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Apostila de Higiene Ocupacional

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Segurança do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIGIENE 
OCUPACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Iolanda Alonso 
Curso Técnico de Segurança do Trabalho 
 Capítulo 1: Introdução a Higiene Ocupacional 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 2 
 
HIGIENE OCUPACIONAL – DEFINIÇÃO 
É a ciência e arte do RECONHECIMENTO, da AVALIAÇÃO e do CONTROLE de 
fatores ou tensões ambientais originados do ou no local de trabalho e que podem causar 
doenças, prejuízos para a saúde e o bem-estar, desconforto e ineficiência significativos 
entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade. 
PILARES DA HIGIENE OCUPACIONAL: 
 Antecipação: 
Necessidade de identificar os potenciais de riscos e perigos à saúde, antes que um 
determinado processo industrial seja implantado ou modificado, ou que novos agentes 
geradores de riscos sejam introduzidos no ambiente de trabalho. 
 Fase de Projeto: Modificações e/ou novas instalações. 
 Análise de Risco, HAZOP, FMEA, APP. 
 Aquisição de novos equipamentos e/ou materiais (inclusive substâncias 
químicas). 
 Instalações Atuais: Implementação dos planos de manutenção preventiva. 
 Processos de Trabalho: Processos/Ferramentas de identificação dos perigos e 
riscos. (Ex.: Permissão para Trabalho). 
 Reconhecimento: 
Refere-se a toda análise e observação do ambiente do trabalho a fim de identificarmos 
os agentes existentes, os potenciais de risco a eles associados, e qual prioridade de 
avaliação ou controle existente nesse ambiente de trabalho. 
Qual ? 
Onde ? 
O que ? 
Como ? 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 3 
Itens de A -> H (NR-9) 
 Avaliação: 
Designa principalmente as medições e monitorações que serão conduzidas no ambiente 
de trabalho. 
Exemplos: 
 Determinação da intensidade dos agentes físicos; 
 A concentração dos agentes químicos, visando o dimensionamento da exposição 
dos trabalhadores; 
 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para 
comprovar o controle da exposição ou inexistência dos riscos identificados na 
etapa de reconhecimento. 
A avaliação deverá considerar as seguintes atividades: 
 Definir e planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-se nos 
dados e informações coletadas na etapa anterior ; 
 Quantificar a concentração ou intensidade através de equipamentos e 
instrumentos compatíveis aos riscos identificados e utilizando-se de técnicas de 
avaliação dos agentes ; 
 Verificar se os valores encontrados estão em conformidade com os limites de 
tolerância estabelecidos e o tempo de exposição dos trabalhadores ; 
 Verificar se as medidas de controle implantadas são suficientes. 
 Controle: 
Está associado à eliminação ou minimização dos potenciais de exposição, antecipados, 
reconhecidos e avaliados, no ambiente de trabalho considerado. 
Exemplos de medidas de controle a serem considerados: 
 Quando possível, realizar a substituição do agente agressivo; mudança ou 
alteração do processo ou operação; 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 4 
 Enclausuramento da fonte; segregação do processo ou operação; modificação de 
projetos; limitação do tempo de exposição; utilização de equipamento de 
proteção individual; 
As medidas de controle a serem implantadas devem obedecer a seguinte ordem 
hierárquica: 
1. Medidas de Controle Coletivo: Medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou 
formação dos agentes prejudiciais à saúde (Ex.: Controle na fonte, Capelas – Utilizada 
para exaustão de gases). 
2. Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho: 
Ex.: Controles Médicos, PPRA, Redução na Jornada de Trabalho, Treinamentos, etc. 
3. Utilização de EPI: 
Ex.: Seleção adequada conforme atividade a ser executada; Treinamento dos 
trabalhadores; Uso, guarda, higienização, conservação, manutenção e reposição. 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 5 
Resumo das fases da Higiene Ocupacional (H.O.): 
ANTECIPAÇÃO: (FASE DE PREVENÇÃO DE RISCOS); 
RECONHECIMENTO: (IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS); 
AVALIAÇÃO: (CONSTATAÇÃO DA PRESENÇA DO AGENTE COM 
QUANTIFICAÇÃO, OU SEJA, MEDIÇÕES REALIZADAS); COMPARAÇÃO COM 
O LIMITE DE TOLERÂNCIA; 
CONTROLE: (MEDIDAS A SEREM ADOTADAS APÓS A COMPARAÇÃO); 
 
GHE (GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO): 
Os trabalhadores de um mesmo GHE devem: 
ATIVIDADES: EXECUTAR AS MESMAS ATIVIDADES. 
LOCAIS DE TRABALHO: DEVE SER O MESMO PARA TODOS. 
AGENTES DE RISCOS: “ESTAR EXPOSTOS” AO MESMO AGENTE DE RISCO. 
UTILIZAR OS MESMOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO. 
HORÁRIO DE TRABALHO: CUMPRIR A MESMA JORNADA DE TRABALHO. 
 
EMR (EXPOSIÇÃO DE MAIOR RISCO): 
É A ATIVIDADE DE MAIOR POTENCIAL E/OU COM MAIOR EXPOSIÇÃO AOS 
AGENTES DE RISCOS. 
EXPOSTO DE MAIOR RISCO DO GHE: 
PESSOA DE MAIOR POTENCIAL DE EXPOSIÇÃO É AQUELA QUE CUJA A 
FORMA DE EXECUTAR A(S) ATIVIDADE(S) FAZ COM QUE SEJA A PESSOA 
DE MAIOR EXPOSIÇÃO DO GRUPO. 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 6 
Capítulo 2: Riscos Ocupacionais 
Riscos Ocupacionais: 
Os riscos ocupacionais estão classificados da seguinte forma: 
 Riscos Físicos; 
 Riscos Químicos; 
 Riscos Biológicos; 
 Riscos Ergonômicos; 
 Riscos de Acidentes (Equipamentos / Materiais) 
 
 Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 
Tipos de Risco Físico Químico Biológico Ergonômico Acidentes 
Cor Verde 
Exemplo 
Ruído, 
Temperaturas 
Extremas, 
Pressões 
Anormais, 
Umidade, 
Radiações, 
Vibrações 
Poeira, 
Fumos, 
Névoas, 
Neblina, 
Gases, 
Vapores. 
Vírus, 
Bactérias, 
Fungos, 
Protozoários, 
Parasitas e 
Bacilos 
Levantamento 
e transporte 
manual de 
peso, 
Repetitividade, 
Posturas 
inadequadas 
de trabalho, 
monotonia, etc 
Iluminação 
Inadequada, 
Eletricidade, 
máquinas e 
equipamentos 
sem proteção, 
incêndio e 
exlosão, 
arranjo físico 
inadequado, 
etc 
 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 7 
NR-15 PORTARIA Nº 3214/78 DO MT: 
PERCENTUAIS DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: 
ANEXO DESCRIÇÃO PERCENTUAL 
1 RUÍDO CONTÍNUO E INTERMITENTE 20 % 
2 RUÍDO DE IMPACTO 20 % 
3 CALOR 20 % 
4 REVOGADO (ILUMINAÇÃO) XXX 
5 RADIAÇÕES IONIZANTES 40 % 
6 CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS (AR 
COMPRIMIDO) 
40 % 
7 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 20 % 
8 VIBRAÇÕES 20 % 
9 FRIO 20 % 
10 UMIDADE 20 % 
11 QUÍMICOS (AVALIAÇÃO QUANTITATIVA) 10%, 20% ou 40% 
12 POEIRAS MINERAIS 40 % 
13 e 13A QUÍMICOS (AVALIAÇÃO QUALITATIVA) 10%, 20% ou 40% 
14 AGENTES BIOLÓGICOS 20% e 40% 
 
