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Aula 14 - Organização e Operacionalização do SUS no Município

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Profª M.e Camila Louise Baena Ferreira
Londrina, 2015.
Organização e operacionalização do SUS no município
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Plano Diretor de Regionalização
Instrumento de ordenamento do processo de regionalização da atenção à saúde, estabelecido pela NOAS 2001.
 Deve ser elaborado dentro de uma lógica de planejamento integrado, compreendendo as noções de territorialidade na identificação de prioridades de intervenção de modo a otimizar os recursos disponíveis. 
Esse processo de reordenamento visa reduzir as desigualdades sociais e territoriais, propiciando maior acesso da população a todos os níveis de atenção à saúde.
Potencializa o processo de descentralização, fortalecendo estados e municípios para exercerem o papel de gestores do sistema de atenção à saúde no país e para que as demandas dos diferentes interesses loco regionais possam ser organizadas e expressadas a partir de um poder regional. 
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A elaboração do Plano Diretor de Regionalização é coordenado pela respectiva Secretaria Estadual de Saúde, que envolve um conjunto específico de municípios que comporão uma região de saúde do estado.
Dessa forma, todo o estado será coberto por regiões de saúde, com enfoque territorial-populacional, que garantirá níveis adequados de resolução dos problemas de saúde da população. 
Ainda que não seja possível, e mesmo desejável, que todos os municípios ofertem a totalidade dos serviços de saúde, os gestores devem garantir o acesso irrestrito aos mesmos ainda que prestados em outro município. 
Assim, determinados serviços de saúde não são mais pensados em uma lógica municipal, mas sim em um plano regional, o que permite ganhos de escala e sustentabilidade do custeio dos serviços de saúde mais complexos e mais caros.
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Regiões de Saúde
São recortes territoriais inseridos em um espaço geográfico contínuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e infra-estrutura de transportes compartilhados do território
A Região de Saúde deve organizar a rede de ações e serviços de saúde a fim de assegurar o cumprimento dos princípios constitucionais de universalidade do acesso, eqüidade e integralidade do cuidado.
 Para a constituição de uma rede de atenção à saúde regionalizada em uma determinada região, é necessária a pactuação, entre todos os gestores envolvidos, do conjunto de responsabilidades não compartilhadas e das ações complementares
 O conjunto de responsabilidades não compartilhadas refere-se à atenção básica e às ações básicas de vigilância sanitária, que deverão ser assumidas em cada município
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Critérios para composição da Região de Saúde
Contigüidade entre municípios;
b) Respeito à identidade expressa no cotidiano social, econômico e cultural;
c) Existência de infra-estrutura de transportes e de redes de comunicação que permita o trânsito das pessoas entre os municípios; 
d) Existência de fluxos assistenciais que devem ser alterados, se necessário, para a organização da rede de atenção à saúde; 
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Paraná
22 Regiões de Saúde, 6 Macroregiões
O Estado passará a ter 47 microrregiões de saúde cujos municípios participantes ficarão com a incumbência de atender todos os procedimentos de Atenção Básica de Saúde, devendo as micro-regiões, além disso, atender a um conjunto mínimo de procedimentos de média complexidade.
As Regiões de Saúde deverão resolver a maior parte da demanda para consultas, exames e procedimentos de média complexidade (especialmente os mais complexos), podendo atender também parte dos serviços e procedimentos de Alta Complexidade.
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As Macrorregiões deverão ter resolução para toda a Média Complexidade, e para a grande maioria dos serviços e procedimentos de Alta Complexidade
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Para que se caracterize a possibilidade de um município tornar-se sede de microrregião foram estabelecidos critérios que propiciem certo grau de resolutividade àquele território, como suficiência em atenção básica e parte da média complexidade; 
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	Quando se detectar a potencialidade ou mesmo a vocação de certos municípios para que se tornem sedes de microrregião, sem que possuam a suficiência em prestação de serviços de média complexidade, para outros que não para sua população própria, deverá ser considerada no planejamento regional a estratégia para o seu estabelecimento, junto com a definição dos investimentos, quando necessários
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Instrumentos fundamentais para a gestão do SUS
se situam na convergência de duas idéias estratégicas no campo da saúde: 
a descentralização, destacada na Constituição de 1988 e nas Leis Orgânicas da Saúde
o planejamento, com longa história nas políticas públicas no Brasil.
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Plano Diretor de Investimentos
Apresenta os investimentos necessários para atender as prioridades identificadas no PDR, visando ampliar as ações e serviços de saúde existentes de modo a conformar um sistema resolutivo e funcional de atenção à saúde.
 
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Pactuação Programada e Integrada
Instrumento de gestão por meio do qual, com base no Plano Diretor de Regionalização, se programam as ações que serão realizadas, uma vez que as prioridades já foram estabelecidas nas Agendas de Saúde
Não pretende responder a todas as necessidades de programação das Secretarias Estaduais ou Municipais de Saúde.
 Restringe-se a alguns aspectos e questões de interesse ou de responsabilidade compartida, que envolvem a fixação de critérios de alocação de recursos do SUS. 
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Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Sistema único de Saúde (SUS): instrumentos de gestão em saúde. Brasília, DF: 2002.
SESA: Secretaria de Saúde do Estado do Paraná; SGS: Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde; DEOG: Departamento de Organização e Gestão do Sistema.Plano Diretor de Regionalização: hierarquização e regionalização da assistência à saúde no estado do Paraná. 2009
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