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_- Psicologia da aprendizagem - em 03-06-2014 (1)

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Universidade Anhanguera - Uniderp
Centro de Educação a Distância
Curso Superior de Pedagogia
 
ATIVIDADE AVALIATIVA DESAFIO DE APRENDIZAGEM
DISCIPLINA: Psicologia da Aprendizagem
Tutor: Helenrose A da S. Pedroso Coelho
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM 
DELUCENIA REZENDE MARCELINO RA 425661
LAUDELINA APARECIDA DA COSTA RA 426887
 LUAMY CONQUE MONTEIRO RA 418930
 NATASUYANE MARTINS DA SILVA RA 411567
 NEUZA MEIRELLES BENITEZ RA 437128
Campo Grande/MS
Junho/2014
DELUCENIA REZENDE MARCELINO RA 425661
LAUDELINA APARECIDA DA COSTA RA 426887
 LUAMY CONQUE MONTEIRO RA 418930
 NATASUYANE MARTINS DA SILVA RA 411567
 NEUZA MEIRELLES BENITEZ RA 437128
 
ATIVIDADE AVALIATIVA DESAFIO DE APRENDIZAGEM
DISCIPLINA: Psicologia da Aprendizagem
Tutor: Tutor: Helenrose A da S. Pedroso Coelho
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM 
ATPS apresentada como atividade avaliativa da disciplina de Psicologia da Aprendizagem no Curso Superior de Pedagogia a Distância da Universidade Anhanguera-Uniderp, sob a orientação da Profª . Edione Lazzari
Campo Grande-MS
Junho/2014
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..	04
1 IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA A PEDAGOGIA: CONTRIBUIÇÕES 
DE PIAGET, VYGOTSKY, FREUD E WALLON..	05
2 TEORIAS DA APRENDIZAGEM: VERBAL SIGNIFICATIVA, GENÉTICA 
E TEORIA SOCIOCULTURAL..	07
2.1 Quadro conceitual das teorias da aprendizagem.	.07
2.2 Teoria verbal significativa..	08
2.3 Teoria genética da aprendizagem..	09
2.4 Teoria sociocultural da aprendizagem e do ensino..	09
3 FATORES QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO HUMANO..	10
4 RELEVÂNCIA DO JOGO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA 
CRIANÇA..	12
4.1 Jogos interativos..	14
CONSIDERAÇÕES FINAIS..	15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..	16
INTRODUÇÃO
O objetivo dessa ATPS é desenvolver um relatório enfatizando sobre a importância da Psicologia para a Pedagogia. Para alcançar o objetivo do estudo foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica em artigos e sites da internet.
O trabalho em questão encontra-se dividido em etapas. Na primeira aborda-se a importância da psicologia para a pedagogia com contribuições teóricas de grandes teóricos da Psicologia como por exemplo: Piaget, Vygotsky, Freud e Wallon.
Na segunda etapa são apresentadas as teorias da aprendizagem verbal significativa, genética e teoria sociocultural; a terceira apresenta os fatores que interferem no desenvolvimento humano e a quarta aborda sobre a relevância do jogo no processo de desenvolvimento da criança.
1 IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA PARA A PEDAGOGIA: CONTRIBUIÇÕES DE PIAGET, VYGOTSKY, FREUD E WALLON
Para falar sobre a importância da psicologia para a educação utilizaremos as contribuições de diferentes autores como Jean Piaget, Vygotsky, Sigmund Freud e Wallon, que são grandes teóricos da área da Psicologia que muito contribuíram e continuam contribuindo com a educação, tendo em vista que suas teorias fundamentam a prática de muitos educadores.
Freud ao escrever amplamente sobre a sexualidade infantil seus escritos contribuíram com a educação nessa área. Segundo Kupffer (1997) Freud defende que as crianças devem receber uma educação sexual assim que demonstrar um interesse sobre tal assunto. 
