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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III (CCE0693) Professor Gustavo Simão gustavosimao@uol.com.br Prof. Gustavo Simão 1 Unidade 5 Trefilação Prof. Gustavo Simão Unidade 5 - Trefilação Características gerais Dispositivo básico - fieira Equipamentos – bancadas, trefiladores de tambor, componentes Trefilação de arames Prof. Gustavo Simão Características gerais Prof. Gustavo Simão Características gerais O que é: a trefilação é uma operação em que a matéria-prima é estirada através de uma matriz em forma de canal convergente (FIEIRA ou TREFILA) por meio de uma força trativa aplicada do lado de saída da matriz. O escoamento plástico é produzido principalmente pelas forças compressivas provenientes da reação da matriz sobre o material. Prof. Gustavo Simão Características gerais Forma resultante: simetria circular é muito comum em peças trefiladas, mas não obrigatória. Condições térmicas: normalmente a frio. Uso - Produtos mais comuns: Prof. Gustavo Simão Características gerais Os Tubos podem ser trefilados dos seguintes modos: sem apoio interno (REBAIXAMENTO ou AFUNDAMENTO)(fig.a) com mandril passante (fig.b) Prof. Gustavo Simão Características gerais Os Tubos podem ser trefilados dos seguintes modos: com plug (bucha) interno (fig. c) com bucha flutuante (fig.d) Prof. Gustavo Simão Características gerais Vantagens: O material pode ser estirado e reduzido em seção transversal mais do que com qualquer outro processo; A precisão dimensional obtida é maior do que em qualquer outro processo exceto a laminação a frio, que não é aplicável às bitolas comuns de arames; A superfície produzida é uniformemente limpa e polida; O processo influi nas propriedades mecânicas do material, permitindo, em combinação com um tratamento térmico adequado, a obtenção de uma gama variada de propriedades com a mesma composição química Prof. Gustavo Simão Dispositivo básico - fieira Prof. Gustavo Simão Dispositivo básico - fieira A fieira é o dispositivo básico da trefilação e compõe todos os equipamentos trefiladores. Geometria da fieira: é dividida em quatro zonas (ver figura abaixo) de entrada de redução (a = ângulo de abordagem) (guia) de calibração-zona cilíndrica(acabamento é crítico) de saída Prof. Gustavo Simão Dispositivo básico - fieira Material: os materiais dependem das exigências do processo (dimensões, esforços) e do material a ser trefilado. Os mais utilizados são: Carbonetos sinterizados (sobretudo WC) – widia, Metal duro,etc. (figura abaixo) Aços de alto C revestidos de Cr (cromagem dura) Aços especiais (Cr-Ni, Cr-Mo, Cr-W, etc.) Ferro fundido branco Cerâmicos (pós de óxidos metálicos sinterizados) Diamante (p/ fios finos ou de ligas duras) Prof. Gustavo Simão Dispositivo básico - fieira Prof. Gustavo Simão Equipamentos – bancadas, trefiladores de tambor, componentes Prof. Gustavo Simão Equipamentos – bancadas, trefiladores de tambor, componentes Bancadas de Trefilação Na figura abaixo pode-se observar o aspecto esquemático de uma bancada de trefilação, com os respectivos componentes. Prof. Gustavo Simão Equipamentos – bancadas, trefiladores de tambor, componentes Trefiladoras de Tambor As trefiladoras de tambor podem ser classificadas em três grandes grupos, a saber: Simples (1 só tambor)- para arames grossos Duplas para arames médios Múltiplas (contínuas) para arames médios a finos. Prof. Gustavo Simão Equipamentos – bancadas, trefiladores de tambor, componentes Trefiladoras de Tambor As trefiladoras de tambor podem ser classificadas em três grandes grupos, a saber: Simples (1 só tambor)- para arames grossos Prof. Gustavo Simão Equipamentos – bancadas, trefiladores de tambor, componentes Trefiladoras de Tambor As trefiladoras de tambor podem ser classificadas em três grandes grupos, a saber: Duplas para arames médios Prof. Gustavo Simão Equipamentos – bancadas, trefiladores de tambor, componentes Trefiladoras de Tambor As trefiladoras de tambor podem ser classificadas em três grandes grupos, a saber: Múltiplas (contínuas) para arames médios a finos. Prof. Gustavo Simão Equipamentos – bancadas, trefiladores de tambor, componentes