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Aula - Elasticidade

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1 
IMPORTANTE é analisar variações percentuais/relativas na 
quantidade e no preço, e não variações absolutas 
O QUE É MAIS IMPACTANTE? 
Um aumento de R$ 1.500,00 
no preço de um carro 
Um aumento de R$ 5,00 no 
preço do quilo de feijão 
variações absolutas 
podem não dizer nada 
Suponha o seguinte comportamento da demanda de dois bens X e Y 
 
 
 
 
 
 
 
Entre o primeiro e o segundo instante, o preço de ambos os produtos subiu 20%. 
 
A reação do consumidor – medida pelas quantidades adquiridas (Qd) – foi bastante diferente 
nos dois casos. 
 
No caso do produto X, a demanda se reduziu 40% (caindo de 100 para 60), no caso do 
produto Y a quantidade demandada só reduziu 5% (caindo 4 unidades de 80). 
Pode-se concluir que a demanda do consumidor pelo produto X é 
mais sensível a uma variação do preço do que a do produto Y 
2 
Imóvel usado na cidade de São Paulo 
COMPRA = O preço médio do metro quadrado de apartamentos com 
mais de oito anos localizados em Moema, na zona sul, e no Alto de 
Pinheiros, na região oeste, subiu de R$3.286 em 2011 para R$6.338 
em 2012. 
Apesar de a alta procura elevar os preços, a concretização de compras 
caiu. As vendas no primeiro semestre deste ano recuaram 5,33% em 
relação ao mesmo período de 2011 
P = alta de 
92,84% 
 
Q = queda de 
5,33% 
ALUGUEL = O valor do aluguel também teve forte alta na cidade. O 
preço médio da locação de apartamentos de três dormitórios saiu de 
R$1.884,29 no primeiro semestre de 2011 para R$3.132,19 nos seis 
primeiros meses de 2012 
A procura por imóveis para alugar subiu 12,15% nos seis primeiros 
meses deste ano em relação a 2011. 
P = alta de 
63,2% 
 
Q = alta de 
12,15% 
Jornal da Tarde, 01 de agosto de 2012 
Imóvel usado está mais caro na cidade de São Paulo 
ELASTICIDADE 
 A elasticidade mede a proporcionalidade existente entre as variações 
que ocorrem nas quantidades e as variações provocadas em um 
fator qualquer, permanecendo todos os demais fatores constantes 
(Ceteris paribus). 
 Segundo Mendes (2004), o termo elasticidade é uma medida de resposta, que 
compara a mudança percentual em uma variável dependente (Y), devido a uma 
mudança percentual em uma variável explicativa (X). Assim, sempre que houver 
duas variáveis inter-relacionadas, pode-se calcular a elasticidade. 
 Uma medida de elasticidade refere-se à resposta - medida em termos de variação 
percentual -, de uma determinada variação a mudanças - também medida em 
valores percentuais -, em algum de seu componentes (GRAMAUD, 2007) 
3 
De acordo com os supermercados que operam no Brasil, a venda de pratos prontos é deficitário: 
A receita total proveniente das vendas desses produtos é inferior ao custo com aquisição, 
exposição, propaganda e armazenagem do produto. 
Suponha que uma rede resolva reduzir esse déficit e decida aumentar o preço do produto em 10%. 
Observe a reação de dois gerentes da rede: 
Gerente 1: uma aumento nos preços é uma excelente idéia. Vamos recolher mais dinheiro dos 
consumidores, a receita aumentará, e o déficit diminuirá. 
Gerente 2: Você conhece a lei da demanda? O aumento nos preços diminuirá o número de 
consumidores; vamos receber menos dinheiro, a receita diminuirá, e o déficit vai aumentar. 
A pergunta é: quem tem razão? 
Não é possível prever como um aumento no preço afeta a receita total, a 
menos que saibamos qual será a reação dos consumidores a esse aumento. 
PRODUTOS PROCESSADOS EM SUPERMERCADOS 
TIPOS DE ELASTICIDADE 
 elasticidade-preço da 
demanda 
 elasticidade-cruzada da 
procura/demanda 
 elasticidade-renda  elasticidade-oferta 
4 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
 elasticidades-preço da procura/demanda: “relação existente entre as modificações 
relativas (ou percentuais) observadas nas quantidades procuradas, decorrentes de alterações 
relativas (ou percentuais) introduzidas nos preços” (Rossetti, 2000:413). 
ε = Variação percentual da quantidade demandada 
 Variação percentual do preço 
Matematicamente 
inicial
inicialfinal
inicial
inicialfinal
P
PP
Q
QQ
P
Q






ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Exemplo. Quando o preço de um copo de refrigerante era de R$ 1,00 a quantidade 
demandada era de 1.000 copos diários. O preço foi elevado para R$ 1,10 e a 
quantidade demandada reduziu-se para 800 copos diários. 
2
1,0
2,0
00,1
00,110,1
000.1
000.1800












inicial
inicialfinal
inicial
inicialfinal
P
PP
Q
QQ
P
P
Q
Q

Queda na quantidade demandada de 20% (Q/Q), decorrente do aumento de 10% 
nos preços (P/P). 
impacto sobre a quantidade foi proporcionalmente superior à variação no preço. 
5 
 Aumento no preço vai corresponder uma queda na quantidade demandada 
 Queda no preço vai provocar um aumento na quantidade demandada. 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Observações 
 Como a correlação entre preço e quantidade demandada é inversa, ou seja, a uma 
alteração positiva de preços corresponderá uma variação negativa da quantidade 
demandada, o valor encontrado da elasticidade-preço da demanda será sempre negativo 
EXCEPCIONALMENTE - um produto pode apresentar elasticidade com sinal positivo. 
Para o consumidor, existe uma associação preço/qualidade em que o produto mais caro 
traduz-se como nobre. 
Por exemplo, uma marca muito forte pode beneficiar-se desta condição e até, andar na 
contramão dos concorrentes: “aumentar preços para aumentar vendas”. 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
 Preço Quantidade Demandada 
Ponto A 12 30 
Ponto B 10 50 
 
Situação 1 – Mudança do ponto A 
para o ponto B. Usando a fórmula 
 
 
 
 
temos uma elasticidade de (-4) ou 4 
1
12
1
12
P
PP
Q
QQ



Situação 2 – Mudança do ponto B 
para o ponto A. Usando a fórmula 
 
 
 
 
temos uma elasticidade de (-2) ou 2 
1
12
1
12
P
PP
Q
QQ



A divergência entre os dois coeficientes ocorre porque a variação de A para B, não é a 
mesma de B para A. Isso ocorre em função da alteração da base de cálculo. Como 
resolver? 
6 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Elasticidade no arco – mede a sensibilidade da quantidade demandada entre dois pontos 
separados sobre uma curva de demanda 





 






 


2
2
21
12
21
12
PP
PP
QQ
QQ

Essa ambigüidade pode ser resolvida utilizando-se a média das quantidades para se calcular a 
variação percentual em Q, e a média dos preços para se calcular a variação percentual em P 
No exemplo anterior, usando a nova fórmula, o resultado é (-2,75) ou 2,75. 
Ou seja, para cada alteração de 1% no preço do bem, a quantidade demandada irá variar 
2,75% (positiva ou negativamente) 
Não existe nada de errado com o método usual. O uso de um método diferente deve-se à necessidade de 
que o percentual da variação seja o mesmo quando a variação é de 30 para 50, ou de 50 para 30. 
 Pequenas alterações no preço provocam acentuadas alterações na quantidade 
demandada. 
 Fortes alterações no preço, provocam pequenas alterações nas quantidades 
demandadas. 
 Alteração nos preços e nas quantidades demandadas são as mesmas 
Preço 
P1 
P2 
Q1 Q2 Quantidade Q1 Q2 
Preço 
P1 
P2 
Quantidade 
TIPOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
7 
TIPOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
ELASTICIDADE-PREÇO UNITÁRIA - MODELO 
TIPOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
PROCURA ELÁSTICA 
 Variação na quantidade demandada  superior a variação no preço   >1 
 Amplitude da variação de Q é maior que a amplitude da variação de P - existe uma 
grande elasticidade da procura em resposta a variações do preço 
> 1 
P
P
Q
Q



 Os consumidores respondem significativamente a mudanças no preço 
 Bens de maior valor agregado, bens supérfluos 
8 
TIPOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Procura elástica 
TIPOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
PROCURA INELÁSTICA 
 
 Variação na quantidade demandada é inferior a variação no preço   < 1 
 Amplitude da variação de Q é menor que a amplitude da variação de P 
 Existe uma rigidez da procura em resposta a variações do preço; 
< 1 
P
P
Q
Q



 Os consumidores respondem pouco a mudanças no preço 
 Alimentos e produtos essenciais 
9 
TIPOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Procura inelástica 
TIPOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
PROCURA PERFEITAMENTE INELÁSTICA 
 Valor de ε, tende a zero, ou seja, representado por uma curva perpendicular ao eixo 
horizontal. 
 Quantidade fixa, será procurada, independente do nível de preço. 
= 0 
P
P
Q
Q



 Condição dificilmente observada no mundo real 
 Aproxima apenas em casos de monopólio que venda um produto extremamente 
necessário (água ou energia) ou medicamentos essenciais. 
10 
TIPOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Procura perfeitamente inelástica 
TIPOS DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
PROCURA PERFEITAMENTE ELÁSTICA 
11 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Conceitos Significado Valor do Coeficiente 
Procura elástica As quantidades procuradas 
são relativamente 
sensíveis a alterações nos 
preços 
 
ε > 1 
Procura de 
elasticidade unitária 
As variações nas 
quantidades procuradas 
são rigorosamente 
proporcionais às variações 
nos preços 
 
ε = 1 
Procura inelástica As quantidades procuradas 
são relativamente 
insensíveis a alterações 
nos preços 
 
ε < 1 
Procura perfeitamente 
elástica 
A procura é definida por 
um único preço. Qualquer 
variação reduz a zero as 
quantidades procuradas 
 
ε = ∞ 
Procura perfeitamente 
inelástica 
As quantidades procuradas 
são dadas e não reagem a 
preços 
ε = 0 
 
 
Fonte: Rossetti, 2001:415 
ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
12 
Fato  Em uma região muito pobre, batatas são a base da alimentação da população e 
também o alimento mais barato 
 
Problemas climáticos levam ao aumento no preço das batatas, porém, ao contrário do 
que se imaginava, a sua demanda aumentou. 
 