Nota: No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas 
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vetada a 
percepção cumulativa. 
Por exemplo, o empregado trabalha em contato com dois agentes agressivos insalubres: 
ruído e radiação ionizante. O adicional de insalubridade correspondente para os agentes 
ruído e radiação ionizante é de 20% e 40% respectivamente. 
O empregado, nessa situação, receberá apenas o adicional de insalubridade de 40%. Não 
receberá os dois cumulativamente. Não receberá 20% + 40%. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 8 
Riscos Físicos 
São considerados riscos físicos as diversas formas de energia a que possam estar 
expostos os trabalhadores: 
 Ruídos ; 
 Vibrações ; 
 Radiações Ionizantes ; 
 Radiações Não-Ionizantes ; 
 PressõesAnormais ; 
 Umidade ; 
 Calor excessivo ; 
 Frio Excessivo ; 
RUÍDOS (NR-15 Anexos 1 e 2) 
É todo som indesejável. 
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem 
atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios 
prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da 
sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente 
ou gradualmente. 
Obs.: QUANTO MAIOR O NÍVEL DE RUÍDO, MENOR DEVERÁ SER O 
TEMPO DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL. 
 Ruído Contínuo ou intermitente 
 Ruído de Impacto 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 9 
RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE: 
A NR-15 Anexo 1 define que é todo aquele que não é de Impacto. 
Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) 
com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação 
"A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao 
ouvido do trabalhador. 
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos 
que não estejam adequadamente protegidos. 
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, 
contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, 
oferecerão risco GRAVE e IMINENTE. 
 
Serra circular elétrica de bancada Britadeira 
 
Limite de Tolerância: 
É a concentração ou a intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e 
o tempo de exposição ao agente, que NÃO causará dano à saúde do trabalhador 
durante sua vida laboral. 
Abaixo, veremos duas tabelas sendo uma criada pelo MTE (Norma 
Regulamentadora 15), e a segunda criada pela FUNDACENTRO (NHO). 
 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 10 
HORAS TEMPO DE 
EXPOSIÇÃO 
8 h 85 dB(A) 
4 h 90 dB(A) 
 2 h 95 dB(A) 
1 h 100 dB(A) 
30 min 105 dB(A) 
15 min 110 dB(A) 
7 min 115 dB(A) 
 
HORAS TEMPO DE 
EXPOSIÇÃO 
8 h 85 dB(A) 
4 h 88 dB(A) 
 2 h 91 dB(A) 
1 h 94 dB(A) 
30 min 97 dB(A) 
15 min 100 dB(A) 
7 min 103 dB(A) 
 
 
 
 
 
Criada pelo 
MTE 
Criada pela 
FUNDACENTRO 
Q → Taxa de duplicidade = 5 
Q → Taxa de duplicidade = 3 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 11 
RUÍDO DE IMPACTO: 
Segundo a NR-15 Anexo 2, entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta 
picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos 
superiores a 1 (um) segundo. 
Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível 
de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As 
leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância 
para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído 
existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. 
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, 
a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de 
resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta 
rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente. 
 
Bate estaca 
 
 
 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 12 
Ruído Contínuo 
 
Ruído de Impacto 
 
 
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÕES DE RUÍDOS: 
DECIBELÍMETROS 
 
 
 
80
90
dB
Tempo
70
Som de alta 
intensidade 
com duração 
menor que 1 s.
60
80
90
dB
Tempo
70
Som de alta 
intensidade 
com duração 
menor que 1 s.
60
80
90
dB
Tempo
70
60
Variação menor 
que 3 dB
80
90
dB
Tempo
70
60
Variação menor 
que 3 dB
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 13 
DOSÍMETROS 
 
 
O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando: 
- Fadiga nervosa; 
- Alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias; 
- Hipertensão; 
- Modificação do ritmo cardíaco; 
- Modificação do calibre dos vasos sanguíneos; 
- Modificação do ritmo respiratório; 
- Perturbações gastrointestinais; 
- Diminuição da visão noturna; 
- Dificuldade na percepção de cores. 
Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a 
perda temporária ou definitiva da audição. 
Fatores que influenciam na Perda Auditiva: 
 Nível de Intensidade (NIS) → NR-15 anexos 1 e 2 
 Tempo de Exposição ao Ruído 
 Frequência do Ruído 
 Suscetibilidade Individual 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 14 
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem 
ser adotadas as seguintes medidas: 
- Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; 
isolamento de ruído. 
- Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção 
individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na 
impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar. 
- Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de 
trabalho, revezamento. 
- Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de 
conscientização. 
- Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso. 
 
Enclausuramento da máquina produtora de ruído 
 
Protetor auricular de silicone Protetor auricular tipo concha 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 15 
 
Exame audiométrico Medição do canal auditivo 
 
Super ou Subproteção: 
A fórmula para o cálculo do ruído que chega a uma orelha protegida tem a função de 
selecionar a atenuação mais adequada para cada nível de exposição. 
A tabela a seguir, extraída de uma norma européia EN 458, sugere os níveis de 
intensidade de ruído que devem chegar à orelha protegida. 
 
Obs.: A superatenuação não oferece o risco direto de perda auditiva, mas sim o risco de 
limitar demasiadamente a audição do usuário a ponto de impedí-lo na identificação de 
sinais sonoros importantes para a sua segurança, tais como alarmes, máquinas em 
movimento etc., gerando um enorme potencial de acidentes. 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 16 
 
 
Protetor de Espuma Protetor de Espuma Protetor de Silicone 
Atenuação: 12 dB Atenuação: 15 dB Atenuação: 15 dB 
(NRRsf). CA12198 (NRRsf). CA5674 (NRRsf). CA11882 
 
VIBRAÇÕES (NR-15 Anexo 8) 
Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as 
quais podem ser nocivas ao trabalhador. 
A vibração é um movimento oscilatório de um corpo devido a forças desequilibradas de 
componentes rotativos e movimentos alternados de uma máquina ou um equipamento. 
Se o corpo vibra, descreve um movimento oscilatório e periódico, envolvendo 
deslocamento em um certo tempo. Teremos, então, envolvidas no movimento, uma 
velocidade, uma aceleração e uma freqüência (número de ciclos completos por minuto). 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 17 
Unidades de Medida: 
Como a vibração é um movimento oscilatório, para sua quantificação pode-se utilizar os 
parâmetros deslocamento, velocidade e aceleração. Para efeito de higiene ocupacional, a 
avaliação da vibração será feita por meio de aceleração em m/s
2
 ou em dB. Para 
aceleração de vibração, o decibel será obtido conforme a fórmula abaixo: 
dB = 20 log a 
 a
0
 
Onde: a = aceleração avaliada (m/s
2
) e a
0 
=aceleração de referência (10
-6
 m/s
2
) 
 
Classificação das Vibrações: 
As vibrações podem ser: 
 Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas 
manuais elétricas e pneumáticas. 
Consequências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações 
das mãos e braços;osteoporose (perda de substância óssea). 
 Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de 
grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. 
Consequências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares. 
 
