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MODULO 1 Montanha Autoconhecimento I ÍNDICE Autoconhecimento Comunicação Assertiva Feedback Marketing Pessoal Competências Metas .......................................03 .......................................12 .......................................24 .......................................28 .......................................32 .......................................36 Módulo I: MontanhaAutoconhecimento Módulo I: Montanha Autoconhecimento Autoconhecimento Adquirir autoconhecimento é algo extremamente necessário para quem quer crescer pessoalmente, profissionalmente, se relacionar melhor, se desafiar e se superar em qualquer aspecto da vida. Nós só nos conhecemos quando realmente olhamos para dentro de si. Somente com esse exercício é que, passamos a compreender melhor nossas qualidades, limitações, medos e motivações, e assim, fica muito mais fácil planejarmos nossas ações e comportamentos, buscando alcançar com assertividade aquilo que temos como objetivos. Ao contrário disso, quando o autoconhecimento é algo pouco explorado, a tendência de trilharmos caminhos equivocados, é altíssima. Pois, por não buscarmos internamente as respostas das nossas motivações, podemos cair em armadilhas de optar por coisas que não são necessariamente o que queremos, mas sim o que acreditamos que as pessoas ou o contexto em que vivemos esperam de nós. E esse é só um exemplo, pois a ausência do autoconhecimento tem inúmeras consequências na forma como nos planejamos, sonhamos, nos entendemos, nos relacionamos e lidamos com os fatos do nosso cotidiano. Bom, deu para perceber que o autoconhecimento é indicado para todos e para qualquer contexto, certo? Vamos tentar entender essas questões nesse módulo, mas uma coisa podemos já afirmar, tudo isso exige muita disciplina, vontade e provocação de si mesmo. Todos nós temos pontos positivos e pontos de melhorias, isso é algo natural e na medida que evoluímos em nossas vidas, assumimos novas responsabilidades e nos comprometemos com novos desafios, esses pontos vão se transformando, mas geralmente permanecem aqueles identificados como fortes, que são as características que nos destacam, que nos faz mostrar nossos potenciais, assim como permanecem também uns ou outros pontos de desenvolvimento, que são nossos desafios na busca pela melhoria contínua. Mas, como adquirimos um melhor conhecimento de si? Quais impactos temos profissionalmente quando além de nos preocuparmos como“que” e“quem” estão aonossoredor, nospreocupamos tambémcomo nosso interior? E o que tudo isso tem a ver com o meu crescimento profissional? Módulo I: Montanha Autoconhecimento Os pontos de desenvolvimento não devem ser motivos de preocupação, quando encarados como oportunidades de superação. São nas superações das nossas fraquezas que com frequência demonstramos nossa determinação e empenho em se desenvolver e se conhecer cada vez mais. Essa é uma avaliação que constantemente temos que fazer. Somente com esse olhar é que conseguiremos entender com mais clareza aquilo que temos facilidade em fazer/ser e o que temos dificuldades, os motivos pelos quais temos essas dificuldades e como podemos mudar essa situação. Pensar sobre tudo isso é buscar autoconhecimento. É com essa avaliação constante que conseguimos ter uma autonomia maior sobre nossos comportamentos e objetivos de vida. Veja algumas reflexões importantes à serem realizadas para iniciar a busca pelo autoconhecimento: • Qual é o meu objetivo de vida? • Por que esse objetivo é importante para mim? • Já estou em busca de realizar esse objetivo? • Que recursos e qualidades eu já possuo que me ajudarão no alcance desse objetivo? • Que limitações ou barreiras eu possuo que podem me impedir de alcançar os meus objetivos? • O que posso fazer para sanar essas limitações e barreiras? • Existem pessoas que podem me ajudar? Quem são elas? • Como são os meus relacionamentos? • Com que tipo de pessoas tenho mais facilidade em me relacionar e por quê? • Que perfil de pessoas eu procuro evitar relacionamentos e por quê? • O que eu acho que as pessoas pensam sobre mim? • Em que aspectos elas me elogiariam? • Em que aspectos elas me criticariam? • As opiniões dos outros são importantes para mim? • Eu mudaria de opinião para agradar alguém? • O que me motiva? • O que me desmotiva/irrita? • Quando eu vivencio algum conflito, como reajo? • O que me leva a reagir dessa forma? Módulo I: Montanha Autoconhecimento A partir de reflexões como essas é possível iniciar uma viagem em nosso interior, em busca de uma maior consciência do que somos e podemos nos tornar. Veja alguns fatores que acessamos com mais facilidade quando valorizamos o conhecimento interno: Autodesenvolvimento A clareza do que queremos para nossa vida pessoal e profissional nos direciona a buscar com maior assertividade aquilo que precisamos para nos aperfeiçoar. Quando assumimos nossos pontos de desenvolvimento, conseguimos assumir também a responsabilidade para melhorar o que precisa ser melhorado, ao invés, de terceirizar essa responsabilidade para empresa, para o gestor, colega e etc. Além disso, conhecer o que nos motiva e o que nos falta para ter mais qualidade, ajuda na escolha e direção do que precisamos desenvolver e do como isso precisa ser feito. Autoconfiança Conhecer nossas potencialidades, sentimentos, jeito de ser, pensar, agir e nossas inseguranças faz com que tenhamos mais preparo no momento em que precisamos realizar algo. Por exemplo: Se você tem consciência, aceita e assume sem vitimização, mas com iniciativa que falar em público não é o seu forte, a hora em que precisar fazer uma apresentação para um grupo de pessoas, você irá se preparar de forma eficaz para lidar com essa dificuldade e provavelmente isso não será percebido pelas pessoas que assistirem a sua apresentação. O mesmo serve para lidar com aquilo que você tem consciência que tem facilidade e domínio. Quando a gente se conhece, conseguimos reconhecer nossas qualidades e aproveitá-las da melhor forma possível. Quais são as situações que me bloqueiam? Que emoções eu geralmente sinto em situações boas e desafiadoras? O que valorizo em mim? O que eu gostaria de mudar em mim? Módulo I: Montanha Autoconhecimento Propósito A consciência do que somos e que queremos ser torna mais fácil a definição de qual é nosso propósito. O propósito é a bússola que constantemente utilizamos na hora em que precisamos tomar decisões. Tendo em mente qual é o seu plano de vida, qual a sua missão e valores lhe dará confiança e suporte para seguir com um bom planejamento de vida e carreira. Metas Esse fator é inevitavelmente uma consequência do anterior, pois é impossível se estabelecer metas certas se você não tem conhecimento do seu propósito. Quando não sabemos onde queremos chegar e como queremos, qualquer coisa