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01CasosConcretos - Direito Civil II CCJ0013 - Aula 01-XX

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Civil II: Profa. Isabela Chagas
CASOS CONCRETOS – AV2
CREVELINO PEREIRA FRANÇA FILHO
CAMPOS DOS GOYTACAZES, 2013.
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Civil II – CCJ0013
Profa. Isabela Chagas – isabela.chagas@estacio.br
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618
CASOS CONCRETOS AULA 01
Caso Concreto 1 - Da leitura do material didático, autor Flávio Tartuce, p. 03-39, responda:
a)     É correto afirmar que as normas de Direito Obrigacional são hoje as que mais se aplicam com frequência? Explique sua resposta.
Sim, pois as normas do Direito Obrigacional, inseridas nas obrigações e nos contratos assumiram ponto central no Direito Privado, e são apontados como os institutos jurídicos mais importantes de todo o Direito Civil, vez que também são aplicadas no direito do Consumidor e na Teoria Geral da Responsabilidade Civil, Direito de Empresa e nas questões patrimoniais do Direito de Família. Não sendo possível viver à margem das atividades cotidianas regidas por suas normas.
b)     Os princípios da eticidade e da socialidade se aplicam ao direito obrigacional? Ao responder, explique os princípios.
Sim, pois sempre será invocada a função social da obrigação e dos contratos, imbuídas nas obrigações negociais, de responsabilidade civil e de enriquecimento sem causa, e, a boa-fé objetiva, impregnada do sentimento de cooperação. Estes princípios estão relacionados com a concepção social da obrigação e com a conduta leal dos sujeitos obrigacionais em busca de uma justiça social abrangente. Tartuce.
A boa fé objetiva é muito evidente no Direito do Consumidor, no qual não basta a intenção de não prejudicar, mas importa a certeza da lisura, de beneficiar a todos.
O princípio da eticidade funda-se no valor da pessoa humana como fonte de todos os demais valores. Prioriza a equidade, a boa-fé, a justa causa, a lealdade das partes, da probidade e da confiança e demais critérios éticos. Gonçalves. 
O princípio da socialidade reflete a supremacia dos valores coletivos sobre os individuais, sem perda, porém, do valor fundamental da pessoa humana. Promove uma adequação a realidade contemporânea, revisando direitos e deveres dos cinco principais personagens do direito privado tradicional: o proprietário, o contratante, o empresário, o pai de família e o testador. Gonçalves.
c)     Há diferença entre obrigação, dever, responsabilidade, ônus e estado de sujeição? Explique sua resposta e dê um exemplo de cada situação.
Sim, existem diferenças que podem ser vislumbradas na definição de cada acepção:
Obrigação decorrente do Dever Jurídica é a relação jurídica transitória, existente entre um sujeito ativo, denominado credor, e outro sujeito passivo, o devedor, e cujo objeto consiste em uma prestação situada no âmbito dos direitos pessoais, positiva ou negativa. Havendo o descumprimento ou inadimplemento obrigacional, poderá o credor satisfazer-se no patrimônio do devedor, como as decorrentes de um contrato de locação.
Dever social, moral ou religioso são normas de conduta nas quais não existem sanções, para o não cumprimento.
Responsabilidade é um dever jurídico secundário decorrente do descumprimento do dever jurídico primário, pois é resultante da violação de determinado direito, através da prática de um ato contrário ao ordenamento jurídico: lei, contrato, ato ilícito e ato unilateral; como por exemplo, a obrigação de indenizar terceiros por prejuízos causados pela falta do devido dever de cuidado.
Ônus reais é a garantia de direito real (gravame) dirigida ao bem imóvel sob a forma de hipoteca. Avalista e Fiador: garantia pessoal. Anticrese: garantia sob a forma de produção. Art. 1225 CC. Penhora: vinculada ao juízo.
Estado de sujeição ou sujeição jurídica se constitui um poder jurídico do titular do direito, geralmente, se relaciona ao direito potestativo de outrem, sem correspondência a qualquer outro dever, como no caso de contrato de locação. 
Contrato de Locação (oneroso): Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição.
Contrato de Comodato: Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
Contrato de Mútuo: Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
Caso Concreto 2 - Identifique as fontes das seguintes obrigações:
a) Obrigação alimentar decorrente de parentesco. 	Lei.
b) Obrigação de indenizar uma pessoa que foi atropelada.	Ato Ilícito.
c) Pagar uma recompensa. 	Ato unilateral.
d) Pagar o café comprado na cantina durante o intervalo. 	Contrato verbal.
e) Pagar uma nota promissória. 	Contrato.
 
Questão Objetiva - Assinale a alternativa correta:
a)     A obrigação se refere a um dever de realizar uma prestação, portanto, é dever jurídico derivado, decorrente, por exemplo, de um contrato de compra e venda. Primário, inicial.
b)     A responsabilidade é a consequência patrimonial do descumprimento de uma obrigação, tratando-se, portanto, de dever jurídico originário, como é o caso do dever de indenizar. Derivado.
c)     A servidão é uma espécie de obrigação “propter rem” uma vez que limita a fruição e a disposição da propriedade. Direito real. Facilite.
d)     A obrigação de pagar o condomínio é considerada um ônus real. Propter-rem.
e)     O vínculo jurídico é considerado o elemento abstrato ou imaterial das obrigações uma vez que é o liame que une o sujeito ativo ao sujeito passivo, conferindo ao primeiro o direito de exigir do segundo uma determinada prestação. Correta.
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CASOS CONCRETOS AULA 02
Caso Concreto 1
(CESPE  TJ-CE  2012  adaptada) Marina comprometeu-se com Carla a entregar-lhe determinada quantia em dinheiro quando esta terminasse o curso superior. Ao perceber que Carla havia entregue a monografia de conclusão do curso, Marina entregou-lhe o valor prometido. Um mês depois, ela descobriu que Carla ainda não havia terminado o curso. Com base nessa situação hipotética, Marina poderia pedir a restituição do valor? Justifique sua resposta.
Sim, pois se trata de pagamento objetivamente indevido antes de cumprida a condição, por isso injusta, e conforme o art. 876 CC, todo aquele que recebeu o que não lhe era devido fica obrigado a restituir, cabendo até ação de repetição de indébito.