Vale ressaltar que apesar de Freud defender que a sexualidade da criança não deve ser reprimida é preciso que os educadores saibam lidar com o assunto em sala de aula para que a sexualidade não seja banalizada, não seja visualidade para criança ou adolescente de uma forma distorcida, até porque eles trazem consigo a sua própria visão sobre a sexualidade.
Segundo Kupffer (1997) o profissional da educação deve ser menos repressor e aceitar que ao atuar em uma sala de aula, ele vai estar diante de diferentes subjetividades, logo, os seus resultados esperados, não será de maneira alguma uniformizado. 
Outro aspecto tratado na teoria de Freud e que contribui com a educação é sobre a transferência que Freud usou para designar a relação analista-paciente, assim como professor-aluno. Para Oliveira (2008) do mesmo modo que um paciente poderia transferir seu pai para o analista, um aluno também seria capaz de realizar a mesma transferência, mas para o seu professor e tudo isto inconscientemente. O aluno transfere um sentimento, que antes era direcionado ao seu pai, para a figura do analista ou professor.
De forma inconsciente a figura do professor tende a ganhar importância e não raras vezes, um aluno toma decisões em sua vida baseadas nas de seu mestre. Mas, nem sempre um docente é amado por todos os alunos, talvez apenas um lhe dirija o poder; e este docente nem precisa ser um bom conhecedor da ou das disciplinas em que atua. 
Jean Piaget construiu uma Teoria Pedagógica fundada no estudo da evolução do pensamento até a adolescência, procurou entender os mecanismos mentais que o indivíduo utiliza para captar o mundo. Investigou o processo de construção do conhecimento.
Estudos que tem contribuído significativamente com a educação. Uma primeira contribuição de sua teoria que podemos citar está relacionada aos estágios do desenvolvimento infantil. Seus estudos foram fundamentais para a compreensão do desenvolvimento cognitivo. 
Piaget identificou no transcorrer do desenvolvimento da criança quatro estágios de evolução mental: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. Em cada um desses estágios o pensamento e comportamento infantil é marcado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio (DIAS, 2010). A teoria de Piaget tem um valor de compreensão do processo de desenvolvimento da criança, ou seja, pode instrumentalizar o professor a fundamentar sua prática e compreender a importância dela no cotidiano da sala de aula.
Outra contribuição de Piaget (1975) para a educação é em relação a importância das atividades lúdicas. Ele chegou a conclusão que as atividades lúdicas não são apenas uma forma de alívio ou entretenimento para consumir energia das crianças, mas contribuem para o enriquecimento intelectual das mesmas. 
Uma das contribuições de Vigotsky para a educação é em relação ao desenvolvimento infantil. 
A concepção de Vygotsky (apud OLIVEIRA 1997) sobre as relações entre desenvolvimento e aprendizado e, particularmente sobre a zona de desenvolvimento proximal – vista como a capacidade que a criança tem de realizar determinada atividade com a ajuda do outro hoje a capacidade de realizá-lo sozinha amanhã.
Vygotsky confere grande papel ao professor enquanto mediador da aprendizagem do educando. Essa importância pode ser percebida quando o autor expõe sobre o desenvolvimento proximal. 
Uma segunda contribuição de Vigotsky para a educação é sobre a importância da afetividade na constituição do sujeito. Apesar de não atribuir importância maior a afetividade declara que o aspecto emocional do indivíduo não tem menos importância do que os outros aspectos e é objeto de preocupação da educação nas mesmas proporções em que o são a inteligência e a vontade. Assim, para Vygotsky afetividade e cognição não podem ser vistas de separadamente.
Uma das primeiras contribuições de Wallon (1978) para a educação é referente ao desenvolvimento infantil que para ele encontra-se distribuídos em estágios. Assim, é preciso que o educador respeite cada um deles e trabalhe com uma metodologia que adéque as atividades a cada fase especifica.
