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evolução saude publica

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POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: 1900- 1945
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Evolução da Saúde Pública
Nos séculos XX e XXI, o sistema de saúde transitou do sanitarismo campanhista (início do século até 1965) para o modelo médico-assistencial privatista, até chegar, no final dos anos 80, ao modelo plural, hoje vigente, que inclui, como sistema público, o SUS.
Como ocorreu esta evolução?
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Definição de Saúde Pública:
É a ciência e a arte de promover, proteger e recuperar a saúde física e mental, através de medidas de alcance e de motivação da população
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Nascimento da Saúde Pública no Brasil
Período colonial e meados do séc. XIX:
Problemas de saúde e de higiene sob responsabilidade das localidades
Assistência à saúde da população pobre:
Iniciativa filantrópica de figuras importantes.
Instituições beneficentes (Igreja Católica, Santas Casas de Misericórdia).
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Nascimento da Saúde Pública no Brasil
Restante da população se socorria com os médicos existentes, cirurgiões, barbeiros, sangradores, empíricos, curandeiros, parteiros e curiosos.
Doenças predominantes eram as pestilenciais: 
varíola, febre amarela, malária, tuberculose
Sociedade colonial não organizou-se para enfrentar os perigos da mortalidade e morbidade
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FIM DA MONARQUIA E INÍCIO DA REPÚBLICA VELHA
Início da constituição do moderno Estado Brasileiro.
Predomínio dos grupos sociais ligados à agroexportação cafeeira.
Nascimento da Saúde Pública no Brasil:
Saberes fundamentados pela bacteriologia e microbiologia x teoria miasmática;
Modelo etiológico baseado no controle de insetos e vetores;
Investigação da saúde em órgãos estatais;
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FIM DA MONARQUIA E INÍCIO DA REPÚBLICA VELHA
Nascimento da Saúde Pública no Brasil:
Influência do Instituto Pasteur na organização das instituições científicas;
Modelo comum a outros países da América Latina;
Marcante em São Paulo (Emílio Ribas) e Rio de Janeiro (Osvaldo Cruz), Saturnino de Brito (Santos), Carlos Chagas;
Realizações: reforma urbana do Rio de Janeiro e da cidade portuária de Santos, SP: criação do Instituto Osvaldo Cruz (RJ), do Instituto Butantã (SP) e do Instituto Vital Brasil (Niterói)
Leis e códigos sanitários são criados.
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Estruturação do Sistema de Saúde que iniciou no final do século XIX e princípio do século XX, durando até meados da década de 1960;
Principais produtos eram agrícolas e destinados à exportação (mais importantes: café, cana de açúcar);
Saneamento dos espaços de circulação destas mercadorias fossem saneados (sobretudo os portos);
Controle das doenças que prejudicavam a exportação destes produtos agrícolas (febre amarela, peste, cólera, varíola, malária);
Saúde é parte do Ministério da Justiça e Negócios do Interior
O SANITARISMO CAMPANHISTA
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1º Modelo de Política de Saúde no Brasil
Nesse período, foram criados e implementados os serviços e programas de saúde pública em nível nacional (central).
À frente da Diretoria Geral de Saúde Pública, Oswaldo Cruz, ex-aluno e pesquisador do Instituto Pasteur. 
Organizou e implementou, instituições públicas de higiene e saúde no Brasil.
Em paralelo, adotou o modelo das campanhas sanitárias’, destinado a combater as epidemias urbanas e, mais tarde as endemias rurais.
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CARACTERÍSTICAS:
Economia brasileira dominada por um modelo agroexportador, 
Se exigia do sistema de saúde:
 uma política de saneamento dos espaços de circulação das mercadorias exportáveis e 
a erradicação ou controle das doenças que poderiam prejudicar a exportação.
O sanitarismo campanhista tem sua concepção de saúde fundamentada na teoria dos germes, 
Modelo explicativo monocausal  os problemas de saúde se explicam por uma relação linear entre agente e hospedeiro.
O SANITARISMO CAMPANHISTA
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CARACTERÍSTICAS:
Pretendeu resolver os problemas de saúde – ou melhor, das doenças – mediante a interposição de barreiras que quebrem esta relação agente/hospedeiro 
estrutura ações, de inspiração militarista, 
Combate a doenças de massa, 
criação de estruturas próprias, com forte concentração de decisões 
e com estilo repressivo de intervenções nos corpos individual e social.
