludentes de ilicitude. (ATENÇÃO – ESTA PERGUNTA VALIA 2,0, PORÉM ESTA RESPOSTA OBTEVE APENAS 1,0 PONTO).
64 - Numa audiência de instrução e julgamento de um processo que segue o procedimento ordinário, em razão de uma prova produzida naquela audiência, surge uma dúvida relevante para a defesa. Que providência pode o defensor tomar na tentativa de resolver o problema? Aponte o fundamento legal.
Resposta: Poderá o defensor, com base no art. 402 do CPP, requerer ao final da audiência, diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução.
65 – No Juizado Especial Criminal, inicia-se o procedimento previsto para as infrações penais de menor potencial ofensivo, referente à contravenção penal tipificada no ARt. 37 da lei das contravenções penais (decreto – lei – 3688-41). O representante no Ministério Público, na fase da transação penal, propõe o pagamento de dez dias multa no valor unitário mínimo. O defensor e o autor do fato concordam com a proposta, mas requerem ao juiz uma situação mais benéfica. Como poderá agir o juiz nessa circunstância: Aponte o fundamento legal.
Resposta: Tendo em vista a inaplicabilidade do Art 89 da lei 9099/95 (suspensão condicional do processo) em razão de sua previsão expressa das hipóteses de cabimento da referida medida, resta ao magistrado aplicar o (parágrafo primeiro) do art. 76 da mesma lei e reduzir pela metade a multa em questão.
Questões P1
1) Alguém reincidente é denunciado pela pratica de um furto simples praticado no interior de uma padaria (art. 155, caput, CP). Ao final da instrução, verifica-se que o furto foi praticado mediante escalada, uma vez que seu autor penetrou no estabelecimento por um vão entre o telhado e a parede, a 4 metros do solo art. 155 §4º, II do CP. Em alegações finais, o promotor pede a condenação com a qualificadora. O advogado, recém-formado, está fazendo sua primeira audiência. Limita-se a pedir a absolvição do réu. O juiz profere sentença, condenado o réu pelo furto qualificado, pela escalada. Você é contratado para apelar da sentença. 
A) Como defensor qual seria seu pedido em apelação? B) Quais fundamentos, constitucional e legal, você utilizaria perante ao tribunal?
Resposta: A) A anulação da sentença tendo em vista que o promotor deveria ter aditado a denúncia para aí sem da oportunidade da defesa se manifestar quanto a qualificadora, a Mutattio libelli foi aplicada de forma errada, sendo que existiu um fato novo no final da instrução.
B) O fundamento constitucional violado foi o da ampla defesa, uma vez que a defesa, como versa o artigo 5º, LV da Constituição Federal, não pode se pronunciar quanto a inserção da qualificadora que o promotor pediu em alegações finais. Sendo assim o artigo 384 do CPP foi aplicado de forma errada ao processo.
2) Quais os elementos constitutivos obrigatórios de uma sentença?Resposta: Relatório, fundamentação e dispositivo, data e assinatura do juiz.
3) O que se entende por sentença absolutória própria?
Resposta: faz coisa julgada e o réu não poderá mais ser incomodado pelo estado por esse mérito (coisa julgada material), bem como não pode mais se interpor recurso (coisa julgada formal). Isso ocorre com o trânsito em julgado.
4) Como se classifica a sentença que extingue a punibilidade?
Resposta: é a sentença terminativa de mérito, é a que extingue a punibilidade por qualquer que seja a hipótese do artigo 107 do CP
5) Em quais hipóteses um réu absolvido criminalmente está livre também da reparação civil? Aponte o fundamento legal?
Resposta: Não, a ação civil ex delicto pode ser proposta tanto em decorrência de uma sentença condenatória como de uma sentença absolutória. Se a absolvição se der pelos incisos II, III, V, VI e VII do artigo 386 do CPP, cabe ação civil ex delicto.
Absolvição no inciso I e IV – não cabe ação no civil “ex delictu”. Os demais incisos permitem a ação no civil “ex delictu”.
6) Explique o principio da correlação?
Resposta: o juiz não pode fugir do pedido constante na queixa crime ou denúncia, ou seja, não pode julgar aquém (citra petita), além (ultra petita) ou diferente (extra petita) dos fatos constantes na peça deflagratória.
