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Direito Penal II - Caso Concreto n7

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Caso concreto nº: 7 DATA: 14/09/2014 
Disciplina: Direito Penal II. Professor: Luciano Costa. 
Aluno: Pedro Leonardo Souza Alves. Matrícula: 201307039049. 
Turma: 2007. Turno: Vespertino. Sala: D-405. 
Caso Concreto 1 
 
1. Maria Victória e Carlos Alberto, jovem casal residente no interior de 
Minas Gerais, há alguns anos tentava, sem êxito, ter filhos. Determinada 
noite, enquanto retornava de sua clínica veterinária, o casal foi abordado 
por uma jovem desconhecida, aparentando não mais que vinte anos e 
que, aos prantos colocou um bebê recém-nascido no colo de Maria 
Victória e saiu correndo. Carlos Alberto ainda tentou alcançá-la, bem 
como a procurou por diversos dias sem, contudo, encontrá-la. Passado 
um mês com o bebê em casa e temendo pela sua saúde, Maria Victória e 
Carlos Alberto decidiram por “adotá-lo” e, para tanto, o registraram 
como seu filho ? Carlos Alberto V. Júnior. 
 
Passados 20 anos do fato, o casal é procurado por Alex Sandro, 
caminhoneiro, que se apresenta como suposto pai de Júnior. Sustenta 
Alex Sandro ter conhecido Lynildes, mãe biológica de Júnior, em uma 
cidade próxima durante uma festa na qual se apaixonaram, mas que, 
infelizmente, Lynildes desaparecera e nada contara sobre a gravidez, 
descoberta por ele há pouco mais de dois meses e que, portanto, lutaria 
pelo reconhecimento de Júnior como seu filho e não de Maria Victória e 
Carlos Alberto. 
 
A partir da premissa de que o casal foi pronunciado pela suposta 
prática dos delitos de parto suposto e registro de filho alheio como 
próprio, previstos no art. 242, caput, do Código Penal, com base nos 
estudos realizados sobre a teoria da pena, poderá o casal sustentar em 
tese defensiva a ocorrência de alguma causa extintiva de punibilidade? 
Responda de forma objetiva e fundamentada. 
 
O caso concreto supracitado se trata do Perdão Judicial (art. 107, 
IX) segundo Damásio de Jesus, “perdão judicial é o instituto pelo qual o 
Juiz, não obstante comprovada a prática da infração penal pelo sujeito 
culpado, deixa de aplicar a pena em face de justificadas circunstancias” 
(Código Penal anotado, Saraiva, p.284). 
 
O perdão judicial somente é cabível nas hipóteses expressamente 
mencionadas na lei, por exemplo, no parto suposto (art. 242, parágrafo 
único). Ou seja, se reconhecida pelo juiz a nobreza para o crime de 
registro de filho alheio como próprio, a sentença resultaria em causa de 
extinção da punibilidade 
 
2. Com relação às causas extintivas de punibilidade, assinale a opção 
INCORRETA: 
a) a renúncia configura a falta de interesse do ofendido em exercer o 
direito de queixa, portanto, antes da propositura da ação penal, 
diferentemente do perdão do ofendido, que ocorre no curso da ação 
penal. 
b) o perdão judicial configura direito público subjetivo do réu de caráter 
unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em 
circunstâncias expressamente previstas em lei. 
 
c) a sentença que conceder perdão judicial será considerada 
para efeitos de reincidência. (nos termos do art. 120, CP, o 
perdão judicial afasta os possíveis efeitos da reincidência). 
 
d) caso sejam reconhecidas antes do trânsito em julgado da sentença 
condenatória desaparecerão todos os efeitos do processo ou da 
sentença condenatória. 
 
3. (UnB/CESPE – TJCE/2012. JUIZ SUBSTITUTO) Antenor e Braz, ambos 
com dezenove anos de idade, planejaram, em comum acordo, furtar 
bens dos pais de Antenor, quando estes estivessem trabalhando. Na data 
combinada, os agentes subtraíram joias e dinheiro, no valor total de R$ 
5.000,00, da residência do casal, local onde reside Antenor. Os pais de 
Antenor contam, cada um, cinquenta e cinco anos de idade. Com base 
nessa situação hipotética e no que dispõe o CP, assinale a opção correta: 
a) Antenor e Braz estariam isentos de pena caso os valores subtraídos 
não ultrapassassem o de um salário mínimo. (O código penal não 
menciona nada sobre valores subtraídos). 
 
b) Caso Braz seja primário, o juiz pode diminuir a pena de um a dois 
terços, ou aplicar-lhe somente multa. 
 
c) Independentemente da quantia e da utilidade dos bens 
subtraídos, Antenor está isento de pena. 
 
d) A ação penal, no caso, será pública condicionada à representação das 
vítimas da ação delituosa. (Art. 182 – Somente quando se trata 
do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; de irmão, 
legítimo ou ilegítimo; de tio ou sobrinho, com quem o agente 
coabita.) 
 
e) Por expressa disposição do CP, não há tipicidade material na ação de 
Antenor e Braz. (existe sim. Art. 155, CP)

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