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Escala Geológica do tempo Serão abordados: 1. Tipos de Datações (Relativa e Absoluta) 2. Escala Geológica do Tempo Tipos de Datações 1. Na datação relativa utiliza-se • Técnica de datação bioestratigráfica ou, • Técnica de correlação fossilífera 2. Na datação absoluta utiliza-se • Técnica de medições das proporções isotópicas 1. Datação Relativa 1. Datação Relativa (Correlação fossilífera) – é possível colocar rochas fossilíferas em ordem cronológica pelo caráter de seu conteúdo fóssil – Cada período do tempo geológico possui um conjunto particular de fósseis, representativo dos organismos que viviam naquele tempo. Este é o princípio da Sucessão Biológica. 5.1 Datação bioestratigráfica 1. Datação Relativa (bioestratigráfica) • Desvantagens: – só pode ser utilizada em rochas contendo fósseis facilmente reconhecíveis – Não se aplicam para rochas muito antigas (antes do – Não se aplicam para rochas muito antigas (antes do Cambriano), pois os organismos são muito pequenos e desprovidos de partes resistentes – não fornece a idéia de quanto mais velha ou mais nova uma rocha seria em relação às outras. 2. Datação Absoluta (ou Radiométrica) Unidades Utilizadas:Unidades Utilizadas: 1 1 ano 103 1 mil anos 106 1 milhão de anos (ou 1Ma) 109 1 bilhão de anos (Giga-anos , 1 Ba ou 1 Ga) 2. Datação Absoluta (Radiométrica) – Desintegração radioativa: É uma reação espontânea onde um átomo instável radioativo (Pai) ⇒ se transforma em outro átomo estável (Filho) – A taxa de desintegração por unidade de tempo é – A taxa de desintegração por unidade de tempo é constante para cada elemento, não sendo afetada por mudanças físicas ou químicas do ambiente ⇒ independe dos processos geológicos. 2. Datação Absoluta (Radiométrica) • Tempo de Meia-Vida = tempo necessário para que a quantidade de átomos iniciais se reduza para a metade, e se transforme em átomos estáveis. • Assim, se for conhecida a proporção de elementos PAI e FILHO no mineral e o tempo de meia-vida do elemento, então é possível calcular a idade da rocha. Decaimento Radioativo Diagrama linear Produção de 87 Srde 87 Sr Consumo 87 Rb 2. Datação Radiométrica Elemento-Pai (Radioativo) Elemento-Filho (Estável) Meia-Vida (Ga) Potássio 40 (40K) Argônio 40 (40Ar) 1,3 Isótopos mais utilizados para datação radiométrica de rochas e seus respectivos tempos de meias-vidas Potássio 40 (40K) Argônio 40 (40Ar) 1,3 Rubídio 87 (87Rb) Estrôncio 87 (87Sr) 48,8 Samário 147 (147Sm) Neodímio 143 (143Nd) 106 Tório 232 (232Th) Chumbo 208 (208Pb) 14,01 Urânio 235 (235U) Chumbo 207 (207Pb) 0,704 Urânio 238 (238U) Chumbo 206 (206Pb) 4,47 Rênio 187 (187Re) Ósmio 187 (187Os) 42,3 2. Datação Absoluta (Radiométrica) A escolha do método depende: 1. da composição química do material; 2. da sua provável idade; 3. do tipo de problema geológico que se pretende estudar.estudar. 2. Datação Absoluta (Radiométrica) • Rochas mais antigas do planeta: • 3,8 Ga em migmatitos da Groelândia • 4,2 Ga em mineral de zircão na Austrália (técnica SHIRIMP) • Rochas mais antigas do Brasil: • 2,0 a 3,45 Ga pelos métodos U-Pb e Sm-Nd em gnáissico Maciço S. J. de Campestre (RN) • 3,0 a 3,5 Ga pelos métodos K-Ar e Rb-Sr no gnáissico em Jequié e Mutuípe (BA) Idade da Terra 2. Datação Absoluta (Radiométrica) Método Método 1414CC:: – utilizado para datar materiais de até 70.000 anos Abundância dos isótopos na natureza : Tipos Isótopos Abundância Natural Radioativo? 