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Mestrado em Psicologia 
Clínica e Aconselhamento 
Telma Paz 
 Escola de Milão 
 Aconselhamento e Terapia Familiar II 
M. Palazzoli L. Boscolo G. Prata G. Cecchin 
Escola de Milão 
Nos anos 60, iniciou a escola de Milão (Modelo 
Estratégico) fortemente influenciada pelo grupo de Palo 
Alto. 
Mara Selvini Palazzoli 
Psicanalista infantil 
1916-1999 O seu enorme interesse pelo estudo dos distúrbios 
mentais graves e a intervenção demorada do modelo 
psicanalítico contribuíram bastante para que Palazzoli e 
a sua equipa se debruçassem sobre a epistemologia 
cibernética. 
(Sampaio & Gameiro, 1985) 
Escola de Milão 
1916-1999 
(Sampaio & Gameiro, 1985) 
M. Palazzoli L. Boscolo G. Prata G. Cecchin 
Fundaram o “Centro per lo studio della famiglia” 
O contributo desta escola foi fundamental e pioneiro no universo da terapia familiar. 
Escola de Milão 
No inicio as entrevistas ás famílias eram realizadas com 2 
terapeutas (sendo um do género feminino e o outro masculino) e 
os outros 2 elementos ficavam em observação (atrás de um 
espelho). 
(Sampaio & Gameiro, 1985) 
O tratamento dura cerca de 10 sessões, com intervalo de 1 mês. 
 (para que seja possível a família elaborar o que aconteceu e este dê lugar a um processo de 
mudança) 
Escola de Milão 
(Sampaio & Gameiro, 1985) 
 Surgindo assim uma nova equipa em 1982, composta pelo filho de Palazzoli, 
Matthew Selvini e Stefano Cirillo e Anna Maria Sorrentino que fundaram o “Novo 
Centro de Estudos da Família”. 
Boscolo e Cecchin, deixaram a equipa de Palazzoli e 
iniciaram a sua própria escola (com base no que já haviam 
construído). E mais tarde Prata também seguiu o seu 
caminho fora da equipa de Palazzoli. 
Escola de Milão 
(Sampaio & Gameiro, 1985) 
Recentemente só fica um terapeuta e os restante passam para observação. 
O tratamento dura cerca de 10 sessões, mas o intervalo é com 
base no feedback recebido por parte da família. 
O primeiro contato é sempre telefónico 
(onde se procura recolher informação referente às relações entre os coabitantes e à existência de 
elementos significativos não coabitantes, convocando-os a todos para a primeira sessão) 
Escola de Milão 
(Palazzoli, 1980) 
Cada sessão é constituída por 5 partes. 
Os terapeutas reúnem-se em equipa para a leitura da ficha uma vez que se 
trata da sessão inicial, ou para a leitura do processo verbal de sessão 
anterior. 
1ª parte 
2ª parte Durante a sessão, os terapeutas solicitam um certo número de informações 
e interessam-se não apenas às informações concretas mas também aos 
modos como as informações são fornecidas. O comportamento dos 
terapeutas tende a provocar transacções entre os diferentes membros da 
família, que permitem que se observe, os comportamentos verbais e não 
verbais. 
Escola de Milão 
(Palazzoli, 1980) 
Os terapeutas regressam para comunicar a conclusão da sessão. Esta 
conclusão consiste num breve comentário ou numa prescrição que são 
estudados de maneira e serem paradoxais. 
Terapeutas e os observadores discutem a sessão, decidindo a conclusão. 3ª parte 
4ª parte 
A equipa discute os comentários observados durante a sessão, formula 
previsões e escreve um processo verbal da sessão onde são sintetizados os 
elementos essenciais da sessão 
5ª parte 
Hipóteses, Circularidade e Neutralidade 
(Jones, 1999) 
3 conceitos importantes para a entrevista clínica 
“Hipóteses, Circularidade e Neutralidade” 
Aqui a equipa constrói palpites, suposições ou 
explicações para a situação da família com base na 
informação que têm até ao momento. 
Hipóteses 
Quando se rejeita uma hipótese a mesma não é 
considerada como um erro mas um 
aprofundamento da compreensão. 
Hipóteses, Circularidade e Neutralidade 
(Jones, 1999) 
Modelo de questionamento triádico Circularidade 
Perguntar à pessoa A, qual a sua percepção sobre 
um aspecto da relação entre o B e o C. 
“A hipótese tem que ser circular e relacional, ligando todos 
os elementos da família de um modo sistémico”. 
(Jones, 1999) 
Neutralidade O terapeuta deve procurar ser o mais neutro possível, 
evitando estabelecer alianças com certos membros da 
família e tecer juízos morais sobre o comportamento da 
mesma. 
