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05_El_nino

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INPE-13136-PRE/8395 
 
 
 
 
 
El Niño / La Niña 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gilvam Sampaio de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tópicos em Meio Ambiente e Ciências Atmosféricas 
 
 
 
 
 
INPE 
São José dos Campos 
2005 
 
Em verde o texto que deverá ser locutido. 
 
 
MEIO AMBIENTE E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS 
 
5. EL NIÑO, LA NIÑA 
Prof. Gilvan Sampaio de Oliveira 
 
ÍNDICE 
 
INTRODUÇÃO 
RESUMO 
COMPETÊNCIAS 
PALAVRAS-CHAVE 
5.1 El NIÑO 
 5.1.1 Interações oceano-atmosferas em anos normais 
 5.1.2 Termoclina 
 5.1.3 Ressurgência 
 5.1.4 Interações oceano atmosfera em anos de El Niño 
 5.1.5 A célula de Walker e a seca do Nordeste 
 5.1.6 Um episódio de El Niño 
 5.1.7 O La Niña 
 5.1.8 Interações oceano atmosfera em anos de La Niña 
 5.1.9 Ressurgência e La Niña 
 5.1.10 Periodicidade do La Niña 
5.1.11 Pesquisa e monitoramento. 
 
ATIVIDADES 
PERGUNTAS E RESPOSTAS 
GLOSSÁRIO 
LINKS 
AVALIAÇÃO 
INTRODUÇÃO 
RESUMO 
O El Niño é o aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial que, 
combinado com o enfraquecimento dos ventos alísios na mesma região, provoca 
mudanças na circulação da atmosfera, causando fenômenos como secas e 
enchentes em várias partes do globo. 
 
COMPETÊNCIAS 
• Conhecer o fenômeno El Niño e La Niña, sabendo diferenciá-los em suas 
principais características. 
• Perceber as alterações atmosféricas causadas por estes fenômenos. 
• Conhecer as conseqüências e as possíveis causas destes fenômenos. 
 
PALAVRAS-CHAVE 
célula de circulação de Walker, El Niño, interações oceano-atmosfera, La Niña, 
ressurgência, termoclina, ventos alísios. 
 
5.1 El NIÑO 
 
Intereção
Infográfico
EÑ
LÑ
normal
Animação
EÑ + LÑ
Efeitos no Brasil
Temepratura
Pressão
Precipitação
Comparação
MACA
05 El Niño
05/05/05
 
 
Interação 
Mapa abrangendo do Pacífico ao Atlântico com a divisão dos estados brasileiros. 
O usuário poderá alterar a temperatura do Pacífico gerando: a) El Niño, b) La Nina 
e c) situação normal. Em um canto deve haver um mapa mundi com os impactos 
do ElNiño no mundo. 
 
Nos casos a) e b) será animada uma célula de Walker com os seguintes 
elementos (convecção, temperatura, latitude, nuvens, oceano, continente, 
termoclina, ventos alisios e ressurgência). 
 
Em cada situação, a interação indicará nas respectivas regiões os impactos: 
EÑ - Impactos no Brasil, Região Norte 
Secas no norte e leste da Amazônia, o que provocou o aumento da 
probabilidade de incêndios florestais, principalmente em áreas de florestas 
degradadas. 
 
EÑ - Impactos no Brasil, Região Nordeste (leste da Amazônia) 
Secas de diversas intensidades na região norte do Nordeste brasileiro 
ocorrem durante a estação chuvosa de fevereiro a maio. Esta região é 
também muito influenciada pelas variações que ocorrem no Oceano 
Atlântico Tropical. O Sul e o oeste da Região Nordeste não são 
significativamente afetados. 
 
EÑ - Impactos no Brasil, Região Sudeste 
Moderado aumento das temperaturas médias, principalmente no inverno e 
no verão. Não há padrão característico de mudança das chuvas durante a 
ocorrência do fenômeno, com exceção do extremo sul do Estado de São 
Paulo. 
 