 
Caso Concreto 2
Considere que no último sábado à noite você foi a um bar com seus amigos para realizar um happy hour. No momento de pagar a conta, voluntariamente, você destinou 10% (dez por cento) de gorjeta ao garçom que lhes atendeu. No entanto, durante a aula de Direito Civil na segunda-feira seguinte, você descobriu que a gorjeta não é devida e não pode ser cobrada. Você, então, pergunta ao seu professor se pode retornar ao bar e pedir ao garçon a restituição dos valores a esse título pagos. O que o seu professor lhe respondeu? Justifique sua resposta explicando a que tipo de obrigação se refere.
O professor respondeu que esta ação não poderia ser realizada, vez que se trata do ato unilateral de recompensa pelos bons serviços prestados pelo garçom.
Questão Objetiva 1
(CEPERJ 2012 - PROCON RJ) No Direito Civil, podem ser classificadas as obrigações sob ótica diversa. Assim, quanto ao modo de execução, elas podem ser consideradas:
a) de meio
b) instantânea
c) condicional
d) cumulativa
e) modal
Questão Objetiva 2
(TRT 20ª Região - 2004) No tocante à obrigação natural é correto afirmar que:
a)Há nela elementos “debitum” e “obligatio”, segundo a teoria dualista de Brinz do vínculo obrigacional.
b)     Se trata de uma consequência dos contratos bilaterais válidos.
c)     É sempre nula por ilicitude do objeto. Art. 166 CC.
d)     Não encontra previsão no Direito brasileiro.
e)     É inexigível, entretanto, depois de validamente cumprida não enseja repetição.
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CASOS CONCRETOS AULA 03 – 11/03/2013
Caso Concreto 1
Adoaldo compromete-se a entregar a Ivan, em razão de um contrato de compra e venda, o livro Curso de Direito Civil, v. II, de Carlos Roberto Gonçalves, Editora Saraiva, até o dia 02 de outubro de 2012. Ivan pagou pelo livro o equivalente a R$ 80,00 (oitenta reais). Com relação ao livro identifique: 
a)     Accipiens e Solvens; Objeto Imediato e Objeto Mediato.
Accipiens (credor): Ivan; Solvens (devedor): Adoaldo; Objeto Imediato: livro Curso de Direito Civil, v. II, de Carlos Roberto Gonçalves, Editora Saraiva, e; Objeto Mediato: Valor em dinheiro correspondente a R$80,00 (oitenta reais).
b)     Suponha que Adoaldo, descuidado, perdeu o livro e não poderá entregá-lo no dia combinado e, por isso, Ivan não poderá estudar para a prova que se realizará no dia 06 de outubro. O que acontece com essa obrigação? Justifique sua resposta.
Vez que Adoaldo tem um vínculo jurídico com Ivan baseado no contrato que tem como prestação a obrigação de dar a coisa certa, e tendo recebido o valor contratado por essa obrigação, caso não a cumpra se tornará inadimplente, devendo ser apurada a culpa do devedor para a resolução da obrigação, com inclusão de perdas e danos. 
Caso Concreto 2
Analise o relato a seguir e aponte pelo menos cinco erros na assertiva referente ao problema (cada erro encontrado deve ser indicado e corrigido corretamente). Os cinco erros encontrados devem ser corrigidos (reescrever a frase ou expressão apontando o erro que se pretende corrigir) e, quando for possível, corrigi-lo indicando o artigo respectivo!
Carlos empresta gratuitamente a Andreza, em razão de um contrato de comodato, a casa localizada na Rua Enzo Ferrari, n. 27. Andreza se comprometeu a devolvê-la em perfeitas condições até o dia 02 de outubro de 2009.
Pode-se afirmar que, quanto à casa, Andreza é solvens e Carlos accipiens. Trata-se de uma obrigação moral, divisível, simples, de trato sucessivo e condicional. A sua fonte mediata é a lei e a fonte mediata obrigação de dar coisa certa. O seu objeto imediato é o contrato de comodato e o objeto mediato é a casa, que pode ser substituída por outra de valor equivalente caso Andreza por qualquer motivo não consiga devolvê-la. Imagine que no dia anterior à devolução começa a chover o que ocasiona o alagamento do bairro onde está localizada a casa e consequente deterioração do imóvel. Neste caso Carlos deverá receber a casa tal qual se ache, sem direito à indenização, nos termos do art. 234, CC. Em outra situação, suponha que Andreza, intencionalmente ateou fogo ao imóvel, destruindo-o completamente, pode-se, então, afirmar que Carlos não poderá exigir perdas e danos nos termos do art. 234, CC.
Pode-se afirmar que, quanto à casa, Andreza é Solvens (devedor) e Carlos Accipiens (credor). Trata-se de uma obrigação jurídica, indivisível, simples, de execução instantânea e a termo final. A sua fonte imediata é a lei e a fonte mediata obrigação de dar coisa certa. O seu objeto imediato é o contrato de comodato e o objeto mediato é a casa, que não pode ser substituída por outra de valor equivalente caso Andreza por qualquer motivo não consiga devolvê-la. Imagine que no dia anterior à devolução começa a chover o que ocasiona o alagamento do bairro onde está localizada a casa e consequente deterioração do imóvel. Neste caso Carlos deverá receber a casa tal qual se ache, sem direito à indenização, nos termos do art. 234, CC.
Em outra situação, suponha que Andreza, intencionalmente ateou fogo ao imóvel, destruindo-o completamente, pode-se, então, afirmar que Carlos poderá exigir perdas e danos nos termos do art. 234, CC.
Questão Objetiva
(FCC – TJ-GO 2012) Antônio obrigou-se a entregar a Benedito, Carlos, Dario e Ernesto um determinado touro reprodutor, avaliado em R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Embora bem guardado e bem tratado em lugar apropriado e seguro, o animal morreu afogado em inundação causada por fortes chuvas. Nesse caso, a obrigação é:
a) de dar coisa certa, indivisível, resolvida para ambas as partes com ausência de culpa do devedor, ante o perecimento do objeto.
b) indivisível, com o perecimento do objeto por culpa do devedor.
c) indivisível e tornou-se divisível com o perecimento do objeto, sem culpa do devedor.
d) solidária, devendo o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) ser entregue a qualquer dos credores, em lugar do objeto perecido.
e) de dar coisa certa, indivisível, devendo o devedor entregar a indenização a todos os credores.
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
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CASOS CONCRETOS AULA 04 – 18/03/2013
Caso Concreto 1
(CESPE – ABIN Oficial Técnico de Inteligência – 2010 – adaptada) A obrigação de dar coisa incerta apresenta um estado de indeterminação transitório. Certo ou errado? Justifique sua resposta.