Como isso é possível? 
PARADOXO DE GIFFEN 
Aumento do preço da batata  população não consegue mais comprar as mesmas 
quantidades dos mesmos produtos que comprava antes para a sua alimentação 
 
Deixa de comprar o que é mais caro e compra mais do produto mais barato: no caso as 
batatas. 
 
Assim quando aumenta o preço das batatas aumenta também o seu consumo 
• Possibilidade de um produto possuir elasticidade-preço da demanda 
positiva 
• Aumento no preço do produto e aumento do consumo 
• Característica de produtos inferiores consumidos por populações de 
baixa renda 
Difícil encontrar produtos como características de bens de Giffen, mas é possível 
 
Possíveis aplicações - Alimentação em Restaurantes Universitários e o pão 
 
Brasil  pesquisas apontam que a mandioca possui elasticidade preço da 
demanda positiva 
PARADOXO DE GIFFEN ou BENS de GIFFEN 
13 
FATORES DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
SUBSTITUTIBILIDADE 
 
 Quanto menos substitutos menos elástica tende a ser a demanda comparativamente a outros 
produtos que tenham mais substitutos. 
 
 Produto considerado essencial quando possui poucos substitutos e é essencial à 
sobrevivência. 
 
 Grau de substitutibilidade entre dois produtos depende de quão restrita é a definição do 
mercado e do produto que esteja sendo analisado (produtos e marcas) 
 
 Produtos alimentares, dois casos extremos: o sal de cozinha e a manteiga. 
 
 Sal - baixa elasticidade pois não tem substituto e é essencial. 
 
 Manteiga - vários substitutos (mais ou menos perfeitos, margarina e geleias) 
O padrão de concorrência da indústria de refrigerantes é baseado em diferenciação, no qual os 
produtos apresentam algumas distinções entre si, acarretando diferentes graus de preferências 
quanto ao desejo de consumir os refrigerantes. 
 
Todavia, há uma alta elasticidade-cruzada entre refrigerantes, significando que, 
independentemente do sabor, são substitutos entre si. 
 
A existência de inúmeros bens substitutos e a não essencialidade do refrigerante à população, 
explica a sua alta elasticidade-preço da demanda, ou seja, sua elevada sensibilidade em 
relação a alterações de preços. 
 
Mesmo concentrada, a indústria de refrigerantes não apresenta barreiras à entrada, sendo a 
tecnologia de produção de domínio e a opera em mercados regionais e não diferenciados 
possível, em função da alta sensibilidade de consumidores em relação a variável preço 
 (FONTE: SANTOS e AZEVEDO, 2003) 
FATORES DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
 
Exemplo Refrigerante 
14 
FATORES DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
ESSENCIALIDADE DO PRODUTO 
 Produtos de maior essencialidade tendem a ter coeficientes de elasticidade-preço 
baixos, inferiores a um (1). 
 Em caso de alta essencialidade, tendem a ser bastante próximo de zero. 
 Aumentos de preço tendem a provocar baixas alterações na demanda. 
 Não traz muitas opções para o consumidor “fugir” do aumento de preços 
 Ex - Sal, Açúcar, Cimento, Serviços de Saúde, Serviços de Educação 
HÁBITOS 
 
 Caracterizado pela rigidez ou pela flexibilidade dos hábitos de consumo. 
 
 Segundo Rossetti, 2001:416, “no limite, a sustentação de hábitos que se 
transformam em vícios praticamente independe do preço dos bens que os 
satisfazem” 
FATORES DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
IMPORTÂNCIA NO ORÇAMENTO 
 
 Quanto o gasto com o produto representa no orçamento total 
 
 Quanto mais o indivíduo gasta a sua renda com um determinado bem ou serviço, 
maior tenderá a ser a elasticidade–preço da demanda. 
 
 Mesmo uma pequena variação no preço pode causar um enorme estrago nas 
finanças do indivíduo ou família. 
 
 Baixa importância, baixa elasticidade, procura inelástica, coeficiente inferior a um 
(1) - sal de cozinha, fósforo 
 
 Alta importância, alta elasticidade-preço, procura elástica, coeficiente superior a 
um (1) – carro no curto prazo. 
15 
FATORES DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
PERIODICIDADE DE AQUISIÇÃO 
 
 
• Demanda tende a ser mais elástica para um período mais longo de tempo do 
que no curto prazo 
 
• Intervalo de tempo maior permite que os consumidores descubram mais formas 
de substituí-la, quando seu preço aumenta 
 
• Ex. Se você tem um carro que consome muita gasolina e o preço da gasolina 
aumenta bastante, você provavelmente não trocará de carro hoje, mas pode 
decidir trocar o carro por um mais econômico nos próximos meses 
FATORES DETERMINANTES DA ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA 
Fonte: LIMA, Adilson Celestino de. Precificação na indústria do trigo, 2005 
16 
Exemplo 
 
Suponha um consumidor com renda mensal de R$ 4.000,00, que deseja adquirir uma nova 
televisão e 05 quilos de arroz que custam R$ 1.000,00 e R$ 15,00 respectivamente. 
 
