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TGP___1_A_16_AULA__4_SEMESTRE_ATUALIZADO_NOVO_CPC_2015.pdf

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Aula 1
1ª Questão: Helena e Marcílio pretendem se divorciar de forma consensual. São pais de 02 filhos menores, absolutamente incapazes e por isso deverão promover a medida judicial para chancelar o acordo de vontades. Indaga-se:
A tutela reclamada em juízo é da jurisdição contenciosa ou não contenciosa (voluntária)? Justifique.
RESPOSTA: A tutela reclamada não é contenciosa e sim voluntária, visto que existe consenso entre as partes.
O ato judicial é uma decisão solucionando lide? Justifique.
RESPOSTA: Não, o ato judicial não soluciona uma lide, pois no caso em questão existe consenso, logo, não há lide. Neste tipo de jurisdição voluntária, o juiz irá apenas homologar a decisão das partes.
2ª Questão. O princípio da inafastabilidade ou princípio do controle jurisdicional expresso na Constituição Federal garante:
a todos o acesso ao Poder Judiciário;
às partes a ampla defesa;
a todos o juiz natural;
a todos o juiz imparcial;
ao juiz o poder diretivo do processo.
Aula 2
1ª Questão: Regina, brasileira, solteira, com seis filhos menores, desempregada, residente na comunicada carente de sua cidade, procura certo órgão de atuação da Defensoria Pública, narrando que durante uma incursão policial na comunidade, uma de suas filhas, Ana, de apenas cinco anos de idade, foi vítima de uma bala perdida e apesar de socorrida, morreu logo ao chegar ao Hospital Municipal local. A Defensora Pública, diante do relato e após verificar as condições socioeconômicas de Regina, decide ajuizar ação buscando indenização junto ao Estado. INDAGA-SE:
A Defensoria Pública é órgão criado para servir de instrumento de acesso à justiça? Justifique a resposta? Aponte o fundamento legal.
RESPOSTA: Sim, as Defensorias Públicas visam efetivar o acesso à justiça, inclusive para os hipossuficientes, tendo em vista que nossa Carta Magna aponta o acesso à justiça como um direito fundamental.
O prazo em dobro concedido à Defensoria Pública infringe o princípio da igualdade das partes? Justifique.
RESPOSTA: Não, o prazo em dobro reforça o princípio da igualdade, tratando desigualmente os desiguais. Isso se chama “isonomia material”.
Analisando o quadro de evolução histórica do Direito Processual Civil, em que fase nos encontramos? Qual a preocupação do processualista moderno? Justifique as respostas. RESPOSTA: Atualmente, nosso Direito Processual Civil encontra-se na fase “instrumentalista” e a preocupação do processualista moderno é encarar o processo como um instrumento para viabilização das pretensões do direito material e não como um fim em si mesmo.
2ª Questão. Analise as seguintes assertivas, assinalando a alternativa correta:
Pretensão de direito material corresponde à faculdade que o titular de um direito subjetivo possui de exigir que tal direito seja respeitado em caso de violação.
Entender o direito de ação como autônomo e abstrato significa distingui-lo do direito material disputado entre os litigantes, bem como reconhecer que sua existência independe da própria existência do direito material controvertido.
Não existem exceções à proibição da autotutela.
O acesso à justiça restringe-se à admissão ao processo ou ao ingresso em juízo.
A sentença arbitral, para gerar efeitos jurídicos, deve ser homologada judicialmente.
apenas as assertivas I, IV e V estão corretas
apenas as assertivas I, II e V estão corretas
apenas as assertivas II, III e V estão corretas
apenas as assertivas I e II estão corretas
apenas a assertiva II está correta
Aula 3
1ª Questão: Sílvio promove ação de conhecimento em face de Francisco postular do réu indenização por dano material no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o réu oferece contestação e alega a incapacidade do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mérito que já ocorreu a prescrição, considerando que o prazo previsto na lei civil para cobrança do crédito já esgotou quando da propositura da ação. O juiz, ao examinar os autos constata que o autor já adquiriu a maioridade e, então, acolhe a defesa do réu, reconhecendo a prescrição, proferindo sentença de improcedência do pedido. Indaga-se: foi correta a decisão do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual? Justifique. RESPOSTA: Sim, a decisão do juiz foi correta, pois para correta interpretação da lei processual, o juiz deve enxergar o processo como um instrumento de viabilização das pretensões do direito material.