EÑ - Impactos no Brasil, Região Centro-Oeste 
Não há evidências de efeitos pronunciados nas chuvas desta Região, 
apenas observa-se tendência de chuvas acima da média climatológica e 
temperaturas mais altas no sul do Mato Grosso do Sul. 
 
EÑ - Impactos no Brasil, Região Sul 
Precipitações abundantes, principalmente na primavera. Chuvas intensas 
podem ocorrer de maio a julho, como as que ocorreram no ano de 1983. Há 
aumento da temperatura média. As frentes frias que vêm do sul podem ficar 
semi-estacionadas por vários dias sobre a Região, provocando chuvas ao 
longo de praticamente todo o dia. 
 
LÑ - Impactos no mundo 
Os principais impactos do La Niña em relação às chuvas e às temperaturas 
são apresentados na figura ao lado. 
 
(Figura 6: Principais impactos do fenômeno La Niña em todo o Globo, no 
período de verão no Hemisfério Sul (dezembro-janeiro-fevereiro) e inverno 
(junho-julho-agosto), em relação às chuvas e às temperaturas. Foram feitas 
algumas adaptações (principalmente na América do Sul) na figura 
gentilmente cedida pelo Dr. Chet Ropelewski, Diretor do Climate Monitoring 
and Dissemination Division do International Research Institute for Climate 
Prediction, Lamont-Doherty Earth Observatory of Columbia University). 
 
Norte – nordeste – sudeste – centro-oeste - sul 
 
LÑ - Impactos de La Niña no Brasil – Região Norte 
Tendência de chuvas abundantes no norte e leste da Amazônia. 
 
Na Amazônia, as vazões do rio Amazonas e as costas do Rio Negro (em 
Manaus), em eventos passados mostraram valores maiores que a média. 
 
 
LÑ - Impactos de La Niña no Brasil – Região Nordeste 
Chegada de frentes frias até a Região Nordeste, principalmente no litoral da 
Bahia, Sergipe e Alagoas. 
 
Possibilidade de chuvas acima da média na região semi-árida do Nordeste 
do Brasil. Essas chuvas só ocorrem se, simultaneamente ao La Niña, as 
condições atmosféricas e oceânicas sobre o Oceano Atlântico mostrarem-
se favoráveis, isto é, com temperatura da superfície do mar (TSM) acima da 
média no Atlântico Tropical Sul e abaixo da média no Atlântico Tropical 
Norte. 
 
LÑ - Impactos de La Niña no Brasil – Região Sudeste 
Temperaturas próximas da média climatológica ou ligeiramente abaixo da 
média (temperaturas mais baixas que o normal) na Região Sudeste durante 
o inverno e verão. 
 
LÑ - Impactos de La Niña no Brasil – Região Centro-oeste 
 SEM TEXTO 
 
LÑ - Impactos de La Niña no Brasil – Região Sul 
Passagens rápidas de frentes frias sobre a Região Sul do país, com 
tendência de diminuição da precipitação nos meses de junho a fevereiro, 
principalmente no Rio Grande do Sul, além do centro-nordeste da Argentina 
e Uruguai. 
 
 
 
 
 
5.1.1 INTERAÇÕES OCEANO-ATMOSFERA EM ANOS NORMAIS 
Em anos normais, sem a presença do El Niño ou La Niña, as águas do 
Oceano Pacífico Equatorial Oeste são mais quentes do que junto à costa 
oeste da América do Sul, onde as águas do Pacífico são um pouco mais 
frias. 
 
A circulação do ar que sobe no Pacífico Equatorial Central e que vai para o 
leste em altos níveis da atmosfera e desce no Pacífico Leste, em conjunto 
com os ventos alísios em baixos níveis da atmosfera, formam o que os 
meteorologistas chamam de Célula de circulação de Walker. 
 
Este é o padrão de circulação em todo o Pacífico Equatorial em anos 
normais. 
 
Como as águas do oceano no Pacífico Oeste são mais quentes, há mais 
evaporação e formam-se nuvens numa grande área. Em regiões em que o ar vem 
de altos níveis da troposfera para níveis mais baixos, raramente há formação de 
nuvens de chuva. 
 