 
Lixadeira Furadeira parafusadeira pneumática 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 18 
 
Motorista de ônibus Motorista de trator 
 
MEDIDORES DE VIBRAÇÕES 
 
 
Critério Legal - Segundo a NR-15 – Anexo 8 
1. As atividades e operações que exponham os trabalhadores, sem a proteção adequada, 
às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres, 
através de perícia realizada no local de trabalho. 
2. A perícia, visando à comprovação ou não da exposição, deve tomar por base os 
limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a Normalização – 
ISO, em suas normas ISO 2631(avaliação de vibração de corpo inteiro) e ISO/DIS 5349 
(avaliação de vibração de mão e braço) ou suas substitutas. 
 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 19 
2.1. Constarão obrigatoriamente do laudo da perícia: 
a. O critério adotado; 
b. O instrumental utilizado; 
c. A metodologia de avaliação; 
d. A descrição das condições de trabalho e o tempo de exposição às vibrações; 
e. O resultado da avaliação quantitativa; 
f. As medidas para eliminação e/ou neutralização da insalubridade, quando houver. 
3. A insalubridade, quando constatada, será de grau médio. 
Critério da Comunidade Européia – Vibração de Corpo Inteiro 
A diretiva 2002/44/EC estabelece os seguintes níveis de exposição para vibração de 
corpo inteiro: 
0,5 m/s
2
 ou 9,1 VDV** - Nível de ação 
1,15 m/s
2
 ou 21,0 VDV** - Limite de Exposição para jornada de 8 (oito) horas* 
* A avaliação da exposição à vibração do corpo inteiro baseia-se na determinação da 
exposição diária A(8) expressa pela aceleração equivalente para um período 
normalizado de 8 horas, obtida a partir da maior parcela dos valores eficazes ou a 
parcela mais elevada do valor de dose da vibração (VDV), das acelerações ponderadas 
em frequência segundo os três eixos ortogonais para trabalhadores sentados ou em pé, 
conforme capítulos 5, 6 e 7 e Anexos A e B da ISO 2631-1(1997). 
** Valor de dose da vibração, parâmetro a ser utilizado conforme ISO 2631-1(1997), 
quando houver presença de picos ou choques significativos. 
 
 
 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 20 
Equipamento/local de medição: 
Os equipamentos de medição de vibração geralmente são compostos das seguintes 
partes: um transdutor ou pick-up, um dispositivo amplificador (elétrico, mecânico ou 
óptico) e um indicador ou registrador de amplitude. O equipamento fornecerá a 
magnitude de uma vibração, isto é, a aceleração deve ser expressa por um valor médio 
de raiz quadrada (rms) em cada eixo x, y e z, pelos valores de pico bem como pela 
aceleração resultante nos três eixos. 
A vibração deverá ser avaliada no seu ponto de entrada no corpo humano (ou seja, na 
superfície do corpo), e não na estrutura (por exemplo, na estrutura de um assento 
almofadado), o que pode transformar a vibração antes de atingir o corpo humano. As 
medições da vibração devem ser executadas tão próximo quanto possível do ponto ou 
da área em que a vibração é transmitida ao corpo. 
Se um homem está em pé em um piso, sobre uma plataforma, sem qualquer matéria 
amortecedora entre o corpo e a estrutura suporte, então o transdutor de medição deverá 
ser preso a esta estrutura. Se houver um material amortecedor entre o corpo e a estrutura 
vibratória, é permissível a colocação de um transdutor rígido (por exemplo, uma folha 
de metal fina adequadamente perfilada) entre o sujeito e a almofada. Se não for possível 
se medir a vibração no ponto de entrada no ser humano dessa forma, então as 
características de transmissão do elemento amortecedor devem ser determinadas e 
levadas em consideração no cálculo real da vibração transmitida ao corpo. 
Critério da Comunidade Européia – Vibração de Mãos e Braços 
A diretiva n. 2002/44/EC estabelece os seguintes níveis de exposição para vibração de 
mãos e braços: 
2,5 m/s
2
 - Nível de ação 
5,0 m/s
2
 - Limite de Exposição para jornada de 8 (oito) horas 
Nota: Valor normalizado para oito horas, expresso pela raiz quadrada da soma dos 
quadrados dos valores da aceleração ponderada em freqüência, rms, segundo os eixos x, 
y, z, conforme procedimentos e metodologias definidos pela ISO 5349:2001, partes 1 e 
2. 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 21 
Equipamento/local de medição: 
O equipamento de medição de vibração geralmente consiste em um transdutor, um 
dispositivo amplificador e um indicador de registrador de amplitude ou nível. As 
medições nos três eixos devem ser feitas na superfície das mãos, nas áreas claramente 
relatadas, onde a energia entra no corpo. Se a mão do indivíduo está em contato direto 
com a superfície vibrante do punho do cabo, o transdutor deve ser fixado na estrutura 
vibratória. Se a magnitude de vibração varia significativamente entre diferentes partes 
do cabo, então o valor máximo de um ponto que esteja em contato com a mão deve ser 
registrado. Se um elemento elástico está sendo usado entre a mão e a estrutura vibratória 
(por exemplo, punho almofadado) é permitido o uso de um suporte adequado entre a 
mão e a superfície do material elástico. 
A medição de vibração deve ser realizada de acordo com os procedimentos e a 
instrumentação especificados na norma ISO 5349. Esse instrumento deve ser capaz de 
determinar a aceleração “rms” ponderada nos eixos x, y e z em m/s2, sendo a aceleração 
de maior magnitude a base da avaliação ocupacional. O acelerômetro deverá ser 
posicionado no ponto em que a vibração entra na mão (ponto de acoplamento). 
RADIAÇÕES (NR-15 Anexos 5 e 7) 
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das 
radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. 
O espectro eletromagnético engloba desde a radiação ionizante de grande energia, com 
freqüências elevadas e comprimentos de onda menores, a radiações não ionizantes, com 
baixas freqüências e comprimentos de onda maiores. 
A região não ionizante do espectro eletromagnético é aquela em que a energia das 
partículas incidentes é insuficiente para desalojar elétrons dos tecidos do corpo humano. 
À medida que diminui o nível de energia das partículas incidentes, cessa a ionização. 
Conforme informado acima, as radiações podem ser classificadas em dois grupos: 
 Radiações ionizantes – As radiações ionizantes englobam: raios-X, raios-Y, 
partículas α, β e Nêutrons. Ex.: Os operadores de raios-X e radioterapia estão 
freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou 
se manifestar nos descendentes das pessoas expostas. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 22 
 Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação 
infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica, 
radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda 
raios laser, micro-ondas. 
Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras,lesões na 
pele, etc. 
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome: 
 Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo 
protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: 
pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x). 
 Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: 
avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para operadores 
de forno). 
Ocorrências: 
As radiações ionizantes são amplamente utilizadas na medicina para diagnóstico médico 
e odontológico e tratamento de doenças, e em atividades industriais para medição de 
nível de silos, análises laboratoriais, radiografia industrial, entre outros. 
Quanto as radiações não ionizantes a principal fonte natural é o sol, e as artificiais são: 
lâmpadas de vapor de mercúrio, de hidrogênio e deutério, arcos de soldagem, lâmpadas 
incandescentes, fluorescentes e mistas. 
Outras radiações não ionizantes, como micro-ondas e radiofrequências se produzem de 
forma natural, principalmente pela eletricidade atmosférica, que é estática, embora de 
intensidade muito baixa. As fontes de M.O. e RF artificiais podem estar presentes nas 
estações de rádio e televisão, nos radares e nos sistemas de telecomunicações, além de 
nos fornos de micro-ondas e nos equipamentos utilizados em processos de soldagem, 
fusão e esterilização. 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 23 
 