2ª Questão. Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito à aplicação da lei no espaço:
a jurisdição civil, contenciosa e voluntária (não contenciosa), é exercida pelos juízes em todo o território nacional, conforme determina o CPC - (correto);
em todos os processos que correm no território nacional devem-se respeitar as normas do CPC - (correto);
a norma do art. 13 do CPC é válida mesmo que o direito material a ser aplicado seja oriundo do estrangeiro - (correto);
os processos que correm fora do território nacional tem eficácia no Brasil independentemente de serem homologados pelo Poder Judiciário Brasileiro – (errado, pois tem que ser homologado pelo STJ).
Aula 4
1ª Questão. Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de mérito. Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.
RESPOSTA: Não, o juiz não agiu corretamente, pois deveria ter citado a outra parte para contestação. Embora a convenção de arbitragem seja causa de extinção do processo sem julgamento do mérito, não poderia o juiz reconhece-lo de ofício, devendo oportunizar a manifestação da parte contrária.
Questão nº 2. Assinale a alternativa que melhor define a mediação:
é a atividade imposta às partes, que se obrigam a obedecer a decisão do mediador.
é um sinônimo para conciliação, não havendo nenhuma diferença entre os institutos.
é a atividade desempenhada pelo árbitro.
é vedada no direito brasileiro.
é a atividade de um terceiro neutro e imparcial que não tem o poder de decidir o conflito.
Aula 5 | MESMO QUE O PLANO DE AULA 1
Questão nº 1: Helena e Marcílio pretendem se divorciar de forma consensual. São pais de 02 filhos menores, absolutamente incapazes e por isso deverão promover a medida judicial para chancelar o acordo de vontades. Indaga-se:
A tutela reclamada em juízo é da jurisdição contenciosa ou não contenciosa (voluntária)? Justifique.
RESPOSTA: A tutela reclamada não é contenciosa e sim voluntária, visto que existe consenso entre as partes.
O ato judicial é uma decisão solucionando lide? Justifique.
RESPOSTA: Não, o ato judicial não soluciona uma lide, pois no caso em questão existe consenso, logo, não há lide. Neste tipo de jurisdição voluntária, o juiz irá apenas homologar a decisão das partes.
Questão nº 2. O princípio da inafastabilidade ou princípio do controle jurisdicional expresso na Constituição Federal garante:
a todos o acesso ao Poder Judiciário;
às partes a ampla defesa;
a todos o juiz natural;
a todos o juiz imparcial;
ao juiz o poder diretivo do processo.
Aula 6
Questão nº 1. Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, requerendo a desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O demandante, na própria petição inicial, postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela para que o seu credor seja impedido de executar em juízo esta dívida enquanto perdurar a presente demanda. Este pleito se afigura possível?
RESPOSTA: Não, pois afronta o princípio da disponibilidade – art. 5º, XXXV, CF/88 – afronta a constituição – o acesso primário à justiça. A demanda não pode ser impedida. A ação não pode ser impedida. Não pode haver decisão que impeça a provocação.
Questão nº 2. O princípio da Inercia da jurisdição
é absoluto,sem possibilidade de sofrer qualquer forma de mitigação.
pode ser mitigado na jurisdição voluntária, mas não na contenciosa.
está presente mesmo na instauração de inventário de ofício.
é consequência do princípio constitucional de devido processo legal.
nenhuma das alternativas acima
Aula 7
1ª Questão. O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter supostamente praticado o crime previsto no art. 171, parágrafo 3º do CP, já que vinha recebendo benefício previdenciário manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das Varas Federais Criminais da Seção Judiciário do Rio de Janeiro, culminando pela prolação de uma sentença penal condenatória. Neste mesmo ato decisório, o magistrado determinou que o denunciado deva ressarcir o INSS (autarquia federal) da importância de R$ 122.820,00, que seria o montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta criminosa. Indaga-se: pode o magistrado, lotado em juízo especializado em matéria criminal, efetuar a liquidação dos prejuízos cíveis sofridos? Justifique a resposta.