serve, vamos literalmente “dançando conforme a música”. Mas, quando colocamos o autoconhecimento como algo importante para o nosso crescimento, a identificação da nossa verdadeira essência e o entendimento do que precisamos buscar para nos aperfeiçoarmos, conseguimos estruturar um plano de metas factível e coerente. Autonomia de si Quem não tem conhecimento de si próprio tem dificuldade para compreender o que quer verdadeiramente para sua carreira e vida pessoal e acaba aceitando que todos palpitem e definam o seu destino, sem avaliar se as escolhas que estão sendo tomadas estão ou não em sintonia com a sua essência e verdadeira motivação. Pessoas que possuem autoconhecimento conseguem ter clareza das suas escolhas e opiniões, tendo uma maior autonomia nas horas de decisões importantes para si. Controle Emocional Não existe outra forma para controlar as emoções que não seja buscando profundamente se conhecer e entendendo a formacomo reage emocionalmente a diferentes situações. É a partir desse exercício que desenvolvemos inteligência emocional. Relacionamentos mais saudáveis Um dos maiores desafios que existem é arte de se relacionar com pessoas diferentes de nós. Se conhecer permite que tenhamos relacionamentos mais saudáveis. Através do entendimento do que somos, conseguimos distinguir quais são as nossas limitações e quais são as limitações do outro. Conseguimos ter relações com menos julgamento e mais empatia. Módulo I: Montanha Autoconhecimento 7 Para ajudar melhor a busca do autoconhecimento, vamos então entender como se constituem nossos modelos mentais, responsáveis pela forma como nos comportamos e interagimos. De acordo com Peter Senge, modelos mentais são processos profundamente enraizados, generalizações ou mesmo fotos ou imagens que influenciam a forma como entendemos o mundo e como devemos agir. Modelos mentais referem-se a maneira com que utilizamos conhecimentos já adquiridos para avaliar e tomar decisões. Isso quer dizer que você pode melhorar sua visão da realidade, e não se deixar ser fisgado pela emoção inútil e desnecessária, revendo, avaliando e realinhando seu modelo mental. Nosso modelo mental vai sendo constituído no decorrer da vida, através do estabelecimento de crenças que vão definindo a forma como entendemos e interpretamos algo. CONSCIENTES INCONSCIENTES CRENÇAS São mensagens inseridas em nosso modelo mental, através do processo educacional, do reforço cultural e também de nossa percepção de situações e experiências vividas. É interessante entender que as crenças e os valores que enraizamos em nossa memória quando crianças se tornam os guias de nossa existência e lentes de nossas percepções da realidade, determinando a qualidade do nosso estado mental. Daí a importância de revisão constante dos paradigmas, que são crenças padronizadas e consideradas verdades absolutas em uma sociedade. Reflita: Quais são as crenças mais fortes que influenciam o seu jeito de ser? Módulo I: Montanha Autoconhecimento 8 Crenças disfuncionais/centrais que impactam na autoconfiança Além das crenças e dos valores úteis para nossa vida, aprendemos algumas crenças disfuncionais e valores carregados de mitos controladores de nosso comportamento, que sem revisão constante, podem atrapalhar nosso emocional e impulsionar os gatilhos das emoções aflitivas. São chamadas de disfuncionais porque: • Causam desordens emocionais, impedindo a realização de metas; • São irracionais porque não possuem base lógica; • São rígidas porque são extremistas e aplicáveis em toda situação. As crenças disfuncionais são normalmente associadas com emoções fortes de ansiedade, medo e raiva e são ativadas em situações nas quais a pessoa se sente vulnerável, ou seja, sem recursos físicos, intelectuais e psicológicos para enfrentar a situação. O Dr. Aaron Beck, psicólogo e importante estudioso do comportamento, diz que o ser humano constrói dentro de si crenças centrais que ficam armazenadas no inconsciente e que regem seu modelo mental, seu emocional e, principalmente, seus comportamentos em todas as esferas da vida. Ele mostra que as crenças básicas podem ser classificadas em esquemas disfuncionais de desamparo, de desamor e desvalor, impedindo ou dificultando o sucesso de uma carreira profissional ou mesmo o bem estar pessoal. As crenças centrais agem como uma lente que afeta a percepção! Pensamentos Distorcidos Crenças Centrais / Disfuncionais 1. Sou incapaz intelectual, profissional e fisicamente. 2. Sou impotente e ineficiente. 3. Sou vítima, perdedor, inadequado, sem atitude. 4. Sou fraco – Sou um fracasso. 5. Sou igual aos outros, sou inferior. 6. Sou carente – não consigo me proteger DESAMPARO Incompetência e Fracasso 1. Sou inadequado, feio, desagradável, chato, falo mal, me visto mal e não tenho nada de interessante. 2. Não sou digno de ser amado. 3. Não sou merecedor disso. DESAMOR Rejeição 1. Não tenho valor. 2. Sou um lixo, inaceitável, cruel. 3. Ninguém me quer. Serei rejeitado. 4. Mereço ficar sozinho. DESVALOR Inaceitável, sem valor Módulo I: Montanha Autoconhecimento Modelo Cognitivo de Beck Ler um livro Isso é difícil demais. Eu jamais entenderia isso (regras, atitudes, suposições) Emocional: Tristeza Fechar o livro cansaço Pensamentos automáticos negativos: 1. Estimulam defesas e geralmente faz com que as pessoas corram menos riscos. 2. Atuam como “inibidor de comportamento”. 3. Retiram a energia e provoca uma baixa na motivação. 4. Tornam as pessoas mais ansiosas e medrosas. 5. Amplia a visão de ameaça. 6. Aumenta avigilância. Pensamentos positivos: Quando embarcamos na viagem do autoconhecimento, entendemos nossas crenças e os pensamentos automáticos que são gerados a partir delas, ganhamos a liberdade e o domínio de mudar, solucionar e transformarnos o modelo mental, através da compreensão e estímulo de novos comportamentos e pensamentos positivos. Módulo I: Montanha Autoconhecimento Os pensamentos positivos estimulam: • O enfrentamento dos obstáculos. • Valorizam o esforço e a determinação. • Levam ao atingimento dos objetivos causando boas sensações. • Dão força a imaginação possibilitando a visão positiva do futuro. UMA TÉCNICA PARAVOCÊ! Como ressignificar uma crença disfuncional em uma crença positiva. Passos O que fazer 1 TRANFORME O SEU DILEMA EM UMA FRASE “Eu gostaria...Mas...” Exemplo: Eu gostaria de apresentar uma ideia para o meu gestor, mas tenho medo do que as pessoas pensarão de mim e da minha ideia não ser boa” 2 TESTE A VERACIDADE E AS BASES REALISTAS DO SEU PENSAMENTO NEGATIVO DEPOIS DE “MAS” Exemplos de questionamentos: O que me leva a pensar que as pessoas podem pensar algo de mim? Isso já aconteceu alguma vez? Caso realmente não aprovem a minha atitude, isso é mais importante que o fato de apresentar a minha ideia? Que impacto negativo eu teria em não agradar a todos? O que me leva a pensar que minha ideia pode não ser boa? Isso faz sentido ou é apenas uma insegurança minha? Tenho alguma outra forma de saber se essa ideia é positiva ou não? Qual forma? (se houver, vá atrás da resposta). Caso não seja uma ideia realmente boa, qual o impacto em apresentar e não apresentar? 3 CRIE UMA VISÃO DE FUTURO POSITIVA (crença positiva) Ao invés de imaginar a situação levando em consideração todos os seus anseios e tudo que pode dar errado, se projete em uma visão positiva visualizando as coisas boas que podem acontecer. 4 CRIE AÇÕES PARA VIVENCIAR EXPERIÊNCIAS POSITIVAS E TORNAR A VISÃO UMA REALIDADE. Módulo I: Montanha Autoconhecimento Diário de mudança comportamental Uma ferramenta para você! Para aumentar sua autoconsciência, anote e analise suas reações nas experiências do dia-a-dia e crie novas ações para aquelas que você deseja mudança. SITUAÇÃO PENSAMENTO AUTOMÁTICO SENTIMENTO COMPORTAMENTO NOVAS AÇÕES Módulo I: Montanha Autoconhecimento Comunicação Assertiva O nosso jeito de ser reflete na forma como interagimos com os demais. No momento em que estamos nos comunicando, estamos expressando nossa personalidade, potencialidades, limitações e anseios. Por isso, descobrir a forma que adotamos para nos comunicar e pensar que tipo de relações e resultados estamos conquistando a partir disso, também é uma excelente forma de adquirir autoconhecimento. A especialista em Comportamento e Comunicação Assertiva, Vera Martins, autora dos livros “Seja Assertivo!”, “Tenha Calma”, “O Emocional Inteligente”, entre outros, mostra a importância de cuidarmos da nossa comunicação, pois segundo ela a falta de habilidade em expressar opiniões, sentimentos, desejos e necessidades (comoemissor) e de responder assertivamente (como receptor) é o principal responsável pela criação de emoções negativas, como frustração, raiva, ansiedade e inquietação nas relações interpessoais. Duas habilidades são essenciais para a eficácia da comunicação entre duas pessoas, essas habilidades se bem executadas, nos leva a assertividade em nossas relações e na forma como atingimos os nossos resultados. São elas: Escuta ativa e Expressão comunicativa. Escuta Ativa Pense nas situações que você tem dificuldade de ouvir as pessoas. Pense nas pessoas e por que você não as ouve. Dependendo da situação, de quem fala e do interesse pelo assunto abordado, nossa capacidade de ouvir pode se enquadrar nos seguintes níveis de atenção: Ouvinte passivo: não presta atenção ao significado da mensagem, não participa da conversa, concorda com tudo e sua retenção é mínima porque sua preocupação é concordar com o outro. Quando estamos envolvidos por emoções negativas, podemos adotar uma comunicação passiva ou agressiva, como defesas, ao invés de assumi-las ou expressá-las de forma assertiva. Módulo I: Montanha Autoconhecimento Ouvinte agressivo: Interrompe a fala do outro, contesta a opinião do outro frequentemente e sua retenção é baixa porque sua atenção está voltada para si mesmo. Ouvinte ativo: possui o mais alto nível de atenção escutando toda a mensagem. Presta atenção aos sentimentos do outro, sendo empático e receptivo. Usa a escuta ativa. Existem alguns fatores que podem atrapalhar a escuta ativa. São eles: Avaliação prematura: Consistente em fazer pressuposições. É um mau ouvinte porque presume que entendeu o que o outro disse e chega a conclusões erradas. Escuta seletiva: É, também, um mau ouvinte porque seleciona o que quer ouvir e normalmente não capta o verdadeiro conteúdo da mensagem. Escuta parcial: Outro tipo de mau ouvinte porque ele só escuta parte do que foi falado. O resto do tempo ele ocupa pensando no que vai responder ou contra- argumentar. Preconceitos e estereótipos: Consiste em descartar opiniões porque considera- se a pessoa “menor”, e por isso, julga-se que não merece ser ouvida porque não tem nada a contribuir. Como por exemplo: O estereótipo de um faxineiro é de um profissional que executa e não pensa. Assim, não tem contribuição a dar para resolver um problema de trabalho. Comportamento defensivo: Ele se manifesta quando o receptor pressente na mensagem, uma ameaça ao seu eu e à imagem que deseja projetar para si e aos outros. A atitude de defesa exige da pessoa um dispêndio de energia à tarefa de se defender, inclusive, de si próprio. Além do estresse de viver sob o autopoliciamento, o ouvinte fica impossibilitado de fazer uma leitura objetiva da mensagem enviada pelo emissor, pois sua escuta é contaminada pelas inferências fantasiosas e criadas com o objetivo único de dar sentido à sua percepção e justificar seu comportamento defensivo. Módulo I: Montanha Autoconhecimento 1 Como se tornar um bom ouvinte Ouça atentamente. Nem sempre quando uma pessoa fala, os outros escutam de verdade; Preste atenção. Uma maneira de evitar devaneios em uma conversa é olhar para a pessoa e não interromper; Evite planejar mentalmente uma resposta enquanto o outro ainda estiver falando, isso também pode te distrair; Pergunte primeiro! Procure compreender a perspectiva da outra pessoa, fazendo perguntas de maneira atenciosa. Se você não entender o que está sendo dito ou razões do outro, pergunte; Em alguns casos, repetir o que a pessoa falou pode ajudar a garantir que você interpretou corretamente o que ela disse; Escute as palavras do outro abrindo os seus ouvidos, parafraseando o outro, fazendo resumo das ideias principais e ocupando a mente com as palavras do emissor; Pratique a empatia, se coloque no lugar do outro e esteja atento aos sentimentos que existem por detrás das palavras. 2 3 4 5 6 7 Módulo I: Montanha Autoconhecimento Postura e Comunicação Segundo a especialista, quando expressamos nossos sentimentos, ideias e necessidades, podemos construir uma linguagem de duas formas: Você-afirmação ou eu-afirmação. Você-afirmação = defesa Geralmente a linguagem você-afirmação é utilizada quando se quer culpar alguém por um conflito, por um resultado ruim obtido em um trabalho ou responsabilizar o outro pelos sentimentos que se está sentindo. Ao usar você- afirmação, a pessoa está assumindo uma postura defensiva e de vitimização que são típicos em comportamentos agressivos e não assertivos. Eu-afirmação = afirmação assertiva É uma linguagem que exige técnica e que ajuda a assumir a responsabilidade por seus pensamentos, sentimentos e necessidades, expressando honestamente o que se pensa, o que incomoda e quais são as reais expectativas em uma determinada situação. É a linguagem na primeira pessoa do singular: EU Quando se usa eu-afirmação, as chances deter mal-entendidos na comunicação com o outro são diminuídas, pois você, ao assumir seus sentimentos, não acusa e nem avalia o comportamento do outro. Isto impede a criação de atitudes de resistências e mecanismos de defesa. A linguagem eu-afirmação pode ser expressada em quatro passos: 1. Comece com a palavra EU 2. Expresse seu pensamento, sentimento e necessidade 3. Fale o comportamento do outro que causou o conflito 4. Expresse a consequência ou modificação que você deseja e o por quê Exemplo: “Você me causou constrangimento ao gritar comigo”. “Você é uma pessoa grosseira”. “Espero que mude seu modo de me tratar”. Módulo I: Montanha Autoconhecimento Usando essa linguagem, você dá ao outro o direito de compreender verdadeiramente a situação e o direito de mudança. Ingredientes do comunicador assertivo • Tem visão de contexto; • Sabe o que quer e onde quer chegar; • Encara a situação; • Parte do pensamento positivo e realista; • É firme e flexível; • Sente-se livre emocionalmente; • Assume a responsabilidade por sua mensagem; • É pertinente; • É objetivo e focado; • Tem foco na solução e não no culpado; • Usa linguagem positiva; • É afirmativo e negociador; • É verdadeiro e sincero; • Não se desculpa e se justifica sem motivos reais. A comunicação assertiva começa pelo uso adequado das palavras. Se você construir frases de acusação e julgamento do outro, está fadado a criar conflitos desnecessários. Portanto, ao invés de dizer: “Você é grosseiro quando fala alto” Troque por uma afirmação assertiva: “Eu me sinto incomodado quando você fala alto comigo”. Ao discordar de alguém não diga: “Você está totalmente errado”. Troque por: “Eu tenho outra maneira dever essa questão”. Mas só isso não basta para demonstrar assertividade. É preciso além da comunicação, também um COMPORTAMENTO assertivo, pois a fala deve vir acompanhada de um tom de voz e uma postura corporal coerentes. Exemplo: “Eu não gosto, sinto raiva e me sinto diminuído quando você grita comigo”. “Eu espero que quando você não concorda comigo, você explique o que você pensa, sem ataques pessoais e com a voz baixa”. Módulo I: Montanha Autoconhecimento O que você pensa em fazer agora? A - Apesar do sentimento de raiva, ficará quieto para não aumentar o conflito. B - Entra na sala do colega, depois da reunião e diz que ele foi muito grosseiro. C – Deixa um exemplar da revista Veja na mesa do colega, com clips com um artigo sobre “grosseirias no trabalho”, ou finge que está tudo bem e aguarda o momento propício para dar o troco. D – Num momento mais calmo diz ao colega, incisivo e firme, que você se sentiu muito mal naquela situação e diz que é importante para você que a situação não se repita. Propões alternativas para que não aconteça novamente e não impacte o relacionamento de vocês. Veja um breve exemplo de como o corpo fala: AGRESSIVO (dominador)PASSIVO (dominado) ASSERTIVO Tom de Voz Alto, sarcástico, arrogante, insolente, condescendente. Manso baixo, tímido, voz trêmula, comprida no tórax, ansioso, angustiado e inseguro. Seguro confiante, uniforme, firme, modulado, relaxado e calmo. Postura Corporal Linguagem corporal intimidativa, nervoso, rígido, firme, retesado, impaciente, peito erguido, olhar por cima e fixo no do outro, etc. Linguagem corporal de submissão, vergado, ombros caídos, mostrando insignificância, olhar baixo, sem se fixar no olhar no outro, baixo tônus vital. Linguagem corporal descontraída e relaxada, com movimentos abertos. Postura natural, bem posicionada, inclinada para frente, auto confiante, ereto, olhar firme e intermitente. Expressões Faciais Frio, zangado, ameaçador, carrancudo, olhos arregalados. Cabeça e olhos abatidos, tímido, acanhado e inseguro. Direto, autêntico, risonho e ar de feliz. Mãos e Braços Movimentos agressivos e acelerados e dedos erguidos. Movimentos abertos, informais, espontâneos e despreocupados. Movimentos abertos, informais, espontâneos e despreocupados. Como você agiria? Você está se sentindo muito mal no seu trabalho. Você saiu de uma reunião interdepartamental, em que foi discutido um cronograma de trabalho que envolverá outras áreas. Seu colega o tratou rispidamente, na frente de todos e isso fez com que o clima ficasse pesado e você constrangido. Naquele momento você optou por não argumentar para não piorar a situação. Mas, você não gostou e “engoliu a seco” a situação. Módulo I: Montanha Autoconhecimento AFIRMAÇÃO EMPATIA Existem quatro tipos de comportamentos marcantes quando interagimos com o outro. Todos eles devem ser construtivos e podem ser eficazes na interação, mas geralmente temos um tipo que é mais característico e natural. Esse tipo tende a ser inconsciente e a nortear a forma como escolhemos nos comunicar e, também nossas preferências em termos de estilos de pessoas que queremos interagir. São eles: É predomínio de clareza e da explicitação de suas expectativas. Consiste em esclarecer seus objetivos, interesses, os limites aceitáveis e regras a serem seguidas. Comportamentos expressos • Deixar claro seus motivos, propósitos e o que espera das pessoas; • Colocar limites e regras quando necessário; • Enfatizar as condições para aceitar uma ideia ou proposta; • Avaliar positiva ou negativamente as pessoas e a situação. É o predomínio de fatos, raciocínio e lógica. Consiste em convencer o outro a partir de fundamentação clara das ideias e propostas. Precisa de conhecimentos e exemplos. Comportamentos expressos • Fazer sugestões concretas e defendê- las com vigor; • Justificar e argumentar com fatos e dados • Fornecer informações; • Pedir explicações para entender a ideia do outro. É o predomínio de compreensão do outro. Consiste em entender o outro e a cooperar com ele para estimular a participação. Comportamentos expressos • Respeitar a opinião do outro mesmo que contrária à sua; • Garantir que entende corretamente as ideias e sentimentos do outro; • Estimular o outro a falar e expressar suas opiniões e sentimentos; • Conciliar quando existem pontos de vista diferentes. Módulo I: Montanha Autoconhecimento ENVOLVIMENTO É predomínio de entusiasmo, autoconfiança e exposição pessoal. Consiste em trazer o foco da situação para a sua pessoa e assim estimular a participação. Comportamentos expressos • Liderar a situação pelo seu entusiasmo e sinceridade; • Não se envergonhar de pedir ajuda ao outro; • Ser otimista conseguindo assim motivar e incentivar o outro; • Se incomodar com pessoas apáticas. Pessoas assertivas conseguem transitar pelos quatro tipos de comportamentos. Conseguem prestar atenção no interlocutor e analisar estrategicamente qual seu estilo de comunicação para ter melhores resultados nas interações. Por mais que haja um ou dois tipos característicos nas pessoas, os quatro devem estar presentes na comunicação e comportamento de quem busca assertividade. Módulo I: Montanha Autoconhecimento DESCUBRA O SEU ESTILO DE COMUNICAÇÃO Você deverá preencher o teste “estilos de comunicação”, seguindo as orientações e, levá-lo impresso para a sala no dia do encontro presencial. ESTILO DE COMUNICAÇÃO Para responder a este questionário, pense nas diversas situações em que você está interagindo e se comunicando com outras pessoas. Lembre como você geralmente se comporta nestas situações. Procure não se concentrar em uma situação específica, nem em uma determinada pessoa ou assunto. Pense de uma maneira geral, em situações de interação pessoal e profissional. Você vai encontrar no questionário conjuntos com 4 frases em cada situação para você analisar. Na coluna identificada como pontos, você vai classificar de 4 (quatro) a 1 (um), levando em consideração a forma como você realmente faz nessas situações. Não pense em como você gostaria de ser, mas como você realmente é. Anote o número 4 para a frase que descreve o comportamento que você faz mais constantemente quando interage com as pessoas. Use o número 3 para a frase que descreve aquilo que você costuma fazer em segundo lugar, e assim por diante, até chegar no número 1 que indicará um comportamento que é menos característico em você ou que você faz muito raramente. IMPORTANTE: NÃO DEIXE DE CLASSIFICAR QUALQUER FRASE E NÃO REPITA “NOTAS”. Responda com o primeiro pensamento que vier em sua mente. Situação 1 Comportamentos Pontos A Meu entusiasmo leva os outros a participar e contribuir mais B Tenho argumentos fortes e convincentes para sustentar minhas ideias C Deixo claro aos outros quando a situação está ou não está me agradando D Me entendo melhor com as pessoas depois que compreendo suas preocupações Instruções: Módulo I: Montanha Autoconhecimento Situação 2 Comportamentos Pontos A Gosto quando as pessoas reconhecem meu esforço para compreendê-las B Explico às pessoas o que elas devem ou não devem fazer C Defendo de modo enfático às sugestões que tem lógica e fundamento D Minha sinceridade estimula os outros a darem o melhor de si mesmo Situação 3 Comportamentos Pontos A Digo diretamente para as pessoas o que espero delas B Demonstro as pessoas os aspectos estimulantes da situação C Repito o que os outros dizem para que estejam seguros de que eu os compreendi D Apresento dados para convencer quem não concorda com uma ideia correta Situação 4 Comportamentos Pontos A Costumo formular sugestões de qualidade para encaminhar uma discussão B Dou um bom tempo para que outros expressem primeiro suas opiniões e ideias C Não me envergonho de pedir ajuda, quando necessário D Proponho regras e limites quando julgo serem necessários Situação 5 Comportamentos Pontos A Costumo reconhecer os meus erros diretamente com as pessoas envolvidas B Coloco enfaticamente as condições que pretendo para que não sejam ignoradas C Sustento ideias que tem fundamento, mesmo quando há pessoas que discordam D Presto atenção na opinião dos outros mesmo quando são contrárias as minhas Módulo I: Montanha Autoconhecimento Situação 6 Comportamentos Pontos A Meu entusiasmo faz com que as outras pessoas se descontraiam e se exponham mais B Apresento argumentos com determinação, mostrando que acredito neles C Deixo claro meus motivos e propósitos D Peço a quem está calado para expressar suas ideias Situação 7 Comportamentos Pontos A Peço explicação para compreender melhor a argumentação das outras pessoas B Valorizo a opinião das outras pessoas criando um clima favorável à participação C Minha confiança pessoal ajuda os outros a se sentirem também fortese confiantes D Deixo claro aos outros quando os meus objetivos não estão sendo atendidos Situação 8 Comportamentos Pontos A As pessoas dizem que eu respeito a opinião dos outros B As pessoas dizem que eu coloco claramente a avaliação que faço delas C As pessoas dizem que eu faço afirmações baseadas em uma lógica sólida e um raciocínio bem feito D As pessoas dizem que meu otimismo e entusiasmo são contagiantes Situação 9 Comportamentos Pontos A Eu demonstro aprovação quando reconhecem minha capacidade de envolver os outros B Eu demonstro aprovação quando são apresentados bons argumentos C Eu demonstro aprovação quando os meus objetivos são entendidos pelas pessoas D Eu demonstro aprovação às ideias dos outros para que eles participem mais Módulo I: Montanha Autoconhecimento Situação 10 Comportamentos Pontos A Eu costumo atingir o núcleo do assunto tratado com minhas ideias e argumentos B Eu costumo esclarecer limites e regras para todos respeitarem C Eu costumo respeitar o ponto de vista dos outros, mesmo quando não coincidem com os meus D Eu costumo expressar minhas emoções estimulando a discussão Situação 11 Comportamentos Pontos A As pessoas me consideram claro ao colocar meus objetivos e necessidades B As pessoas me consideram bom ouvinte C As pessoas me consideram uma pessoa que cativa os outros D As pessoas me consideram persuasivo ao apresentar propostas Situação 12 Comportamentos Pontos A Eu concilio quando as pessoas têm pontos de vista diferentes sobre a solução dos problemas B Pelo meu comportamento eu contagio as pessoas a solucionar problemas C Eu ofereço soluções lógicas e fundamentadas para solucionar problemas D Eu tomo iniciativa de propor solução para os problemas que me afetam Situação 13 Comportamentos Pontos A Me irrito se as pessoas criticam sem fundamento as minhas propostas e ideias B Me irrito se as pessoas estão desatentas aos sentimentos e opiniões dos outros C Me irrito se as pessoas desconfiam que meus interesses não sejam realmente os que expressei D Me irrito se as pessoas ficam totalmente apáticas e sem entusiasmo Situação 14 Comportamentos Pontos A Eu uso humor para deixar claro meus objetivos, os limites ou regras B Eu uso humor para cativar e entusiasmar as pessoas C Eu uso humor para garantir a participação de todos D Eu uso humor para reforçar minha argumentação Módulo I: Montanha Autoconhecimento Feedback Até agora entendemos como se constitui nosso modelo mental, através do armazenamento de crenças centrais e pensamentos automáticos, que se apresentam em nossos comportamentos. Vimos também que a forma como nos comunicamos e interagimos com alguém revela muito do que somos e, que existem técnicas que nos leva a uma comunicação e postura mais assertiva. Tudo que aprendemos até agora são estudos e métodos que nos levam ao nosso principal tema: AUTOCONHECIMENTO. Além, de claro, também nos proporcionar melhor desempenho e resultados mais eficazes. Agora, falaremos de mais uma forma eficaz de obter autoconhecimento. Falaremos sobre feedback, mas nesse momento não nos dedicaremos nas técnicas sobre como oferecer feedback, mais para frente, no decorrer dos módulos durante o programa teremos um momento em que nos aprofundaremos nesse tema com mais detalhes. Nesse módulo, nos limitaremos somente na importância de buscar e receber feedback como mais uma prática para ampliar a consciência sobre si mesmo. Antes de qualquer coisa, precisamos entender que o feedback, seja positivo ou negativo, deve ser um ato de generosidade e deve ser visto dessa forma tanto por quem oferece, quanto por quem recebe. Encará-lo dessa forma nos faz ser muito mais justo e cuidadoso no momento em que nos preparamos para estruturar e realizá-lo, assim como, nos faz ter menos resistências no momento em que recebemos um feedback relacionado à algum ponto em que precisamos melhorar. Estar aberto e buscar feedbacks amplia a nossa visão sobre nós, pois grande parte das nossas reações, nas mais diversas situações do dia a dia, somente são percebidas com a ajuda das pessoas com as quais convivemos, por isso, elas sempre terão muito a nos dizer. Mas, é importante ressaltar que aqui estamos nos referindo a um feedback estruturado, baseado em fatos e dados e, não apenas opiniões e percepções alheias sem fundamentos e com risco de estarem contaminadas por preconceitos e julgamentos. Pessoas com real expertise (experiência) buscam feedback (Ericsson, Prietula & Cokely, 2007). Módulo I: Montanha Autoconhecimento Feedback x maior autoconhecimento e melhor desempenho Imagine que você tem se empenhado na busca pelo autoconhecimento, porque, além de desejar se compreender melhor, alguém contou para você que profissionais de sucesso possuem uma boa visão de si mesmo e sabem exatamente em que precisam melhorar. Sendo assim, você tem estudado sobre o assunto e buscado recursos para colocar em prática todas as teorias que tem aprendido no seu dia-a-dia. Porém, você decidiu fazer tudo isso sozinho e sempre que se lembra, busca realizar auto avaliações para medir como tem sido o seu desempenho nesse aspecto. Uma das competências que percebeu que precisa se desenvolver é a comunicação. Entendendo mais sobre essa competência, você descobriu que a forma como tem interagido é agressiva. Após algum tempo colocando em prática as técnicas para melhorar esse ponto de desenvolvimento, sua auto avaliação é positiva e você já se considera uma pessoa que possui comunicação assertiva. Acontece, que após uma reunião de área, um colega no qual você confia lhe diz que se sente inibido com a forma como você fala alto e principalmente quando se opõe a alguma opinião, pois sua postura é agressiva. Você se choca com essa informação porque está a alguns meses se empenhando para se desenvolver nesse aspecto e não acha justo o feedback recebido. O que aconteceu nesse exemplo? Percebe a importância de pedir feedback sobre o seu desempenho? Nessa situação acima, se tivesse ocorrido a busca por feedbacks como mais uma ferramenta de melhorar a consciência sobre si e de avaliar sua evolução, a probabilidade de encarar o feedback inesperado e interpretá-lo como injusto, em um primeiro momento, provavelmente como forma de defesa, seria menor, pois você provavelmente já teria consciência sobre o nível que tem conseguido praticar a mudança proposta e também saberia que as pessoas provavelmente estariam lhe observando. Importante ressaltar que nesse exemplo em específico estamos imaginando que você está em um processo de desenvolvimento e já tem clareza sobre algumas coisas que gostaria de melhorar. Porém, muitas vezes, as pessoas percebem a necessidade de se desenvolver e de se conhecer melhor através dos feedbacks que vão recebendo ao longo do caminho. Processos como gestão de desempenho nas organizações, geralmente possibilitam essa abertura para entendermos o que tem caminhado bem e o que precisamos rever e realinhar. Seja em aspectos técnicos como em aspectos comportamentais. Por isso, estar aberto ao que o outro tem para nos dizer é algo inteligente e assertivo. Módulo I: Montanha Autoconhecimento No exemplo citado, também estamos focando em um feedback negativo, mas o mesmo poderia acontecer no âmbito positivo. Imagine que você poderia ser surpreendido pelo seu colega dizendo que tem notado sua mudança na forma como se comunica e que tem achado muito positiva e agregadora. O mesmo serve para descobertas de qualidades e potencialidades, através dos feedbacks que recebemos descobrimos também aquilo que estamos fazendo bem e que precisamos continuar desempenhando. A mudança nem sempre é algo fácil, é necessária persistência para modificarmos hábitos e para adquirir ou aperfeiçoar novas competências. Por isso, estar abertoa opinião do outro torna o processo mais fácil e assertivo, pois em alguns momentos, pode-se perder a percepção de si mesmo. Além disso, é impossível estar a todo momento se observando e registrando auto feedbacks. A tendência é que sejamos naturais em nossas atitudes e por isso, pode acontecer, de cometermos antigos hábitos sem perceber. Se prepare para conhecer o que o outro pensa sobre você! 1. Se você está em busca de desenvolvimento profissional e pessoal a primeira coisa é combinar como seu gestor que você precisará do apoio dele. Conte para ele que gostaria de receber feedbacks sobre os pontos que você está tentando evoluir e sempre que possível busque saber como ele tem te avaliado nesses aspectos. Você não precisa esperar apenas o momento oficial da gestão de desempenho para isso. 2. Além do seu gestor, selecione algumas pessoas que você julga possuir boas opiniões e solicite feedbacks. Pontos de vistas diferentes podem ajudar a ampliar a sua visão. 3. No momento em que estiver recebendo feedback, esteja aberto e disponível verdadeiramente. Lembre-se que o outro está dispondo o seu tempo para ajudá- lo em seu crescimento. 4. Pratique a escuta ativa. Siga os passos de um bom ouvinte que aprendemos no início desse módulo. 5. Solicite esclarecimentos. Um feedback precisa ser sempre apoiado em fatos concretos, por isso, solicite que a pessoa exemplifique a situação caso você não compreenda ou não se lembre do que está sendo falado. 6. Não se justifique. O feedback gera naturalmente os chamados mecanismos de proteção ou de defesa. Um deles é justamente a justificativa. Quando algo incomoda a pessoa reage buscando justificativas e assim não ouve ou recebe o feedback de forma correta. Por isso, evite procurar desculpas, culpados ou motivos para justificar o feedback. Módulo I: Montanha Autoconhecimento 7. Assuma Compromissos. Ao assumir compromissos você absorve o feedback como um processo positivo e de desenvolvimento. Estabeleça pontos de melhoria conforme o feedback apontou, traçando metas, prazos, compromissos e foco em resultados práticos e concretos. Avalie periodicamente e solicite novos feedbacks para ver se está no caminho certo. Caso tenha outras perguntas importantes para você, inclua ou substitua, mas lembre- se de avaliar se as perguntas são coerentes para o objetivo que você quer chegar. Envie as perguntas com antecedência, isso permite que a pessoa que está lhe oferecendo o feedback se prepare e estruture-o com mais qualidade. Dica para você! Vá estruturado quando for solicitar um feedback. Algumas sugestões de perguntas: Como você avalia o meu desempenho? Como você avalia a forma como me relaciono com diferentes pessoas dentro da empresa? Como você avalia a minha comunicação? O que eu devo continuar fazendo? O que devo parar de fazer? Módulo I: Montanha Autoconhecimento Marketing Pessoal Marketing pessoal é mais uma ferramenta que deve ser utilizada quando se busca crescimento. Trata-se de um conjunto de estratégias que se aplicadas atribuirão valor a sua imagem pessoal e profissional. A prática do marketing pessoal apresentará bons resultados se estiver apoiada em três pilares: Consciência: É impossível praticar marketing pessoal quando não se tem autoconhecimento. A consciência de quem você é, como funciona, o que valoriza e tem como propósito é primordial para a exposição da sua imagem. Quando não alcançamos o autoconhecimento, dificilmente conseguiremos ter clareza do como queremos transmitir nossas atitudes e jeito de pensar ao outro. Verdade: Não adianta vender algo que não existe na prática! Nas práticas de marketing de produtos ou serviços, não adianta apenas se sustentar através de uma apresentação atraente e inovadora, se aquilo que está sendo vendido não for verdadeiramente eficaz, certamente será essa a imagem que ficará para o consumidor. Correndo-se o risco inclusive da construção de uma percepção muito mais negativa do que realmente é, pois, o consumidor tende a sentir-se enganado pela empresa que promoveu a estratégia de divulgação. No marketing pessoal não é diferente. Se você apenas se preocupar com a sua “venda” e com a forma como as pessoas que interagem com você devem te aceitar, você correrá o risco de construir no outro uma percepção negativa em relação a você. Por isso, o marketing pessoal deve ser pautado nas qualificações que verdadeiramente se possuí. Assim, quando algo que você apresentou saber/ser for requisitado a prática, você conseguirá executar e sustentar com tranquilidade e honestidade. Isso consequentemente provocará no outro o sentimento de confiança e credibilidade. O que promoverá ainda mais o marketing pessoal. Consciência Verdade Planejamento Módulo I: Montanha Autoconhecimento Planejamento: Uma vez que se tem plena consciência dos pontos fortes, fracos, propósitos e valores e, se tem genuína preocupação em transmitir somente aquilo que realmente é possível demonstrar na prática, através de conhecimentos e atitudes, então, pode-se dizer que se está pronto para usar o marketing pessoal como uma ferramenta que contribuirá para o sucesso profissional. Você terá mais assertividade se souber exatamente qual a impressão que quer transmitir em suas relações e, para isso, é aconselhado que você estruture “o que“ quer e “como fazer”. Pensar no “como fazer” permitirá que você se organize e tenha clareza dos momentos mais oportunos para você demonstrar suas competências. Isso não significa que longe desses momentos você não aplicará ou agirá da mesma forma, apenas quer dizer que em algumas situações será necessário um esforço maior da sua parte para deixar visível o tipo de profissional que você é. Essas situações podem ser: reuniões de equipe, conversas com seu cliente, eventos importantes, entre outros. O que quero que as pessoas saibam sobre mim Como tornarei isso conhecido Situações Aqui você deverá incluir os pontos fortes, competências, conhecimentos e diferenciais que você deseja tornar visível. Aqui inclua as ações que precisará executar para promover a divulgação do que quer demonstrar. Nesse campo, insira as situações que você acredita ser possível demonstrar a imagem que quer, de forma mais oportuna e assertiva. Módulo I: Montanha Autoconhecimento Algumas dicas para fazer o Marketing Pessoal: 1 - Defina seu objetivo O primeiro passo é definir qual será o seu objetivo imediato (por exemplo: ser promovido). A partir disso, trace os passos necessários para atingi-lo. Pesquise junto a outras pessoas que já atingiram meta semelhante à sua se é preciso uma qualificação ou experiência mais específica, por exemplo. 2 - Melhore suas habilidades de comunicação A habilidade de comunicação será necessária para qualquer objetivo traçado. Use a comunicação assertiva como sua principal aliada. Monitore-se para se expressar corretamente no ambiente de trabalho e, principalmente, de forma clara, evitando gírias. Se há jargão específico na sua área de atuação, busque dominá-lo e utilizá- lo corretamente em sua fala. Quando na modalidade escrita, utilize corretores de texto ou ferramentas online para ajudá-lo a não enviar e-mails ou redigir documentos com problemas de ortografia. 3 - Qualifique-se Seja para conquistar um emprego ou uma nova posição, é preciso sempre se qualificar. Se necessário, invista em cursos específicos da sua área de atuação e procure realizar leituras que ampliarão o seu nível de conhecimento. O mercado está cada vez mais competitivo e você precisará ter, além das qualificações comportamentais, qualificações técnicas sólidas para se destacar e atingir seus objetivos profissionais. 4 - Cuide do seu visual Para trabalhar o seu marketing pessoal não é preciso, necessariamente, investir em roupas de grife, mas sim cuidar da aparência e da higiene. As mulheresprecisam cuidar da maquiagem, que deve ser utilizada de forma discreta e sem exageros. O mesmo vale para o perfume, que não deve ser muito forte. Roupas não devem ser curtas ou muito decotadas. Os homens devem ter a barba feita. Fique antenado e repare em como as pessoas de sucesso da empresa se vestem. 5 - Aprenda a trabalhar em equipe Esta é uma habilidade cada vez mais valorizada pelas empresas. Saber trabalhar em equipe demonstra flexibilidade e habilidade de relacionamento interpessoal para administrar conflitos. 6 - Seja simpático e empático Dar bom dia, sorrir para as pessoas e ser prestativo são modos de demonstrar simpatia, de ser lembrado e de trabalhar o seu marketing pessoal. Ao se colocar no lugar do outro, seja seu chefe, colega ou mesmo o cliente de sua empresa, você estará sendo empático e isso poderá ajudá-lo a entender melhor as pessoas e a ter novas ideias para resolução de problemas. Módulo I: Montanha Autoconhecimento 7 - Cuide de sua imagem virtual O marketing pessoal hoje está muito ligado à imagem virtual que temos. Os recrutadores, líderes e colegas de trabalho comumente verificam os perfis dos candidatos e colegas nas mídias sociais. Tenha cuidado com o tipo de postagem que você fará, evite compartilhar fotos ou informações muito pessoais e comprometedoras. Cuidado com assuntos polêmicos e nunca faça queixas sobre o trabalho. Utilize esse espaço para compartilhar cursos que você tenha feito ou artigos interessantes de sua área de atuação. Deixe as mídias sociais falarem bem de você. 8 - Mostre que você sabe resolver problemas e entregar valor As empresas buscam colaboradores que sejam criativos e tenham habilidade para a resolução de problemas. Ao perceber que algum processo pode ser melhorado, elabore uma argumentação e apresente-a ao seu superior. Ajude seus colegas a resolverem problemas em sua rotina, exercite essa habilidade e se destaque por ser um solucionador de problemas, entregando valor à empresa. 9 - Seja comprometido O comprometimento é um item básico, mas muitos profissionais acabam pecando nesse aspecto, desde o comprometimento com o horário até com prazos de tarefas a serem entregues. Mostre que você é comprometido com os objetivos da empresa e com suas atribuições atuais para que novas atribuições e desafios possam ser destinados a você. 10 - Faça networking Trabalhe e amplie a sua rede de relacionamentos, ela tem uma grande importância para a vida profissional e é imprescindível para que seu marketing pessoal mostre resultados. Relacione-se com pessoas de sua área de atuação ou da área na qual você gostaria de trabalhar. Participe de eventos como palestras, cursos e seminários. Troque cartão de visitas. Ajude sua rede quando possível e mantenha sempre contato. Isso fará com que você seja lembrado e indicado para futuras oportunidades. Módulo I: Montanha Autoconhecimento C A Competências Tudo que abordamos até aqui são algumas competências importantes para que se tenha sucesso profissional. Essas são apenas algumas das competências essenciais para se obter um bom desempenho. Ao longo do programa, vocês conhecerão outras que agregarão ainda mais na trajetória de vocês. A mais conhecida definição para competência foi escrita por Scott B. Parry em sua obra “A busca de Competências”, em 1996, na qual ele diz: “Competências é um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionados, que afeta parte considerável da atividade de alguém, que se relaciona com o desempenho, que pode ser medido segundo padrões pré-estabelecidos e que pode ser melhorado por meio de treinamento e desenvolvimento”. De acordo com a definição de Parry, surgia a tríade da competência, mais conhecida como CHA: Conhecimento: é o saber adquirido, ou seja, para o indivíduo é a compreensão de conceitos e técnicas que são necessários para atingir seus objetivos e quesão adquiridos através de diferentes recursos, desde a simples observação, leituras, um treinamento realizado e sua própria formação acadêmica. Habilidade: é o saber fazer ou poder fazer, ou seja, para o indivíduo representa a sua aptidão em atividade prática para o desempenho de sua missão e está associada à capacidade de produzir a partir do conhecimento adquirido, a experiência prática e o aprimoramento progressivo das aptidões desenvolvidas com o tempo e a experiência. Atitude: é o ser ou querer fazer, ou seja, para o indivíduo é a decisão consciente e emocional de seu modo de agir e reagir no dia-a-dia em relação a fatos e outras pessoas de seu ambiente. Entendemos que uma pessoa tem um bom desempenho quando possui os conhecimentos necessários, as habilidades e as atitudes essenciais para a eficácia nas suas atividades. Mas afinal, o que são competências? H Módulo I: Montanha Autoconhecimento Porque apenas cinco vendedores demonstraram progressos com o curso e os outros cinco continuaram a trabalhar exatamente como sempre trabalharam? A resposta é atitude. Os cinco que se destacaram tiveram atitudes diferenciadas que os outros não tiveram. E que atitudes seriam? Tiveram iniciativa para começar a por em prática as novas técnicas, foram flexíveis, para fazerem mudanças em sua forma de trabalhar, foram criativos, inovando suas práticas, foram empreendedores, buscando formas mais eficazes para melhorar resultados, foram planejadores, planejando diferentes formas para o aperfeiçoamento de seus resultados. (Exemplo retirado do livro: Ferramentas de Avaliação de Performance com Foco em Competências - Maria Odete Rabaglio) Se uma pessoa possui algum conhecimento, mas não o coloca em prática, isso não fará diferença no desempenho. Isso significa que não adianta ter um conhecimento técnico ou teórico e não ter um perfil comportamental compatível com o bom desenvolvimento das atividades. O perfil comportamental é o diferencial competitivo de cada profissional e de cada pessoa. Grande parte das empresas definem quais são suas competências corporativas. Essa definição está associada a estratégia da empresa e em como se quer que seus colaboradores se desenvolvam. Para que seja possível avaliar o nível de desenvolvimento que cada colaborador está nas competências corporativas, elas precisam ser mensuráveis e, para isso, existe o processo de gestão de desempenho. A gestão de desempenho proporciona crescimento tanto para os colaboradores quanto para a organização, pois através dessa ferramenta é possível mensurar, orientar, desenvolver, promover e também remanejar colaboradores. Exemplo: a trabalhar como sempre fizeram. Módulo I: Montanha Autoconhecimento 34 Traçando metas! Até aqui você já deve ter descoberto muitos dos seus pontos fortes e também aquilo que precisa se desenvolver. Além disso, quando você se inscreveu no programa A Escalada, provavelmente você estava motivado por seus objetivos e planos, mas se tudo isso ficar apenas na sua cabeça, a probabilidade de acontecer é bem pequena. Por isso, é necessário transformar todos esses objetivos em metas, de forma estruturada, considerando todas as variáveis, para que se possa compreender detalhadamente o que precisará ser feito para atingi-las. Para te ajudar nesse desafio, falaremos agora sobre a ferramenta SMART, criada por Peter Ducker e muito utilizada quando o assunto é definição de metas. O que são metas SMART? Smart é uma palavra do vocabulário inglês que, em português, significa “inteligente”. Apesar disso, ainda não é esse o real significado do nome. A sigla SMART é uma redução de cinco palavras inglesas, são elas: • Specific (específica); • Mensurable (mensurável); • Attainable (alcançável); • Relevant (relevante); • Time-based (temporal). Todas essas características, juntas, contribuem para desenvolver uma meta realmente poderosa e eficiente. Metas que são realistas e, ao mesmo tempo, desafiadoras o suficiente parao desenvolvimento de qualquer pessoa, área ou negócio. As metas devem funcionar como bússolas em nossa trajetória, ter clareza de onde se quer chegar e planejar de forma estruturada o caminho da chegada, é sem dúvida uma das atitudes mais presentes em pessoas de alta performance. A ferramenta SMART possibilita um planejamento de tudo que é necessário para se alcançar uma meta, inclusive nos faz refletir se a meta que estamos nos esforçando faz ou não faz sentido, é ou não alcançável e quanto tempo precisaremos para concluí-la. Módulo I: Montanha Autoconhecimento 35 A ferramenta na prática! Módulo I: Montanha Autoconhecimento Para começar a treinar essa nova metodologia, pense qual é a sua meta participando do programa e coloque-a dentro da ferramenta Smart: S Específica M Mensurável A Atingível R Relevante T Temporal Traga esse exercício realizado no dia do encontro! Módulo I: Montanha Autoconhecimento Módulo I: Montanha Autoconhecimento