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Eustasia Global e o Litoral Brasileiro

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Departamento de Geografia
Professor André Luiz Lopes de Faria
GEO 420 – Geomorfologia Climática e Estrutural
Eduardo Oliveira Guimarães – 65399
Viçosa – MG Dezembro 2010
Texto: Eustasia Global e a Realidade do Litoral Brasileiro
Autor: Antonio Paulo Faria
Fonte: Revista Brasileira de Geomorfologia – Ano 6, nº 2 (2005)
O artigo do Instituto de Geociências da UFRJ, que tem por autoria Antonio Paula Faria, traz como destaque um assunto contemporâneo e que aparece com certa continuidade na mídia, que é o avanço dos oceanos em direção ao continente e que tem por objetivo identificar se houve ou não alterações ocasionadas pela transgressão marinha na costa brasileira da década de 60 até hoje, além de constatar se o aumento do efeito estufa e do aquecimento global causados pelo homem teve muito efeito no avanço dos oceanos.
	Os pesquisadores têm se preocupado cada vez mais nas duas últimas décadas, com o efeito estufa, pois este vem causando o degelo das calotas polares e conseqüentemente o aumento do nível dos mares em todo o planeta.
	A preocupação daqueles que estudam o aquecimento global é de ordem climática, pois gera a eustasia, que é a rápida oscilação do nível médio dos mares. Isso ocorre por dois fatores: devido à glacio-eustasia, que é a liberação de água para os oceanos causados pelo derretimento das geleiras, principalmente a calota polar Ártica; e devido o aumento da temperatura no globo, que conseqüentemente aumenta a temperatura dos oceanos e causa a expansão térmica das camadas superiores de água marinha.
	Com a diversidade de projeções, todas baseadas em modelos matemáticos, a própria IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) da ONU trabalha com três possíveis cenários da subida do nível médio dos mares nos próximos 100 anos, eles são: 
Cenário otimista no qual o prognóstico de elevação é por volta de 30 cm;
Cenário considerado como mais realista, com de elevação por volta dos 60 cm;
Cenário pessimista no qual o prognóstico de elevação deve atingir 94 cm.
Estudos realizados na plataforma continental brasileira revelam um prognóstico diferente do que se espera que aconteça no Hemisfério Norte, pois não foram encontradas mudanças significativas na costa brasileira. Para que houvesse certa aproximação nos dados da subida do níveo médio dos mares, teria de estar ocorrendo erosão na maioria das praias brasileiras por causa da transgressão marinha, entretanto a erosão na costa brasileira aparece apenas em praias isoladas.
Estudos da plataforma continental brasileira apontam declividade muito baixa, com média para a antepraia de 0,14°, sendo que no litoral da Região Norte ela é de 0,04º e na Região Sul 0,76º. Cálculos mostram que caso o nível médio dos mares aumentasse em 1 metro, a transgressão causada variaria de região para região, no Norte do Brasil esse avanço horizontal do mar em terrenos arenosos pode chegar a até 890 metros, enquanto que no Sudeste esse avanço seria por volta de 90 metros. Com isso pode-se perceber que de acordo com o prognóstico do IPCC, várias ruas de cidades do litoral brasileiro estarão abaixo no nível do mar no fim do século, porém este estudo da plataforma brasileira mostra que as especulações podem não vir a se concretizar no Brasil. 
	A metodologia implantada no trabalho da plataforma continental brasileira foi:
* Foram escolhidas 19 praias em quatro estados brasileiros, todas com características diferentes e condições geomorfológicas distintas, além de estar sendo erodidas continuamente, tudo isso com a intenção de provar a subida ou não do nível do mar no território brasileiro.
* As medições feitas em campo ocorreram entre um ponto de referência fixo (afloramento rochoso, encosta, estrada, construção etc) e a linha d’água, na praia, no sentido perpendicular.
* Os dados coletados em campo foram comparados com medições feitas quatro décadas antes, por meio de fotografias aéreas, em busca de possíveis mudanças na linha de costa atual.