biombo protetor para Sala de RX EPI para soldador 
operação em solda 
 
MEDIDORES DE RADIAÇÕES 
 
Detector de fontes Dosímetro e detector Dosímetro pessoal – 
radiação Alfa, Beta de radiação Gama e Monitora e mede a dose 
e gama doses de raio-x pessoal equivalente de 
 raio-x e raio gama 
PM 5000 – Detector do tipo Portal 
 
Baseado em monitores de radiação fixos para monitorar pedestres. São usualmente 
instaladas em empresas que produzem materiais radiativos e nucleares, na alfândega, e 
zonas de fronteira, para monitorar transporte de materiais radioativos em áreas restritas. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 24 
Conpass – Scanner de Corpo Inteiro 
 
Detector para inspeção pessoal onde as pessoas não percam tempo é um grande 
diferencial de segurança que está sendo amplamente empregado em aeroportos, portos e 
estações ferroviárias. 
Principais características do produto: 
- O Conpass possui uma tecnologia inovadora que permite um scanneamento completo 
do corpo usando doses mínimas ( próximas de zero ) de Raios-X não afetando a saúde. 
- Proporciona um aumento considerável na velocidade do processo de segurança devido 
à eficiência do seu funcionamento. 
- Torna possível enxergar o que está escondido embaixo de roupas e de peças protéticas 
(próteses de pernas, braço, etc). 
MEDIDAS DE CONTROLE DAS RADIAÇÕES: 
Para as radiações ionizantes: 
 Controle da distância entre o trabalhador e a fonte; 
 Blindagem; 
 Limitação de tempo de exposição; 
 Impedir que fontes radioativas atinjam vias de absorção do organismo; 
 Sinalização; 
 Controle Médico; 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 25 
 Uso de barreiras; 
 Limpeza adequada do ambiente de trabalho. 
Para as radiações não ionizantes (Micro-ondas, Laser e Ultravioleta): 
 Micro-ondas: 
 Enclausuramento das fontes; 
 Uso de barreiras; 
 Sinalização; 
 Exames médicos; 
 Laser: 
 EPI: protetores para os olhos, luvas protetoras, roupas; 
 Blindagem; 
 Sinalização; 
 Treinamento; 
 Ultravioleta: 
 Uso de barreiras; 
 Exames Médicos; 
 EPI´s, tais como óculos com lentes filtrantes, roupas apropriadas para 
proteção do braço, tórax, mãos e outros. 
 
 
 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 26 
TEMPERATURAS EXTREMAS 
CALOR EXCESSIVO (NR-15 Anexo 3): 
Forma de energia que se transfere de um sistema para outro em virtude de uma 
diferença de temperatura entre os mesmos. 
Quando o trabalhador está exposto a uma ou várias fontes de calor, ocorrem as 
seguintes trocas térmicas entre o ambiente e o organismo: 
- Condução/Convecção – C 
- Radiação – R 
- Evaporação – E 
- Metabolismo – M 
a) Condução: É o processo de transferência de calor que ocorre quando dois corpos 
sólidos ou fluidos que não estão em movimento, em diferentes temperaturas, são 
colocadas em contato. O calor do corpo de maior temperatura se transfere para o de 
menor até que ocorra um equilíbrio térmico, isto é, quando as temperaturas dos corpos 
se igualam. 
Ex.: Aquecimento de uma barra de ferro. 
b) Convecção: É o processo de transferência de calor idêntico ao anterior, só que, neste 
caso, a transferência de calor se realiza através de fluido em movimento. 
Ex.: Aquecimento de um becker com água. 
c) Radiação: Quando há transferência de calor sem suporte material algum, o processo é 
denominado radiação. A energia radiante passa através do ar sem aquecê-lo 
apreciavelmente e aquecerá a superfície atingida. A energia radiante passa através do 
vácuo ou de outros meios a uma velocidade que depende do meio. 
Ex.: Radiação emitida por um forno elétrico. 
d) Evaporação: É o processo de passagem de um líquido, a determinada temperatura, 
para a fase gasosa, passando, portanto, para o meio ambiente. Não é necessário 
diferença de temperatura para desenvolvimento do processo. O calor transferido desta 
forma é denominado calor latente, diferenciando-se assim do que se transmite através de 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 27 
variação de temperatura, que é chamado calor sensível. No fenômeno de evaporação, o 
líquido retira o calor do sólido para passar o vapor, podendo-se portanto, afirmar que o 
sólido perdera calor para o meio ambiente por evaporação. 
Ex.: Suor emanado após uma atividade física (jogar voleibol) 
Equilíbrio Homeotérmico 
Os mecanismos de termorregulação do organismo tem como finalidade manter a 
temperatura interna do corpo constante, e é evidente que haja um equilíbrio entre a 
quantidade de calor gerado no corpo e sua transmissão para o meio ambiente. A 
equação que descreve o estado de equilíbrio se denomina balanço térmico: 
 S = M + C + R – E 
Onde: 
S = Calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica) 
M = Calor produzido pelo metabolismo 
C = Calor ganho ou perdido por condução – Convecção 
R = Calor ganho ou perdido por radiação 
E = Calor perdido por evaporação 
Fatores que influenciam nas trocas térmicas entre o ambiente e o organismo: 
Entre os inúmeros fatores que influenciam nas trocas térmicas, cinco principais devem 
ser considerados na quantificação da sobrecarga térmica: 
 Temperatura do ar; 
 Umidade relativa do ar; 
 Velocidade do ar; 
 Calor radiante; 
 Tipo de atividade. 
Atividades nas quais o calor é encontrado: 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 28 
 Siderurgias ; 
 Fundição ; 
 Indústria do Vidro ; 
 Indústria Têxtil ; 
 Padarias ; 
Efeitos do calor no organismo: 
Altas Temperaturas podem provocar: 
 Desidratação ; 
 Ativação das glândulas sudoríparas ; 
 Câimbras ; 
 Fadiga Física ; 
 Insolação ; 
 Choque térmico ; 
 Problemas cardiocirculatórios ; 
Limites de Tolerância para exposição ao Calor: 
O anexo 3 da NR-15, Portaria n. 3.214, estabelece os limites de tolerância para 
exposição ao calor para o IBUTG (Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo) 
definido pelas equações que se seguem: 
 Ambientes internos ou externos sem carga solar: 
IBUTG = 0,7Tbn + 0,3 Tg 
 Ambientes externos com carga solar: 
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,1 Tbs + 0,2 Tg 
 