Se o ar sobe numa determinada região da atmosfera, deverá descer em outra. Se 
próximo à superfície (baixos níveis da atmosfera) os ventos são de oeste para 
leste, em altos níveis ocorre o contrário, os ventos são de leste para oeste. Assim, 
o ar sobe no Pacífico Equatorial Central e Oeste e desce no Pacífico Leste (junto à 
costa oeste da América do Sul). 
 
5.1.2 TERMOCLINA 
Termoclina é a região onde há uma rápida mudança na temperatura do 
oceano que separa as águas mais quentes próximas a superfície das 
águas mais frias e mais profundas. Os ventos alísios “empurram” as águas 
mais quentes para oeste, fazendo com que a termoclina fique mais rasa do 
lado leste, expondo assim as águas mais frias. 
 
5.1.3 RESSURGÊNCIA 
Os ventos alísios, junto à costa da América do Sul, favorecem o afloramento 
de águas profundas do oceano em um fenômeno chamado ressurgência. 
 
As águas mais frias têm mais oxigênio dissolvido e vêm carregadas de nutrientes 
e microorganismos vindos de profundidades maiores. Isso faz com que a costa 
oeste da América do Sul seja uma das regiões mais piscosas do mundo, pois 
surge também uma cadeia alimentar: pássaros se alimentam de peixes, que por 
sua vez se alimentam de microorganismos e nutrientes daquela região. 
 
5.1.4 INTERAÇÕES OCEANO-ATMOSFERA EM ANOS DE EL NIÑO 
Em anos de El Niño,os ventos alísios enfraquecem. Com isto, todo o 
oceano Pacífico Equatorial começa a aquecer gerando evaporação e 
formando nuvens, com movimento ascendente. 
Há um deslocamento da região com maior formação de nuvens e a célula 
de Walker fica bipartida. Pode-se observar águas quentes em praticamente 
toda a extensão do Oceano Pacífico Equatorial. E a termoclina fica mais 
profunda junto à costa oeste da América do Sul devido ao enfraquecimento 
dos ventos alísios. 
 
5.1.5 A CÉLULA DE WALKER E A SECA DO NORDESTE 
Em anos de El Niño há uma mudança de posição do ramo ascendente da 
célula de Walker no Pacífico Equatorial que se desloca para o Pacífico 
Equatorial Leste. Formam-se então dois ramos descendentes: um na região 
que compreende o Nordeste Brasileiro e parte da Amazônia e outro na 
região da Indonésia. 
 
O ar que desce dos altos níveis da troposfera inibe a formação de nuvens, esta é 
uma das explicações para as secas que ocorrem na região da Indonésia e no 
norte e leste da Amazônia e norte do Nordeste em anos de El Niño. Não é 
somente o El Niño que pode provocar seca no norte da Região Nordeste do Brasil, 
o Oceano Atlântico tem papel fundamental no regime de chuvas da região. Porém, 
em anos de El Niño, em geral, é observada seca nesta região. 
 
 
5.1.6 UM EPISÓDIO DE EL NIÑO 
Entre 1997 e 1998, o episódio El Niño ocasionou intensa seca na região da 
Indonésia. Os índices de poluição na região eram altos, provocados pelas 
queimadas e pela poluição das grandes cidades, causando até acidentes 
por falta de visibilidade. 
 
No Brasil, houve enchentes nos estados da Região Sul. No ano seguinte, 
ocorreu grande seca em Roraima provocando uma das piores queimadas 
da região. Foi observada uma intensa seca no norte da Região Nordeste 
que espalhou fome e miséria. 
 
Os principais impactos do El Niño no mundo estão apresentados na figura ao lado. 
 
