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TECTONICA DE PLACAS_2012

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GEOLOGIA GERAL
Profa. Neliane de Sousa Alves
TECTÔNICA DE PLACAS 
E DERIVA CONTINENTAL 
TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS
DERIVA CONTINENTAL
 EXPANSÃO DOS FUNDOS OCEÂNICOS
DERIVA CONTINENTAL
 Francis Bacon (1620) – apontou o perfeito encaixe 
entre as costas da América do Sul e da África e levantou a 
hipótese de que estes continentes estiveram unidos no 
passado.
 Alfred Wegener (início do Séc. XX) – observação do 
encaixe das mesmas costas, sugeriu que todos os 
continentes poderiam se aglutinar formando um único 
megacontinente.
PANGEA
 Pan (todo) e Geo (Terra), e considerou que a fragmentação
do Pangea teria iniciado há cerca de 200 milhões de anos,
durante oTriássico, e prosseguido até hoje.
 O Pangea teria iniciado sua fragmentação dividindo-se em
dois continentes, sendo o setentrional chamado de
Laurásia e a austral de Gondwana.
 Wegener foi o primeiro cientista a pesquisar seriamente a
idéia da Deriva Continental e a influenciar outros
pesquisadores.
Laurásia e Gondwana
Evidências da Deriva Continental
Os continentes se 
encaixam como 
peças de um grande 
Quebra-cabeça
Concordância entre 
os litorais da África 
e América do Sul
Evidências da Deriva Continental
Permiano do Brasil e da África do Sul
Evidências da Deriva Continental
Evidências da Deriva Continental
Glaciações Permocarboníferas: ocorrência de tilito na Índia, Austrália, 
África do Sul e sul do Brasil
Evidências da Deriva Continental
Unidades de 
rochas com 
mesma 
relação 
litológica e 
idade
Estrias glaciais
Plataforma 
continental
Evidências da Deriva Continental
Correlação de 
montanhas
com mesmo 
tipo de rochas 
e estruturas
Paleozóico 
Superior
Evidências da Deriva Continental
Mais evidências...
 Jazidas de carvão mineral (hulha):
 Europa e América do Norte com a mesma flora do 
Carbonífero.
 Minas de diamantes na África e na América do Sul e 
formações geológicas idênticas nos lados opostos do 
Atlântico.
Cráton do Congo (Zaire) X Cráton São Francisco 
(Brasil)
Mais evidências...
 Existiram no Hemisfério Ocidental e Oriental:
 Avestruz e a Ema
 Árvores como Podocarpus e o Nothofagus (peixe pulmonado de água 
doce)
 Formações auríferas da Guiana e Brasil semelhantes as de 
Gana, na África
 Ocorrência de evaporitos (paleossalinas):
 Sul da Europa e EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia
Mais evidências...
 Antigos recifes de algas coralínas do Paleozóico inferior:
 Groelândia e ilhas árticas do Canadá
 Hoje: faixa equatorial
 Paleomagnetismo:
 Dados diferentes nas rochas de mesma idade: movimentação dos 
continentes.
QUESTÕES FUNDAMENTAIS
Em 1915 Wegener lançou a teoria da Deriva Continental em 
seu livro A origem dos Continentes e Oceanos.
 Que forças seriam capazes de mover imensos blocos 
continentais?
 Como uma crosta rígida como a continental deslizaria sobre 
uma outra crosta rígida como a oceânica, sem que fossem 
quebradas pelo atrito?
 Wegener morreu em 1930 ridicularizado pelos colegas
NOVAS DESCOBERTAS
 1940 – Segunda Guerra Mundial: mapeamento de cadeias de
montanhas, fendas e fossas ou trincheiras muito profundas,
mostrando um ambiente geologicamente ativo.
 1940-1950 – Pesquisadores da Universidade de Columbia e
Princenton (EUA) mapeamento do fundo do Oceânico
Atlântico
Dorsal ou Cadeia Meso-Oceânica
 Sistema contíguo ao longo de toda a Terra com 84.000 km 
de extensão e largura da ordem de 1.000 km
 Presença de vales de 1 a 3 km no eixo desta cadeia, 
associado a um sistema de riftes, indicando a presença de um 
regime tensional.
 Apresenta fluxo térmico mais elevado ao longo da cadeia em 
relação as áreas contíguas de crosta oceânica, evidenciando 
uma zona de forte atividade sísmica e vulcânica.
Dorsal ou Cadeia Meso-Oceânica
 Esta dorsal meso-oceânica dividia a crosta submarina em 
duas partes, podendo representar, portanto, a ruptura ou a 
cicatriz produzida durante a separação dos continentes
 Com o aperfeiçoamento da Geocronologia (década de 50-
60), constatou-se que faixas de rochas de mesma idade 
situam-se simetricamente dos dois lados da dorsal, com as 
mais jovens próximas da dorsal e as mais velhas ficando mais 
próximas dos continentes, idades estas sempre inferiores à 
200 milhões de anos.
EXPANSÃO DO FUNDO OCEÂNICO
 Hipótese levantada por Harry Hess (1962)
 Propostas:
 As estruturas do fundo oceânico estariam relacionadas a processos 
de convecção no interior da Terra;
 Estes processos seriam originados pelo alto fluxo calorífico 
emanado na dorsal meso-oceânica, que provocaria a ascensão de 
material do manto, devido ao aumento de T que o torna menos 
denso
EXPANSÃO DO FUNDO OCEÂNICO
 Este material, ao atingir a superfície, se movimentaria
lateralmente e o fundo oceânico se afastaria da dorsal, com
as lavas expelidas se solidificando formando um novo fundo
oceânico
 A Deriva Continental e a expansão do fundo dos
oceanos seriam assim uma conseqüência das correntes
de convecção.
Correntes de convecção
PLACAS TECTÔNICAS
 A litosfera é segmentada por fraturas, formando um mosaico 
com sete grandes placas e algumas outras menores, que 
deslizam horizontalmente, arrastando os continentes por 
cima da Astenosfera. 
 Astenosfera ou ZBV: diminuição na velocidade das ondas 
P e S e possui comportamento plástico devido ao aumento 
da temperatura com a profundidade, próxima às T do início 
da fusão das rochas mantélicas.
PlacasTectônicas
PLACAS TECTÔNICAS
NATUREZA DAS PLACAS
Oceânica: Nazca, Filipina
 Crosta Continental e Crosta Oceânica: Sul-
Americana,Africana e Norte-Americana
Oceânica com fragmentos de Crosta
Continental: Placa do Pacífico
TIPOS DE LIMITES ENTRE PLACAS 
LITOSFÉRICAS
 Limites Divergentes: marcados pelas dorsais meso-oceânicas, onde 
as placas tectônicas afastam-se uma da outra, com a formação de nova 
crosta oceânica.
 Limites Convergentes: onde as placas tectônicas colidem, com a 
mais densa mergulhando sob a outra, gerando uma zona de intenso 
magmatismo a partir de processos de fusão parcial da crosta que 
mergulhou.
 Limites Conservativos: onde as placas tectônicas deslizam 
lateralmente uma em relação à outra, sem destruição e geração de 
crostas, ao longo de fraturas denominadas de Falhas Transformantes.
MOVIMENTAÇÃO DAS PLACAS 
TECTÔNICAS
 A convecção no manto refere-se a um movimento muito
lento de rocha, que sob condições apropriadas de
temperaturas elevadas se comporta como um material
plástico-viscoso migrando lentamente para cima.
 Um foco de calor atua produzindo diferenças de densidade
entre o material aquecido e mais leve e o material
circundante mais frio e denso.
 A massa aquecida se expande e sobe lentamente
MOVIMENTAÇÃO DAS PLACAS 
TECTÔNICAS
 Para compensar a ascensão destas massas de material do manto,
as rochas frias e densas descem e preenchem o espaço deixado
pelo material que subiu, completando o ciclo de convecção do
manto.
 Velocidade: cm/ano
MOVIMENTAÇÃO DAS PLACAS 
TECTÔNICAS – Outros fatores:
 Pressão sobre a placa provocada pela criação de nova litosfera nas
zonas das dorsais meso-oceânicas, o que praticamente empurraria a
placa tectônica para os lados.
 Mergulho da litosfera para o interior do manto em direção à
astenosfera, puxada pela crosta descendente mais densa e mais fria.
 A placa litosférica torna-se mais fria e mais densa à medida que se
afasta da dorsal meso-oceânica onde foi criada.
VELOCIDADE DO DESLOCAMENTO DAS 
PLACAS TECTÔNICAS
 Velocidade média: 2 a 3 cm/ano
 A velocidade de deslocamento está relacionada à proporção
de crosta continental presente nas placas.
 Depende da geometria do movimento da placa em uma
superfície esférica.
 As placas são convexas e deslizam sobre uma superfície esférica em
torno de um eixo e de um pólo.
 Velocidades relativas
Velocidades relativas
Velocidades absolutas
 Hot Spots ou Pontos Quentes: estes pontosquentes na 
superfície terrestre registram atividades magmáticas ligadas a 
porções ascendentes de material quente do manto - Plumas do 
Manto e originadas em profundidades diversas neste.
 Feições: ilhas vulcânicas, platôs meso-oceânico e cordilheiras 
submarinas.
 As placas litosféricas se movimentam sobre as plumas do manto, 
estacionárias.
 Hot Spot sob ou próximo a dorsal meso-oceânica:
 Aumento do fluxo de material fundido, causando espessamento
maior do que o resto da dorsal;
 Pode ocorrer na forma de um platô sobre o assoalho oceânico
COLISÕES ENTRE PLACAS TECTÔNICAS
 PLACA OCEÂNICA – PLACA OCEÂNICA:
 A placa mais densa, antiga, fria e espessa mergulha sob a outra placa,
em direção ao manto, carregando consigo parte dos sedimentos
acumulados sobre ela, que irão se fundir em conjunto com a crosta
oceânica em subducção.
 Atividade vulcânica andesítica, manifestada sob a forma de ARCOS
DE ILHAS de 100 a 400 km atrás da zona de subducção.
 Na zona de subducção forma-se uma fossa que será mais próxima do
arco de ilha, quanto mais inclinado for o ângulo de mergulho.
 Ilhas do Japão
 PLACA CONTINENTAL – PLACA OCEÂNICA:
 Subducção da placa oceânica sob a placa continental, produzindo um
ARCO MAGMÁTICO, na borda do continente, caracterizado por
rochas vulcânicas andesíticas e dacíticas e rochas plutônicas
dioríticas e granodioríticas.
 Associação de processos de deformação e metamorfismo tanto das
rochas pré-existentes como parte das rochas formadas no processo.
 Andes
 PLACA CONTINENTAL – PLACA CONTINENTAL
 Pode ocorrer após o processo colisional do tipo andino, onde a
continuidade do processo de subducção da crosta oceânica sob a
continental leva uma massa continental ao choque com o arco
magmático neoformado.
 Na colisão a crosta continental mergulha sobre as outras.
 Produção de intenso metamorfismo de rochas continentais pré-
existentes e fusão parcial de porções da crosta continental gerando
magmatismo granulítico.
 Himalaia
Continental
Margens Continentais Ativas e Passivas
Margens continentais são regiões onde a crosta continental
encontra a crosta oceânica.
 Margens Continentais Ativas:
 situadas nos limites convergentes de placas tectônicas onde
ocorrem zonas de subducção e falhas transformantes;
 Atividades tectônicas: orogênese
 Margens Continentais Passivas: desenvolvem-se
durante o processo de formação de novas bacias oceânicas
quando da fragmentação de continentes.
 Rifteamento
 Rift significa um vale de grande extensão formado a partir de um
movimento distensivo na crosta, que produz falhas subverticais e
abatimento de blocos.
 Este tipo de margem continental situa-se ao longo de limites
divergentes de placas tectônicas e não sofre tectonismo importante
em escala regional
Formação dos Continentes
Proterozóico Superior
Ordoviciano médio
Devoniano inferior
Triássico: PANGEA
Jurássico
Jurássico
Cretáceo
Mundo moderno
O futuro
Referências
 LEINZ, V. Geologia Geral. São Paulo. Ed. Nacional. 1980
 POPP, J.H. Geologia Geral. 5. Ed. Rio de Janeiro: LTC. 
1998
 PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Tradução Rualdo
Menegat et al. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006
 TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R. & 
TAIOL, F. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos. 
2001.

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