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TEORIADOCRIME1_20150907192653 (1)

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TEORIA DO CRIME
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
DIREITO PENAL I- PARTE GERAL 
Prof. Antonieta Araujo
Damásio e Rogério Greco
CONCEITO DE CRIME
CRIME = DELITO: Pena de reclusão ou detenção, isolada alternativa ou cumulativamente com a pena de multa.
			 ≠
CONTRAVENÇÃO: pena de prisão simples ou multa, isolada alternativa ou cumulativamente
INFRAÇÃO PENAL
Sistema bipartido/dicotômico 
CONCEITO DE CRIME:
Material/substancial: todo o fato humano lesivo a um interesse capaz de comprometer as condições de existência, de conservação e de desenvolvimento. Conduta que viola os bens jurídicos mais importantes. (leva em conta a relevância do mal produzido – vetor do legislador = não basta uma lei para qualquer conduta ser considerada penalmente ilícita)
Formal/legal: Todo o fato humano, proibido por lei penal = toda conduta que atente, que colide frontalmente com a lei penal editada pelo Estado. (o conceito é fornecido pelo legislador art. 1º da lei de introdução ao CP DEc. Lei 3.914/1941) – é o fruto do conceito material devidamente formalizado. Princípio da legalidade.
Analítico: analisa as características ou elementos que compõem a infração penal.
Conceito analítico de crime:
Existem várias correntes doutrinárias:
1-Crime é um fato típico (tipicidade), ilícito (ou antijurídico) 
2- Crime é um fato típico (tipicidade), ilícito (ou antijurídico) e culpável (culpabilidade).
3- Crime é um fato típico (tipicidade), ilícito (ou antijurídico) culpável (culpabilidade) e punível (punibilidade).
Crime = fato típico + ilícito + culpável (Teoria finalista)
CRIME
FATO TÍPICO
ANTIJURÍDICO/ilícito
CULPÁVEL
*Conduta:dolosa/culposa comissiva/omissiva
*Resultado
*Nexodecausalidade
*Tipicidade:
formalconglobante
Excludentes:Quando o gente não atua em:
Estado de necessidade
Legítima defesa
Estrito cumprimento do dever legal
Exercício regular do direito
 
Quando não houver o consentimento do ofendido como causa supralegal de exclusão da ilicitude.
*Imputabilidade
*Potencialconsciência sobre a ilicitude dofato
*Exigibilidadede conduta diversa.
ANTIJURÍDICO/ ILÍCITO:
Relação de contrariedade que se estabelece entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico.
A licitude é encontrada por exclusão, ou seja, somente será lícita conduta se o agente houver amparado por um das causas excludentes da ilicitude. (art. 23) + consentimento do ofendido (doutrina).
Consentimento do ofendido: 
Que o ofendido tenha capacidade para consentir;
Que o bem sobre o qual recai a conduta seja disponível;
Que o consentimento tenha sido dado anteriormente, ou pelo menos numa relação de simultaneidade à conduta do agente
CULPABILIDADE
juízo de reprovação pessoal que se faz sobre a conduta ilícita do agente.
Nota:
NUCCI, ZAFFARONI,NELSON HUNGRIA, ANIBAL BRNO, BITENCOURT, LUIZ REGIS PRAADO- GRECO: CRIME é fato típico, ilícito e culpável. Definição tripartida
DAMÁSIO, CAPEZ, MIRABETE E DELMANTO: sob o aspecto formal é fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade pressuposto para aplicação da pena. Definição bipartida.
SUJEITOS DO CRIME
1-Sujeito ativo do crime: 
é quem pratica o fato descrito na norma penal incriminadora.
 Sinônimos: agente (lei), indiciado ( fase inquérito policial), réu (durante o processo judicial), sentenciado, preso, condenado, recluso, detento ( quando á sofreu sentença condenatória);
	- Biopsíquico: recebe o nome de criminoso ou delinquente.
Pessoa jurídica tem capacidade penal?
 Pode delinquir?
Teoria da realidade/ organicista.
Vê na pessoa jurídica um ser real , um verdadeiro organismo
Pode a pessoa jurídica delinquir
CF 1988 em seus arts 173,§5º e 225 §3 = que a lei ordinária estabeleça punição da PJ nos atos cometidos contra o meio ambiente, economia popular, ordem econômica e financeira.
Lei de proteção ambiental – tem-se admitido a responsabilidade penal de PJ em crimes ambientais.
Teoria da ficção.
A personalidade natural não é uma criação do Direito, sendo que este recebe as mãos da natureza, já formada, e limita-se a reconhece-la.
A personalidade jurídica, somente existe por determinação de lei e dentro dos limites por ela fixados.
Não tem consciência e nem vontade próprias assim não tem capacidade penal
Quem atua por ela são seus membros, diretores, representantes.
2- Sujeito passivo do crime: 
é o titular do interesse cuja ofensa constitui a essência do crime.
Espécies:
a) Sujeito passivo constante ou formal: Estado
b) Sujeito passivo eventual ou material: o homem pessoa jurídica, Estado e a coletividade.
Prejudicado: não é sujeito passivo, será aquele a quem o crime haja causado um prejuízo, patrimonial ou não, tendo por consequência o direito ao ressarcimento.
Observe:
Homem pode ser sujeito passivo mesmo antes de nascer pois o feto tem direito à vida;
Os animais e coisas inanimadas podem ser o objeto material do delito, mas não sujeito passivo.
A pessoa não poder ser ao mesmo tempo sujeito ativo e passivo do delito em face da sua própria conduta.
Homem morto= não será sujeito passivo, pois não é titular de direitos, podendo ser titular de objeto material do delito
Pessoa jurídica e sujeito passivo
Pessoa jurídica pode ser sujeito passivo
Nota:
Possibilidade da pessoa jurídica ser sujeito passivo dos crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação): pois ela não tem sentimento de dignidade própria, por é uma entidade abstrata. Divergência doutrinaria.
OBJETO MATERIAL
É aquilo contra que se dirige a conduta humana que o constitui.
Objeto jurídico: é o bem ou o interesse que a norma penal tutela. Tudo o que é capaz de satisfazer as necessidades do homem: a vida, a integridade física, a honra, o patrimônio, etc.
Objeto material: é a pessoa ou coisa sobre que recai a conduta do sujeito ativo, como o homem vivo no homicídio, a coisa no furto, o documento na falsificação, etc.
Crime é um fato típico + ilícito + culpável. (Teoria finalista)
CRIME
FATO TÍPICO
ANTIJURÍDICO/ilícito
CULPÁVEL
*conduta:Dolosa/culposaComissiva/omissiva
*resultado
*nexo de causalidade
*tipicidade:
FormalConglobante
OBS. Quando o gente não atua em:
Estado de necessidade
Legítima defesa
Estrito cumprimento do dever legal
Exercício regular do direito
 