Certo, pois esse estado transitório de indeterminação da coisa, desde que indicada ao menos em gênero e espécie, cessará no momento da escolha do bem, conforme art. 243, CC, ou da concentração do bem, em face da venda alternativa, conforme art. 252, CC.
Caso Concreto 2
Pedro compromete-se com a confecção Radial, em razão de um contrato de publicidade, a só aparecer em público utilizando as roupas pela empresa fornecidas. O contrato foi firmado pelo período de um ano e com remuneração mensal fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Com relação à cláusula proibitiva contida no contrato, identifique:
a)   Accipiens e Solvens; Objeto Imediato e Objeto Mediato.
Accipiens ou Credor: Confecção Radial.
Solvens ou Devedor: Pedro.
Objeto Imediato: Obrigação de fazer. Contrato de Publicidade.
Objeto mediato: A utilização exclusiva de roupas fornecidas pela Empresa contratante.
b)   Imagine que no primeiro dia de vigência do contrato a empresa Radial não encaminhou as roupas a Pedro que, necessitando ir à farmácia, aparece em público com roupa não pertencente à empresa contratante. Pedro foi fotografado por importante revista de moda. Pode, nesse caso, a empresa contratante resolver o contrato alegando inadimplemento e ainda pedir perdas e danos? Justifique sua resposta.
A empresa contratante não pode resolver (anular ou rescindir) o contrato alegando inadimplemento, e nem, pedir perdas e danos, em face da sua própria culpa em não fornecer, em tempo hábil, as roupas que Pedro se obrigou a usar. Conforme o art. 248, 1ª parte, CC: não havendo culpa do devedor pelo fato de a prestação ter-se tornado impossível, fica afastada a sua responsabilidade.
Questão Objetiva
(OAB/PR - 2003) Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Obrigação é a relação jurídica na qual um determinado sujeito se obriga a realizar uma prestação em favor de outro, e o conteúdo desta prestação não é necessariamente patrimonial, pois existem obrigações cuja prestação não é de caráter patrimonial. 
b) Nas obrigações de dar a coisa certa, se esta se perder por culpa do devedor, este responderá peloequivalente, mais perdas e danos. Correta. (Art. 234, CC).
c) A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. Correta. (Art. 265, CC).
d) A obrigação de fazer é aquela que vincula o devedor à prestação de um serviço ou à realização de um ato positivo, material ou imaterial, seu ou de terceiro, em beneficio do credor ou de terceira pessoa. Trata-se de uma obrigação positiva. Correta.
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CASOS CONCRETOS AULA 05 – 25/03/2013
Caso Concreto 1
(CESPE 2012 – STJ Analista Judiciário - adaptada) Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao credor e recair sobre prestação inexigível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou optar pelo recebimento do valor da inexigível acrescentado de perdas e danos. Certo ou Errado? Justifique sua resposta.
Certo, consoante art. 255, CC, pois em casos de obrigações alternativas, quando a escolha couber ao credor e uma, das prestações, se tornar impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer uma das duas, acrescido das perdas e danos.
Caso Concreto 2
Analise o relato a seguir e aponte pelo menos cinco erros na assertiva referente ao problema (cada erro encontrado deve ser indicado e corrigido corretamente). Os cinco erros encontrados devem ser corrigidos (reescrever a frase ou expressão apontando o erro que se pretende corrigir) e, quando for possível, corrigi-lo indicando o artigo respectivo!
Caroline compromete-se a entregar a Joana, em razão de contrato de compra e venda, o cachorro Ickx ou o cachorro Jack, ambos de seu premiado canil. O preço ajustado é de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais). O direito de escolha é conferido a Caroline que deverá exercê-lo até 1º de outubro de 2009, direito que é exercido em 25 de setembro recaindo a escolha sobre o cachorro Ickx.
A comunicação da escolha é feita em 26 de setembro. A tradição do bem, então deverá ser realizada até 10 de novembro de 2009 no domicílio da credora.
Pode-se afirmar que, quanto ao cachorro escolhido, Caroline é o solvens e Joana o accipiens. Trata-se de uma obrigação natural, divisível, facultativa, de execução instantânea e condicional. A sua fonte mediata é a lei e a fonte imediata obrigação de dar coisa certa (antes da concentração), cuja escolha pertence ao devedor. O seu objeto imediato é o contrato de compra e venda e seu objeto mediato é a obrigação de dar coisa certa (após a concentração). Imagine que antes da concentração da obrigação, o cachorro Jack morre fulminado por doença genética incurável; pode-se afirmar que a obrigação, nesse caso, se resolverá nos termos do art. 234, CC. Em outra situação, após a concentração da obrigação, o cachorro escolhido morre porque Caroline deixou de vaciná-lo; nesse caso, a obrigação se concentrará no cachorro remanescente, nos termos do art. 253, CC.
Obrigação Civil, indivisível, alternativa [...] e a termo. A fonte imediata é a lei e a fonte mediata, a obrigação de dar a coisa incerta... 
O seu objeto imediato é a obrigação de dar a coisa certa (após a concentração) e seu objeto mediato é a própria coisa, ou seja, um dos cães premiados.
... As obrigações de coisa incerta não se resolvem, como aduz o art. 246, CC, ao afirmar que não pode o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, por motivo de força maior ou caso fortuito, além disso, já que se trata de uma obrigação alternativa, nos termos do art. 253, CC, a obrigação será adimplida com a entrega do cachorro remanescente.
... após a tradição da coisa entregue, cessa a responsabilidade do devedor, passando o risco a correr por conta do credor, com exceção se houver fraudes ou negligência do devedor, pela qual este poderá ser responsabilizado. 
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Questão Objetiva 1
(CEPERJ 2012 – PROCON RJ) Mévio contrata com Caio o empréstimo de um valor correspondente a R$ 10.000,00 (dez mil reais), que poderá ser pago em moeda nacional corrente ou através da transferência de um bem, do mesmo valor, à escolha do devedor. Nesse caso, estamos diante da seguinte obrigação:
                  a) alternativa (ou).
                  b) condicional
                  c) cumulativa
                  d) simples
                  e) instantânea
Questão Objetiva 2
(MP/RS - 2001) À solução de questões que envolvem danos decorrentes de erro médico, nas cirurgias plásticas de correção de defeito físico e embelezamento, quanto à relação paciente-médico e à relação paciente-hospital, é correto afirmar-se que: 
a) a relação paciente-hospital é regulada pela responsabilidade civil subjetiva. 
b) a relação paciente-médico não é contratual. 
c) a obrigação resultante da relação paciente-médico é de resultado, salvo prova de intervenção de fator imprevisível, força maior ou caso fortuito. Meio.
d) a obrigação resultante da relação paciente-médico é sempre de meio. Exceto em casos de cirurgia plástica estética.
e) nenhuma das alternativas anteriores está correta.
