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Caderno da Formação 
Continuada
2023
Realização
2023
Caderno da 
Formação
Continuada
Caderno da Formação 
Continuada
2023
 
Governador do Estado da Bahia
Jerônimo Rodrigues
Vice-governador do Estado da Bahia
Geraldo Júnior
Secretária da Educação
Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro
Chefe de Gabinete
Rowenna dos Santos Brito
Superintendente de Políticas para a Educação 
Básica
Rosilene Vila Nova Cavalcante
Superintendente da Educação Profissional e 
Tecnológica
Ezequiel Westphal
Superintendente de Recursos Humanos da 
Educação
Maria do Rosário Costa Muricy
Assessor Especial de Articulação / Educação 
Superior
José Bites de Carvalho
Diretor-geral do Instituto Anísio Teixeira
Iuri Rubim
Diretoria Estratégica de Gestão e Planejamento 
da Aprendizagem
Astor Vieira Júnior
Diretoria de Educação dos Povos e Comunidades 
Tradicionais
Poliana Nascimento dos Reis
Diretoria de Execução das Políticas para a 
Educação Básica
Fábio Fernandes Barbosa
Coordenação dos Complexos Integrados
Robson Raimundo Costa dos Santos 
EQUIPE TÉCNICA
Secretaria da Educação do Estado da Bahia - 
SEC BA
Diana Sampaio Melo
Fábio Roberto da Silva
Gilbene Esquivel Souza
Graciene Rocha de Jesus Guimaraes
Ivan de Pinho Espinheira Filho
Micheli Bispo Amorim Cruz
Nájila da Silva Lopes
Patrícia Oliveira Santos
Rosa Helena Ribeiro Teixeira
Vanessa Costa Reis
COORDENAÇÕES
Coordenadora de Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Regime de Colaboração
Graciene Rocha de Jesus Guimarães
Coordenadora de Ensino Médio
Rosa Helena Ribeiro Teixeira
Coordenação de Ensino Médio
Alane Bárbara Novaes
Ana Maria das Virgens Trigo
Fábio Roberto da Silva
Gizele Souza Santos
Joyce da Paixão Silva
Larissa Ferreira Gonçalves
Márcio Argolo Queiroz
Milena Costa do Nascimento
Nájila da Silva Lopes
Neuber Leite Costa
Patrícia Nascimento do Espírito Santo
Roberto Cedraz de Oliveira
Rosilda Magalhães Castro
Vanessa Costa Reis
Fundação Getulio Vargas - Centro de 
Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas 
Educacionais FGV DGPE
Maraiza Vilas Boas Azevedo 
Vitor de Araújo Peixoto
Tatiana Almeida Rocha Barcelos 
Luana Maria Galeno de Araújo 
Jeanne de Oliveira Sousa Rocha
Evelyn Ester Rodrigues Galdencio 
Fábio Carvalho dos Santos
Jemima Estela da Silva e Silva 
Maria Clara Giglio Corrêa
Coordenação Pedagógica
Norma Gonzaga de Matos
Saulo matias Dourado
Tatiana Almeida Rocha Barcelos
Fundação Getúlio Vargas 
 Formação ensino médio: tecendo redes de conhecimento. / Fundação Getúlio 
Vargas e Secretaria da Educação do Estado da Bahia. – Salvador : Santa Helena, 
2023.
 56p. : il. , color. (Caderno da Formação Continuada)
 ISBN: 978-65-86289-53-4
1. Educação 2. Ensino médio 3. DCRB. I. Bahia. II. Secretaria da Educação. III. 
Título. IV. Série
CDD: 370
Elaborado por Alessandra Barbosa Santana – CRB-5/1550
 
ÍNDICE
Apresentação 6
01. Informações Gerais 8
02. Formação para o DCRB - Ensino Médio 10
03. Embasamentos 12
04. Bases Teóricas 13
05. Eixos Estruturadores do Dcrb - Etapa do Ensino Médio 17
06. Temas integradores do DCRB 21
07. Público Alvo e Metas 25
08. Atores e Responsabilidades 26
09. Pauta Formativa 29
10. Ementas 32
11. Metodologia da Formação 41
12. Polos e Municípios 50
13. Cronograma 53
6
Apresentação
A Secretaria de Educação da Bahia construiu este Caderno de Aprendizagem com o 
objetivo de disponibilizar orientações e fundamentos teóricos para as redes de ensino 
da Bahia em relação ao projeto de formação continuada destinado à implementação de 
mais uma etapa do Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB): a formação para 
professores que atuam no ensino médio. Esta ação foi denominada “DCRB ENSINO MÉ-
DIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO” e se alinha a um conjunto de propostas 
indicadas para a implementação do ensino médio, a partir da efetividade da Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC). 
O texto-base do DCRB foi elaborado por redatores e coordenadores, na maior parte pro-
fessores da própria rede, como também docentes convidados de universidades e do setor 
privado, entre 2020 e 2021, e, após consulta pública, homologado pelo Conselho Estadual 
de Educação (CEE), em 26 de março de 2022. A ação formativa que ora apresentamos uti-
liza recursos provenientes do Programa Nacional de Implementação da BNCC (ProBNCC). 
Por fim, destaca-se a participação da Fundação Getulio Vargas, por meio do Centro de 
Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais, contratada pela SEC para 
apoiar a execução do projeto.
O debate sobre a política curricular se depara com o desafio de assegurar a efetividade 
dos referenciais curriculares estaduais, em um contexto desafiador tanto de reforma do 
ensino médio quanto de recuperação das aprendizagens após a pandemia do coronavírus. 
Tal momento traz, contudo, igualmente a possibilidade de toda a comunidade escolar 
repensar um projeto educacional que indique novas redes de conhecimento, novos cami-
nhos de conexão coletiva, destinados a elos mais fortes de compartilhamento de saberes 
e de escolhas em prol de toda a sociedade.
ApresentAção
7
É o momento de converter intenções em ações e, para que tal imperativo ocorra, respei-
tando as singularidades de cada contexto, é necessário que todos os envolvidos se apro-
priem das discussões sobre os temas do currículo, destacando-se aqui o papel central 
desempenhado pelas ações de formação continuada.
Neste sentido, a estrutura formativa do presente curso apresenta uma abordagem teó-
rico-prática, orientada para socializar saberes e buscar alternativas viáveis frente às ne-
cessidades reais que as/os educadores/as, sejam docentes, coordenadores, conselheiros 
ou gestores escolares, experienciam nas suas vivências e nos novos desafios a serem 
vencidos. Que este Caderno de Aprendizagem sirva como suporte para tantos momentos 
de interações e de diálogos e também de leitura para reflexões perante o nosso momento 
histórico, pois é a educação o processo privilegiado de humanização.
8
01
Informações 
Gerais
INSCRIÇÕES
Para o processo de inscrição e confirmação da inscrição, foi construída uma página para 
divulgação de informações importantes e recepção das/dos cursistas: 
https://formacaoensinomedio.educacao.ba.gov.br
Vale ressaltar que as inscrições e confirmações para esta nova formação iniciam no dia 
5/5 e encerram no dia 12/5.
CERTIFICAÇÃO 
Todos os cursistas que obtiverem aproveitamento mínimo de 70% computado pelo AVA 
serão certificados. Essa certificação será disponibilizada no próprio Ambiente de Apren-
dizagem onde ocorrerá a formação.
Importante salientar que a formação possibilitará a progressão de carreira do educador 
participante. O professor que ainda não alcançou os 50% da Gratificação de Estímulo ao 
Aperfeiçoamento Profissional (Geapme) poderá progredir na sua carreira, obtendo 15% 
através da carga horária da formação. 
https://formacaoensinomedio.educacao.ba.gov.br
InformAções GerAIs
9
CONTATOS 
Para mais informações sobre o programa e esclarecimento de dúvidas e/ou sugestões, 
são disponibilizados os canais abaixo:
Site institucional: formacaoensinomedio.educacao.ba.gov.br
E-mail: formacaoensinomedio@enova.educacao.ba.gov.br
http://formacaoensinomedio.educacao.ba.gov.br
http://formacaoensinomedio@enova.educacao.ba.gov.br
10
Formação 
para o DCRB - 
Ensino Médio
02
O curso de formação continuada de profissionais da educação da rede estadual pública de 
educação básica, etapa do ensino médio, e representantes de entidades vinculadas à edu-
cação denominado FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHE-
CIMENTO compreende uma etapa necessária e importante para a efetiva implementação 
do Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) – Ensino Médio e para a reflexão 
sobre os fazeres pedagógicos dos/as professores da rede estadual da Bahia.
A formação constitui-se como um momento de estudo, aprofundamento e diálogo sobre 
transformações e disputas no currículo em relação ao ensino médio na Bahia. Uma vez que 
os/as professores/asFORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
40
CICLO IV – GESTÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO IV.d
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CHISTOPHE, Micheline et al. Educação Baseada em evidências: Como saber o que funciona em 
Educação, Brasília: Instituto Alfa e Beto, 2015.
ALAVARSE, O.M.; MACHADO, C. Impactos e desafios da avaliação externa para as redes e escolas. 
2012. Trabalho apresentado na Mesa Redonda do II Congresso Nacional de Avaliação Educacional 
- CONAVE, 24 a 26 de setembro 2012, Bauru, 2012.
VIANNA, H. M. Avaliações Nacionais em Larga Escala: análises e propostas. Estudos em Avaliação 
Educacional, São Paulo, n.27, p.41-76, jan/jun/2003.
____. Fundamentos de um programa de avaliação educacional. Brasília: Liber Livro, 2005.
SOARES, José Francisco; ALVES, Maria Tereza Gonzaga. O efeito das escolas na aprendizagem 
dos alunos: um estudo com dados longitudinais no Ensino Fundamental. www.sciello.br. 2008. 
Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/SX59xsRDbMZTGSDGCJJ7m7m/?lang=pt&for-
mat=pd#:~:text=Os%20resultados%20mostraram%20que%20os,persistem%20no%20final%20
do%20estudo. Acesso em 21/10/2022. 
CICLO IV – GESTÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO IV.b
COMPONENTE
Sistemas de Avaliação em Larga Escala
CARGA HORÁRIA
20h 
EMENTA
Os sistemas de avaliação em larga escala como instrumento para a análise e formulação de po-
líticas educacionais. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): o fluxo escolar e 
as médias de desempenho nas avaliações. O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o 
Sistema de Avaliação Baiano de Educação (SABE). O Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. 
O Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes/Programme for International Student 
Assessment (PISA).
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BASSO, Flávia. Uso dos resultados do Saeb/Prova Brasil na formulação de políticas educacionais esta-
duais. Brasília, 2017. Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/31697/1/2017_
Fl%c3%a1viaVianaBasso.pdf. Acesso em: 13 abr.2023. 
OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO, ENSINO MÉDIO E GESTÃO. Avaliação educacional no Brasil. 
Disponível em: https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/avalia-
cao-educacional-no-brasil?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=gh_con-
junto_avaliacao_educacional&gclid=CjwKCAjw8-OhBhB5EiwADyoY1S78oJ37I5b_QSmnvMQ4l-
qWoErhvIKwSnMhawjTgqtYbj5xjWeNBPhoCOUUQAvD_BwE. Acesso em: 14 abr. 2023.
PIZARRO, M. V.; LOPES JUNIOR, J. Os sistemas de avaliação em larga escala e seus resultados: o PISA 
e suas possíveis implicações para o ensino de ciências. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciên-
cias, Belo Horizonte, 19, e2776, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-21172017190119.
SILVA, Aniele. Os sistemas de avaliação em larga escala como norteadores do currículo. Curitiba, 
2016. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/55527/R%20-%20
E%20-%20ANIELE%20ANDRADE%20DA%20SILVA.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 
12 abr. 2023.
 
http://www.sciello.br
https://www.scielo.br/j/ep/a/SX59xsRDbMZTGSDGCJJ7m7m/?lang=pt&format=pd#:~:text=Os%20resultados%20mo
https://www.scielo.br/j/ep/a/SX59xsRDbMZTGSDGCJJ7m7m/?lang=pt&format=pd#:~:text=Os%20resultados%20mo
https://www.scielo.br/j/ep/a/SX59xsRDbMZTGSDGCJJ7m7m/?lang=pt&format=pd#:~:text=Os%20resultados%20mo
https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/saeb/resultados
https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/saeb/resultados
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/31697/1/2017_Fl%c3%a1viaVianaBasso.pdf
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/31697/1/2017_Fl%c3%a1viaVianaBasso.pdf
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/avaliacao-educacional-no-brasil?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=gh_conjunto_avaliacao_educacional&gclid=CjwKCAjw8-OhBhB5EiwADyoY1S78oJ37I5b_QSmnvMQ4lqWoErhvIKwSnMhawjTgqtYbj5xjWeNBPhoCOUUQAvD_BwE
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/avaliacao-educacional-no-brasil?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=gh_conjunto_avaliacao_educacional&gclid=CjwKCAjw8-OhBhB5EiwADyoY1S78oJ37I5b_QSmnvMQ4lqWoErhvIKwSnMhawjTgqtYbj5xjWeNBPhoCOUUQAvD_BwE
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/avaliacao-educacional-no-brasil?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=gh_conjunto_avaliacao_educacional&gclid=CjwKCAjw8-OhBhB5EiwADyoY1S78oJ37I5b_QSmnvMQ4lqWoErhvIKwSnMhawjTgqtYbj5xjWeNBPhoCOUUQAvD_BwE
https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-debate/avaliacao-educacional-no-brasil?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=gh_conjunto_avaliacao_educacional&gclid=CjwKCAjw8-OhBhB5EiwADyoY1S78oJ37I5b_QSmnvMQ4lqWoErhvIKwSnMhawjTgqtYbj5xjWeNBPhoCOUUQAvD_BwE
https://doi.org/10.1590/1983-21172017190119
https://doi.org/10.1590/1983-21172017190119
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/55527/R%20-%20E%20-%20ANIELE%20ANDRADE%20DA%20SILVA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/55527/R%20-%20E%20-%20ANIELE%20ANDRADE%20DA%20SILVA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
41
Metodologia 
da Formação
11
O curso tem como princípios o estímulo ao diálogo, a valorização do conhecimento his-
toricamente construído pela humanidade, a pesquisa como princípio educativo, a impor-
tância da reflexão sobre os fenômenos e a sistematização dos conhecimentos, constituin-
do-se a prática social como meio de ensinar e aprender. 