RESPOSTA: Sim, a lei 11.719/08 modifica o art.383, IV, do CPP, em sua nova redação impôs ao magistrado o dever de fixar o valor mínimo da reparação dos danos causados pela infração, para permitir que o juiz ao proferir a sentença penal condenatória fixe um valor mínimo para a indenização dos prejuízos causados pelo crime praticado.
2ª Questão. Assinale a alternativa correta em relação à autonomia ou independência da responsabilidade civil e criminal:
a) a responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal; art. 935 do cc.
se tiver sido proferida sentença absolutória no juízo criminal, por qualquer que seja o seu fundamento, não se afigura possível o ajuizamento de qualquer ação civil objetivando a reparação do dano;
a sentença penal condenatória não é título executivo hábil a permitir a instauração de uma execução perante o juízo de competência cível;
a responsabilidade civil é independente da criminal e por este motivo é possível questionar sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, ainda que estas questões já tenham sido decididas no juízo criminal.
Aula 8
1ª Questão. A empresa Tubo S/A deseja impetrar um mandado de segurança contra ato de comissão de licitação da Petrobrás S/A por ter sido inabilitada para o certame. Qual é o juízo competente para processar e julgar a referida demanda? Justifique a sua resposta:
RESPOSTA: De acordo com o entendimento do STJ (AgRg no CC33399/AM), compete à justiça comum estadual julgar mandado de segurança contra ato da comissão de licitação de sociedade de economia mista, inserido em ato de gestão. Isto porque a Petrobrás S/A é pessoa jurídica de direito privado e, embora faça parte da Administração Pública indireta federal, não poderá ser processada e julgada pela Justiça Federal já que não está incluída no rol do art. 109, I da CRFB/88.
Questão nº 2. Assinale a alternativa correta.
O processo civil brasileiro adota a regra da eventualidade ao impor ao demandado o dever de alegar na contestação, a um mesmo tempo, todas as defesas que tiver contra o pedido do autor, ainda que sejam incompatíveis ou contraditórias entre si, pois na eventualidade de o juiz não acolher uma delas, passa a examinar a outra.
A convenção de arbitragem não é pressuposto processual por ser matéria de direito dispositivo que, para ser examinada, não dispensa a iniciativa do réu. Caso o réu não a alegue o processo prossegue e é julgado perante a jurisdição estatal. A ausência de alegação do réu torna a justiça estatal competente para julgar a lide e, por inexistir qualquer invalidade, o processo não será extinto.
A competência absoluta do juízo é matéria de ordem pública sobre a qual não se opera a preclusão pois não está ligada ao princípio dispositivo uma vez que não se trata de direito disponível. A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, compreendidos os graus de instâncias ordinárias, a saber, primeiro grau de jurisdição, apelação, embargos infringentes, recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça.
Em ação de reparação de danos por ato ilícito permite-se ao autor que formulara pedido de reparação de danos patrimoniais acrescer, até a citação do réu, sem audiência deste, ou depois da citação, com a aquiescência deste, o pedido de indenização por dano moral, desde que resultante do mesmo ato ilícito.
Somente as proposições I e III estão corretas.
Somente a proposição III está correta.
Somente as proposições I e IV estão corretas
Somente as proposições II e IV estão corretas.
e) Todas as proposições estão corretas.
Aula 9
1ª Questão. Em demanda promovida por Marcos em face de Associação dos Idosos Brasileiros, o juiz profere o despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte demandada. Pergunta-se:
Se no curso do procedimento forem produzidas provas que demonstrem a ilegitimidade da parte, poderá o juiz proferir sentença definitiva de improcedência do pedido? Fundamente com a abordagem da Teoria Eclética do Direito de Ação e da Teoria da Asserção.