Ao comprar esses dois produtos, ele constatou que seus preços haviam sido majorados em 
20%. Consequentemente, se optar em adquiri-los, ele gastará 30% de sua renda (em vez 
de 25%) com a televisão, mas apenas0,45% com arroz (antes era 0,37%). 
 
Nesse caso, provavelmente muitos (novos) consumidores não comprarão a televisão, mas 
poucos (ou nenhum deles) deixarão de adquirir o arroz 
OBS – Desse modo, também se explica porque a demanda de um produto é 
menos elástica entre as pessoas de alta renda do que entre as de baixa renda. 
 
ELASTICIDADE PREÇO – EUA 
17 
TAXA DE COLETA DE LIXO 
• A partir de 2003 algumas cidades (principalmente capitais) passaram a cobrar taxas 
crescentes para retirada de volumes crescentes de lixo 
• À medida que os moradores se tornaram responsáveis diretos pelo pagamento do serviço de 
retirada de lixos, foi possível analisar alguns comportamentos: 
 Elasticidade preço da demanda do serviço “retirada de lixo” é pequena - maioria das pessoas 
não possui alternativas para se livrar do lixo produzido e o serviço é essencial 
 O volume de lixo diminui - as taxas de lixo estipuladas são mais baixas para menores volumes 
produzidos, embora o peso possa aumentar para ocupar menor volume. 
 O despejo ilegal ou clandestino (jogar lixo de casa em terrenos abandonados) aumenta 
 A separação do lixo reciclável aumenta - possibilidade de remuneração com a venda do material 
APLICAÇÃO DA ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA 
• A lei da demanda diz que a queda nos preços de um bem, leva a aumentos 
na quantidade demandada, ceteris paribus, porém: 
 
– Quanto a mais será vendido a um preço mais baixo? 
 
– Um aumento no preço de um bem aumentará ou diminuirá a despesa 
total do consumidor? 
 
– Um aumento no preço de um bem aumentará ou diminuirá a receita 
total da empresa? 
18 
MUDANÇAS NA QUANTIDADE DEMANDADA 
• O que acontece com a quantidade demanda quando o preço aumenta? 
 
 
d = Variação percentual da quantidade demandada 
 Variação percentual do preço 
Sabendo o valor da elasticidade do bem e a variação no preço ..... 
• Exemplo1: Sabendo que a Ed para sal é 0,1, qual seria a variação na quantidade 
demanda caso o supermercado eleva-se o seu preço em 10%? 
0,1 = Variação percentual da quantidade demandada = 1,0% 
 10% 
• Exemplo2: Sabendo que a Ed para sucos prontos para beber é 1,26, qual seria a 
variação na quantidade demanda caso o supermercado aumenta-se o seu preço em 
5%? 
1,26 = Variação percentual da quantidade demandada = 6,3% 
5 % 
MUDANÇA NA RECEITA TOTAL DA EMPRESA 
• Se uma empresa aumentar o preço de seu bem, a receita total de vendas aumentará 
ou diminuirá? 
• A resposta dependerá do valor da elasticidade desse bem. 
• Um aumento no preço dos bens traz boas e más notícias: 
– boas notícias - você terá mais dinheiro para cada unidade vendida 
– más notícias - você vende menos unidades 
• Sua receita aumentará - caso as boas notícias prevaleçam sobre as más notícias 
• A partir do valor da elasticidade - prever o impacto percentual da variação planejada nos 
preços sobre a quantidade demandada 
 
• A partir dos novos valores de preço e quantidade - estimar a variação na receita total de 
vendas 
19 
MUDANÇA NA RECEITA TOTAL DA EMPRESA 
• Exemplo 1: Suponha que o supermercado esteja pensando em aumentar o 
quilo do sal de 2,00 para 2,20. Ao preço de R$2,00 o supermercado vendia 
100 kg/mês de sal, já ao preço de R$ 2,20, a venda caiu para 97 kg/mês. 
Assim, a receita subiu de R$ 200/mês para R$ 213,4/mês (aumento de 6,7%) 
• Mesmo com aumento nos preços, o supermercado teve aumento na receita. 
• Exemplo 2: Suponha que o supermercado esteja pensando em aumentar o 
preço do suco pronto de R$ 2,20 para R$ 2,31. Ao preço de R$2,20 o 
supermercado vendia 100 litros/mês de suco, já ao preço de R$ 2,31, a venda 
caiu para 80 litros/mês. Assim, a receita caiu de R$ 220/mês para R$ 
184,8/mês (aqueda de 16%) 
• Mesmo com aumento nos preços, o supermercado teve queda na receita. 
MUDANÇA NA RECEITA TOTAL DA EMPRESA 