O SANITARISMO CAMPANHISTA
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 A DÉCADA DE 1920
1923 as ações de Saúde Pública passam a ser vinculadas ao Ministério da Justiça.
É a reforma promovida por Carlos Chagas sanitarismo campanhista:
Controle de endemias e epidemias;
Fiscalização de alimentos;
Controle sanitário de portos e fronteiras.
Assistência Médica: Profissionais Liberais. Despossuídos e indígenas: Santas Casas
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 A DÉCADA DE 1920
Década de 20 Primeiros esboços de previdência Social:
São constituídas as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs). 
Em 1923 é promulgada a LEI ELOY CHAVES Cria a CAP destinada aos ferroviários;
Primeira intervenção estatal no setor previdenciário;
Considerada o marco da Previdência social no Brasil;
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 A DÉCADA DE 1920
Década de 20 Primeiros esboços de previdência Social(2):
CAPS: organizadas por empresas, administradas e financiadas por empresários (1% da renda) e trabalhadores (3%);
Funções: Previdenciárias (aposentadoria, pensões, pecúlios, auxílios, etc.) e Assistência Médica e Farmacêutica (atribuição central e obrigatória) aos empregados e dependentes.
Estendida posteriormente (1926) para Funcionários Públicos (Fazenda e ferroviários) e Militares (Marinha).
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 A DÉCADA DE 1920
Ao final de 1923 já existiam 24 CAPS com 22.991 segurados.
Nos anos 20 procede-se um processo de intervenção crescente do Estado nas questões trabalhistas rompendo-se com o liberalismo, até então dominante na área.
No caso das CAPS o Estado não participa de forma direta de sua administração e/ou custeio encargo dos trabalhadores e dos empregados. Ele é importante por ter tomado a iniciativa de implantar esse tipo de legislação + intervenção estatal crescente.
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 A DÉCADA DE 1920
O estudo da história da Previdência Social é importante para o conhecimento da Saúde Pública no Brasil porque a Previdência durante a maior parte do século XX é a responsável pela prestação de serviços públicos à saúde das pessoas no Brasil.
As CAPS ofereciam além da previdência, assistência médica a seus segurados.
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 O PERÍODO DE 1930 - 45
Período da Ditadura de Getúlio Vargas
Modelo político: POPULISMO + Políticas sociais (ex. Previdência e saúde) como estratégia de incorporação de segmentos da classe média e trabalhadores urbanos à cidadania.
Com uma doutrina voltada aos SEGUROS e com uma orientação voltada para a economia de gastos são organizados os INSTITUTOS DE APOSENTADORIA E PENSÕES (IAPs).
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 O PERÍODO DE 1930 - 45
Estruturados por categorias e profissões:
IAPI – Industriários
IAPB – Bancários
IAPM – Marítimos
IAPC – Comerciários
IPASE – Servidores públicos
IAPTEC – Transportes e cargas. 
Progressivamente o Estado passa a controlar as estruturas previdenciárias privadas (CAPs)  Transporte de estrutura da sociedade civil para o interior do Estado. 
A assistência médica neste período (1930 – 1945 governo Getúlio Vargas) é colocada como função provisória e secundária.
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 O PERÍODO DE 1930 - 45
O presidente dos IAPS passa a ser nomeado pelo Presidente da República;
Representantes de empregados e empregadores nomeados pelos sindicatos de cada área e não mais por eleição direta;
Financiamento: Tripartite + Estado, Empregadores e Trabalhadores;
Recursos recolhidos e centralizados a partir dos IAPS nas mãos do Estado
Recursos utilizados em áreas que não Previdência ou saúde => Projeto de INDUSTRIALIZAÇÃO DO PAÍS.
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 O PERÍODO DE 1930 - 45
1930 CRIADO o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO e SAÚDE
AtuaçãoCoordenação das ações de saúde de caráter coletivo. 
Atenção à saúde individual: Setor Previdenciàrio.
A população que estava descoberta do Sistema de Previdência social , não vinculada ao mercado de trabalho formal recebia assistência do poder público ou das instituições filantrópicas (Santas Casas).
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