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Ana Beatriz Cantarelli Delmondes
2º P Medicina, Cesmac
anabeatrizcantarelli@outlook.com
Genética do Câncer
Falar em câncer é sem duvida algo muito complexo, há muitas perguntas e poucas respostas. Sabe-se que mesmo que você tenha todas as mutações de genes importantes você não necessariamente vai desenvolver o câncer. Ou, então, você pode nascer normal, sem nenhuma mutação nos genes importantes e você pode adquirir uma mutação e desenvolver o câncer. E, além disso, você pode ter câncer sem ter ocorrido nenhuma mutação, que é o caso da epigenética. Existe uma instituição internacional de pesquisas relacionadas ao câncer chamada de IARC, e esta classifica os alimentos quanto a possibilidade de carcinogênese aos nível 1, 2, 3. No Brasil existe o INCA que é o Instituto Nacional do Câncer, ele também lança alguns boletins informativos, no Brasil, que mostram a incidência de todos os canceres em todas as regiões, estados e municípios do país.
 Um alimento considerado cancerígeno não é um alimento que carrega com sigo oncogenes necessariamente, ele contém, na maioria das vezes, moléculas químicas que induzem a mutação no material genético, e muitas dessas substâncias estão presentes em enlatados, conservantes, como por exemplo: Formaldeído, alcatrão, hidrocarboneto policíclico aromático, amina heterocíclicas, acrilamidas, e tudo que tiver sódio. A maioria dos canceres é de origem genética, seja por indução do ambiente, seja por erro na fase S do ciclo celular, ou seja, ainda, de maneira espontânea, ou herdada. 
Existem exames preventivos para diagnóstico precoce de câncer, você pode identificar mutações relacionadas com oncogenes, genes supressores de tumor, e isso irá dizer se você tem alguma chance de desenvolver um câncer. Mas isso é só uma chance, a pessoa pode ter 99% de ter câncer e não necessariamente desenvolver. As mutações, são tidas pelas pessoas comuns, como uma coisa ruim, porém, estudos comprovam que elas são muito importantes para que ocorra a diversidade genética. O problema é o descontrole dessas mutações de forma desorganizada colocando, assim, em risco a perpetuação da espécie. A maioria das mutações que ocorrem em nossa idade reprodutiva elas geralmente, são minimizadas pelos mecanismos de reparo, no entanto, passou dessa idade, as células estão mais propícias a recorrência dessas mutações. E por que isso? Acredita-se que pelo fato de estarmos em constante evolução, esses mecanismos de reparo diminuem sua ação para testar novas combinações gênicas, no entanto, essas células são tão evoluídas que o nosso organismo não suporta conviver com elas. 
O câncer tem ainda outra característica bastante peculiar que é a possibilidade de migrar para outros tecidos, e a esse fato damos o nome de metástase. O que seria isso? As células cancerígenas liberam interleucina, o que provoca a atração das células tronco, essas células tronco são induzidas a mudarem a genética das células oncogênicas (cortam o DNA oncogênico, colocam em vesículas e enviam para todo os tecidos secundários para transformar as células de lá a ficarem aptas a receberem as células oncogênicas) é tudo muito organizado, até angiogênese elas promovem, para nutrir as novas células, que necessitam de uma demanda maior de energia já que se dividem muito mais rápido que as células normais. Por isso existem correntes que acreditam que o câncer deve ser algo relacionado à evolução da espécie.
O PETSCAM é uma técnica de diagnóstico que detecta uma célula tumoral, ou seja, se fosse mais utilizada seriam feito diagnóstico precoces de câncer, porém, é ainda muito caro, e os planos de saúde não cobrem a técnica usada, mais, geralmente em raio x de pulmão. O câncer quando descoberto, geralmente já atingiu uma área geralmente considerável com células tumorais, e é feito, por exemplo uma quimioterapia que diminui a imunidade do individuo e o deixa mais susceptível a doenças ou até mesmo levando-o a morte.
 Então, testes para identificar mutação na BRCA1, BRCA2, P53, são possíveis, mas, sabendo disso como lidar com essa informação? Há uma intensa discussão em torno do assunto, pois, de informação e conscientização já temos o tempo todo, então existe uma discussão ética em torno desse tipo de exame, porque pode virar fonte de seleção para emprego, por exemplo. Então, é preciso ter muito cuidado em relação a isso. 
Os principais canceres no mundo são: Pulmão, estômago, fígado e colo retal. O principal câncer do Brasil é o de próstata, seguido do de mama, o que mostra a fragilidade do nosso sistema de saúde publica que não investida a etiologia, ou seja, de onde veio esse câncer, como ele surgiu, e, simplesmente notificam a ocorrência do mesmo. Então, retornando ao assunto das mutações, sabe-se que são necessárias de 6-8 mutações no material genético para que isso venha a se torna um câncer, esse tipo de mutação é geralmente especifica, com o ganho de função, a mutação tem que trazer alguma vantagem. Que vantagens seriam essas? 
