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MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO “A”
PJ LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o CNPJ nº..., com sede na..., por intermédio de seu advogado, abaixo nomeado e assinado, procuração em anexo, vem, respeitosamente na presença de Vossa Excelência, com espeque no artigo 5º, inciso LXIX da Constituição da República Federativa do Brasil e artigo 282 do Código de Processo Civil, combinado com a Lei n.º 12.016/2009 impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR
contra ato praticado pelo Chefe do Executivo do ESTADO A, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
I - DOS FATOS
			No mês de junho deste ano, através de decreto, foi instituído pelo ESTADO A, cobrança de uma taxa de serviço de segurança devida pelas pessoas jurídicas com sede naquele Estado, com base de cálculo correspondente a 3% (três por cento) do seu faturamento líquido mensal. 
 				A taxa, devida trimestralmente por seus sujeitos passivos foi criada com o objetivo de remunerar o serviço de segurança pública prestado na região, a qual passou a ser exigível a partir da data da publicação do decreto que a instituiu.
				A IMPETRANTE presente participar de processo licitatório em data próxima, para a qual é indispensável a apresentação de certidão de regularidade fiscal e caso não pague a taxa, sem aparo legal de uma medida judicial, sua participação em referido processo estará prejudicado.
II - DO CABIMENTO DA AÇÃO
 				O Mandado de Segurança é cabível, pois seu objeto será sempre a correção de ato ou omissão de autoridade, desde que, ilegal e ofensivo de direito individual ou coletivo, líquido e certo, do impetrante, conforme dispões o artigo 5º, inciso LXIX da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, in verbis:
Art. 5º (..)
(...);
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
	No presente caso, o ESTADO A instituiu por meio de decreto uma taxa de serviço de segurança devida pelas pessoas jurídicas com sede naquele Estado, com base de cálculo correspondente a 3% (três por cento) do seu faturamento líquido mensal. 
	Essa taxa, devida trimestralmente por seus sujeitos passivos, foi criada com o intuito de remunerar o serviço de segurança pública prestado na região. A taxa passou a ser exigível a partir da data da publicação do decreto que a instituiu.
	Para que o impetrante tenha o direito de participar de processo licitatório, terá que apresentar a certidão de regularidade fiscal, que é indispensável, pois não a terá, caso deixe de pagar seus tributos exigidos.
				Dessa forma, com a constituição foi aferida, dando assim a inconstitucionalidade da taxa que foi exigida pelo ESTADO A, por ter violado o princípio da legalidade, previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal de 1988 e ao princípio da anterioridade, previsto no inciso III, letras “b” e “c” do mesmo artigo e diploma legal, in verbis:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II – (...);
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
				Com a inconstitucionalidade em relação ao fato gerador no qual gerou a taxa, pois não obedece a serviço público característico e divisível, sendo assim, o serviço de segurança pública possui um caráter geral e indivisível, conforme prevê o artigo 145, inciso II, da Constituição Federal de 1988, in verbis:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
(...);
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - DA LIMINAR
				O mandado de segurança prevê a regular possibilidade de se requerer pedido na forma liminar por intermédio do artigo 7°, inciso III, da Lei 12.016/2009, no tocante a essa medida autorizadora da liminar, verifica-se que a autoridade coatora não atentou para os requisitos legais.
				A autoridade coatora feriu princípios constitucionais, tendo em vista que não foram respeitados os princípios da legalidade e do princípio da anterioridade, também por ser inconstitucionalidade do fato gerador da taxa não corresponder a serviço público específico e divisível, uma vez que o serviço de segurança pública possui caráter geral e indivisível, ficando assim demonstrado o fumus boni iuris.
				Também é evidente o periculum in mora, pois caso a medida cautelar não seja deferida imediatamente, para que nos próximos processos licitatório o impetrante não precisa apresentar a certidão de regularidade fiscal.
IV - DOS PEDIDOS
                                 
				Em vista do exposto requer a Vossa Excelência:
Conceda, inaudita altera pars, a medida cautelar requerida, assegurando-se a impetrante o direito de obter a certidão de regularidade fiscal;
Determine a oitiva do membro do Ministério Público para oferecer parecer, atendendo o previsto no artigo 12, caput, da Lei 12.016/2009;
A notificação da autoridade coatora para, querendo, prestar as informações que julgar necessárias;
Requer-se, ao final, a outorga definitiva da segurança e a confirmação da liminar deferida assegurando-se o direito líquido e certo da impetrante.
Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$...
Nesses termos,
pede deferimento.
Local e Data.
Advogado
				OAB...

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