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POEMA JURÍDICO - DROGA DE VIDA

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DROGA DE VIDA
O destino tem tantas rotas
E essas rotas são caminhos
Às vezes apresentam flores
Mas há inúmeros espinhos
Que sangram os nossos pés
Quando trilhamos sozinhos
Em mil, novecentos e noventa
Numa tarde chuvosa de abril
Nascia Pedro Duarte da Silva
Filho do padeiro José Gentil
E de Maria do Espírito Santo
Em pleno Sertão do Brasil.
Pedrinho tinha o sol no olhar
Em seus pés o vento soprava
Percorria a estrada da vida
Com a família que adorava
Um dia cresceu, criou asas
Para o Rio de Janeiro voava.
Na cidade maravilhosa
Foi ajudante de pedreiro
Tinha durante o trabalho
Um cigarro por parceiro
Foi apresentado ao crack
O seu amigo derradeiro.
Afogava as suas mágoas
Com cerveja e cachaça
Vivia faltando ao emprego
Trabalhar não tinha graça
Quando ficou desempregado
Restou-lhe o banco da praça.
Roubava para manter
O desejo de se drogar
Nem cola de sapateiro
Conseguia amenizar
A fissura que agora
Só fazia aumentar.
Um dia foi convidado
A vender erva e pó
Ao lado de traficantes
Não se sentia mais só
Associava-se ao crime
Por uma vida melhor.
Cresceu, matou o rival
Um traficante perigoso
Comandando a favela
Tornou-se muito famoso
Ecstasy, crack e cocaína
O comércio era nervoso.
Mas quando a casa caiu
Conduziram Pedro Milícia
E parte dos seus homens
Para o quartel da Polícia
A família do rapaz achava
Que era história fictícia.
Foi através do art. 33
Que Pedro foi julgado
Pegando 10 anos de prisão
Sendo assim condenado
Ainda pagando R$ 1.000
Pelo crime praticado
Fui até o Rio de Janeiro
Sem conhecer tal caminho
Ele estava num presídio
Levantei tudo direitinho
Voltei pra casa arrasado...
Eu sou o pai do Pedrinho.
O uso de entorpecentes
É um problema Social
Preocupando as autoridades
De uma maneira geral
É um dilema agravante
Nesse mundo atual.

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