A opção metodológica aqui estruturada é orientada pela pedagogia histórico-crítica 
(PHC), por se compreender a docência como um ato concreto, que é como esta se estru-
tura no interior de cada uma das escolas. Ali, em cada sala de aula, professores se depa-
ram constantemente com estudantes não idealizados; ao contrário, jovens atravessados 
por suas histórias de vida, pelas relações sociais, por sua busca por uma vida justa e de 
realizações. Este é o aluno concreto. 
A PHC estrutura-se a partir da teoria marxista denominada materialismo histórico-dialé-
tico, que se caracteriza pela reflexão e o pensamento a partir da materialidade histórica 
da sociedade, da vida dos seres humanos. Por meio do pensamento, busca compreender 
como se deu a organização dos seres humanos durante a história da humanidade. 
A partir dessas premissas, o teórico brasileiro Demerval Saviani desenvolveu a PHC como 
uma pedagogia contra-hegemônica que busca, na sua essência, conduzir os educandos 
da fase empírica à concreta, da síncrese à síntese, através de momentos estruturados que 
devem ser realizados durante o processo de ensino e aprendizagem. Estes momentos 
estão organizados em cinco ações, quais sejam: prática social, problematização, instru-
mentalização, catarse e o retorno à prática Social. 
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
42
Neste curso, os cinco momentos da PHC foram denominados de acordo com a imagem 
abaixo:
POR QUE TECER
(síntese da realidade)
PRÁTICA SOCIAL
ALINHANDO AS TEIAS
(o que preciso questionar/responder)
PROBLEMATIZAÇÃO
NOVOS FIOS
(como vejo agora a 
realidade e como modificá-la)
PRÁTICA SOCIAL
REVENDO O BORDADO
(refletir para 
sistematizar/avaliação)
CATARSE
COSTURANDO AS IDEIAS
(O que preciso conhecer)
INSTRUMENTALIZAÇÃO
A seguir, conceituaremos brevemente cada um dos momentos da PHC, já vinculando cada 
um deles à nomenclatura usada no curso. Estes momentos, assim como os conceitos e 
fundamentos desta pedagogia, serão objeto de estudo de todos os inscritos neste curso, 
dentro dos módulos da formação.
 � POR QUE TECER (síntese da realidade) - PRÁTICA SOCIAL
É onde se constituem os conhecimentos prévios dos estudantes, o ponto de par-
tida, onde estão os conhecimentos sincréticos, não sistematizados.
 � ALINHANDO AS TEIAS (o que preciso questionar/responder) - PROBLEMATIZAÇÃO
É o momento que vai conduzir todo o trabalho, pois, para Saviani (2006, p. 71), aqui 
é onde se identificam as “[...] questões que precisam ser resolvidas no âmbito da 
prática social e, em consequência,que conhecimento é necessário dominar”. 
 � COSTURANDO AS IDEIAS (o que preciso conhecer) - INSTRUMENTALIZAÇÃO
É o momento em que, efetivamente, os conhecimentos científicos são acessados 
por meio de diversos instrumentos, de práticas docentes organizadas, planejadas 
e executadas pelo professor. 
 � REVENDO O BORDADO (refletir para sistematizar/avaliação) - CATARSE
Momento em que o educando demonstra ter se apropriado do conhecimento 
científico, sendo capaz de manifestar esta compreensão.
metoDoloGIA DA formAção
43
 � NOVOS FIOS (como vejo agora a realidade e como modificá-la) - PRÁTICA SOCIAL
Aqui ocorre a apropriação dos conhecimentos científicos historicamente produ-
zidos pela humanidade com o objetivo de conduzir uma ação, sempre visando à 
transformação social.
Busca-se, portanto, nesta formação de professores/as a distância, utilizar instrumentos 
que promovam a compreensão do Documento Curricular Referencial da Bahia e esti-
mulem a produção e socialização de conhecimentos em diferentes mídias e contextos 
de discussão, sendo o cursista também mobilizador de questões e debates, a partir das 
orientações dos tutores.
Em busca da apropriação, internalização e reflexão acerca dos conhecimentos postos 
nesta formação de professores/as, serão propostos momentos de leitura, reflexão, diá-
logo e produção, mediados pelos docentes tutores, que estimularão os professores a res-
significar as práticas desenvolvidas nas suas escolas a fim de que estas estejam alinhadas 
ao ensino médio baiano, a partir da implementação do DCRB.
Também serão desenvolvidas práticas de investigação durante todo o curso, conside-
rando a pesquisa como princípio educativo, como instrumento para que a apropriação, 
construção e socialização do conhecimento ocorram. Assim, o professor será desafiado 
a realizar pesquisas relacionadas aos conteúdos trabalhados nos módulos, sempre em 
diálogo com a sua prática em sala de aula na sua escola e em parceria com seus colegas. 
Tais discussões serão viabilizadas também por meio dos encontros das ACs.
Durante todo o curso, estarão presentes os Temas Integradores do DCRB, devendo estes 
transversalizar a formação em todas as suas etapas. Desse modo, serão contemplados 
textos, videoaulas, debates que dialoguem com os temas: 
I - EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Tratar dos direitos humanos nos currículos escolares perpassa pelas dimensões da pro-
moção e valorização e pela prevenção e enfrentamento das violações dos direitos hu-
manos. Assim, cabe à comunidade escolar expressar as estratégias e ações pedagógicas 
diversificadas adequadas à sua realidade e promover os direitos humanos por meio dos 
seus projetos político-pedagógicos.
As ações e estratégias pedagógicas devem envolver todos os componentes curriculares, 
em todas as áreas do conhecimento e campos de experiência, integrando toda a comu-
nidade escolar.
Neste sentido, a partir da elaboração coletiva de um projeto político-pedagógico pautado no 
compromisso de garantir os direitos à educação e à aprendizagem de todos os estudantes, 
o ambiente educacional promove reflexões e mudanças de atitude dos sujeitos, inclusive 
perante as práticas discriminatórias e violentas nos espaços sociais (DCRB, 2022, p. 74). 
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
44
I I - EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE
A escola, entre outros espaços sociais, é um território onde a diversidade humana é temá-
tica latente, candente, entremeada por contornos áridos e práticas sociais contraditórias 
e, muitas vezes, tensionadas. Ela tende a reafirmar predileções histórico-culturais, veladas 
ou declaradas, de valores, atitudes e conhecimentos ditos socialmente aceitáveis ou “poli-
ticamente corretos”. Segundo Costa:
A diversidade tem ligação estreita com igualdade, um dos princípios do 
estado democrático. Portanto, em educação, é fundamental que os profis-
sionais tenham condições para reconhecer a heterogeneidade social e o 
direito que todos têm, mediante a equidade no tratamento dos diferentes 
grupos sociais. A equidade revela que a diferença entre os diversos grupos 
sociais não deveria comprometer a igualdade de direitos, pois as diferen-
ças não podem se converter em desigualdades (COSTA, 2014, p. 5).
Compreende-se que a escola não é um espaço social neutro. Ela precisa exercer e legitimar 
o seu papel político-pedagógico, objetivando acolher os conhecimentos tradicionais advin-
dos dos sujeitos que integram a comunidade escolar, em especial os estudantes; garantir 
o direito à aprendizagem de todos os estudantes aos conhecimentos científicos histori-
camente construídos pela humanidade, independente de raça, etnia, gênero, orientação 
sexual, deficiência, religião, geração ou situação socioeconômica; e promover a produção 
de novos conhecimentos advindos do entrelaçamento dos primeiros.
O alcance dos objetivos acima contribui para mudanças de paradigmas enraizados pela 
cultura hegemônica, numa perspectiva da construção de uma sociedade plenamente demo-
crática, na qual todos os cidadãos exerçam, conscientemente, seus direitos e deveres, com 
vistas ao bem comum, na convivência respeitosa, harmônica e solidária para e com todos.
A escola precisa se constituir como espaço promotor de afetos, curiosidade, criatividade, 
sonhos, produção e fruição da arte, da cultura e da ciência, inovação, solidariedade, saúde, 
autonomia, cidadania, acolhimento, inclusão e felicidade, cumprindo, assim, o seu papel de 
formar cidadãos integrais e integrados, livres, criativos, críticos, autônomos e responsáveis.
Uma comunidade escolar participativa, consciente e engajada na construção da escola de-
mocrática dificilmente estará desatenta, passiva, neutra, reprodutora das práticas sociais que 
existem fora dos seus muros, ou seja, atravessada por omissões, exclusões, discriminações, 
preconceitos de todas as naturezas e por todo tipo de abusos e violação de direitos. É na es-
cola que está a real possibilidade para a instauração de uma nova sociabilidade democrática, e 
ela, na verdade, já o faz, de forma intencional ou não, por meio das manifestações dos “Outros 
Sujeitos”, ao criarem “Outras Pedagogias”, conforme destacado por Arroyo (2014):
Na pluralidade de ações coletivas, de organizações populares, de traba-
lhadores da educação, da saúde, dos campos e periferias, nas lutas dos 
diversos movimentos sociais. Seus(suas) filhos(as) se fazem presentes nas 
escolas e universidades, nas ruas, no movimento adolescente/juvenil. 
São os outros educandos que trazem outras indagações pedagógicas à 
docência. São os outros docentes se organizando, mobilizando e inven-
tando outro saber educativo. Para se manifestar, privilegiam ações. Ações 
coletivas na diversidade, de campos e fronteiras de luta pelo direito à 
vida, à terra, ao teto, ao território, à identidade, à orientação sexual, ao 
conhecimento, à memória e à cultura, à saúde, à educação e à dignidade, 
à justiça, à igualdade, às diferenças. Ações coletivas pela emancipação, 
como pedagogias libertadoras radicais (ARROYO, 2014, p. 37-38).
metoDoloGIA DA formAção
45
A problematização e o confronto das situações e práticas discriminatórias devem estar 
previstos nos PPPs, currículos e ações pedagógicas, intencionais e planejados pelo cole-
tivo da escola, de forma a promover a igualdade de direitos e o cumprimento dos deveres 
de toda a comunidade. Com isso, o que se pretende é o fortalecimento da autoestima e 
das identidades dos sujeitos, promovendo o sentimento de pertencimento e a fruição 
das liberdades individuais e coletivas, contribuindo para a melhoria da frequência e do 
rendimento dos estudantes e da redução do abandono e da evasão escolar. Caso esses 
elementos não estejam previstos na ação educativa, podem contribuir para o aumento da 
indisciplina, baixo rendimento escolar, abandono e evasão, potencializando fenômenos/
violências da contemporaneidade, tais como bullying, ciberbullying, depressão, automu-
tilação e tentativas de suicídio ou suicídio (DCRB,2022, p. 74).
I I I -- EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
A Educação para o Trânsito é um caminho seguro para a preservação da vida. O compro-
metimento e a conscientização com a segurança no trânsito promovem a convivência 
harmoniosa na divisão do espaço das vias terrestres públicas e privadas e evitam as trans-
gressões infracionais às leis de trânsito.
Para a redução das estatísticas de mortes no trânsito, é importante orientar crianças, 
jovens, adultos e idosos sobre como se comportar no trânsito quando estão no papel de 
pedestres ou como ocupantes de um veículo. A Educação para o Trânsito ajuda a todos 
na compreensão do uso do espaço viário e a conscientização dos seus limites e de suas 
capacidades.
O comportamento da criança e do jovem ao transitar é influenciado pelas ações dos pais, 
dos familiares, dos grupos sociais, pelas relações interpessoais e por condutas negativas. 
É necessário que a escola esteja presente em sua vida e forme cidadãos mais conscientes 
e que desenvolva o senso crítico que será levado para a vida toda.
É no final da década de 1990 que o termo Educação para o Trânsito se consolida por meio 
do próprio CTB, que teve o texto atualizado pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, e 
que, no seu Capítulo VI – Da Educação para o Trânsito, estabelece no art. 74: “A Educação 
para o Trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do 
Sistema Nacional de Trânsito”. É no século XXI, mais precisamente em junho de 2009, que 
as Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito na Pré-Escola e no Ensino Funda-
mental são aprovadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Com base na lei supramencionada, a Educação para o Trânsito deverá ser promovida na 
educação infantil (pré-escola), no ensino fundamental, no ensino médio, em todas as moda-
lidades da educação básica e no ensino superior, por meio de um planejamento e de ações 
articuladas com os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação da 
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, nas respectivas áreas de atuação.
Não bastam apenas as leis, é um erro apostar apenas na aplicação de multas, pois elas, 
sem ações efetivas de educação, não mudam muito o comportamento humano. É neces-
sário que o cidadão se perceba como ser integrante, dependente e agente transforma-
dor do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo 
ativamente para a melhoria do trânsito e, consequentemente, para a qualidade de vida. 
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
46
A Educação para o Trânsito é imprescindível nas escolas regulares e vai além de folhetos 
e adesivos. Ela requer, entre outros aspectos, a execução contínua de programas educa-
tivos que fortaleçam o desenvolvimento humano e garantam a qualidade de vida como 
impõe a legislação, conforme indica a BNCC (2017).
O desafio da sociedade é a redução de acidentes e a percepção do perverso impacto que 
dele advém nos âmbitos econômico, político, da saúde e, principalmente, no seio familiar. 