10,0
63,063,0
Q
P
Q
Edp
QQ  063,010,063,0
• Considerando a medida de elasticidade-preço da demanda de latas de cerveja seja de 0,63. 
• Empresas planejam aumentar os preços em 10% 
• Quanto será o aumento da quantidade demanda? 
O efeito final sobre a receita total de vendas de lata de cerveja depende do efeito líquido das 
duas mudanças = queda de 6,3% na quantidade demandada e aumento de 10% no preço 
%3,6Q
20 
MUDANÇA NA RECEITA TOTAL DA EMPRESA 
• Supondo que inicialmente sejam vendidas 1.000 latas diárias de cerveja a um 
preço de R$ 1,0/lata 
• RT = P x Q  RT = 1 x 1.000 = R$ 1.000,00/dia 
• Aumento de 10% no preço = R$ 1,10/lata 
• Queda de 6,3% na quantidade = 937 latas 
Nova receita 
 
RT = P x Q  RT = 1,10 x 937 = R$ 1.030,70/dia 
 
Aumento de 10% nos preços  queda de 6,3% na quantidade. 
 
RT da venda da cerveja  aumento de 3,07%. 
 
Demanda por cerveja é inelástica 
ELASTICIDADE E RECEITA TOTAL 
Procura inelástica 
 
A receita total no ponto A será representada 
pelo retângulo 0 - P1 - A - Q1 
 
A receita total no ponto B será representada 
pelo retângulo 0 - P2 - B - Q2. Este retângulo 
tem área inferior ao primeiro, logo a receita total 
caiu 
 
Conclusão - quando a procura é inelástica, uma 
diminuição do preço provocará uma queda da 
receita total, e uma subida do preço provocará 
uma elevação na receita total quantidade demandada 
altera-se percentualmente 
menos que a alteração de 
preços 
Se a demanda de um bem é inelástica, um preço mais alto aumenta a receita total 
(Efeito preço > Efeito quantidade). 
21 
ELASTICIDADE E RECEITA TOTAL - Demanda Inelástica 
$3 
Quant. 0 
Preço 
80 
RT = $240 
Demanda $1 Demanda 
Quant. 0 
RT = $100 
100 
 Preço 
Um aumento no preço de 
R$1,00 para R$3,00... 
…leva a um aumento na 
receita total de R$100 para 
R$240 
MUDANÇA NA RECEITA TOTAL DA EMPRESA 






10,0
20,120,1
Q
P
Q
Edp
QQ  12,010,020,1
• Considerando a medida de elasticidade-preço da demanda de latas de refrigerante seja de 
1,20. 
• Empresas planejam aumentar os preços em 10% 
• Quanto será o aumento da quantidade demanda? 
O efeito final sobre a receita total de vendas de lata de refrigerante depende do efeito líquido 
das duas mudanças = queda de 12% na quantidade demandada e aumento de 10% no 
preço 
%12Q
22 
MUDANÇA NA RECEITA TOTAL DA EMPRESA 
• Supondo que inicialmente sejam vendidas 1.000 latas diárias de refrigerantes a um 
preço de R$ 1,0/lata 
• RT = P x Q  RT = 1 x 1.000 = R$ 1.000,00/dia 
• Aumento de 10% no preço = R$ 1,10/lata 
• Queda de 12% na quantidade = 880 latas 
Nova receita 
 
RT = P x Q  RT = 1,10 x 880 = R$ 968/dia 
 
Aumento de 10% nos preços  queda de 12% na quantidade. 
 
RT da venda da cerveja  queda de 3,2%. 
 
Demanda por refrigerante é elástica 
ELASTICIDADE E RECEITA TOTAL 
Procura elástica 
 
A receita total no ponto A será representada 
pelo retângulo 0 - P1 - A - Q1 
 
A receita total no ponto B será representada 
pelo retângulo 0 - P2 - B - Q2. Este retângulo 
tem área superior ao primeiro, logo a receita 
total subiu 
 
Conclusão – podemos verificar que uma queda 
do preço se traduz em um aumento da receita 
total. O inverso também se pode verificar na 
figura, se considerarmos uma subida de preço, 
de P2 para P1: a receita total diminui. 
quantidade demandada 
altera-se percentualmente 
mais que a alteração de 
preços 
Se a demanda de um bem é elástica, um aumento de preço reduz a receita total 
(Efeito quantidade > Efeito preço) 
23 
ELASTICIDADE E RECEITA TOTAL - Demanda Elástica 
Demanda 
Quant. 0 
Preço 
$4 
50 
Demanda 
Quant. 0 
Preço 
RT = R$100 
$5 
20 
RT = R$200 
Um aumento no preçode 
R$4,00 para $5,00... 
…leva a uma diminuição na 
receita total de $200 para $100 
ELASTICIDADE E RECEITA TOTAL 
24 
ELASTICIDADE NO AGRONEGÓCIO E NA ALIMENTAÇÃO 
 Alimentação comporta-se de modo diferente de outros bens e serviços à medida que 
o rendimento do consumidor aumenta 
 Consumo alimentar em termos físicos (absolutos) não cresce indefinidamente 
tende a estagnar a partir de certos limites 
 Despesa financeira  pode aumentar devido ao valor acrescentado na 
transformação e na distribuição 
 Aumentos no rendimento per capita  associados a aumentos menos que 
proporcionais na despesa em alimentação (Lei de Engel) 
 A maior ou menor sensibilidade da demanda, a alterações do rendimento, pode ser 
medida pela elasticidade demanda ou pela elasticidade renda 
ELASTICIDADE PREÇO DE ALIMENTOS - BRASIL 
25 
ELASTICIDADE – INDUSTRIALIZAÇÃO E PERECIBILIDADE 
• Industrialização e perecibilidade 
– Aumenta o período de conservação dos alimentos 
– Aumenta o número de produtos substitutos 
– Consequência  curva de demanda menos inelástica 
 