Crescimento independente de sinais externos: Sabe-se que uma célula para crescer precisa receber o estimulo externo (sinal) que ativem seus fatores de crescimento, e a célula tumoral desenvolve independência quanto a esses fatores externos.
Perdem a inibição de crescimento por contato: Sabe-se que as células normais só crescem até chegarem próximas a alguma outra que esteja perto, isso é o normal, uma célula oncogênica, ela perde essa sensibilidade, e cresce aleatoriamente formando assim, morfologias diferentes.
Habilidade em evitar apoptose: É por isso que essas células param de usar a mitocôndria (são importantes no processo de apoptose, pois, o citocromo C dá inicio a cascata das caspases). Então, elas começam a usar muito mais a glicólise do que a fosforilação oxidativa e deixam de fazer apoptose. 
Habilidade de se replicar de forma indefinida: Ocorre devido a uma mutação no gene RAS que precisa ser desativado se não a célula fica o tempo todo se dividindo. 
Há, também, algumas características como: voltam a ser células tronco para serem aceitas em todo e qualquer tecido, bem como, produzem telomerase em excesso para que seja evitado o encurtamento dos cromossomos e as células não envelheçam. Qual a diferença entre uma neoplasia benigna e maligna? A benigna possui um numero de mutações reduzidas, por exemplo, uma ou duas, como a verruga que é um tumor benigno. O maligno são esses que formam mutações como mais de seis e ocasionam um câncer.
A atividade exonuclease da DNA polimerase, ela só corrige uma mutação recém-formada, pois, os mecanismos de reparo estão dentro de cada célula, então, por exemplo, se ela chegou a sete mutações é porque essas mutações atingiram esses mecanismos de reparo, por isso que a gente sabe que são mutações em genes específicos que causam o câncer... Existe, ainda, aquele tipo de mutação que a gente falou que é a mutação da sorte. É uma mutação que na verdade não é muito de reparo, por exemplo: se era C – G e foi trocado por A – T e isso já girou e essa célula já tá com tempo de vida, não tem como saber que aí era o C – G. Agora pode acontecer uma mutação aqui de novo, por sorte, e reverter e voltar a ser G – C.
Qual a principal duvida em relação a recorrência do câncer? Não se sabe se uma pessoa que foi curada e teve um novo câncer, se ele foi herdado ou foi algum problema nos mecanismos de reparo. Então, você tem células que, se sofrerem mutação vão dar origem a novos tumores, então, teoricamente não tem cura, já que o erro no reparo não é curado, é só questão de tempo. 
Quando refere-se as mutações ocorreram em genes importantes, é que por exemplo, caso haja a alteração de alguma ciclina do ciclo celular, ainda temos os mecanismos de reparo para consertarem o erro. Então, é por isso que se diz que para ocorrer um câncer é necessário de 6-8 mutações em genes específicos. Mas, a partir do momento que eu desenvolvo uma mutação, a chance de ter câncer já aumenta, do que em relação a alguém que não tenha nenhuma mutação. Outro fato muito é importante é o fato de o genomaser formado por éxons e íntrons, e mais importante ainda é que apenas 8% do nosso genoma é ativado, logo a chance de que uma mutação ocorra em uma área de éxons é ainda menor. 
Então, qual a razão para hoje termos um maior índice de câncer que antigamente? Acredita-se que exista um fator ambiental, que nós ainda não sabemos, ou já sabemos, como a recente publicação de alimentos que possuem substâncias cancerígenas e esse fator pode ser indutivo e fundamental para a recorrências dos casos de câncer que temos hoje. No entanto, uma importante descoberta e recente foi na área da nanotecnologia, que utiliza partículas de IODO para bombardear células especificas.
Importante saber que todo câncer é genético porque para que ele aconteça teoricamente ele precisa de alteração do material genético. Mas essa mutação não necessariamente é herdável, ela pode ser adquirida ou nem possuir mutação para que o câncer se desenvolva, como é o caso da epigenética.
RECAPITULANDO como se dá um câncer: Eu preciso de oncogenes, mas não apenas mutações em oncogenes, pois se tivermos mutações em oncogenes, contudo, excelentes genes supressores de tumor, os oncogenes podem ficar trabalhando, porem o problema será resolvido. Ai que entram os mecanismos de reparos, que muitos desses são produtos de genes supressores de tumor. Ainda tem a parte de Imunogenética, que é se eu tiver boa alimentação e imunidade boa vou combater o câncer mais facilmente. Além disso tudo, existem os microRNA, estes podem silenciar alterações no material genético, logo não ocorrerá o câncer. Então, esses são alguns dos fatores.

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