Nessa busca, existe um longo caminho a ser percorrido na direção de um trânsito seguro 
para todos, e a Educação para o Trânsito pode cumprir um papel primordial na redução 
dos acidentes, cabendo, assim, uma reflexão sobre o fenômeno.
As estatísticas dos acidentes de trânsito e a violência crescem a cada dia, constituindo-se 
em uma das principais causas de mortes, principalmente entre crianças e jovens. Por 
isso, é importante que a sociedade se mobilize, estabelecendo uma consciência coletiva 
e individual, criando soluções duradouras, entre as quais a inclusão da Educação para o 
Trânsito no currículo escolar (DCRB, 2022, p. 82).
IV - EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O trabalho com Educação Ambiental deve partir do pressuposto de que existe um ten-
sionamento entre sociedade e ambiente oriundo da relação de poder historicizada, não 
naturalizada e passível de transformação (CAVALCANTE, 2005). Para Layrargues (1999), 
a identificação e a resolução de problemas locais podem ser estratégias metodológicas 
privilegiadas para a prática educativa e, também, um instrumento importante para a Edu-
cação Ambiental.
Diversos mecanismos são utilizados para a implementação da Educação Ambiental nas 
escolas. Para Vasconcellos (1997), a presença, em todas as práticas educativas, da reflexão 
sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com 
seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.
Destacamos a importância de as unidades escolares, por meio dos seus currículos, im-
plementarem a Educação Ambiental de forma crítica – questionando as condicionantes 
sociais que geram problemas e conflitos socioambientais; emancipatória – visando à au-
tonomia dos sujeitos frente às relações de expropriação, opressão e dominação; e trans-
formadora – buscando a mudança do padrão societário, no qual se define a degradação 
da natureza e, em seu interior, da condição humana (BAHIA, 2015).
Essa concepção considera a flexibilidade do currículo, as demandas dos sujeitos, seus 
contextos, espaços de aprendizagem, levando em conta a diversidade dos territórios, 
adequando-o a variadas metodologias que possibilitem a aprendizagem significativa dos 
estudantes para a formação humana integral (DCRB, 2022, p. 85).
V - SAÚDE NA ESCOLA
A saúde e a educação são direitos fundamentais expressos na Constituição de 1988 que, 
no art. 6º, traz: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a 
metoDoloGIA DA formAção
47
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição”. Enquanto direito, é inerente a todos, sem 
distinção de raça, etnia, gênero, religião ou condição socioeconômica, sendo dever do 
Estado garanti-la “mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco 
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 1988).
Por sua vez, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como “um estado 
de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e 
enfermidades” (OMS, 1946). Nesta perspectiva, o tema integrador Saúde na Escola, as-
sociado ao recorte territorial, ganha relevância no currículo das unidades escolares, 
possibilitando a implementação de estratégias mais efetivas para o enfrentamento dos 
problemas de saúde mapeados no território e, principalmente, na proposição de solu-
ções mais adequadas.
Princípios como intersetorialidade, integralidade, territorialidade, interdisciplinaridade e 
transversalidade devem ser assumidos no currículo, respaldando projetos de intervenção 
envolvendo a comunidade do entorno para o fortalecimento da parceria escola-comu-
nidade, constituindo-se em uma escola promotora da saúde, conforme preconizado na 
Lei nº 12.361/2011, que aprova o Plano Estadual da Juventude e estabelece como uma das 
diretrizes a promoção da saúde integral do jovem, com destaque para a ação programá-
tica de “enfatizar o trabalho conjunto com a escola e com a família para a prevenção da 
maioria dos agravos à saúde”.
Com base nos seus PPPs, as unidades escolares devem realizar o planejamento de ações 
sociopedagógicas de forma transversal, sistemática, contínua e integrada com as demais 
atividades/ações desenvolvidas por elas, visando à promoção da saúde e prevenção dos 
agravos, envolvendo toda a comunidade escolar e, principalmente, assegurando o lugar 
dos estudantes como protagonistas, de forma a contribuir para a melhoria do rendimento 
e a redução do abandono e da evasão escolar.
É fundamental que as práticas pedagógicas possibilitem à comunidade escolar o de-
senvolvimento de habilidades socioemocionais, conhecimentos, atitudes e valores que 
promovam a tomada de decisões baseadas na ética, no bem-estar físico, social e mental, 
conferindo-lhe, assim, um papel interventivo,além de estimular ações de promoção à 
saúde e prevenção dos agravos direcionadas ao enfrentamento das vulnerabilidades dos 
estudantes frente às questões de saúde.
VI - EDUCAÇÃO FINANCEIRA E PARA O CONSUMO
Em uma sociedade em que é mais importante o TER do que o SER, abrem-se as portas 
para a discussão sobre o consumo consciente e sobre o que, como e por que consumimos. 
Neste contexto, o tema integrador Educação Financeira e para o Consumo visa à cons-
trução e ao desenvolvimento de comportamentos financeiros consistentes, autônomos e 
saudáveis, para que os estudantes possam, como protagonistas de suas histórias, planejar 
e executar os seus projetos de vida. Ferreira (2017), em seu artigo intitulado “A impor-
tância da educação financeira pessoal para a qualidade de vida”, apresenta argumentos e 
relaciona os índices de qualidade de vida com os conhecimentos e práticas da educação 
financeira pessoal, destacando que não há intenção de:
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
48
[...] expor que qualidade de vida é parar de gastar ou poupar apenas 
para item específico, e sim mostrar que gastando de forma consciente 
e inteligente o indivíduo tem mais possibilidade de conquistar o 
que para ele é importante, assim como proporcionar uma vida mais 
tranquila e estável sem um endividamento constante que acaba por 
tirar a tranquilidade do indivíduo.
As unidades escolares devem promover a inserção de conteúdos que estimulem a capaci-
dade de escolha consciente e responsável nas discussões em sala de aula, apontando para 
a formação de indivíduos que possam gerir/mediar os recursos, transcendendo a questão 
restrita ao dinheiro, ou seja, não versado na aquisição de bens associados tão somente ao 
lucro imediato, mas para a constituição de cidadãos que reconheçam o caráter finito dos 
recursos e, portanto, capazes de agregar bens sem desconsiderar o desperdício e o seu 
descarte irresponsável no ambiente e, principalmente, o consumismo desenfreado.
VII - EDUCAÇÃO FISCAL
O tema integrador Educação Fiscal exerce um papel importante no DCRB por ter como 
objetivo o desenvolvimento de valores e atitudes, competências e habilidades necessárias 
ao exercício de direitos e deveres na relação recíproca entre o cidadão e o Estado, prin-
cipalmente por dar ênfase ao sujeito de direito na condução da vida social e nas relações 
humanas. Sobretudo nas unidades escolares, uma vez que aborda os direitos, assim como 
os deveres, que todos têm com o país, com o Estado, com a comunidade e os semelhantes.
A Educação Fiscal é definida como processo educativo que visa à construção de uma 
consciência voltada ao exercício da cidadania, objetivando a participação do cidadão no 
funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controle social e fiscal do Estado, 
estabelecendo como embasadores de suas práticas os seguintes princípios: ético – da 
autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; estético 
– da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais; 
político – dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à 
ordem democrática. Princípios estes que se apresentam como promotores da articulação 
entre os campos do conhecimento e os aspectos da cidadania.
A escola, como instituição educativa central, e os profissionais da educação, como media-
dores, têm um papel primordial para a formação de sujeitos fiscalmente educados, tendo 
a prática social como início e fim do processo educativo – e, estes, consequentemente, 
poderão influenciar nas decisões da sociedade em que vivem, com o intuito de garantir 
direitos e deveres em benefício da coletividade.
VIII - CULTURA DIGITAL
A Cultura Digital articula-se com qualquer outro campo além das tecnologias, como Arte, 
Educação, Filosofia, Sociologia, Ciências Naturais etc., justamente pela ubiquidade cres-
cente das tecnologias digitais (SANTAELLA, 2013), que instigam instituições e espaços for-
mativos a conceber novos jeitos de aprender, tanto dentro quanto fora do espaço escolar.
metoDoloGIA DA formAção
49
Esses novos jeitos de aprender, nos dias de hoje, escapam ao modelo hierárquico, se-
quencial, linear e fechado em apenas um turno escolar. Compreendem a ideia de rede no 
ato de conhecer, alterando formas e jeitos de aprendizagem e interpelando-nos a pensar 
novas maneiras de escolarização e de fazer cultura (BRASIL, 2009, p. 11).
Nesse sentido, emergem desafios pedagógicos e estruturais a serem enfrentados pelas 
redes de educação, escolas e profissionais da educação (DCRB, 2022, p. 89).
50
12
Polos e 
Municípios
Os polos onde ocorrerão os encontros presenciais de cada turma estarão vinculados às 
sedes dos Núcleos Territoriais de Educação – NTE. Todos os NTE serão atendidos pela 
formação.
NÚCLEOS TERRITORIAIS DE EDUCAÇÃO – NTE SEDES E MUNICÍPIOS
1 Irecê
(Irecê)
América Dourada, Barra do Mendes, Barro Alto, Cafarnaum, Canarana, 
Central, Gentio do Ouro, Ibipeba, Ibitita, Ipupiara, Irecê, Itaguaçu da 
Bahia, João Dourado, Jussara, Lapão, Mulungu do Morro, Presidente Du-
tra, São Gabriel, Ubaí, Xique-Xique.
2 Velho Chico
(Bom Jesus da Lapa)
Barra, Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Carinhanha, Feira da 
Mata, Ibotirama, Malhada, Matinga, Morpará, Muquém do São Francisco, 
Oliveira dos Brejinhos, Paratinga, Riacho de Santana, Serra do Ramalho, 
Sítio do Mato.
3 Chapada 
Diamantina
(Seabra)
Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Bonimal, Bonito, Ibicoara, Ibitiara, Ira-
maia, Iraquara, Itaeté, Jussiape, Lençóis, Marcionílio Souza, Morro do 
Chapéu, Mucugê, Nova Redenção, Novo Horizonte, Palmeiras, Piatã, Rio 
de Contas, Seabra, Souto Soares, Utinga, Wagner.
4 Sisal
(Serrinha)
Araci, Barrocas, Biritinga, Candeal, Cansanção, Conceição do Coité, Ichú, 
Itiúba, Lamarão, Monte Santo, Nordestina, Queimadas, Quijingue, Reti-
rolândia, Santaluz, São Domingos, Serrinha, Teofilândia, Tucano, Valente.
polos e munICípIos
51
NÚCLEOS TERRITORIAIS DE EDUCAÇÃO – NTE SEDES E MUNICÍPIOS
5 Litoral Sul
(Itabuna)
Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Barro Preto, Buerarema, Camacan, Ca-
navieiras, Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí, Ilhéus, Itabuna, Itacaré, Itaju do 
Colônia, Itajuípe, Itapé, Itapitanga, Jussari, Maraú, Mascote, Pau Brasil, 
Santa Luzia, São José da Vitória, Ubaitaba, Una, Uruçuca.
6 Baixo Sul
(Valença)
Aratuípe, Cairu, Camamu, Gandu, Ibirapitanga, Igrapiúna, Ituberá, Jagua-
ripe, Nilo Peçanha, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves, Taperoá, 
Teolândia, Valença, Wenceslau Guimarães.
7 Extremo Sul
(Teixeira de Freitas)
Alcobaça, Caravelas, Ibirapuã, Itamaraju, Itanhém, Jucuruçu, Lajedão, 
Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, Prado, Teixeira de Freitas, Vereda.
8 Médio Sudoeste da 
Bahia (Itapetinga)
Caatiba, Firmino Alves, Ibicuí, Iguaí, Itambé, Itapetinga, Itarantim, Itororó, 
Macarani, Maiquinique, Nova Canaã, Potiraguá, Santa Cruz da Vitória.
9 Vale do Jequiriçá
(Amargosa)
Amargosa, Brejões, Cravolândia, Elísio Medrado, Irajuba, Itaquara, Itiruçu, 
Jaguaquara, Jiquiriçá, Lafaiete Coutinho, Lagedo do Tabocal, Laje, Mara-
cás, Milagres, Mutuípe, Nova Itarana, Planaltino, Santa Inês, São Miguel 
das Matas, Ubaíra.
10 Sertão do São 
Francisco (Juazeiro)
Campo Alegre de Lourdes, Canudos, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Pilão 
Arcado, Remanso, Sento Sé, Sobradinho, Uauá.
11 Bacia do Rio 
Grande (Barreiras)
Angical, Baianópolis, Barreiras, Buritirama, Catolândia, Cotegipe, Cristó-
polis, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães, Mansidão, Riachão 
das Neves, Santa Rita de Cássia, São Desidério, Wanderley.
12 Bacia do Parami-
rim (Macaúbas)
Boquira, Botuporã, Caturama, Érico Cardoso, Ibipitanga, Macaúbas, Para-
mirim, Rio do Pires.
13 Sertão Produtivo
(Caetité)
Brumado, Caculé, Caetité, Candiba, Contendas do Sincorá, Dom Basílio, 
Guanambi, Ibiassucê, Ituaçu, Iuiu, Lagoa Real, Livramento de Nossa Se-
nhora, Malhada de Pedras, Palmas de Monte Alto, Pindaí, Rio do Antônio, 
Sebastião Laranjeiras, Tanhaçu,Tanque Novo, Urandi.
14 Piomonte do Pa-
raguaçu (Itaberaba)
Boa Vista do Tupim, Iaçu, Ibiquera, Itaberaba, Itatim, Lajedinho, Macajuba, 
Mundo Novo, Piritiba, Rafael Jambeiro, Ruy Barbosa, Santa Terezinha, 
Tapiramutá.
15 Bacia do Jacuípe
Baixa Grande, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Gavião, Ipirá, Mairi, 
Nova Fátima, Pé de Serra, Pintadas, Quixabeira, Riachão do Jacuípe, São 
José do Jacuípe, Serra Preta, Várzea da Roça, Várzea do Poço.