• Quando o alimento não é perecível  consumidor é estimulado a demandar mais 
quando os preços caem (não necessariamente consumir, pois pode estocar) 
ELASTICIDADE – INDUSTRIALIZAÇÃO E PERECIBILIDADE 
 Exemplo 1 
 
• Consequência sobre a quantidade demanda  redução de 20% nos preços do leite 
longa vida e no leite tipo “C”? 
 
• Vendas de leite longa vida (industrializado) devem aumentar muito, enquanto as do 
leite tipo “C” (sem industrialização) terão uma pequena alteração 
 
• Permite estratégia de promoção por parte das empresas processadoras de leite longa 
vida – demanda elástica 
 
• Pessoas compram mais e estocam o produto, enquanto a indústria reduz estoque 
 
• Para o leite tipo “C” - demanda inelástica - uma promoção não aumentaria a 
demanda pelo produto, e ainda poderia resultar em uma queda na receita 
26 
ELASTICIDADE – INDUSTRIALIZAÇÃO E PERECIBILIDADE 
 Exemplo 2 
 
• Supersafra de batatinha  preços despencam no período de colheita 
– Por excesso de oferta e não por interesse do produtor 
• Não há crescimento significativo na demanda por parte das donas de casa 
 elas não podem fazer estoque de batata 
• A RT do agricultor deve cair  maior oferta, menor preço, bem inelástico 
• Entretanto.... 
• Transformação das batatas em “potatoes chips”  situação se altera 
• Produto deixa de ser perecível (foi processado) e uma liquidação resultará 
em grande vendas  aumento da RT, bem elástico 
ELASTICIDADE – INDUSTRIALIZAÇÃO E MARCAS 
 Exemplo 3 
 
• Industrialização permite o surgimento de um maior número de bens substitutos 
entre si – aumenta a elasticidade preço do bem 
• Demanda por margarina é relativamente mais elástica do que a demanda por 
soja em grão 
• Soja em grão – os grãos não diferem entre si 
• Margarina – diversas marcas concorrendo entre si (substitutibilidade) 
27 
ELASTICIDADE – AGRONEGÓCIO 
• Empresas do agronegócio gostariam de vender um produto cuja demanda fosse 
inelástica – poderia aumentar a receita, elevando o preço do bem 
• Entretanto – via de regra – existe mais de uma firma produzindo produtos 
relativamente similares (substitutos entre si)  demanda é elástica 
• Aumento nos preços  queda nas vendas  redução das receitas 
• Quantidade demandada diminui  consumidores podem obter bens substitutos 
a preços menores 
• Alimentos têm demanda inelástica (curva bastante vertical)  não possuem 
bens substitutos e são essenciais 
• Dentro da categoria alimentos  grande número de bens substitutos, e a 
demanda vai se tornando mais elástica (curva horizontal) 
• Quanto mais específico o produto, mais elástico ele é 
ELASTICIDADE – AGRONEGÓCIO 
Mendes e Padilha Jr, 2007 
alimentos carnes 
carnes de boi 
picanha 
Q 
P 
 

 m
a
is
 s
u
b
s
ti
t
u
to
s
 
 
picanha orgânica 
picanha orgânica 
da marca X 
28 
ELASTICIDADE – AGRONEGÓCIO 
Mendes e Padilha Jr, 2007 
Q1 Q2 
Preço 
P1 
P2 
Quantidade 
D 
Demanda de um produto com 
diferenciação 
Q1 Q2 
Preço 
P1 
P2 
Quantidade 
D 
Demanda de um produto sem 
diferenciação 
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA 
Relação entre a variação percentual na demanda como reposta a variação no nível de 
renda dos consumidores (GRAMAUD, 2007) 
R
R
Qd
Qd
d
r 