Figura 4 com legenda: Principais impactos do fenômeno El Niño em todo o Globo, 
no período de inverno no Hemisfério Sul (junho-julho-agosto) e verão (dezembro-
janeiro-fevereiro), em relação às chuvas e às temperaturas. 
Figura gentilmente cedida pelo Dr. Chet Ropelewski, Diretor, Climate Monitoring 
and Dissemination Division do International Research Institute for Climate 
Prediction, Lamont-Doherty Earth Observatory of Columbia University, Palisades, 
Estados Unidos da América. 
 
 
5.1.7 O LA NIÑA 
O La Niña (“a menina”, em espanhol) é um fenômeno que se caracteriza por ser 
oposto ao El Niño, ou seja, é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico 
Equatorial, pode ser chamado também de episódio frio, ou ainda, El Viejo (“o 
velho”, em espanhol). 
 
5.1.8 INTERAÇÕES OCEANO-ATMOSFERA EM ANOS DE LA NIÑA 
O La Niña, que significa “a menina”, em espanhol, é um fenômeno que se 
caracteriza por ser oposto ao El Niño, ou seja, é o resfriamento das águas 
do Oceano Pacífico Equatorial, pode ser chamado também de episódio frio, 
ou ainda, El Viejo “o velho”, em espanhol. 
 
Com a evaporação e os movimentos ascendentes que geram nuvens de chuva, a 
célula de Walker, em anos de La Niña, fica mais alongada que o normal, devido a 
maior intensidade dos ventos alísios, e as águas mais quentes ficam represadas 
mais a oeste que o normal. A região do nordeste do Oceano Índico, a oeste do 
Oceano Pacífico, passando pela Indonésia, tem grande quantidade de chuvas. No 
Pacífico Equatorial Central e Oriental ocorrem os movimentos descendentes da 
célula de Walker. Eles ficam mais intensos que o normal, inibindo, e muito, a 
formação de nuvens de chuva. 
 
5.1.9 A RESSURGÊNCIA E O LA NIÑA 
Com os ventos alísios mais intensos, a ressurgência também irá aumentar 
no Pacífico Equatorial Oriental, emergindo mais nutrientes das profundezas 
do Oceano. 
 
(sugestão de figura: mesma figura anterior, mostrando os nutrientes submergindo) 
 
5.1.10 PERIODICIDADE DO LA NIÑA 
Em geral, os episódios La Niñas têm freqüência de 2 a 7 anos, porém tem 
ocorrido em menor quantidade que o El Niño durante as últimas décadas. 
Os episódios La Niña têm duração de aproximadamente 9 a 12 meses, e 
somente alguns episódios persistem por mais de 2 anos. 
 
Os valores das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) em anos de 
La Niña têm desvios menores que em anos de El Niño, ou seja, enquanto 
observam-se anomalias de até 4,5ºC acima da média em alguns anos de El Niño, 
em anos de La Niña, as maiores anomalias observadas não chegam a 4ºC abaixo 
da média. 
 
(sugestão: colocar uma tabela com os episódios de La Niña ocorridos nos séculos 
XX e XXI). 
 
5.1.11 PESQUISA E MONITORAMENTO 
Nos últimos anos, o CPTEC/INPE (leia: ceptéq ínpe) vêm monitorando as 
condições atmosféricas e oceânicas para alertar as comunidades 
meteorológica, climatológica e oceanográfica para a possibilidade da 
evolução de uma situação de El Niño ou La Niña através de seus boletins. 
 
As previsões climáticas são fundamentais para a tomada de decisão por 
parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais e, também, pela 
iniciativa privada. 
 
ATIVIDADES 
Pesquisa em jornais, revista e/ou internet sobre os impactos causados pelo El 
Niño e pelo La Niña, compará-los observando seus períodos de ocorrência e 
tempo de duração. 
 
PERGUNTAS E RESPOSTAS 
1. O que provoca o El Niño? 
Não se sabe ao certo o porquê do aquecimento anômalo do Oceano Pacífico. 
Existem várias teorias que tentam explicar este fenômeno, mas, até hoje, 
nenhuma o explica em todos os seus aspectos. 
 