16 Piemonte da Dia-
mantina (Jacobina)
Caém, Jacobina, Miguel Calmon, Mirangaba, Ourolândia, Saúde, Serrolân-
dia, Umburanas, Várzea Nova.
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
52
NÚCLEOS TERRITORIAIS DE EDUCAÇÃO – NTE SEDES E MUNICÍPIOS
17 Semiárido Nor-
deste II (Ribeira do 
Pombal)
Adustina, Antas, Banzaê, Cícero Dantas, Cipó, Coronel João Sá, Euclides 
da Cunha, Fátima, Heliópolis, Jeremoabo, Nova Soure, Novo Triunfo, Pa-
ripiranga, Pedro Alexandre, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal, Santa 
Brígida, Sítio do Quinto.
18 Litoral Norte e 
Agreste Baiano
(Alagoinhas)
Acajutiba, Alagoinhas, Aporá, Araçás, Aramari, Cardeal da Silva, Catu, 
Conde, Crisópolis, Entre Rios, Esplanada, Inhambupe, Itanagra, Itapicuru, 
Jandaíra, Olindina, Ouriçangas, Pedrão, Rio Real, Sátiro Dias.
19 Portal do Sertão
(Feira de Santana)
Água Fria, Amélia Rodrigues, Anguera, Antônio Cardoso, Conceição da 
Feira, Conceição do Jacuípe, Coração de Maria, Feira de Santana, Ipeca-
etá, Irará, Santa Bárbara, Santanópolis, Santo Estevão, São Gonçalo dos 
Campos, Tanquinho, Teodoro Sampaio, Terra Nova.
20 Vitória da Con-
quista (Vitória da 
Conquista)
Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Caeta-
nos, Cândido Sales, Caraíbas, Condeúba, Cordeiros, Encruzilhada, Gua-
jeru, Jacaraci, Licínio de Almeida, Maetinga, Mirante, Mortugaba, Piripá, 
Planalto, Poções, Presidente Jânio Quadros, Ribeirão do Largo, Tremedal, 
Vitória da Conquista.
21 Recôncavo (Santo 
Antônio de Jesus)
Cabaceiras do Paraguaçu, Cachoeira, Castro Alves, Conceição do Almeida, 
Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira, Marago-
gipe, Muritiba, Muniz Ferreira, Nazaré Santo Amaro, Santo Antônio de 
Jesus, São Felipe, São Félix, São Francisco do Conde, São Sebastião do 
Passé, Sapeaçu, Saubara, Varzedo.
22 Médio Rio de 
Contas (Jequié)
Aiquara, Apuarema, Barra do Rocha, Boa Nova, Dário Meira, Gongogi, Ibi-
rataia, Ipiaú, Itagi, Itagiba, Itamari, Jequié, Jitaúna, Manoel Vitorino, Nova 
Ibiá, Ubatã.
23 Bacia do Rio Cor-
rente (Santa Maria 
da Vitória)
Brejolândia, Canápolis, Cocos, Coribe, Correntina, Jaborandi, Santa Maria 
da Vitória, Santana, São Félix do Coribe, Serra Dourada, Tabocas do Brejo 
Velho.
24 Itaparica
(Paulo Afonso)
Abaré, Chorrochó, Glória, Macururé, Paulo Afonso, Rodelas.
25 Piemonte Norte 
do Itapicuru
(Senhor do Bonfim)
Andorinha, Antônio Gonçalves, Caldeirão Grande, Campo Formoso, Fila-
délfia, Jaguarari, Pindobaçu, Ponto Novo, Senhor do Bonfim.
26 Metropolitana de 
Salvador (Salvador)
Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de 
Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador, São Francisco do Conde, São 
Sebastião do Passé, Simões Filho, Vera Cruz.
27 Costa do 
Descobrimento
(Eunápolis)
Belmonte, Eunápolis, Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi, Porto Segu-
ro, Santa Cruz Cabrália.
53
Cronograma
13
O cronograma a seguir consolida de forma gráfica os tópicos explicados acima.
CRONOGRAMA FORMAÇÃO CH INÍCIO FIM
Entrelaçando saberes: introdução à formação integral 20h 29/5 9/6
Entrar na rede e promover o debate: educação para tod@s 20h 12/6 23/6
Conexões curriculares: inter e transdisciplinaridade 30h 26/6 14/7
Currículo do devir, diversidade cultural e identidades: o território 
como lócus de aprendizagem 20h 17/7 28/7
Currículo como centro da ação educativa: espaços de relações de 
poder e disputa 20h 31/7 11/8
Flexibilização curricular: transdisciplinaridade, intertextualidades 
e rigor metodológico 20h 14/8 25/8
Metodologias Ativas e Práticas Pedagógicas Contextualizadas 40h 28/8 22/9
Encontro presencial 8h 04/9 18/10
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
54
CRONOGRAMA FORMAÇÃO CH INÍCIO FIM
Linguagens e suas Tecnologias e os componentes Língua Portu-
guesa, Inglês, Educação Física e Arte 20h 16/10 27/10
A área da Matemática 20h 30/10 10/11
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e os componentes História, 
Geografia, Filosofia e Sociologia 20h 13/11 24/11
Ciências da Natureza e os componentes Biologia, Física e Química 20h 27/11 8/12
Avaliação para Aprendizagem 20h 19/2 1/3
Indicadores educacionais, monitoramento e gestão da 
aprendizagem 20h 4/3 15/3
Sistemas de Gestão da Aprendizagem 20h 18/3 29/3
Sistemas de Avaliação em Larga Escala 20h 1/4 12/4
Acompanhamento e validação da produção final dos cursistas, 
vinculada a cada área do conhecimento 22h 15/4 26/4
55
REFERÊNCIAS
BAHIA. Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Documento Curricular Referencial da 
Bahia para o ensino médio. V. 2. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2022.
MENEZES NETO, Antonio Julio de; QUARESMA, Adilene Gonçalves. O caráter ontológico 
do trabalho: Implicações para a relação trabalho-educação. Trabalho & Educação, Belo 
Horizonte, v. 20, n. 2, p. 63-75, mai./ago. 2011.
SAVIANI, D. Escola e democracia. 38. ed. Campinas: Autores Associados, 2006.
Realização
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	Apresentação
	Informações Gerais
	Formação para o DCRB - Ensino Médio
	Embasamentos
	Bases Teóricas
	Eixos Estruturadores do Dcrb - Etapa do Ensino Médio
	Temas integradores do DCRB
	Público Alvo e Metas
	Atores e Responsabilidades
	Pauta Formativa
	Ementas
	Metodologia da Formação
	Polos e Municípios
	Cronogramaparticipantes da formação poderão se apropriar do contexto histó-
rico que envolve o momento da educação nacional e estadual, em sua legislação e em seu 
referencial teórico, terão a oportunidade de trocar possibilidades com seus pares, interagir 
com a rede e construir planejamentos de trabalho coerentes com os debates mais contem-
porâneos da educação.
A formação terá carga horária de 360 (trezentas e sessenta) horas, sendo as primeiras 180 
(cento e oitenta) horas na modalidade a distância (com momentos síncronos e assíncro-
nos), culminando com oito horas presenciais, contemplando cada um dos 27 (vinte e sete) 
Núcleos Territoriais de Educação (NTE) do Estado da Bahia, e mais 172 horas em ambiente 
virtual, igualmente a distância, para aprofundamentos.
a) OBJETIVOS DA FORMAÇÃO 
formAção pArA o DCrB - ensIno méDIo
11
OBJETIVO GERAL
Viabilizar a formação continuada para 26.175 profissionais da educação vinculados à rede 
estadual de ensino para o Documento Referencial Curricular da Bahia, em caráter de im-
plementação da nova estrutura para o ensino médio no estado.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 � Compreender o contexto de redação do DCRB à luz da Lei nº 13.415, de 2017, que 
altera a LDBEN e reforma o ensino médio;
 � Considerar as pedagogias críticas como suportes teórico-metodológicos enquanto 
fundamentos da práxis educativa, que propõem a formação humana integral, por 
meio da elevação do nível cultural geral dos estudantes, assumidos como sujeitos 
históricos concretos;
 � Desenvolver, durante a formação, estratégias em sala de aula para que os/as cur-
sistas aprendam por meio da análise dos fenômenos históricos, avançando da etapa 
da síncrese para a síntese e, por fim, chegando à catarse, que marca a mudança 
qualitativa no desenvolvimento geral dos estudantes (formação de funções psíqui-
cas superiores);
 � Analisar as especificidades da organização curricular da Bahia a partir da pluralidade 
de concepções pedagógicas, destacando a PHC.
 � Ampliar os recursos de uso didático e o desenvolvimento de competências socio-
emocionais para espaços de aprendizagem voltados para o protagonismo juvenil;
 � Refletir sobre os projetos político-pedagógicos das escolas e desenvolver proposta 
de atualização desses projetos, considerando os cinco eixos estruturadores do DCRB: 
Educação Antirracista e Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, da 
História da África e dos Africanos, Educação na Diversidade e para a Diversidade, Edu-
cação e Direitos Humanos, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura, Territorialidade;
 � Exercitar a pesquisa nas escola, a partir da prática social e elaborar estratégias de 
ensino voltadas ao indivíduo concreto em cada escola;
 � Conhecer os oito Temas Integradores do DCRB e considerá-los na elaboração do 
planejamento pedagógico nas escolas. São temas integradores do DCRB: Educação 
em Direitos Humanos, Educação para a Diversidade, Educação para o Trânsito, 
Educação Ambiental, Saúde na Escola, Educação Financeira e para o Consumo, 
Educação Fiscal, e Cultura Digital.
 � Compreender e gerenciar estratégias de ensino que entregam resultados para 
os estudantes e se apropriar da análise de dados analíticos da avaliação externa, 
importantes para tomadas de decisão.
12
Embasamentos
03
Partimos do pressuposto inicial de que a educação deve ser compreendida enquanto 
importante prática social, fundamental para a reprodução de qualquer forma de sociabi-
lidade e também dos conhecimentos historicamente acumulados da humanidade. Neste 
sentido, a educação não está fora das transformações estruturais e da totalidade social; 
pelo contrário, ela se constrói ativamente, sendo responsável por garantir a existência de 
diferentes formas de pensar e agir no mundo.
Nessa busca, a integralidade da educação permite organizar a construção do conheci-
mento a partir das dimensões humanas, numa concepção de currículo interdisciplinar 
e interdimensional, alicerçado em redes de trocas de experiências, de integração dos 
conhecimentos e de aprendizagens essenciais para a formação integral dos estudantes, 
envolvendo o repertório cultural, a empatia, a responsabilidade, a cultura digital e o pro-
jeto de vida desses estudantes organicamente articulados aos projetos sociais dos grupos 
e segmentos nos quais estão imersos.
13
Bases Teóricas
04
Compreender a educação em uma perspectiva integral nos permite entendê-la no movi-
mento da totalidade da sociedade, o que nos possibilita analisar como as suas mudanças 
determinam e são determinadas por concepções de mundo. Tal condição se expressa na 
prática pedagógica do/a professor/a por meio dos projetos de educação, de escola e de 
juventudes adotados nos Projetos Político-Pedagógicos (PPP), e se materializa na escola 
por meio do trabalho educativo desenvolvido pelo/a professor/a em seu conteúdo e forma.
Por ter papel importante na construção e reprodução de valores sociais, a educação é hoje 
disputada por diversas concepções ideológicas, sejam elas de mercado, religiosas, institu-
cionais, reprodutoras mecanicistas do status quo ou mesmo por perspectivas reformistas 
e por concepções emancipatórias e de ruptura. Como nos encontramos numa conjuntura 
de reformulações, as convergências e os debates em torno de suas ações perpassam múl-
tiplas determinações sociais. Precisamos compreendê-las para transformá-las.
Existem propostas de reformas educacionais que parecem favorecer abordagens teóri-
co-metodológicas mais propensas à flexibilidade no trabalho, reformas essas mais re-
lacionadas com as mudanças nos mercados devido às transformações tecnológicas e à 
globalização. Na Bahia, foi buscado partir dos aportes teóricos da Base Nacional Comum 
Curricular em direção a uma concepção educacional que enfatize a formação integral do 
sujeito, a territorialidade, a análise crítica e transdisciplinar. 
A proposta do Documento Curricular Referencial da Bahia para o Ensino Médio (DCRB) 
assume, a partir da progressão de ações que se sustentam na Base Nacional Comum Cur-
ricular (BNCC), uma perspectiva metodológica com pedagogias críticas, que reivindicam 
a territorialidade, a cidadania e os saberes historicamente acumulados como integrantes 
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
14
da educação pública. Nessa compreensão, visa-se trabalhar a partir da realidade posta 
no aspecto social e cultural, desde suas contradições, embates e sínteses. Esse proceder 
é importante para a superação de propostas curriculares abstratas, generalizantes e que 
pouco dialogam com a materialidade, não somente técnica, mas também político-social. 
Nesta formação, promove-se, então, uma incursão por tais pressupostos teórico-meto-
dológicos e por tais desdobramentos teóricos e práticos do DCRB.
A formação continuada de professores é uma das premissas para o desenvolvimento de 
boas práticas pedagógicas, uma vez que a profissão docente possui, em sua natureza, o 
propósito de (re)criação e mobilização do pensamento crítico, entre outras competências 
inerentes ao ser humano, e que é utilizado na tomada de decisões que podem transformar 
o nosso entorno, na perspectiva cidadã. Para conseguir isso, uma das premissas das quais 
devemos partir é “que tipo de indivíduo estou querendo formar?”. Trata-se somente de 
um indivíduo obediente ou crítico? Que tipo de currículo é melhor para trabalhar uma 
formação humana integral? Aqui, o importante não são as soluções definitivas, mas a bus-
ca incessante pelas respostas. 