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CASOS CONCRETOS AULA 06 – 01/04/2013
Caso Concreto 1 - (TRT 6a. região – 2010 – Adaptada)
Clodoaldo e Jerônimo são coproprietários de uma fazenda de criação de cavalos de raça no interior do estado. E, como pessoas físicas, negociam conjuntamente a venda de animais, inclusive por meio de feiras e leilões. Obrigaram-se, então, a entregar a Manoel e a Francisco um cavalo de raça, campeão de vários prêmios. No entanto, o cavalo fugiu da fazenda por descuido de Teotônio, empregado de Clodoaldo e Jerônimo e funcionário da fazenda, que deixou a porteira aberta. O animal morreu atropelado. Clodoaldo e Jerônimo podem ser responsabilizados pelo inadimplemento dessa obrigação? Explique sua resposta.
Sim, pois trata se de prestação indivisível, que se tornou divisível pela perda do objeto da prestação por culpa de seu funcionário. Perda com culpa, havendo, portanto responsabilidade. Art. 248, 2ª parte, CC.
Questão Objetiva 1 - (CESPE – 2008 – TJAL)
Considerando que os irmãos Gustavo, Eduardo e Leonardo tenham adquirido um barco de pesca a ser pago em cinco prestações mensais de R$ 5.000,00, tendo firmado, para tanto, um contrato que contém cláusula de solidariedade, assinale a opção correta com relação a esse negócio jurídico.
a) Caso os devedores não cumpram a obrigação referente ao pagamento, o credor poderá exigir apenas de um deles o total da dívida comum, pois, se pretender exigir o pagamento parcial, deverá demandar cada um pela sua cota.
b) Ainda que a prestação se impossibilite por culpa de Gustavo, subsistirá para todos o encargo de pagar o equivalente, embora somente Gustavo responda pelas perdas e danos.
c) Por se tratar de obrigação solidária, Eduardo, uma vez demandado, poderá opor ao credor a compensação do valor que o próprio credor deve a Gustavo com a dívida comum.
d) Se uma ação para cumprimento da obrigação for proposta somente contra Leonardo, apenas ele responderá pelos juros da mora.
e) Após assinado o contrato, caso Gustavo tenha estipulado, em acordo com o credor, cláusula penal para a hipótese de descumprimento da obrigação, os outros dois devedores terão sua situação agravada, ainda que não tenham consentido previamente, por se tratar de obrigação solidária.
Questão Objetiva 2 - (OAB/PB - 2004)
O Código Civil estabelece, com relação às obrigações divisíveis e indivisíveis que: 
a) diante da pluralidade de credores, sendo indivisível aprestação, o devedor se desobrigará pagando a apenas um deles, desde que este lhe dê caução de ratificação dos outros credores.
b) havendo dois ou mais devedores, cada um será responsável pela dívida toda, mesmo que a prestação seja divisível. Somente em caso de solidariedade.
c) quando se trata de obrigação divisível, o credor deverá recebê-la por partes do devedor. Só se houver cláusula expressa no contrato.
d) quando indivisível, a obrigação resolvida em perdas e danos não se descaracteriza como tal.
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CASOS CONCRETOS AULA 07 – 22/04/2013
Caso Concreto 1 - (CESCRANRIO – BNDES – 2010 – adaptada)
Caio e Trício formalizaram contrato de conta-corrente com um Banco, tendo recebido talões de cheque para movimentação da conta. Trício emitiu um cheque no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) sem a devida provisão de fundos. Aduzindo existir solidariedade passiva entre os correntistas, o Banco comunicou o evento aos órgãos de proteção ao crédito, com inscrição de Caio e Trício como devedores. Inconformado, Caio postulou ao Banco a retirada do seu nome dos citados órgãos de proteção ao crédito, o que foi indeferido administrativamente. Observando o instituto da solidariedade identifique quem tem razão o Banco ou Caio? Explique sua resposta.
Resposta: Cabe razão a Caio, pois não se presumir a existência de solidariedade, é um instituto que deve estar explícito no contrato ou na lei, conforme Art. 265, CC; “A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes”, além do mais, o caso descrito descaracteriza solidariedade ativa em face da a responsabilidade civil sobre a emissão de título de crédito, ou seja, de cheque, sem os devidos fundos para cobri-lo.
Caso Concreto 2 - (CESPE – Promotor – MPE-ES/2010)
Carlos, Pedro e Gustavo, irmãos, maiores de idade, casados e com filhos, contrataram os serviços de uma empresa para o fornecimento das bebidas a serem servidas na festa de aniversário de seu pai. Pagaram metade do valor combinado no ato da contratação, ficando acertado que o restante seria pago após a prestação do serviço, convencionando-se a solidariedade dos devedores. Com base na situação hipotética acima apresentada, a morte de um dos irmãos terá o poder de romper a solidariedade.
Resposta: A Solidariedade não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes. Portanto, neste caso, o simples fato de terem aberto conta corrente conjunta não os torna devedores solidários.
Segundo a jurisprudência, em contratos de conta corrente conjunta apenas o emissor do cheque responde pela dívida contraída, consoante o Art. 276, CC: Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
Questão Objetiva 1
(FCC – TJMS 2009) Na solidariedade ativa, (Mais de um credor)
a) se um dos credores falecer deixando herdeiros, cada um destes terá direito a receber a integralidade do crédito do finado. ERRADA.
b) mais de um credor está obrigado à divida toda. ERRADA.
c) mais de um devedor pode exigir a dívida toda. ERRADA.
d) convertendo-se a prestação em perdas e danos não mais subsiste a solidariedade. ERRADA.
e) cada um dos credores tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. CORRETA. Art. 267, CC.
Questão Objetiva 2
(TJ/SP - 2003) Tornando-se impossível a prestação por culpa de um dos devedores solidários;
a) subsiste para todos, o encargo de pagar o equivalente e as perdas e danos decorrentes da impossibilidade. ERRADA. O inadimplente paga o principal e o responsável o acessório.
b) os devedores solidários não culpados respondem somente pelo encargo de pagar o equivalente. CORRETA. Art. 279, mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
c) fica insubsistente a solidariedade passiva, passando o devedor que impossibilitou a prestação a responder isoladamente pelo encargo de pagar o equivalente e pelas perdas e danos decorrentes. ERRADA.
d) os devedores solidários não culpados respondem somente por perdas e danos decorrentes da impossibilidade. ERRADA.
