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Propriedades periódicas • São aquelas que tendem a crescer ou a decrescer com o aumento dos números atômicos dos elementos químicos ao longo de cada período, ou seja, repetem-se periodicamente. • Ex: raio atômico ou tamanho atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade. Propriedades periódicas • Uma das maneiras de trabalho dos cientistas é a busca de ordem nos fatos observados → regularidades, tendências, irregularidades e diferenças→ remetam a alguma lei à qual a matéria possa estar submetida. • 1817→ pode ser considerado o ano no qual teve início a busca pela regularidade no comportamento dos diversos elementos conhecidos. Propriedades periódicas • Tamanho dos Átomos: Cálculo da Carga Nuclear Efetiva. Tamanho dos íons. Energia de Ionização. Afinidade Eletrônica. Eletronegatividade. Propriedades periódicas • Carga nuclear efetiva • Para entender as propriedades dos átomos é necessário considerar não apenas as configurações eletrônicas, mas também a intensidade da força de atração entre o núcleo e os elétrons mais externos. - Lei de Coulomb – a força de atração entre duas cargas elétricas depende da magnitude das cargas e da distancia entre elas. - Logo a força de atração entre um elétron e o núcleo depende da carga nuclear líquida agindo no elétron e da distancia média entre o núcleo e o elétron. Propriedades periódicas Carga nuclear efetiva • A carga nuclear efetiva é a carga sofrida por um elétron em um átomo polieletrônico. • A carga nuclear efetiva não é igual à carga no núcleo devido ao efeito dos elétrons internos. Carga nuclear efetiva • Os elétrons são atraídos pelo núcleo, mas são repelidos pelos elétrons que os protegem da carga nuclear. • A carga nuclear sofrida por um elétron depende da sua distância do núcleo e do número de elétrons mais internos. • Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (S), a carga nuclear efetiva (Zeff) diminui. • Quando aumenta a distância do núcleo, S aumenta (número médio de elétrons protetores) e Zef diminui. Carga nuclear efetiva • A carga nuclear efetiva sofrida pelos elétrons mais externos é basicamente a diferença entre a carga do núcleo e a carga dos elétrons internos (para o Mg, Zeff = 12-10= 2+) _ fig “a” • Entretanto, este cálculo subestima a carga nuclear efetiva, pois existe grande probabilidade de que os elétrons mais externos estejam no cerne do átomo (fig “b”) – cálculos mais detalhados mostram que a carga nuclear efetiva do Mg é 3,3+ Carga nuclear efetiva • Como a carga nuclear efetiva varia nos períodos e grupos? Carga nuclear efetiva • A carga nuclear efetiva sofrida pelos elétrons mais externos em um período da tabela aumenta quando passamos de elemento para elemento: – o número de elétrons internos (S) permanece o mesmo a medida que nos movemos no período, mas a carga nuclear real aumenta (Z aumenta de uma unidade de elemento para elemento-slide6). - Os elétrons mais externos blindam uns aos outros com pouca eficiência: a carga nuclear efetiva aumenta progressivamente. Ex: Li (1s2 2s1) – Zeff= 3- 2= 1+; Be (1s 2 2s 2 ) – Zeff= 4-2= 2+ Carga nuclear efetiva • Descendo em uma família, a carga nuclear efetiva Zeff sofrida pelos elétrons mais externos varia muito menos do que nos períodos: - Ex: esperaríamos que Zeff para os elétrons mais externos do Li (1s22s1) e Na (1s22s22p63s1) fossem aproximadamente iguais: Zeff = 3-2=1+ e Zeff= 11-10= 1+, respectivamente. Mas Zeff aumenta ligeiramente quando descemos nas famílias, pois cernes maiores são mais eficientes em blindar da carga nuclear os elétrons mais externos. Propriedades periódicas Tamanho dos Átomos. Cálculo da Carga Nuclear Efetiva. Tamanho dos íons. Energia de Ionização. Afinidade Eletrônica. Eletronegatividade. Tamanho dos átomos e dos íons • Considerando o modelo da mecânica quântica, os átomos e íons não tem limites definidos tornando suas bordas bastante vagas. Diante disto, como podemos definir seus tamanhos? Tamanho dos átomos e dos íons • Distinção entre raio atômico covalente e raio atômico de van der Waals Considere uma molécula diatômica simples: • A distância entre os dois núcleos é denominada distância de ligação. • Metade da distância de ligação é denominada raio covalente do átomo, se os dois átomos que formam a molécula são iguais. Tamanho dos átomos e dos íons • Raio de van der Waals e tamanho atômico O raio de van der Waals – também chamado de raio não ligante – é usado para determinar o tamanho dos átomos. * - Modelos de preenchimento de espaço usam