Onde: 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 29 
Tbn = temperatura de bulbo úmido natural 
Tg = temperatura de globo 
Tbs = temperatura de bulbo seco 
Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido 
natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. 
As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da 
região do corpo mais atingida. 
Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos 
legais. 
Quadro 1 – Valores aceitáveis de IBUTG (º C): 
Atividade Leve Moderada Pesada 
Trabalho Contínuo Até 30,0 ºC Até 26,7 ºC Até 25,0 ºC 
45 min Trabalho 
15 min Descanso 
30,1 a 30,6 ºC 26,8 a 28,0 ºC 25,1 a 25,9 ºC 
30 min Trabalho 
30 min Descanso 
30,7 a 31,4 ºC 28,1 a 29,4 ºC 26,0 a 27,9 ºC 
15 min Trabalho 
45 min Descanso 
31,5 a 32,2 ºC 29,5 a 31,1 ºC 28,0 a 30,0 ºC 
Não é permitido 
Trabalho sem 
Medida de Controle 
Acima de 32,2 ºC Acima de 31,1 ºC Acima de 30,0 ºC 
 
 
 
Quadro 2 – Taxa de Metabolismo x Máximo de IBUTG: 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 30 
M (Kcal/h) Máximo IBUTG 
175 30,5 
200 30,0 
250 28,5 
300 27,5 
350 26,5 
400 26,0 
450 25,5 
500 25,0 
 
Quadro 3 – Taxas de Metabolismo por tipo de atividade: 
Tipo de Atividade Kcal/h 
Sentado em Repouso 100 
Trabalho Leve 
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia) 
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir) 
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços 
 
125 
150 
150 
Trabalho Moderado 
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 
 
180 
175 
220 
300 
Trabalho Pesado 
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá) 
Trabalho Fatigante 
 
440 
550 
 
M: É a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte 
fórmula: 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 31 
M = Mt x Tt + Md x Td 
 60 
Mt: taxa de metabolismo no local de trabalho. 
Tt: soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. 
Md: taxa de metabolismo no local de descanso. 
Td: soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. 
 
Medidas de Controle relativas ao homem: 
 Aclimatização: Constitui na adaptação fisiológica do organismo a um ambiente 
quente. A perda de cloreto de sódio pela sudorese será menor no indivíduo 
aclimatizado, ou seja, quando ocorre o equilíbrio dos sais minerais nas células 
do corpo. 
 Limite do Tempo de Exposição: Consiste em adotar um período de descanso, 
visando a reduzir a sobrecarga térmica a níveis compatíveis com o organismo 
humano. 
 Exames Médicos: Recomenda-se a realização de exames médicos pré-
admissionais com a finalidade de detectar possíveis problemas de saúde que 
possam ser agravados com a exposição ao calor, tais como: problemas 
cardiocirculatórios, deficiências glandulares (principalmente glândulas 
sudoríparas), problemas de pele, hipertensão, etc. Exames periódicos também 
devem ser realizados com a finalidade de promover um contínuo 
acompanhamento dos trabalhadores expostos ao calor, a fim de identificar 
estados patológicos em estágios iniciais. 
 Equipamentos de proteção individual: Existe no mercado uma grande variedade 
de EPI´s para os mais diversos usos e finalidades. As vestimentas dos 
trabalhadores devem ser confeccionadas com tecido leve e de cor clara. Para 
situações de exposições críticas, existem diversos tipos de vestimentas para o 
corpo inteiro, sendo que algumas possuem sistema de ventilação acoplado. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 32 
 Educação e treinamento: A orientação quanto à prática correta de suas tarefas 
pode, por exemplo, evitar esforços físicos desnecessários ou longos tempos de 
permanência próximos à fonte. Deve-se conscientizar o trabalhador sobre o risco 
que representa a exposição ao calor intenso, educando-o quanto ao uso correto 
dos equipamentos de proteção individual, alertando-o sobre a importância de 
asseio pessoal e promovendo a utilização e a manutenção correta das medidas de 
proteção no ambiente. 
 
FRIO EXCESSIVO (NR-15 Anexo 9): 
As atividades ou operações executadas no interior de câmeras frigoríficas, ou em locais 
que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a 
proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção 
realizada no local de trabalho. 
Fatores que influenciam nas trocas térmicas entre o ambiente e o organismo: 
Conforme demonstrado anteriormente no item calor, as trocas térmicas entre o 
organismo e o ambiente dependem da: 
 Temperatura do ar; 
 Velocidade do ar; 
 Variação do calor radiante; 
Estes fatores influenciam no equilíbrio homeotérmico do corpo segundo a seguinte 
equação: 
S = M + C + R – E 
Onde: 
S = Calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica) 
M = Calor produzido pelo metabolismo 
C = Calor ganho ou perdido por condução – Convecção 
R = Calor ganho ou perdido por radiação 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 33 
E = Calor perdido por evaporação 
O desequilíbrio térmico (exposição ao frio), segundo a equação anterior, se apresentará 
quando o valor de S for inferior a zero, ou seja, quando o corpo estiver perdendo calor 
para o ambiente, podendo ocorrer a hipotermia. 
O aspecto mais importante na hipotermia, que poderá trazer a morte é a queda da 
temperatura profunda do corpo. Deve-se proteger os trabalhadores da exposição ao frio, 
de modo que a temperatura profunda do corpo não caia a menos de 36,0 ºC. 
A exposição ao frio intenso é ainda encontrada em diversos tipos de indústrias que 
possuem e utilizam câmaras frigoríficas. Entre essas, incluem-se a indústria alimentícia 
e de enlatados, a de beneficiamento de pescados, fábricas de sorvetes, etc. 
Efeitos do frio no organismo: 
Além da hipotermia, vários outros estados patológicos, conhecidos como lesões do frio, 
podem afetar o trabalhador. Entre eles, destacam-se: 
 Feridas ; 
 Enregelamento: ficar congelado ; 
 Agravamento de doenças reumáticas ; 
 Predisposição para doenças das vias respiratórias. 
 Rachaduras e necrose na pele ; 
 Predisposição para acidentes ; 
Medidas de Controle relativas ao homem: 
 Aclimatização: É uma medida que, para a exposição ao frio, não foi ainda muito 
estudada, mas sabe-se que alguns indivíduos conseguem respostas 
termorreguladoras satisfatórias, quando gradualmente são expostos a ambientes 
frios, ou seja, segundo determinados gradientes térmicos e sob controle de 
velocidade do ar, alguns indivíduos têm boa adaptação. 
 Vestimentas de trabalho: É necessário que o isolamento do corpo pela 
vestimenta de trabalho seja satisfatório e que a camada de ar compreendida entre 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 34 
a pele e a roupa elimine parcialmente a transpiração para que haja uma troca 
regular de temperatura. 
 Regime de trabalho: Quando a exposição ao frio é intensa, o trabalhador deve ter 
em mente que será necessário intercalar períodos de descanso em local 
termicamente superior ao frio, de forma a manter uma respostatermorreguladora 
satisfatória do corpo humano. 
 Exames Médicos: Na seleção de pessoal para execução de trabalhos em locais de 
frio intenso deve-se realizar exames médicos pré-admissionais para se conhecer 
o histórico ocupacional do indivíduo e saber se ele é portador de diabetes, 
epilepsia, se é fumante, alcoólatra, ou se já sofreu lesões por exposição ao frio, 
ou se apresentam problema no sistema circulatório, etc. Rotineiramente, deverão 
ser realizados exames médicos periódicos para controle e verificação com 
antecedência de problemas ou ruídos da exposição ao frio. 
 Educação e treinamento: Todo trabalhador que for executar atividades sob frio 
intenso deverá ser instruído sobre o risco de atividades nessas condições, bem 
como ser treinado quanto ao uso de proteções adequadas (vestimentas, luvas, 
etc.) e a rotinas de trabalho (tempo/local de trabalho x tempo/local de descanso). 
 