	A análise dos dados mostra que não houve mudanças significativas nas praias durante o tempo analisado. Das 19 praias analisadas, 6 tiveram sua extensão um pouco reduzidas se comparadas à quatro décadas atrás, redução que chegou a até 5 metros apenas, outras nove praias apresentaram aproximadamente a mesma extensão em ambas medições e as quatro praias restantes tiveram crescimento de até 35 metros.
	O resultado dessa análise de 19 pontos diferentes foi o de constatar que existem várias praias no Brasil estáveis, enquanto outras estão sofrendo erosão, e elas podem chegar a ser até vizinhas umas das outras. Se o nível do mar estiver subindo, a transgressão marinha iria influenciar as praias brasileiras, no sentido de que elas se tornem erosivas, mas não é o q vem acontecendo. Nem todas as praias estão sendo erodidas na plataforma continental brasileira e as que estão sofrendo deste efeito têm como conseqüência causas naturais, antrópicas ou até mesmo uma combinação de ambas, não indicando uma transgressão marinha geral. Constata-se então que os pesquisadores europeus e americanos que dizem que o nível médio dos mares está subindo, estão errados ou o efeito ainda não está sendo percebido na plataforma continental brasileira.
Texto: Neotectônica da Plataforma Brasileira: Esboço e Interpretação Preliminares
Autor: Allaoua Saadi
Fonte: GEONOMOS, 1(1): 1-15
	O artigo sobre a neotectônica da plataforma brasileira, como o próprio nome diz, tem o objetivo por apresentar apenas um esboço e interpretações preliminares da mesma, mostrando evidências de que ocorrem eventos neotectônicos na plataforma continental brasileira, porém grande parte dos geocientistas acreditam que a plataforma continental brasileira tem estado estável, ignorando algumas manifestações relatadas desde o último século, usando como argumento que a plataforma não esteve instável desde o último evento orogênico.
	No entanto, a Petrobrás desenvolveu diversas pesquisas que resultou em um grande volume de evidências de que pode ter havido alguma instabilidade tectônica e deixando à disposição da comunidade geológica, fazendo com que ressurgisse estudos neotectônicos.
	O artigo foi produzido tendo como base observações de campo feitas pelo autor juntamente com várias equipes de pesquisadores, além de consultas à literatura acumulada.
	O artigo apresenta as evidências de eventos tectônicos em cada região do Brasil além de apresentar alguns resultados globais, mas destaca também a dificuldade de se criar uma linha de pensamento, pois apesar de haver vários trabalhos realizados sobre as variações temporais e espaciais no caráter dos campos de tensão intraplaca, ainda não foi encontrado um modelo explicativo global, porém ele cita vários fatores que podem ser considerados como elementos de explicação parcial, no qual podemos destacar:
- “Variações temporais nas relações entre taxa de produção de crosta oceânica na cadeia Meso-Atlântica e taxa de absorção ao longo da zona de subducção andina;
- Efeitos da estratificação da crosta, que permite comportamentos tectônicos diferenciados para os vários estratos crustais;
- Efeitos das compensações isostáticas devidas a fatores endógenos e exógenos, estes últimos representados pelos processos de erosão-sedimentação;
- Efeitos de gradientes térmicos residuais;
- Diferenças de métodos utilizados para determinar os campos de tensões: análise microtectônica com dados medidos em planos de falhas, soluções de mecanismos focais de sismos, medições in-situ, interpretações a partir de feições regionais;
- Mistura involuntária de dados referentes a vários eventos neotectônicos superpostos;” (p.10) dentre outros elementos.
	Sobretudo, o autor menciona o fato de o artigo ter certa carência de dados relacionados às manifestações neotectônicas que afetaram a plataforma continental brasileira e destaca que as críticas são bem-vindas para o melhoramento de trabalhos futuros.
	Portanto, o artigo é voltado a pesquisadores das áreas de geologia e geomorfologia, além daqueles interessadosno estudo das manifestações neotectônicas na plataforma continental brasileira.

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