RESPOSTA: o ordenamento processual brasileiro adotou a teoria eclética do direito de ação que se configura com a necessidade de preenchimento das condições da ação legitimidade, interesse e possibilidade jurídica do pedido, segundo o entendimento dominante o juiz avalia a presença dessas condições pelas afirmações feitas pelo autor na petição inicial não precisando haver uma análise mais profunda sobre elas, pois adota-se a denominação teoria da asserção caso seja necessário uma avaliação mais profunda constatando-se a falta de uma dessas condições o julgamento será de mérito de improcedência.
A decisão do juiz que desacolhe a preliminar de ilegitimidade passiva levantada pelo demandado sofre os efeitos da preclusão se a parte supostamente prejudicada não impugná-la a tempo e modo devidos?
RESPOSTA: não estão sujeitos aos efeitos da preclusão as questões envolvendo as condições da ação podendo ser reconhecidas de oficio e em qualquer tempo e grau de jurisdição conforme prevê o art. 267 §3º do CPC.
2ª Questão. Fabrício promove uma demanda objetivando a cobrança de valores em face de Flávio. O réu, ao ser citado, apresenta contestação e suscita, em preliminar, a falta de interesse de agir do autor, eis que, até a presente data, a dívida questionada ainda não tinha vencido. Ocorre que, tão logo foi apresentada a peça de defesa, os autos seguiram conclusos ao magistrado, tendo neste ínterim ocorrido o vencimento do débito. Indaga-se: como o magistrado deverá proceder?
deverá julgar o pedido improcedente, pois as condições da ação devem ser analisadas no momento da propositura da demanda;
deverá designar uma audiência preliminar, para tentar viabilizar uma composição amigável entre as partes;
c) deverá permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dívida no curso do processo tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretensão deduzida;
d) deverá reconhecer a ausência de uma das condições da ação e extinguir o processo sem resolução do mérito.
Aula 10
1ª Questão. Luciano impetra mandado de segurança apontando como autoridade co-autora o gerente regional de arrecadação da Receita Federal, que presenta a União. Como teve negada a liminar pretendida pelo magistrado, o seu advogado resolve instaurar um novo processo de conhecimento, mas em rito ordinário, envolvendo as mesmas partes, pedido e causa de pedir. Há litispendência neste caso, mesmo tratando-se de processos que observam procedimento distinto? Justifique a resposta.
RESPOSTA: A lites pendência tendo em vista que a configuração desta se dá pela tríplice identidade das ações, ou seja, quando as ações apresentam as mesmas partes causa de pedi e pedido.2ª Questão. Assinale a alternativa correta, que diga respeito à litispendência:
a) trata-se de matéria que pode ser conhecida de ofício pelo juiz;
trata-se de matéria que somente pode ser conhecida pelo magistrado após ter sido ventilada diretamente pela própria parte interessada;
trata-se de matéria que o juiz somente poderá pronunciar após ter intimado previamente as partes e o Ministério Público para que se manifestassem a respeito;
Nenhuma das alternativas é correta.
Aula 11
1ª Questão. Gustavo promove demanda em face de Fabiano, perante o juízo da 1ª Vara Cível, tendo sido proferida sentença que lhe foi favorável, com a condenação do demandado a lhe pagar uma quantia superior a R$ 100.000,00. Não foram interpostos recursos e a sentença transitou em julgado. Ocorre que o devedor não honrou o pagamento fixado na sentença.
Qual medida Gustavo deverá adotar?
RESPOSTA: A medida é cumprimento de sentença, art. 475J. Trata-se de uma mera fase do processo de conhecimento e não uma ação autônoma, por isso podemos afirmar tratar-se de processo sincrético. Deverá, através de processo de execução que realizada nos autos do mesmo processo exigir o cumprimento da sentença.
Haverá necessidade de instauração de um novo processo?
RESPOSTA: Não é necessário a instauração de novo processo.
O que é processo sincrético?
RESPOSTA: Processo sincrético é aquele que une as funções cognitiva e executiva, para declarar e satisfazer o direito em um processo apenas, contribuindo para a economia, celeridade e instrumentalidade processuais, tendências do direito moderno para atender a efetividade alcançando, finalmente, o verdadeiro sentido do acesso à justiça.