12 6C 98,90% Não 13 6C 1,10% Não 14 6C 0,000001% Sim Abundância dos isótopos na natureza : 2. Datação Absoluta (Radiométrica) 2. Datação Absoluta (Radiométrica) Método Método 1414C: C: Organismo vivo = – Produção de 14C por radiação cósmica ���� • 147N + beta � 146C • Ambos substituem o CO2 da atmosfera e são respirados • A quantidade de 14C ficou constante por 20mil anos • proporção de 14C para 12C fica constante• proporção de 14C para 12C fica constante Organismo morto = – Decaimento do 14C • 146C � 47N + beta • a proporção de 14C e 12C se reduz continuamente. – Assim a proporção de 14C para 12C no organismo morto ⇒⇒⇒⇒ tempo de morto 2. Datação Absoluta (Radiométrica) Ex: Técnica do 14C com meia-vida = 5.700 anos Ex. medidas (1 meia-vida) 14C / I0 = valor inicial 12C / I0 = valor inicial (estável) tempo pós morte Tempo 1 100% I0 100% I0 0 Tempo 2 50% I0 100% I0 5700 anos Tempo 3 25% I0 100% I0 11400 anos Tempo 4 12,5% I0 100% I0 17100 anos Tempo 5 6,25% I0 100% I0 22800 anos 3. Escala Geológica do Tempo 3.Escala Geológica do Tempo 3. Escala Geológica do Tempo • Considera a história da evolução da Terra, desde sua formação até os dias de hoje. • Assim, na escala, o tempo é contado desde de 4,6 Ga até os dias de hoje e todos os outros eventos importantes estão posicionados entre estes dois extremos.extremos. • Escala e Unidades Utilizadas: 1 1 ano 103 1 mil anos 106 1 milhão de anos (ou 1Ma) 106 1 bilhão de anos (Giga-anos , 1 Ba ou 1 Ga) Pré-Cambriano (4,6 Ga a 545 Ma) �� 4,6 a 4,0 4,6 a 4,0 GaGa: : � Formação da Terra, com estruturação do núcleo, manto e crosta 3. Escala Geológica do Tempo (principais eventos) crosta � Cria-se a Atmosfera primitiva por escape de gases do interior da Terra (vapor de água, CO2 e nitrogênio). � Esfriamento da Terra ⇒⇒⇒⇒ Formação de nuvens ⇒⇒⇒⇒ Chuvas torrenciais (Hidrosfera) 3. Escala Geológica do Tempo �� 4,2 a 3,8 4,2 a 3,8 GaGa: : � Rochas continentais mais antigas preservadas �� 3,5 3,5 GaGa: : � Primeiras evidências de vida Microfósseis� Primeiras evidências de vida Microfósseis procarióticos (Oeste da Austrália e África do Sul) �� 2,5 2,5 GaGa: : � Surgem estromatólitos (colunas de CaCO3 formadas por algas) e algas azuis. Consolidação dos primeiros grandes continentes. 3. Escala Geológica do Tempo � 2,0 2,0 GaGa:: – A atmosfera se torna oxidante devido à expansão de organismos fotossintetizantes nos mares – Formação de depósitos de Fe – Os organismos anaeróbicos que viviam nos mares – Os organismos anaeróbicos que viviam nos mares liberam O2⇒⇒⇒⇒ O2 se combina com Fe2+ dissolvido nos mares ⇒⇒⇒⇒ Precipitação de hematita (Fe2O3). – Ex: Quadrilátero Ferrífero (MG), Serra dos Carajás (PA). Formação ferrífera 3. Escala Geológica do Tempo � 1,0 1,0 GaGa: : – Diversificação dos eucariontes microscópicos � 590 Ma: 590 Ma: Multiplicação dos seres vivos.� 590 Ma: 590 Ma: Multiplicação dos seres vivos. – Existência de animais vermiformes identificados por caminhos deixados em rochas. 