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Laboratório de Termodinâmica Química Prática 4 – Massa molar de líquidos voláteis Alunos: Bárbara Baptista Faconi Giovana de Almeida Pimentel Isabel de Araujo Porto Oliveira Raíssa Bosich Antunes Jambo Universidade Federal de Juiz de Fora Juiz de Fora 12/2015 1 – Introdução: A determinação da massa molecular de uma substância química é de suma importância para os cálculos realizados na química e o conhecimento das propriedades de tal substância. Uma das formas de determinação da massa molar é o método do químico alemão Victor Meyer, que leva o seu nome. Em tal método, determina-se a massa específica do vapor de uma substância volátil e, em condições conhecidas de temperatura e pressão, faz-se a determinação da sua massa molar. A lei do gás ideal é útil na determinação de massas molares de substâncias voláteis. O estado de um gás puro é determinado por suas variáveis: volume (V), pressão (p), temperatura (T) e a quantidade de matéria (n). Tais propriedades físicas são relacionadas nas Leis de Boyle (pV = constante ; n,T = constantes), Charles (V = constante x T ; n,o = constantes / p =constante x T ; n,V = constantes) e Principio de Avogadro (V = constante x n; T,p = constantes). Combinando essas leis, temos: pV = nRT (1) Onde R é uma constante que foi determinada experimentalmente, e é denominada constante dos gases ideais. Em situações onde se tem baixas pressões e temperaturas elevadas há a garantia de que o gás segue a equação acima de maneira precisa. Sabemos que: n = mMM (2) Substituindo (2) em (1), temos: MM = mRTpV (3) Substâncias líquidas, ou sólidas, nas condições ordinárias, devem ser vaporizadas em temperatura superior do respectivo ponto de ebulição para que se possa determinar a sua massa molar por meio da lei do gás ideal. 2 – Objetivo: Determinar a massa molar de um líquido volátil, neste caso o hexano, utilizando o modelo de gases ideais através do experimento de Victor Meyer. 3 – Parte Experimental: 3.1 - Materiais: aparelho de Victor Meyer; ampolas de vidro de parede fina; termômetro; manta aquecedora; água destilada; líquido volátil (hexano). 3.2 – Procedimento: Ligou-se a manta aquecedora para manter a água do balão do aparelho de Victor Meyer, que já estava montado, em ebulição. Em seguida, deixou-se o sistema entrar em equilíbrio. Igualou-se a pressão no interior do aparelho com a pressão atmosférica, levando a água do funil ligado ao tubo de borracha à mesma altura da água contida na bureta. Com auxílio de um conta-gotas adicionou-se hexano à ampola e pesou-se aproximadamente de 0,1 a 0,2g do líquido. Rapidamente destampou-se o tubo de vaporização, adicionando a ampola com o hexano e fechando imediatamente. À medida que o líquido se vaporiza há deslocamento de ar e o nível de água da bureta baixa, com isso deve-se baixar o funil para manter o nivelamento da água. Quando não ocorreu mais deslocamento, anotou-se o volume marcado na bureta. Além disso deve-se verificar a temperatura ambiente em que ocorreu o experimento e a pressão atmosférica. O experimento foi realizado em duplicata. 4 – Resultados e discussões: Tabela 1: Dados experimentais e do ambiente obtidos no experimento em duplicata. Experiência 1 Experiência 2 m líquido /g 0,108 0,201 T ambiente /ºC 22,5 22,5 p atm /mmHg 692 692 Volume inicial /cm³ 2,0 1,0 Volume final /cm³ 18,6 6,0 Volume deslocado /cm³ 16,6 5,0 MM obtida /g.mol-1 173,44 957,14 A massa molar do hexano foi calculada através da relação: MM = mRT pV Valor teórico da massa molar do hexano: MM = 86,18 g/mol Assim, o valor da massa molar do hexano obtida no experimento e o seu respectivo erro foram: Experiência 1: MM = 173,44 g/mol Erro 1: E = 101% Experiência 2: MM = 957,14 g/mol Erro 2: E = 1010% 5 - Conclusão: Os valores tão altos dos erros podem ser justificados pela perda do gás por má vedação na aparelhagem, não vaporização total do hexano contido na ampola, falta de limpeza da aparelhagem entre as duas experiências, além de erro humano na manipulação do funil. Em questão, deve-se ressaltar que durante a realização do experimento uma parte do líquido volátil encontrava-se em uma das mangueiras, sendo assim o líquido evaporava e condensava, deixando o sistema instável e tornando o resultado com um erro muito acima do esperado. 6 - Referências Bibliográficas: Apostila de laboratório de termodinâmica; ATKINS, Peter; PAULA, Julio de. Físico-química. 8ªed. Rio de Janeiro: LTC,2008.
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