A teoria mais aceita atualmente é chamada de oscilador-retardado (ou, em 
inglês, “delayed oscillator”), uma formulação bastante complexa que incorpora 
interações entre o oceano e a atmosfera e está relacionada a ondas oceânicas 
(Rossby e Kelvin) e ao tamanho da bacia do Pacífico, que é muito grande. 
Entretanto, o que sabemos é que a principal fonte geradora do aquecimento é o 
Sol. Há uma interação extremamente complexa entre a atmosfera e o oceano que 
até hoje ninguém conseguiu explicar exatamente. 
 
2. Pode-se prever o El Niño? 
O El Niño não tem um ciclo bem definido, em geral, a atuação do fenômeno é 
observada entre 2 e 7 anos. 
(sugestão: colocar uma tabela com os episódios de El Niño ocorridos nos séculos 
XX e XXI). 
 
Em alguns anos há o aquecimento das águas do Pacífico e em outros anos não. 
Atualmente, utilizando-se sofisticados programas de computador que contém 
equações matemáticas dos movimentos oceânicos (programas estes chamados 
de modelos), consegue-se prever quando irá começar um novo El Niño, o que ele 
poderá ocasionar e quando ele terminará. 
 
3. Quais as conseqüências do El Niño? 
O El Niño provoca mudanças na circulação da atmosfera, causando fenômenos 
como secas e enchentes em várias partes do globo. 
 
4. Como o El Niño interfere na pesca? 
Em anos de El Niño, há a diminuição da intensidade dos ventos alísios, diminuindo 
também a ressurgência e, conseqüentemente, os nutrientes e microorganismos 
que chegavam até a superfície (ou próximo a ela) ficam em níveis mais profundos 
no oceano. Com isso, os peixes migram ou morrem, o mesmo acontece com os 
pássaros que se alimentam deles. Há uma quebra da cadeia alimentar da região, 
é por isso que os anos de El Niño são ruins para a pesca na costa oeste da 
América do Sul 
 
5. O que ocorre com os ventos alísios em anos de El Niño e de La Niña? 
Em anos de El Niño, os ventos alísios ficam mais fracos que o normal. Já em anos 
de La Niña, os ventos alísios aumentam de intensidade. 
 
GLOSSÁRIO 
aquecimento anômalo - aquecimento acima do normal. 
célula de circulação de Walker - padrão de circulação em todo o Pacífico 
Equatorial no sentido leste-oeste. É a circulação do ar que sobe no Pacífico 
Equatorial Central e Oeste e que vai para o leste em altos níveis da atmosfera e 
desce no Pacífico Leste, em conjunto com os ventos alísios em baixos níveis da 
atmosfera. 
oscilador-retardado - teoria complexa que incorpora interações entre o oceano e 
a atmosfera. Relaciona ondas oceânicas e o tamanho da bacia do Pacífico para 
explicaro motivo do aquecimento anômalo do Oceano Pacífico em anos de El 
Niño. 
piscosas – abundante em peixes. 
ressurgência - mecanismo que faz submergir oxigênio, nutrientes e 
microorganismos profundos do oceano. 
termoclina - região onde há uma rápida mudança na temperatura do oceano que 
separa as águas mais quentes (acima desta região) das águas mais frias (abaixo). 
troposfera - região da atmosfera entre a superfície e cerca de 15 km de altura. 
TSM - temperatura da superfície do mar. 
ventos alísios - ventos próximos à superfície que sopram de leste para oeste na 
região equatorial. 
 
