As origens da gerência

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AS ORIGENS DA GERÊNCIA
QUANDO SE INICIA O CAPITALISMO INDUSTRIAL?
QUANDO UM SIGNIFICATIVO NÚMERO DE TRABALHADORES FOI EMPREGADO POR UM ÚNICO CAPITALISTA;
O CAPITALISTA UTILIZA O TRABALHO TAL COMO ERA DESENVOLVIDO NA PRODUÇÃO FEUDAL E NO ARTESANATO;
OS TRABLHADORE(A)S DESENVOLVIAM OFÍCIOS PRODUTIVOS COMO DIARISTAS NAS GUILDAS E COMO ARTESÃOS INDEPENDENTES;
ESSAS PRIMEIRAS OFICINAS ERAM AGLOMERAÇÕES DE PEQUENAS UNIDADES DE PRODUÇÃO E O TRABALHO PERMANECIA SOB CONTROLE DOS PRODUTORES;
TÃO LOGO OS PRODUTORES FORAM REUNIDOS, SURGIU O PROBLEMA DA GERÊNCIA PELO PRÓPRIO EXERCÍCIO DO TRABALHO COOPERATIVO;
UMA REUNIÃO DE ARTESÃOS ATUANDO INDEPENDENTE EXIGE A COORDENAÇÃO, CASO SE CONSIDERE QUE UMA OFICINA DEMANDA UM CONJUNTO DE PROCESSOS;
APÓS O TRABALHO COOPERATIVO, SURGIRAM NOVAS INDÚSTRIAS, EXIGINDO FUNÇÕES DE CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO, QUE NA EMPRESA CAPITALISTA ASSUMIRAM A FORMA DE GERÊNCIA;
O CAPITALISTA ASSUMIU ESSA FUNÇÃO COMO GERENTE EM VIRTUDE DE SUA PROPRIEDADE DO CAPITAL;
NAS RELAÇÕES CAPITALISTAS DE TROCA, O TEMPO DOS TRABALHADORES ASSALARIADOS ERA PROPRIEDADE DO CAPITALISTA TANTO QUANTO A MATÉRIA-PRIMA FORNECIDA E OS PRODUTOS SAÍDOS DE SUA OFICINA;
A PARTIR DO CONTRATO LIVRE ENTRE COMPRADOR E VENDEDOR, O CAPITALISTA ADQUIRIA O PODER IRRESTRITO DE DETERMINAR OS MODOS TÉCNICOS DE TRABALHO;
AS PRIMEIRAS FASES DO CAPITALISMO INDUSTRIAL FORAM ASSINALADAS POR UM CONTINUADO ESFORÇO POR PARTE DO CAPITALISTA PARA DESCONSIDERAR A DIFERENÇA ENTRE A FORÇA DE TRABALHO E O TRABALHO QUE PODE SER OBTIDO DELA , E PARA COMPRAR TRABALHO DO MESMO MODO COMO ELE ADQUIRIA SUAS MATÉRIAS-PRIMAS;
ESTE EMPENHO ASSUMIU A FORMA DE UMA GRANDE VARIEDADE DE SISTEMAS DE SUBCONTRATAÇÃO E DESLIGAMENTO;
ERA ENCONTRADO NA FORMA DE TRABALHO DOMICILIAR;
O CAPITALISTA DISTRIBUÍA OS MATERIAIS NA BASE DE EMPREITADA AOS TRABALHADORES, PARA MANUFATURA EM SUAS CASAS, POR MEIO SE SUBCONTRATANTES.
O SISTEMA PERSISTIU NAS PRIMEIRAS FÁBRICAS. NAS FÁBRICAS DE FIOS DE ALGODÃO, FIANDEIROS QUALIFICADOS ERAM ENCARREGADOS DA MAQUINARIA E RECRUTAVAM SEUS PRÓPRIOS AJUDANTES, EM GERAL CRIANÇAS, DENTRE FAMILIARES E AJUDANTES;
POR VOLTA DE 1870, O EMPREGADOR IMEDIATO DE MUITOS TRABALHADORES NÃO ERA O CAPITALISTA, MAS O SUBCONTRATANTE.
MUITO DESSA FORMA DE CONTRATAÇÃO SE DAVA PELO PAGAMENTO DE SALÁRIOS POR PEÇA;
OS PAGAMENTOS POR UNIDADE ARROLA O TRABALHADOR COMO CÚMPLICE DE SUA EXPLORAÇÃO;
HOJE O PAGAMENTO POR PEÇA ESTÁ COMBINADO COM O CONTROLE DA GERÊNCIA SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO.
O REQUISITO PARA A GERÊNCIA ERA A REUNIÃO DE TRABALHADORES SOB UM ÚNICO TETO;
O PRIMEIRO EFEITO DE TAL MUDANÇA ERA IMPOR AOS TRABALHADORES HORAS REGULARES DE TRABALHO;
ERA PARA FINS DE DISCIPLINA, DE MODO QUE OS TRABALHADORES PUDESSEM SER CONTROLADOS SOB A SUPERVISÃO DE UM CAPATAZ. 
DENTRO DAS OFICINAS, A GERÊNCIA PRIMITIVA ASSUMIU FORMAS RÍGIDAS E DESPÓTICAS, VISTO QUE A CRIAÇÃO DE “UMA FORÇA DE TRABALHO LIVRE” EXIGIA MÉTODOS COERCITIVOS PARA HABITUAR OS EMPREGADOS ÁS SUAS TAREFAS E MANTÊ-LOS TRABALHANDO DURANTE DIAS E ANOS;
A INDÚSTRIA MODERNA DA ÉPOCA ESTAVA ASSOCIADA A PRISÕES, REFORMATÓRIOS E ORFANATOS;
O “MODERNO PROLETARIADO INDUSTRIAL FOI LEVADO AO SEU PAPEL NÃO PELO ATRATIVO MONETÁRIO, MAS PELA COMPULSÃO, FORÇA E MEDO;
AS COMPULSÕES LEGAIS E UMA ESTRUTURA INFORMAL DE CASTIGO NO SEIO DAS FÁBRICAS FORAM AMPLIADAS;
EM TODOS ESSES ESFORÇOS, OS CAPITALISTAS ESTAVAM TATEANDO EM DIREÇÃO A UMA TEORIA E PRÁTICA DA GERÊNCIA;
TENDO CRIADO NOVAS RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO, VIRAM-SE DIANTE DE PROBLEMAS DE ADMINISTRAÇÃO;
SOB AS NOVAS RELAÇÕES DO CAPITALISMO, OS BURGUESES TIVERAM QUE EXTRAIR DE SEUS EMPREGADOS AQUELA CONDUTA DIÁRIA QUE MELHOR SERVIRIA A SEUS INTERESSES E IMPOR A SUA VONTADE;
O CAPITALISTA EMPENHA-SE, ATRAVÉS DA GERÊNCIA EM CONTROLAR. O CONTROLE É O CONCEITO FUNDAMENTAL DE TODOS OS SISTEMAS GERENCIAIS. 
ESSES MÉTODOS DE ENCARAR O TRABALHO TRAZIAM AS MARCAS DAS ORIGENS DO CAPITALISMO INDUSTRIAL NO CAPITALISMO MERCANTIL, QUE COMPREENDIA A COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS, MAS NÃO SUA PRODUÇÃO;
O SISTEMA DOMICILIAR SE BASEAVA EM UMA RUDIMENTAR DIVISÃO DO TRABALHO.