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CASOS CONCRETOS AULA 08 – 22/04/2013
Caso Concreto 1 - Na leitura da escritura pública de cessão de créditos anexa observe os dados abaixo:
Na primeira folha, substituir as partes ocultadas (no corpo da escritura) com a seguinte redação: 
[...] SAIBAM, quantos a presente virem que aos vinte e dois dias do mês de junho de dois mil e nove (22/06/2009) em Cartório, neste Distrito de Uberaba, Comarca de Curitiba, Capital do Estado do Paraná, perante mim, compareceram com outorgante(s): Princesa Fiona, brasileira, solteira, maior e capaz, princesa, portadora do RG nº 0.002-01 e inscrita no CPF/MF nº 000.000.001-01) residente e domiciliada na Rua do Castelo,  nº 01, Far Far Way; neste ato representada por sua bastante procuradora Fada Madrinha, portadora do RG nº 0.003-02 e inscrita no CPF/MF nº 000.000.002-02, advogada (OAB-FFW 010), residente e domiciliada com endereço profissional à Rua Encantamento, nº 01, Floresta Encantada; conforme poderes que lhe foram conferidos através do Instrumento Público de Procuração lavrado neste Cartório, no livro 265P, às folhas 01 do livro nº 01, em data de 01/01/2007. E, de outro lado como Outorgado Shrek do Pântano, brasileiro, solteiro, maior e capaz, ogro, portador do RG nº 0.003-01 e inscrito no CPF/MF nº 000.000.003-03 residente e domiciliado na Rua do Pântano, nº 01, Pântano Encantado. Os presentes reconhecidos como os próprios [...] *voltar a ler o documento original considerando os dados aqui constantes.
Analise a escritura pública de cessão de direitos e assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) – ao final corrija as frases assinaladas como falsas:
(V) É cessão de crédito que tem: Princesa Fiona como outorgante cedente (devidamente representada); Shrek como outorgado cessionário e o Estado do Paraná como cedido.
Assumida como correta. Cedente = credor originário, Cessionário = Credor secundário e Cedido = devedor.
(F) Trata-se de negócio jurídico unilateral (bi ou trilateral) e oneroso pelo qual Princesa Fiona transferiu à Shrek os direitos sobre R$ 10.701,60 (dez mil, setecentos e um reais e sessenta centavos) do qual aquela era credora em decorrência da condenação do Estado do Paraná em ação declaratória que tramitou junto à 3ª Vara da Fazenda Pública, Falências e Concordatas de Curitiba-PR.
(F) Trata-se de forma de transmissão das obrigações que exige o consentimento expresso do Estado do Paraná. (Exige somente a notificação).
(F) Trata-se de cessão de débito (crédito) nos termos do art. 299, CC, que obedeceu à forma prevista em lei para a sua validade.
(F) Trata-se de cessão de crédito consensual e pro solvendo. (Regra: Pro soluto).
Regra: Pro Soluto: Art. 295, CC. Responsabilidade pela existência do crédito a título oneroso. Cheque Falso.
Exceção: Pro Solvendo: Art. 296 e 297, CC. Cláusula que obriga o credor originário a solver o crédito não pago pelo devedor. Cheque sem fundo de terceiros.
(F) Pela cessão (transferência de crédito futuro) analisada o cessionário Shrek se sub-rogou (forma de pagamento) integralmente nos direitos do credor primitivo.
(F) Princesa Fiona, no caso de insolvência do Estado do Paraná (devedor), responderá ao cessionário pela quantia de R$ 66.370,09 (sessenta e seis mil, trezentos e setenta reais e nove centavos). Não foi estabelecida a condição de pro solvendo.
(F) A transmissão da obrigaçãoem análise não abrangeu os acessórios do crédito.
Os acessórios seguem o principal – juros seguem o principal.
(F) A escritura de cessão de créditos em análise é irrevogável e irretratável pela qual o cessionário pagou o valor de R$ 10.701,60 (dez mil, setecentos e um reais e sessenta centavos). Não existe cláusula convencional.
(V) A cessão de direitos em análise só terá eficácia com relação ao Estado do Paraná após a sua notificação que poderá ser judicial ou extrajudicial. Só é necessária a notificação do devedor.
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Questão Objetiva 1 - (TJ/SC - 2003) Assinale, entre as afirmações a seguir, qual a correta, considerando-se as disposições do Código Civil/2002: 
a) A validade da assunção de uma dívida, por terceiro, independe da anuência expressa do credor. 
b) A assunção da dívida não exonera o devedor primitivo, ficando a sua obrigação intacta até que o assuntor cumpra a obrigação. 
c) As garantias especiais, originariamente dadas pelo devedor primitivo ao credor extinguem-se a partir da assunção por terceiro da dívida garantida, não subsistindo mesmo que o devedor primitivo concorde expressamente com ela.
Art. 300, CC: subsistem as garantias em caso de concordância expressa.
d) O novo devedor pode opor ao credor as exceções pessoais que cabiam ao devedor primitivo, exceções essas que se transferem ao assuntor como efeito da própria assunção da dívida. 
e) Em se tratando de imóvel hipotecado aquele que o adquirir pode tomar a seu cargo o pagamento do débito garantido, validando-se a transferência do débito se o credor, notificado, não impugnar essa transferência no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 303, CC: Silêncio em caso de negócio com garantia significa concordância, pois o credor não é prejudicado em caso de inadimplemento.
Questão Objetiva 2 - (FCC – PGE-RR – 2006) Na transmissão das obrigações vigora a seguinte regra:
a) o cedente sempre responderá pela existência do crédito e pela solvência do devedor, nas cessões a título oneroso. Somente em casos pro solvendo.
b) qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como aceitação. O silêncio possui mais de uma hipótese.
c) a cessão de crédito, salvo disposição em contrário, não abrange os seus acessórios, porque deve ser interpretada restritivamente. Acessórios seguem o principal.
d) o devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como aquelas que vier a ter contra o cedente, mesmo depois de ter conhecimento da cessão.
e) é facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Art. 299, parágrafo único, CC: Negócios sem garantia necessitam o consentimento expresso do credor.