 
 
 
 
 
 
MEDIDORES DE TEMPERATURAS 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 35 
 
 
 
 
PRESSÕES ANORMAIS (NR-15 Anexo 6) 
São pressões ambientais, que podem estar acima ou abaixo das pressões normais, ou 
seja, da pressão atmosférica a qual estamos expostos. 
Podem ser classificadas em dois grupos: 
Baixas Pressões – São as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem 
com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os 
trabalhadores expostos a este risco. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 36 
Altas Pressões - São as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem 
em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, 
caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. 
A exposição a pressões anormais, pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento 
de pressão for brusco, e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos e 
morte. 
Tubulão de ar comprimido: em escavações abaixo do lençol freático. A pressão acima 
do normal é para evitar infiltração de água e instabilidade da escavação. 
 
Construção Civil – Tubulão, camisa de concreto armado em ambiente hiperbárico 
Caixão pneumático: compartimentos estanques para realizar trabalhos submersos: fundo 
dos mares, rios e represas. Usado na construção de pontes e barragens. 
 
Mergulhador realizando corte e solda submarina 
 
 
 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 37 
UMIDADE (NR-15 Anexo 10) 
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com 
umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são 
situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações 
realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle. 
A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho respiratório, 
quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras. 
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de 
proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação 
de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como 
o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em 
galvanoplastia, cozinha, limpeza, etc). 
 
MEDIDORES DE UMIDADE: TERMO-HIGRÔMETRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 38 
Riscos Químicos 
Riscos Químicos (NR-15 Anexos 11, 12 e 13): 
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que 
possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória (inalação), pelo 
contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele (absorção cutânea) ou por 
ingestão. 
 Gases (Ex.: Hidrogênio, Nitrogênio e Oxigênio) ; 
 Vapores (Ex.: Vapor de gasolina, Vapor de água) ; 
 Poeiras (Ex.: Poeira de Sílica, Carvão e asbesto) ; 
 Fumos (Ex.: Fumos de Pb – Solda); 
 Névoas e Neblinas (Ex.: Névoa de tinta – resultante de pintura à pistola ; 
 Fibras (Animal – Lã, seda, pelo de cabra e camelo / Vegetal – Algodão e linho / 
Mineral – Vidros e Cerâmica). 
Inalação: 
Constitui a principal via de ingresso de tóxicos, já que a superfície dos alvéolos 
pulmonares representa, no homem adulto, uma grande superfície. 
Esta grande superfície facilita a absorção de gases e vapores, os quais podem passar ao 
sangue, para serem distribuídos a outras regiões do organismo. 
Alguns sólidos e líquidos ficam retidos nestes tecidos, podendo produzir uma ação 
localizada, ou dissolvem-se para serem distribuídos através do aparelho circulatório. 
Sendo o consumo de ar de 10 a 20 Kg diários, dependendo do esforço físico realizado é 
fácil chegar a conclusão que mais de 90% das intoxicações generalizadas tenham esta 
origem. 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 39 
Absorção Cutânea: 
Quando uma substância de uso industrial entra em contato com a pele, podem acontecer 
as seguintes situações: 
 A pele e a gordura protetora podem atuar como uma barreira protetora efetiva. 
 O agente pode agir na superfície da pele, provocando uma irritação primária. 
 A substância química pode combinar com as proteínas da pele e provocar uma 
sensibilização. 
 O agente pode penetrar através dela, atingir o sangue e atuar como um tóxico 
generalizado. 
Apesar destas considerações, normalmente a pele é uma barreira bastante efetiva para os 
diferentes tóxicos, e são poucas as substâncias que conseguem ser absorvidas em 
quantidades perigosas. 
Ingestão: 
Representa apenas uma via secundária de ingresso de tóxicos no organismo, já que 
nenhum trabalhador ingere, conscientemente, produtos tóxicos. 
Isto pode acontecer de forma acidental ou ao engolir partículas que podem ficar retidas 
na parte superior do trato respiratório ou ainda ao inalar substâncias em forma de pós ou 
fumos. 
Efeito produzido no organismo por um tóxico 
A intoxicação pode ser dividida em: 
 Aguda: Exposição curta em altas concentrações produzidas por substâncias 
rapidamente absorvida pelo organismo. 
 Crônica: Exposição repetida a pequenas concentrações. Tem efeito acumulativo 
no organismo. 
 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 40 
Classificação dos Agentes Químicos: 
Podem ser classificados pela forma com que se apresentam e pelos efeitos no 
organismo. 
 Pela forma: Tomar como referência a forma na qual o agente químico se 
apresenta no ambiente. Esta classificação inclui somente agentes químicos 
ambientais, isto é, aqueles que estão em suspensão ou dispersos no ar. 
 Pelos efeitos no organismo: É baseada nos efeitos produzidos no organismo, isto 
é, uma ação fisiopatológica. 
Classificação pela forma: Aerodispersóides, gases e vapores. 
 Aerodispersóides: É uma dispersão de partículas sólidas ou líquidas, de tamanho 
máximo entre 100 µm e 200 µm. 
 Névoa ; (particulado líquido) 
 Neblina ; (particulado líquido) 
 Poeira ; (particulado sólido) 
 Fumos metálicos; (particulado sólido) 
 Fibras; (particulado sólido) 
Névoas e Neblinas: São partículas líquidas, produzidas por ruptura mecânica de líquido 
ou por condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente. 
Ex.: Névoa de tinta – Resultante de pintura à pistola 
Poeiras: São partículas sólidas produzidas pela ruptura mecânica de um sólido, seja pelo 
simples manuseio (limpeza de bancadas) ou em consequência de uma operação 
mecânica (trituração, moagem, peneiramento, polimento, entre outras). 
Ex.:Poeira de Sílica, asbesto e carvão. 
Fumos: São partículas sólidas resultantes da condensação de vapores ou de uma reação 
química, geralmente após a volatilização de metais fundidos. 
Ex.: Fumos de Pb – ponteamento de arames / Fumos de Zn - Galvanoplastia 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 41 
Fibras: São partículas sólidas produzidas por ruptura mecânica de sólidos, que 
diferenciam-se das poeiras por que tem forma alongada, com um comprimento de três a 
cinco vezes superior a seu diâmetro. 
Ex.: Animal (seda), Vegetal (Algodão) e Mineral (Asbesto) 
 Gases: É a denominação dada a uma substância que, em condições normais de 
temperatura e pressão (25 ºC e 760 mmHg), está no estado gasoso. 
Ex.: Hidrogênio, Oxigênio e Nitrogênio 
 Vapor: É a fase gasosa de uma substância que, a 25 ºC e 760 mmHg, é líquida 
ou sólida. 
Ex.: Vapor de água, vapor de gasolina 
 