o raio não ligante para determinar o tamanho dos átomos– fig 2.20 Tamanho dos átomos e dos íons • Raio atômico covalente e comprimento de ligação Os raios atômicos covalentes - também chamados de raios ligantes - permitem estimar os comprimentos de ligação entre diferentes elementos em moléculas Tamanho dos átomos e dos íons • O raio atômico covalente - é medido e definido como metade da distância entre dois átomos iguais em uma molécula. - Ex. o raio atômico do átomo de cloro ( valor de 99 pm) é a metade da distancia entre dois núcleos de cloro em uma molécula de cloro - Cl2 (Distância de ligação – 198 pm) e o raio atômico do átomo de bromo (valor 114 pm) é metade da distancia entre dois núcleos de bromo em uma molécula de bromo - Br2 (Distância de ligação – 228 pm) Tamanho dos átomos e dos íons Tendências dos raios atômicos nos periódos e grupos • À medida que o número quântico principal aumenta (ex., descemos em um grupo), a distância do elétron mais externo ao núcleo aumenta. Consequentemente, o raio atômico aumenta. • Ao longo de um período na tabela periódica, o número de elétrons mais internos mantém-se constante. Entretanto, a carga nuclear (Z) aumenta . Conseqüentemente, aumenta a atração entre o núcleo e os elétrons mais externos. Essa atração faz com que o raio atômico diminua. Tamanho dos átomos e dos íons Tendências dos tamanhos dos íons • Para íons de mesma carga, o tamanho do íon aumenta à medida que descemos em um grupo na tabela periódica. • Todos os membros de uma série isoeletrônica têm o mesmo número de elétrons. • Quando a carga nuclear aumenta em uma série isoeletrônica, os íons tornam-se menores : O2- > F- > Na+ > Mg2+ > Al3+ Energia de ionização • É a energia necessária para remover o elétron de maior energia (mais distante do núcleo) de um átomo ou íon gasoso isolado em seu estado fundamental. X (g) + Energia → X + (g) + e - Energia de ionização • A primeira energia de ionização, I1, é a quantidade de energia necessária para remover um elétron de um átomo gasoso: Na(g) Na+(g) + e-. • A segunda energia de ionização, I2, é a energia necessária para remover um elétron de um íon gasoso: Na+(g) Na2+(g) + e-. • Quanto maior a energia de ionização, maior é a dificuldade para se remover o elétron. Energia de ionização Variações nas energias de ionização sucessivas • Há um acentuado aumento na energia de ionização quando um elétron mais interno é removido. Energia de ionização • Comportamento da energia de ionização nos períodos e grupos Energia de ionização Tendências periódicasnas primeiras energias de ionização • A energia de ionização diminui à medida que descemos em um grupo. - Isso significa que o elétron mais externo é mais facilmente removido ao descermos em um grupo. - À medida que o átomo aumenta, torna-se mais fácil remover um elétron do orbital mais volumoso. - A energia de ionização geralmente aumenda ao longo do período. - Ao longo de um período, Zef aumenta quando passamos de elemento para elemento. Consequentemente, fica mais difícil remover um elétron. Energia de ionização Energia de ionização Configurações eletrônicas de íons • Cátions: os elétrons são primeiramente removidos do orbital com o maior número quântico principal, n: Li (1s2 2s1) Li+ (1s2) Fe ([Ar]3d6 4s2) Fe3+ ([Ar]3d5) • Ânions: os elétrons são adicionados ao orbital com o mais baixo valor de n disponível: F (1s2 2s2 2p5) F (1s2 2s2 2p6) Ex Eletronegatividade • É a capacidade de um determinado átomo de atrair os elétrons envolvidos em uma ligação química • Os valores de eletronegatividade são baseadas em outras propriedades dos átomos, inclusive a energia de ionização – os elementos com elevada energia de ionização terão eletronegatividade elevada. Afinidades eletrônicas • A afinidade eletrônica é o oposto da energia de ionização. • A afinidade eletrônica é a alteração de energia quando um átomo gasoso ganha um elétron para formar um íon gasoso: Cl(g) + e- Cl-(g) • A afinidade eletrônica pode ser tanto exotérmica (como o exemplo acima) quanto endotérmica: Ar(g) + e- Ar -(g) Afinidades eletrônicas X Energia de Ionização • Diferença entre Energia de Ionização e Afinidade Eletrônica A Energia de Ionização mede a facilidade com que um átomo perde um elétron; Afinidade Eletrônica mede a facilidade com que um átomo ganha um elétron. Afinidades eletrônicas Para muitos átomos a energia é liberada quando um elétron é adicionado Ex: Afinidade eletrônica : Cl(g) + e- →Cl-(g) Variação de energia: - 349kJ/mol Dizemos que a afinidade eletrônica do cloro é - 349kJ/mol; - Quanto