Prévia do material em texto
PROCESSO SAÚDE - DOENÇA MODELOS EXPLICATIVOS DO PROCESSO SAÚDE - DOENÇA Profa: Msc. Juliana C. Barbosa SAÚDE COLETIVA DOENÇA ALTERAÇÃO OU DESVIO DO ESTADO DE EQUILÍBRIO DE UM INDIVÍDUO COM O MEIO (M.S 1987) DOENÇA DOENÇA ▪A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas; ▪Quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer; ▪Quem estabelece a doença são os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece. SAÚDE SILENCIOSA, NÃO A PERCEBEMOS EM SUA PLENITUDE. SAÚDE ▪“Um completo bem-estar físico, psíquico e social” OMS SAÚDE ▪A saúde é silenciosa, geralmente não a percebemos em sua plenitude; ▪Na maior parte das vezes apenas a identificamos quando adoecemos. ▪ É uma experiência de vida, vivenciada no âmago do corpo individual. SAÚDE ▪Ouvir o próprio corpo é uma boa estratégia para assegurar a saúde com qualidade; ▪ Não existe um limite preciso entre a saúde e a doença, mas uma relação de reciprocidade entre ambas; ▪Há uma relação entre a normalidade e a patologia, na qual os mesmos fatores que permitem ao homem viver (alimento, água, ar, clima, habitação, trabalho, tecnologia, relações familiares e sociais) podem causar doenças. PROCESSO SAÚDE-DOENÇA VÁRIOS MODELOS SURGIRAM SOBRE A COMPREENSÃO DA SAÚDE COM O INTUITO DE SE COMPREENDER O PROCESSO SAÚDE - DOENÇA COMO O MODELO EPIDEMIOLÓGICO PROCESSO SAÚDE - DOENÇA ▪Ao longo da história, o homem tem buscado compreender os processos e fatores determinantes do adoecimento e da morte; ▪ Tentativa de retardá-los ou evitá-los pelo máximo possível de tempo. ▪Na medida em que o conhecimento científico evoluiu, foram criadas novas formas de explicação para tais fenômenos. PROCESSO SAÚDE - DOENÇA ▪A maioria das doenças é resultante do somatório de fatores extrínsecos e intrínsecos sobre o sujeito afetado; ▪Os modelos conceituais de saúde propõem explicar o surgimento e a transmissão das doenças nas populações humanas. PROCESSO SAÚDE - DOENÇA ▪Podem-se destacar quatro principais modelos explicativos: 1. Modelo mágico-religioso; 2.Modelo biomédico; 3.Modelo processual; 4.Modelo sistêmico; 4.1.Modelo de determinação social da doença. MODELO MÁGICO-RELIGIOSO MARCADO PELA NOÇÃO DE PECADO-DOENÇA E REDENÇÃO-CURA MODELO MÁGICO-RELIGIOSO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪A concepção de que cabia aos deuses definir o estado de adoecimento e cura dos homens instaurou o chamado modelo mágico- religioso; ▪Marcado também pela noção de pecado-doença e redenção-cura. ▪Doenças eram atribuídas a forças sobre naturais, demônios, espíritos malignos. MODELO BIOMÉDICO SAÚDE COMO AUSÊNCIA DE DOENÇAS MODELO BIOMÉDICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪O saber clínico, racionalizado e experimental, trouxe uma nova forma de compreender a saúde; ▪Avanço da ciência; ▪ Proposto que corpo e a mente deveriam ser estudados de forma separada. MODELO BIOMÉDICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪O modelo biomédico tem como abordagem a patogenia e a terapêutica; ▪Classificando as doenças segundo forma e agente patogênico. MODELO BIOMÉDICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪ Curativismo ▪ Soluções paliativas ▪ Patologia e clínica médica ▪ Atua sobre as consequências: Tratamento e cura ▪ Doença: defeito no mecanismo de adaptação do organismo MODELO BIOMÉDICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪ Concentra-se nas partes de um processo bem mais complexo ▪ SAÚDE pode ser controlada pelo indivíduo ▪ Limitações ▪ Visão restrita/fracionada e descontextualizada da doença ▪ Redução do alcance social ▪ Tecnicismo/especializações ▪ Fragmentação do cuidado ▪ Altos custos ▪ Interesse das indústrias Modelo Reducionista Fatores biológicos Fatores sociais e psicológicos MODELO BIOMÉDICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪O modelo biomédico não se debruça sobre a prevenção da doença; ▪Não aceita práticas não tradicionais de cura; ▪Prioriza o diagnóstico e a cura; ▪Por conta disso, alimenta a indústria de clínicas e laboratórios e as empresas farmacêuticas. MODELO BIOMÉDICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪ CARACTERÍSTICAS ▪ Desprestigiam a promoção e a prevenção ▪ Atendem apenas a demanda espontânea ▪ Centralidade da atenção médica ▪ Crescente especialização médica ▪ Centralidade da atenção hospitalar ▪ Incorporam acriticamente novas tecnologias ▪ Excedem em procedimentos de alto custo ▪ Não avaliam sistematicamente seus resultados MODELO PROCESSUAL PREVENTIVISMO - SAÚDE COMO AUSÊNCIA DE DOENÇAS MODELO PROCESSUAL 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪O modelo processual se constitui como um avanço quando comparado ao modelo biomédico; ▪Reconhece que as características sociais ou relacionais do indivíduo interferem na chance de adoecer, na forma como ele adoece e na repercussão da doença. MODELO PROCESSUAL 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪Baseia-se no modelo de História Natural da Doença proposto por Leavell e Clark em 1976.; ▪Esse modelo prevê que os estímulos patológicos do meio ambiente desencadeiam uma resposta do