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CASOS CONCRETOS AULA 09 – 29/04/2013
Caso Concreto 1
Cristiane deve a Suzana o equivalente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Avençaram que o pagamento deva ser realizado em 24 de julho deste ano. Próximo à data de vencimento da dívida, João, pai de Cristiane, descobre a dívida da filha e sabendo que esta não terá condições de pagar, dirige-se à credora, sua amiga há anos e oferece os vinte mil reais. Suzana, embora amiga de João informa não poder receber o pagamento uma vez que ele não faz parte da relação jurídica e, por isso, não poderia lhe dar a quitação. Suzana tem razão? Justifique sua resposta.
Resposta: Suzana tem parte de razão. Realmente João não é parte na relação jurídica, mas o ordenamento brasileiro admite que terceiro não interessado realize o pagamento e obtenha a quitação em nome próprio ou em nome do devedor. Pagando em nome próprio, terá depois direito a reembolsar-se, pagando em nome da filha o ato aproxima-se de uma doação, retirando-lhe o direito de reembolso (art. 305, CC). Quanto ao vencimento da dívida não há impedimento para que Suzana receba o pagamento se oferecido antes do prazo. No entanto, o direito de reembolso só poderá ser exercido após o vencimento.
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. • Vide arts. 334, 346, III, e 394 do CC.
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. • Vide arts. 346, III, 347, I, 871, 872 e 880 do CC. 
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
Caso Concreto 2 - (CESPE – TRT RJ – 2010)
A proibição de comportamento contraditório não tem o poder de alterar o local do pagamento expressamente estabelecido no contrato. Certo ou errado? Justifique sua resposta.
Resposta: Errado. O art. 330 CC, permite a alteração do local do pagamento avençado em contrato. A prática reiterada importa renúncia do credor. Art. 330, CC: O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
Questão Objetiva
(Defensoria Pública/MA - 2003) Salvo disposição legal ou contratual em contrário ou diferente, ou em razão da natureza da obrigação, o pagamento efetuar-se-á: 
a)     em se tratando de prestações periódicas alternadamente no domicílio do devedor e do credor. 
b)     no domicílio do credor, ainda que reiteradamente feito em outro local, não fazendo isto presumir renúncia a disposição contratual.
c)     indistintamente no domicílio do credor ou do devedor, a critério deste. 
d)     no domicílio do devedor, mas se reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. Art. 327 e 330, CC.
e)     no domicílio do credor, podendo porém o devedor fazê-lo noutro local, desde que não haja prejuízo para aquele.
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CASOS CONCRETOS AULA 10 – 06/05/2013
Caso Concreto 1 (CESPE Juiz do Trabalho TRF - 5ª Região/2010)
A mitigação do pacta sunt servanda pelo novo Código Civil permite que o juiz imponha ao credor a dação em pagamento, conforme as circunstâncias do caso concreto.
Resposta: Errado, pois a dação em pagamento não é uma imposição, mas uma proposta de modificação de uma obrigação, que consoante o art. 356, CC: O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida, ou seja, como uma substituição, que embora haja mitigação do pacta sunt servanda, não pode ser imposta pelo juiz impor ao credor, haja vista o art. 313, que aduz que o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
Caso Concreto 2
Lucas e Luciano são irmãos. Lucas passa por sérios problemas financeiros. Visando ajudá-lo Luciano empresta-lhe em contrato de mútuo gratuito o equivalente a R$ 40.000,00 a serem pagos no prazo de um ano. Na data do vencimento, Lucas entrega ao irmão a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e recebe quitação da dívida no valor de quarenta mil reais. Lucas fica com dúvida se seu irmão errou no preenchimento do recibo e se ainda deve alguma coisa, por isso, procura-lhe para orientá-lo. Que modalidade(s) de pagamento(s) pode(m) ser identificada(s) nesta hipótese? Justifique sua resposta indicando se Lucas obteve ou não quitação da dívida.
Resposta: No caso descrito há a remissão parcial da dívida, vez que o credor se contentou em receber parteda mesma, dando quitação do total da dívida, sem que lhe seja imposta qualquer condição. Houve uma liberalidade do credor.
É causa de extinção da obrigação de acordo com o Art. 385, CC: A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. Art. 386, CC: A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir
Questão Objetiva 1 - (CESPE 2010 OAB Unificado) Assinale a opção correta de acordo com o Código Civil brasileiro.
a) A sub-rogação objetiva ou real ocorre pela substituição de uma das partes, sem a extinção do vínculo obrigacional. Errada, Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
b) Caso o sub-rogado não consiga receber a importância devida, ele poderá cobrá-la do credor (devedor) original. Errada, Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro deve
c) Aplica-se à dação em pagamento o regime jurídico dos vícios redibitórios.
Os defeitos geram nulidade. Art. 359, CC: aplica-se à dação em pagamento o regime jurídico do instituto dos vícios redibitórios (defeito oculto existente na coisa à época de sua aquisição) e o da evicção por penhora (perda da coisa em virtude de sentença judicial)".
d) Opera-se novação quando o devedor oferece nova garantia ao credor. Errada, Art. 360. Dá-se a novação: I – quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; II – quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III – quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
Questão Objetiva 2 - (FUMARC BDMG 2011) A consignação em pagamento tem lugar se: 
I. O credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; Correta, art. 335, I.
II. O credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; Correta, art. 335, II.
III. O credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; Correta, art. 335, III.
IV. Ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; Correta, art. 335, IV.
V. Pender litígio sobre o objeto do pagamento; Correta, art. 335, V.
Baseando-se nas assertivas acima, é CORRETO afirmar:
a) As assertivas I, III, IV e V estão corretas e a assertiva II está errada.
b) As assertivas III, IV e V estão corretas e as assertivas I e II estão erradas.
c) Apenas a assertiva I está incorreta.
d) Todas as assertivas estão corretas. Art. 335, CC.
Art. 335. A consignação tem lugar:
I – se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III – se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil.
IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
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CASOS CONCRETOS AULA 11 – 13/05/2013
Caso Concreto 1 (CESPE 2012 STJ Analista Judiciário - adaptada)
Para o STJ, a novação, modalidade de extinção de obrigação, não impede a revisão dos negócios jurídicos antecedentes, em face da relativização do princípio do pacta sunt servanda no direito brasileiro. Certo ou errado? Justifique sua resposta.
Resposta: Correto. A Súmula 286: A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.