2 TEORIAS DA APRENDIZAGEM: VERBAL SIGNIFICATIVA, GENÉTICA E TEORIA SOCIOCULTURAL 
2.1 QUADRO CONCEITUAL DAS TEORIAS DA APRENDIZAGEM
	Teorias
	Psicologia – Aspectos conceituais
	Contribuições para o âmbito educacional
	
Teoria verbal significativa
	- Aprendizagem significativa
- Aprendizagem conceitual
-Aprendizagemproposicional
- Mudança conceitual 
- Construtivismo
- Substantividade
- Conhecimento prévio
-Aprendizagem superordenada
- Desenvolvimento proximal
	- Valorizar o conhecimento prévio do educando. 
- Ensinar por meio da provocação produzindo desequilíbrio cognitivo no aprendiz 
para que ele/ela procurando o reequilíbrio 
se reestruturasse
cognitivamente e aprenda.
- Ensinar através da interação social que
leva à aprendizagem dentro 
daquilo que ele chama de 
zona de desenvolvimento proximal.
O processo é dinâmico e vai sendo construído
	
Teoria genética da aprendizagem
	Assimilação: é o processo de integração de novos conhecimentos em estruturas já existentes.
Acomodação: o mecanismo de reformulação das estruturas em relação aos novos conteúdos que se 
incorporam.
Durante a vida serão vários os modos de
organização dos significados.
- Conhecimento gerado através de uma interação
do sujeito com o meio.
- O desenvolvimento humano passa por estágios
de desenvolvimento
	- Para que ocorra a construção de um novo
conhecimento, é preciso que o contato já
assimilado passe por um processo de
desorganização para que em contato com o
novo conhecimento possa se reorganizar.
- Estágios do desenvolvimento: sensóriomotor
( do nascimento aos 02 anos) préoperatório
( 02 a 06 anos) operatórioconcreto
(07 a 11 anos) e operatório- formal
(12 a 16 anos).
	
Teoria sociocultural
	- As mudanças que ocorrem em cada um de nós
tem sua raiz na sociedade e na cultura.
- O processo de desenvolvimento se dá de fora
para dentro, a relação professor- aluno.
- ZDP (Zona Desenvolvimento Proximal)
	A educação é vista como processo social
sistemático de construção da humanidade.
- A aprendizagem sempre inclui relações entre
as pessoas, pois não há um desenvolvimento
pronto e previsto dentro de nós, ele se atualiza conforme o tempo passa e recebemos
influências externas, sempre visando a
autonomia do aluno
- A criança tem potencialidade para aprender e
o que faz com a ajuda dos outros e
autonomia, que pode fazer sozinho
Fonte: Elaborado pela equipe, (2014)
2.2 TEORIA VERBAL SIGNIFICATIVA
Segundo Pelizzari et al. (2002) a aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. 
Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva.
Dessa forma, na atualidade uma das grandes discussões entre os teóricos que influenciam a prática do professor na sala de aula é sobre essa questão. Combate-se a prática pedagógica do educador que tende a trabalhar com o aluno conteúdos que não possui relação alguma com a sua aprendizagem do dia a dia. Inclusive alguns teóricos como por exemplo
Demo (2008) salienta que um dos grande problemas da indisciplina, evasão escolar e repetência estão na prática pedagógica do educador que não contempla conteúdos significativos aos alunos e totalmente descontextualizada da modernidade ´proporcionada pelo avanço tecnológico.
Segundo este mesmo autor, a escola precisa modernizar-se, mas não somente introduzindo tecnologias apenas para “florear” as mesmas aulas antigas, não trazendo ao aluno as inovações e transformações que estas podem oferecer. 
Para Pelizzari et al. (2002) a teoria verbal significativa propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz.
2.3 TEORIA GENÉTICA DA APRENDIZAGEM
A teoria genética da aprendizagem tem como seu principal criador Jean Piaget. Este orientado por seus estudos observou que durante a aquisição do conhecimento, a criança ao interagir com o seu meio utiliza-se de dois processos simultâneo: a organização interna e a adaptação ao meio que ocorre via assimilação e acomodação. Esses dois processos constituem o modo de funcionamento intelectual que estão presenta na criança e se prolonga por toda a vida (SANTOS, 2014). 