2ª Questão. O procedimento de busca e apreensão previsto no Decreto Lei nº 911/69.
a) de conhecimento;
de execução;
cautelar;
sincrético.
Aula 12
1ª Questão. Humberto promoveu ação de conhecimento em face de Jurandir. No curso do processo, o advogado do demandante renuncia o seu mandato e o autor, intimado para regularizar a capacidade postulatória não constituir outro procurador judicial. Indaga-se:
Qual será a consequência processual?
RESPOSTA: Com a renúncia do advogado, o juiz deverá intimar o autor para constituir um novo advogado, enquanto isso o processo fica suspenso. Caso o autor, após a citação não constituir o advogado, o processo será extinto sem resolução do mérito. Art. 267, IV do CPC.
A resposta seria a mesma caso esta situação envolvesse o demandado? Justifique as respostas.
RESPOSTA: Quando o advogado da parte ré renúncia, o juiz irá citar a parte ré para que possa constituir novo advogado, caso não constitua, o processo continuará, mas o réu não será intimado em nenhum ato processual.
2ª Questão. A incompetência do Juízo usualmente é considerada como pressuposto processual de validade do processo. No entanto, como o magistrado deve proceder quando reconhece a incompetência absoluta. Indique a alternativa correta:
a)	deve extinguir o processo pela ausência de pressuposto processual, na forma do art. 267, inciso IV, CPC;
b) deve declinar da incompetência absoluta em prol do órgão jurisdicional competente;
deve intimar a parte contrária para informar se renuncia a prerrogativa de tramitação do processo de acordo com as normas constitucionais e processuais;
nenhuma das alternativas é a correta.
Aula 13
1ª Questão. Foi proposta por Jurandir em face de Fausto ação de conhecimento para postular a cobrança de crédito cambial, decorrente de emissão de nota promissória pelo réu, vencida e não paga. Citado, o réu, em preliminar, alega entre outras defesas processais e de mérito a falta de interesse do autor, em conta que dispõe de tutela de execução para eventualmente fazer valer o seu direito. Indaga-se:
Assiste razão ao réu na sua defesa? Justifique.
RESPOSTA: Não. Porque se trata de uma ação de conhecimento “cognitiva” entre as partes, restando o judiciário o reconhecimento do pedido.
Diferencie a tutela de conhecimento(cognitiva) da tutela de execução. Justifique. RESPOSTA: Na TUTELA COGNITIVA (CONHECIMENTO) dar-se-á o acertamento do direito das partes, a sentença portanto reconhece, nega ou dá procedente em parte ao pedido do autor. Na TUTELA EXECUÇÃO se estrutura a busca da satisfação do credor, seja em título judicial ou extrajudicial, e desde que preenchidos os requisitos previstos em lei.
2ª Questão. Em ação de conhecimento, pelo procedimento comum, fundada em dispositivo contratual, o autor pede o cumprimento de obrigação de fazer pactuada e descumprida voluntariamente pelo contratado, ora réu. O réu, na contestação, alega incompetência absoluta do juízo e requer seja avaliada a nulidade da mesma cláusula contratual sobre a qual se funda a pretensão do autor. Nesse contexto, identifique, pela ordem, as seguintes questões suscitadas: I) incompetência; II) nulidade da cláusula; e III) cumprimento da obrigação de fazer:
preliminar, prejudicial e principal;
prejudicial, preliminar e principal;
principal, preliminar e prejudicial;
principal, prejudicial e preliminar;
e) preliminar, principal e prejudicial.
Aula 14
1ª Questão. O que é desconsideração inversa da personalidade jurídica?
RESPOSTA: o que nada mais é do que a utilização dos bens da pessoa jurídica para o pagamento de obrigações contraídas por seus sócios, e, para isso, existe a quebra da autonomia patrimonial. A conveniência do instituto surge se o devedor esvazia o seu patrimônio, transferindo os seus bens para a titularidade da pessoa jurídica da qual é sócio.
2ª Questão. Dentre os poderes / deveres do magistrado assegurados no art. 139 do NCPC, assinale a única alternativa incorreta:
determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; C
promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; C
dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; C
determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; C
j)	proibir uma das partes de se manifestar nos autos caso pratique ato incompatível com a logística da boa fé e da colaboração, princípios insculpidos nos arts. 5° e 6° do NCPC.