Trefiladoras de Tambor As trefiladoras de tambor podem ser classificadas em três grandes grupos, a saber: Múltiplas (contínuas) para arames médios a finos. Prof. Gustavo Simão Equipamentos – bancadas, trefiladores de tambor, componentes Os elementos das máquinas de trefilação dependem das características de cada máquina. Existem entretanto componentes básicos que ususalmente sempre estão presentes nas trefiladoras. Eles são: Carretel alimentador Porta-fieira Garra ou mordaça para puxar a primeira porção do arame Tambor para enrolar o arame trefilado Sistema de acionamento do tambor Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Um dos usos mais corriqueiros da trefilação é a produção de arames de aço. Por esta razão especificam-se abaixo algumas das principais características deste processo. Etapas do processo Os passos a percorrer são discriminados no esquema abaixo. Observe que a trefilação propriamente dita é precedida por várias etapas preparatórias que eliminam todas as impurezas superficiais, por meios físicos e químicos. Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Matéria-prima: fio-máquina (vergalhão laminado a quente) Descarepação: - Mecânica (descascamento): dobramento e escovamento. Química (decapagem): com HCl ou H2S04 diluídos. Lavagem: em água corrente Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Recobrimento: comumente por imersão em leite de cal Ca(OH)2 a 100°C a fim de neutralizar resíduos de ácido, proteger a superfície do arame, e servir de suporte para o lubrificante de trefilação. Secagem (em estufa) - Também remove H2 dissolvido na superfície do material. Trefilação - Primeiros passes a seco. Eventualmente: recobrimento com Cu ou Sn e trefilação a úmido. Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Tratamentos térmicos dos arames Depois da trefilação os arames são submetidos a tratamentos térmicos para alívio de tensões e/ou obtenção de propriedades mecânicas desejadas. Abaixo, os principais tratamentos utilizados Recozimento Indicação: principalmente para arames de baixo carbono Tipo: subcritico, entre 550 a 650°C Objetivo: remover efeitos do encruamento. Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Patenteamento: Indicação: aços de médio a alto carbono (C> 0,25 %) Tipo: aquecimento acima da temperatura crítica (região g) seguido de resfriamento controlado, ao ar ou em banho de chumbo mantido entre 450 e 550°C. Objetivo: obter uma melhor combinação de resistência e ductilidade que a estrutura resultante (perlita fina ou bainita) fornece. Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Análise da trefilação de arames Carga de trefilação Para cada passe de trefilação, a carga necessária pode ser estimada pela seguinte expressão: Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Análise da trefilação de arames OBSERVAÇÕES: 1- Em trefiladoras múltiplas o arame pode ficar sujeito a uma pequena tração à ré a partir da segunda trefila; com isto a tensão de trefilação st aumenta, mas a pressão na interface da matriz com o metal cai, diminuindo o desgaste da fieira: Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Análise da trefilação de arames OBSERVAÇÕES: Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Análise da trefilação de arames Modos especiais de deformação na trefilação a - Se o ângulo de abordagem da trefila é superior a um certo valor crítico acr1 ocorre um cisalhamento interno no material, separando-se uma zona que adere fieira e forma uma falsa matriz (ZONA MORTA) através da qual prossegue a trefilação. Tem-se que: Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Análise da trefilação de arames b - Se o ângulo de abordagem excede um outro valor crítico: a zona morta formada não adere à fieira e sim desliza para trás (DESCASCAMENTO): a camada superficial da peça se destaca e o núcleo da mesma deixa de se deformar, atravessando a trefila com velocidade de saída igual à de entrada. Prof. Gustavo Simão Trefilação de arames Análise da trefilação de arames Veja na figura as condições de fluxo em relação aos ângulos críticos. Prof. Gustavo Simão
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