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Depressão a Partir de Uma Perspectiva Analítico-Comportamental

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Depressão a partir de uma perspectiva analítico-comportamental
Prof. Paula Cordeiro
Em nossa cultura a crença na determinação do comportamento por eventos internos é amplamente disseminada. 
Ex. Explicação cognitivo-comportamental para a depressão: crenças e expectativas irracionais.
Em nossa sociedade também acostumou-se a definir estados emocionais através de seus sintomas. O que explica a ampla utilização dos Manuais diagnósticos.
O problema desse ponto é a análise topográfica dos comportamentos descritos como sintomas.
Para a análise do comportamento, muitos de nossos comportamentos são chamados privados. Eventos privados são aqueles acessíveis apenas àquele que se comporta, e exercem papel importante na determinação do comportamento.
Não se diferenciam de comportamentos públicos em sua natureza. Apenas em seu acesso. 
Para descrever comportamentos privados, utilizamos então do chamado comportamento verbal.
O comportamento verbal também está sujeito às mesmas leis e princípios dos outros comportamentos.
Isso pode trazer problemas de não correspondência entre verbal e privado.
Para Skinner, todas as palavras usadas para designar sentimentos começaram como metáforas. Assim, depressão, na forma como foi definida pela psiquiatria guarda semelhança ao sentido figurado da palavra (abaixamento). Portanto, se refere ao abaixamento físico e moral (fundo do poço, na fala de muitos deprimidos).
Para o Behaviorismo, deve-se buscar nas relações externas as explicações para o comportamento (produto dos três tipos de seleção – filogênese, ontogênese e cultural). Assim, a depressão pode ser melhor descrita como padrão de interação com o ambiente e produto de seleção. 
Olhar paras as contingências antes de considerá-la patológica.
Alguns padrões de interação com o ambiente descritos por indivíduos chamados deprimidos:
Baixa densidade de reforçamento: A depressão parece ser gerada quando há baixa contingência entre responder e reforçadores positivos. Ou seja, o reforçamento é mais frequente ao não responder, do que ao responder.
Extinção: Fontes de reforçamento escassas e que podem subitamente cessar. Causando assim uma frequência reduzida ou mesmo extinção daquela relação. Ex. perda de alguém importante.
Punição: Histórias longas de punição prolongada ou inevitável podem gerar padrões conhecidos como depressivos. Esse fenômeno é conhecido como Desamparo aprendido. 
Reforçamento de comportamento que evidencia manifestação de sofrimento: Comportamentos de fuga e esquiva mantidos por reforçamento negativo. Ex. Choro, reclamação e irritabilidade.

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