Classificação pelos efeitos no organismo: 
 Irritantes ; 
 Pneumoconióticos ; 
 Tóxicos sistêmicos ; 
 Anestésicos ou narcóticos; 
 Cancerígenos; 
Alguns símbolos de Riscos Químicos 
 
 Inflamável Tóxicos Corrosivos Oxidantes 
 
 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 42 
 
 Nocivos Explosivos 
 
DIAMANTE DE HOMMEL – ROTULAGEM DE RISCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estas informações normalmente são apresentadas nas FISPQs. 
 
Risco de FogoRisco de Fogo
(temperatura de inflama(temperatura de inflamaçção)ão)
4 Abaixo de 224 Abaixo de 22ºº CC
3 Abaixo de 383 Abaixo de 38ºº CC
2 Abaixo de 942 Abaixo de 94ºº CC
1 Acima de 941 Acima de 94ºº CC
0 Não Inflam0 Não Inflamáávelvel2
3
ReaReaççãoão
4 Pode explodir4 Pode explodir
3 Choque e calor 3 Choque e calor 
podem detonarpodem detonar
2 Rea2 Reaçção quão quíímica mica 
violentaviolenta
1 Inst1 Instáável com vel com 
caloriacaloria
0 Est0 Estáávelvel
Risco de VidaRisco de Vida
4 Mortal4 Mortal
3 Extremamente Perigoso3 Extremamente Perigoso
2 Perigoso2 Perigoso
1 Pequeno Risco1 Pequeno Risco
0 Material Normal0 Material Normal
0
ACID
RiscoRisco
EspecEspecííficofico
OxidanteOxidante OXYOXY
ÁÁcidocido ACIDACID
ÁÁlcalislcalis ALKALK
CorrosivoCorrosivo CORCOR
Não use Não use ááguagua WW
RadioativoRadioativo
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 43 
4 - Mortal (ex: Cloro gás) 
3 - Extremamente Perigoso (ex: Ácido Clorídrico) 
2 - Perigoso (ex: Hidróxido de Sódio (Soda Cáustica)) 
1 - Pequeno Risco (ex: Óleo Lubrificante) 
0 - Material Normal (ex: Parafina) 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 - Abaixo de 22ºC (ex: Gasolina, Álcoois) 
3 - Abaixo de 38ºC (ex: Solvente, Querosene) 
2 - Abaixo de 94ºC (ex: Óleo Mineral) 
1 - Acima de 94ºC (ex: Glicerina) 
0 - Não inflamável (ex: Perlita) 
 
 
 
 
 
Risco de VidaRisco de Vida
4 Mortal4 Mortal
3 Extremamente Perigoso3 Extremamente Perigoso
2 Perigoso2 Perigoso
1 Pequeno Risco1 Pequeno Risco
0 Material Normal0 Material Normal
0
Ex.: Material NormalEx.: Material Normal
Ex.: Abaixo de 94Ex.: Abaixo de 94ºº CC
Risco de FogoRisco de Fogo
(temperatura de inflama(temperatura de inflamaçção)ão)
4 Abaixo de 224 Abaixo de 22ºº CC
3 Abaixo de 383 Abaixo de 38ºº CC
2 Abaixo de 942 Abaixo de 94ºº CC
1 Acima de 941 Acima de 94ºº CC
0 Não Inflam0 Não Inflamáávelvel2
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 44 
4 - Pode explodir (ex: Fluxo 5-89*) 
3-Choque e calor podem detonar (ex: Eloxy 17*) 
2 - Reação Química violenta (ex: Ácido Sulfúrico com Soda Cáustica) 
1 - Instável com caloria (ex: Abrilhantador*) 
0 - Estável (ex: Areia tratada) 
 
 
 
 
 
OXY - Oxidante: Armazenar longe de produtos inflamáveis e combustíveis 
Ex: Cloro gás, Peróxido de Hidrogênio (Água oxigenada). 
 
ACID - Ácido: pH < 7 ALK - Alcalino: pH > 7 
Ex: Ácido Clorídrico Ex: Barrilha (Hidróxido de Cálcio) 
pH 
Definição: É uma escala que varia de 0 à 14 e que define a basicidade e acidez de um 
produto químico. 
COR - Corrosivo: Cuidado ao manusear 
Ex: Soda Cáustica, Ácidos 
Ex.: Choque e calor Ex.: Choque e calor 
podem detonarpodem detonar
ReaReaççãoão
4 Pode explodir4 Pode explodir
3 Choque e calor 3 Choque e calor 
podem detonarpodem detonar
2 Rea2 Reaçção quão quíímica mica 
violentaviolenta
1 Inst1 Instáável com vel com 
caloriacaloria
0 Est0 Estáávelvel
3
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Riscos Biológicos 
Riscos Biológicos (NR-15 Anexo 14): 
Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o 
homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem 
o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 46 
pública (coleta de lixo), laboratórios, esgoto, ambulatórios, IML, etc.. A avaliação 
realizada para este tipo de insalubridade é a qualitativa. 
 Vírus ; 
 Bactérias ; 
 Parasitas ; 
 Protozoários ; 
 Fungos ; 
 Bacilos. 
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se: 
tuberculose, malária, febre amarela. 
Insalubridade de Grau Máximo: 
Trabalho ou operações, em contato permanente com: 
 Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de 
seu uso, não previamente esterilizados ; 
 Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais 
portadores de doenças infecto-contagiosas (carbunculose, brucelose, 
tuberculose) ; 
 Esgotos (galerias e tanques); e 
 Lixo urbano (coleta e industrialização). 
Insalubridade de Grau Médio: 
Trabalho e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material 
infecto-contagiante, em: 
 Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de 
vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana 
(aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como 
aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não esterilizados) ; 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 47 
 Hospitais ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos 
destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal 
que tenha contato com tais animais) ; 
 Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e 
outros produtos ; 
 Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão só ao pessoal 
técnico) ; 
 Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente 
ao pessoal técnico) ; 
 Cemitérios (exumação de corpos) ; 
 Estábulos e cavalariças; e 
 Resíduos de animais deteriorados. 
 