Além do preço, a demanda de um bem pode ser alterada por outras variáveis: renda do 
consumidor e os preços dos bens complementares e substitutos 
Pode-se utilizar outras elasticidades para medir a reação dos consumidores às mudanças 
nessas outras variáveis que afetam a demanda 
ε = Variação percentual da quantidade demandada 
 Variação percentual na renda 
29 
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA 
Em função da elasticidade-renda da demanda, os bens econômicos podem ser classificados em 
bens normais, essenciais, supérfluos e inferiores. 
 normal, superior - é aquele que os consumidores compram mais com o aumento da renda, ou 
seja apresenta uma elasticidade-renda positiva. (Erd > 0) 
 inferior - é aquele que os consumidores compram menos à medida que a renda aumenta. A 
despesa no bem diminui quando a renda aumenta. (Erd < 0) 
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA 
 supérfluo ou bens de luxo - possui elasticidade renda maior do que 1 (Erd > 1). A 
despesa no bem aumenta proporcionalmente mais do que a renda 
Observação importante: o conceito de essencial e de supérfluo depende basicamente 
do nível de renda do consumidor. 
Bem normal ou superior pode ser divido em dois: 
 essencial - possui elasticidade renda menor que 1 (Erd < 1). A variação percentual na 
quantidade demanda é menor do que a variação percentual na renda 
30 
Grande maioria dos produtos, notadamente os alimentares  aumento da renda resulta 
em expansão do consumo 
 
Porém  crescimento do consumo é menos do que proporcional à elevação da renda, 
pelo menos para níveis maiores de renda. 
 
Bens normais  consumo do bem aumenta com a elevação da renda, mas a taxas 
decrescentes  proporção da renda gasta decresce com o aumento da renda. 
Produtos alimentares cujo consumo diminui com o aumento da renda 
 
Produtos “ditos inferiores”  características e propriedades que não são muito 
desejáveis  consumidores procuram reduzir o consumo à medida que a rende cresce. 
 
Passam a adquirir outros produtos com qualidade superior. 
 
Ex. carne “de segunda”  consumidor substitui por carne de primeira quando a renda 
aumenta para níveis relativamente mais elevados 
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA 
Elasticidade-renda da Demanda 
Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos 
manufaturados é superior à elasticidade-renda de produtos 
básicos, como alimentos. 
Mais elevada 
 a renda 
Maior consumo de manufaturados (ex.: carro, 
 eletrônicos), relativamente aos alimentos. 
31 
32 
ELASTICIDADE PREÇO E ELASTICIDADE RENDA DE ALIMENTOS - BRASIL 
Biscoitos caseiros/não industrializados, 2008 
ELASTICIDADE PREÇO E ELASTICIDADE RENDA DE ALIMENTOS - BRASIL 
Massas - possui coeficiente menor que 1 para todas as faixas de salário estudadas, denotando a baixa elasticidade em 
faixas salariais mais altas e quase se tornando elástico nas faixas salariais mais baixas, como em até 2 salários mínimos. 
Este fato pode ser atribuído a pouca possibilidade de variação do referido produto, bem como a sua destinação que não 
seja o seu uso tradicional 
Biscoitos - nas faixas mais baixas, apresentam elevada elasticidade, denotando a potencialidade deste mercado; se o nível 
de renda desta faixa da população aumentasse, provavelmentea demanda aumentaria. Isto se deve à alta diversidade de 
aplicação dos biscoitos, podendo servir como lanche em todas as ocasiões e para toda faixa de idade. 
FONTE: LIMA, 2005 
33 
ELASTICIDADE – CRUZADA DA DEMANDA 
 Elasticidade cruzada da demanda, existe quando é observada a existência dos 
chamados bens substitutos e bens complementares. 
 Surge partir do momento em que o preço de um bem influenciará a quantidade 
demanda do outro bem. 
Py
Py
Qx
Qx
yx 


ε = Variação percentual da quantidade demandada do bem Y 
 Variação percentual no preço do bem X 
complementares  elasticidade cruzada negativa  Exy < 0 
 
Exemplos: pão e margarina, café e açúcar, aparelho de som e CD 
 
Aumento do preço de um bem, por exemplo aparelhos de som, reduziria a 
demanda do bem complementar, no caso CD. 
substitutos (concorrentes)  elasticidade cruzada positiva  Exy > 0 
 
Exemplos: manteiga e margarina, chá e café, carnes. 
 
Bens substitutos também podem ser observados quando analisado um mesmo 
bem, a partir das suas diversas marcas 
ELASTICIDADE – CRUZADA DA DEMANDA 
34 
ELASTICIDADE – CRUZADA DA DEMANDA 
ELASTICIDADE – CRUZADA DA DEMANDA 
35 
ELASTICIDADE – CRUZADA DA DEMANDA 
Em marketing, bens complementares dão um poder adicional a firma, 
permitindo que a firma “prenda" o consumidor quando os custos para mudar de 
produto são altos. 
 