Assim, o juiz na sentença tem que observar estritamente os fatos narrados na denúncia, ou seja, o juiz não pode levar em consideração, na sentença, nenhuma fato que não esteja narrado na denúncia.  Logo, para fundamentar a sua sentença o juiz deve apanhar todos os fatos que constam na denúncia e fundamentá-los, vedado, portanto, que o magistrado pegue fatos estranhos aos que constem na peça penal. 
No entanto, pode vir fatos ou a classificação diferente daquela dada aos fatos na peça penal. Existem dois institutos jurídicos que servem para resolver essas problemáticas que podem surgir no processo, logo esta se falando da emendatio libelli (emenda da acusação) e a mutatio libelli (mudança da acusação). 
Exceção ao princípio da correlação (no qual o juiz deve observar estritamente os fatos narrados na denúncia). Há o entendimento com base nesse artigo que não é necessário que as agravantes constem na denúncia, se o MP não incluiu a agravante na denúncia e há prova da existência dessa, o juiz pode levar em consideração para agravar a pena.
7) A emendatio libelli somente é cabível quando o juiz entende que os fatos descritos na denúncia estão comprovados, mas lhe dá uma nova definição jurídica, desde de que o promotor ofereça aditamento. É correta esta afirmação? Porque?
Resposta: Não, pois a emendatio libelli é cabível quando o juiz sem modificar descrição de fato contido na denúncia ou queixa atribui definição jurídica diversa, ainda que em consequência tenha que aplicar pena mais grave , nos termos do artigo 383. Para a emendatio libelli não é necessário que o promotor faça o aditamento, esta é a previsão do artigo 384 do CPP que trata da emendatio libelli.
8) Como se classifica a decisão interlocutória que rejeita a denúncia? Por que?
Resposta: Decisão interlocutória mista terminativa: ela é terminativa porque põe fim ao processo. Ex. Decisão que rejeita a denúncia, impedindo que a ação penal se inicie. Com isso a lide penal não nasce “decisão abortiva”. Uma vez preclusa essa decisão, esse processo vai ao arquivo.
Quais os elementos constitutivos obrigatórios de uma sentença?
9) A ação civil ex delicto somente é cabível se o réu for condenado criminalmente. É correta esta afirmação? Por quê?
Resposta: Não, A Ação Civil Ex Delicto é uma ação ajuizada na esfera cível, requerendo a indenização de dano moral ou material juridicamente, se ocorrer uma das três hipóteses a seguir:
Não, há uma sentença absolutória, se o réu foi absolvido com fundamento no inciso I ou IV não pode ingressar no juízo cível com a ação civil ex delicto, o juiz do cível vai julgar o autor carente de ação, porque o juízo é de certeza e não dúvida. Isso nunca mais poderá ser revisto por ninguém. Deste modo, somente poderá entrar com essa ação ex delicto se for nos demais incisos. As excludentes também não impedem a ação civil ex delicto.
10) Alguém é denunciado pela pratica de um homicídio culposo art. 121 §3º do CP, porque, manuseando legalmente uma arma sem as devidas cautelas, provocou um disparo que atingiu a vitima, causando-lhe a morte. O denunciado já foi condenado anteriormente por jogo do bicho (art. 58 do DL 6.259/1944. Ao oferecer a denuncia o promotor fez a proposta de suspensão condicional do processo, pelo prazo de dois anos, com as condições previstas em lei. O réu e seu defensor aceitaram a proposta. O processo foi suspenso pelo juiz. Durante o período de suspensão, o réu é processado novamente, agora pelo crime de furto simples art. 155 caput do CP, cuja a pena mínima é de 1 ano de reclusão e multa. Pergunta-se:
Podia o promotor ter feito a proposta de suspensão condicional do processo, considerando-se que o réu já possuía condenação anterior?
Como deverá agir o juiz que suspendeu o processo ao tomar conhecimento da nova denuncia oferecida contra o mesmo réu? É possível o promotor oferecer nova proposta de suspensão condicional ao denuncia-lo pelo furto simples, levando em conta a pena mínima culminada em abstrato?
Resposta: A) Sim, pois o jogo do bicho é contravenção penal, e o artigo 89 da lei 9099/95 estabelece que nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 1 ano, o MP poderá oferecer proposta de suspensão condicional do processo por dois a 4 anos desde que o acusado não esteja sendo processado ou seja condenado por outro crime. No caso do acusado já tenha condenação ou esteja sendo processado por contravenção penal, não impede a suspensão condicional do processo, como versa o artigo 89 da lei 9099/95 em seu artigo 89 §3 e 4.