corpo; ▪Esta terá como desenlace a cura ou defeito ou invalidez ou morte; MODELO PROCESSUAL 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪ Tem como fundamento a História Natural da Doença (HND). ▪ Estímulo Patológico Resposta do homem Alterações (cura, invalidez ou morte) ▪ Avança em relação ao biomédico à medida que reconhece que saúde doença implica um processo de múltiplas e complexas determinações ▪ Estabelece relação de causa/efeito entre os 3 elementos MODELO PROCESSUAL – HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪ Evolui em dois períodos consecutivos: ▪ 01- O período pré-patogênico, em que a patologia ainda não está manifesta, os determinantes intrínsecos ao sujeito estruturam disposições ao adoecimento: são os agentes físicos e químicos, biopatógenos, agentes nutricionais, agentes genéticos, determinantes econômicos, culturais e psicossociais. ▪ Esse período etiológico está também designado no nível de atenção primária, porque podemos atuar coletivamente agindo com ações de prevenção, promovendo a saúde (com educação, por exemplo) e fazendo a proteção específica da saúde (por exemplo, com vacinas). MODELO PROCESSUAL – HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪ 02- O período patogênico, no qual já se encontra ativo o processo patológico, período em que a doença se processa naturalmente no corpo do ser humano, iniciam- se as primeiras alterações no estado de normalidade, pela atuação de agentes patogênicos. ▪ Seguem-se perturbações bioquímicas emnível celular, provocando distúrbios na forma e função de órgãos e sistemas, evoluindo para as seguintes possibilidades: defeito permanente (sequela), cronicidade, morte ou cura. MODELO PROCESSUAL 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪As condições de vida e saúde da população das grandes cidades após a revolução industrial e as contribuições de Renné Villermé e Friedrich Engels instauraram uma nova forma de pensar, na qual o homem não apenas se relaciona com o meio e seus agentes patogênicos, mas faz parte deste meio, formando um sistema de interação sinérgica (SILVA; BARROS, 2002). MODELO SISTÊMICO SAÚDE DECORRENTE DE VÁRIAS CAUSAS MODELO SISTÊMICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪O modelo sistêmico de saúde e doença reconhece que fatores políticos e socioeconômicos, fatores culturais, fatores ambientais e agentes patogênicos estão relacionados sinergicamente de forma que, ao ser modificado um dos níveis, os demais também serão afetados. MODELO SISTÊMICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪Um exemplo simplificado da interação dos níveis do sistema pode ser observado na figura a seguir: ▪Esquema simplificado de sinergismo do modelo sistêmico MODELO SISTÊMICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪Visão holística: integral ▪Saúde decorrente de várias causas Fatores íntrinsecos Fatores extrínsecos MODELO SISTÊMICO MODELO SISTÊMICO 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. ▪ O modelo sistêmico para explicar o processo saúde/doença considera o organismo com um todo, inserido em um contexto histórico-social. Mostra que as doenças podem ser decorrentes de diferentes níveis de causalidade, levando em consideração o indivíduo, a família, a sociedade, o órgão e a célula. ▪ Estes modelos mais amplos, holísticos, são mais complexos, estando em acordo com as definições mais avançadas de saúde. MODELO SISTÊMICO – DETERMINAÇÃO SOCIAL DA DOENÇA 1. modelo biomédico; 2. modelo processual; 3. modelo sistêmico; 4. modelo mágico- religioso; 5. modelo de determinação social da doença. MODELO DE DETERMINAÇÃO SOCIAL AS SUCESSIVAS MUDANÇAS NA FORMA DE PENSAR A DOENÇA, A PREOCUPAÇÃO COM O BEM-ESTAR E CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE GERARAM UMA NOVA CONCEPÇÃO: A DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE E DA DOENÇA. CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO.. DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE Slide 1: Processo saúde - doença Slide 2: doença Slide 3: DOENÇA Slide 4: DOENÇA Slide 5: SAÚDE Slide 6: SAÚDE Slide 7: SAÚDE Slide 8: SAÚDE Slide 9: Processo saúde-doença Slide 10: PROCESSO SAÚDE - DOENÇA Slide 11: PROCESSO SAÚDE - DOENÇA Slide 12: PROCESSO SAÚDE - DOENÇA Slide 13: MODELO MÁGICO-RELIGIOSO Slide 14: MODELO MÁGICO-RELIGIOSO Slide 15: MODELO BIOMÉDICO Slide 16: MODELO BIOMÉDICO Slide 17: MODELO BIOMÉDICO Slide 18: MODELO BIOMÉDICO Slide 19: MODELO BIOMÉDICO Slide 20: MODELO BIOMÉDICO Slide 21: MODELO BIOMÉDICO Slide 22: MODELO PROCESSUAL Slide 23: MODELO PROCESSUAL Slide 24: MODELO PROCESSUAL Slide 25: MODELO PROCESSUAL Slide 26: MODELO PROCESSUAL – HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Slide 27: MODELO PROCESSUAL – HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Slide 28: MODELO PROCESSUAL Slide 29: MODELO SISTÊMICO Slide 30: MODELO SISTÊMICO Slide 31: MODELO SISTÊMICO Slide 32: MODELO SISTÊMICO Slide 33: MODELO SISTÊMICO Slide 34: MODELO SISTÊMICO – determinação social da doença Slide 35: MODELO DE DETERMINAÇÃO SOCIAL Slide 36: CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO..