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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM – BOA VISTA- RR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO 8º SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: S6-B0322 – ESTÁGIO CURRICULAR I 
ACADÊMICA: PAOLLA RAYANNE MELO GARCIA 
MATRÍCULA: UP19130217 POLO: UNIDADE CAIMBÉ 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA-RR 
2025.2 
Sumário 
 
 
1. Avaliação semiológica em Enfermagem Aferição dos Sinais Vitais 
2. Avaliação de sinais vitais 
3. Avaliação e prevenção do câncer das mamas 
4. Avaliação ginecológica e prevenção do câncer do colo do útero 
5. Pré-natal: 1ª consulta 
6. Pré-natal: consultas subsequentes do 2º e 3º trimestres 
7. Consulta ao paciente com Diabetes mellitus 
8. Avaliação do pé diabético 
9. Consulta ao paciente com Hipertensão arterial sistêmica 
10. Eletrocardiograma 
11. Consulta ao paciente com Tuberculose 
12. Esquema básico de tratamento da tuberculose 
13. Consulta ao paciente com Hanseníase 
14. Prevenção de deficiências no paciente com Hanseníase 
15. Consulta ao paciente com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) 
16. Terapia antirretroviral 
17. Testes rápidos 
18. Administração de medicamentos 
19. Consulta de puericultura (1º ano de vida) 
20. Consulta de puericultura (2º ano de vida e subsequentes) 
21. Consulta de Enfermagem Planejamento familiar 
22. Métodos contraceptivos 
23. Enfermagem na Saúde o Homem na Atenção Básica 
24. Pré-natal do parceiro 
25. Consulta de Enfermagem ao paciente idoso 
26. Escalas de avaliação em Geriatria e Gerontologia 
27. Consulta de Enfermagem em agravos de saúde mental na atenção básica 
28. Assistência ao paciente com risco de suicídio 
29. Consulta de Enfermagem ao paciente com Dengue 
30. Procedimentos no Manejo Clínico da Dengue 
31. Assistência de Enfermagem na Nebulização 
32. Aplicação de técnica estéril no manuseio de curativos 
33. Assistência de Enfermagem em estomaterapia: Tipos de curativos 
34. Assistência de Enfermagem em estomaterapia Consulta de Enfermagem 
35. Programa Nacional de Imunização e Rede de Frio 
36. Higienização das mãos 
37. Calendário vacinal da criança 
38. Calendário vacinal do adulto, da gestante e do idoso 
39. Atenção Domiciliar 
40. Programa Saúde na Escola 
ESTÁGIO 8º SEMESTRE 
 
 Roteiro 01: Avaliação semiológica em Enfermagem Aferição dos Sinais Vitais 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A avaliação semiológica em enfermagem é um processo essencial para a 
identificação de sinais e sintomas que orientam o diagnóstico e o planejamento 
da assistência ao paciente. Ela consiste na observação sistematizada do estado 
geral do indivíduo por meio da anamnese e do exame físico. Essa prática é 
fundamental para garantir uma assistência segura, eficaz e humanizada, 
permitindo ao enfermeiro identificar alterações no estado de saúde e intervir 
precocemente. Compreender os princípios da semiologia possibilita uma 
atuação crítica e baseada em evidências. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
 
A semiologia é a ciência que estuda os sinais e sintomas das doenças. Na 
enfermagem, essa avaliação se estrutura em dois pilares: a anamnese, que é a 
entrevista clínica com o paciente, e o exame físico, que envolve inspeção, 
palpação, percussão e ausculta. 
 
A anamnese busca informações subjetivas sobre a queixa principal, histórico de 
doenças, hábitos de vida, antecedentes familiares e outros aspectos relevantes. 
Já o exame físico fornece dados objetivos e mensuráveis, como temperatura 
corporal, pressão arterial, frequência cardíaca, ausculta pulmonar e inspeção 
de lesões. 
 
A realização correta da avaliação semiológica contribui significativamente para 
o diagnóstico de enfermagem, segundo a Classificação Internacional para a 
Prática de Enfermagem (CIPE) ou a NANDA-I. Além disso, fortalece a tomada de 
decisão clínica e o raciocínio crítico do enfermeiro, promovendo uma 
assistência centrada no paciente. 
 
Na prática clínica, a semiologia deve ser realizada de forma sistematizada, 
respeitando a privacidade, o conforto e a dignidade do paciente. A 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) garante que esses 
procedimentos estejam alinhados com os princípios éticos e legais da profissão. 
 
CONCLUSÃO 
A avaliação semiológica é uma competência indispensável na atuação do 
enfermeiro, sendo crucial para o cuidado individualizado e eficaz. Ao dominar 
essa prática, o profissional amplia sua capacidade de identificar necessidades 
de saúde, planejar intervenções adequadas e contribuir para a qualidade da 
assistência prestada. Investir em educação permanente e treinamento contínuo 
sobre semiologia é essencial para fortalecer a prática clínica e melhorar os 
desfechos em saúde. 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 
 BARROS, Alba Lucia Bottura Leite de. Semiologia em Enfermagem. 5. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2021. 
 • PASCHOAL, Marcela. Exame físico: bases para a prática de 
enfermagem. São Paulo: Manole, 2019. 
 • COFEN - Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 358/2009. 
Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a 
implementação do Processo de Enfermagem. 
 • NANDA International. Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: 
definições e classificação 2021–2023. Porto Alegre: Artmed, 2021.FONSECA, 
Luciana Mara Monti et al. Avaliação de uma tecnologia educacional para a 
avaliação clínica de recém-nascidos prematuros. Revista Latino-Americana de 
Enfermagem, v. 21, p. 363-370, 2013. 
 
Roteiro 02: Avaliação de sinais vitais Cálculo de Medicamentos 
 
INTRODUÇÃO 
A avaliação dos sinais vitais é uma prática essencial na área da saúde, sendo 
um dos primeiros procedimentos realizados em atendimentos clínicos, 
hospitalares e de urgência. Os sinais vitais — temperatura corporal, frequência 
cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e saturação de oxigênio — 
refletem o estado fisiológico do paciente e são indicadores importantes na 
detecção precoce de alterações agudas ou crônicas no organismo. Através da 
análise criteriosa desses dados, os profissionais de saúde podem tomar decisões 
rápidas e eficazes no cuidado ao paciente. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
Cada sinal vital possui um papel específico na identificação de anormalidades 
fisiológicas: 
 • Temperatura corporal: Indica o equilíbrio entre a produção e a 
perda de calor. Alterações como febre (hipertermia) ou hipotermia podem 
indicar processos infecciosos ou falhas termorregulatórias. 
 • Frequência cardíaca (pulso): Reflete a atividade do sistema 
cardiovascular. Taquicardia ou bradicardia podem sinalizar desde resposta ao 
estresse até condições cardíacas graves. 
 • Frequência respiratória: Fundamental na avaliação da função 
pulmonar. Respirações rápidas (taquipneia) ou lentas (bradipneia) podem 
indicar problemas respiratórios ou neurológicos. 
 • Pressão arterial: Mede a força do sangue contra as paredes das 
artérias. Hipertensão e hipotensão são condições que, se não tratadas 
adequadamente, podem levar a complicações como AVC ou choque. 
 • Saturação de oxigênio (SpO2): Avalia a eficiência da oxigenação do 
sangue. Níveis baixos podem indicar insuficiência respiratória e necessidade de 
oxigenoterapia. 
 
A mensuração precisa dos sinais vitais depende da técnica adequada, 
equipamentos calibrados e interpretação contextualizada. A avaliação contínua 
permite monitorar a evolução do quadro clínico, contribuindo para um cuidado 
mais seguro e eficaz. 
 
CONCLUSÃO
A avaliação dos sinais vitais é uma prática indispensável na assistência à saúde, 
sendo um componente crítico na triagem, monitoramento e tomada de decisões 
clínicas. O conhecimento técnico e científico sobre os sinais vitais, aliado à 
habilidade prática, é fundamental para garantir um atendimento de qualidade, 
prevenir complicações e salvar vidas. 
 
BIBLIOGRAFIA 
• BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Médico-
Cirúrgica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.de reforços ou 
doses de campanhas; 
Nutrição e hábitos alimentares, prevenindo a obesidade infantil e carências 
nutricionais; 
Higiene e segurança, abordando prevenção de acidentes, uso de cinto de 
segurança, proteção em casa, entre outros; 
Saúde emocional, vínculo familiar e socialização na creche ou escola; 
Orientações sobre estímulo ao desenvolvimento cognitivo e afetivo, com 
incentivo à leitura, brincadeiras e rotina estruturada. 
Também é importante abordar temas como desenvolvimento da linguagem, 
sono, comportamento, higiene bucal, adesão a práticas educativas positivas 
e os primeiros sinais de sofrimento psíquico ou transtornos do 
neurodesenvolvimento, como o autismo. 
 
A atuação multiprofissional (médico, enfermeiro, odontopediatra, 
nutricionista, psicólogo) contribui para um cuidado mais completo. A 
Caderneta da Criança continua sendo um instrumento fundamental para o 
registro e acompanhamento contínuo. 
 
Por fim, o segundo ano de vida e os anos subsequentes são também 
momentos oportunos para fortalecer o vínculo com a família e reforçar 
práticas de parentalidade positiva, envolvendo escuta ativa, acolhimento e 
orientação. 
 
CONCLUSÃO 
 
A consulta de puericultura no segundo ano de vida e nos anos seguintes é 
uma oportunidade valiosa para garantir que a criança cresça e se 
desenvolva de maneira saudável e segura. O acompanhamento regular, 
mesmo na ausência de doenças, permite a prevenção de agravos e o 
fortalecimento da saúde integral da criança. Investir nesse cuidado é 
essencial para o desenvolvimento pleno e para a construção de uma base 
sólida para a vida adulta. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de Saúde da Criança: Menino/Menina – 1ª 
Infância (0 a 5 anos). Brasília: MS, 2023. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento. Série 
A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: MS, 2020. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de Puericultura. Rio de Janeiro: SBP, 
2022. 
WHO – World Health Organization. Improving early childhood development: WHO 
guideline. Geneva: WHO, 2020. 
 
 
 
ROTEIRO 21: Consulta de Enfermagem Planejamento familiar 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O planejamento familiar é um direito garantido pela Constituição Federal 
do Brasil e reconhecido como um componente essencial da atenção à 
saúde. Refere-se ao conjunto de ações e serviços que permitem ao 
indivíduo ou casal decidir livremente sobre o número de filhos que desejam 
ter e quando tê-los, com base em informações seguras e acesso a métodos 
contraceptivos eficazes. Trata-se de uma prática de promoção da saúde, 
que contribui para o bem-estar físico, emocional e social das pessoas, 
respeitando os princípios da dignidade humana, igualdade de gênero e 
autonomia. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O planejamento familiar é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de 
forma gratuita e abrangente. Inclui não apenas a disponibilização de 
métodos contraceptivos (hormonais, barreira, dispositivos intrauterinos, 
permanentes e naturais), mas também ações educativas, atendimento 
multiprofissional e acolhimento. 
 
Os métodos mais comuns incluem: 
 
Métodos reversíveis: pílulas anticoncepcionais, injeções, preservativos, DIU 
(dispositivo intrauterino), implantes hormonais e métodos naturais; 
Métodos irreversíveis: laqueadura tubária e vasectomia (disponíveis pelo 
SUS mediante critérios legais e consentimento informado). 
O planejamento familiar deve ser oferecido a homens e mulheres, 
respeitando a individualidade, cultura, religião e fase de vida. O 
envolvimento do parceiro e o respeito à decisão da mulher são aspectos 
centrais para o sucesso das ações. 
 
Além do controle reprodutivo, o planejamento familiar está relacionado à 
prevenção de gravidez não planejada, redução da mortalidade materna e 
infantil, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e 
fortalecimento do vínculo familiar. 
 
Outro ponto importante é o aconselhamento pré-concepcional, que orienta 
casais que desejam engravidar, promovendo hábitos saudáveis, atualização 
vacinal e identificação de riscos genéticos ou clínicos. 
 
Entretanto, ainda existem desigualdades de acesso, especialmente em 
áreas vulneráveis, onde faltam insumos, profissionais capacitados ou 
acolhimento adequado. O estigma, a desinformação e a violência de gênero 
também impactam negativamente na autonomia reprodutiva de muitas 
mulheres. 
 
CONCLUSÃO 
 
O planejamento familiar é uma prática de saúde pública fundamental, que 
promove o direito à escolha, a saúde sexual e reprodutiva, e a igualdade de 
gênero. Para que seja efetivo, é necessário garantir o acesso universal aos 
serviços, respeitar a autonomia das pessoas e ampliar as ações educativas. 
O fortalecimento do planejamento familiar contribui para uma sociedade 
mais justa, com famílias saudáveis e bem estruturadas. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Planejamento Reprodutivo: Direitos, Deveres e 
Serviços de Saúde. Brasília: MS, 2022. 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Art. 226, §7º. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Family Planning: A Global Handbook for 
Providers. Geneva: WHO, 2020. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE. Manual de 
Planejamento Familiar. São Paulo: SBMFC, 2021. 
SILVA, L. M. et al. Planejamento familiar e atenção primária: desafios e perspectivas. 
Revista de Saúde Pública, São Paulo, 2021. 
 
 
ROTEIRO 22: Métodos contraceptivos 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os métodos contraceptivos são instrumentos fundamentais para o exercício dos 
direitos sexuais e reprodutivos. Eles possibilitam que indivíduos ou casais decidam 
se desejam ter filhos, quantos e em que momento da vida. Além de prevenirem 
gestações não planejadas, alguns métodos também contribuem para a prevenção 
de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como o HIV. O acesso a métodos 
seguros, eficazes e diversificados é parte essencial do cuidado integral à saúde 
sexual e reprodutiva. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os métodos contraceptivos podem ser classificados de diferentes formas, 
mas geralmente são agrupados em temporários (reversíveis) e permanentes 
(irreversíveis). Cada método tem vantagens, desvantagens, indicações e 
contraindicações, sendo a escolha ideal aquela que considera o perfil, a 
vontade e as condições de saúde do usuário. 
 
1. Métodos Reversíveis: 
 
Hormonais: incluem pílulas anticoncepcionais, injetáveis, adesivos, anel 
vaginal e implantes subdérmicos. Atuam principalmente impedindo a 
ovulação. São altamente eficazes quando usados corretamente, mas podem 
ter efeitos colaterais e exigem acompanhamento médico. 
Dispositivo Intrauterino (DIU): pode ser de cobre ou hormonal. É um método 
de longa duração, seguro e eficaz. Requer inserção por profissional 
capacitado. 
Preservativos (camisinhas): disponíveis para homens e mulheres, são os 
únicos que previnem tanto gravidez quanto ISTs. Devem ser utilizados em 
todas as relações sexuais. 
Métodos comportamentais: como o coito interrompido e o método da 
tabelinha. São menos eficazes, pois dependem do controle do ciclo 
menstrual e da disciplina do casal. 
2. Métodos Permanentes: 
 
Laqueadura tubária: cirurgia que interrompe as tubas uterinas. Indicada 
para mulheres que não desejam mais engravidar. 
Vasectomia: cirurgia simples que interrompe os canais deferentes. É mais 
rápida e segura que a laqueadura, mas ainda pouco procurada devido a 
tabus culturais. 
3. Métodos de Emergência: 
 
Conhecidos como "pílula do dia seguinte", são indicados apenas em 
situações excepcionais, como falha do método usual ou violência sexual. 
Não devem ser usados como método regular. 
O acesso a métodos contraceptivos no Brasil é garantido pelo Sistema Único 
de Saúde (SUS), que oferece gratuitamente preservativos, pílulas, 
injetáveis, DIU e cirurgias de esterilização, mediante critérios definidos. 
Contudo, barreiras sociais, culturais e econômicas ainda dificultam o acesso 
equitativo e a autonomia reprodutiva, especialmente entre adolescentes,mulheres negras e pessoas em situação de vulnerabilidade. 
 
CONCLUSÃO 
 
O conhecimento e o acesso aos métodos contraceptivos são fundamentais 
para que as pessoas possam exercer plenamente seus direitos reprodutivos 
com segurança, dignidade e liberdade. A escolha do método ideal deve ser 
feita de forma informada e respeitosa, com apoio dos serviços de saúde. 
Ampliar o acesso, combater tabus e promover a educação sexual são 
estratégias essenciais para uma sociedade mais justa e saudável. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Planejamento Reprodutivo: Direitos e Deveres. Brasília: 
MS, 2022. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Family Planning: A Global Handbook for 
Providers. Geneva: WHO, 2021. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (FEBRASGO). Manual de 
Contracepção. São Paulo: FEBRASGO, 2021. 
CUNHA, A. R.; SANTOS, M. C. Métodos contraceptivos e saúde pública no Brasil: 
avanços e desafios. Revista Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 30, n. 2, 2021. 
 
 
ROTEIRO 23: Enfermagem na Saúde o Homem na Atenção Básica 
 
INTRODUÇÃO 
 
A saúde do homem é um campo da atenção à saúde que ganhou relevância 
a partir do reconhecimento de que os homens, em geral, acessam menos os 
serviços de saúde, adoecem mais gravemente e morrem mais cedo que as 
mulheres. No Brasil, a criação da Política Nacional de Atenção Integral à 
Saúde do Homem (PNAISH), em 2009, buscou enfrentar essa realidade, 
promovendo ações voltadas à prevenção, promoção da saúde, diagnóstico 
precoce e tratamento adequado das principais causas de morbimortalidade 
masculina. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Diversos fatores contribuem para a menor procura dos homens pelos 
serviços de saúde. Entre eles, destacam-se aspectos culturais e sociais, 
como o machismo, a ideia de autossuficiência, o medo do diagnóstico, o 
preconceito em relação a exames preventivos e a priorização do trabalho 
em detrimento do cuidado com o corpo. Esse comportamento de risco é 
refletido em indicadores preocupantes: os homens têm maior prevalência 
de doenças cardiovasculares, câncer, acidentes de trânsito, violência e 
suicídio. 
 
A PNAISH tem como eixos principais: 
 
Acesso e acolhimento nos serviços de saúde, inclusive durante o horário de 
trabalho; 
Promoção da saúde sexual e reprodutiva, com foco em prevenção de ISTs e 
planejamento familiar; 
Prevenção de doenças prevalentes, como hipertensão, diabetes, câncer de 
próstata e câncer de pênis; 
Saúde mental, considerando a maior incidência de suicídios entre os 
homens; 
Prevenção de violências e promoção da cultura de paz. 
A atuação dos profissionais de saúde deve considerar a realidade e os 
hábitos masculinos, adaptando estratégias para atrair esse público com 
campanhas educativas, ações nas empresas, horários estendidos de 
atendimento e linguagem acessível. É necessário também trabalhar a 
masculinidade de forma crítica, incentivando os homens a cuidarem da 
saúde como parte da responsabilidade pessoal e familiar. 
 
A atenção primária à saúde é o ponto central da política, devendo oferecer 
acolhimento sem julgamentos, acompanhamento regular e atendimento 
integral. Ainda assim, muitos serviços ainda estão despreparados para lidar 
com as especificidades da saúde do homem, exigindo capacitação contínua 
das equipes. 
 
CONCLUSÃO 
 
A saúde do homem deve ser tratada como prioridade nas políticas públicas, 
com estratégias que superem barreiras culturais e promovam o cuidado 
integral. O desafio está em transformar o modelo tradicional de 
masculinidade, que afasta os homens do autocuidado, e construir uma 
cultura de saúde acessível, acolhedora e inclusiva. Com ações integradas 
entre profissionais, gestores e a sociedade, é possível reduzir desigualdades 
e garantir uma vida mais longa e saudável para a população masculina. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem 
(PNAISH). Brasília: MS, 2009. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde do Homem: Guia de Referência para Profissionais 
da Atenção Básica. Brasília: MS, 2022. 
COSTA, A. M. et al. Saúde do homem: uma questão de gênero e de saúde pública. 
Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 7, 2020. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Men’s Health and Well-being in the WHO 
European Region. Geneva: WHO, 2019. 
 
 
ROTEIRO 24: Pré-natal do parceiro 
 
INTRODUÇÃO 
 
O pré-natal do parceiro, também conhecido como pré-natal masculino, é 
uma estratégia da atenção primária à saúde voltada à inclusão dos homens 
no cuidado durante o período gestacional da parceira. Essa abordagem vai 
além do acompanhamento da gestação, pois oferece uma oportunidade de 
cuidado integral à saúde do homem, que tradicionalmente tem menor 
adesão aos serviços de saúde. Além disso, promove a participação ativa e 
responsável na gestação, parto e cuidados com o bebê, fortalecendo os 
vínculos familiares e a corresponsabilidade parental. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Historicamente, os serviços de pré-natal focaram quase exclusivamente na 
mulher gestante, o que resultou na exclusão ou invisibilidade dos parceiros. 
Contudo, políticas públicas como a Política Nacional de Atenção Integral à 
Saúde do Homem (PNAISH) e a Rede Cegonha trouxeram avanços 
importantes, estimulando os serviços de saúde a acolher também os homens 
durante esse período. 
 
O pré-natal do parceiro deve incluir: 
 
Acolhimento e escuta qualificada, com abordagem humanizada; 
Aconselhamento sobre paternidade responsável e saúde reprodutiva; 
Realização de testes rápidos (HIV, sífilis, hepatites B e C); 
Verificação de pressão arterial, IMC e outras avaliações básicas de saúde; 
Vacinação, conforme o calendário do adulto; 
Orientações sobre apoio à gestante, participação no parto e cuidados com o 
recém-nascido; 
Encaminhamentos necessários com base nas queixas ou resultados dos 
exames. 
Esse momento pode ser também uma porta de entrada para o cuidado 
contínuo da saúde masculina, já que muitos homens têm seu primeiro 
contato com o SUS nesse contexto. No entanto, ainda existem desafios, 
como a resistência dos profissionais, falta de preparo das unidades para 
acolher os parceiros e entraves culturais relacionados ao papel de gênero 
tradicional. 
 
A inclusão do homem nesse processo beneficia não apenas sua própria 
saúde, mas também a saúde da mulher, do bebê e da família como um 
todo. A presença ativa do parceiro durante o pré-natal está associada a 
melhores indicadores de saúde materno-infantil, como maior adesão ao pré-
natal pela gestante, redução da transmissão vertical de infecções e maior 
envolvimento no cuidado do bebê após o nascimento. 
 
CONCLUSÃO 
 
O pré-natal do parceiro é uma estratégia importante para promover a 
equidade no acesso aos serviços de saúde e fortalecer a corresponsabilidade 
no cuidado com a gestação e a família. Para que essa política se concretize 
de forma efetiva, é necessário sensibilizar e capacitar os profissionais de 
saúde, adaptar as unidades para o acolhimento masculino e superar 
barreiras socioculturais que afastam os homens do cuidado com sua própria 
saúde e com a parentalidade. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde do Homem: Guia de Referência para a Atenção 
Integral. Brasília: MS, 2022. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Rede Cegonha: Guia para Gestores e Profissionais. 
Brasília: MS, 2012. 
SOUSA, A. R. et al. O pré-natal do parceiro como espaço de cuidado à saúde do 
homem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, supl. 1, 2019. 
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Paternidade e Cuidado: 
Estimulando o Envolvimento dos Homens na Saúde Familiar. Washington, D.C., 2020. 
 
 
ROTEIRO 25: Consulta de Enfermagem ao paciente idoso 
 
INTRODUÇÃO 
 
O envelhecimento populacional é um fenômeno global que impõe desafios 
importantes aos sistemas de saúde. No Brasil, a população idosa cresce 
rapidamente, exigindo uma atenção especializada e contínua. Nesse 
contexto, a consulta de enfermagem ao paciente idoso é um instrumentofundamental para promover o cuidado integral, centrado na prevenção, 
detecção precoce de agravos, promoção da autonomia e melhora da 
qualidade de vida. Por meio da Sistematização da Assistência de 
Enfermagem (SAE), o enfermeiro pode atuar de forma planejada, 
individualizada e humanizada. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A consulta de enfermagem ao idoso deve ir além da avaliação clínica 
tradicional. Deve considerar o aspecto biopsicossocial, respeitando as 
particularidades do processo de envelhecimento, que pode envolver 
declínio funcional, presença de comorbidades, alterações cognitivas, 
fragilidade emocional e vulnerabilidade social. 
 
Os principais componentes da consulta incluem: 
 
Anamnese completa: identificação de queixas, histórico familiar, doenças 
preexistentes, uso de medicamentos, hábitos de vida, rede de apoio e 
percepção do próprio envelhecimento; 
Avaliação funcional: uso de instrumentos como o Índice de Barthel, Escala 
de Katz e Teste de Caminhada para verificar a autonomia nas atividades da 
vida diária; 
Avaliação cognitiva e emocional: aplicação de testes como o Mini Exame do 
Estado Mental (MEEM) e a Escala de Depressão Geriátrica (EDG); 
Exame físico cuidadoso, considerando sinais de desidratação, nutrição, 
integridade da pele, mobilidade, alterações sensoriais e risco de quedas; 
Avaliação medicamentosa, com foco na polifarmácia, interações e adesão 
ao tratamento; 
Educação em saúde, abordando alimentação, atividade física, vacinação, 
saúde bucal, prevenção de quedas, autocuidado e saúde mental. 
Durante a consulta, é essencial utilizar uma comunicação clara, respeitosa 
e empática, muitas vezes envolvendo o cuidador ou familiar. O plano de 
cuidados deve ser elaborado com base no Processo de Enfermagem, 
contemplando diagnóstico, intervenções e avaliação contínua. 
 
O enfermeiro também atua na articulação com a equipe multiprofissional, 
nos encaminhamentos necessários e no acompanhamento da evolução do 
idoso nos diversos níveis de atenção à saúde, em especial na Atenção 
Primária. 
 
CONCLUSÃO 
 
A consulta de enfermagem ao paciente idoso é uma prática essencial para a 
promoção do envelhecimento saudável e da autonomia funcional. Por meio 
de uma abordagem integral, humanizada e sistematizada, o enfermeiro 
contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida da 
população idosa, além de atuar na prevenção de agravos e na gestão do 
cuidado contínuo. O fortalecimento dessa prática deve estar presente na 
formação profissional, nas políticas públicas e na organização dos serviços 
de saúde. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Envelhecimento e Saúde da 
Pessoa Idosa. Brasília: MS, 2023. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente Idoso. 
Brasília: ANVISA, 2021. 
SILVA, A. C. et al. Consulta de enfermagem ao idoso: estratégias para um cuidado 
integral. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 25, n. 1, 2022. 
NETO, J. F. et al. Enfermagem Geriátrica: da Teoria à Prática. 3. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2020. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Guia de Cuidados Integrados para 
Pessoas Idosas (ICOPE). Genebra: OMS, 2020. 
 
 
ROTEIRO 26: Escalas de avaliação em Geriatria e Gerontologia 
 
INTRODUÇÃO 
 
Com o envelhecimento populacional global, a geriatria e a gerontologia 
tornam-se áreas essenciais para garantir o cuidado integral à pessoa idosa. 
A avaliação funcional, cognitiva, emocional e social dos idosos é 
indispensável para planejar intervenções eficazes, prevenir complicações e 
promover qualidade de vida. Nesse contexto, as escalas de avaliação são 
instrumentos padronizados que permitem mensurar diferentes aspectos da 
saúde e funcionalidade do idoso, auxiliando profissionais na tomada de 
decisões clínicas e na elaboração de planos de cuidado personalizados. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
1. Importância das escalas na prática geriátrica 
As escalas de avaliação oferecem uma abordagem sistemática e objetiva da 
condição do idoso. Elas são utilizadas para detectar alterações precoces, 
monitorar a evolução clínica, avaliar risco de quedas, funcionalidade, 
nutrição, cognição, depressão, entre outros aspectos. Sua aplicação deve 
considerar o contexto biopsicossocial do idoso. 
 
2. Principais escalas utilizadas 
a) Avaliação Funcional 
Índice de Barthel: avalia a capacidade do idoso em realizar atividades 
básicas de vida diária (ABVD), como higiene pessoal, alimentação, 
mobilidade, etc. 
 
Índice de Lawton & Brody: mede a autonomia em atividades instrumentais 
de vida diária (AIVD), como uso de telefone, preparo de refeições, finanças 
e compras. 
 
b) Avaliação Cognitiva 
Mini Exame do Estado Mental (MEEM): amplamente usado para rastreio de 
déficits cognitivos, especialmente na triagem de demência. 
 
Teste do Relógio: rápido e eficaz na triagem de alterações cognitivas, 
principalmente funções executivas e visuoespaciais. 
 
c) Avaliação do Humor 
Escala de Depressão Geriátrica (EDG): possui versões com 15 ou 30 itens e é 
sensível à sintomatologia depressiva em idosos, respeitando as 
particularidades do envelhecimento. 
 
d) Avaliação Nutricional 
Mini Avaliação Nutricional (MNA): identifica risco de desnutrição por meio 
de perguntas sobre dieta, peso, mobilidade e saúde geral. 
 
e) Avaliação de Risco de Quedas 
Escala de Morse: avalia fatores de risco para quedas, como histórico prévio, 
marcha, uso de dispositivos e estado mental. 
 
f) Avaliação da Dor 
Escala Visual Analógica (EVA) e Escala de Faces de Wong-Baker: adaptadas 
para idosos com diferentes graus de cognição, facilitam a quantificação da 
dor. 
 
3. Limitações e Considerações Éticas 
Apesar de sua utilidade, as escalas devem ser aplicadas com critério. 
Fatores como nível de escolaridade, cultura e condições sensoriais podem 
interferir nos resultados. Além disso, a avaliação deve ser sempre realizada 
com respeito à dignidade do idoso, assegurando sua autonomia e 
consentimento. 
 
 CONCLUSÃO 
 
As escalas de avaliação em geriatria e gerontologia são ferramentas 
essenciais para o cuidado efetivo da pessoa idosa. Elas possibilitam a 
identificação precoce de alterações funcionais, cognitivas e emocionais, 
auxiliando na tomada de decisão clínica e no direcionamento de 
intervenções. Contudo, sua aplicação deve ser individualizada, 
considerando os aspectos biopsicossociais do envelhecimento e as 
particularidades de cada idoso. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: Envelhecimento e Saúde da 
Pessoa Idosa. Brasília: MS, 2006. 
 
NERI, A. L. (Org.). Palavras-chave em Gerontologia. Campinas: Alínea, 2012. 
 
VERAS, R. P. Velhice: questões e desafios. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995. 
 
MATSUDO, S. M. et al. Envelhecimento e atividade física: guia para profissionais de 
saúde. São Paulo: CELAFISCS, 2001. 
 
FERRAZ, F. R. P.; CIAMPONE, M. H. T. Avaliação geriátrica ampla: um modelo de 
cuidado centrado na pessoa idosa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 21, 
n. 2, p. 123-130, 2018. 
 
 
ROTEIRO 27: Consulta de Enfermagem em agravos de saúde mental na atenção 
básica 
 
INTRODUÇÃO 
 
A saúde mental é uma dimensão essencial do bem-estar humano, 
diretamente relacionada à qualidade de vida, produtividade e relações 
sociais. No Brasil, os agravos de saúde mental representam uma demanda 
crescente nos serviços da Atenção Básica, especialmente nos centros de 
saúde da família. Nesse contexto, a consulta de enfermagem emerge como 
uma ferramenta estratégica no reconhecimento precoce, acolhimento e 
acompanhamento contínuo de usuários com sofrimento psíquico. O 
enfermeiro, como profissional de referência nas Unidades Básicas de Saúde 
(UBS), tem papel fundamental na promoção da saúde mental, no apoio à 
rede psicossocial e na condução de ações terapêuticas que respeitem a 
integralidade do cuidado. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Saúde Mental na Atenção Básica 
A Atenção Básica é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde(SUS) e 
deve ser capaz de atender integralmente os agravos de saúde mental, 
considerando suas dimensões biopsicossociais. A Política Nacional de Saúde 
Mental e a Estratégia de Saúde da Família incentivam práticas de cuidado 
baseadas na escuta qualificada, vínculo, territorialização e articulação com 
os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). 
 
2. Papel da Enfermagem na Saúde Mental 
O enfermeiro atua desde o acolhimento até o acompanhamento de casos, 
tendo como atribuições principais: 
 
Realizar acolhimento com escuta ativa e avaliação subjetiva do sofrimento. 
 
Aplicar instrumentos como o Formulário de Avaliação de Risco Psicossocial, 
Escalas de Ansiedade e Depressão e fichas do e-SUS. 
 
Realizar educação em saúde, visando à desestigmatização dos transtornos 
mentais. 
 
Estimular o autocuidado, adesão ao tratamento e o fortalecimento de redes 
de apoio. 
 
Encaminhar e articular com CAPS e outros pontos da Rede de Atenção 
Psicossocial (RAPS) quando necessário. 
 
3. A Consulta de Enfermagem em Saúde Mental 
A consulta de enfermagem deve seguir etapas sistematizadas conforme a 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), garantindo um cuidado 
baseado em evidências: 
 
a) Coleta de dados (história e exame físico/psíquico) 
Inclui escuta do paciente, histórico familiar, uso de substâncias psicoativas, 
relações sociais, sinais de sofrimento mental (ansiedade, insônia, tristeza, 
alucinações, etc.). 
 
b) Diagnóstico de Enfermagem 
Com base na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem 
(CIPE) ou NANDA-I, podem-se identificar diagnósticos como: "Ansiedade", 
"Risco de suicídio", "Isolamento social", "Déficit no enfrentamento", entre 
outros. 
 
c) Planejamento e Intervenções 
Planejamento individualizado com metas terapêuticas, incluindo 
acolhimento contínuo, visitas domiciliares, grupos terapêuticos, apoio à 
família e articulação com a rede. 
 
d) Avaliação 
Monitoramento da evolução do quadro, ajustes terapêuticos e reavaliação 
periódica. 
 
4. Desafios na Prática 
Entre os principais desafios da consulta de enfermagem em saúde mental na 
atenção básica estão: 
 
Estigma ainda presente em relação aos transtornos mentais; 
 
Falta de formação específica dos profissionais; 
 
Sobrecarga de trabalho e fragilidade no fluxo com serviços especializados; 
 
Dificuldade na continuidade do cuidado e adesão ao tratamento. 
 
CONCLUSÃO 
 
A consulta de enfermagem em agravos de saúde mental na atenção básica é 
uma prática fundamental para garantir cuidado humanizado, integral e 
contínuo aos usuários do SUS. O enfermeiro, por meio da escuta 
qualificada, planejamento individualizado e articulação com a rede de 
saúde, pode transformar o cuidado em saúde mental, promovendo 
autonomia, acolhimento e inclusão social. Investir na formação profissional 
e em estratégias intersetoriais é essencial para superar os desafios e 
ampliar o acesso a cuidados de qualidade. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Mental. Brasília: MS, 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 34: Saúde Mental. Brasília: 
MS, 2013. 
 
PELISOLI, C.; MOREIRA, F. P. A prática da enfermagem na atenção psicossocial: 
possibilidades e desafios. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, n. 5, p. 1036-1042, 
2017. 
 
FONSECA, A. F.; OLIVEIRA, M. A. A consulta de enfermagem em saúde mental: uma 
revisão integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 53, e03530, 2019. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Saúde Mental: Fortalecendo nossa resposta. 
Genebra: OMS, 2022. 
 
 
ROTEIRO 28: Assistência ao paciente com risco de suicídio 
 
INTRODUÇÃO 
 
O suicídio é um problema de saúde pública de grande complexidade, 
multifatorial e com forte impacto social, emocional e econômico. Segundo 
a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por 
suicídio a cada ano, sendo uma das principais causas de morte entre jovens 
e adultos em todo o mundo. No Brasil, os índices têm aumentado, 
especialmente entre adolescentes, idosos e populações vulneráveis. A 
assistência ao paciente com risco de suicídio requer abordagem 
humanizada, empática e baseada na escuta qualificada. Os profissionais de 
saúde, especialmente da Atenção Primária e das urgências, têm papel 
essencial na prevenção, acolhimento e manejo clínico de pessoas em 
sofrimento psíquico intenso. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Compreensão do comportamento suicida 
O comportamento suicida compreende um espectro que inclui pensamentos 
suicidas, planejamento, tentativas e o ato consumado. Fatores como 
transtornos mentais (depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia), uso de 
substâncias psicoativas, isolamento social, histórico de abuso, perdas 
recentes e doenças crônicas podem aumentar o risco. A identificação 
precoce desses fatores é fundamental para a prevenção. 
 
2. Abordagem e acolhimento do paciente em risco 
A abordagem ao paciente com risco de suicídio deve ser feita de forma 
empática, sem julgamento, buscando estabelecer vínculo e confiança. A 
escuta ativa é essencial para compreender o sofrimento do paciente. 
Algumas estratégias importantes incluem: 
 
Avaliação do risco iminente (existência de plano, acesso a meios letais, 
tentativa prévia); 
 
Utilização de protocolos clínicos, como a escala Columbia-Suicide Severity 
Rating Scale (C-SSRS); 
 
Elaboração de plano de segurança, que envolva o paciente, família e rede 
de apoio; 
 
Garantia de acompanhamento contínuo e encaminhamento para serviços 
especializados, como CAPS e psicólogos. 
 
3. O papel da enfermagem na assistência ao paciente com risco de suicídio 
O enfermeiro atua de forma fundamental na triagem, acolhimento, 
monitoramento e educação em saúde. Entre suas funções destacam-se: 
 
Realizar entrevistas clínicas com escuta qualificada; 
 
Identificar sinais de alerta: retraimento, discurso de desesperança, 
mudanças de comportamento; 
 
Planejar intervenções de enfermagem com base na Sistematização da 
Assistência de Enfermagem (SAE); 
 
Orientar familiares e cuidadores sobre como agir em situações de crise; 
 
Participar de ações de educação em saúde mental na comunidade. 
 
4. Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) 
A assistência ao paciente em risco de suicídio deve estar integrada à Rede 
de Atenção Psicossocial (RAPS), que inclui: 
 
Unidades Básicas de Saúde (UBS); 
 
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); 
 
Serviços de Urgência e Emergência (UPA, SAMU, hospitais); 
 
Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); 
 
Consultórios na Rua, entre outros. 
 
A articulação entre esses serviços garante continuidade do cuidado, 
redução de internações e maior suporte ao paciente. 
 
5. Prevenção e promoção da saúde mental 
A prevenção do suicídio passa pela promoção da saúde mental, combate ao 
estigma e criação de espaços de escuta e acolhimento. Campanhas como o 
Setembro Amarelo têm papel educativo importante, mas devem ser 
acompanhadas por políticas públicas contínuas. 
 
CONCLUSÃO 
 
A assistência ao paciente com risco de suicídio é uma responsabilidade 
compartilhada entre os profissionais de saúde, a família e a sociedade. A 
identificação precoce, o acolhimento empático, o vínculo terapêutico e o 
encaminhamento adequado são pilares para um cuidado eficaz. A 
enfermagem, como profissão de contato direto com o paciente, 
desempenha papel essencial nesse processo, contribuindo para a prevenção 
de mortes evitáveis. Investir em capacitação, estruturação da RAPS e ações 
de promoção da saúde mental é urgente para enfrentar essa grave questão 
de saúde pública. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do suicídio: manual dirigido a profissionais 
das equipes de saúde mental. Brasília: MS, 2017. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Suicide Worldwide in 2019: Global Health 
Estimates. Geneva: WHO, 2021. 
 
BOTELHO, S. F.; SILVA, M. J. P. Cuidando de pessoas em risco de suicídio: uma 
abordagem para a enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 49, n. 4,p. 610-616, 2015. 
 
MINAYO, M. C. S.; CAVALCANTE, F. G. Suicídio entre pessoas idosas: revisão da 
literatura. Revista de Saúde Pública, v. 44, n. 4, p. 750-757, 2010. 
 
ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria. Cartilha Setembro Amarelo: como agir 
diante do risco de suicídio. 2022. 
 
 
ROTEIRO 29: Consulta de Enfermagem ao paciente com Dengue 
 
INTRODUÇÃO 
 
A dengue é uma arbovirose causada por um vírus do gênero Flavivirus, 
transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. É considerada um 
grave problema de saúde pública no Brasil e em diversos países tropicais e 
subtropicais. A doença pode se apresentar de forma leve ou evoluir para 
quadros graves, com risco de óbito, principalmente se não for diagnosticada 
e manejada adequadamente. Nesse contexto, a consulta de enfermagem 
tem papel crucial no reconhecimento precoce dos sinais e sintomas, no 
monitoramento da evolução clínica, na orientação aos pacientes e no 
encaminhamento oportuno para atendimento médico, quando necessário. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Características clínicas da dengue 
A dengue possui três formas principais de apresentação: 
 
Dengue clássica: febre alta de início súbito, dor de cabeça, dores 
musculares e nas articulações, náuseas, vômitos, exantema e dor 
retroorbital. 
 
Dengue com sinais de alarme: além dos sintomas clássicos, o paciente 
apresenta sinais como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, 
sangramentos, letargia ou irritabilidade. 
 
Dengue grave: presença de choque, sangramento grave ou 
comprometimento de órgãos como fígado e coração. 
 
A classificação correta da dengue é essencial para determinar o nível de 
cuidado necessário e deve ser avaliada continuamente durante a consulta 
de enfermagem. 
 
2. Consulta de enfermagem na prática clínica 
A consulta de enfermagem ao paciente com suspeita ou confirmação de 
dengue segue as etapas da Sistematização da Assistência de Enfermagem 
(SAE): 
 
a) Coleta de dados 
Entrevista com foco em início dos sintomas, presença de febre, dor no 
corpo, náuseas, sangramentos, diurese e sinais de alarme; 
 
Avaliação física: sinais vitais, hidratação, estado de consciência, presença 
de petéquias ou outros sangramentos; 
 
Análise de exames laboratoriais (quando disponíveis), como hemograma e 
hematócrito. 
 
b) Diagnósticos de enfermagem (segundo NANDA-I) 
Risco de volume de líquidos deficiente; 
 
Hipertermia; 
 
Náusea; 
 
Integridade da pele prejudicada (em casos com exantema); 
 
Ansiedade (relacionada à condição clínica e à possibilidade de evolução 
grave). 
 
c) Planejamento e intervenções 
Manutenção da hidratação oral ou venosa, conforme gravidade do caso; 
 
Monitoramento frequente de sinais vitais e sintomas de alarme; 
 
Orientações ao paciente e familiares sobre repouso, sinais de piora, 
importância da hidratação e retorno imediato em caso de agravamento; 
 
Encaminhamento para unidade de referência, se necessário. 
 
d) Avaliação 
Reavaliação diária ou conforme evolução clínica; 
 
Registro de evolução e resposta às intervenções propostas; 
 
Garantia de continuidade do cuidado, incluindo agendamento de retornos e 
vigilância de contatos. 
 
3. Educação em saúde e prevenção 
A enfermagem também atua na educação em saúde, orientando a 
população sobre medidas preventivas: 
 
Eliminação de criadouros do mosquito (Aedes aegypti); 
 
Uso de repelentes e roupas protetoras; 
 
Importância da notificação e do diagnóstico precoce; 
 
Participação em campanhas de combate ao mosquito. 
 
CONCLUSÃO 
 
A consulta de enfermagem ao paciente com dengue é um momento 
essencial para garantir o cuidado eficaz e seguro, desde o reconhecimento 
dos sintomas até o encaminhamento para serviços especializados, quando 
necessário. O enfermeiro desempenha papel de destaque na triagem, 
monitoramento, orientação e prevenção, contribuindo significativamente 
para a redução de complicações e mortalidade pela doença. Além disso, sua 
atuação na educação em saúde fortalece o combate à dengue nas 
comunidades, promovendo o controle epidemiológico de forma integrada e 
sustentável. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de 
Epidemias de Dengue. Brasília: MS, 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de manejo clínico da dengue na atenção 
básica. Brasília: MS, 2016. 
 
CAVALCANTE, L. C. et al. Ações de enfermagem frente ao paciente com dengue: uma 
revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, n. 2, p. 987-993, 2018. 
 
FERNANDES, A. P.; COSTA, M. C. Práticas de enfermagem na assistência ao paciente 
com arboviroses. Revista de Enfermagem Atual In Derme, v. 94, p. e022001, 2021. 
 
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Dengue: Diretrizes para o 
diagnóstico, tratamento, prevenção e controle. Brasília: OPAS, 2023. 
 
 
42. ROTEIRO 30: Procedimentos no Manejo Clínico da Dengue 
 
INTRODUÇÃO 
 
A dengue é uma arbovirose viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, 
de ampla distribuição no Brasil e em países tropicais e subtropicais. De 
acordo com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), 
a dengue representa uma das mais importantes doenças emergentes da 
atualidade, com potencial para evolução grave e óbito, principalmente 
quando não manejada adequadamente. O manejo clínico adequado, 
baseado na estratificação de risco, hidratação precoce e monitoramento 
contínuo, é fundamental para a redução de complicações e da mortalidade. 
Dessa forma, conhecer e aplicar os procedimentos clínicos corretos no 
atendimento ao paciente com dengue é essencial para profissionais de 
saúde atuantes em todos os níveis de atenção. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Classificação clínica da dengue 
Segundo o Protocolo de Manejo Clínico da Dengue do Ministério da Saúde 
(2021), a doença é classificada em três grupos principais, que norteiam os 
procedimentos clínicos: 
 
Grupo A (casos leves): sintomas clássicos sem sinais de alarme e sem 
comorbidades; 
 
Grupo B (casos com risco moderado): presença de sinais de alarme ou 
comorbidades; 
 
Grupo C (casos graves): com sinais de choque, hemorragia grave ou 
comprometimento de órgãos. 
 
Essa classificação define os locais de atendimento (ambulatorial, 
observação ou internação hospitalar) e a conduta terapêutica. 
 
2. Procedimentos no manejo clínico 
a) Hidratação 
A hidratação é a medida terapêutica mais importante e eficaz no manejo 
da dengue. O volume e a via (oral ou intravenosa) variam conforme a 
classificação clínica: 
 
Casos leves (Grupo A): incentivo à ingestão oral de líquidos, cerca de 60 
mL/kg/dia; 
 
Casos com sinais de alarme (Grupo B): hidratação venosa com solução 
isotônica (como SF 0,9%) e monitoramento constante; 
 
Casos graves (Grupo C): reposição volêmica em ambiente hospitalar com 
vigilância intensiva. 
 
b) Monitoramento clínico 
O acompanhamento deve incluir: 
 
Sinais vitais a cada 4–6 horas (ou mais, em casos graves); 
 
Avaliação da diurese, estado de consciência, presença de sangramentos; 
 
Hemograma diário para avaliar hematócrito e plaquetas; 
 
Exames complementares conforme necessidade (função hepática, 
eletrólitos, coagulograma). 
 
c) Medicações e cuidados 
Antitérmicos seguros: uso de paracetamol para controle da febre; 
 
Evitar AAS e anti-inflamatórios, devido ao risco de sangramento; 
 
Controle rigoroso da dor com medicação apropriada; 
 
Em casos graves: transfusão de hemocomponentes (plaquetas, plasma) 
conforme protocolo. 
 
d) Critérios de internação e encaminhamento 
O paciente deve ser encaminhado para internação hospitalar em casos de: 
 
Instabilidade hemodinâmica; 
 
Hemorragias significativas; 
 
Elevação progressiva do hematócrito com plaquetopenia acentuada; 
 
Queda abrupta do nível de consciência; 
 
Doenças crônicas descompensadas associadas ao quadro viral. 
 
3. Condutas de enfermagem e equipe multiprofissional 
O enfermeiro tem papel central no cuidado ao paciente com dengue, 
realizando: 
 
Triagem e classificação de risco; 
 
Monitoramentocontínuo da hidratação e sinais de alarme; 
 
Orientação ao paciente e familiares sobre repouso, alimentação e sinais de 
agravamento; 
 
Apoio na adesão ao plano terapêutico e ao retorno para reavaliação. 
 
A atuação multiprofissional (médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos, 
agentes comunitários) é essencial para o cuidado integral, especialmente 
em períodos de epidemia. 
 
4. Prevenção de complicações e óbitos 
A maioria dos casos de óbito por dengue ocorre devido a hidratação 
inadequada ou retardada. Assim, a capacitação das equipes de saúde, a 
aplicação correta dos protocolos e a detecção precoce dos sinais de 
gravidade são as principais estratégias para evitar mortes evitáveis. 
 
CONCLUSÃO 
O manejo clínico da dengue exige atuação técnica, vigilante e coordenada 
dos profissionais de saúde, com base em protocolos atualizados. A correta 
classificação dos casos, a hidratação precoce e adequada, o monitoramento 
rigoroso e a referência oportuna dos pacientes com sinais de gravidade são 
os pilares da assistência segura e eficaz. Investir na formação das equipes, 
na estrutura dos serviços e na prevenção da doença é essencial para 
enfrentar os desafios epidemiológicos da dengue e reduzir sua letalidade. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Manejo Clínico da Dengue na Rede 
de Atenção à Saúde. Brasília: MS, 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde: Volume Único. 
Brasília: MS, 2022. 
 
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Diretrizes para diagnóstico, 
tratamento, prevenção e controle da dengue. Brasília: OPAS, 2023. 
 
CAVALCANTE, L. C.; OLIVEIRA, S. V. Intervenções de enfermagem na dengue: 
uma revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 95, p. 
e023001, 2022. 
 
FERNANDES, A. P.; COSTA, M. C. Cuidados clínicos ao paciente com dengue: 
condutas baseadas em evidências. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 
73, n. 1, p. e20210055, 2021. 
 
 
ROTEIRO 31: Assistência de Enfermagem na Nebulização 
 
INTRODUÇÃO 
 
A nebulização é um procedimento terapêutico amplamente utilizado nos 
serviços de saúde para o tratamento de doenças respiratórias, como asma, 
bronquite, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e infecções das vias 
aéreas superiores e inferiores. Ela consiste na administração de 
medicamentos por via inalatória, transformando o fármaco líquido em 
partículas aerossóis que são inaladas diretamente pelos pulmões. O papel 
da enfermagem na realização da nebulização é fundamental, tanto na 
execução correta do procedimento quanto no acompanhamento da resposta 
do paciente, além de garantir a segurança, conforto e eficácia da terapia. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Objetivos da nebulização 
A nebulização tem como finalidade: 
 
Fluidificar as secreções; 
 
Promover broncodilatação; 
 
Melhorar a oxigenação pulmonar; 
 
Administrar medicamentos com ação local direta no sistema respiratório; 
 
Reduzir sintomas como chiado, tosse, dispneia e congestão nasal. 
 
2. Atuação da enfermagem no procedimento 
O técnico e o enfermeiro têm atribuições distintas, porém complementares, 
na nebulização. A enfermagem deve: 
 
a) Antes do procedimento: 
Confirmar a prescrição médica; 
 
Verificar identificação do paciente, diagnóstico, idade e condições clínicas; 
 
Explicar o procedimento ao paciente, promovendo conforto e colaboração; 
 
Selecionar o tipo de nebulizador adequado (compressor de ar ou 
ultrassônico); 
 
Higienizar as mãos e utilizar equipamentos limpos e preparados, como 
máscara ou bocal, copo do nebulizador, extensão e medicamento prescrito. 
 
b) Durante o procedimento: 
Posicionar o paciente de forma confortável e com boa expansão torácica; 
 
Manter vigilância quanto a sinais de desconforto respiratório, cianose, 
agitação ou broncoespasmo; 
 
Garantir que o paciente esteja inalando corretamente o aerossol, seja pela 
máscara ou pelo bocal, conforme apropriado; 
 
Monitorar frequência respiratória, saturação de oxigênio e resposta ao 
tratamento. 
 
c) Após o procedimento: 
Descartar resíduos e higienizar o equipamento, evitando contaminações 
cruzadas; 
 
Realizar anotações de enfermagem, descrevendo medicamento usado, 
tempo de nebulização, resposta clínica e intercorrências; 
 
Orientar sobre a limpeza de nebulizadores domiciliares (quando aplicável); 
 
Encaminhar o paciente para avaliação médica, se necessário. 
 
3. Medicamentos mais utilizados 
Os medicamentos frequentemente administrados por nebulização incluem: 
 
Broncodilatadores: salbutamol, fenoterol; 
 
Corticosteroides inalados: budesonida; 
 
Mucolíticos: acetilcisteína; 
 
Solução salina (0,9% ou hipertônica): utilizada para hidratação e 
fluidificação de secreções. 
 
4. Cuidados e precauções 
Evitar nebulizações em ambiente fechado com múltiplos pacientes sem 
ventilação adequada (risco de aerossolização de agentes infecciosos); 
 
Contraindicar nebulização em pacientes com história de hipersensibilidade 
ao fármaco utilizado; 
 
Utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) conforme protocolo 
institucional, principalmente em pacientes com suspeita de doenças 
infecciosas. 
 
5. Importância da humanização no cuidado 
O procedimento deve ser realizado com atenção ao conforto, dignidade e 
comunicação clara com o paciente. Crianças, idosos e pacientes com 
deficiência podem necessitar de adaptações ou presença de acompanhantes 
durante a nebulização. 
 
CONCLUSÃO 
 
A assistência de enfermagem na nebulização vai além da simples 
administração de medicamentos. Ela exige conhecimento técnico, atenção 
aos detalhes e compromisso com o bem-estar do paciente. A correta 
execução do procedimento, a observação clínica durante sua realização e o 
registro adequado das informações são fundamentais para garantir eficácia 
terapêutica e segurança. A atuação da enfermagem nesse contexto contribui 
diretamente para a recuperação respiratória e para a qualidade do 
atendimento prestado. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
RASIL. Ministério da Saúde. Protocolos de Atenção à Saúde: Atenção às 
Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde: Asma. Brasília: MS, 2013. 
 
COELHO, L. A. C.; RIBEIRO, C. C. Assistência de Enfermagem na Nebulização: 
uma prática clínica em serviços de saúde. Revista de Enfermagem Atual In 
Derme, v. 95, p. e023012, 2022. 
 
FERREIRA, M. C.; OLIVEIRA, R. C. Cuidados de enfermagem na administração 
de medicamentos por via inalatória. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 
74, n. 4, p. 1–8, 2021. 
 
SOBRATT, Sociedade Brasileira de Tórax. Guia Prático de Terapias Inalatórias. 
São Paulo: SOBRATT, 2020. 
 
ANVISA. Boas Práticas para a Limpeza e Desinfecção de Equipamentos 
Respiratórios. Brasília: 2022. 
 
ROTEIRO 32: Aplicação de técnica estéril no manuseio de curativos 
 
INTRODUÇÃO 
 
A realização de curativos é uma prática cotidiana na assistência de 
enfermagem e requer rigor técnico e científico para promover a 
cicatrização adequada, prevenir infecções e garantir a segurança do 
paciente. A técnica estéril é um dos pilares fundamentais nesse processo, 
especialmente em feridas cirúrgicas ou em condições de risco elevado de 
infecção. Sua aplicação correta evita a introdução de microrganismos 
exógenos na ferida, reduzindo complicações clínicas. O domínio dessa 
técnica, portanto, é essencial para todos os profissionais de enfermagem, 
que devem atuar com conhecimento, habilidade e responsabilidade no 
cuidado ao paciente com feridas. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Conceito e importância da técnica estéril 
A técnica estéril, também chamada de técnica asséptica, consiste em um 
conjunto de medidas utilizadas para manter o campo cirúrgico ou área do 
curativo livre de microrganismos. Ela é indispensável na manipulação de 
feridas abertas, incisões cirúrgicas, drenos e úlceras por pressão. A adoção 
dessa técnica reduz significativamente o risco de infecção hospitalar, 
contribuindo para a recuperação do paciente, a redução do tempo de 
internação e o custo hospitalar. 
 
2. Materiaise preparo do ambiente 
Antes do início do curativo, o profissional deve preparar o ambiente, os 
materiais e o paciente: 
 
Materiais estéreis: campos, gazes, pinças, soro fisiológico ou solução 
antisséptica, luvas estéreis; 
 
Materiais de apoio: saco para descarte, compressas, fita microporosa, 
solução para higiene das mãos; 
 
O ambiente deve ser limpo, arejado, com boa iluminação, e o paciente 
deve ser posicionado de forma confortável. 
 
A manipulação dos materiais deve seguir o princípio da zona limpa e zona 
contaminada, evitando o contato entre áreas estéreis e não estéreis. 
 
3. Etapas do manuseio de curativos com técnica estéril 
a) Higienização das mãos 
Realizar a higienização adequada das mãos com água e sabão ou preparação 
alcoólica, seguindo os cinco momentos da OMS. 
 
b) Uso de EPI e paramentação 
Utilizar avental, máscara e luvas de procedimento para preparo inicial e, 
posteriormente, luvas estéreis para contato direto com o curativo. 
 
c) Abertura do material estéril 
Manusear campos e pinças estéreis sem tocar diretamente nas superfícies 
internas. Usar a técnica de abertura correta, preservando a esterilidade. 
 
d) Retirada do curativo antigo 
Remover cuidadosamente o curativo anterior com luvas de procedimento, 
avaliando as características da ferida (odor, exsudato, tecido necrótico, 
sinais de infecção). 
 
e) Limpeza da ferida 
Utilizar solução fisiológica 0,9% ou outro antisséptico prescrito, sempre da 
área mais limpa para a mais contaminada. Usar pinça estéril ou gaze sem 
contato manual direto. 
 
f) Aplicação do novo curativo 
Cobrir a ferida com gaze ou curativo adequado, conforme prescrição. Fixar 
com fita adesiva, atadura ou sistema moderno (curativo de espuma, 
hidrocolóide, etc.). 
 
g) Descarte dos materiais 
Descartar adequadamente os resíduos conforme normas de biossegurança. 
 
h) Registro de enfermagem 
Registrar data, hora, tipo de ferida, aspecto da lesão, materiais utilizados, 
intercorrências e orientação ao paciente, conforme preconiza a 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). 
 
4. Riscos da técnica inadequada 
A má execução da técnica estéril pode resultar em: 
 
Infecções locais ou sistêmicas (sepse); 
 
Atraso na cicatrização; 
 
Aumento da dor e desconforto; 
 
Necessidade de antibioticoterapia ou nova intervenção cirúrgica. 
 
Por isso, é essencial que o profissional de enfermagem esteja capacitado e 
atualize seus conhecimentos periodicamente. 
 
5. Humanização e educação do paciente 
Além da técnica, é importante considerar o aspecto humanizado do 
cuidado, explicando ao paciente o procedimento, tranquilizando-o e 
incentivando sua participação no autocuidado, sempre que possível. 
 
 CONCLUSÃO 
 
A técnica estéril no manuseio de curativos é uma prática indispensável para 
garantir a integridade da assistência de enfermagem, a segurança do 
paciente e a prevenção de infecções. Seu uso correto exige preparo 
técnico, responsabilidade ética e constante atualização dos profissionais. A 
enfermagem, como protagonista no cuidado direto, deve zelar pela 
qualidade na realização dos curativos, promovendo um ambiente 
terapêutico seguro e humanizado. Assim, fortalece-se o cuidado integral ao 
paciente com feridas, favorecendo sua recuperação clínica e qualidade de 
vida. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Segurança do Paciente: Higienização das Mãos em 
Serviços de Saúde. Brasília: ANVISA, 2020. 
 
FERREIRA, A. M.; BORGES, E. L. Cuidados de enfermagem no tratamento de feridas: 
uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, n. 6, p. 1572-1580, 
2019. 
 
KAWAGOE, C. M.; PEDROSA, H. C. Técnica estéril no curativo: conhecimentos e 
práticas dos profissionais de enfermagem. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 
94, p. e022010, 2022. 
 
NANDA INTERNATIONAL. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: definições e 
classificações 2021–2023. Porto Alegre: Artmed, 2021. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). WHO Guidelines on Hand Hygiene in 
Health Care. Geneva: WHO, 2021. 
 
 
ROTEIRO 33: Assistência de Enfermagem em estomaterapia: Tipos de curativos 
 
INTRODUÇÃO 
 
A estomaterapia é uma especialidade da enfermagem que abrange o 
cuidado a pessoas com estomias, feridas agudas e crônicas, e 
incontinências. O enfermeiro estomaterapeuta tem papel essencial na 
avaliação, escolha e aplicação correta dos tipos de curativos, com o 
objetivo de promover a cicatrização, aliviar sintomas e melhorar a 
qualidade de vida dos pacientes. O tratamento de feridas é um campo 
complexo, que exige conhecimento técnico e científico, já que a escolha 
inadequada do curativo pode agravar o quadro clínico. Portanto, 
compreender os diferentes tipos de curativos e suas indicações é 
fundamental para garantir uma assistência segura e eficaz. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Conceito e importância da estomaterapia 
A estomaterapia é uma área da enfermagem que cuida de pessoas com: 
 
Estomias (ex: colostomia, urostomia); 
 
Feridas agudas e crônicas (ex: úlceras por pressão, feridas diabéticas, 
lesões traumáticas); 
 
Incontinências urinária e fecal. 
 
O enfermeiro estomaterapeuta realiza avaliação clínica da ferida, identifica 
fatores de risco, orienta a equipe e o paciente, e prescreve produtos 
adequados para o tratamento, com base em evidências científicas e 
protocolos atualizados. 
 
2. Classificação dos curativos 
Os curativos podem ser classificados de diversas formas. A seguir, 
destacam-se os principais tipos utilizados em estomaterapia: 
 
a) Curativos tradicionais 
Gaze com soro fisiológico: utilizado em feridas limpas, pouco exsudativas; 
 
Gaze com antisséptico (PVPI, clorexidina): usado em feridas infectadas, 
com cuidado para não causar citotoxicidade. 
 
b) Curativos modernos ou interativos 
Esses curativos mantêm um ambiente úmido ideal para a cicatrização, além 
de interagir com o leito da ferida. 
 
Alginato de cálcio: indicado para feridas com grande exsudato, pois absorve 
secreções e ajuda na hemostasia; 
 
Hidrocolóides: promovem autólise do tecido desvitalizado; ideais para 
lesões superficiais e com pouco exsudato; 
 
Hidrogéis: utilizados em feridas secas ou necrosadas, por manterem a 
umidade e facilitarem a debridamento; 
 
Espumas de poliuretano: absorvem exsudato e protegem feridas com médio 
a alto grau de secreção; 
 
Curativos com prata: têm ação antimicrobiana, indicados para feridas 
infectadas ou com risco de infecção; 
 
Membranas de silicone: atraumáticas, usadas em feridas com pele 
perilesional fragilizada; 
 
Carvão ativado com prata: indicado para feridas exsudativas com odor. 
 
3. Critérios para escolha do curativo 
A escolha do curativo deve considerar: 
 
Tipo da ferida (aguda ou crônica); 
 
Fase de cicatrização (inflamatória, proliferativa, maturação); 
 
Quantidade de exsudato; 
 
Presença de infecção ou necrose; 
 
Condições da pele ao redor da ferida (pele perilesional); 
 
Conforto e custo-benefício para o paciente e o sistema de saúde. 
 
4. Papel da enfermagem na aplicação dos curativos 
A equipe de enfermagem é responsável por: 
 
Avaliar e registrar as características da ferida; 
 
Selecionar e aplicar o curativo adequado; 
 
Prevenir complicações (ex: infecção, maceração da pele); 
 
Educar o paciente e a família sobre os cuidados domiciliares; 
 
Garantir a técnica asséptica durante os procedimentos. 
 
Além disso, o enfermeiro deve monitorar sinais de infecção, dor, odor ou 
piora do quadro, e comunicar ao médico ou estomaterapeuta responsável. 
 
5. Humanização do cuidado e abordagem interdisciplinar 
A assistência em estomaterapia deve ser humanizada, levando em conta o 
sofrimento físico e emocional do paciente, especialmente em casos de 
feridas crônicas ou estomias permanentes. O trabalho em equipe 
multidisciplinar (enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, 
psicólogos) é essencial para um plano de cuidado eficaz. 
 
 CONCLUSÃO 
 
A assistência de enfermagem em estomaterapia é um processo complexo e 
humanizado, que exigeconhecimentos específicos sobre os diferentes tipos 
de curativos, suas indicações e formas de aplicação. A escolha correta do 
curativo, aliada à avaliação contínua e à técnica adequada, favorece a 
cicatrização e previne complicações. O profissional de enfermagem tem 
papel central nesse cuidado, atuando com competência, ética e 
sensibilidade para garantir uma recuperação segura e digna aos pacientes 
com feridas. Investir na capacitação da equipe e na disponibilidade de 
materiais adequados é essencial para a qualidade da assistência prestada. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Tratamento de Feridas. Brasília: MS, 
2021. 
 
SOBEST – Associação Brasileira de Estomaterapia. A prática da estomaterapia: 
feridas, estomias e incontinências. São Paulo: Manole, 2019. 
 
FERREIRA, A. M.; BORGES, E. L. Tipos de curativos: fundamentos para a prática 
clínica em enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, n. 3, p. 812–819, 
2019. 
 
BARROS, B. D. C. et al. Curativos no tratamento de feridas: revisão integrativa. 
Revista de Enfermagem Atual In Derme, v. 94, p. e022047, 2022. 
 
NANDA International. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I 2021–2023: 
definições e classificações. Porto Alegre: Artmed, 2021. 
 
 
ROTEIRO 34: Assistência de Enfermagem em estomaterapia Consulta de Enfermagem 
 
INTRODUÇÃO 
 
A estomaterapia é uma especialidade da enfermagem voltada para o 
cuidado de pessoas com estomias, feridas agudas e crônicas, e 
incontinências anal ou urinária. Nessa área, a consulta de enfermagem 
representa uma prática clínica essencial, pois permite a avaliação integral 
do paciente, a construção de um plano de cuidado individualizado e o 
acompanhamento contínuo da evolução clínica. Essa consulta é realizada 
com base na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), 
contribuindo para a qualidade, humanização e segurança no atendimento. 
O enfermeiro estomaterapeuta, por meio da consulta, exerce um papel 
estratégico na reabilitação, autocuidado e prevenção de complicações, 
promovendo autonomia e bem-estar ao paciente. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. A importância da estomaterapia na enfermagem 
A estomaterapia surgiu no Brasil nos anos 1990 e tornou-se uma área de 
especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). 
O enfermeiro estomaterapeuta é capacitado para: 
 
Realizar avaliação clínica e funcional de estomias e feridas; 
 
Prescrever curativos e dispositivos; 
 
Oferecer suporte educacional ao paciente e à família; 
 
Atuar na prevenção e no tratamento de lesões cutâneas relacionadas à 
incontinência e dispositivos. 
 
Essa atuação é baseada em evidências científicas, com foco na qualidade de 
vida do paciente. 
 
2. Consulta de enfermagem em estomaterapia: etapas 
A consulta de enfermagem segue as etapas da SAE, organizando o cuidado 
de forma sistemática: 
 
a) Coleta de dados 
Histórico de saúde e social do paciente; 
 
Avaliação da estomia (tipo, localização, complicações); 
 
Condições da pele periestoma; 
 
Análise da ferida (tipo, exsudato, dor, sinais de infecção); 
 
Avaliação do autocuidado, suporte familiar e dificuldades emocionais. 
 
b) Diagnósticos de enfermagem (exemplos segundo NANDA-I) 
Integridade da pele prejudicada; 
 
Conhecimento deficiente sobre cuidados com estomia; 
 
Risco de infecção; 
 
Ansiedade relacionada à autoimagem corporal alterada. 
 
c) Planejamento e implementação 
Elaboração do plano de cuidados individualizado; 
 
Prescrição de curativos e dispositivos adequados; 
 
Treinamento do paciente e/ou cuidador para o manejo da estomia; 
 
Intervenções para prevenção de lesões por umidade, fricção ou pressão; 
 
Encaminhamento para outras especialidades, se necessário (psicologia, 
nutrição, fisioterapia). 
 
d) Avaliação 
Monitoramento da evolução da ferida ou estomia; 
 
Reavaliação contínua da eficácia dos cuidados e materiais utilizados; 
 
Ajustes no plano terapêutico com base na resposta do paciente. 
 
3. Aspectos humanizados da consulta 
Além do aspecto técnico, a consulta em estomaterapia deve promover 
acolhimento, escuta ativa e apoio emocional. Estomias e feridas crônicas 
afetam diretamente a autoestima, o convívio social e a sexualidade dos 
pacientes. Por isso, o enfermeiro deve: 
 
Respeitar a individualidade e as escolhas do paciente; 
 
Oferecer informações claras e compreensíveis; 
 
Incentivar o protagonismo no autocuidado; 
 
Trabalhar a aceitação da nova condição de saúde com empatia. 
 
4. Desafios e perspectivas 
Alguns desafios enfrentados na prática incluem: 
 
Falta de acesso a estomaterapeutas em regiões remotas; 
 
Dificuldade de acesso a curativos e dispositivos de qualidade; 
 
Barreiras emocionais dos pacientes frente à nova realidade; 
 
Necessidade de políticas públicas que fortaleçam a reabilitação. 
 
Contudo, a ampliação dos serviços de estomaterapia no SUS e a capacitação 
contínua da enfermagem representam caminhos promissores para superar 
essas barreiras. 
 
CONCLUSÃO 
 
A consulta de enfermagem em estomaterapia é uma ferramenta 
indispensável para o cuidado eficaz, humanizado e contínuo de pacientes 
com estomias, feridas e incontinências. Por meio dela, o enfermeiro pode 
avaliar, planejar, implementar e reavaliar estratégias terapêuticas 
baseadas nas necessidades reais dos pacientes, promovendo segurança, 
autonomia e qualidade de vida. A atuação do estomaterapeuta, pautada no 
conhecimento técnico-científico e na empatia, é fundamental para o 
sucesso da reabilitação e para a prevenção de complicações. Investir em 
educação permanente, estrutura adequada e políticas de apoio é essencial 
para fortalecer essa área da enfermagem especializada. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
SOBEST – Associação Brasileira de Estomaterapia. A prática da estomaterapia: 
feridas, estomias e incontinências. 2. ed. São Paulo: Manole, 2019. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Atenção à Pessoa com Estomia. 
Brasília: MS, 2021. 
 
COFEN – Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 567/2018: Normatiza 
a atuação do enfermeiro estomaterapeuta. 
 
NANDA International. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: definições e 
classificações 2021–2023. Porto Alegre: Artmed, 2021. 
 
BARROS, B. D. C. et al. Consulta de enfermagem na estomaterapia: 
contribuições para o autocuidado. Revista de Enfermagem Atual In Derme, 
v. 94, p. e022039, 2022. 
 
 
ROTEIRO 35: Programa Nacional de Imunização e Rede de Frio 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado pelo Ministério da Saúde 
em 1973, é um dos mais bem-sucedidos programas de saúde pública do 
Brasil e referência internacional em vacinação. Sua missão é garantir o 
acesso universal e gratuito a vacinas seguras e eficazes, promovendo a 
prevenção de doenças imunopreveníveis e a melhoria da qualidade de vida 
da população. Para o sucesso do PNI, a Rede de Frio desempenha um papel 
essencial, garantindo a conservação, armazenamento e distribuição correta 
das vacinas, desde a fabricação até a administração nos postos de saúde. A 
manutenção da cadeia de frio assegura a integridade dos imunobiológicos e, 
consequentemente, a eficácia da imunização. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Objetivos e importância do PNI 
O PNI tem como principais objetivos: 
 
Reduzir a morbimortalidade por doenças imunopreveníveis; 
 
Eliminar e erradicar enfermidades específicas, como já ocorreu com a 
poliomielite e o sarampo (em diferentes períodos); 
 
Manter altas coberturas vacinais em todas as faixas etárias; 
 
Organizar campanhas nacionais de vacinação (ex: gripe, COVID-19, 
multivacinação infantil); 
 
Promover a vigilância epidemiológica das doenças imunopreveníveis. 
 
O PNI tornou-se símbolo de acesso equitativo à saúde, integrando vacinas 
de última geração no calendário nacional e sendo reconhecido por sua 
capacidade de mobilização em campanhas de grande escala. 
 
2. Calendário vacinal e imunobiológicos disponibilizados 
Atualmente, o calendário do PNI inclui vacinas para todas as idades 
(crianças,adolescentes, adultos e idosos), contemplando: 
 
Vacinas contra hepatite B, BCG, DTP, poliomielite, HPV, febre amarela, 
influenza, COVID-19, entre outras; 
 
Soros e imunoglobulinas específicas para casos de exposição a agentes 
infecciosos (ex: raiva, tétano, hepatite B). 
 
Esses imunobiológicos são fornecidos gratuitamente em mais de 38 mil salas 
de vacinação em todo o território nacional. 
 
3. Rede de Frio: definição e funcionamento 
A Rede de Frio é o sistema logístico que garante a conservação e transporte 
adequado de vacinas, mantendo a temperatura ideal entre +2°C e +8°C, do 
laboratório produtor até o momento da aplicação. 
 
a) Níveis da Rede de Frio 
Nacional (nível central): em Brasília, responsável pela coordenação geral e 
distribuição para os estados; 
 
Estadual: armazena vacinas em câmaras frias e distribui para as regionais 
de saúde e municípios; 
 
Municipal e local (postos de saúde): armazena vacinas em refrigeradores 
adequados com controle térmico contínuo. 
 
b) Equipamentos e monitoramento 
Câmaras frias e geladeiras específicas para imunobiológicos; 
 
Termômetros de mínima e máxima; 
 
Data loggers (registradores eletrônicos de temperatura); 
 
Planilhas de controle e registros diários de temperatura; 
 
Gelo reciclável e caixas térmicas para transporte. 
 
4. Importância da manutenção da cadeia de frio 
A quebra da cadeia de frio pode comprometer a potência da vacina, 
tornando-a ineficaz e até insegura. Entre as causas comuns estão: 
 
Falhas elétricas; 
 
Armazenamento inadequado (vacinas colocadas na porta da geladeira, 
contato direto com gelo); 
 
Transporte em recipientes inadequados. 
 
Por isso, a capacitação contínua dos profissionais de enfermagem e técnicos 
da sala de vacinação é fundamental para garantir a vigilância rigorosa da 
temperatura e o uso correto dos equipamentos. 
 
5. O papel da enfermagem no PNI e na Rede de Frio 
Os profissionais de enfermagem são protagonistas na execução do PNI, com 
funções que incluem: 
 
Realizar a triagem e aplicação de vacinas; 
 
Registrar corretamente nos sistemas (ex: SI-PNI e prontuário eletrônico); 
 
Garantir o cumprimento do calendário vacinal; 
 
Monitorar e registrar a temperatura dos equipamentos da Rede de Frio; 
 
Educar a população sobre a importância da vacinação e combater as fake 
news. 
 
Durante crises sanitárias, como a pandemia de COVID-19, a atuação da 
enfermagem foi essencial para ampliar o acesso à vacinação com segurança 
e eficiência. 
 
CONCLUSÃO 
 
O Programa Nacional de Imunizações representa uma das maiores 
conquistas da saúde pública brasileira, com impactos positivos significativos 
na redução de doenças evitáveis e na promoção da equidade em saúde. O 
sucesso do PNI depende diretamente da eficiência da Rede de Frio, que 
assegura a conservação dos imunobiológicos até o momento da sua 
administração. A enfermagem exerce um papel fundamental nesse 
processo, atuando tanto na ponta da vacinação quanto na vigilância e 
controle da cadeia de frio. Investimentos contínuos em infraestrutura, 
logística e capacitação são indispensáveis para manter a excelência e a 
credibilidade do programa. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual da Rede de Frio. 5. ed. Brasília: MS, 
2021. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Imunização – PNI: 50 anos de 
história. Brasília: MS, 2023. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível 
em: https://www.gov.br/saude/pt-br. 
 
OLIVEIRA, S. A. et al. O papel da enfermagem na manutenção da cadeia de 
frio em unidades básicas de saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 
74, n. 1, p. e20200762, 2021. 
 
ANVISA. Boas práticas para conservação de vacinas: guia técnico para serviços 
de vacinação. Brasília: ANVISA, 2022. 
 
ROTEIRO 36: Higienização das mãos 
 
INTRODUÇÃO 
 
A higienização das mãos é um dos pilares fundamentais na prevenção e 
controle de infecções em ambientes de saúde. Trata-se de uma prática 
simples, mas de alta eficácia, que tem sido amplamente reconhecida pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS) como a intervenção mais importante 
para evitar a transmissão de microrganismos patogênicos. Em instituições 
de saúde, a higienização das mãos realizada corretamente pelos 
profissionais de saúde pode reduzir significativamente a incidência de 
infecções associadas à assistência. Este trabalho tem como objetivo discutir 
a importância da higienização das mãos, as técnicas recomendadas, e os 
benefícios dessa prática para a segurança do paciente e a qualidade do 
cuidado em saúde. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Importância da Higienização das Mãos na Prevenção de Infecções 
A higienização das mãos, embora simples, é considerada uma das 
intervenções mais eficazes para prevenir infecções nos serviços de saúde. 
As mãos são as partes do corpo humano mais frequentemente contaminadas 
por agentes patogênicos, como bactérias, vírus e fungos, que podem ser 
transmitidos ao paciente ou ao ambiente, resultando em infecções 
nosocomiais (infecções adquiridas durante o atendimento em unidades de 
saúde). 
 
Estudos demonstram que a maioria das infecções nosocomiais, como as 
infecções do trato urinário, respiratório e as causadas por microorganismos 
multirresistentes, poderia ser evitada com a adesão rigorosa à prática de 
higienização das mãos. Além disso, a implementação dessa prática diminui 
o risco de surtos de doenças contagiosas e garante a segurança tanto do 
paciente quanto do profissional de saúde. 
 
2. Técnicas de Higienização das Mãos 
A higienização das mãos pode ser realizada de duas formas principais: com 
água e sabão ou com álcool em gel (solução alcoólica). Ambas as técnicas 
têm indicações específicas, que devem ser observadas pelos profissionais de 
saúde. 
 
a) Lavagem das mãos com água e sabão: 
Indicada quando as mãos estão visivelmente sujas ou contaminadas por 
fluidos corporais. 
 
Envolve o uso de sabão, água corrente e a técnica correta de fricção para 
remover sujidades, microrganismos e resíduos. 
 
b) Antissepsia das mãos com solução alcoólica: 
A técnica mais recomendada quando não há sujeira visível nas mãos, como 
entre o contato com diferentes pacientes ou após a remoção de luvas. 
 
A solução alcoólica deve ser aplicada em toda a superfície das mãos e 
friccionada até que as mãos estejam secas. 
 
3. Quando realizar a higienização das mãos? 
A OMS e o Ministério da Saúde indicam a higienização das mãos em diversas 
situações, como: 
 
Antes e após o contato com pacientes; 
 
Antes de procedimentos assépticos (como inserção de cateteres, 
administração de medicamentos); 
 
Após tocar superfícies ou objetos contaminados; 
 
Após o contato com secreções, fluidos corporais ou objetos utilizados pelo 
paciente. 
 
Além disso, a lavagem das mãos deve ser feita após o uso de luvas, como 
elas não garantem a total proteção contra a contaminação. 
 
4. Desafios na adesão à higienização das mãos 
Apesar da evidência científica que comprova a eficácia da higienização das 
mãos na prevenção de infecções, muitos profissionais de saúde ainda 
apresentam dificuldades em seguir as orientações corretamente. Entre os 
principais desafios, destacam-se: 
 
Falta de infraestrutura adequada, como pontos de lavagem de mãos 
acessíveis e soluções antissépticas suficientes; 
 
Falta de conscientização ou treinamento contínuo sobre a importância e a 
técnica correta de higienização; 
 
Falta de tempo no contexto de alta demanda nas unidades de saúde; 
 
Resistência cultural e hábitos arraigados, em que a prática de higienização 
não é vista como uma prioridade. 
 
5. Benefícios para a Segurança do Paciente 
A adesão rigorosa à higienização das mãos traz inúmeros benefícios para a 
segurança do paciente, incluindo: 
 
Redução das infecções hospitalares: Diminui a transmissão de 
microrganismos patogênicos entre pacientes e profissionais. 
 
Aumento da confiança do paciente: O cumprimento das boas práticas de 
higiene transmite segurança e confiança aospacientes, que percebem um 
cuidado de qualidade. 
 
Redução dos custos com internações: Infecções associadas aos cuidados de 
saúde podem prolongar o tempo de internação, gerar complicações e elevar 
os custos dos tratamentos. 
 
CONCLUSÃO 
 
A higienização das mãos é uma prática essencial e eficaz para a prevenção 
de infecções, tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde. Sua 
implementação adequada depende do comprometimento de todos os 
envolvidos, da infraestrutura das unidades de saúde e do treinamento 
constante dos profissionais. A adesão a protocolos internacionais, como os 
da OMS, e a disseminação de campanhas educativas podem contribuir para 
melhorar a adesão à prática de higienização das mãos. Consequentemente, 
essa prática não só melhora a segurança do paciente, mas também 
contribui para a qualidade do atendimento e a redução dos custos com 
infecções relacionadas à assistência à saúde. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Práticas de Higienização das Mãos 
em Serviços de Saúde: Guia para a Implementação de um Programa 
Global. Genebra: OMS, 2009. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo para Higienização das Mãos: 
Orientações para Profissionais de Saúde. Brasília: MS, 2020. 
 
MACEDO, L. G. et al. Higienização das mãos e sua importância na prevenção 
de infecções hospitalares. Revista de Enfermagem da UERJ, v. 22, n. 2, p. 
134-139, 2020. 
 
SANTOS, R. P.; ALMEIDA, E. L. M. Higiene das mãos: Desafios e estratégias 
para a adesão em unidades hospitalares. Revista Brasileira de 
Enfermagem, v. 72, n. 5, p. 1230-1237, 2019. 
 
GIL, M. D. et al. Higiene das mãos e segurança do paciente: práticas que 
salvam vidas. Jornal Brasileiro de Enfermagem, v. 72, n. 3, p. 890-896, 
2020. 
 
 
ROTEIRO 37: Calendário vacinal da criança 
 
INTRODUÇÃO 
 
O calendário vacinal é um conjunto de vacinas recomendadas pelo 
Ministério da Saúde para a proteção das crianças contra doenças graves e 
potencialmente fatais. A vacinação infantil tem sido uma das estratégias 
mais eficazes de saúde pública, com o objetivo de prevenir a disseminação 
de doenças infecciosas e reduzir a morbimortalidade em crianças. O Brasil, 
por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), oferece um 
calendário vacinal que se atualiza constantemente com base nas evidências 
científicas e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 
Este trabalho visa discutir a importância da vacinação infantil, as vacinas 
incluídas no calendário vacinal, os desafios enfrentados na adesão das 
famílias à imunização, e o impacto da vacinação na saúde pública. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. mportância do Calendário Vacinal da Criança 
O calendário vacinal da criança tem como principal objetivo prevenir 
doenças infecciosas graves, como sarampo, poliomielite, hepatite B, 
meningite, entre outras. A vacinação não só protege a criança vacinada, 
mas também promove a imunidade coletiva, ou seja, quando uma grande 
parte da população está vacinada, a propagação de doenças é impedida, 
contribuindo para a proteção de indivíduos não vacinados, como aqueles 
com condições médicas especiais ou os bebês muito pequenos. 
 
Além disso, a vacinação infantil tem impacto positivo nas taxas de 
morbimortalidade infantil, uma vez que evita a ocorrência de doenças que, 
sem a vacinação, poderiam levar à morte ou deixar sequelas permanentes. 
A vacinação também diminui o custo econômico das internações 
hospitalares e tratamentos de doenças evitáveis, além de promover uma 
saúde pública mais eficiente. 
 
2. Vacinas Incluídas no Calendário Vacinal Infantil 
O calendário vacinal infantil do Brasil é extenso e inclui vacinas para 
proteção contra diversas doenças. Entre as vacinas mais importantes e as 
idades recomendadas para a administração, destacam-se: 
 
BCG (Bacilo Calmette-Guérin): Administrada logo após o nascimento para 
prevenção de formas graves de tuberculose. 
 
Hepatite B: Primeira dose administrada nas primeiras 12 horas de vida para 
proteção contra a hepatite B. 
 
Poliomielite (VIP e VOP): Administra-se a vacina inativada (VIP) no primeiro 
ano de vida e a vacina oral (VOP) a partir dos 6 meses. 
 
DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche): Administrada aos 2, 4 e 6 meses, com 
reforço aos 15 meses e aos 4 anos. 
 
Hepatite A: Primeira dose aos 12 meses e segunda dose aos 18 meses. 
 
Meningocócica C e Pneumocócica 10-valente: Aplicadas nos primeiros anos 
de vida para proteção contra doenças invasivas. 
 
Rotavírus: Prevenção contra a gastroenterite causada pelo rotavírus, 
administrada entre 2 e 6 meses. 
 
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): Primeira dose aos 12 meses e 
segunda dose aos 15 meses. 
 
Além dessas, há outras vacinas que podem ser aplicadas de acordo com o 
contexto epidemiológico, como a vacina contra a febre amarela, a vacina 
contra o HPV (para adolescentes) e a vacina contra a varicela. 
 
3. Adesão ao Calendário Vacinal 
A adesão ao calendário vacinal, apesar de ser uma prática consolidada na 
saúde pública brasileira, enfrenta desafios que podem impactar sua 
efetividade. Entre os principais fatores que dificultam a adesão estão: 
 
Falta de informação e conscientização: Muitos pais e responsáveis não 
compreendem a importância de vacinar as crianças ou acreditam em mitos 
e desinformações sobre vacinas. 
 
Dificuldade de acesso: A falta de postos de saúde próximos, a dificuldade 
no agendamento de consultas ou mesmo a falta de materiais e profissionais 
pode impedir que as crianças recebam as vacinas no momento adequado. 
 
Relutância à vacinação: O movimento antivacinação, que tem ganhado 
força em algumas regiões, representa um grande obstáculo à adesão do 
calendário vacinal, colocando em risco a saúde coletiva. 
 
Desigualdades socioeconômicas: Famílias em situação de vulnerabilidade 
social podem enfrentar dificuldades para acessar os serviços de saúde, 
dificultando a imunização. 
 
4. Impacto da Vacinação na Saúde Pública 
O impacto da vacinação é indiscutível no controle de doenças no Brasil. O 
Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi responsável pela erradicação da 
poliomielite, pela eliminação da difteria, e pela redução drástica das taxas 
de mortalidade por sarampo, caxumba e rubéola, doenças que eram 
comuns e extremamente graves em décadas passadas. 
 
O controle do sarampo no Brasil, por exemplo, foi uma grande conquista, 
mas tem enfrentado desafios recentes devido a surtos ligados à queda da 
cobertura vacinal. Por isso, é essencial a manutenção de altas taxas de 
vacinação para garantir a erradicação ou eliminação de diversas doenças. O 
controle de surtos epidêmicos depende da adesão da população ao 
calendário vacinal. 
 
CONCLUSÃO 
 
O calendário vacinal da criança é uma ferramenta fundamental na 
prevenção de doenças infecciosas e na promoção da saúde infantil. Ele tem 
proporcionado, ao longo dos anos, a redução da mortalidade infantil e o 
controle de doenças que antes eram causadoras de grandes surtos no Brasil. 
No entanto, para que o programa continue a ter sucesso, é essencial que a 
população compreenda a importância da vacinação e que os serviços de 
saúde garantam acesso adequado às vacinas para todas as crianças. A 
adesão ao calendário vacinal é crucial para a eliminação de doenças e a 
promoção da saúde coletiva, refletindo um dos maiores avanços da saúde 
pública brasileira. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação 2023. Brasília: 
MS, 2023. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Vacinação: Princípios e Práticas. 
Genebra: OMS, 2018. 
 
GONÇALVES, M. S. et al. Cobertura vacinal e fatores associados na infância: 
análise de dados do sistema de informação de imunização. Revista 
Brasileira de Epidemiologia, v. 22, p. e190023, 2019. 
 
COSTA, A. L. et al. O Programa Nacional de Imunizações no Brasil: avanços e 
desafios. Revista de Saúde Pública, v. 54, p. 36, 2020. 
 
SIMOES, E. A. et al. Impacto da vacinação na saúde pública brasileira. Jornal 
de Pediatria,• POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 
 • SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de Enfermagem Médico-
Cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
 • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Normas e Procedimentos para 
Vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 
Roteiro 03: Avaliação e prevenção do câncer das mamas 
INTRODUÇÃO: 
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, 
representando uma das principais causas de mortalidade feminina. Apesar dos 
avanços na medicina, o diagnóstico precoce e a prevenção ainda são os 
principais aliados para a redução da mortalidade. Avaliar fatores de risco, 
realizar exames periódicos e promover o acesso à informação são estratégias 
fundamentais no combate à doença. Este trabalho tem como objetivo abordar 
os métodos de avaliação e as principais formas de prevenção do câncer de 
mama. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
A avaliação do câncer de mama envolve, principalmente, o conhecimento dos 
fatores de risco e a realização de exames de rastreamento. Entre os fatores de 
risco estão: histórico familiar da doença, idade superior a 50 anos, mutações 
genéticas (como BRCA1 e BRCA2), menarca precoce, menopausa tardia, 
nuliparidade e estilo de vida inadequado (sedentarismo, obesidade, consumo 
excessivo de álcool, entre outros). 
 
Os exames mais comuns para avaliação incluem o autoexame das mamas, o 
exame clínico feito por um profissional de saúde e a mamografia. A mamografia 
é o principal exame para detecção precoce e é recomendada anualmente para 
mulheres entre 50 e 69 anos. No entanto, em casos de alto risco, esse 
rastreamento pode começar mais cedo. 
 
A prevenção pode ser dividida em dois níveis: primária e secundária. A 
prevenção primária foca na adoção de hábitos saudáveis, como prática regular 
de atividade física, alimentação equilibrada, controle do peso corporal, 
redução do consumo de álcool e não fumar. Já a prevenção secundária visa o 
diagnóstico precoce da doença por meio dos exames periódicos, aumentando 
significativamente as chances de cura. 
 
Campanhas de conscientização, como o “Outubro Rosa”, têm papel essencial 
na disseminação de informações e no incentivo à realização dos exames 
preventivos, especialmente em populações com menor acesso aos serviços de 
saúde. 
 
CONCLUSÃO: 
O câncer de mama é uma doença que, quando detectada precocemente, 
apresenta altos índices de cura. Por isso, a avaliação regular e a adoção de 
medidas preventivas são fundamentais. A conscientização da população, aliada 
ao acesso aos serviços de saúde, pode reduzir significativamente a mortalidade 
por essa doença. Investir em educação, prevenção e diagnóstico precoce é um 
passo essencial para o enfrentamento do câncer de mama. 
BIBLIOGRAFIA: 
• INCA – Instituto Nacional de Câncer. Câncer de mama: o que é, causas, 
sintomas, tratamento e prevenção. Disponível em: https://www.inca.gov.br 
 • Ministério da Saúde. Diretrizes para a detecção precoce do câncer 
de mama no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 
 • WHO – World Health Organization. Breast cancer. Disponível em: 
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/breast-cancer 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Estimativa 2023: incidência de câncer 
no Brasil. INCA, 2023. 
Roteiro 04: Avaliação ginecológica e prevenção do câncer do colo do útero 
 
INTRODUÇÃO: 
O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública que afeta 
principalmente mulheres em idade reprodutiva, sendo uma das principais 
causas de morte por câncer entre mulheres, especialmente em países em 
desenvolvimento. A doença é, na maioria das vezes, causada pela infecção 
persistente por tipos oncogênicos do papilomavírus humano (HPV). A avaliação 
ginecológica periódica é essencial para a detecção precoce de lesões 
precursoras e para a prevenção efetiva da doença. Este trabalho tem como 
objetivo abordar a importância da avaliação ginecológica na prevenção do 
câncer do colo do útero, destacando os principais métodos de rastreamento e 
estratégias preventivas. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
A avaliação ginecológica é uma prática fundamental na manutenção da saúde 
da mulher. Durante a consulta ginecológica, são realizados exames clínicos e 
laboratoriais que permitem a identificação de alterações no trato genital 
inferior. O principal exame de rastreamento para o câncer do colo do útero é o 
exame de Papanicolau (citologia oncótica), que permite detectar alterações 
celulares que podem indicar lesões pré-cancerosas ou câncer em estágios 
iniciais. 
 
Segundo o Ministério da Saúde, o Papanicolau deve ser realizado por mulheres 
entre 25 e 64 anos que tenham iniciado a vida sexual, sendo recomendado a 
cada três anos após dois exames anuais consecutivos com resultados normais. A 
realização regular do exame é capaz de reduzir em até 80% a incidência e a 
mortalidade por câncer do colo do útero. 
 
Além do Papanicolau, a colposcopia e a testagem de DNA do HPV são métodos 
complementares utilizados em casos de alteração citológica ou para mulheres 
com maior risco. O diagnóstico precoce de lesões permite tratamento eficaz 
antes que evoluam para câncer invasivo. 
 
A prevenção primária é centrada na vacinação contra o HPV, disponível 
gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos de 9 
a 14 anos. A vacina é altamente eficaz contra os tipos de HPV mais 
relacionados ao câncer, especialmente os tipos 16 e 18. 
 
A prevenção também envolve educação sexual, uso de preservativos, redução 
do número de parceiros sexuais e combate a fatores de risco como o 
tabagismo. Campanhas de conscientização, como o “Março Lilás”, 
desempenham papel fundamental na disseminação de informações e na 
promoção do cuidado preventivo. 
CONCLUSÃO: 
A prevenção do câncer do colo do útero é uma realidade possível por meio da 
combinação de estratégias de avaliação ginecológica periódica e vacinação 
contra o HPV. O exame de Papanicolau continua sendo o principal aliado no 
rastreamento da doença, possibilitando a detecção precoce e o tratamento 
adequado. Além disso, a vacinação e a educação em saúde são instrumentos 
poderosos para erradicar o câncer do colo do útero nas próximas gerações. 
Investir na promoção da saúde da mulher é um passo essencial para a redução 
das desigualdades e a melhoria da qualidade de vida. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 • INCA – Instituto Nacional de Câncer. Câncer do colo do útero: o que é, 
causas, sintomas, tratamento e prevenção. Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes brasileiras para o rastreamento 
do câncer do colo do útero. INCA, 2016. 
 • WHO – World Health Organization. Cervical cancer. Disponível em: 
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cervical-cancer 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação contra o HPV. Disponível em: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hpv 
 • Ministério da Saúde. Manual de controle do câncer do colo do útero. 2. 
ed. Brasília: INCA, 2014. 
 
Roteiro 05: Pré-natal: 1ª consulta 
 
INTRODUÇÃO: 
O pré-natal é um conjunto de cuidados essenciais que visa garantir a saúde da 
gestante e do bebê durante a gestação. A primeira consulta do pré-natal 
representa um momento fundamental para o início do acompanhamento 
médico, permitindo a identificação precoce de possíveis riscos maternos e 
fetais. É nessa fase que se estabelece o vínculo entre a gestante e a equipe de 
saúde, além de ser o ponto de partida para a promoção da saúde, prevenção de 
complicações e orientação sobre a gestação. Este trabalho tem como objetivo 
destacar a importância da primeira consulta do pré-natal, seus principais 
componentes e benefícios para a saúde materno-infantil. 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
A primeira consulta do pré-natal deve ser realizada o mais cedo possível, 
preferencialmente no primeiro trimestrev. 95, n. 3, p. 234-238, 2021. 
 
ROTEIRO 38: Calendário vacinal do adulto, da gestante e do idoso 
 
INTRODUÇÃO 
 
O calendário vacinal é uma ferramenta importante para a promoção da 
saúde e prevenção de doenças em diferentes faixas etárias. Embora o 
calendário vacinal infantil seja amplamente conhecido e seguido, as vacinas 
para adultos, gestantes e idosos também desempenham papel fundamental 
na prevenção de doenças evitáveis, na manutenção da saúde e na melhoria 
da qualidade de vida. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) 
tem sido responsável por oferecer vacinas para essas faixas etárias, 
garantindo a proteção da população contra doenças infectocontagiosas. 
Este trabalho visa discutir as vacinas recomendadas para esses grupos 
etários, a importância dessas vacinas e os desafios para a adesão a esses 
calendários. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Calendário Vacinal do Adulto 
O calendário vacinal do adulto é fundamental para garantir a proteção 
contínua ao longo da vida, prevenindo doenças graves, como hepatites 
virais, gripe, pneumonia, tétano, entre outras. A vacinação é uma medida 
preventiva para a promoção da saúde e, ao longo do tempo, deve ser 
mantida a fim de garantir imunização para doenças que podem surgir com o 
envelhecimento ou com a exposição a novos riscos. 
 
As principais vacinas recomendadas para adultos incluem: 
 
DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche): Deve ser aplicada a cada 10 anos para 
a manutenção da imunidade, com reforço a cada 10 anos, principalmente 
em casos de risco (como lesões profundas que possam gerar risco de 
tétano). 
 
Vacina contra Hepatite B: Indicada para adultos em risco de exposição ao 
vírus da hepatite B (trabalhadores da saúde, usuários de drogas injetáveis, 
etc.). 
 
Vacina contra Hepatite A: Recomendada para adultos em situação de risco 
ou viagens a áreas endêmicas. 
 
Vacina contra Gripe (Influenza): Indicada anualmente para adultos, 
principalmente aqueles com comorbidades, gestantes e profissionais da 
saúde. 
 
Vacina contra Pneumocócica (PCV13 e PPSV23): Recomendada para adultos 
com comorbidades, como doenças cardíacas, respiratórias, diabetes, entre 
outras. 
 
Vacina contra HPV: A vacina contra o HPV é recomendada para adultos 
jovens, tanto homens quanto mulheres, principalmente entre 9 e 26 anos, 
para a prevenção de cânceres relacionados ao HPV. 
 
2. Calendário Vacinal da Gestante 
As gestantes são um grupo prioritário para a vacinação, uma vez que a 
imunização previne doenças graves tanto para a mãe quanto para o bebê. 
Durante a gestação, as mudanças fisiológicas podem deixar a mulher mais 
vulnerável a algumas infecções, por isso, é fundamental garantir a proteção 
por meio das vacinas adequadas. 
 
As vacinas recomendadas para gestantes incluem: 
 
Vacina contra a Difteria, Tétano e Coqueluche (dTpa): A vacinação com a 
dTpa deve ser realizada durante a gestação, idealmente entre a 27ª e 36ª 
semana de gestação, para garantir a proteção do recém-nascido contra 
coqueluche, que é uma doença potencialmente fatal para os bebês. 
 
Vacina contra Influenza (Gripe): A vacina contra a gripe é indicada para 
gestantes durante todo o período da gestação, para proteger tanto a mãe 
quanto o bebê. 
 
Vacina contra Hepatite B: A vacina é recomendada para gestantes que não 
foram previamente imunizadas, especialmente para aquelas em risco de 
exposição ao vírus da hepatite B. 
 
Vacina contra a Febre Amarela: Quando a gestante mora ou viaja para áreas 
endêmicas, a vacina contra a febre amarela pode ser indicada, desde que 
em conformidade com a avaliação médica. 
 
É importante destacar que as vacinas contra rubéola, sarampo e caxumba 
não devem ser administradas durante a gestação, devido ao risco potencial 
de malformações para o bebê. 
 
3. Calendário Vacinal do Idoso 
Com o avanço da idade, o sistema imunológico do idoso sofre um processo 
de imunossenescência, o que significa que ele se torna menos eficiente na 
resposta imunológica. Por isso, as vacinas são fundamentais para a proteção 
contra doenças graves e complicações relacionadas a infecções. 
 
As principais vacinas recomendadas para os idosos incluem: 
 
Vacina contra Influenza (Gripe): A vacinação anual contra a gripe é 
altamente recomendada para idosos, especialmente para aqueles com 
doenças crônicas, devido ao risco aumentado de complicações. 
 
Vacina contra Pneumocócica (PCV13 e PPSV23): A vacina contra o 
pneumococo é indicada para idosos com 60 anos ou mais, para proteção 
contra infecções respiratórias graves como pneumonia e meningite. 
 
Vacina contra Herpes Zóster: A vacina contra o herpes zóster é 
recomendada para idosos com 60 anos ou mais, para prevenir o 
desenvolvimento da doença e suas complicações. 
 
Vacina contra Tétano, Difteria e Coqueluche (dT): O reforço dessa vacina é 
recomendado a cada 10 anos para os idosos, para proteção contra infecções 
que podem causar complicações graves, especialmente em pessoas com 
comorbidades. 
 
4. Desafios para a Adesão ao Calendário Vacinal 
Apesar da importância do calendário vacinal para adultos, gestantes e 
idosos, a adesão a essas vacinas ainda enfrenta alguns desafios. Entre os 
principais obstáculos, destacam-se: 
 
Desinformação e desconfiança: A falta de informação precisa e a 
desconfiança em relação às vacinas podem afetar a adesão da população a 
essas práticas preventivas. 
 
Acesso limitado aos serviços de saúde: A dificuldade de acesso a unidades 
de saúde, especialmente em áreas rurais ou regiões de difícil acesso, pode 
comprometer a vacinação. 
 
Prioridades culturais e sociais: Em algumas comunidades, pode haver 
resistência à vacinação, seja devido a crenças culturais ou à falta de 
percepção sobre os benefícios das vacinas. 
 
Comorbidades e contraindicações: Para alguns indivíduos, as condições de 
saúde existentes podem limitar a possibilidade de vacinação, sendo 
necessária uma avaliação médica individualizada. 
 
CONCLUSÃO 
 
A vacinação de adultos, gestantes e idosos é uma estratégia essencial para 
a promoção da saúde e a prevenção de doenças infecciosas ao longo da 
vida. O calendário vacinal, adaptado a cada faixa etária, tem um impacto 
significativo na redução da morbimortalidade e na promoção da imunidade 
coletiva. No entanto, é importante superar os desafios relacionados ao 
acesso, desinformação e adesão, para garantir que essas populações 
recebam a proteção necessária. A educação em saúde e o fortalecimento 
das políticas públicas de vacinação são fundamentais para assegurar o 
sucesso dos programas de imunização e, consequentemente, melhorar a 
saúde pública no Brasil. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação 2023. Brasília: MS, 
2023. 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Vacinação ao Longo da Vida: 
Orientações para o Adulto, Gestante e Idoso. Genebra: OMS, 2022. 
 
GONÇALVES, M. S. et al. Vacinação na vida adulta: aspectos e desafios. Revista 
Brasileira de Saúde Pública, v. 56, p. 16-24, 2021. 
 
LIMA, A. R.; COSTA, F. J. O papel da vacinação em gestantes e idosos. Jornal 
Brasileiro de Imunização, v. 18, p. 45-52, 2020. 
 
PEREIRA, R. M.; SOUSA, L. F. Vacinas para a terceira idade: revisão de literatura. 
Revista de Enfermagem, v. 72, n. 5, p. 798-803, 2021. 
 
 
ROTEIRO 39: Atenção Domiciliar 
 
INTRODUÇÃO 
 
A visita domiciliar é uma das ferramentas utilizadas na Atenção Primária à 
Saúde, com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar de indivíduos e 
famílias no seu contexto social, familiar e ambiental. Ela é uma prática que 
se baseia na humanização e na promoção da saúde, tendo como foco não só 
o tratamento das doenças, mas também a prevenção, o acolhimento e a 
educação em saúde. No Brasil, a visita domiciliar é uma prática preconizada 
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente no contexto da 
Estratégia Saúde da Família (ESF). Este trabalho busca discutir a 
importância da visita domiciliar, os benefícios dessa prática para a 
população e os profissionais de saúde,bem como os desafios que ainda 
precisam ser enfrentados para sua efetiva implementação. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Conceito e Objetivos da Visita Domiciliar 
A visita domiciliar é uma intervenção planejada, realizada por profissionais 
de saúde, geralmente enfermeiros, médicos e agentes comunitários de 
saúde, com a finalidade de prevenir doenças, monitorar condições de saúde 
e fortalecer vínculos entre a equipe de saúde e a comunidade. Ela tem 
como princípio a promoção de cuidados integrais que consideram o 
contexto do paciente e sua família, compreendendo as necessidades de 
saúde física, mental e social. 
 
A visita domiciliar tem vários objetivos, entre os quais se destacam: 
 
Monitoramento da saúde da população: Identificação precoce de agravos e 
condições de risco para doenças. 
 
Educação em saúde: Orientação sobre hábitos saudáveis, prevenção de 
doenças e cuidados com os membros da família, como gestantes, crianças e 
idosos. 
 
Atenção à saúde da família: A visita domiciliar permite o acompanhamento 
das condições de saúde dos indivíduos, considerando as condições 
familiares, ambientais e sociais. 
 
Promoção do cuidado contínuo e humanizado: A visita possibilita um 
acompanhamento individualizado, mais próximo e compreensivo, 
especialmente para aqueles em situação de vulnerabilidade social. 
 
2. Importância da Visita Domiciliar na Atenção Primária à Saúde 
A visita domiciliar é uma das estratégias mais eficazes da Atenção Primária 
à Saúde, pois vai além do cuidado clínico tradicional, buscando a 
compreensão holística do indivíduo e da família. Essa prática se torna 
essencial para ações de prevenção, já que a identificação de problemas de 
saúde, muitas vezes, só ocorre quando o paciente é atendido em sua casa. 
 
Além disso, a visita domiciliar é uma importante ferramenta para o 
fortalecimento da humanização no cuidado, pois permite que os 
profissionais de saúde conheçam a realidade de vida do paciente e suas 
necessidades específicas, podendo planejar cuidados mais adequados e 
individualizados. Essa relação de proximidade também ajuda a vincular os 
usuários aos serviços de saúde, aumentando a confiança e a adesão ao 
tratamento. 
 
A Estratégia Saúde da Família (ESF), implantada pelo SUS, tem a visita 
domiciliar como uma das práticas centrais. Ela promove o acompanhamento 
de saúde nas comunidades, especialmente em áreas rurais ou de difícil 
acesso, onde as pessoas muitas vezes enfrentam barreiras para ir até as 
unidades de saúde. 
 
3. Benefícios da Visita Domiciliar 
A visita domiciliar traz diversos benefícios tanto para os pacientes quanto 
para os profissionais de saúde. Para os pacientes, ela garante um 
acompanhamento mais próximo, permite a detecção precoce de doenças, 
melhora a adesão ao tratamento e proporciona orientações adequadas 
sobre saúde e bem-estar. Além disso, é uma forma de reduzir as taxas de 
internação hospitalar, uma vez que o monitoramento contínuo pode evitar 
complicações que exigiriam tratamento mais complexo. 
 
Para os profissionais de saúde, a visita domiciliar possibilita uma avaliação 
mais precisa das condições de saúde do paciente, considerando o ambiente 
social e familiar. Ela também permite o desenvolvimento de uma relação 
mais empática e humanizada, o que favorece a compreensão dos fatores 
que influenciam a saúde dos indivíduos. 
 
4. Desafios e Limitações da Visita Domiciliar 
Embora a visita domiciliar tenha grande potencial na melhoria da qualidade 
de vida e no fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, ela enfrenta 
alguns desafios significativos, entre os quais: 
 
Falta de recursos e infraestrutura: Muitas vezes, os profissionais não têm os 
recursos adequados para realizar as visitas de forma eficiente, como 
materiais de apoio ou transporte adequado para se deslocar até as 
residências. 
 
Resistência da população: Em algumas comunidades, pode haver resistência 
à visita domiciliar devido a questões culturais, falta de compreensão sobre 
a importância dessa prática ou mesmo pela falta de confiança nos 
profissionais de saúde. 
 
Sobrecarregamento das equipes de saúde: A carga de trabalho das equipes 
de saúde da família, muitas vezes, é alta, o que pode dificultar a realização 
de visitas domiciliares frequentes ou a atenção adequada a todos os 
pacientes. 
 
Segurança: Em áreas de risco ou com altos índices de violência, a segurança 
dos profissionais de saúde pode ser comprometida, dificultando a realização 
das visitas. 
 
5. A Visita Domiciliar como Estratégia de Saúde Mental 
A visita domiciliar também tem se mostrado importante no cuidado de 
pacientes com problemas de saúde mental, especialmente em casos de 
acompanhamento de transtornos psiquiátricos, como depressão, 
esquizofrenia e transtornos de ansiedade. O acompanhamento domiciliar 
oferece um espaço seguro para a pessoa expressar suas necessidades e 
dificuldades, além de permitir aos profissionais de saúde um cuidado mais 
adequado e humanizado. 
 
CONCLUSÃO 
 
A visita domiciliar é uma estratégia essencial dentro da Atenção Primária à 
Saúde, proporcionando cuidados de saúde mais humanizados, integrados e 
eficazes. Ela permite que o profissional de saúde compreenda as 
necessidades individuais dos pacientes, realizando um acompanhamento 
contínuo e preventivo, com o foco na promoção da saúde e na prevenção de 
doenças. Contudo, para que a visita domiciliar seja plenamente eficaz, é 
necessário superar desafios como falta de recursos, resistência da 
população e sobrecarga das equipes de saúde. Portanto, a visita domiciliar 
deve ser fortalecida com políticas públicas adequadas e investimentos em 
capacitação profissional, infraestrutura e acesso universal à saúde. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção Básica: Visita Domiciliar e Saúde da 
Família. Brasília: MS, 2022. 
 
MACHADO, L. S. et al. A importância da visita domiciliar na Estratégia Saúde 
da Família. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, p. 45-53, 2020. 
 
SILVA, R. M.; PEREIRA, J. A. A visita domiciliar como estratégia para a 
promoção da saúde. Revista de Saúde Pública, v. 56, p. 137-145, 2021. 
 
MARINHO, M. L. et al. Visita domiciliar no cuidado à saúde mental: uma 
prática de cuidado e prevenção. Jornal de Enfermagem e Saúde Coletiva, 
v. 6, p. 102-110, 2020. 
 
CASTRO, T. L.; SOUSA, M. G. Estratégias para a humanização da visita 
domiciliar. Revista Brasileira de Terapias Integrativas, v. 18, p. 75-83, 
2019. 
 
ROTEIRO 40: Programa Saúde na Escola 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma iniciativa do governo federal 
brasileiro, criado com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar de 
crianças e adolescentes no ambiente escolar, abordando as questões de 
saúde de maneira integral e intersetorial. A parceria entre as secretarias de 
saúde e educação é essencial para a implementação das ações propostas 
pelo programa. Desde sua criação, em 2003, o PSE visa à promoção da 
saúde, à prevenção de doenças e à educação para a saúde dentro das 
escolas públicas, com enfoque na qualidade de vida dos alunos e no 
fortalecimento da cidadania. Este trabalho busca discutir os objetivos, 
ações e resultados do PSE, bem como os desafios enfrentados para sua 
efetiva implementação. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Objetivos e Ações do Programa Saúde na Escola 
O Programa Saúde na Escola tem como objetivos centrais a promoção da 
saúde, a prevenção de doenças e a educação para a saúde. Seu enfoque é o 
fortalecimento da promoção da saúde, integrando diferentes áreas do 
saber, como a saúde, a educação e a cultura, para garantir uma abordagem 
interdisciplinar e intersetorial. 
 
O programa realiza diversas ações dentro das escolas, algumas das 
principais incluem: 
 
Ações educativas sobre saúde: O PSE realiza atividades educativas e 
orientativas, abordando temas como higiene, alimentação saudável, 
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST), prevenção da 
obesidade, saúde mental, dentre outros. Essas ações têm comoobjetivo 
sensibilizar os alunos e a comunidade escolar para práticas saudáveis e 
preventivas. 
 
Avaliação da saúde dos alunos: O PSE realiza o acompanhamento da saúde 
dos estudantes, com a realização de triagens, como verificação de peso, 
altura, visão, audição, condições bucais, entre outros. Esses exames são 
importantes para a detecção precoce de problemas de saúde que possam 
interferir no desempenho escolar e no bem-estar dos alunos. 
 
Promoção da saúde mental: O programa também visa o cuidado com a 
saúde mental, oferecendo apoio psicológico e realizando atividades que 
visam à redução de fatores de risco para transtornos psicológicos, como o 
estresse e a ansiedade, que podem afetar o desenvolvimento escolar dos 
estudantes. 
 
Campanhas de vacinação e controle de doenças: Uma das ações mais 
relevantes é a realização de campanhas de vacinação dentro das escolas, 
garantindo que as crianças e adolescentes estejam imunizados contra 
doenças como sarampo, caxumba, rubéola, entre outras. 
 
Educação sexual: O PSE também desenvolve ações educativas sobre saúde 
sexual e reprodutiva, com foco na prevenção de doenças sexualmente 
transmissíveis, no planejamento familiar e na conscientização sobre o 
respeito ao corpo e à intimidade. 
 
2. Resultados e Benefícios do Programa Saúde na Escola 
Os impactos positivos do PSE são evidentes em várias frentes, desde a 
melhoria das condições de saúde dos estudantes até a valorização da 
educação para a saúde dentro do ambiente escolar. Entre os principais 
resultados alcançados, destacam-se: 
 
Redução da evasão escolar: A realização de ações de saúde dentro das 
escolas contribui para a diminuição da evasão escolar, pois problemas de 
saúde que interferem no desempenho dos alunos são identificados e 
tratados precocemente. 
 
Melhora do desempenho escolar: Ao abordar questões de saúde física e 
mental, o PSE também contribui para o aumento da concentração e 
desempenho acadêmico dos estudantes. A identificação precoce de 
problemas como deficiências visuais, auditivas ou outros transtornos pode 
resultar em uma melhoria significativa no aprendizado. 
 
Promoção de hábitos saudáveis: O programa tem contribuído para a 
conscientização dos alunos sobre a importância da alimentação saudável, 
da prática de exercícios físicos e dos cuidados com a saúde mental. Isso 
resulta, ao longo do tempo, em uma população mais saudável e mais 
consciente sobre sua saúde. 
 
Fortalecimento da rede de saúde escolar: O PSE tem fortalecido a 
articulação entre as escolas e as unidades de saúde, criando uma rede mais 
integrada e eficaz de atendimento às necessidades de saúde dos 
estudantes. 
 
3. Desafios para a Implementação do PSE 
Apesar dos avanços significativos do Programa Saúde na Escola, existem 
desafios consideráveis para sua efetiva implementação. Alguns desses 
desafios incluem: 
 
Falta de recursos: Em muitas regiões do Brasil, as escolas e as unidades de 
saúde enfrentam limitações orçamentárias que dificultam a realização de 
todas as ações propostas pelo programa. Isso pode prejudicar a qualidade e 
a abrangência das atividades desenvolvidas. 
 
Deficiência na formação de profissionais: A capacitação dos profissionais 
envolvidos no PSE (professores, profissionais de saúde, coordenadores) é um 
ponto crucial para garantir a eficácia das ações. A falta de treinamento 
adequado e a sobrecarga de trabalho desses profissionais podem 
comprometer o sucesso do programa. 
 
Desigualdade regional: O programa enfrenta desigualdades na 
implementação, principalmente em regiões mais afastadas ou em áreas 
com grande vulnerabilidade social. Nesses locais, a infraestrutura das 
escolas e a disponibilidade de serviços de saúde podem ser precárias, o que 
dificulta a integração entre saúde e educação. 
 
Engajamento da comunidade escolar: O sucesso do programa depende do 
engajamento de todos os membros da comunidade escolar, incluindo pais, 
alunos e educadores. No entanto, em algumas localidades, a resistência ou 
o desinteresse da comunidade escolar pode ser um obstáculo para a 
implementação das ações do PSE. 
 
CONCLUSÃO 
 
O Programa Saúde na Escola tem se consolidado como uma ferramenta 
fundamental para a promoção da saúde e do bem-estar de crianças e 
adolescentes, especialmente no contexto da Atenção Primária à Saúde. 
Através de ações educativas, de monitoramento da saúde e de cuidados 
preventivos, o PSE contribui significativamente para a melhoria das 
condições de saúde da população escolar, além de favorecer o desempenho 
acadêmico e a redução de riscos de doenças. No entanto, para que o 
programa alcance seus objetivos de forma plena, é necessário superar 
desafios relacionados à falta de recursos, à formação de profissionais e às 
desigualdades regionais. O fortalecimento das parcerias intersetoriais, 
entre saúde e educação, é fundamental para o sucesso contínuo do 
programa e para a construção de uma sociedade mais saudável e 
consciente. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Saúde na Escola: Ações e Estratégias 
para Promoção de Saúde nas Escolas. Brasília: MS, 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Atenção à Saúde nas Escolas: O Programa 
Saúde na Escola. Brasília: MEC, 2022. 
 
SILVA, F. A.; ALMEIDA, M. A. O Programa Saúde na Escola: desafios e 
perspectivas. Revista Brasileira de Saúde Pública, v. 56, p. 112-120, 2020. 
 
LIMA, T. S.; CUNHA, E. L. Educação e Saúde: Intervenções do Programa Saúde 
na Escola em escolas públicas. Revista de Saúde Coletiva, v. 14, p. 35-41, 
2021. 
 
OLIVEIRA, L. M.; PEREIRA, D. R. Saúde e Educação: Uma análise crítica do 
Programa Saúde na Escola. Jornal de Educação em Saúde, v. 6, p. 78-85, 
2020.
 
	Sumário
	ESTÁGIO 8º SEMESTRE
	CONCLUSÃO
	BIBLIOGRAFIA:
	CONCLUSÃO (1)
	BIBLIOGRAFIA
	CONCLUSÃO (2)
	O acompanhamento pré-natal no segundo e terceiro trimestres é fundamental para garantir o desenvolvimento saudável do bebê e a segurança da gestante. A detecção precoce de complicações, o monitoramento contínuo e o preparo para o parto são pilares des...
	BIBLIOGRAFIA (1)
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. Cadernos de Atenção Básica, nº 32. Brasília: 2012.
	• FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Ginecologia e Obstetrícia. São Paulo: 2021.
	• WHO – World Health Organization. Recommendations on Antenatal Care for a Positive Pregnancy Experience. Geneva: WHO, 2016.
	• REDE CEGONHA. Linha de Cuidado para a Saúde Materna e Infantil. Ministério da Saúde, 2011.
	• INSTITUTO FIOCRUZ. Pré-Natal e Nascimento: diretrizes e recomendações. IFF/Fiocruz, 2018.
	CONCLUSÃO (3)
	A consulta ao paciente com Diabetes Mellitus é uma oportunidade essencial para avaliação clínica, monitoramento do controle glicêmico e fortalecimento do autocuidado. Um atendimento humanizado, contínuo e multiprofissional é fundamental para prevenir ...
	BIBLIOGRAFIA (2)
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica – Diabetes Mellitus. Brasília: 2013.
	• SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2022-2023. São Paulo: Clannad, 2022.
	• AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Standards of Medical Care in Diabetes – 2023. Diabetes Care, 46(Suppl 1):S1-S291, 2023.
	• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Diabetes nas Américas: Guia para profissionais de saúde. OPAS, 2019.
	CONCLUSÃO (4)
	A avaliação do pé diabético é uma prática clínica essencial para a prevenção de complicações graves, como úlceras e amputações. Um exame físico simples, aliado à educação em saúde e ao acompanhamento regular, pode reduzir significativamente a ocorrênc...
	BIBLIOGRAFIA (3)
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica – Diabetes Mellitus. Brasília: 2013. (1)
	• SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2022-2023.São Paulo: Clannad, 2022. (1)
	• BAKKER, K.; APPELQVIST, J.; LIPSKY, B. A. et al. International Consensus on the Diabetic Foot. International Working Group on the Diabetic Foot, 2020.
	• AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Standards of Medical Care in Diabetes – 2023. Diabetes Care, 46(Suppl 1):S148-S158, 2023.
	• WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines on the management of diabetic foot. Geneva: WHO, 2022.
	CONCLUSÃO (5)
	A consulta ao paciente com Hipertensão Arterial Sistêmica é uma oportunidade estratégica para promover o controle da doença, prevenir complicações e incentivar mudanças no estilo de vida. O atendimento clínico deve ser contínuo, individualizado e huma...
	BIBLIOGRAFIA (4)
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial Sistêmica. Brasília: 2013.
	• SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 116(3):516-658, 2021.
	• ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Manual de Manejo da Hipertensão na Atenção Primária à Saúde. Washington: OPAS, 2018.
	• WHO – World Health Organization. Guideline for the pharmacological treatment of hypertension in adults. Geneva: WHO, 2021.
	• RODRIGUES, S.L. et al. Atenção primária à saúde e controle da hipertensão arterial: desafios e perspectivas. Revista de Saúde Pública, 2022.
	1. Fundamentos do Eletrocardiograma
	O ECG registra as variações elétricas geradas pela despolarização e repolarização das células cardíacas durante o ciclo cardíaco. Os eletrodos posicionados em pontos específicos do corpo captam essas variações e as traduzem em ondas registradas em pap...
	2. Componentes de um traçado eletrocardiográfico
	O traçado padrão do ECG é composto por:
	• Onda P: representa a despolarização atrial;
	• Intervalo PR: tempo entre o início da despolarização atrial e ventricular;
	• Complexo QRS: despolarização ventricular;
	• Segmento ST: início da repolarização ventricular;
	• Onda T: repolarização ventricular;
	• Intervalo QT: tempo total da atividade elétrica ventricular.
	Alterações nesses componentes indicam possíveis anormalidades cardíacas.
	3. Aplicações clínicas do ECG
	O eletrocardiograma é útil no diagnóstico e acompanhamento de diversas condições cardíacas, como:
	• Arritmias cardíacas (fibrilação atrial, taquicardias, bloqueios atrioventriculares);
	• Infarto agudo do miocárdio (elevação ou depressão do segmento ST, presença de ondas Q patológicas);
	• Hipertrofia ventricular (aumento da amplitude do QRS);
	• Distúrbios eletrolíticos (alterações no segmento ST e na onda T);
	• Efeitos de medicamentos (como digoxina ou antiarrítmicos);
	• Bloqueios de ramo (alargamento do QRS, morfologias específicas em V1 e V6).
	4. Interpretação básica do ECG
	A interpretação do ECG deve seguir uma sequência lógica:
	• Frequência e ritmo cardíaco;
	• Análise da onda P e do intervalo PR;
	• Avaliação do complexo QRS (duração, morfologia, eixo elétrico);
	• Segmento ST e onda T (elevações, inversões);
	• Intervalo QT corrigido (QTc).
	A correta leitura do ECG requer prática, conhecimento anatômico e fisiológico do coração, além da correlação com os achados clínicos do paciente.
	CONCLUSÃO (6)
	O eletrocardiograma é uma ferramenta diagnóstica indispensável na medicina, capaz de fornecer informações rápidas, seguras e precisas sobre a função elétrica do coração. Sua interpretação adequada permite o diagnóstico precoce de condições graves, com...
	BIBLIOGRAFIA (5)
	• BRADY, W. J.; HERR, R. D. Eletrocardiograma na Prática Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
	• MARINO, Paul L. Manual de Cuidados Intensivos de Marino. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020.
	• SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Manual de Eletrocardiografia Clínica. São Paulo: SBC, 2021.
	• AMERICAN HEART ASSOCIATION. Guidelines for ECG Interpretation and Use in Clinical Practice. Circulation, 2020.
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas: Doenças Cardiovasculares. Brasília: 2021.
	CONCLUSÃO (7)
	A consulta ao paciente com tuberculose é um momento decisivo para o diagnóstico precoce, início adequado do tratamento e interrupção da cadeia de transmissão da doença. A escuta atenta, o acolhimento e a abordagem clínica eficaz são essenciais para ga...
	BIBLIOGRAFIA (6)
	BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília: 2022.
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Manejo Clínico da Tuberculose na Atenção Básica. Brasília: 2021.
	• SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA (SBPT). Diretrizes para Tuberculose 2020.
	• WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global Tuberculosis Report 2023. Geneva: WHO, 2023.
	• OLIVEIRA, H. B.; COSTA, J. L. Tuberculose: uma abordagem prática. São Paulo: Atheneu, 2019.
	CONCLUSÃO (8)
	O esquema básico de tratamento da tuberculose é eficaz, seguro e disponível gratuitamente no SUS. Sua correta aplicação depende do diagnóstico precoce, da adesão rigorosa ao tratamento e do acompanhamento clínico regular. A atuação integrada dos profi...
	BIBLIOGRAFIA (7)
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Brasília: 2022.
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde – Volume Único. Brasília: 2023.
	• SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes Brasileiras para Tuberculose 2020.
	• WHO – World Health Organization. Treatment of Tuberculosis: Guidelines. Geneva: WHO, 2022.
	• OLIVEIRA, H. B. Tuberculose: uma abordagem prática. São Paulo: Atheneu, 2019.
	CONCLUSÃO (9)
	A consulta ao paciente com hanseníase é um momento crucial para o diagnóstico precoce, início do tratamento adequado e prevenção de deformidades e incapacidades físicas. A atuação da equipe de saúde deve ser humanizada, integrada e baseada em conhecim...
	BIBLIOGRAFIA (8)
	BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública. Brasília: 2022.
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Prático sobre a Hanseníase. Brasília: 2021.
	• OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. Hanseníase nas Américas: eliminação e desafios. Washington, 2020.
	• WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Guidelines for the Diagnosis, Treatment and Prevention of Leprosy. Geneva: WHO, 2018.
	• AZEVEDO, M. C.; LANA, F. C. F. Hanseníase: abordagem na atenção básica à saúde. Revista de Enfermagem, 2021.
	CONCLUSÃO (10)
	A prevenção de deficiências na hanseníase é uma das principais metas no manejo dessa doença, pois impacta diretamente a qualidade de vida, a funcionalidade e a autoestima dos pacientes. A atuação precoce, contínua e humanizada da equipe de saúde, alia...
	BIBLIOGRAFIA (9)
	BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública. Brasília: 2022. (1)
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Prático sobre Hanseníase e Prevenção de Incapacidades. Brasília: 2021.
	• OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. Manual de prevenção de incapacidades na hanseníase. Washington: 2020.
	• WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Guidelines for the Diagnosis, Treatment and Prevention of Leprosy. Geneva: WHO, 2018. (1)
	• SILVA, M. B. et al. Hanseníase e prevenção de incapacidades físicas: abordagem na atenção primária. Revista Brasileira de Enfermagem, 2020.
	CONCLUSÃO (11)
	A consulta ao paciente com infecção pelo HIV vai além da abordagem clínica: é um espaço de acolhimento, vínculo e promoção da saúde. O diagnóstico precoce, o início imediato da TARV e o acompanhamento regular são fundamentais para garantir qualidade d...
	BIBLIOGRAFIA (10)
	BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: 2022.
	• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. Brasília: 2021.
	• UNAIDS. Relatório Global sobre HIV/AIDS. Genebra: 2023.
	• WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Guidelines on HIV Prevention, Diagnosis,Treatment and Care. Geneva: 2023.
	• GRECO, D. B. et al. HIV/AIDS: cuidados e abordagem integral ao paciente soropositivo. Revista Brasileira de Medicina, 2021.
	A terapia antirretroviral (TARV) é o tratamento utilizado para controlar a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Desde sua introdução, a TARV revolucionou o manejo da AIDS, transformando uma condição fatal em uma doença crônica control...
	A TARV é composta por uma combinação de, no mínimo, três medicamentos antirretrovirais, geralmente de duas ou mais classes diferentes. Essa combinação é essencial para evitar a resistência viral e garantir a eficácia do tratamento a longo prazo. As pr...
	Os benefícios da TARV são amplos: além de melhorar a qualidade de vida da pessoa vivendo com HIV, ela reduz significativamente a carga viral, muitas vezes até níveis indetectáveis. Estudos demonstram que pessoas com carga viral indetectável não transm...
	A adesão ao tratamento é um dos maiores desafios. A interrupção ou uso irregular dos medicamentos pode levar à resistência do vírus, falha terapêutica e progressão da doença. Por isso, estratégias como o aconselhamento, acompanhamento multidisciplinar...
	Com os avanços científicos, surgiram também medicamentos de longa duração, como as injeções mensais, que prometem facilitar ainda mais o tratamento. Além disso, a TARV é hoje uma ferramenta de prevenção, como no caso da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ...
	A terapia antirretroviral é um marco na história da medicina moderna. Com ela, o HIV deixou de ser uma sentença de morte e passou a ser uma doença crônica controlável. O acesso universal à TARV, aliado ao diagnóstico precoce e à adesão ao tratamento, ...
	BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: MS, 2022.
	UNAIDS. Relatório Global 2023. Disponível em: https://www.unaids.org/pt.
	WORLD HEALTH ORGANIZATION. Consolidated guidelines on HIV prevention, testing, treatment, service delivery and monitoring: recommendations for a public health approach. Geneva: WHO, 2021.
	LIMA, Y. et al. Adesão à terapia antirretroviral: fatores associados e estratégias de intervenção. Revista de Saúde Pública, São Paulo, 2020.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. Brasília: MS, 2022.
	UNAIDS. Relatório Global 2023. Disponível em: https://www.unaids.org/pt. (1)
	WHO – World Health Organization. HIV rapid diagnostic tests: strategy and recommendations. Geneva: WHO, 2020.
	COUTINHO, F. A. B. et al. Avaliação dos testes rápidos para HIV no contexto da saúde pública brasileira. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, 2021.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Segurança do Paciente: Sérios Adversos Relacionados à Administração de Medicamentos. Brasília: MS, 2021.
	ANVISA. Boas Práticas na Administração de Medicamentos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2022.
	SILVA, M. A.; LOPES, M. E. L. Administração de medicamentos: fundamentos e práticas para enfermagem. São Paulo: Martinari, 2020.
	WORLD HEALTH ORGANIZATION. Medication Without Harm – WHO Global Patient Safety Challenge. Geneva: WHO, 2019.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de Saúde da Criança: Menino/Menina – 1ª Infância (0 a 5 anos). Brasília: MS, 2023.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: crescimento e desenvolvimento. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: MS, 2020.
	SILVA, T. C.; OLIVEIRA, L. M. Puericultura: abordagem integral à saúde da criança. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 75, n. 2, 2022.
	WHO – World Health Organization. Nurturing care for early childhood development: a framework for helping children survive and thrive to transform health and human potential. Geneva: WHO, 2018.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de Saúde da Criança: Menino/Menina – 1ª Infância (0 a 5 anos). Brasília: MS, 2023. (1)
	BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: MS, 2020.
	SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de Puericultura. Rio de Janeiro: SBP, 2022.
	WHO – World Health Organization. Improving early childhood development: WHO guideline. Geneva: WHO, 2020.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Planejamento Reprodutivo: Direitos e Deveres. Brasília: MS, 2022.
	ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Family Planning: A Global Handbook for Providers. Geneva: WHO, 2021.
	SOCIEDADE BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (FEBRASGO). Manual de Contracepção. São Paulo: FEBRASGO, 2021.
	CUNHA, A. R.; SANTOS, M. C. Métodos contraceptivos e saúde pública no Brasil: avanços e desafios. Revista Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 30, n. 2, 2021.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Brasília: MS, 2009.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde do Homem: Guia de Referência para Profissionais da Atenção Básica. Brasília: MS, 2022.
	COSTA, A. M. et al. Saúde do homem: uma questão de gênero e de saúde pública. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 7, 2020.
	WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Men’s Health and Well-being in the WHO European Region. Geneva: WHO, 2019.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde do Homem: Guia de Referência para a Atenção Integral. Brasília: MS, 2022.
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	SOUSA, A. R. et al. O pré-natal do parceiro como espaço de cuidado à saúde do homem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, supl. 1, 2019.
	ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Paternidade e Cuidado: Estimulando o Envolvimento dos Homens na Saúde Familiar. Washington, D.C., 2020.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Brasília: MS, 2023.
	BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente Idoso. Brasília: ANVISA, 2021.
	SILVA, A. C. et al. Consulta de enfermagem ao idoso: estratégias para um cuidado integral. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 25, n. 1, 2022.
	NETO, J. F. et al. Enfermagem Geriátrica: da Teoria à Prática. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2020.
	ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Guia de Cuidados Integrados para Pessoas Idosas (ICOPE). Genebra: OMS, 2020.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Brasília: MS, 2006.
	NERI, A. L. (Org.). Palavras-chave em Gerontologia. Campinas: Alínea, 2012.
	VERAS, R. P. Velhice: questões e desafios. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995.
	MATSUDO, S. M. et al. Envelhecimento e atividade física: guia para profissionais de saúde. São Paulo: CELAFISCS, 2001.
	FERRAZ, F. R. P.; CIAMPONE, M. H. T. Avaliação geriátrica ampla: um modelo de cuidado centrado na pessoa idosa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 21, n. 2, p. 123-130, 2018.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Mental. Brasília: MS, 2021.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 34: Saúde Mental. Brasília: MS, 2013.
	PELISOLI, C.; MOREIRA, F. P. A prática da enfermagem na atenção psicossocial: possibilidades e desafios. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, n. 5, p. 1036-1042, 2017.
	FONSECA, A. F.; OLIVEIRA, M. A. A consulta de enfermagem em saúde mental: uma revisão integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 53, e03530, 2019.
	ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Saúde Mental: Fortalecendo nossa resposta. Genebra: OMS, 2022.
	BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Brasília: MS, 2017.
	ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Suicide Worldwide in 2019: Global Health Estimates. Geneva: WHO, 2021.
	BOTELHO, S. F.; SILVA, M. J. P. Cuidando de pessoas em risco de suicídio: uma abordagem para a enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 49, n. 4, p. 610-616, 2015.
	MINAYO, M. C. S.; CAVALCANTE, F. G. Suicídio entre pessoas idosas: revisão da literatura. Revista de Saúde Pública, v. 44,n. 4, p. 750-757, 2010.
	ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria. Cartilha Setembro Amarelo: como agir diante do risco de suicídio. 2022.de gestação. Nessa consulta, o 
profissional de saúde realiza a anamnese detalhada, que inclui informações 
sobre antecedentes pessoais, familiares, obstétricos e ginecológicos, bem como 
estilo de vida, alimentação e condições socioeconômicas. 
 
O exame físico completo também é realizado, incluindo aferição da pressão 
arterial, avaliação do peso e altura, cálculo do índice de massa corporal (IMC), 
exame das mamas, avaliação do estado nutricional e, quando possível, o exame 
ginecológico. 
 
Além disso, são solicitados exames laboratoriais de rotina, como: 
 • Hemograma completo 
 • Tipagem sanguínea e fator Rh 
 • Glicemia de jejum 
 • Sorologias para sífilis (VDRL), HIV, hepatites B e C 
 • Exame de urina 
 • Toxoplasmose e rubéola, quando necessário 
 
Outro aspecto importante é a orientação da gestante, que deve receber 
informações sobre alimentação saudável, importância da prática de atividades 
físicas leves, uso de ácido fólico e ferro, cuidados com a higiene, sinais de 
alerta e a importância do acompanhamento regular. 
 
A gestante também deve ser informada sobre seus direitos, como o acesso 
gratuito aos exames, vacinas (como dTpa, influenza e hepatite B) e ao parto 
humanizado. O cartão da gestante é iniciado nessa primeira consulta, 
funcionando como documento de acompanhamento das consultas e exames ao 
longo da gravidez. 
 
CONCLUSÃO: 
 
A primeira consulta do pré-natal é um marco essencial no cuidado com a saúde 
da gestante e do bebê. Ela permite a detecção precoce de possíveis 
complicações, o início de um acompanhamento sistemático e o fortalecimento 
do vínculo com a equipe de saúde. O atendimento qualificado e humanizado 
desde o início da gestação contribui para melhores desfechos obstétricos e 
neonatais, sendo um investimento fundamental na saúde pública. O pré-natal 
deve ser compreendido como um direito da mulher e um compromisso coletivo 
com a vida. 
BIBLIOGRAFIA: 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Atenção ao Pré-
Natal de Baixo Risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Rede Cegonha: Linha de Cuidado para a 
Saúde Materna e Infantil. Brasília: 2011. 
 • FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e 
Obstetrícia. Manual de Ginecologia e Obstetrícia. São Paulo: 2021. 
 • WHO – World Health Organization. WHO recommendations on antenatal 
care for a positive pregnancy experience. Geneva: WHO, 2016. 
 • INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDE DA MULHER, DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE. Pré-natal e nascimento: diretrizes e recomendações. Rio de 
Janeiro: IFF/Fiocruz, 2018. 
 
1. Roteiro 06: Pré-natal: consultas subsequentes do 2º e 3º trimestres 
 
INTRODUÇÃO 
 
O acompanhamento pré-natal é essencial para garantir a saúde da gestante e do 
bebê durante todas as fases da gestação. Após a primeira consulta, realizada 
idealmente no primeiro trimestre, o cuidado continua de forma sistemática no 
segundo e terceiro trimestres. Esses períodos são marcados por importantes 
transformações físicas e fisiológicas, além de exigirem monitoramento cuidadoso 
para prevenir e tratar precocemente possíveis complicações. O objetivo deste 
trabalho é apresentar os principais cuidados e intervenções realizadas durante o 
segundo e terceiro trimestres do pré-natal, destacando sua importância na 
promoção da saúde materno-infantil. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Segundo Trimestre (14ª à 27ª semana de gestação): 
Este período é geralmente caracterizado por maior estabilidade emocional e 
física da gestante. As consultas de pré-natal devem ser realizadas mensalmente 
e incluem o acompanhamento do crescimento fetal, avaliação do peso 
materno, pressão arterial e sintomas gerais. 
 
Exames importantes neste trimestre incluem: 
 • Ultrassonografia morfológica fetal (entre 20 e 24 semanas), que 
permite avaliar a anatomia do feto e detectar malformações congênitas; 
 • Repetição de exames laboratoriais como hemograma, glicemia e 
sorologias conforme avaliação clínica; 
 • Teste de tolerância à glicose (TOTG) entre 24 e 28 semanas para 
rastreamento de diabetes gestacional. 
 
Orientações nutricionais, suplementação com ferro e ácido fólico, vacinação 
(dTpa e influenza) e estímulo à atividade física são reforçadas. Também se 
abordam aspectos emocionais e o início do planejamento do parto. 
 
Terceiro Trimestre (28ª semana até o parto): 
Nesta fase, o foco do pré-natal se intensifica, com consultas quinzenais a partir 
da 36ª semana. Avalia-se a posição fetal, movimentos fetais, altura uterina e 
batimentos cardíacos fetais, além de continuar o controle de pressão arterial e 
ganho de peso. 
 
Exames como: 
 • Nova coleta de exames laboratoriais (VDRL, HIV, HBsAg, 
hemograma); 
 • Pesquisa de estreptococo do grupo B (entre 35 e 37 semanas); 
 • Avaliação do bem-estar fetal por meio de ultrassonografia, quando 
indicado. 
 
O preparo para o parto se torna central: discute-se o plano de parto, os sinais 
de trabalho de parto, o tipo de parto, e reforça-se a importância da presença 
de acompanhante. A gestante deve ser informada sobre os direitos garantidos 
por lei e sobre os cuidados com o recém-nascido, incluindo aleitamento 
materno e puerpério. 
 
CONCLUSÃO 
 
O acompanhamento pré-natal no segundo e terceiro trimestres é fundamental para 
garantir o desenvolvimento saudável do bebê e a segurança da gestante. A detecção 
precoce de complicações, o monitoramento contínuo e o preparo para o parto são 
pilares dessa fase. Um pré-natal bem conduzido fortalece o vínculo materno, reduz 
riscos e promove um desfecho mais seguro e humanizado para mãe e filho. A atenção 
integral à gestante deve ser prioridade dos serviços de saúde, contribuindo para a 
redução da mortalidade materna e infantil. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. Cadernos de 
Atenção Básica, nº 32. Brasília: 2012. 
 • FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e 
Obstetrícia. Manual de Ginecologia e Obstetrícia. São Paulo: 2021. 
 • WHO – World Health Organization. Recommendations on Antenatal Care 
for a Positive Pregnancy Experience. Geneva: WHO, 2016. 
 • REDE CEGONHA. Linha de Cuidado para a Saúde Materna e Infantil. 
Ministério da Saúde, 2011. 
 • INSTITUTO FIOCRUZ. Pré-Natal e Nascimento: diretrizes e 
recomendações. IFF/Fiocruz, 2018. 
 
 
 
 
 
Roteiro 07: Consulta ao paciente com Diabetes mellitus 
 
 
INTRODUÇÃO 
O Diabetes Mellitus (DM) é uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo, 
caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue devido à deficiência na 
produção ou na ação da insulina. Sua abordagem eficaz envolve uma atenção 
integral e contínua, com foco no controle metabólico, prevenção de complicações e 
promoção da qualidade de vida do paciente. A consulta ao paciente diabético é um 
momento crucial para avaliação clínica, ajustes terapêuticos e orientação sobre 
hábitos de vida saudáveis. Este trabalho tem como objetivo apresentar os principais 
aspectos da consulta clínica ao paciente com Diabetes Mellitus, destacando as 
estratégias para um acompanhamento eficaz. 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Durante a consulta médica ao paciente com Diabetes Mellitus, é fundamental realizar 
uma abordagem centrada no paciente, avaliando aspectos clínicos, laboratoriais e 
comportamentais. A consulta deve incluir: 
 
1. Anamnese detalhada: 
 • Histórico da doença (tempo de diagnóstico, tipo de diabetes); 
 • Queixas atuais, adesão ao tratamento e uso de medicamentos; 
 • Presença de sintomas clássicos (poliúria, polidipsia, perda de peso, fadiga); 
 • Histórico familiar de diabetes e comorbidades associadas (hipertensão, 
dislipidemia); 
 • Estilo de vida (alimentação, atividade física, consumo de álcool, 
tabagismo). 
 
2. Exame físico completo: 
 • Verificação do peso, altura, IMC e circunferência abdominal; 
 • Aferição da pressão arterial; 
 • Avaliação dos pés (presença de úlceras, alterações de sensibilidade); 
 • Inspeção dapele, mucosas e exame cardiovascular. 
 
3. Solicitação e análise de exames laboratoriais periódicos: 
 • Glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HbA1c); 
 • Perfil lipídico (colesterol total, LDL, HDL, triglicerídeos); 
 • Função renal (creatinina, taxa de filtração glomerular, microalbuminúria); 
 • Exame de urina. 
 
4. Orientações durante a consulta: 
 • Educação sobre o autocuidado, incluindo monitoramento da glicemia 
capilar; 
 • Adesão ao plano alimentar individualizado e prática regular de exercícios 
físicos; 
 • Correto uso dos medicamentos (antidiabéticos orais ou insulina); 
 • Prevenção de complicações, como pé diabético, nefropatia, retinopatia e 
neuropatia; 
 • Importância da vacinação (influenza, hepatite B, COVID-19 e 
pneumocócica). 
 
A frequência das consultas depende do controle glicêmico e da presença de 
complicações. Pacientes com bom controle podem ser acompanhados a cada três 
meses, enquanto os que estão descompensados exigem acompanhamento mais 
frequente. 
 
CONCLUSÃO 
 
A consulta ao paciente com Diabetes Mellitus é uma oportunidade essencial para 
avaliação clínica, monitoramento do controle glicêmico e fortalecimento do 
autocuidado. Um atendimento humanizado, contínuo e multiprofissional é fundamental 
para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente. A educação em 
saúde e o incentivo a hábitos saudáveis devem ser parte integrante de cada 
atendimento, contribuindo para a adesão ao tratamento e o sucesso da terapia a longo 
prazo. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Estratégias para o 
cuidado da pessoa com doença crônica – Diabetes Mellitus. Brasília: 2013. 
 • SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade 
Brasileira de Diabetes 2022-2023. São Paulo: Clannad, 2022. 
 • AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Standards of Medical Care in 
Diabetes – 2023. Diabetes Care, 46(Suppl 1):S1-S291, 2023. 
 • ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Diabetes nas 
Américas: Guia para profissionais de saúde. OPAS, 2019. 
 
 
 
Roteiro 08: Avaliação do pé diabético 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O pé diabético é uma das complicações crônicas mais graves do Diabetes Mellitus, 
sendo responsável por significativa morbimortalidade e por cerca de 85% das 
amputações não traumáticas de membros inferiores. A condição resulta da 
combinação de neuropatia periférica, doença vascular e infecções, podendo evoluir 
rapidamente se não for diagnosticada e tratada adequadamente. A avaliação 
periódica e sistemática dos pés é fundamental para prevenir lesões e reduzir o risco 
de amputações. Este trabalho tem como objetivo abordar os principais aspectos da 
avaliação clínica do pé diabético, incluindo estratégias de prevenção e cuidados 
essenciais. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A avaliação do pé diabético deve ser feita em todas as consultas de pacientes com 
diabetes, especialmente naqueles com mais de 10 anos de doença ou com fatores de 
risco associados, como má circulação, tabagismo, neuropatia ou histórico de úlceras. 
 
1. Exame físico do pé: 
Inclui inspeção cuidadosa da pele (ressecamento, fissuras, infecções, calosidades), 
observação de deformidades (dedos em garra, hálux valgo, pé cavo), avaliação de 
unhas e presença de ulcerações. A coloração, temperatura, pulsos periféricos (pedioso 
e tibial posterior) e presença de edema também devem ser verificados. 
 
2. Avaliação da sensibilidade: 
É fundamental para detectar neuropatia periférica, condição que leva à perda da 
sensibilidade protetora. Os principais testes incluem: 
 • Monofilamento de 10g (Semmes-Weinstein): utilizado para avaliar 
sensibilidade tátil protetora. 
 • Diapasão 128 Hz: para avaliação da sensibilidade vibratória. 
 • Teste do alfinete ou agulha: para sensibilidade dolorosa. 
 • Avaliação térmica: com tubos de água quente e fria, se disponível. 
 
3. Avaliação vascular: 
A presença de doença arterial periférica (DAP) aumenta o risco de complicações. A 
palpação dos pulsos periféricos é essencial, além da possibilidade de realizar exames 
complementares como o índice tornozelo-braquial (ITB), doppler vascular e 
angiografia, se necessário. 
 
4. Classificação de risco: 
Com base nos achados clínicos, os pacientes são classificados em níveis de risco para 
desenvolver úlceras e complicações. Os que apresentam perda de sensibilidade ou 
doença arterial periférica devem ser acompanhados com mais frequência e receber 
cuidados específicos. 
 
5. Prevenção e educação: 
A principal medida preventiva é a educação do paciente, que deve ser orientado sobre: 
 • Inspeção diária dos pés; 
 • Cuidados com a higiene e hidratação da pele; 
 • Corte correto das unhas; 
 • Uso de calçados adequados e proteção contra traumas; 
 • Evitar andar descalço. 
 
Pacientes com lesões devem ser encaminhados para cuidados especializados, com 
avaliação de feridas, uso de curativos apropriados, controle da infecção e, em casos 
graves, cirurgia vascular ou amputação. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A avaliação do pé diabético é uma prática clínica essencial para a prevenção de 
complicações graves, como úlceras e amputações. Um exame físico simples, aliado à 
educação em saúde e ao acompanhamento regular, pode reduzir significativamente a 
ocorrência dessas complicações. O envolvimento de uma equipe multidisciplinar e a 
conscientização do paciente são fatores determinantes para o sucesso no cuidado com 
os pés diabéticos. A atenção precoce e contínua é a chave para preservar a integridade 
física e a qualidade de vida dos pacientes com diabetes. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Estratégias para o 
cuidado da pessoa com doença crônica – Diabetes Mellitus. Brasília: 2013. 
 • SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade 
Brasileira de Diabetes 2022-2023. São Paulo: Clannad, 2022. 
 • BAKKER, K.; APPELQVIST, J.; LIPSKY, B. A. et al. International Consensus on 
the Diabetic Foot. International Working Group on the Diabetic Foot, 2020. 
 • AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Standards of Medical Care in 
Diabetes – 2023. Diabetes Care, 46(Suppl 1):S148-S158, 2023. 
 • WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines on the management of 
diabetic foot. Geneva: WHO, 2022. 
 
 
 
Roteiro 09: Consulta ao paciente com Hipertensão arterial sistêmica 
 
INTRODUÇÃO 
 
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição crônica caracterizada pela 
elevação sustentada dos níveis pressóricos, sendo um dos principais fatores de risco 
para doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. 
Por ser geralmente assintomática, o diagnóstico e acompanhamento contínuo são 
essenciais para prevenir complicações graves. A consulta clínica representa um 
momento fundamental para avaliar o controle da pressão arterial, adesão ao 
tratamento e adoção de hábitos saudáveis. Este trabalho tem como objetivo discutir os 
aspectos centrais da consulta ao paciente com HAS, destacando estratégias para um 
manejo eficaz. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A consulta ao paciente com HAS deve seguir uma abordagem estruturada, com foco na 
avaliação clínica, estratificação de risco cardiovascular e orientação terapêutica. 
 
1. Anamnese detalhada 
É fundamental obter informações sobre: 
 • Histórico pessoal e familiar de hipertensão e doenças cardiovasculares; 
 • Sintomas relacionados (cefaleia, tonturas, palpitações, visão turva); 
 • Adesão ao tratamento medicamentoso; 
 • Hábitos de vida (alimentação, atividade física, tabagismo, consumo de 
álcool); 
 • Presença de comorbidades como diabetes, dislipidemia e obesidade. 
 
2. Medição correta da pressão arterial 
Aferir a pressão arterial com técnica adequada, preferencialmente em ambas as 
braçadeiras, utilizando equipamentos calibrados e ambiente tranquilo. O diagnóstico 
de HAS é confirmado quando a pressão arterial está persistentemente ≥ 140/90 mmHg 
em pelo menos duas visitas. 
 
3. Exame físico e avaliação clínica 
 • Peso, altura e cálculo do IMC; 
 • Circunferência abdominal;• Ausculta cardíaca e pulmonar; 
 • Avaliação de pulsos periféricos; 
 • Sinais de lesão de órgão-alvo (retinopatia hipertensiva, sopros, edema). 
 
4. Exames laboratoriais solicitados regularmente 
 • Glicemia de jejum e hemoglobina glicada; 
 • Perfil lipídico (colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos); 
 • Creatinina e taxa de filtração glomerular (TFG); 
 • Sódio, potássio e exame de urina tipo 1; 
 • Eletrocardiograma (ECG). 
 
5. Classificação e estratificação de risco 
Pacientes devem ser classificados em baixo, moderado ou alto risco cardiovascular, 
conforme os níveis pressóricos e a presença de fatores de risco, lesões em órgãos-alvo 
ou doenças associadas. 
 
6. Orientações terapêuticas 
Além da prescrição de medicamentos anti-hipertensivos (diuréticos, inibidores da ECA, 
bloqueadores dos canais de cálcio etc.), é essencial reforçar: 
 • Adoção de dieta com baixo teor de sal (DASH); 
 • Controle de peso; 
 • Cessação do tabagismo; 
 • Prática regular de atividade física (mínimo 150 minutos por semana); 
 • Redução do consumo de álcool; 
 • Acompanhamento contínuo e adesão ao tratamento. 
 
CONCLUSÃO 
A consulta ao paciente com Hipertensão Arterial Sistêmica é uma oportunidade 
estratégica para promover o controle da doença, prevenir complicações e incentivar 
mudanças no estilo de vida. O atendimento clínico deve ser contínuo, individualizado e 
humanizado, envolvendo a escuta ativa, educação em saúde e o acompanhamento 
multiprofissional. O sucesso do tratamento da hipertensão depende diretamente da 
colaboração entre o profissional de saúde e o paciente, com foco na adesão 
terapêutica e no autocuidado. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica – Hipertensão Arterial 
Sistêmica. Brasília: 2013. 
 • SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Diretrizes Brasileiras de 
Hipertensão Arterial – 2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 116(3):516-658, 
2021. 
 • ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Manual de Manejo 
da Hipertensão na Atenção Primária à Saúde. Washington: OPAS, 2018. 
 • WHO – World Health Organization. Guideline for the pharmacological 
treatment of hypertension in adults. Geneva: WHO, 2021. 
 • RODRIGUES, S.L. et al. Atenção primária à saúde e controle da 
hipertensão arterial: desafios e perspectivas. Revista de Saúde Pública, 2022. 
 
Roteiro 10: Eletrocardiograma 
 
INTRODUÇÃO 
 
O eletrocardiograma (ECG) é um exame complementar fundamental na prática clínica, 
utilizado para registrar a atividade elétrica do coração de forma não invasiva. Desde 
sua introdução na medicina moderna, o ECG tornou-se uma ferramenta essencial para 
o diagnóstico de distúrbios cardíacos, acompanhamento de pacientes e triagem de 
urgências. Sua facilidade de realização, baixo custo e alto valor diagnóstico fazem do 
ECG um exame amplamente difundido nos serviços de saúde. Este trabalho tem como 
objetivo apresentar os fundamentos do eletrocardiograma, sua interpretação básica e 
sua importância no diagnóstico clínico. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
1. Fundamentos do Eletrocardiograma 
 
O ECG registra as variações elétricas geradas pela despolarização e repolarização das 
células cardíacas durante o ciclo cardíaco. Os eletrodos posicionados em pontos 
específicos do corpo captam essas variações e as traduzem em ondas registradas em 
papel ou monitor digital. O exame é composto por 12 derivações: seis no plano frontal 
(D1, D2, D3, aVR, aVL, aVF) e seis no plano horizontal (V1 a V6). 
 
2. Componentes de um traçado eletrocardiográfico 
 
O traçado padrão do ECG é composto por: 
 • Onda P: representa a despolarização atrial; 
 • Intervalo PR: tempo entre o início da despolarização atrial e ventricular; 
 • Complexo QRS: despolarização ventricular; 
 • Segmento ST: início da repolarização ventricular; 
 • Onda T: repolarização ventricular; 
 • Intervalo QT: tempo total da atividade elétrica ventricular. 
 
Alterações nesses componentes indicam possíveis anormalidades cardíacas. 
 
3. Aplicações clínicas do ECG 
 
O eletrocardiograma é útil no diagnóstico e acompanhamento de diversas condições 
cardíacas, como: 
 • Arritmias cardíacas (fibrilação atrial, taquicardias, bloqueios 
atrioventriculares); 
 • Infarto agudo do miocárdio (elevação ou depressão do segmento ST, 
presença de ondas Q patológicas); 
 • Hipertrofia ventricular (aumento da amplitude do QRS); 
 • Distúrbios eletrolíticos (alterações no segmento ST e na onda T); 
 • Efeitos de medicamentos (como digoxina ou antiarrítmicos); 
 • Bloqueios de ramo (alargamento do QRS, morfologias específicas em V1 e 
V6). 
 
4. Interpretação básica do ECG 
 
A interpretação do ECG deve seguir uma sequência lógica: 
 • Frequência e ritmo cardíaco; 
 • Análise da onda P e do intervalo PR; 
 • Avaliação do complexo QRS (duração, morfologia, eixo elétrico); 
 • Segmento ST e onda T (elevações, inversões); 
 • Intervalo QT corrigido (QTc). 
 
A correta leitura do ECG requer prática, conhecimento anatômico e fisiológico do 
coração, além da correlação com os achados clínicos do paciente. 
 
CONCLUSÃO 
O eletrocardiograma é uma ferramenta diagnóstica indispensável na medicina, capaz 
de fornecer informações rápidas, seguras e precisas sobre a função elétrica do 
coração. Sua interpretação adequada permite o diagnóstico precoce de condições 
graves, como infartos e arritmias, além de ser um aliado no acompanhamento de 
pacientes com doenças cardíacas crônicas. A capacitação dos profissionais de saúde 
para a realização e interpretação do ECG é essencial para garantir atendimento eficaz e 
seguro na prática clínica. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
• BRADY, W. J.; HERR, R. D. Eletrocardiograma na Prática Médica. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2018. 
 • MARINO, Paul L. Manual de Cuidados Intensivos de Marino. 7ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. 
 • SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Manual de 
Eletrocardiografia Clínica. São Paulo: SBC, 2021. 
 • AMERICAN HEART ASSOCIATION. Guidelines for ECG Interpretation and 
Use in Clinical Practice. Circulation, 2020. 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos Clínicos e Diretrizes 
Terapêuticas: Doenças Cardiovasculares. Brasília: 2021. 
 
 
 
Roteiro 11: Consulta ao paciente com Tuberculose 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium 
tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer outros 
órgãos. Apesar de ser prevenível e curável, a TB ainda representa um importante 
problema de saúde pública no Brasil e no mundo, especialmente em populações 
vulneráveis. A consulta clínica tem papel fundamental na detecção precoce, início 
imediato do tratamento e prevenção da transmissão da doença. Este trabalho tem 
como objetivo abordar os aspectos essenciais da consulta ao paciente com 
tuberculose, destacando a importância do diagnóstico oportuno, acolhimento e 
seguimento clínico. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
1. Abordagem inicial e suspeita clínica 
A consulta ao paciente com suspeita de tuberculose deve iniciar com uma anamnese 
detalhada, considerando: 
 • Tosse persistente (por mais de 3 semanas), com ou sem expectoração; 
 • Febre, sudorese noturna, emagrecimento e fadiga; 
 • História de contato com caso conhecido de TB; 
 • Condições associadas, como HIV, alcoolismo, desnutrição ou diabetes. 
 
2. Exame físico 
O exame físico deve incluir: 
 • Ausculta pulmonar para verificar presença de estertores ou roncos; 
 • Avaliação do estado nutricional e sinais gerais de adoecimento; 
 • Inspeção de linfonodos e órgãos acometidos, em casos extrapulmonares. 
 
3. Diagnóstico 
Após a suspeita clínica, o protocolo de investigação inclui: 
 • Exame de escarro para baciloscopia e cultura; 
 • Teste rápido molecular (TRM-TB), que detecta o DNA do bacilo e 
resistência à rifampicina; 
 • Raio-X de tórax, que pode mostrar infiltrados, cavitações ou outras 
alterações típicas. 
 
Em casos extrapulmonares, podem ser necessários exames como punção, biópsia, 
tomografia ou exames de líquido (pleural,pericárdico, etc.). 
 
4. Notificação e início do tratamento 
A tuberculose é uma doença de notificação compulsória. Confirmado o diagnóstico, o 
paciente deve ser cadastrado no sistema de informação e iniciar tratamento com 
esquema padronizado do SUS (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol – 
RHZE). 
 
5. Acompanhamento clínico 
Durante a consulta, o profissional deve: 
 • Acompanhar a adesão ao tratamento, que dura 6 meses; 
 • Avaliar efeitos colaterais dos medicamentos (hepatotoxicidade, náuseas, 
alterações visuais); 
 • Realizar exame clínico mensal, pesagem e coleta de escarro no segundo e 
sexto mês; 
 • Orientar sobre medidas preventivas, como ventilação dos ambientes e 
uso de máscara nos primeiros dias. 
 
6. Abordagem multiprofissional e vínculo com o paciente 
O sucesso do tratamento depende de uma equipe de saúde bem treinada, 
acompanhamento humanizado e vínculo com o paciente. O suporte social e 
psicológico é essencial para evitar abandono do tratamento e prevenir recaídas. 
 
CONCLUSÃO 
A consulta ao paciente com tuberculose é um momento decisivo para o diagnóstico 
precoce, início adequado do tratamento e interrupção da cadeia de transmissão da 
doença. A escuta atenta, o acolhimento e a abordagem clínica eficaz são essenciais 
para garantir a adesão terapêutica e reduzir a incidência da tuberculose. O papel da 
atenção primária e das equipes de saúde da família é fundamental para o controle 
dessa doença ainda tão prevalente no Brasil. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Controle da 
Tuberculose no Brasil. Brasília: 2022. 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Manejo Clínico da Tuberculose 
na Atenção Básica. Brasília: 2021. 
 • SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA (SBPT). 
Diretrizes para Tuberculose 2020. 
 • WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global Tuberculosis Report 
2023. Geneva: WHO, 2023. 
 • OLIVEIRA, H. B.; COSTA, J. L. Tuberculose: uma abordagem prática. São 
Paulo: Atheneu, 2019. 
 
 
 
12: Esquema básico de tratamento da tuberculose 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, 
com transmissão aérea e alta incidência em países em desenvolvimento. Apesar de ser 
tratável e curável, a TB ainda representa um desafio de saúde pública no Brasil, com 
elevada taxa de abandono do tratamento. O Ministério da Saúde adota um esquema 
terapêutico padronizado e gratuito, visando a cura da doença, a prevenção de 
resistência bacteriana e a interrupção da cadeia de transmissão. Este trabalho aborda 
o esquema básico de tratamento da tuberculose, suas fases, medicamentos envolvidos 
e a importância da adesão terapêutica. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
1. Objetivos do tratamento da tuberculose 
O tratamento da TB visa: 
 • Curar o paciente; 
 • Interromper a transmissão da doença; 
 • Prevenir recaídas; 
 • Evitar o surgimento de formas resistentes ao tratamento. 
 
2. Esquema básico de tratamento 
O Brasil adota o Esquema RHZE, composto por quatro fármacos: 
 • Rifampicina (R) 
 • Isoniazida (H) 
 • Pirazinamida (Z) 
 • Etambutol (E) 
 
Fase intensiva (2 meses): 
Administração de RHZE diariamente. Essa fase tem como objetivo reduzir rapidamente 
a população bacteriana e controlar os sintomas. 
 
Fase de manutenção (4 meses): 
Uso de Rifampicina (R) e Isoniazida (H), também diariamente. Essa fase é crucial para 
eliminar os bacilos remanescentes e evitar recidivas. 
 
O tratamento total dura 6 meses, sendo realizado com comprimidos combinados (dose 
fixa combinada – DFC) para facilitar a adesão. 
 
3. Posologia e cálculo das doses 
As doses dos medicamentos são ajustadas conforme a faixa de peso corporal do 
paciente. O número de comprimidos por dia varia, e é definido em protocolos 
específicos do Ministério da Saúde. Em crianças, o esquema é adaptado com 
formulações pediátricas. 
 
4. Monitoramento e efeitos colaterais 
Durante o tratamento, é essencial: 
 • Acompanhar mensalmente o paciente; 
 • Realizar exames laboratoriais quando necessário (função hepática, 
escarro de controle); 
 • Monitorar efeitos adversos como hepatotoxicidade, náuseas, reações 
cutâneas e alterações visuais (por etambutol). 
 
5. Adesão e suporte ao paciente 
A adesão é um dos maiores desafios. Para enfrentá-lo, o Sistema Único de Saúde (SUS) 
oferece: 
 • Tratamento supervisionado (TDO – Tratamento Diretamente Observado); 
 • Acompanhamento por equipes da Estratégia Saúde da Família; 
 • Apoio psicossocial, quando necessário. 
 
6. Tratamento de formas especiais 
 • Tuberculose resistente: exige esquemas individualizados com 
medicamentos de segunda linha. 
 • Coinfecção TB-HIV: tratamento da TB deve iniciar imediatamente, 
seguido da terapia antirretroviral (TARV) conforme avaliação clínica. 
 
CONCLUSÃO 
 
O esquema básico de tratamento da tuberculose é eficaz, seguro e disponível 
gratuitamente no SUS. Sua correta aplicação depende do diagnóstico precoce, da 
adesão rigorosa ao tratamento e do acompanhamento clínico regular. A atuação 
integrada dos profissionais de saúde, com foco na educação do paciente e no 
tratamento supervisionado, é essencial para alcançar a cura e controlar a disseminação 
da doença na comunidade. Investir na qualidade da assistência e no fortalecimento da 
atenção primária é o caminho para vencer a tuberculose como problema de saúde 
pública. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Controle da 
Tuberculose no Brasil. Brasília: 2022. 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde – Volume 
Único. Brasília: 2023. 
 • SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes 
Brasileiras para Tuberculose 2020. 
 • WHO – World Health Organization. Treatment of Tuberculosis: 
Guidelines. Geneva: WHO, 2022. 
 • OLIVEIRA, H. B. Tuberculose: uma abordagem prática. São Paulo: 
Atheneu, 2019. 
 
 
 
Roteiro 13: Consulta ao paciente com Hanseníase 
 
INTRODUÇÃO 
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, 
que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. Embora tenha tratamento e 
cura, ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil, com casos de 
diagnóstico tardio e estigma social. A consulta clínica é fundamental para a detecção 
precoce, interrupção da cadeia de transmissão e prevenção de incapacidades físicas. 
Este trabalho tem como objetivo apresentar os principais aspectos da consulta ao 
paciente com hanseníase, desde o diagnóstico até o acompanhamento e orientação 
em saúde. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Anamnese e suspeita clínica 
 
A primeira etapa da consulta envolve uma anamnese cuidadosa, investigando: 
 • Presença de manchas na pele com alteração de sensibilidade (térmica, 
dolorosa ou tátil); 
 • Dormência, formigamentos, dores nos nervos; 
 • Fraqueza muscular, principalmente em mãos, pés e face; 
 • Contato com casos conhecidos de hanseníase. 
 
2. Exame físico e dermatoneurológico 
 
O exame clínico deve incluir: 
 • Inspeção das lesões de pele: hipo ou hiperpigmentadas, com alteração de 
sensibilidade; 
 • Palpação de nervos periféricos (nervo ulnar, fibular, tibial posterior); 
 • Testes de sensibilidade com monofilamentos; 
 • Avaliação de força muscular; 
 • Busca ativa de sinais de comprometimento ocular, nasal e motor. 
 
3. Classificação operacional da doença 
 
Para fins terapêuticos, a hanseníase é classificada como: 
 • Paucibacilar (PB): até 5 lesões de pele, sem bacilos detectados; 
 • Multibacilar (MB): mais de 5 lesões ou bacilos detectados no esfregaço 
dérmico. 
 
4. Tratamento 
 
O tratamento é fornecido gratuitamente pelo SUS, com esquema padronizado: 
 • Paucibacilar: rifampicina + dapsona por 6 meses; 
 • Multibacilar: rifampicina + dapsona + clofazimina por 12 meses. 
 
A poliquimioterapia (PQT) deve ser supervisionada, com acompanhamento mensal. 
 
5. Acompanhamento e prevenção de incapacidades 
 
Durante as consultas mensais, é importante: 
 • Monitorar efeitos colaterais dos medicamentos;• Avaliar possíveis reações hansênicas (tipo 1 ou tipo 2); 
 • Realizar exames de sensibilidade e força; 
 • Fornecer orientações sobre autocuidado, proteção de áreas com 
anestesia e higiene. 
 
6. Abordagem psicossocial e enfrentamento do estigma 
 
A hanseníase carrega forte estigma histórico. O acolhimento, a educação em saúde e o 
acompanhamento multiprofissional são essenciais para reduzir o impacto psicológico e 
social da doença. 
 
CONCLUSÃO 
 
A consulta ao paciente com hanseníase é um momento crucial para o diagnóstico 
precoce, início do tratamento adequado e prevenção de deformidades e incapacidades 
físicas. A atuação da equipe de saúde deve ser humanizada, integrada e baseada em 
conhecimento técnico, promovendo a cura, a reabilitação e a reinserção social do 
paciente. O fortalecimento da atenção primária e da vigilância ativa é essencial para o 
controle da hanseníase no Brasil. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da 
Hanseníase como Problema de Saúde Pública. Brasília: 2022. 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Prático sobre a Hanseníase. Brasília: 
2021. 
 • OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. Hanseníase nas Américas: 
eliminação e desafios. Washington, 2020. 
 • WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Guidelines for the Diagnosis, 
Treatment and Prevention of Leprosy. Geneva: WHO, 2018. 
 • AZEVEDO, M. C.; LANA, F. C. F. Hanseníase: abordagem na atenção básica 
à saúde. Revista de Enfermagem, 2021. 
 
 
Roteiro 14: Prevenção de deficiências no paciente com Hanseníase 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, 
que compromete principalmente os nervos periféricos e a pele. Quando não tratada 
precocemente, pode levar a incapacidades físicas permanentes, como perda de 
sensibilidade, deformidades e limitações motoras. A prevenção de deficiências é um 
dos principais pilares no controle da hanseníase, sendo essencial para garantir 
qualidade de vida, reintegração social e autonomia funcional dos pacientes. Este 
trabalho aborda estratégias e práticas fundamentais para a prevenção de 
deficiências na hanseníase, com foco na atenção primária, reabilitação e 
autocuidado 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Fisiopatologia e risco de deficiência 
 
A hanseníase compromete os nervos periféricos, levando à perda de 
sensibilidade e força muscular, especialmente em mãos, pés e olhos. A 
anestesia torna as áreas afetadas vulneráveis a traumas, queimaduras e 
ulcerações, que podem evoluir para deformidades. A presença de neurite aguda 
ou crônica também contribui para o risco de incapacidades. 
 
2. Avaliação e classificação de risco 
 
Desde o diagnóstico, o paciente deve passar por uma avaliação de grau de 
incapacidade (grau 0, 1 ou 2), com base em exames de sensibilidade, força 
muscular e presença de lesões ou deformidades visíveis. Esse acompanhamento 
deve ser periódico e orienta ações de prevenção individualizadas. 
 
3. Estratégias de prevenção de deficiências 
 
As principais medidas incluem: 
 • Educação em saúde: o paciente deve ser orientado sobre os 
cuidados com áreas anestesiadas, higiene, uso de calçados e luvas protetoras. 
 • Autocuidado diário: inspeção de mãos, pés e olhos, hidratação da 
pele, corte correto das unhas e proteção contra traumas térmicos e mecânicos. 
 • Tratamento e controle de reações hansênicas: reações 
inflamatórias devem ser reconhecidas e tratadas precocemente para evitar 
comprometimento neurológico. 
 • Uso de órteses e adaptações: dispositivos como palmilhas, sandálias 
especiais ou imobilizadores ajudam a prevenir ou corrigir deformidades. 
 • Fisioterapia e terapia ocupacional: promovem reabilitação 
funcional, manutenção da força muscular e reintegração das atividades da vida 
diária. 
 
4. Papel da equipe de saúde 
 
A prevenção de deficiências exige uma abordagem multiprofissional, 
envolvendo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, 
assistentes sociais e agentes comunitários. O cuidado deve ser contínuo, com 
ênfase na atenção primária à saúde e no fortalecimento do vínculo com o 
paciente. 
 
5. Reabilitação e reinserção social 
 
A reabilitação física deve ser acompanhada de ações de inclusão social e 
combate ao estigma. Grupos de apoio, educação comunitária e acesso a 
políticas de assistência social são fundamentais para o enfrentamento das 
barreiras impostas pela doença. 
 
CONCLUSÃO 
 
A prevenção de deficiências na hanseníase é uma das principais metas no 
manejo dessa doença, pois impacta diretamente a qualidade de vida, a funcionalidade 
e a autoestima dos pacientes. A atuação precoce, contínua e humanizada da equipe de 
saúde, aliada ao empoderamento do paciente por meio do autocuidado, é essencial 
para evitar incapacidades e promover a reabilitação integral. Investir em estratégias de 
prevenção e educação é fundamental para eliminar as consequências físicas e sociais 
da hanseníase. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da 
Hanseníase como Problema de Saúde Pública. Brasília: 2022. 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Prático sobre Hanseníase e Prevenção 
de Incapacidades. Brasília: 2021. 
 • OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. Manual de prevenção de 
incapacidades na hanseníase. Washington: 2020. 
 • WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Guidelines for the Diagnosis, 
Treatment and Prevention of Leprosy. Geneva: WHO, 2018. 
 • SILVA, M. B. et al. Hanseníase e prevenção de incapacidades físicas: 
abordagem na atenção primária. Revista Brasileira de Enfermagem, 2020. 
 
 
 
 
Roteiro 15: Consulta ao paciente com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana 
(HIV) 
 
INTRODUÇÃO 
 
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) permanece como um dos 
maiores desafios da saúde pública mundial. Com os avanços da medicina, 
especialmente da terapia antirretroviral (TARV), o HIV tornou-se uma condição crônica 
controlável, desde que diagnosticada precocemente e tratada adequadamente. A 
consulta clínica é o ponto de partida para a construção do cuidado integral, centrado 
na escuta, no acolhimento e na vinculação do paciente ao serviço de saúde. Este 
trabalho aborda os principais aspectos da consulta ao paciente com HIV, destacando a 
importância do diagnóstico precoce, da adesão à TARV e do acompanhamento 
multiprofissional. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
1. Primeira abordagem: acolhimento e escuta ativa 
 
A consulta ao paciente com HIV deve ocorrer em ambiente reservado, acolhedor e sem 
julgamentos. A escuta ativa permite compreender a realidade do paciente, esclarecer 
dúvidas e reduzir o impacto do diagnóstico. É essencial tratar o HIV com naturalidade, 
reforçando que a infecção pode ser controlada com o tratamento adequado. 
 
2. Anamnese e exame físico 
 
Na anamnese, deve-se investigar: 
 • História de comportamento de risco; 
 • Presença de sintomas sugestivos (febre, emagrecimento, linfadenopatia, 
diarreia persistente); 
 • Uso de medicamentos; 
 • Condições clínicas associadas (DSTs, tuberculose, hepatites). 
 
O exame físico deve ser completo, com atenção especial à pele, mucosas, linfonodos, 
pulmões e sistema neurológico. 
 
3. Diagnóstico e exames iniciais 
 
O diagnóstico é feito por testes rápidos ou sorologias laboratoriais, confirmados por 
métodos de biologia molecular se necessário. 
 
Após a confirmação do HIV, são solicitados exames complementares: 
 • Carga viral do HIV; 
 • Contagem de linfócitos CD4+; 
 • Hemograma, função hepática e renal; 
 • Sorologias para hepatites B e C, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus e 
tuberculose (PPD ou IGRA). 
 
4. Início da terapia antirretroviral (TARV) 
 
A TARV deve ser iniciada o mais precocemente possível, independentemente da 
contagem de CD4, conforme diretriz do Ministério da Saúde. O esquema padrão inclui 
três antirretrovirais combinados, com monitoramento da adesão e dos efeitos 
colaterais. 
 
5. Acompanhamento e adesãoO paciente com HIV deve ter consultas regulares, geralmente trimestrais, para: 
 • Monitoramento da carga viral e CD4; 
 • Avaliação clínica e laboratorial; 
 • Apoio psicológico e social; 
 • Orientações sobre sexualidade segura, prevenção de infecções e hábitos 
de vida saudáveis. 
 
6. Abordagem multiprofissional 
 
O cuidado ao paciente com HIV é compartilhado por uma equipe que pode incluir: 
médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, assistentes sociais e nutricionistas. A 
abordagem humanizada é essencial para combater o estigma e garantir o sucesso 
terapêutico. 
 
CONCLUSÃO 
 
A consulta ao paciente com infecção pelo HIV vai além da abordagem clínica: é um 
espaço de acolhimento, vínculo e promoção da saúde. O diagnóstico precoce, o início 
imediato da TARV e o acompanhamento regular são fundamentais para garantir 
qualidade de vida, reduzir a transmissão e controlar a epidemia. O papel da atenção 
básica e das equipes de saúde é determinante para o enfrentamento da infecção pelo 
HIV de forma humanizada, inclusiva e eficaz. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo 
da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: 2022. 
 • BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico para o Diagnóstico da 
Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. Brasília: 2021. 
 • UNAIDS. Relatório Global sobre HIV/AIDS. Genebra: 2023. 
 • WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Guidelines on HIV Prevention, 
Diagnosis, Treatment and Care. Geneva: 2023. 
 • GRECO, D. B. et al. HIV/AIDS: cuidados e abordagem integral ao paciente 
soropositivo. Revista Brasileira de Medicina, 2021. 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO 16: Terapia antirretroviral 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A terapia antirretroviral (TARV) é o tratamento utilizado para controlar a infecção pelo 
vírus da imunodeficiência humana (HIV). Desde sua introdução, a TARV revolucionou o 
manejo da AIDS, transformando uma condição fatal em uma doença crônica 
controlável. O tratamento é baseado na combinação de diferentes classes de 
medicamentos que atuam inibindo etapas específicas do ciclo de vida do HIV, 
reduzindo a carga viral e promovendo a reconstituição do sistema imunológico. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
A TARV é composta por uma combinação de, no mínimo, três medicamentos 
antirretrovirais, geralmente de duas ou mais classes diferentes. Essa combinação é 
essencial para evitar a resistência viral e garantir a eficácia do tratamento a longo 
prazo. As principais classes de antirretrovirais incluem os inibidores da transcriptase 
reversa (análogo e não análogo de nucleosídeos), inibidores de protease, inibidores de 
integrase e inibidores de entrada. 
 
Os benefícios da TARV são amplos: além de melhorar a qualidade de vida da pessoa 
vivendo com HIV, ela reduz significativamente a carga viral, muitas vezes até níveis 
indetectáveis. Estudos demonstram que pessoas com carga viral indetectável não 
transmitem o vírus por via sexual, conceito conhecido como "Indetectável = 
Intransmissível" (I=I), fundamental para o controle da epidemia. 
 
A adesão ao tratamento é um dos maiores desafios. A interrupção ou uso irregular 
dos medicamentos pode levar à resistência do vírus, falha terapêutica e progressão da 
doença. Por isso, estratégias como o aconselhamento, acompanhamento 
multidisciplinar e uso de medicamentos de dose única diária têm sido utilizadas para 
melhorar a adesão. 
 
Com os avanços científicos, surgiram também medicamentos de longa duração, como 
as injeções mensais, que prometem facilitar ainda mais o tratamento. Além disso, a 
TARV é hoje uma ferramenta de prevenção, como no caso da Profilaxia Pós-Exposição 
(PEP) e da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), estratégias que utilizam antirretrovirais em 
pessoas não infectadas para evitar a transmissão do HIV. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A terapia antirretroviral é um marco na história da medicina moderna. Com ela, o HIV 
deixou de ser uma sentença de morte e passou a ser uma doença crônica controlável. 
O acesso universal à TARV, aliado ao diagnóstico precoce e à adesão ao tratamento, é 
essencial para frear a epidemia de HIV/AIDS. Ainda que muitos desafios persistam, 
principalmente no que diz respeito ao estigma, à adesão e à equidade no acesso, os 
avanços continuam a transformar o cenário da infecção por HIV em todo o mundo. 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo 
da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: MS, 2022. 
UNAIDS. Relatório Global 2023. Disponível em: https://www.unaids.org/pt. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Consolidated guidelines on HIV prevention, testing, 
treatment, service delivery and monitoring: recommendations for a public health 
approach. Geneva: WHO, 2021. 
LIMA, Y. et al. Adesão à terapia antirretroviral: fatores associados e estratégias de 
intervenção. Revista de Saúde Pública, São Paulo, 2020. 
 
 
ROTEIRO 17: Testes rápidos 
 
INTRODUÇÃO 
 
O diagnóstico precoce do HIV é uma das estratégias mais eficazes para o 
controle da epidemia. Os testes rápidos para HIV surgiram como uma 
importante ferramenta de saúde pública, pois permitem a detecção do 
vírus em poucos minutos, com alta sensibilidade e especificidade. Por 
serem de fácil aplicação, não exigirem infraestrutura laboratorial complexa 
e fornecerem resultados em até 30 minutos, os testes rápidos ampliaram o 
acesso ao diagnóstico, especialmente em populações vulneráveis ou em 
locais com recursos limitados. 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os testes rápidos detectam a presença de anticorpos anti-HIV ou, em alguns 
casos, antígenos virais, por meio de amostras de sangue (digital ou venoso) 
ou fluido oral. Eles são classificados como imunocromatográficos, e 
geralmente utilizados em ambientes como unidades básicas de saúde, 
campanhas de testagem, hospitais, e por organizações não governamentais. 
 
No Brasil, o Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente os testes 
rápidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo protocolos 
padronizados que garantem confiabilidade. Um resultado reagente 
(positivo) em um teste rápido deve ser confirmado com outro teste de 
metodologia diferente, conforme o fluxograma diagnóstico nacional. 
 
A utilização dos testes rápidos permite intervenções imediatas, como o 
início precoce da terapia antirretroviral (TARV), o aconselhamento e o 
encaminhamento adequado dos pacientes. Também desempenham papel 
essencial em programas de testagem e tratamento, voltados para a meta 
95-95-95 da UNAIDS, que prevê que 95% das pessoas vivendo com HIV 
conheçam seu diagnóstico, 95% estejam em tratamento e 95% tenham carga 
viral indetectável. 
 
Entretanto, existem desafios. O período de janela imunológica, em que o 
organismo ainda não produziu anticorpos detectáveis, pode levar a falsos 
negativos. Por isso, orienta-se a repetição do teste em casos de risco 
recente. Além disso, o estigma ainda é um fator que afasta muitas pessoas 
da testagem, mesmo com a facilidade oferecida pelos testes rápidos 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Os testes rápidos para HIV são instrumentos fundamentais para o 
enfrentamento da epidemia, permitindo o diagnóstico ágil, gratuito e 
acessível. Sua ampla utilização contribui diretamente para a quebra da 
cadeia de transmissão e para o sucesso do tratamento. É essencial que 
políticas públicas continuem promovendo a testagem voluntária e 
confidencial, aliada a campanhas educativas e ao combate ao preconceito, 
para que mais pessoas tenham acesso ao diagnóstico precoce e ao cuidado 
adequado. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV 
em Adultos e Crianças. Brasília: MS, 2022. 
UNAIDS. Relatório Global 2023. Disponível em: https://www.unaids.org/pt. 
WHO – World Health Organization. HIV rapid diagnostic tests: strategy and 
recommendations. Geneva: WHO, 2020. 
COUTINHO, F. A. B. et al. Avaliação dos testes rápidos para HIV no contexto da saúde 
pública brasileira. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, 2021.ROTEIRO 18: Administração de medicamentos 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A administração de medicamentos é uma das atividades mais importantes e 
frequentes na prática da saúde, especialmente na enfermagem. Esse processo 
envolve a preparação, verificação, aplicação e monitoramento dos efeitos dos 
fármacos nos pacientes. Um erro na administração pode causar reações adversas, 
ineficácia terapêutica ou até risco à vida. Portanto, é essencial que os profissionais 
da saúde sigam protocolos rígidos, tenham conhecimento técnico e científico e 
atuem com atenção e responsabilidade. 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A administração correta dos medicamentos envolve o cumprimento dos 
"sete certos": paciente certo, medicamento certo, dose certa, via certa, 
horário certo, registro certo e orientação certa. Essa abordagem visa 
minimizar os erros de medicação, que ainda são uma das principais causas 
de eventos adversos em ambientes hospitalares. 
 
Existem diversas vias de administração, como a oral, intramuscular, 
intravenosa, subcutânea, tópica, entre outras. A escolha da via depende do 
tipo de medicamento, da condição clínica do paciente e da urgência do 
efeito desejado. Cada via tem particularidades quanto à técnica, tempo de 
absorção e risco de complicações. 
 
Além da técnica correta, o profissional deve observar possíveis interações 
medicamentosas, alergias, condições clínicas específicas (como 
insuficiência renal ou hepática), além de manter o controle de 
armazenamento e validade dos medicamentos. 
 
A educação em saúde também é parte fundamental da administração de 
medicamentos, especialmente em contextos domiciliares ou ambulatoriais. 
O paciente deve ser orientado sobre a importância do uso correto, horários, 
possíveis efeitos colaterais e o que fazer em caso de reações adversas. 
 
Outro aspecto relevante é o uso de tecnologias, como prescrição eletrônica 
e sistemas de código de barras, que auxiliam na prevenção de erros e 
aumentam a segurança do paciente. Ainda assim, a responsabilidade 
técnica e ética permanece com o profissional que administra a medicação. 
 
CONCLUSÃO 
 
A administração de medicamentos é um processo que exige precisão, 
conhecimento técnico, atenção aos detalhes e compromisso ético. O 
cuidado com cada etapa desse processo é fundamental para garantir a 
segurança do paciente, a eficácia do tratamento e a prevenção de 
complicações. Capacitação contínua, protocolos padronizados e uso de 
tecnologias são aliados importantes para uma prática segura e eficiente. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Segurança do Paciente: Sérios Adversos Relacionados à 
Administração de Medicamentos. Brasília: MS, 2021. 
ANVISA. Boas Práticas na Administração de Medicamentos. Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária, 2022. 
SILVA, M. A.; LOPES, M. E. L. Administração de medicamentos: fundamentos e práticas 
para enfermagem. São Paulo: Martinari, 2020. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Medication Without Harm – WHO Global Patient 
Safety Challenge. Geneva: WHO, 2019. 
 
 
 
ROTEIRO 19: Consulta de puericultura (1º ano de vida) 
 
INTRODUÇÃO 
 
A puericultura é uma área da atenção primária à saúde voltada para o 
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, com ênfase na 
promoção da saúde e prevenção de doenças. No primeiro ano de vida, esse 
acompanhamento é essencial, pois é um período de intensas transformações físicas, 
cognitivas e emocionais. As consultas de puericultura têm papel fundamental no 
monitoramento do estado nutricional, desenvolvimento neuropsicomotor, 
vacinação, orientação familiar e detecção precoce de agravos. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
As consultas de puericultura no primeiro ano de vida seguem um 
cronograma recomendado pelo Ministério da Saúde, que sugere pelo menos 
sete visitas: logo após o nascimento (preferencialmente na primeira semana 
de vida), e aos 1, 2, 4, 6, 9 e 12 meses de idade. Nesses encontros, o 
profissional de saúde realiza avaliação clínica completa, incluindo: 
 
Medidas antropométricas (peso, estatura, perímetro cefálico); 
Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor (como sustentação da 
cabeça, sorriso social, rolar, sentar, engatinhar, entre outros marcos); 
Avaliação nutricional e orientação sobre amamentação e introdução 
alimentar; 
Acompanhamento do calendário vacinal conforme o Programa Nacional de 
Imunizações (PNI); 
Observação de sinais de risco como desnutrição, atraso no 
desenvolvimento, ou sinais de maus-tratos; 
Orientação aos pais ou cuidadores sobre higiene, sono, estímulos 
adequados, segurança e cuidados gerais com o bebê. 
A puericultura vai além da observação clínica: é também um espaço de 
escuta e orientação para a família. A qualidade da relação entre 
profissional e cuidador contribui para a criação de vínculos e para o 
empoderamento familiar nos cuidados com a criança. 
 
A atuação interdisciplinar, com a presença de médicos, enfermeiros, 
nutricionistas e agentes comunitários de saúde, é essencial para a 
efetividade do acompanhamento. Além disso, o Cartão da Criança (ou 
Caderneta da Criança) é uma ferramenta indispensável para o registro e 
continuidade do cuidado. 
 
Apesar da importância, muitos bebês não comparecem a todas as consultas 
previstas, o que pode comprometer a detecção precoce de problemas e o 
acompanhamento adequado do desenvolvimento. Barreiras como falta de 
informação, dificuldades de acesso aos serviços e desvalorização da 
prevenção ainda precisam ser enfrentadas. 
 
CONCLUSÃO 
 
As consultas de puericultura no primeiro ano de vida são fundamentais para 
garantir um desenvolvimento saudável, prevenir agravos e apoiar as 
famílias no cuidado com a criança. Quando bem conduzidas, elas 
contribuem para a construção de uma base sólida para a saúde ao longo da 
vida. É necessário que os serviços de saúde ampliem o acesso, promovam o 
vínculo com as famílias e fortaleçam a valorização do cuidado preventivo 
desde os primeiros dias de vida. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de Saúde da Criança: Menino/Menina – 1ª 
Infância (0 a 5 anos). Brasília: MS, 2023. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: crescimento e desenvolvimento. Série 
A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: MS, 2020. 
SILVA, T. C.; OLIVEIRA, L. M. Puericultura: abordagem integral à saúde da criança. 
Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 75, n. 2, 2022. 
WHO – World Health Organization. Nurturing care for early childhood development: a 
framework for helping children survive and thrive to transform health and human 
potential. Geneva: WHO, 2018. 
 
 
 
41. ROTEIRO 20: Consulta de puericultura (2º ano de vida e subsequentes) 
 
INTRODUÇÃO 
 
A puericultura é um componente essencial da atenção integral à saúde da criança, 
centrada no acompanhamento contínuo do crescimento, desenvolvimento e bem-
estar infantil. Após o primeiro ano de vida, o acompanhamento da criança 
permanece fundamental, pois novas fases do desenvolvimento motor, cognitivo, 
social e emocional acontecem rapidamente. As consultas de puericultura no 2º ano 
de vida e nos anos subsequentes têm como objetivo identificar precocemente 
alterações, promover práticas saudáveis e orientar os cuidadores quanto às 
necessidades dessa nova etapa da infância. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A partir do 2º ano de vida, as crianças passam por avanços significativos na 
linguagem, autonomia, socialização e coordenação motora. As consultas de 
puericultura nesta fase devem ser realizadas com periodicidade anual (ou 
semestral, dependendo das necessidades da criança), de acordo com as 
recomendações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de 
Pediatria. 
 
Durante essas consultas, os profissionais de saúde avaliam aspectos como: 
 
Crescimento físico (peso, estatura, IMC e perímetro cefálico até os 2 anos 
completos); 
Desenvolvimento neuropsicomotor, observando marcos como correr, falar 
frases completas, brincar em grupo e usar o banheiro; 
Vacinação, com verificação do esquema vacinal e aplicação

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