A novação, conquanto modalidade de extinção de obrigação em virtude da constituição de nova obrigação substitutiva da originária, não tem o condão de impedir a revisão dos negócios jurídicos antecedentes, máxime diante da relativização do princípio do pacta sunt servanda, engendrada pela nova concepção do Direito Civil, que impõe o diálogo entre a autonomia privada, a boa-fé e a função social do contrato. Inteligência da Súmula 286 do STJ.
Correto. Agravo regimental no recurso especial. Contrato de promessa de compra e venda de imóvel. Distrato. Retenção integral das parcelas pagas pelo promitente-comprador. Cláusula abusiva. Ofensa aos artigos 51, inciso iv, e 53 do código de defesa do consumidor. Decisão agravada mantida.
1. É ilegal e abusiva a cláusula do distrato de promessa de compra e venda que estipula a retenção integral das parcelas pagas pelo promitente-comprador. Ofensa aos artigos 51, IV, e 53 do Código de Defesa do Consumidor.
2. A reforma do julgado demandaria a análise de cláusulas contratuais e o reexame do contexto fático-probatório, procedimentos vedados na estreita via do recurso especial, a teor das Súmulas nº 5 e nº 7 do Superior Tribunal de Justiça.
3. Agravo regimental não provido. AgRg no REsp 434945/MG, 7/12/2011
Caso Concreto 2 (CESPE Analista judiciário TRF 1ª Região/2008)
José entabulou com Paulo dois negócios distintos, em razão dos quais se obrigou a pagar a este as quantias de R$ 1.000,00 e de R$ 500,00, sendo a primeira dívida onerada pela fixação de juros moratórios, e a segunda, apenas pelo estabelecimento de multa. Vencidas as dívidas, José, que só dispunha de R$ 600,00, propôs pagar parte do capital da primeira dívida, já que esta era a mais onerosa. Encontrou, no entanto, resistência de Paulo. Com base na situação hipotética acima descrita, mesmo que Paulo tivesse aceito o pagamento parcial do capital da dívida mais onerosa, tal transação seria nula por ir de encontro à disposição legal que determina a obrigatoriedade da quitação dos juros em primeiro lugar. Certo ou errado? Justifique sua resposta.
Resposta: Errado, pois a ação não teria nulidade prevista, uma vez que o devedor tem o direito de escolher qual a obrigação quitaria primeiro, Imputação De Pagamento: consoante art. 354, CC: A pessoa obrigada, por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Questão Objetiva 1 (MP-GO 2012 - adaptada) Analise os itens abaixo, assinalando em seguida a alternativa CORRETA. 
I O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que menos valiosa. Dação em pagamento. Art. 313, CC.
II A novação por substituição do devedor (Expromissão = Expulsão / Novação.) somente pode ser efetuada com o seu consentimento. Errada, art. 362, CC – independentemente do consentimento. 
III As dívidas alimentares podem ser objeto de Transação, extinguindo-se a execução de alimentos. Art. 841, CC.
IV A Remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente. Art. 382, CC.
a) As assertivas II e IV estão corretas.	b) As assertivas I, II e III estão corretas.
c) As assertivas I, III e IV estão corretas. Correta.
d) As assertivas III e IV estão corretas.
Questão Objetiva 2 (MPT-2012) À luz do Código Civil, assinale a assertiva INCORRETA: 
a) A compensação é um modo de extinção da obrigação. 
b) O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
c) A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis; no entanto, em qualquer caso, as coisas fungíveis objeto das duas prestações não se compensarão, quando se verificar que diferem na qualidade. Vide arts. 369 e 370, CC. 
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidase de coisas fungíveis.
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato.
d) Salvo nos casos taxativamente previstos, a diferença de causa nas dívidas não impede a compensação.
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CASOS CONCRETOS AULA 12 – 20/05/2013
Caso Concreto 1 (XXIV Concurso da Magistratura/RJ)
O contrato de venda de um jet ski, com cláusula de improrrogabilidade, tem como objeto a entrega do mesmo ao comprador para um certo dia, sob pena de rescisão contratual. O vendedor, alegando que não pode fazê-lo naquela data, insiste que seja aceito na semana seguinte, uma vez que a competição local de Jet Ski vai ser realizada na terceira semana seguinte. Trata-se de mora ou inadimplemento absoluto? Por quê? Justifique sucintamente, apontando o dispositivo legal ou princípio jurídico pertinente.
Resposta: Trata-se de Inadimplemento absoluto nos termos do Art. 389, 474 e 475, CC, baseado na cláusula rsolutiva, pois estava expresso que deveria ser entregue no dia preestabelecido, e não foi entregue no termo contratado.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
Caso Concreto 2 (OAB-SP 2a. fase Concurso 130)
Por força de um contrato escrito, Caio, fazendeiro no Mato Grosso do Sul, deveria restituir o cavalo de José (cujo sítio encontra-se no interior de São Paulo) no dia 02 do mês de julho. Até o mês de agosto, Caio ainda não o havia restituído por pura desídia, quando uma forte chuva causou a morte do cavalo, o que foi inevitável devido à altura atingida pela água, bem como à sua força. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos: a) Há no caso mora ou inadimplemento? b) Pode Caio ser responsabilizado pela morte do cavalo, ou poderia alegar, com sucesso, alguma causa excludente de responsabilidade?
Resposta: Ocorrendo o perecimento do objeto emprestado durante a mora, impõe-se ao devedor o dever de responder pelo equivalente mais perdas e danos (art. 399, CC). Trata-se, portanto, de inadimplemento absoluto e a única maneira de isentar-se de responsabilidade seria provar que o dano sobreviria ainda que a obrigação tivesse sido oportunamente cumprida.
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Questão Objetiva (CESPE - TRF 5a. Região 2011) A respeito do adimplemento, do inadimplemento e da extinção das obrigações, assinale a opção CORRETA.
a) Havendo dois débitos da mesma natureza, líquidos e vencidos, o devedor pode imputar pagamento parcial de um deles, independentemente de convenção.
b) A mitigação do pacta sunt servanda pelo novo Código Civil permite que o juiz imponha ao credor a dação em pagamento, conforme as circunstâncias do caso concreto.
c) Podendo o terceiro não interessado pagar débito em nome do devedor, pode ele também compensar o débito alheio com aquilo que o credor lhe dever.
d) Havendo recusa do credor em receber o pagamento, o depósito da coisa devida é suficiente para elidir a mora.
e) O usufrutuário cujo direito real tenha sido registrado após a hipoteca do imóvel pode remir a hipoteca sub-rogando-se no direito do credor. 