A partir de uma abertura de perspectivas e um pluralismo de visões, esta formação se 
alinha, em maior destaque, com a pedagogia histórico-crítica. Compreende-se que os 
atores escolares buscam identificar os saberes objetivos produzidos historicamente, con-
textualizando-os nas condições de sua produção, isto é, o saber enquanto conhecimento 
produzido e transformado. Deve-se reconhecer, para tanto, que as diferenças culturais 
sejam consideradas no ato educativo, ou seja, as particularidades culturaisdo sujeito – 
como realidade do mundo indígena, do campo, dos quilombolas, de tradições religiosas 
– sejam entendidas em seu aspecto fundante.
Para além de um mero conteudismo, o saber objetivo, trabalhado na escola na forma de 
“objetos de conhecimento”, é entendido como fundamental no DCRB. Tais objetos de 
conhecimento, relevantes e significativos enquanto tais, são essenciais na formação, por-
que constituem parte da cultura, e é justamente o domínio da cultura um dos elementos 
fundamentais para a emancipação dos povos. Competências e habilidades não podem ser 
expressas como uma forma vazia, e, sim, como uma elaboração que envolve um vínculo 
com as práticas sociais e com os conceitos construídos pela história do pensamento e 
pelos símbolos próprios da cultura.
Nesse sentido, o trabalho educativo visa realizar em cada indivíduo os conhecimentos his-
toricamente produzidos pela humanidade. Segundo Julia Malanchen (2014), o ser humano 
apropria-se do mundo objetivo por meio da produção material e não material, como as duas 
grandes categorias da produção humana da apropriação da realidade, e, assim, se integra 
em uma formação omnilateral. Para Demerval Saviani (2013), um currículo deve expressar, 
então, “[...] o conjunto de atividades nucleares desenvolvidas pela escola [...].”, a organização 
dos conhecimentos a serem apropriados ao longo do processo de escolarização, ou seja, a 
escola deve ofertar o acesso ao saber elaborado, que é o estudo dos clássicos.
Nas palavras de Pasqualini (2019, p. 7), “o clássico é um saber vivo, pujante, ainda que sua 
formulação original esteja radicada em um momento histórico distante no tempo [...].”. Nes-
ta direção, o conhecimento clássico guarda questões nucleares sobre a condição humana 
ao longo de sua história, o que, para a pedagogia histórico-crítica, precisa ser objeto de um 
currículo que se propõe analisar, compreender, explicar e transformar a realidade.
BAses teórICAs
15
Ao atribuir importância aos conteúdos culturais, Saviani (2008) pondera que o seu caráter 
modificador está na compreensão da sua historicidade. Portanto, ele defende a transfor-
mação dos conteúdos formais, fixos e abstratos em conteúdos reais, dinâmicos e concre-
tos. Uma pedagogia comprometida com os ideais democráticos e de sociedade igualitária 
não pode secundarizar os conteúdos historicamente construídos, pois problematizá-los 
é uma das tarefas primordiais do processo educativo em sua generalidade e da escola, 
em sua particularidade.
As camadas populares precisam adquirir um domínio sobre os conteúdos culturais para 
efetivamente defender seus interesses, uma vez que os grupos dominantes frequente-
mente utilizam esses conteúdos culturais como uma ferramenta para legitimar e fortale-
cer seu controle. Como mencionado por Saviani (2008, p. 48), “o dominado não se liberta 
se ele não vier a dominar aquilo que os dominantes dominam”. Portanto, a capacidade de 
dominar o que os dominantes detêm é uma condição essencial para a emancipação e para 
a disputa dos códigos culturais e dos espaços hierarquizados.
Adquirir os conteúdos culturais dominantes não significa, de forma alguma, abrir mão da 
própria cultura. Pelo contrário, a capacidade de compreender e dominar esses conteúdos 
pode fortalecer ainda mais a identidade cultural das camadas populares. Essa aquisição 
tampouco se trata de uma submissão, mas sim de uma ampliação de estruturas técnicas, 
científicas e conceituais que permitem às comunidades marginalizadas um acesso pleno 
a uma sociedade estruturada por instituições e por uma ciência oficial. 
Adquirir os conteúdos culturais dominantes não significa, de forma alguma, abrir mão da 
própria cultura. Pelo contrário, a capacidade de compreender e dominar esses conteúdos 
pode fortalecer ainda mais a identidade cultural das camadas populares. Essa aquisição 
tampouco se trata de uma submissão, mas sim de uma ampliação de estruturas técnicas, 
científicas e conceituais que permitem às comunidades marginalizadas um acesso pleno 
a uma sociedade estruturada por instituições e por uma ciência oficial. Nesse equilíbrio, 
busca-se também o pertencimento, o enraizamento, a ênfase na cidadania através da 
educação integral a partir de um território.
 
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAHIA. Documento Curricular Referencial da Bahia para o Ensino Médio. V. 2. Secretaria da 
Educação do Estado da Bahia. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Pau-
lo: Paz e Terra, 1996.
LIMA, Átila de Menezes. Educação, ideologia e reprodução social: notas críticas sobre os 
fundamentos sociais da Base Nacional Comum Curricular – BNCC. In: UCHOA, Antonio 
Marcos; SENA, Ivânia Paula Freitas de Souza. (Orgs.). Diálogos Críticos: BNCC, educação, 
crise e luta de classes em pauta. Porto Alegre: Editora Fi, 2019.
MALANCHEN, Julia. A Pedagogia Histórico-Crítica e o Currículo: para além do multicultu-
ralismo das políticas curriculares nacionais. Araraquara: Universidade Estadual Paulista 
(Unesp), 2014.
PASQUALINI, Juliana C. Três teses histórico-críticas sobre o currículo escolar. Educ. Pesqui., 
São Paulo, v. 45, 2019.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Au-
tores Associados, 2013.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. Edição Comemorativa. Campinas: Autores As-
sociados, 2008.
SINGER, Peter. Poder, política e educação. Revista Brasileira de Educação. Faculdade de 
Economia e Administração, Universidade de São Paulo, p. 5–15, 1995.
17
Eixos Estruturadores 
do DCRB - Etapa 
do Ensino Médio
05
O Documento Curricular Referencial da Bahia orienta para a efetivação dos currículos es-
colares comprometidos com a igualdade, o respeito e a emancipação humana, entre outros 
valores importantes para o desenvolvimento das juventudes baianas. Para tanto, é impor-
tante que estejam presentes nos projetos políticopedagógicos alguns eixos estruturadores 
que deverão dialogar com as práticas docentes comuns de forma planejada e com a devida 
intencionalidade pedagógica. São eixos estruturadores do DCRB: educação antirracista e 
ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena, da história da África e dos africanos, 
educação na diversidade e para a diversidade, educação e direitos humanos, trabalho, ciên-
cia, tecnologia e cultura, territorialidade.
EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA E ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E 
INDÍGENA, DA HISTÓRIA DA ÁFRICA E DOS AFRICANOS
As lutas do povo negro no Brasil têm sido uma constante desde a época da escravidão 
e têm se intensificado a partir de 1920, com o surgimento de movimentos negros que 
buscam o reconhecimento e a valorização da cultura e história afro-brasileira, além de 
lutar contra o racismo e a discriminação. Essas lutas incluem desde organizações como 
a Imprensa Negra e a Frente Negra Brasileira, na década de 1930, passando pela Mar-
cha Zumbi dos Palmares, em 1995, até os movimentos atuais. As lutas têm resultado em 
avanços legais como a Lei Federal nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e a Lei Federal nº 
11.645, de 10 de março de 2008, que orientam o ensino da história e cultura afro-brasileira 
e indígena, além de compromissos como o estabelecido pela Constituição do Estado da 
Bahia de 1989, que considera o racismo um crime inafiançável e imprescritível. Continua 
sendo uma luta constante para garantir direitos e combater desigualdades raciais.
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
18
A luta histórica do movimento negro e o compromisso do estado brasileiro no reconhe-
cimento do combate ao racismo, especialmente por meio da educação, pode contribuir 
para o alcance da justiça social e a garantia dos direitos humanos. A superação do racismo 
é um desafio constante para a sociedade brasileira, e a educação antirracista é uma ferra-menta importante para superar este desafio.
EDUCAÇÃO NA DIVERSIDADE E PARA A DIVERSIDADE
A Unesco considera a diversidade cultural essencial para o conceito de humanidade, 
assim como a diversidade biológica é para a natureza dos sujeitos. É um patrimônio co-
mum da humanidade que deve ser reconhecido e consolidado em benefício das gerações 
atuais e futuras. Portanto, os/as estudantes são a expressão do futuro que queremos e, 
para alcançá-lo, precisamos trabalhar na educação para e na diversidade, valorizando 
e respeitando a integridade do indivíduo humano em todas as formas de expressão que 
possam surgir. Mesmo que não saibamos como “nomear” certas situações, devemos 
estar abertos a aprender e tornar o espaço educacional melhor. A educação para e na 
diversidade deve vislumbrar um lugar dentro da dinâmica social, promovendo trocas de 
experiências, diálogos e planejamento pedagógico baseado nas realidades existentes na 
escola, envolvendo os atores da educação e esta nova emergência de conceitos sobre 
pluralidades, multiplicidades, variedades, diferenças e heterogeneidade da tradição, 
que contrastam com os novos modelos apresentados de várias formas de interpretar 
nossa existência.
EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS
A educação em direitos humanos é fundamental para garantir a inclusão e equidade de 
todos os indivíduos, independentemente de suas identidades e circunstâncias. É impor-
tante que essa educação seja pensada de forma grupal e tenha representatividade para 
todas as pessoas, incluindo os professores, estudantes e familiares. Além disso, a educa-
ção deve ser vista como uma ferramenta para combater as desigualdades e a pobreza, e 
fazer com que todos possam exercer sua cidadania e defender os direitos humanos de 
forma emancipatória. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU tam-
bém destacam a importância de uma educação inclusiva e equitativa, sendo necessário 
que todos se comprometam com os seguintes objetivos:
a) A importância de considerar as diversidades e identidades das pessoas, incluindo 
aspectos etários, étnico-raciais, de gênero, sexualidade, religiosidade, condições 
socioeconômicas e historicidade, ao planejar e executar a educação.
b) A urgência de uma educação que permita a construção de uma perspectiva além 
da formação profissional ou acadêmica, e que priorize a cidadania e a defesa dos 
direitos humanos.
eIxos estruturADores Do DCrB - etApA Do ensIno méDIo
19
c) A necessidade de evitar a reprodução de tutelas paralisantes que mantêm proces-
sos de dependência e silenciam grupos sociais vulneráveis, como as populações 
indígena, negra, mulheres, LGBTQIA+, pessoas com deficiência (ONU, 2020, p. 8)1.
TRABALHO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E CULTURA
Muitos/as estudantes desistem dos estudos para entrarem no mundo do trabalho, boa 
parte das vezes em empregos informais e precarizados. O tópico proposto para o ensino 
médio possibilita uma reflexão acerca do papel do sistema de educação formal, parti-
cularmente do sistema de educação pública, abordando-se crítica e conscientemente 
esta realidade e o papel do trabalho na sociedade. Aqui, trata-se da perspectiva marxista 
do trabalho, por meio da qual compreende-se que trabalhar é criar, inventar, produzir, 
descobrir, pensar, fazer, sendo este trabalho humanizador, no sentido em que possibilita 
ao homem a exteriorização da criatividade, da imaginação, dos seus desejos, além de se 
estruturar em diálogo com as suas dimensões física, intelectual, psicológica, social, moral, 
sentimental, cultural,econômica, política. (QUARESMA E MENEZES NETO, 2011, p. 65-66)
Sugere-se, assim, que o currículo deve ser organizado de uma forma que enfoque os 
aspectos ontológicos e históricos do trabalho para melhor entender os mecanismos da 
sociedade capitalista e promover estratégias para superar essas estruturas, além de en-
fatizar a importância de desenvolver o conhecimento prático em estudantes para que 
possam compreender, eficazmente, os desafios desta sociedade.
TERRITORIALIDADE
A vasta configuração territorial do estado da Bahia é síntese de múltiplas determinações e 
formada por uma historicidade que perpassa elementos da diversidade econômica, social, 
cultural, paisagística e de biomas, e é fruto de diferentes interesses, conflitos e relações 
de poder, o que, por si, configura o debate do conceito de território. Desta forma, a con-
cepção de território é, na realidade, a concretização, objetivação das relações sociais no 
espaço geográfico a partir de suas variadas utilidades, seja para a realização do valor de 
uso ou para a predominância do valor de troca.
Assim, a diversidade territorial do estado da Bahia encontra-se expressa nas manifes-
tações étnicas, culturais, econômico-sociais e variação ambiental, repleta de “riquezas,” 
distribuídas em seus 417 municípios e organizadas politicamente em 27 Territórios de 
Identidade, unidade de planejamento de políticas públicas do estado, previstos na Lei nº 
13.214/2014. Estas últimas, em consonância com a Política Estadual de Convivência com o 
Semiárido (Lei estadual nº 13.572/2016), se estabelecem como um conjunto de princípios 
e diretrizes de gestão e planejamento do território, com fins de garantia de autonomia 
das populações, com inclusão socioprodutiva, geração de emprego e renda, seguindo 
princípios sustentáveis, cooperativos e solidários.
1 ONU. Organização das Nações Unidas. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvi-
mento Sustentável. 2020. Disponível em: . Acesso em: 14 fev. 2023.
https://brasil.un.org/sites/default/files/2020-09/agenda2030-pt-br.pdf
https://brasil.un.org/sites/default/files/2020-09/agenda2030-pt-br.pdf
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
20
Objetivando adequar os princípios educacionais a estas duas políticas, a Secretaria de 
Educação do Estado da Bahia institui os 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE), a 
partir do Decreto nº 17.377/2017, considerando as diferentes dimensões e características 
dos Territórios de Identidade, agregando o sentimento de pertencimento das populações 
locais, sendo este um direcionamento fundamental para a adequação das políticas edu-
cacionais vigentes, e que ganha destaque e centralidade na política curricular do estado 
por meio do Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB). 
