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MALÁRIA

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MALÁRIA 
Dra Eliane Santos
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CONCEITO
É uma doença parasitária, sistêmica produzida por um protozoário do gênero Plasmodium, destacado-se três espécies: P. falciparum, P. vivax e P. malarie, caracterizada pela tríade: febre, calafrio e cefaléia.
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TERMINOLOGIAS POPULARES
Batedeira 
Carneirada 
Febre intermitente 
Febre palustre 
Febre terçã benigna, febre terçã maligna ou febre quartã 
Impaludismo 
Maleita 
Maligna 
Malina 
Paludismo 
Perniciosa 
Sezão ou sezões 
Sezonismo 
Tremedeira 
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ETIOLOGIA
FILO: Apicomplexa
ORDEM:Eucoccidiida
FAMÍLIA: Plasmodidade
GÊNERO: Plasmodium
MULTIPLICAÇÃO: ASSEXUADA (esquizogonia – H. Vertebrado) e a SEXUADA (esporogonia – H. Invertebrado)
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TRANSMISSÃO
* Além disso informações sobre transfusão de sangue, compartilhamento de agulhas em usuários de drogas injetáveis, transplante de órgãos podem sugerir a possibilidade de malária induzida.
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EPIDEMIOLOGIA
Dados de 1991: 
Endêmica em 90 países;
300 a 500 milhões de infectados por ano
1 a 2 milhões de óbitos anualmente
+ de 90% dos casos – África Tropical
40% da pop mundial está exposta 
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PATOGENIA
Febre – produção de Pirogênio Endógeno (interleucina) que atua sobre o hipotálamo anterior – Sistema termoregulador - Temperatura.
Arrepios – inibe a ação do hipotálamo posterior - Vasoconstrição periférica - Temperatura.
Calafrio – termoreceptores cutâneos ativam os nervos somáticos - contração muscular.
Sudorese – mecanismos reflexos Vasodilatação periférica
Cefaléia - intensifica com a febre – Liberação de mediadores (Cininas) – Poder vasodilatador.
Anemia – hemólise ao final da esquizogonia
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
P. vivax: 8 a 31 dias – média 14d;
P. falciparum: 7 a 14 d – média 10d;
P. malarie: 18 a 37 d – média 30d.
Sinais e Sintomas: Febre (38 – 40º C) 4 a 8h, calafrios e cefaléia Frontal ou universal, sudorese intensa, palidez, astenia, náuseas, êmese, diarréia, mialgia e artralgia, colúria, hepatomegalia, icterícia.
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DIAGNÓSTICO
Gota espessa - É o método adotado oficialmente no Brasil para o diagnóstico da malária. Mesmo após o avanço de técnicas diagnósticas, este exame continua sendo um método simples, eficaz, de baixo custo e fácil realização. Sua técnica baseia-se na visualização do parasito através de microscopia ótica, após coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação específica dos parasitos a partir da análise da sua morfologia, e pelos estágios de desenvolvimento do parasito encontrados no sangue periférico. 
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DIAGNÓSTICO
Esfregaço delgado - Possui baixa sensibilidade (estima-se que, a gota espessa é cerca de 30 vezes mais eficiente que o esfregaço delgado na detecção da infecção malárica). Porém, o esfregaço delgado é o único método que permite, com facilidade e segurança, a diferenciação específica dos parasitos, a partir da análise da sua morfologia e das alterações provocadas no eritrócito infectado. 
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DIAGNÓSTICO
Testes imunocromatográficos representam novos métodos de diagnóstico rápido de malária. Realizados em fitas de nitrocelulose contendo anticorpo monoclonal contra antígenos específicos do parasito. Apresentam sensibilidade superior a 95% quando comparado à gota espessa, e com parasitemia superior a 100 parasitos/µL. 
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MICROSCOPIA
ESPOROZOÍTA
MEROZOÍTA
HEMÁCIAS
INFECTADAS
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TRATAMENTO
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Esquema de 1ª escolha, recomendado para tratamento das infecções por Plamodium falciparum com associação de Artemeter + Lumefantrina
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 Esquema de segunda escolha, recomendado para o tratamento das infecções por Plasmodium falciparum com Quinina em 3 dias, Doxiciclina em 5 dias e Primaquina no 6° dia .
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Esquema recomendado para o tratamento das infecções por Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum (malária mista) com a associação de artemeter+lumefantrina (Coartem®) em 3 dias + primaquina por 7 dias
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OBSERVAÇÃO
Cada tratamento com Coartem® vem em uma cartela individual, para tratar uma só pessoa. 
O Coartem® vem em quatro tipos de cartelas de acordo com o peso ou idade das pessoas. 
O medicamento deve ser tomado de 12 em 12 horas, durante 3 dias, compreendendo 6 doses, para o tratamento completo. 
Apenas no primeiro dia, a segunda dose pode ser administrada em intervalo entre 8 e 12 horas. 
Os comprimidos quando ingeridos junto com alimentos (especialmente com alto teor de gorduras), aumenta a absorção do medicamento. 
Não administrar à gestantes durante o primeiro trimestre de gravidez nem em crianças menores de 6 meses de idade (nesses casos, usar o esquema de quinina isolada ou quinina + clindamicina).
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  Comitê de Doenças Tropicais (TDR)  Organização Mundial de Saúde (OMS)  Doenças infecciosas e parasitárias, Ricardo Veronesi, editora Guanabara  Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde, Luís Rey, editora Guanabara-Koogan 
Fontes
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