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CASOS CONCRETOS AULA 13 – 27/05/2013
Caso Concreto 1 - (CESPE Petrobrás 2007)
O credor, ao emitir recibo, dando plena, geral e irrevogável quitação do valor devido, renuncia ao direito de receber os encargos decorrentes da mora. Assim, comprovado o pagamento, por meio do recibo de quitação referente ao capital, sem qualquer ressalva quanto aos juros, presume-se extinto o débito e exonera-se o devedor da obrigação. Certo ou errado? Justifique sua resposta.
Resposta: Certo, pois o acessório segue o principal. Logo, se o credor extingue a obrigação principal através do pagamento e não faz nenhuma ressalva quanto aos juros, estes, presume-se pagos também, consoante art. 323, CC: sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos.
Questão Objetiva 1 - (FCC TCE-RO -2010) As perdas e danos:
a) nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas atualizadas monetariamente, com juros, custas e honorários advocatícios, prejudicada a pena convencional.
b) mesmo que resultantes de dolo do devedor, só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito direto e imediato da inexecução.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
c) dizem respeito apenas aos prejuízos materiais e morais, causados por ato doloso do ofensor.
d) abrangem os lucros cessantes, que se caracterizam pelo que o credor efetivamente perdeu, diminuindo seu patrimônio.
e) abrangem, na inexecução dolosa, inclusive os prejuízos eventuais, remotos ou potenciais
Questão Objetiva 2 - (UFPR 2011 Itaipu Binacional) Considere as seguintes afirmativas: 
1. A obrigação de dar coisa certa confere ao credor simples direito pessoal, e não real, havendo, contudo, no âmbito do direito, medidas destinadas a persuadir o devedor a cumprir a obrigação. 
2. A legislação prevê uma série de limites específicos para a cláusula penal moratória. No entanto, como a cláusula penal é técnica de previsão indenizatória, o credor deve antever a possibilidade de seu prejuízo, em caso de inadimplemento, vir a ser maior que aquele estabelecido em lei. Nesses casos, o credor pode convencionar a possibilidade de indenização suplementar. 
3. Para que se pretenda indenização suplementar aos juros moratórios, é necessário, além dos prejuízos excedentes, que não se exerça a cláusula penal. 
4. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da devida; se o fizer, estaremos diante da transação. 
5. Das obrigações solidárias emerge o direito de regresso, o qual se confunde com a sub-rogação, eis que também no direito de regresso há o direito de reembolso do valor pago. 
6. De acordo com a legislação brasileira, considera-se mora apenas o pagamento extemporâneo por parte do devedor ou a recusa injustificada do credor de receber o pagamento no prazo devido, caracterizando-se como inadimplemento o descumprimento de outras condições obrigacionais. Assinale a alternativa correta.
                  a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
                  b) Somente as afirmativas 2, 5 e 6 são verdadeiras.
                  c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
                  d) Somente as afirmativas 1, 2, 4 e 5 são verdadeiras.
                  e) As afirmativas 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são verdadeiras.
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CASOS CONCRETOS AULA 14 – 03/06/2013
CasoConcreto 1 - (CESPE - Juiz - TJPB/2010)
Estipulada cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, o credor poderá exigir cumulativamente do devedor a pena convencional e o adimplemento da obrigação. Certo ou errado? Justifique sua resposta.
Resposta:
Caso Concreto 2
João, ao contratar com José a compra e venda de um imóvel (no valor de R$ 100.000,00) localizado na Rua Enzo Ferrari, n° 27, nessa Capital, entrega-lhe no ato da escritura o sinal equivalente a R$ 25.000,00, sendo o restante do pagamento ajustado em três vezes iguais de R$ 25.000,00 para 30, 60 e 90 dias. Identifique a natureza jurídica do sinal dado por João, explicando o que aconteceria com esse contrato se José desistisse da venda após a realização da escrituração.
Resposta:
Questão Objetiva - (TRT SP – 2011) Assinale a alternativa correta:
a) A cláusula penal poderá ter qualquer valor, a critério e com a expressa concordância das partes.
b) A invalidade da obrigação principal implica a das acessórias, a destas induz a da obrigação principal.
c) O credor para exigir a pena convencional deverá alegar prejuízo.
d) A penalidade não poderá ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte.
e) Nenhuma das alternativas anteriores é correta.
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Civil II – CCJ0013
Profa. Isabela Chagas – isabela.chagas@estacio.br
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618
CASOS CONCRETOS AULA 14 – 03/06/2013
Caso Concreto 1 - (Questão 40  25º Exame OAB-RJ - Adaptada)
Desesperado com o sumiço de Kelly, sua cachorrinha de estimação, Felipe, além de espalhar diversos cartazes pelas ruas de sua cidade, fez anunciar nos veículos de grande circulação da imprensa falada e escrita uma promessa de recompensa para quem a encontrasse no prazo máximo de dez dias. No terceiro dia subsequente à vigência de sua promessa, Felipe retirou a oferta inicialmente feita, publicando a revogação com igual frequência e através dos mesmos meios de comunicação. Contudo, no décimo e último dia, Kelly foi encontrada por Guilherme, que a levou às mãos de seu dono. Com base nesta breve narrativa fática, esclareça: Guilherme terá direito à recompensa? Explique sua resposta.
Resposta:
Questão Objetiva 1 - (CESPE – MP-RN 2009) Acerca de negócios jurídicos, direitos das obrigações e separação judicial, assinale a opção incorreta.
a) Existem direitos patrimoniais que podem ser adquiridos independentemente de ato do adquirente.
b) A promessa de recompensa sujeita ao implemento de condição suspensiva constitui exemplo de direito futuro não deferido.
c) Na cessão de crédito, o devedor pode opor contra o cessionário todas defesas pessoais que detinha contra o cedente à época da cessão.
d) De acordo com o regime de participação final nos aquestos, à época da dissolução da sociedade conjugal, cabe a cada cônjuge o direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
e) A obrigação do alienante quanto aos vícios redibitórios da coisa qualifica-se como obrigação de meio.
Questão Objetiva 2 - (FCC TRT 24. Região – 2011) A respeito do enriquecimento sem causa, considere: 
I. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, pelo valor da data em que ocorreu o enriquecimento. 
II. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem da época em que ocorreu o enriquecimento. 
III. A restituição do indevidamente auferido será devida quando a causa que justificou o enriquecimento deixou de existir.
Está correto o que consta APENAS em:
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) III.
e) II.
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