As constantes funcionais são inerentes ao aspecto hereditário e tornam possível o aparecimento das estruturas cognitivas do indivíduo a partir das interações organismo ambiente resultante das ações humanas.
Para Piaget (1990) a organização é inseparável da adaptação pois esta acontece quando a pessoa organiza a sua ação em um sistema de totalidade. Essa totalidade de ações forma esquemas, estruturas cognitivas que se referem a uma classe de seq0!ncia de ações semelhantes.
2.4 TEORIA SOCIOCULTURAL DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO
A teoria sociocultural da aprendizagem tem como seu maior intrumentalizador Vigotsky (apud SANTOS 2014) que atribui uma enorme importância ao papel da interação social no desenvolvimento do ser humano. 
Para Vigotsky (apud SANTOS 2014) o desenvolvimento está intimamente relacionado de forma dinâmica por meio de rupturas e desequilíbrios provocadores de contínuas reorganizações por parte do ser cultural.
O ponto mais significativo dessa teoria é a defesa do teórico de que os fatores biológicos somente são preponderantes sobre os sociais no início da vida da criança, pois aos poucos as interações destas com seu grupo social e com objetos de sua cultura passam a governar o comportamento e o desenvolvimento do seu pensamento. 
Na teoria sociocultural proposta por Vygotsky (apud SANTOS 2014) identifica-se dois níveis de desenvolvimento, aquele que se refere as conquistas já efetivadas - nível de desenvolvimento real - e o relacionado as capacidades em vias de constituição - nível de desenvolvimento potencial. No primeiro tem-se as conquistas que já estão consolidadas na criança, as funções ou capacidades que ela já aprendeu e domina. O segundo compreende aquilo que a criança é capaz de fazer mediante a ajuda de outra pessoa (SANTOS, 2014). 
3 FATORES QUE INTERFEREM NO DESENVOLVIMENTO HUMANO
De acordo com Rabello e Passos (2014) existe interação entre desenvolvimento e aprendizagem, que se dá da seguinte maneira: em um contexto cultural, com aparato biológico básico interagir, o indivíduo se desenvolve movido por mecanismos de aprendizagem provocados por mediadores.
Segundo Ferreira (2014) a aprendizagem está envolvida em múltiplos fatores, que se implicam mutuamente e que embora os possamos analisar em separado fazem parte de um todo que depende, quer na sua natureza, quer na sua qualidade, de uma série de condições internas e externas ao sujeito.
A aprendizagem numa perspectiva cognitivo-construtivista é uma construção pessoal resultante de um processo experiencial, interior à pessoa e que se manifesta por uma modificação de comportamento relativamente estável (TAVARES, ALARCÃO , 1990). 
De acordo com Ferreira (2014) quem aprende acrescenta aos conhecimentos que possui novos conhecimentos, rentabilizando os já existentes. 
A estrutura cognitiva é um fator a considerar na aprendizagem. Para Ausubel, Novak e Hanesian, (1980), o aluno, que durante o seu trajeto educativo teve a possibilidade de adquirir uma estrutura cognitiva clara, estável e organizada de forma adequada, tem a vantagem de poder consolidar conhecimentos novos, complementares e relacionados de alguma forma.
A estrutura cognitiva do aluno pode ser influenciada, quer pelo poder de exposição e pelos conteúdos e conceitos integrados, quer pela utilização de métodos adequados de apresentação e ordenação dos materiais. A escola e o professor devem utilizar as estratégias que permitam ao aluno integrar conhecimentos novos, utilizando para tal métodos adequados e um curriculum bem estruturado, por forma aque os conteúdos tenham determinada sequência e racionalidade.
A estrutura cognitiva do aluno tem necessariamente que ser levada em linha de conta no processo de aprendizagem. Os conhecimentos que o aluno apresenta e que correspondem a um percurso de aprendizagem contínuo são fundamentais na aprendizagem de novos conhecimentos.