Estratégias de valoração usadas quando as firmas produzem ambos: 
1. Cobrar barato o bem base em relação ao bem complementar 
 
Estratégia incentiva o consumidor a comprar o bem base e a se manter cliente da firma 
(exemplo: aparelho de barbear e refil, video-game/console e jogos). 
2. Cobrar caro o bem base em relação ao bem complementar 
 
Estratégia cria uma barreira a entrada do consumidor no consumo dos bens da firma 
(exemplo: clubes de golfe e taxas para jogar golfe). 
ELASTICIDADE – CRUZADA DA DEMANDA 
A guerra para libertar o mercado cativo da Nespresso 
https://nesclub.nespresso.com/index/ 
36 
ELASTICIDADE – CRUZADA DA DEMANDA 
A guerra para libertar o mercado cativo da Nespresso 
A Nespresso hoje domina o setor no mundo todo — em 2011 faturou €2,5 bilhões em todo 
o mundo, o que corresponde a um crescimento de 20% ao ano — e isso tudo mediante 
uma estratégia pioneira: a criação de um vínculo indissolúvel, sem possibilidade de 
divórcio, entre suas máquinas de café expresso e as cápsulas utilizadas por elas. 
 
Desse modo, a partir do momento em que o consumidor compra o eletrodoméstico, sua 
relação fica selada para sempre com o fornecedor de cápsulas, já que elas não são 
compatíveis com as máquinas das outras empresas que entraram posteriormente no 
segmento, como a norte-americana Sara Lee ou a italiana Lavazza. 
 
O segredo do sucesso da Nestlé foi a criação de um sistema fechado: uma marca premium, 
um eletrodoméstico de design atraente e vanguardista, comercialização de acessórios e 
cápsulas com exclusividade através de lojas próprias ou da Internet 
ELASTICIDADE DA OFERTA 
 A resposta do produtor às variações nos preços do produto pode ser medida por 
meio da elasticidade-preço da oferta 
 E elasticidade preço da oferta (Es) expressa a mudança percentual na 
quantidade ofertada de um produto dada uma variação relativa no preço, com 
outros fatores mantidos constantes. 
Es = Variação percentual na quantidade ofertada 
 Variação Percentual no Preço 
 Considerando que um aumento na quantidade ofertada está, normalmente, 
associado a um aumento no preço, o sinal do coeficiente da Es é quase 
sempre positivo 
P
P
Qo
Qo
o
p 


37 
TIPOS DE COEFICIENTE 
 Oferta perfeitamente inelástica = Es = 0 oferta é fixa, não havendo nenhuma 
alteração na quantidade ofertada dada uma alteração no preço. 
Aumento dos 
preços durante a 
safra agrícola 
TIPOS DE COEFICIENTE 
 Oferta inelástica = 0 < Es < 1 (quantidade ofertada varia relativamente 
pouco em comparação com as mudanças de preço) – ex. cimento 
Alta 
necessidade, 
sem 
substitutos 
38 
TIPOS DE COEFICIENTE 
 Elasticidade unitária = Es = 1 (mudança na quantidade ofertada é 
exatamente igual à variação percentual no preço) 
TIPOS DE COEFICIENTE 
 Oferta elástica = Es > 1 (variação relativa na quantidade é maior 
do que a correspondente mudança percentual no preço) – ex. 
vestuário, alimentação em restaurantes 
39 
TIPOS DE COEFICIENTE 
ELASTICIDADE DA OFERTA 
 Natureza do processo produtivo 
 
– setores com maiores restrições produtivas (siderurgia, cafeicultura, 
citricultura, terrenos de frente para o mar) são inelásticos 
- setores com menores restrições (vestuário, restaurante, carros, 
sorvete) são elásticos 
O que acontece se a população aumentar, duplicando a demanda por 
hotéis a beira-mar e automóveis? 
 A elasticidade-preço da oferta é determinada pela capacidade de reação 
dos produtores 
40 
ELASTICIDADE DA OFERTA 
 Capacidade ociosa - é mais fácil promover variações na quantidade ofertada 
em setores ou empresas em que existe capacidade ociosa do que naqueles 
em que se está trabalhando no limite dos fatores produtivos 
ELASTICIDADE DA OFERTA 
 Prazo – a capacidade de reação dos agentes econômicos é maior 
no longo prazo do que no curto prazo, o que determina uma oferta 
mais elástica no longo prazo 
Como aumentar a oferta de imóveis para atender a demanda? 
No caso de um aumento do preço dos refrigerantes e do vinho. Quem 
consegue responder mais rapidamente a essa oferta? 
41 
ELASTICIDADE DA OFERTA – PRODUTOS AGRÍCOLAS 
• A oferta de produtos agrícolas tende a ser inelástica ou elasticidade 
unitária em relação ao preço justamente pelas restrições impostas pela 
natureza para a produção 
– Sazonalidade 
– Clima 
– Perecibilidade 
 
• Não há possibilidade de aumentar a quantidade ofertada no mercado 
(supondo-se não haver estoque e não ser possível importar em 
curtíssimo prazo mesmo que os preços tenham se elevado) 
 
• A colocação de que os produtos agrícolas são inelásticos é válida para 
aqueles produtos ou alimentos cujo grau de processamento é baixo 
O clima no Brasil e o preço do café em Nova York 
Fonte: Profa. Marta Lemme -IE/UFRJ 
42 
O clima no Brasil e o preço do café em Nova York 
Fonte: Profa. Marta Lemme -IE/UFRJ 
O clima no Brasil e o preço do café em Nova York 
Fonte: Profa. Marta Lemme -IE/UFRJ

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