Quando não houver o consentimento do ofendido como causa supralegal de exclusão da ilicitude.
*imputabilidade
*Potencialconsciência sobre a ilicitude dofato
* Exigibilidade de conduta diversa.
Composição:		
1-conduta: Dolosa/culposa/Comissiva/omissiva: comportamento humano
2- resultado: efeito do comportamento humano (crimes materiais).
3- nexo de causalidade: entre a conduta e o resultado se exige uma relação de causalidade objetiva.
4- tipicidade: formal/ conglobante: é necessário que o sujeito tenha realizado uma conduta relevante e juridicamente proibida, ou seja, para que o fato seja típico é necessário que os elementos acima expostos estejam descritos como crime
FATO TÍPICO
FATO TÍPICO
Conduta + resultado+ nexo de causalidade+ tipicidade
Faltando um desses elementos do fato típico a conduta passa a constituir um indiferente penal = um fato atípico.
 ≠ fato material: composto de elementos de natureza objetiva descritos pela norma penal incriminadora.
		Elementos:	a) conduta
				b) resultado
				c) nexo causal
Tipicidade: fato real perfeitamente adequado ao tipo. Instrumento de adequação
Fato típico: conduta + nexo causal+ resultado, amoldados ao modelo legal. É conclusão do processo do instrumento de adequação.
Tipo penal: descrição abstrata da conduta = princípio da reserva legal.
Estrutura do tipo penal:
Nomen juris ou título: é rubrica dada pelo legislador ao delito. Fornece a síntese do bem protegido.
Preceito primário: descrição da conduta proibitiva (incriminador ou conduta permitida)
Preceito secundário: é a parte sancionadora, somente dos tipos penais incriminadores.
Elementos do tipo penal incriminador:
Objetivos: são todos aqueles que não dizem respeito a vontade do agente.
a.1 - descritivos: componentes do tipo captáveis pela verificação sensorial (sentidos humanos), não há necessidade de nenhum tipo de valoração ou interpretação, mas apenas constatação.
a.2- normativos: são os tipos desvendáveis por juízos de valoração captáveis mediante sentimentos e opiniões. São elementos mais difíceis de alcançar qualquer tipo de consenso. (art. 233 CP ato obsceno- conceito- juízo de valor)
 
Subjetivos: são todos os elementos relacionados à vontade e à intenção do agente. Há tipos penais que demandam, expressamente, finalidades específicas por parte doa gente, do contrário, não se realizam (ex. art. 319 – se não estiver presente o elemento subjetivo pode-se falar de mera falta funcional.)
Classificação do tipo penal:
Tipo fechado: constituído por elementos objetivos. Não depende do trabalho de complementação do intérprete, para que seja compreendido.
Tipo aberto: constituído por elementos normativos e subjetivo. Depende do trabalho de complementação do intérprete, para que seja compreendido
Guilherme Nucci – apresenta varias classificações pág.201.
Da capacidade especial do sujeito ativo: (apresentação dos grupos)
Há crimes que podem ser praticados por qualquer pessoa imputável = Crimes comuns. 
Há crimes que reclamam determinada posição jurídica (funcionário público) ou de fato (gestante) doa gente para a sua configuração = crimes próprios ou especiais = sujeitos ativos qualificados.
 Há crimes que somente podem ser praticados pelo autor em pessoa (falso testemunho) =crimes de mão própria.

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