Segundo Ausubel, Novak e Hanesian, (1980) a personalidade está intimamente ligada à estrutura cognitiva, influenciando-se mutuamente, através de muitos mecanismos, como por exemplo, o da aptidão. A aptidão, como geralmente é compreendida, implica que o nível evolutivo de funcionamento cognitivo seja tal que torna uma dada tarefa de aprendizagem possível com razoável economia de tempo e esforço. Está relacionada com a maturidade cognitiva ou nível de funcionamento intelectual e não com o estado presente do conhecimento do aprendiz num dado campo Neste contexto, a personalidade e a estrutura cognitiva são componentes essenciais do processo de aprendizagem.
Segundo Ferreira (2014) a personalidade e a estrutura cognitiva caminham lado a lado em muitos aspectos da vida do ser humano, sendo esta interação fundamental na aquisição de uma perspectiva social. A capacidade para diferenciar e integrar diferentes pontos de vista sobre uma dada situação é a tomada de perspectiva social, estrutura sócio-cognitiva subjacente ao pensamento interpessoal e social.
Para Coimbra (1990) fatores sociais são tão amplos e exercem, de facto, tantas influências diretas e indiretas na aprendizagem, que a escola e o professor devem ter particular atenção a este fator, procurando não transformar diferenças em desigualdades, motivação em desinteresse, mas sim estimular um relacionamento positivo e enriquecedor.
No entendimento de Vygotsky (apud RABELLO E PASSOS 2014) linguagem é, antes de tudo, social. Portanto, sua função inicial é a comunicação, expressão e compreensão. Essa função comunicativa está estreitamente combinada com o pensamento. A comunicação é uma espécie de função básica porque permite a interação social e, ao mesmo tempo, organiza o pensamento.
O aspecto emocional possui também estreita relação com a aprendizagem e o desenvolvimento humano. Vygotsky (1994) assim como Wallon (1968) também dá grande importância a questão da afetividade, ao destacar a importância das interações sociais, que por sua vez possui grande carga afetiva e assevera sobre a mediação e a internalização como aspectos fundamentais para a aprendizagem, defendendo que a construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as pessoas. 
	Assim, toda a aprendizagem está impregnada de afetividade, já que ela ocorre a partir das interações sociais, num processo permeado pelo vínculo afetivo. Ao pensar na aprendizagem escolar deve-se tem em mente que ela não acontece, portanto apenas na esfera cognitiva, mas que durante todo o processo existe uma base afetiva que dá suporte à aprendizagem prazerosa e significativa. 
4 RELEVÂNCIA DO JOGO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
O jogo é, pois, um “quebra-cabeça”, não é simplesmente um método para aliviar tensões. Também não é uma atividade que “prepara” a criança para o mundo, mas é uma atividade real para aquele que brinca. Verdadeiramente, brincamos, envolvemo-nos com paixão no jogo, sem precisarmos, em absoluto, saber o que ele significa (FRIEDMANN, 1996).
No decorrer de uma atividade lúdica, os acontecimentos dependem, sobretudo das ações da criança num tempo e espaço determinados, com ou sem parceiros, com ou sem objetos de brincar.
Ao tratar do tema Friedmann (1996) diz que, em alguns momentos a criança brinca por puro divertimento, ou seja, pelo prazer de brincar e, nesse caso, quando a criança brinca por brincar o jogo acontece como um fim em si mesmo, o que pode acontecer em qualquer espaço, mesmo na sala de aula. 
Ao observarmos detidamente a brincadeira infantil, duas características se destacam de imediato: o prazer que envolve o jogo se contrapõe a momentos de tensão, a uma séria compenetração dos jogadores envolvidos. O jogo é prazeroso e sério ao mesmo tempo (FRIEDMANN, 1996, p. 11).
Quando o autor corrobora que o jogo é prazeroso e ao mesmo tempo sério é porque para se jogar se faz necessário seguir algumas regras, se for uma competição haverá o ganhador e o perdedor, fatos que levam ao jogador a ter uma certa concentração, torna-se portanto, sério. Por outro lado o jogo é mágico, envolve o jogador, distrai, diverte, dá prazer.