3. Escala Geológica do Tempo Paleozóico (545 Ma a 248 Ma) � 545 Ma: 545 Ma: � Surgimento de formas de vida que possuíam partes duras (trilobitas) ⇒⇒⇒⇒ maiores chances de preservação. � Existência de um grande continente (Gondwana) na � Existência de um grande continente (Gondwana) na porção sul, que consistia dos atuais América do Sul, África, Austrália, Antártica, Índia e talvez a China �� 450 Ma: 450 Ma: � vários grupos de invertebrados nos mares, plantas não vasculares aparecem nos continentes. 3. Escala Geológica do Tempo � 420 Ma: 420 Ma: – plantas vasculares conquistam os continentes. � 380 a 350 Ma:380 a 350 Ma: – período no qual os peixes evoluíram rapidamente – período no qual os peixes evoluíram rapidamente (Idade do Peixe). – Surgem os primeiros anfíbios que invadem o ambiente terrestre (Devoniano). 3. Escala Geológica do Tempo � 350 Ma: 350 Ma: – formação de grandes florestas ⇒⇒⇒⇒ depósitos de carvão (Carbonífero). � 290 a 248 Ma: 290 a 248 Ma: � 290 a 248 Ma: 290 a 248 Ma:– Formação de um super continente (Pangea) ⇒⇒⇒⇒ Laurasia (América do Norte, Europa e Sibéria) colide com Gondwana ⇒⇒⇒⇒ alterações climáticas ⇒⇒⇒⇒ período marcado por grandes extinções (limite Permiano- Triássico) 3. Escala Geológica do Tempo Mesozóico �� 248 a 65 Ma:248 a 65 Ma: – Início da quebra do super continente Pangea, marcando a abertura do Oceano Atlântico e intensa atividade ígnea. �� 230 Ma: 230 Ma: – Os organismos que sobreviveram à grande extinção do Permiano se diversificaram de forma espetacular ⇒⇒⇒⇒ Dinossauros se tornaram dominantes por mais de 160 milhões de anos (Era dos Répteis). 3. Escala Geológica do Tempo �� 65 Ma: 65 Ma: – período de grandes extinções animal (=limite de tempo Cretáceo-Terciário ou K-T) • Causa: Colisão de asteróides com a Terra Grandes nuvens de poeira teriam impedido a fotossíntese. • EVIDÊNCIAS: camada fina de sedimento com grandes quantidades de Irídio foram detectadas em toda Terra, sempre com idade K-T (= elemento rico nos meteoros); • grãos de quartzo com fraturas microscópicas causadas por pressões extraordinariamente altas, características de grandes explosões (metamorphismo de choque). 3. Escala Geológica do Tempo Cenozóico �� 65 Ma aos dias atuais65 Ma aos dias atuais � Divide-se em: Terciário e Quaternário �� TERCIÁRIO (65 a 1,8 Ma)TERCIÁRIO (65 a 1,8 Ma)�� TERCIÁRIO (65 a 1,8 Ma)TERCIÁRIO (65 a 1,8 Ma) � Formação das grandes cordilheiras (Alpes, Himalaia, Andes) � Expansão das geleiras: queda do nível do mar em 50 m entre 6 e 5 Ma � Surgem as gramíneas: vegetação apropriada para áreas frias e secas (estepe) � Desenvolvimento dos mamíferos � Formação de grandes depósitos de petróleo (Oriente Médio, Venezuela, E.U.A.) 3. Escala Geológica do Tempo QUATERNÁRIOQUATERNÁRIO � 1,8 Ma aos dias atuais) – Idade do Gelo: longos intervalos de tempo (100 mil anos) com temperaturas muito baixas intercalados com tempos mais curtos (20 mil anos) e quentes ⇒⇒⇒⇒ 16 glaciações (estudos de sedimento do fundo oceânico e glaciações (estudos de sedimento do fundo oceânico e de isótopos de oxigênio) – Últimos 10.000 anos: período pós-glacial (Holoceno) – Surgimento do Homem Escala Geológica do Tempo Distribuição dos continente em função do tempo
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