Acusados de frieza e distancia por parte de críticos… 
 Alegando que a “atitude de curiosidade permitia o terapeuta manter-se 
atento ao grande numero de explicações e padrões, com pertinência para as 
relações da família”. 
Cecchin, redefiniu a neutralidade como curiosidade. 
Hipóteses, Circularidade e Neutralidade 
Escola de Milão 
(Jones, 1999) 
Nos anos 70 os seus trabalhos originaram o livro 
que foi de grande relevância para a psicologia na época. 
…essencialmente com famílias com membros esquizofrénicos ou 
anoréxicos, enviadas por técnicos que tinham considerado que as famílias 
não cumpriam aquilo que era subjacente ás suas abordagens. 
estudos realizados… 
Paradoxo e Contraparadoxo 
(Jones, 1999) 
Com base na ideia de que todo o comportamento, pode ser encarado como uma 
comunicação, focaram-se nas características da comunicação e dos 
comportamentos que «mantinham a regra». 
Colocando a hipótese… 
“A forma de eliminar o sintoma é alterando as regras”. 
Paradoxo e contraparadoxo 
As famílias de transacção esquizofrénica mantêm o seu 
jogo através de uma rede complexa de paradoxos, que só é 
possível desfazer através do contra-paradoxo terapêutico. 
(Sampaio & Gameiro, 1985) 
Sendo as famílias consideradas como sistemas rígidos ou patológicos, foi necessário 
pensar numa forma “poderosa” que ultrapassasse esses rígidos «jogos familiares» 
Paradoxo e Contraparadoxo 
Paradoxo 
Significado de Paradoxo: 
 Um exemplo seria pedir à pessoa para apresentar o seu 
sintoma “incontrolável”, se ela manifestar o sintoma então significa 
que o pode controlar. Se não sintoma não acontece, então é porque 
ele pode ser prevenido, logo controlável. 
2 ou mais regras que se juntam 
para dar um resultado impossível. 
(Stratton, 2003) 
Esta escola defende então a necessidade de deixar a causalidade linear (ex. considerar que 
um elemento da família está perturbado devido ao mau funcionamento conjugal) passando a 
trabalhar sobre o “jogo familiar”. 
(Sampaio, 1985) 
Ao tornar o comportamento inconveniente num comportamento 
deliberado, passa a ser possível o seu controlo e transformação. 
Paradoxo e Contraparadoxo 
(Sampaio, 1985) 
Afirmando que, por exemplo, todos os comportamentos observados parecem 
inspirados pelo objectivo comum de manter a coesão e união do grupo familiar, 
então os terapeutas colocam todos os membros da família no mesmo plano. 
Prever uma prescrição explícita do sintoma, encorajando-o através 
da conotação positiva (qualificar sintoma ou comportamento 
patológico como proveitoso para a família). 
Essencial: 
Escola de Milão 
Conotação Positiva 
(Palazzoli, 1980) 
Conotação Positiva 
É importante referir que a conotação positiva é uma comunicação na 
comunicação, uma vez que os terapeutas comunicam implicitamente sobre a 
comunicação de todos os membros do sistema. Assim sendo, esta conotação é 
uma meta comunicação (Palazzoli, 1980). 
Escola de Milão 
(Sampaio e Gameiro, 1985) 
“A prescrição paradoxal ligada com a conotação positiva …” 
Tem como objetivo, provocar na família 
uma retroação significativa. 
A prescrição pode ser a família executar 
um ritual que venha a possibilitar destruir 
um mito familiar. 
Conotação Positiva 
(Jones, 1999) 
Esta técnica serve para o terapeuta conseguir 
aceder ao mundodos significados da família. 
Através do respeito e 
reconhecimento da sua 
lógica interna. 
Conotação Positiva 
(Jones, 1999) 
É preciso que a equipa se esforce em atribuir algum sentido e 
compreensão ao comportamento, para que não existam mal-
entendidos. 
a ideia de que a técnica podia sugerir que os 
comportamentos perturbados seriam funcionais/bons ou 
mesmo um sintoma necessário à família. 
Criticas apontadas: 
Escola de Milão 
(Jones, 1999) 
Por forma a não necessitar mais questionar o significado relacional da 
comunicação, esta equipa alterou a sua linguagem. 
No lugar de dizer: que 
uma pessoa está triste, ou 
feliz, zangada, etc… 
Passaram a dizer: X pessoa 
mostra uma expressão 
triste, zangada, etc… 
Sendo assim possível ficar mais atentos ás interações 
entre os elementos. 