Há uma intuição generalizada de que o jogo é importante para a criança. Para Friedmann (1996) ele é importante porque é um momento de divertimento em que a criança pode se expressar através, descarregar energias e agressividade, interagir com outras crianças, se desenvolver, aprender.
De acordo com a autora, o jogo infantil é significativo, sobretudo por estabelecer a verdadeira vida social das crianças. Porém, apesar da importância da vida social e das relações para o desenvolvimento, ela não tem espaço dentro do contexto escolar. A maior preocupação da escola é: alfabetização e desenvolvimento das habilidades cognitivas da criança.
Segundo Kishimoto (2002), o jogo, como fato social, assume a imagem e o sentido atribuído por cada sociedade e, dependendo do lugar e da época assumem distintas significações.
Em tempos passados, o jogo era visto como inútil, como coisa não-séria. Já nos tempos do Romantismo, o jogo aparece como algo sério e destinado a educar a criança.(...) No Brasil, termos como jogo, brinquedo e brincadeira ainda são empregados de forma indistinta, demonstrando um nível baixo de conceituação deste campo. Enfim, cada contexto social constrói uma imagem de jogo conforme seus valores e modo de vida, que se expressa por meio da linguagem (KISHIMOTO, 2002, p. 17).
A autora afirma que, a utilização do jogo na educação infantil significa um transporte para o campo do ensino-aprendizagem de condições que maximizam a construção do conhecimento, pois introduzem o prazer, a capacidade de iniciação e a ação ativa e motivadora próprias do lúdico.
Segundo Dorin (1981), os jogos influem sobre todos os aspectos da personalidade, além de favorecer o desenvolvimento muscular. O autor afirma que as crianças, através de jogos, reproduzem as atividades dos adultos. Para ele, os jogos de ação, por serem sempre coletivos contribuem para o estabelecimento das relações e das normas sociais do grupo de brinquedo. 
Assim, através do jogo o organismo despende energia exercitando-se, estimulando o crescimento e o desenvolvimento de habilidades. Além disso, brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver capacidades importantes, como, a atenção, a imitação, a memória, a imaginação.
Partindo da idéia de que brincar é bom, é uma necessidade e um direito da criança vários estudiosos buscam resgatar essa prática no cotidiano da escola, considerando-se que o jogo se faz cada vez menos presente. Segundo Friedmann (1996), “não dá tempo para brincar”, justificam os educadores, devido ao programa de ensino a ser cumprido e aos objetivos a serem atingidos, para cada faixa etária. 
Piaget (1998 apud FERREIRA, 2008) em seu artigo diz que o jogo é essencial na vida da criança e constitui-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil , já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade. 
Friedmann (1996, p. 36) afirma que o jogo é crucial para o desenvolvimento cognitivo, pois o processo de criar situações imaginárias leva ao desenvolvimento do pensamento abstrato. 
4.1 JOGOS INTERATIVOS
	Jogo
	Descrição
	Desenvolvimento Cognitivo-Social-Motor
	
Jogo de xadrez
	jogo de xadrez é jogado entre dois adversários, que movimentam peças num tabuleiro quadrado chamado ‘tabuleiro de xadrez’. 
O objetivo de cada jogador é colocar o rei adversário ‘sob ataque’, de tal forma que o adversário não tenha lance legal a evitara ‘captura’ de seu rei no lance seguinte. 
O jogador a alcançar tal objetivo, ganhou a partida e diz-se, deu ‘mate’ no adversário. O jogador que levou o mate, perdeu a partida.
	- É um jogo de estímulos e respostas para problemas, desenvolvendo assim a capacidade cognitiva do jogador.
- Prever as prováveis conseqüências de atos próximos e alheios. 
	
Jogo de dominó 
	O mais conhecido é o que envolve 4 jogadores, divididos em duplas. Cada jogador recebe 7 peças, e torna-se vencedora aquela dupla em que um dos parceiros consegue colocar todas as suas peças antes dos demais jogadores.