21
06
Temas integradores 
do DCRB
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Com o objetivo de promover uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável, o Docu-
mento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) insere os Temas Integradores. Tratam-se 
de temáticas que buscam abordar questões de interesse social e político, fortalecendo 
a aprendizagem ao conectar diferentes áreas do conhecimento em princípios comuns. 
Sendo assim, os componentes curriculares em sua diversidade e em suas especificida-
des terão atenção para o tratamento dos temas como um foco de transversalidade e 
transdisciplinaridade. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o principal documento internacional que 
regulamenta os direitos e liberdades fundamentais da pessoa humana. O Brasil é signa-
tário desta Declaração, e tem uma história de luta pela valorização dos direitos humanos, 
que se intensificou a partir da promulgação da Constituição Cidadã de 1988. Em 1996, o 
país lançou o Programa Nacional em Direitos Humanos (PNDH) e, em 2003, começou a 
elaboração do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, com cinco eixos de 
atuação: educação básica, educação superior, educação de jovens e adultos, educação 
indígena e educação no campo. A educação em direitos humanos é essencial para garantir 
o conhecimento e a incorporação dos direitos humanos às práticas educativas.
A incorporação dos direitos humanos à educação é importante para que as pessoas saibam 
quais são seus direitos e como devem ser protegidas, além de fomentar a cultura de res-
peito às diferenças e ao bem-estar de todos. Neste sentido, fica evidenteque a educação 
é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, e incluir esses 
temas na formação dos estudantes é um passo importante para o alcance desta meta.
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
22
EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE
A educação para a diversidade é uma temática importante não apenas na escola formal, 
mas também em outros espaços sociais. É fundamental que toda comunidade educacio-
nal reconheça a heterogeneidade social e garanta o direito à aprendizagem de todos os 
estudantes, independente de raça, etnia, gênero, orientação sexual, deficiência, religião, 
geração ou situação socioeconômica. É relevante destacar que o espaço escolar não é 
um espaço social neutro e precisa exercer seu papel político-pedagógico de acolher a 
diversidade e promover a produção de novos conhecimentos. As Diretrizes Nacionais da 
Educação Básica (DNEC) incluem a promoção dos princípios do respeito aos direitos hu-
manos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. O Plano Estadual de Educação 
da Bahia também prevê a promoção desses princípios.
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
Este eixo apresenta a importância da educação para o trânsito e o seu objetivo de preservar 
a vida. O comprometimento e a conscientização com a segurança no trânsito promovem 
a convivência harmoniosa na divisão do espaço das vias terrestres públicas e privadas e 
evitam as transgressões infracionais às leis de trânsito. A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 
1997, no seu Capítulo VI – Da Educação para o Trânsito estabelece, no art. 74, que “A Edu-
cação para o Trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes 
do Sistema Nacional de Trânsito”. Baseada nessa promoção do Estado por uma conscienti-
zação geral, a educação para o trânsito deve permear toda a educação básica, com destaque 
maior no ensino médio, pela proximidade de a população nesta faixa etária estar prestes a 
tornar-se ativa na condução de veículos e na responsabilidade por transportes. 
SAÚDE NA ESCOLA
O tema integrador “Saúde na Escola”, associado ao recorte territorial, ganha relevância 
no currículo das unidades escolares, possibilitando a implementação de estratégias mais 
efetivas para o enfrentamento dos problemas de saúde mapeados no território e, princi-
palmente, na proposição de soluções mais adequadas.
É essencial que as ações pedagógicas viabilizem à comunidade escolar o maior desenvol-
vimento de habilidades socioemocionais, tais como conhecimentos, atitudes e valores que 
propiciem escolhas e decisões baseadas no bem-estar físico, social e mental em relação a si 
e ao outro, além de fomentar ações de promoção à saúde e prevenção de agravos direcio-
nadas ao enfrentamento das vulnerabilidades dos estudantes frente às questões de saúde 
geral, com pontos de atenção e destaque para os desafios do seu ambiente.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A educação ambiental é um conjunto de processos permanentes e continuados de forma-
ção individual e coletiva que visa à sensibilização, reflexão e construção de valores, saberes, 
conhecimentos, atitudes e hábitos para uma relação sustentável da sociedade humana com 
temAs InteGrADores Do DCrB
23
o ambiente. É importante incluir os princípios da educação ambiental de forma integrada 
nos objetos de conhecimento obrigatórios para o exercício pleno da cidadania. A Bahia 
possui o Programa de Educação Ambiental do Sistema Educacional da Bahia (ProEASE), que 
objetiva orientar e fortalecer o processo educativo, fornecendo subsídios teórico-metodo-
lógicos para ampliar os conhecimentos dos profissionais da educação e integrar a temática 
ao cotidiano e projeto político-pedagógico. No entanto, o trabalho com a temática educa-
ção ambiental ainda é fragilizada e, muitas vezes, dissociada da realidade local, reflexo da 
formação recente e de uma lógica reducionista e conservadora. É necessário implementar 
uma abordagem dialógica e reflexiva para fortalecer a educação ambiental.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA E PARA O CONSUMO
Este eixo traz uma reflexão sobre a crise da sociedade contemporânea, em que se faz 
necessária a mudança do paradigma antropocêntrico. Os padrões de consumo impostos 
pela sociedade por meio do sistema capitalista devem ser analisados e revistos, com uma 
atenção voltada à urgência da continuidade da vida no planeta. Neste sentido, a educa-
ção possui papel fundamental na formulação de uma nova mentalidade, e a Educação 
Financeira e para o Consumo é elemento-chave na formação de uma consciência em 
relação à responsabilidade social, na busca da qualidade de vida das pessoas e da Terra, 
além de fornecer elementos para que estudantes compreendam a dimensão prática e 
econômica vigente em nossa sociedade.
CULTURA DIGITAL
No eixo integrador “cultura digital”, é indicado o debate de uma mudança significativa nos 
processos de produção, reprodução, distribuição e armazenamento dos conteúdos sim-
bólicos, permitindo a existência de uma espacialidade virtual e interconexão progressiva 
de pessoas e organizações ao redor do mundo. A tecnologia dos meios de comunicação 
permite que as pessoas experimentem vários territórios simultaneamente, propondo a 
noção de multiterritorialidade. 
A revolução digital, conhecida como terceira revolução industrial, é marcada por cres-
cente conectividade global, políticas multidimensionais e transnacionais e economia que 
ultrapassa fronteiras de países. A facilidade de conexão e a redução de custos de equi-
pamentos permitem a criação de conteúdo e acesso facilitado e barato a informações, 
mudando a relação entre produtores e consumidores, criando a sociedade em rede. O 
crescimento exponencial da conectividade no mundo e a produção crescente de dados 
está criando uma sociedade cada vez mais interconectada e dependente da tecnologia. 
Essa transformação vem impactando todas as esferas da sociedade, desde a economia até 
as relações sociais e culturais.
Neste contexto, há muitos elementos para se analisar em relação à “cultura digital”, 
entre eles:
1. Uberização/Youtuberização do trabalho. 
2. Globalização da cultura e dos valores da classe dominante:
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
24
a) Culturas de ódio;
b) Prostituição; 
c) Cultura do dinheiro (torne-se milionário);.
d) Imediatismo, ou cultura do todo rápido e sem esforço, entre outros.
5. O relativismo epistemológico, em que qualquer conhecimento adquire o status 
de verdade, dando espaço à disseminação de conhecimentos falsos ou duvidosos, 
como a afirmação de que foram os extraterrestres que construíram as piramides 
de Egito etc.
6. Proliferação de fake news, ou notícias falsas
7. E, por fim, as relações capitalistas que imperam por trás dessas supostas relações 
horizontais, pois as grandes plataformas de “compartilhamento” pertencem 
a grandes corporações transacionais, como Amazon, Alphabet (Google), Meta 
(Facebook-WhatsApp-Instagram), Apple etc. 
EDUCAÇÃO FISCAL
O eixo de educação fiscal exerce também um papel importante no DCRB, por ter como 
objetivo o desenvolvimento de valores e atitudes, competências e habilidades necessárias 
ao exercício de direitos e deveres na relação recíproca entre o cidadão e o Estado, prin-
cipalmente por dar ênfase ao sujeito de direito na condução da vida social e nas relações 
humanas, sobretudo nas unidades escolares, uma vez que aborda os direitos, assim como 
os deveres, que todos têm com o país, com o estado, com a comunidade e os semelhantes. 
A educação fiscal é definida como processo educativo que visa à construção de uma 
consciência voltada ao exercício da cidadania, objetivando a participação do cidadão no 
funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controle social e fiscal do Estado, 
estabelecendo como embasadores de suas práticas os seguintes princípios: ético – da 
autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; estético 
– da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais;político – dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à 
ordem democrática. Princípios estes que se apresentam como promotores da articulação 
entre os campos do conhecimento e os aspectos da cidadania.
25
Público Alvo 
e Metas
07
Os professores/as que atuam no ensino médio da rede estadual da Bahia são o público 
prioritário para o qual está sendo ofertada esta formação. Também participarão coorde-
nadores/as pedagógicos, gestores/as escolares, equipes técnicas da SEC e representan-
tes do Conselho Estadual da Educação, além de professores/as da rede privada. 
Como metas, a Secretaria da Educação da Bahia se compromete a melhorar, continua-
mente, os indicadores: de processo (as ações planejadas); de impacto (o que se pretende 
alcançar); e de desempenho (formação e avaliação), por meio da busca de alternativas 
inovadoras que assegurem a qualidade do ensino no estado. Uma dessas estratégias diz 
respeito à formação continuada dos professores, respaldada pelo Documento Curricular 
Referencial da Bahia.
26
Atores e 
Responsabilidades
08
No contexto estadual, em que se reafirma a autonomia crescente das formas de gestão e 
o regime de colaboração entre os entes federativos, o curso de formação continuada inti-
tulado FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO prevê 
uma estrutura organizacional em instâncias, de maneira integrada, com competências 
específicas e contrapartidas, a saber:
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO – SEC
 � Elaborar diretrizes e critérios para organização da formação;
 � Captar e assegurar recursos federais;
 � Contratar instituição para apoiar a implementação da BNCC/ DCRB;
 � Coordenar o processo de organização e execução da formação, em articulação 
com os Núcleos Territoriais de Educação (NTE);
 �Mobilizar os profissionais de educação da rede estadual e dar conhecimento sobre 
a formação a todos os grupos de interesse, sejam da rede pública ou privada, nas 
esferas estaduais e municipais.
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
 � Prestação de serviço técnico especializado para viabilizar a formação para 26.175 
pessoas (23.743 professores/as, 2.300 coordenadores/as pedagógicos/as e 
Atores e responsABIlIDADes
27
gestores/as escolares, 54 técnicos dos NTE, 76 técnicos da Secretaria da Edu-
cação e 2 representantes do Conselho Estadual de Educação) para a implemen-
tação da BNCC, a partir do Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB), 
etapa do ensino médio;
 � Desenvolvimento do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da SEC e elaboração 
de recursos pedagógicos a serem disponibilizados no AVA que subsidiarão o 
processo formativo dos profissionais da educação; 
 � Organização, realização e acompanhamento dos encontros formativos síncronos, 
em plataforma virtual; 
 � Disponibilizar tutores, coordenadores, formadores e palestrantes qualificados 
para realização dos encontros assíncronos e síncronos, além da realização dos 
encontros presenciais nos 27 Territórios de Identidade da Bahia;
 � Promover 360 horas de formação continuada para os profissionais da educação 
para a implementação da BNCC a partir do Documento Curricular Referencial da 
Bahia (DCRB), etapa do ensino médio;
 � Disponibilizar especialistas para planejar e executar a formação dos profissionais 
da educação para a implementação da BNCC a partir do Documento Curricular 
Referencial da Bahia (DCRB), etapa do ensino médio;
 � Disponibilizar especialistas para elaborar material digital e/ou impresso para 
apoiar a formação nas unidades escolares e subsidiar os/as profissionais de 
educação para implementação da BNCC; 
 � Disponibilizar especialistas para apoiar e sistematizar a escrita da coletânea de Ex-
periências de Flexibilização dos Currículos Escolares nos Territórios de Identidade;
 � Disponibilizar profissionais para realizar e acompanhar os encontros de 
culminância nos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE);
 � Oferecer suporte logístico para os encontros presenciais de culminância, 
assumindo a disponibilização de espaços, equipamentos e alimentação para todos 
os profissionais de educação, assim como o deslocamento para profissionais que 
não residem nas sedes dos NTE e seu entorno.
a) FORMADOR(A)
 � Participar da formação de formadores ministrada pela FGV;
 � Realizar a formação regional nos territórios baianos designados na etapa 
presencial;
 � Garantir a transposição das metodologias e ferramentas aprendidas na formação 
de formadores junto aos participantes das formações regionais;
 � Tirar dúvidas dos participantes nos canais de comunicação disponibilizados;
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
28
 � Fornecer feedback à equipe organizadora (SEC e FGV) sobre a aprendizagem dos 
participantes na etapa presencial;
 � Acompanhar o desempenho das turmas quanto à frequência e atividades realizadas.
b) CURSISTA
 � Ter frequência mínima de 70% em cada uma das etapas do processo formativo 
(remota e presencial);
 � Participar ativamente das atividades nas etapas on-line e presencial;
 � Promover, com os demais participantes do município, ações formativas para im-
plementação do currículo local, com ênfase na reestruturação do PPP das escolas.