B) Nos termos do § 3º do artigo 89 da lei 9099/95, a suspensão condicional do processo será revogada, se no curso do prazo, o beneficiado vier a ser processado por outro crime. Portanto, o juiz deve revogar o benefício.
Não se pode conceder o benefício novamente ao acusado pois ele está sendo processado por outro crime, sendo assim o benefício não pode ser concedido.
11- Que se entende por sentença absolutória imprópria?
É aquela sentença proferida em relação ao inimputável, o juiz absolve, mas ele não está livre, é imposto as medidas de segurança (tratamento ambulatorial, internação), não tem prazo, é até cessar a periculosidade.
12- Como se classifica uma sentença proferida em decorrência de julgamento pelo Tribunal do Júri? Por quê?
É classificada em sentença subjetivamente complexa, pois é proferida por um órgão colegiado heterogêneo, porém com funções diferentes.
13- Em que hipóteses ocorre o chamado “efeito autofágico” da sentença?
14- Considere a seguinte hipótese: alguém é denunciado pela prática de um roubo simples (art. 157, caput, do CP). Após a instrução, verifica-se que houve o emprego de uma faca para ameaçar a vítima. Como devem agir o promotor e o juiz sabendo- se ambos estão processualmente de acordo? Aponte o fundamento legal.
15- Considere a seguinte hipótese: alguém, reincidente, é denunciado pela pratica de um rime de furto simples praticado no interior de uma padaria (art. 155, caput, do CP). Ao final da instrução, verifica-se que o furto foi praticado mediante escalada, uma vez que seu autor penetrou no estabelecimento por um vão entre o telhado e a parede, a quatro metros do solo (art. 155, § 4º, II, do CP). Em alegações finais, o promotor pede a condenação com a qualificadora. O advogado, recém formado, está fazendo sua primeira audiência. Limita-se a pedir a absolvição. O juiz profere sentença, condenando o réu pelo furto qualificado pela escalada. Você é contratado(a) para apelar da sentença. Como defensor(a), qual seria seu pedido em apelação? Quais fundamentos, constitucional e legal, você utilizaria perante o tribunal?
16- Com relação à prova testemunhal, explique a característica da objetividade, indicando o fundamento legal.
Resposta: A provatestemunhal em relação a característica da objetividade refere-se que ela não deve manifestar impressões pessoais acerca dos fatos, em outras palavras, quer dizer que deve dizer o que sabe objetivamente sem “achismos”, no entanto o Art. 213 do CPP faz ressalva nas hipóteses dessa impressões pessoais forem inseparáveis na narrativa do fato. ,
17 - Alguém é arrolado como testemunha. Na audiência de instrução e julgamento, verifica-se que tal pessoa encontra-se numa das hipóteses do Art. 2065 do CPP. Pergunta-se...como deverá agir o juiz? Aponte o fundamento legal.
Resposta: Poderá o juiz ouvir essa testemunha na qualidade de informante do juízo, não lhe prestando compromisso, consoante regra do art. 208 do CPP. (ATENÇÃO – QUESTÃO VALENDO 2,0, O PROFESSOR ATRIBUIU APENAS 1,0 PARA ESTA RESPOSTA).
18 - Explique o que é uma decisão interlocutória mista não terminativa.
Resposta: É aquela decisão que não julga o mérito, apenas tendo como conteúdo e efeito o encerramento de uma fase do processo, como é o caso da decisão de pronúncia.
19 - Em que hipótese o relatório da sentença não é obrigatório? Aponte o fundamento legal.
Resposta: A hipótese legal que dispensa o relatório é a prevista no parágrafo 3. Do art 81 da lei 9099/95 que cuida dos Juizados Especiais Criminais.
20 – Explique o princípio da correlação
Resposta: é aquele que o juiz ao proferir a sentença, está adstrito aos fatos narrados na denúncia. No entanto, a legislação prevê hipóteses em que o juiz divergindo de entendimento ou interpretação quanto a esses fatos, pode através da “emendátio libellis” ou da “mutatio libelli” decidir diferentemente do pretendido pela parte acusatória.

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