	É utilizado principalmente na matemática. Desenvolve o raciocino lógico.
- Prever as prováveis conseqüências de atos próximos e alheios. 
	
Jogo de damas
	O jogo de damas é praticado em um tabuleiro de 64 casas, claras e escuras. A grande diagonal (escura), deve ficar sempre à esquerda de cada jogador. O objetivo do jogo é imobilizar ou capturar todas as peças do adversário
	-Raciocinar na busca dos meios adequados para alcançar um objetivo: 
- Imaginar concretamente situações futuras próximas: 
- Prever as prováveis conseqüências de atos próximos e alheios.
	
Jogo de buraco
	O distribuidor dá onze cartas para cada jogador. O jogador que cortou separa dois conjuntos de onze cartas, chamados de "morto", que serão colocados à parte. Toda essa distribuição deve ser feita com as faces das cartas para baixo, para que ninguém veja quais cartas estão sendo distribuídas. A sobra das cartas distribuídas é colocada no centro da mesa, empilhada, com a face para baixo. Caso haja sobra após separar o morto, ela deve ir para cima do monte.
	-Estimula o pensamento
-Favorece a aquisição de condutas cognitivas e desenvolvimento de 
habilidades como concentração.
	
Buraco Aberto
	- Jogadores: 2 ou 4 
- Número de cartas: 108 (2 baralhos com 2 coringas cada) 
- Distribuição: 11 cartas para cada participante e dois mortos com 11 cartas em cada um 
- Objetivo: O jogador ou a dupla que fizer o maior número de pontos, ganha a partida.
	-Estimula o pensamento
-Favorece a aquisição de condutas cognitivas e desenvolvimento de habilidades como concentração.
Fonte: Elaborado pela equipe, (2014)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificamos por meio desse estudo realizado que a psicologia tem contribuído significativamente com a Pedagogia. Foram vários os teóricos que conseguiram com muito trabalho de pesquisa trazer a Psicologia para o campo da educação como uma ciência favorecedora do processo ensino-aprendizagem.
Percebemos também que o jogo é uma atividade extremamente prazerosa e indicada pelos teóricos como uma prática adequada para a aprendizagem e desenvolvimento da criança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUSUBEL, D. P. ; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. – Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Editora Interamerica, 1980.
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: um conceito subjacente. Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigsubport.pdf> Acesso em: 03 jun. 2014.
DEMO, Pedro. Professor valorizado = Professor motivado. Revista Aprendizagem - A revista da prática pedagógica, v. 2, p. 46-47, 2008.
DORIN, Lannoy. Psicologia da criança. São Paulo. Ed. do Brasil, 1981.
FERREIRA, Manuela Maria Conceição. Alguns fatores que influenciam a aprendizagem do estudante de enfermagem. Disponível em: <http://www.ipv.pt/millenium/millenium31/11.pdf> Acesso em: 03 jun. 2014.
FERREIRA, Rosalina Gomes. (2008). A Importância de Brincar na Educação Infantil. Disponívelem:<http://www.webartigos.com/articles/11903/1/A-Importancia-de-Brincar-na-EducacaoInfantil/pagina1.html.> Acesso em: 03 jun. 2014.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.
KISHIMOTO, Tizuko Morchita (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3.ed. São Paulo: 2002.
PELIZZARI, Adriana. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Revista PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001.
SALVADOR, César Coll. Significado e sentido na aprendizagem escolar. reflexões em torno do conceito de aprendizagem significativa. Disponível em: <http://www.pbh.gov.br/smed/cape/artigos/textos/cesar> Acesso em: 03 jun. 2014. 
SANTOS, José Alex Soares. Teorias da Aprendizagem: Comportamentalista, Cognitivista e Humanista. Disponível em: <http://blogs.virtual.ufc.br/licie/wp-content/uploads/2013/07/100416101846Revista_SIGMA_2_Parte_3.pdf> Acesso em: 03 jun. 2014.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
WALLON, Henry. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.
 
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