29
09
Pauta Formativa
A Formação Ensino Médio: Tecendo Redes de Conhecimento representa um empenho para 
contribuir com a qualidade do ensino médio na Bahia, englobando as temáticas protagonistas 
para uma educação do século XXI, em teoria e prática. Seu principal objetivo é a implementa-
ção efetiva do Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB). Essa formação foi plane-
jada e estruturada em cinco ciclos distintos, cada um deles abordando temáticas específicas.
Ciclo 1: “Tecendo Redes de Conhecimento”
Este ciclo inicial concentra-se em estabelecer as bases da formação. Incluem-se três 
módulos que abordam conceitos fundamentais, tais como a compreensão da formação 
integral dos estudantes, a importância da educação inclusiva para todos e a necessidade de 
promover conexões curriculares através da interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. 
Busca-se, assim, iniciar os conceitos gerais para uma compreensão fundante do DCRB.
Ciclo 2: “Recomposição das Aprendizagens”
No segundo ciclo, o foco se volta para a revisão e reestruturação das práticas educacio-
nais. Quatro módulos abordam a necessidade de repensar o currículo, considerando a 
diversidade cultural e identidades dos estudantes, bem como destacam o currículo como 
o epicentro da ação educativa, onde relações de poder e disputas podem ser abordadas. A 
flexibilização curricular, com ênfase na transdisciplinaridade e na integração de diferentes 
conhecimentos, também é uma prioridade. Além disso, este ciclo explora metodologias 
ativas e práticas pedagógicas contextualizadas, que incentivam a participação ativa dos 
estudantes na construção do conhecimento.
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
30
Ciclo 3: “Áreas do Conhecimento e Possibilidades Transdisciplinares”
No terceiro ciclo, o enfoque recai sobre as áreas de conhecimento específicas. Aqui, é 
dada ênfase à exploração dos componentes curriculares e como eles podem ser tratados 
de forma mais integrada e transversal. A visão sobre todos os componentes incentiva os 
educadores a encontrarem maneiras de relacionar diferentes áreas do conhecimento, 
proporcionando aos estudantes uma compreensão mais conectada da realidade.
Ciclo 4: “Gestão da Aprendizagem”
O quarto ciclo lida com a gestão da aprendizagem. Ele aborda tópicos críticos, como ava-
liação da aprendizagem, sistemas de avaliação em larga escala, indicadores educacionais 
e monitoramento. Essas áreas são essenciais para garantir que a educação seja eficaz e 
que os progressos dos estudantes sejam devidamente medidos e compreendidos. Além 
disso, aborda-se a gestão da aprendizagem, incluindo sistemas que facilitam o acompa-
nhamento e aprimoramento contínuos do processo educativo.
Ciclo 5: “Conectando Saberes”
O quinto ciclo, “ConectandoSaberes”, assume um papel crucial no processo, pois se 
dedica ao acompanhamento e validação das contribuições dos cursistas ao longo da 
formação. Este ciclo permite que os participantes consolidem seus conhecimentos e 
apresentem suas realizações finais. A produção final não apenas enfatiza o aprendizado 
dos cursistas, mas também destaca a importância de conectá-lo às práticas de sala de 
aula e à comunidade escolar.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
CICLO 1 – TECENDO REDES DE CONHECIMENTOS
MÓDULO COMPONENTE CARGA HORÁRIA
I.a Entrelaçando saberes: introdução à formação integral 20h
I.b Entrar na rede e promover o debate: educação para tod@s 20h
I.c Conexões curriculares: inter e transdisciplinaridade 30h
Total do ciclo 70h
CICLO 2 – RECOMPOSIÇÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO TEMÁTICAS CARGA HORÁRIA
II.a Currículo do devir, diversidade cultural e identidades: o 
território como lócus de aprendizagem 20h
II.b Currículo como centro da ação educativa: espaços de 
relações de poder e disputa 20h
II.c Flexibilização curricular: transdisciplinaridade, intertex-
tualidades e rigor metodológico 20h
pAutA formAtIvA
31
CICLO 2 – RECOMPOSIÇÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO TEMÁTICAS CARGA HORÁRIA
II.d Metodologias ativas e práticas pedagógicas 
contextualizadas 40h
Encontro presencial 8h
Total do ciclo 108h
 
CICLO 3 – ÁREAS DO CONHECIMENTO E POSSIBILIDADES TRANSDISCIPLINARES
MÓDULO TEMÁTICAS CARGA HORÁRIA
III.a Linguagens e suas tecnologias e os componentes Língua 
Portuguesa, Inglês, Educação Física e Arte 20h
III b A área da Matemática 20h
III .c Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e os componentes 
História, Geografia, Filosofia e Sociologia 20h
III .d Ciências da Natureza e os componentes Biologia, Física 
e Química 20h
Total do ciclo 80h
 
CICLO 4 – GESTÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO TEMÁTICAS CARGA HORÁRIA
IV.a Avaliação para aprendizagem 15h
IV.b Sistemas de avaliação em larga escala 20h
IV.c Indicadores educacionais, monitoramento e gestão da 
aprendizagem 25h
IV.d Sistemas de gestão da aprendizagem 20h
Total do ciclo 80h
CICLO 5 – CONECTANDO SABERES
MÓDULO TEMÁTICAS CARGA HORÁRIA
P r o d u ç ã o 
final
Acompanhamento e validação da produção final dos cur-
sistas, vinculada a cada área do conhecimento 22h
Total do ciclo 22h
Total do curso
CH OFERTADA
360h
32
10
Ementas
CICLO I - COMUM - TECENDO REDES DE CONHECIMENTOS
MÓDULO I.a
COMPONENTE
Entrelaçando saberes: introdução à formação integral
CARGA HORÁRIA
20h
EMENTA
Progressão de aprendizagens entre as etapas do ensino fundamental e do ensino médio. Perfis 
dos estudantes da rede estadual de ensino. Debates pedagógicos sobre a realidade do ensino 
médio e suas transformações. Territorialidade. Devir. Ofertas do ensino médio da rede pública 
estadual: (ensino médio noturno) ensino médio com intermediação tecnológica – EMITec, ensi-
no médio da educação profissional e tecnológica – EPTNM, EJA, educação do campo, educação 
quilombola e educação indígena. Formação integral. Educação omnilateral.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Estatuto da Juventude: atos internacionais e normas correlatas. Brasília: Senado Federal, 
Coordenação de Edições Técnicas, 2013. 103 p.
DAYRELL, Juarez; GOMES, Nilma Lino. A Juventude no Brasil. Belo Horizonte, 2009.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação Omnilateral. In: CALDART, Roseli Salete; PEREIRA, Isabel Bra-
sil; ALENTEJANO, Paulo; FRIGOTTO, Gaudêncio (Orgs.). Dicionário da
Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio; 
Expressão Popular, 2012.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. São 
Paulo: Record, 2000.
SIMONINI, Eduardo. Currículo e Devir. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo; RANGEL, Iguatemi Santos; 
CARVALHO, Janete Magalhães; NUNES, Kezia Rodrigues (Orgs.). Diferentes perspectivas de currí-
culo na atualidade. Rio de Janeiro: DPetAlii, 2015. p. 63-78.
ementAs
33
CICLO I - COMUM - TECENDO REDES DE CONHECIMENTOS
MÓDULO I.b
COMPONENTE
Entrar na rede e promover o debate: educação para tod@s
CARGA HORÁRIA
 20h
EMENTA
Currículo como ato de emancipação - reflexões sobre a concepção política da referência curri-
cular. Pedagogia das competências em diálogo e sob ponto de vista crítico. Pedagogia histórico-
-crítica e as possibilidades dos saberes consolidados. Educação libertadora e educação popular. 
Análise dos contextos estudantis de ensino médio na Bahia. Interculturalidade, diversidades e 
gênero nas comunidades escolares. Pedagogias para os novos sujeitos da ação educativa. Repre-
sentatividade racial, educação especial e inclusiva. Efetividade das normativas: Resolução nº 45 
do Conselho Estadual de Educação, Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ARROYO, M. Outros sujeitos, outras pedagogias. Petrópolis: Vozes, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: 
Paz e Terra, 1996.
GASPARIN, João Luiz. Avaliação na perspectiva histórico-crítica. In: X Congresso Nacional de 
Educação – EDUCERE. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR. Curitiba, PR, 2011.
JARA, Oscar. A educação popular latino-americana: história e fundamentos éticos, políticos e 
pedagógicos. São Paulo: Ação Educativa; CEAAL; ENFOC, 2020.
MALACHEN, Julia. Cultura, conhecimento e currículo: contribuições da pedagogia histórico-crí-
tica. Campinas: Editores Associados, 2016.
SAVIANI, Dermeval. Educação escolar, currículo e sociedade: o problema da Base Nacional Co-
mum Curricular. In: MALANCHEN, Julia et al. A pedagogia histórico-crítica, as políticas educacio-
nais e a Base Nacional Comum Curricular. Campinas: Editores Associados, 2020.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
CICLO I – COMUM - TECENDO REDES DE CONHECIMENTOS
MÓDULO I.c
COMPONENTE
Conexões curriculares: inter e transdisciplinaridade
CARGA HORÁRIA
30h
EMENTA
Teorias e práticas de abordagem inter e transdisciplinar no processo de ensino e aprendizagem. 
Concepções de interdisciplinaridade entre componentes de área do conhecimento e de inte-
gração entre áreas distintas. Compreensão sobre a formação integral e as múltiplas dimensões 
da vida humana. Entendimentos sobre aspectos e possibilidades de projetos transdisciplinares, 
em temas de conjunção de ensino multidimensional. A teoria da complexidade. Teoria crítica e 
a ultrapassagem das dualidades na produção de conhecimentos e análise crítica dos saberes. 
Reflexões e usos da análise discursiva, interpretação de textos e raciocínios lógico-matemáticos 
em diferentes áreas do saber.
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
34
CICLO I – COMUM - TECENDO REDES DE CONHECIMENTOS
MÓDULO I.c
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
GALEFFI, Dante. A. O ser-sendo da Filosofia. Salvador: Edufba, 2001.
JAPIASSU, Hilton. O sonho transdisciplinar. Rio de Janeiro: Imago, 2016.
LIBÂNEO, José Carlos; SANTOS, Akiko (Orgs.). Educação na era do conhecimento em rede e trans-
disciplinaridade. Campinas: Alínea, 2005.
MORIN, Edgar; CIURANA, Emilio, MOTTA, Raúl. Educação na era planetária: o pensamento 
complexo como método de aprendizagem pelo erro e incerteza humana. São Paulo: Cortez; 
Unesco, 2003.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 5ª ed. Porto Alegre: Ed. Sulina, 2015.
NICOLESCU, B. O manifesto da transdisciplinaridade. L. P. Souza (Trad.). São Paulo: Triom, 1999. 
Recuperado a partir de http://www.ruipaz.pro.br/textos_pos/manifesto.pdf02
PETRAGLIA, Izabel Cristina. Edgar Morin: a educação e a complexidade do ser e do saber. Petró-
polis: Vozes, 1995.
______________________. Pensamento complexo e educação. São Paulo: Ed. Livraria da 
Física, 2013.
SANTOS, Akiko. Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para res-
gatar o elo perdido. Revista Brasileira de Educação, v. 13, n. 37, 2008.
SOMMERMAN, Américo. Inter ou transdisciplinaridade: da fragmentação disciplinar ao novo 
diálogo entre os saberes. São Paulo: Paulus, 2006.
CICLO II – RECOMPOSIÇÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO II.a
COMPONENTECurrículo do devir, diversidade cultural e identidades: o território como 
lócus de aprendizagem
CARGA HORÁRIA
20h
EMENTA
Compreensão sobre a noção de devir e sua abordagem na educação como ação de currículo. 
Análise da filosofia da educação de Gilles Deleuze. Conceitos e teorias sobre diversidade cultural 
e identidades. Desafios e oportunidades da inclusão da diversidade cultural no currículo escolar. 
A importância do território como espaço de aprendizagem e reconhecimento da cultura local. 
A questão do território e da territorialidade em Milton Santos. O espaço enquanto alicerce da 
cidadania e da participação democrática. Educação intercultural: abordagens e práticas. Uso de 
tecnologias e recursos pedagógicos para a promoção da inclusão.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
DELEUZE, G. Diferença e Repetição. 2ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 2006.
GALLO, Silvio. Educação, devir e acontecimento: para além da utopia formativa. Educação e Filo-
sofia. Uberlândia, v. 26, n. especial, p. 41-72, 2012.
NIETZSCHE, F. A Gaia Ciência. Lisboa: Relógio D’Água, 1998.
SANTOS, Milton. O dinheiro e o território. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 7-13, 1999. 
______. Espaço do Cidadão. 7ª ed. São Paulo: Editora da USP, 2007.
SIMONINI, Eduardo. Currículo e Devir. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo; RANGEL, Iguatemi
Santos; CARVALHO, Janete Magalhães; NUNES, Kezia Rodrigues (Orgs.). Diferentes
perspectivas de currículo na atualidade. Rio de Janeiro: DPetAlii, 2015. p. 63-78.
http://www.ruipaz.pro.br/textos_pos/manifesto.pdf02
ementAs
35
CICLO II – RECOMPOSIÇÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO II.b
COMPONENTE
Currículo como centro da ação educativa: espaços de relações de poder 
e disputa
CARGA HORÁRIA
20h
EMENTA
Conceitos e teorias sobre currículo e sua importância na ação educativa. A relação entre currí-
culo e poder: disputas, interesses e valores. As diferentes visões e perspectivas sobre o currículo: 
pluralismo, crítica e emancipação. Currículo como reflexo da sociedade em suas desigualdades 
e discriminações. Políticas educacionais e currículo: diretrizes, normas e práticas. A partici-
pação dos estudantes e comunidade na construção do currículo. A pedagogia da autonomia 
na construção do currículo e na mediação dos saberes. O direito à educação, protagonismo e 
representatividade.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ARROYO, Miguel. Indagações sobre currículo : educandos e educadores : seus direitos e o currí-
culo. BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do (Orgs.) . 