Medidas Preventivas de Controle: 
Nem sempre as medidas de controle são totalmente eficientes no controle da exposição. 
Contudo, a adoção de medidas pode minimizar os riscos. Entre as quais, destacam-se: 
 Uso de luvas ao manipular objetos contaminados, secreções, excreções, sejam 
humanas, sejam animais ; 
 Lavar as mãos após o contato com todo e qualquer paciente ou animal ; 
 Usar botas nos serviços em cemitérios, cavalarias e estábulos ; 
 Instruir o empregado quanto ao melhor manuseio de um animal ; 
 Usar máscaras faciais no contato com pacientes com doenças transmissíveis por 
gotículas de saliva ; 
 Uso de material sempre descartável ou esterilizado ; 
 Observar sempre as normas de Vigilância Sanitária.Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Riscos Ergonômicos 
Ergonomia (Conceitos): 
 É o estudo científico de adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de 
trabalho as capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do 
homem, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 49 
 É o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e 
ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, 
fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento. 
As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e 
descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do 
posto de trabalho e à própria organização do trabalho. 
A Ergonomia se preocupa com a saúde dos trabalhadores. 
Segundo a NR-17, a ergonomia consiste em adaptar o ambiente de trabalho às 
condições psicofisiológicas dos trabalhadores. 
Para se falar em ergonomia, primeiramente é necessário entender alguns conceitos como 
biomecânica, psicologia e fisiologia. 
 Biomecânica: Estuda os movimentos corporais e envolve geralmente a parte 
óssea, muscular e os nervos pertinentes tais como altura dos postos de trabalho, 
flexão muscular, levantamento de peso e outros. 
 Psicologia: Ciência que estuda a saúde mental das pessoas. 
As dificuldades de lidar com as pressões do dia-a-dia como por exemplo, problemas 
financeiros, familiares, no trânsito, além da violência urbana, mau relacionamento com 
colegas de trabalho ou chefes possibilitam o aparecimento do estresse, gerando a 
redução da qualidade de vida com reflexos altamente negativos para seu desempenho no 
trabalho. 
 Fisiologia: Se preocupa com o correto funcionamento dos órgãos vitais. 
É possível perceber claramente que quando se fala em fisiologia, alguns aspectos muito 
importantes não podem ser deixados de lado como por exemplo, os níveis de 
iluminamento. 
Apesar de muitas vezes a importância desse aspecto não ser facilmente discernível, os 
níveis de iluminamento tanto no ambiente de trabalho quanto nas áreas comuns de 
vivência influenciam diretamente no cansaço precoce dos trabalhadores, podendo ser 
um dos principais fatores de riscos de acidentes. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 50 
A NBR 5413 define níveis mínimos de iluminamento a serem aplicados a diversos 
ambientes internos e externos. Um projetista deverá aplicar os limites desta norma nos 
vestiários, áreas de lazer, alojamentos, cozinha, sanitários, entre outros locais. 
Riscos Ergonômicos (NR-17): 
 Levantamento, Transporte e Descarga Industrial de Peso; 
 Mobiliário dos postos de trabalho; 
 Equipamentos dos postos de trabalho; 
 Organização do trabalho; 
 Condições ambientais de trabalho; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Riscos de Acidentes 
São todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade 
física ou moral. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico 
deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou 
defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento 
inadequado. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 51 
Arranjo físico deficiente - É resultante de prédios com área insuficiente; localização 
imprópria de máquinas e equipamentos; má arrumação e limpeza; sinalização incorreta 
ou inexistente; pisos fracos e/ou irregulares. 
Máquinas e equipamentos sem proteção - Máquinas obsoletas; máquinas sem proteção 
em pontos de transmissão e de operação; comando de liga/desliga fora do alcance do 
operador; máquinas e equipamentos com defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou 
não fornecido. 
Ferramentas inadequadas ou defeituosas - Ferramentas usadas de forma incorreta; falta 
de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de manutenção. 
Eletricidade - Instalação elétrica imprópria, com defeito ou exposta; fios desencapados; 
falta de aterramento elétrico; falta de manutenção. 
Incêndio ou explosão - Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases; 
manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga 
em rede elétrica; falta de sinalização; falta de equipamentos de combate ou 
equipamentos defeituosos. 
 
 
 
 
 
Mapas de Riscos 
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos 
locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), 
capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de 
trabalho. 
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, 
equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização 
do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, 
jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.). 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 52 
PARA QUE SERVE? 
 Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores através da fácil 
visualização dos riscos existentes na empresa. 
 Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de 
segurança e saúde no trabalho na empresa. 
 Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre 
os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de 
prevenção. 
COMO SÃO ELABORADOS OS MAPAS? 
 Conhecer o processo de trabalho no local analisado: 
os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e 
saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o 
ambiente. 
 Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação 
específica dos riscos ambientais. 
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção 
coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; 
medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, 
bebedouro, refeitório, área de lazer. 
 Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre os 
trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, 
doenças profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes de ausência ao 
trabalho. 
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. 
 Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de 
círculos: 
 O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada. 
 O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do 
círculo. 
 A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido 
clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada 
também dentro do círculo. 
 A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve 
ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos. 
 Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual 
gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a 
cor correspondente ao risco. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 53 
 Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, 
deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de 
fácil acesso para os trabalhadores. 
Tabela de Gravidade 
Símbolo ProporçãoTipos de Risco 
 
4 Grande 
 
2 Médio 
 1 Pequeno 
 
Exemplo de Mapa de Riscos: 
 
Referências Bibliográficas: 
Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Oda, Leila, Ávila, Suzana. Et al. 
Brasília. Ministério da Saúde, 1998. 
SALIBA,Tuffi Messias. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA – Avaliação e 
controle dos riscos ambientais. São Paulo: LTr, 2005. 
SALIBA,Tuffi Messias. Curso básico de segurança e higiene ocupacional. 3.ed. São 
Paulo: LTr, 2010. 
SALIBA,Tuffi Messias. Legislação de segurança, acidente do trabalho e saúde do 
trabalhador. 6.ed. São Paulo: LTr, 2009. 
_______. Norma ISO 5349-1:2001 e Norma ISO 2631-1:1997. 
 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 54 
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Introdução à higiene ocupacional. São 
Paulo: Fundacentro, 2001. 
http://www.fundeci.com.br/ 
http://www.btu.unesp.br/mapaderisco.htm

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