Aula 15
1ª Questão. Em que consiste a figura do amicus curiae e, de acordo com o art. 138 do NCPC, em que hipóteses pode ser autorizada a sua intervenção?
RESPOSTA: Amicus curiae é alguém que, mesmo sem ser parte, em razão de sua representatividade, é chamado ou se oferece para intervir em processo relevante com o objetivo de apresentar ao Tribunal a sua opinião sobre o debate que está sendo travado nos autos, fazendo com que a discussão seja amplificada e o órgão julgador possa ter mais elementos para decidir de forma legítima. É uma forma de intervenção anômala de terceiros. O amicus curiae pode ser convocado, de ofício, pelo Tribunal, ou, então, pleitear sua participação no processo.
ATENÇÃO: Não se admite intervenção de terceiros:
Juizados Especiais (por força do art. 10, Lei 9.099/95);
ADI e ADC (arts. 7º e 18, Lei 9.868/99).
2ª Questão. A regra do art. 1.005 do NCPC se aplica, apenas, ao litisconsórcio:
voluntário;
necessário;
c) simples; (Art 509 CPC)
d) unitário.
Aula 16
1ª Questão. Eduardo promove em face da Fazenda Pública Estadual ação visando a condenação do réu a fornecer remédios para tratamento de doença (AIDS). Na inicial postula, ainda, a concessão de tutela antecipada, diante do risco de dano irreparável. O juiz, ao examinar inicial concede a tutela reclamada, que foi objeto de recurso por parte do réu. Indaga-se:
É admissível a concessão de tutela antecipada em face da Fazenda Pública Estadual? Justifique. RESPOSTA: Sim, a priori é preciso estabelecer que para incidir sobre as tutelas antecipadas concedidas em desfavorda Fazenda Pública nos casos em que estiverem presentes os requisitos legais autorizadores da antecipação (Art. 273 do Código de Processo Civil) e, não exista expressa vedação legal (Lei 9.494/97) para sua concessão.
Como se comporta a jurisprudência do STJ sobre a possibilidade ou não de concessão de tutela antecipada em face do Estado?
RESPOSTA: A jurisprudência já se manifestou positivamente na possibilidade de antecipação de tutela antecipada sem que haja ofensa ao princípio do contraditório, conforme ementa do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná infra:
Tutela antecipada – Provimento ante a presença dos requisitos exigidos no art.273 do Código de Processo Civil – Concessão liminar sem oitiva da parte contrária – Possibilidade – Faculdade reservada ao julgador – Possibilidade, na espécie, frente ao iminente risco de frustração do objetivo visado na medida – Inexistência de afronta ap princípio do contraditório.
**Necessário lembrar que a antecipação da tutela sem a oitiva da parte contrária é possível apenas em casos excepcionais, como bem ensina José Roberto dos Santos Bedaque, “embora admissível a antecipação antes de o réu integrar o contraditório, tal solução mostra-se absolutamente excepcional, pois o juiz terá, como elementos de informação, apenas a visão unilateral do fenômeno apresentada pelo autor.”
2ª Questão. Considerar as seguintes afirmações, indicando, adiante, a alternativa correta:
I - O instituto da antecipação da tutela não se aplica às causas em que for ré a Fazenda Pública. II - Segundo a disciplina legal do instituto da antecipação de tutela, é vedada a concessão de medidas liminares satisfativas, ou seja, que importem, de algum modo, a fruição do direito material pleiteado pelo autor.
III - Em se tratando de obrigação de fazer ou não fazer, e estando configurados os requisitos da relevância do direito e do fundado receio de ineficácia do provimento final, é cabível medida cautelar inominada para impor ao demandado o cumprimento do ato ou da omissão a que está obrigado.
As três afirmações estão inteiramente corretas.
Apenas as afirmações I e II estão inteiramente corretas.
Apenas as afirmações II e III estão inteiramente corretas.
d) Nenhuma das afirmações está inteiramente correta.

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