maior a atração que um átomo exerce sobre um elétron adicionado a ele, maior será a afinidade eletrônica do átomo. Afinidades eletrônicas • Afinidade eletrônica - medir não é tarefa fácil, portanto não se conhecem os valores exatos para todos os elementos. • A tabela abaixo traz alguns valores de afinidade eletrônica: - Afinidade eletrônica tende a aumentar a medida que seguimos da família 3A para a 7A - Os halogênios possuem os maiores valores de afinidade eletrônica - Os gases nobres possuem afinidade eletrônica positiva , pois um novo elétron tem de ocupar um subnível de mais alta energia. Afinidades eletrônicas Metais, não-metais • Metais • O caráter metálico refere-se às propriedades dos metais (brilhante ou lustroso, maleável e dúctil, os óxidos formam sólidos iônicos básicos e tendem a formar cátions em solução aquosa). • O caráter metálico aumenta à medida que descemos em um grupo. • O caráter metálico diminui ao longo do período. • Os metais têm energias de ionização baixas. • A maioria dos metais neutros sofre oxidação em vez de redução. Metais, não-metais Tendências de grupo • Grupo 1A: os metais alcalinos • (lítio, sódio, potássio, rubídio, césio e frâncio). O hidrogênio não faz parte da família 1 A – constitui um subgrupo da tabela periódica. • Semelhança entre os metais alcalinos é atribuída ao fato de possuírem apenas um elétron na camada de valência. • São muito reativos, a reatividade aumenta a medida que se desce no grupo. Características dos metais alcalinos • Todos reagem com água formando gás hidrogênio e solução alcalina do respectivo metal. 2M(s) + 2H2O(l) → 2MOH (aq) + H2(g) - Prateados (exceção Ce), sólidos a temperatura ambiente, temperatura de fusão baixa - Quando os compostos de seus cátions são submetidos ao teste de chama resultam em cores características de cada um de seus cátions. Características dos metais alcalinos • Os metais alcalinos emitem cores características quando colocados em uma chama à alta temperatura. • O elétron s é excitado por uma chama e emite energia quando retorna ao estado fundamental. Características dos metais alcalinos • Os metais alcalinos emitem cores características quando colocados em uma chama à alta temperatura • Exemplo: - Sódio – cor da chama: amarelo ouro - Potássio – cor da chama: lilás - O elétron s é excitado por uma chama e emite energia quando retorna ao estado fundamental. Tendências de grupo metais • Grupo 1A: os metais alcalinos Tendências de grupo metais Grupo 2A: metais alcalinos terrosos • Os metais alcalinos terrosos são mais duros e mais densos do que os metais alcalinos. • A química é dominada pela perda de dois elétrons s: M M2+ + 2e-. Mg(s) + Cl2(g) MgCl2(s) 2Mg(s) + O2(g) 2MgO(s) • O Be não reage com água. O Mg reagirá apenas com o vapor de água. Do Ca em diante: Ca(s) + 2H2O(l) Ca(OH)2(aq) + H2(g) Tendências de grupo metais • Grupo 2A: metais alcalinos terrosos Tendências de grupo não metais • Hidrogênio - Não metal com propriedades diferentes de qualquer outro grupo da tabela periódica- forma compostos moleculares com outros não metais Tendências de grupo não metais • Grupo 6A: oxigênio • Oxigênio e enxofre- elementos mais importantes do grupo • Oxigênio é normalmente encontrado como molécula diatômica • O oxigênio tem forte tendência para ganhar elétrons de outros elementos, oxidando-os • Na combinação com metais é normalmente encontrado como íon óxido O2- , mas os íons peróxido O2 2- , e superóxido O2 - também podem ser formados Tendências de grupo não metais • Grupo 6A: oxigênio • O enxofre elementar é mais comumente encontrado como moléculas de S8 • Na combinação com metais é comumente encontrado como íon sulfeto, S2- Tendências de grupo não metais • Grupo 7A: halogênios Trata-se de substâncias com moléculas diatômicas e muito reativas. São encontradas na natureza sempre combinadas com outros elementos Tendências de grupo não metais • Grupo 7A: halogênios Tendências de grupo não metais • Grupo 7A: halogênios • Não metais que existem como moléculas diatomicas. • Têm as afinidades eletronicas mais negativas de todos os elementos – sua química é dominada pela tendencia em formar íons 1-, especialmente em reações com metais. Tendências de grupo não metais • Grupo 8 A: gases nobres - São não metais e existem como gases monoatômicos - São não reativos, pois têm os subníveis s e p totalmente preenchidos - Apenas os gases nobres mais pesados formam compostos, e apenas com os não metais mais ativos, como o flúor.
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