(Palazzoli, 1980) 
Rituais 
Acção ou de uma série de acções, nas quais todos os membros da 
família devem participar… 
O ritual familiar é a prescrição ritualizada de um jogo no qual 
as novas normas substituem as normas precedentes 
(Palazzoli, 1980) 
Rituais 
É necessário que os terapeutas 
detalhem minuciosamente, por 
vezes por escrito:, 
as modalidades de lugar 
horário 
ritmo de repetição 
Pode-se concluir que a prescrição de um 
ritual visa a evitar o comentário verbal acerca 
das normas que perpetuam o jogo em acção. 
(Palazzoli, 1980) 
Rituais 
Exemplificando… 
Na 1ª sessão está presente toda a família e 
elementos significativos 
(coabitantes e se existirem elementos 
significativos não coabitantes) 
No final o terapeuta vai informar que 
educadamente informa que os elementos que não 
pertencem ao núcleo familiar não necessitam de 
comparecer nas próximas sessões 
(Palazzoli, 1980) 
Rituais 
Na 2ª sessão está presente a família nuclear. 
No final o terapeuta diz que na próxima sessão só 
vêm o casal. 
(Palazzoli, 1980) 
Rituais 
Na 3ª sessão está presente o casal. 
O terapeuta começa por questionar os pais relativamente à 
reacção dos filhos, à reacção deles próprios e se estes 
comentaram entre eles sobre o facto de virem apenas os dois à 
sessão, tendo como principal objectivo recolher informações para 
compreender a família e ajudar a aceitar a prescrição seguinte. 
No final da sessão o terapeuta diz aos 
pais que vão prescrever algo que 
deveram procurar cumprir. 
(Palazzoli, 1980) 
Rituais 
Será necessário manter segredo, ficando a 
informação só entre o casal e o terapeuta. 
Pode ser dito ao casal para num dia da semana, 
ir jantar fora sem dar explicações nem para onde 
vai nem a que horas vêm, etc… 
(Palazzoli, 1980) 
Rituais 
Pode-se considerar, assim, que a prescrição invariante age 
como intervenção terapêutica, na medida em que: 
possibilita a primazia do casal parental 
hierarquização dos subsistemas (transmitindo aos 
filhos o seu direito a um espaço e tempo próprios) 
contrato de colaboração estabelecido com o subsistema parental (através do segredo) 
(Palazzoli, 1988) 
Imbróglio Relacional 
…da prescrição invariante, começaram a emergir diversos fenómenos recorrentes, 
designadamente o Imbróglio. 
Corresponde a um processo interactivo e complexo, 
evoluindo em redor de uma tática comportamental 
específica de um dos progenitores, e que pressupõe 
uma relação diádica transgeracional privilegiada 
(pai-filho) que, na realidade, não existe. 
Contudo, esta aparente relação privilegiada caracteriza-se por ser meramente 
instrumental (só permanece enquanto for proveitosa). 
(Palazzoli, 1988) 
Imbróglio Relacional 
O aliado ilegítimo é considerado 
pouco digno de confiança e a 
denúncia da aliança está 
constantemente a ser desmentida. 
aquele que descobre o jogo e que 
está a ser “enganado”, tem 
consciência da sua conivência em 
certas manobras do jogo do 
progenitor. 
(Palazzoli, 1988) 
Imbróglio Relacional 
Deste modo, a convicção da ilegitimidade do jogo, a 
consciência da sua conivência, bem como a suspeita quanto 
à suposta lealdade do ex-aliado, torna impossível qualquer 
tipo de verbalização, levando ao surgimento do sintoma. 
(Palazzoli, 1988) 
Instigação 
A instigação que corresponde a um processo interactivo em que 
alguém instiga uma pessoa contra uma terceira. 
Considera-se que o paciente é portador das 
comunicações entre os seus progenitores, que não 
seriam manifestadas pessoalmente por este 
(Palazzoli, 1988) 
Instigação 
Foi possível observar um fenómeno denominado de “efeito 
boomerang”, caracterizado por um retorno da acção de 
instigação à pessoa que a desencadeou. 
Este efeito foi bastante visível nos apontamentos 
que os pais traziam para as sessões. 
O facto do casal detectar esta intenção do filho permite-nos deduzir 
que este tipo de jogo sempre existiu no seio daquela família. 
Conclusão 
O trabalho de Palazzoli e sua equipa tiveram grande relevância para o avanço das terapias 
familiares. 
Desde o método para a entrevista clinica – Hipóteses, Circularidade e 
Neutralidade. 
Os terapeutas observadores que colaboravam durante cada sessão 
Mas foram também alvo de várias criticas.. 
Obrigada!

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