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
______. O direito à educação e a nova segregação social e racial - tempos insatisfatórios? 
Educação em Revista. Belo Horizonte, v. 31, n. 3, p. 15-47, 2015.
ARROYO, M. G. Outros sujeitos, outras pedagogias. Petrópolis: Vozes, 2012a.
CARINE, Barbara. Como ser um educador antirracista. São Paulo: Planeta, 2023.
GOMES, Nilma Lino. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo. Brasília: Ministério da 
Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
CICLO II – RECOMPOSIÇÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO II.c
COMPONENTE
Flexibilização curricular: transdisciplinaridade, intertextualidades e rigor 
metodológico
CARGA HORÁRIA
20h
EMENTA
Estratégias para a construção de um currículo flexível e transdisciplinar: planejamento, organi-
zação e avaliação. Transdisciplinaridade e intertextualidade: diálogos entre as disciplinas e entre 
os saberes. O rigor metodológico em sua relação com o currículo flexível e transdisciplinaridade. 
A teoria da complexidade em suas relações com a flexibilidade. Base Nacional Comum Curricular 
e as questões interdisciplinares. A LDB, DCRB e os DCNEM para a composição de um currículo 
transdisciplinar.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
LIBÂNEO, José Carlos; SANTOS, Akiko (Orgs.). Educação na era do conhecimento em rede e trans-
disciplinaridade. Campinas: Alínea, 2005.
MORIN, Edgar; CIURANA, Emilio, MOTTA, Raúl. Educação na era planetária: o pensamento 
complexo como método de aprendizagem pelo erro e incerteza humana. São Paulo: Cortez; 
Unesco, 2003.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 5ª ed. Porto Alegre: Ed. Sulina, 2015. 
 
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
36
CICLO II – RECOMPOSIÇÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO II.d
COMPONENTE
Metodologias ativas e práticas pedagógicas contextualizadas
CARGA HORÁRIA
40h
EMENTA
As habilidades socioemocionais na sala de aula do ensino médio. O caráter transdisciplinar do 
trabalho das competências socioemocionais. Comunicação assertiva, mediação de conflitos e con-
vivência ética. Autonomia e coletividade na produção de conhecimentos. Metodologias ativas em 
contextos de criação de projetos e de iniciação científica. Sala de aula invertida em sala de aula e 
em ambientes virtuais. Recursos tecnológicos para contextos educacionais. Ambientes virtuais de 
aprendizagem para a educação básica. Educação inclusiva nos espaços escolares. 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CECCON, Claudia. Conflitos na escola: modos de transformar: dicas para refletir e exemplos de 
como lidar; apresentação Rubem Alves – São Paulo: CECIP: Imprensa Oficial do Estado de São 
Paulo, 2009.
COSTA, Christine; MATTOS, Francisco. Tecnologia na sala de aula em relatos de professores. Curi-
tiba: CRV, 2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz 
e Terra, 1996.
MEIER, Marcos; GARCIA, Sandra. Mediação da aprendizagem: contribuições de Feuerstein e Vy-
gotsky. Curitiba: Edição do Autor, 2007.
ENCONTRO PRESENCIAL
CARGA HORÁRIA 8 HORAS
CICLO III – ÁREAS DO CONHECIMENTO E POSSIBILIDADES TRANSDISCIPLINARES
MÓDULO III.a
COMPONENTE 
Linguagens e suas Tecnologias e os componentes Língua Portuguesa, 
Inglês, Educação Física e Arte
CARGA HORÁRIA
20h
EMENTA
A área de Linguagens e suas Tecnologias no DCRB, metodologias e práticas alinhadas ao cur-
rículo da Bahia. Os cinco campos de atuação social que transversalizam a área de Linguagens: o 
campo da vida pessoal, o campo das práticas de estudos e pesquisas, o campo jornalístico-mi-
diático, o campo de atuação na vida pública, o campo artístico-literário e o diálogo entre estes 
campos e os componentes da área. As práticas sociais enunciativas, artísticas e corporais e sua 
relação com a aprendizagem dos estudantes. A realidade sócio-histórica e a compreensão dos 
fenômenos explicitada pela linguagem.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CECHINEL, André. Semiformação literária: a instrumentalização da literatura na nova BNCC. 
Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 44, n. 4, e86216, 2019. Disponível em: www.scielo.br/j/
edreal/a/jbxZ5fBBCsXLpYKKdKkZLbM/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 30 maio 2021.
DARIDO, Suraya Cristina; DE SOUZA JÚNIOR, Osmar Moreira. Para ensinar educação física: pos-
sibilidades de intervenção na escola. Campinas, SP: Papirus, 2007. 349 p.
KLEIMAN, Ângela. Leitura, ensino e pesquisa. Campinas, SP: Pontes, 2008.
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 2014.
KONDER, Leandro. Os marxistas e a arte. 2ª ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
http://www.scielo.br/j/edreal/a/jbxZ5fBBCsXLpYKKdKkZLbM/?format=pdf&lang=pt
http://www.scielo.br/j/edreal/a/jbxZ5fBBCsXLpYKKdKkZLbM/?format=pdf&lang=pt
ementAs
37
CICLO III – ÁREAS DO CONHECIMENTO E POSSIBILIDADES TRANSDISCIPLINARES
MÓDULO III.b
COMPONENTE 
A área de Matemática
CARGA HORÁRIA
20h
EMENTA
Os pressupostos teóricos do ensino de Matemática: questões entre as competências e o Movi-
mento da Matemática Moderna. O percurso da Matemática no DCRB: o componente da base. 
Conteúdos curriculares previstos nas séries do novo ensino médio da rede estadual e a sua 
relação com a BNCC. Etnomatemática.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática da Teoria à Prática. Campinas, SP: Papiros, 2014.
JUNIOR, L.; SOARES, A. A escola no contexto das tecnologias de comunicação e informação: do 
dialético ao virtual. Salvador: EDUNEB, 2017.
KLINE, M. O fracasso da matemática moderna. São Paulo: IBRASA, 1976.
PIRES, Célia MariaCarolino. Currículos de Matemática: da organização linear à
ideia de rede. São Paulo: FTD, 2000.
CICLO III – ÁREAS DO CONHECIMENTO E POSSIBILIDADES TRANSDISCIPLINARES
MÓDULO III.c
COMPONENTE
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e os componentes História, Geo-
grafia, Filosofia e Sociologia
CARGA HORÁRIA
20h
EMENTA
Os eixos de Ciências Humanas previstos na BNCC e seus aspectos de interlocução e de crítica no 
DCRB. O caráter dialógico de área nas Humanidades e as suas especificidades por componente 
na elaboração curricular. O papel da área para o protagonismo de saberes regionais em con-
textos de territórios da Bahia. Os objetos de conhecimentos de Filosofia, Sociologia, Geografia 
e História e sua relação temática ao longo do ensino médio. O aprofundamento de temas e a 
questão da representatividade no currículo. A interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade nos 
Itinerários Integrados. Relações de aprendizagem com projeto de vida e investigação científica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BOURDIEU, P; PASSERON, J. C. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. 
Petrópolis: Vozes, 2014.
GALLO, Sílvio. Metodologia do ensino de filosofia: uma didática para o ensino médio. Campinas: 
Papirus Editora, 2012.
LACOSTE, Yves. A geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer guerra. Campinas: Papi-
rus, 1988.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Editora da 
Universidade de São Paulo, 2006.
SHARPE, Jim. A História vista de baixo. In: BURKE, Peter (Org.). A Escrita da História: novas pers-
pectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1992.
THOMPSON, E. P. A miséria da teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao pensamento de 
Althusser. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
FORMAÇÃO DCRB ENSINO MÉDIO: TECENDO REDES DE CONHECIMENTO
38
CICLO III – ÁREAS DO CONHECIMENTO E POSSIBILIDADES TRANSDISCIPLINARES
MÓDULO III.d
COMPONENTE
Ciências da Natureza e os componentes Biologia, Física, Química
CARGA HORÁRIA
20h
EMENTA
A área das Ciências da Natureza para além da ótica da linearidade e da atomização. A natureza 
e a cultura. O diálogo entre o saber local, o saber global e os componentes curriculares da área 
de Ciências da Natureza. A natureza das ciências e suas relações com a tecnologia e a sociedade 
contemporânea.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André Peres; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de 
Ciências: fundamentos e métodos. 4ª ed. São Paulo: Editora Cortez, 2002.
POZO, Juan Ignacio; CRESPO, Miguel Ángel Gómez. A aprendizagem e o ensino de ciências: do 
cotidiano ao conhecimento científico. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; RICARDO, Elio Carlos; SASSERON, Lúcia Helena; ABIB, 
Maria Lúcia Vital dos Santos; PIETROCOLA, Maurício. Ensino de Física. São Paulo: Cengage 
Learning, 2010.
SOLBES, Jordi. Contribución de las cuestiones sociocientíficas al desarrollo del pensamiento 
crítico (I): Introducción. Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias, v. 10, n. 1, 2013.
ZUCCO, C. Química para um mundo melhor. Quím. Nova, v. 34, n. 5, São Paulo, 2011.
 
CICLO IV – GESTÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO IV.a
COMPONENTE
Avaliação para aprendizagem
CARGA HORÁRIA
15h
EMENTA
A importância da avaliação para a aprendizagem escolar. Para além do autoritarismo avaliativo, 
democratização dos processos avaliativos na escola. Planejamento da avaliação escolar. Princí-
pios e modos de avaliar. O que, por que e como avaliar? As avaliações formativa, diagnóstica, so-
mativa, mediadora, inclusiva, emancipadora, formativa, auto-avaliação. Avaliação como processo 
dialógico. Construção de itens de avaliação: descritores e distratores.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CRUZ, Lilian Moreira. Diferentes concepções de avaliação e suas implicações na prática educativa. 
Universidade Estadual de Santa Cruz, 2017. Slides. Disponível em: https://www.slideshare.net/
LilianMoreira19/4-avaliao. Acesso em: 20 set. 2020.
DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. 6ª ed. Campinas: Autores Associados, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1975.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola a universi-
dade. Porto Alegre: Mediação, 2009.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. 
LUCKESI. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 19ª ed. São Paulo: 2008.
SOARES, José Francisco. Melhoria do Desempenho Cognitivo nos Alunos do Ensino Fundamen-
tal. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 130, jan./abr. 2007. Disponível em: https://scholar.google.com.
br/citations?user=Op8WTn4AAAAJ&hl=pt-BR. Acesso em: 18 set. 2020.
file:///I:/Meu%20Drive/DCRB%20Bahia/M%c3%a9dio%202023/Diagrama%c3%a7%c3%b5es/%20
https://www.slideshare.net/LilianMoreira19/4-avaliao
https://www.slideshare.net/LilianMoreira19/4-avaliao
https://scholar.google.com.br/citations?user=Op8WTn4AAAAJ&hl=pt-BR
https://scholar.google.com.br/citations?user=Op8WTn4AAAAJ&hl=pt-BR
https://scholar.google.com.br/citations?user=Op8WTn4AAAAJ&hl=pt-BR
ementAs
39
CICLO IV – GESTÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO IV.c
COMPONENTE
Indicadores educacionais, monitoramento e gestão da aprendizagem
CARGA HORÁRIA
25h
EMENTA
Indicadores educacionais: indicadores sociais objetivos e subjetivos. O Censo Escolar e seus in-
dicadores: média de alunos por turma, média de horas-aula diária, taxa de distorção idade-série, 
percentual de docentes com curso superior, adequação da formação docente, regularidade do 
corpo docente, esforço docente, complexidade da gestão da escola. Indicadores educacionais e 
sua utilização na identificação de problemas e na formulação de políticas públicas para a educa-
ção. Leitura dos indicadores e mediação pedagógica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ALVES, M. T.G.; SOARES, J. F. Contexto escolar e indicadores educacionais: condições desiguais 
para a efetivação de uma política de avaliação educacional. Educ. Pesqui. [Internet]. 2013 Jan; 39 
(1):177–94. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-97022013000100012. Acesso: 11 abr. 2023.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996a. Seção 1, p. 27833.
LIMA, Iana Gomes. As ações do Estado brasileiro na educação básica: uma análise a partir do 
Sistema de Avaliação da Educação Básica. Porto Alegre, 2016. Disponível em: https://lume.
ufrgs.br/bitstream/handle/10183/148311/001002478.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso 
em: 12 abr. 2023.
SOUZA, Alberto de Mello e. A Relevância dos Indicadores Educacionais para Educação básica: 
informação e decisões. Revista Meta: Avaliação, [S.l.], v. 2, n. 5, p. 153-179, may 2010. ISSN 2175-
2753. Disponível em: https://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/
view/78/93. Acesso em: 14 abr. 2023.
SOUZA, Marcelo Lopes de. Custo Aluno Qualidade (CAQ). SOUZA, Marcelo Lopes de; ALVES, Fa-
biana de Assis; MORAES, Gustavo Henrique (Orgs.). Brasília, DF: Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2021.
CICLO IV – GESTÃO DA APRENDIZAGEM
MÓDULO IV.d
COMPONENTE
Sistemas de Gestão da Aprendizagem
CARGA HORÁRIA
20h 
EMENTA
Gestão pedagógica da rede. Sistemas de Gestão de Aprendizagem SEC-BA ( Escola - NTE - Órgão 
Central). A metodologia Trilha de Gestão da Aprendizagem e o sistema de registro. A plataforma 
Plurall: aplicação das avaliações on-line, resultados (funcionalidades, componentes e uso peda-
gógico). Leitura dos indicadores e mediação pedagógica. 
https://doi.org/10.1590/S1517-97022013000100012
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/148311/001002478.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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https://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/view/78/93
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