LINKS 
Nome: CPTEC/INPE 
Descrição: Explicações sobre o El Niño e La Niña 
Url: http://www.cptec.inpe.br/enos/ 
 
Nome: Senado Federal 
Descrição: Página que traz um relatório sobre os impactos econômicos e sociais 
do El Niño 
Url: http://www.senado.gov.br/web/relatorios/elnino/fenomeno.htm 
 
Nome: Clima Brasileiro 
Descrição: Informações gerais sobre o clima brasileiro e El Niño e La Niña 
Url: http://www.climabrasileiro.hpg.ig.com.br/nina.htm 
 
Nome: Fundação Cearense de Meteorologia e Chuvas Artificiais 
Descrição: Página de dados atualizados sobre o El Niño 
Url: http://www.funceme.br/demet/boletim_elnino/out2004/bol_elnino_out2004.htm 
 
Nome: NOAA – El Niño 
Descrição: Em inglês, página da Agência Norte-Americana de Controle da 
Atmosfera e Oceanos. Referência obrigatória para aprofundamento no tema 
Url: http://www.pmel.noaa.gov/tao/elnino/el-nino-story.html 
 
Nome: VIZ GLOBE 
Descrição: Em inglês, site de mapas interativos com opção de visualização de 
parâmetros relacionados ao El Niño. 
Url: http://viz.globe.gov/viz-bin/map.cgi?l=en&b=g&rg=n&enc=00&nav=1 
 
Nome: El Niño – Educational Sites 
Descrição: Em inglês, relação de endereços para páginas sobre El Niño. 
Url: http://www.elnino.noaa.gov/edu.html 
 
Nome: NOA - El Niño 
Descrição: Mapas comparativos de temperatura e pressão entre o El Niño e La 
Niña. 
Url: http://www.cdc.noaa.gov/ENSO/enso.different.html 
 
Nome: RELATÓRIO N° 4 - COMISSÃO "EL NIÑO" 
Descrição: Relatório do Senado Federal descrevendo em textos e valores o 
impacto do El Niño no Brasil e no mundo. 
Url: http://www.senado.gov.br/web/relatorios/elnino/fenomeno.htm 
 
 
AVALIAÇÃO 
Questão: 01 
O El Niño é o aquecimento anormal das águas do Oceano Atlântico, 
acompanhado de uma diminuição dos ventos alísios. 
Resposta: 
Falso. 
 
Questão: 02 
Embora não seja o único fator responsável, podemos afirmar que o El Niño 
provoca secas no Nordeste e chuvas fortes no Sul e Sudeste brasileiros. 
Resposta: 
Verdadeiro 
 
Questão: 03 
A ocorrência do fenômeno El Niño tem pouca influência sobre a pesca e os 
ecossistemas do litoral do Pacífico na América do Sul 
Resposta: 
Falso 
 
Questão: 04 
La Niña é o resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, acompanhado 
de um aumento dos ventos alísios. 
Resposta: 
Verdadeiro 
 
Questão: 05 
Sobre os fenômenos El Niño e La Niña, não é correto afirmar: 
a) ambos relacionam-se às temperaturas da superfície do mar no Oceano 
Pacífico 
b) ambos são uma conseqüência direta do buraco da camada de ozônio 
c) afetam o clima em várias partes da Terra, como América do Sul e Ásia 
d) são fenômenos naturais, embora possam estar sendo potencializados pela 
ação humana. 
e) n.d.a. 
Resposta: 
b 
 
	PÁGINA DE ROSTO
	SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO
	RESUMO
	COMPETÊNCIAS
	PALAVRAS-CHAVE
	5.1 El NIÑO
	5.1.1 INTERAÇÕES OCEANO-ATMOSFERA EM ANOS NORMAIS
	5.1.2 TERMOCLINA
	5.1.3 RESSURGÊNCIA
	5.1.4 INTERAÇÕES OCEANO-ATMOSFERA EM ANOS DE EL NIÑO
	5.1.5 A CÉLULA DE WALKER E A SECA DO NORDESTE
	5.1.6 UM EPISÓDIO DE EL NIÑO
	5.1.7 O LA NIÑA
	5.1.8 INTERAÇÕES OCEANO-ATMOSFERA EM ANOS DE LA NIÑA
	5.1.9 A RESSURGÊNCIA E O LA NIÑA
	5.1.10 PERIODICIDADE DO LA NIÑA
	5.1.11 PESQUISA E MONITORAMENTO
	ATIVIDADES
	PERGUNTAS E RESPOSTAS
	GLOSSÁRIO
	LINKS
	AVALIAÇÃO

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