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002 Respostas Caso Concreto 106798 - Redação Jurídica CCJ0052

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Redação Jurídica – CCJ0009
Prof.ª Maria Geni de Almeida Fortunato genifortunato@yahoo.com.br
Cel.: (22) 9269-5064 - Tel.: (22) 2732-2661.
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618.
002 Resposta Caso Concreto 106798
Agentes policiais militares à paisana, à noite, fora do horário de trabalho, em veículos particulares e usando armamento privado, dirigem-se a uma comunidade composta de pessoas de baixa renda e, lá, em ação coordenada, efetuam disparos de arma de fogo, vindo a matar friamente várias pessoas inocentes. Os crimes, conforme apurado, foram cometidos como retaliação contra medidas rigorosas tomadas pela Administração Pública para punir policiais militares que haviam cometido desvios de conduta. Dentre as vítimas está um rapaz de 25 anos de idade, morto quando se deslocava do trabalho para casa.
A mãe, a irmã e a tia-avó da vítima, que com ela moravam, propõem ação de procedimento ordinário em face do Estado, pleiteando indenização por dano material, sob a forma de pensões mensais vencidas e vincendas, contadas da data do evento, com base nos ganhos mensais da vítima (estimados em R$ 1.000,00), considerando que a vítima contribuía para o pagamento das despesas da casa; indenização a título de luto, funeral e sepultura; pedem, também, indenização por danos morais.
O Estado contesta a demanda, na qual argui, preliminarmente, a ilegitimidade ativa das autoras para pleitear indenização por danos morais, porque a vítima deixou um filho (não integrante do polo ativo da relação processual), de uma ex-companheira. Quanto ao mérito, sustentou que o Estado não pode ser responsabilizado civilmente porque os autores do crime não agiram no exercício de função pública.
Finda a dilação probatória, ficam comprovados os fatos narrados na petição inicial. Houve regular intervenção do Ministério Público.
“A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”. Art. 144 e § 6º, CF/1988. 
Enquanto os agentes à paisana promoviam a matança naquela comunidade, o Estado deveria estar presente para reprimir essa atitude e promover repressão maior ainda contra os policiais em desvio de conduta;
Quando existe um policiamento ostensivo eficiente na cidades, a possibilidade de ações deste tipo são nulas. Se fosse desenvolvida nessas comunidades certamente esses crimes planejados que camuflam os participantes, isentam o Estado e passam despercebido, não ocorreriam.
Desta maneira questiono: qualquer pessoa que mão esteja no exercício de função pública pode sair por aí promovendo matança, já que ela não está no exercício de função pública? Ora, o fato é que o Estado foi omisso quanto ao policiamento ostensivo nessa região, que é uma zona de risco evidente e constante confronto entre gangs, o que comprova a ausência da presença do Estado para cumprir o seu dever de amparar.
Senão, vejamos: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. art. 37, § 6º
Assim concluo que o Estado deve ser punido quando falta ao seu dever público de amparar todo cidadão, mesmo que os fatos que lhe deram causa a esta falta, sejam agentes que estão em horário de descanso. O Estado não deve ser isentado por isso.
Questão
Realize uma pesquisa na Internet sobre casos de difícil solução, em virtude do ineditismo que apresentam e procure identificar como o judiciário resolveu a matéria. De posse desse material, traga uma cópia impressa do caso concreto para seu professor, a fim de que esse avalie se você compreendeu a oposição lógica formal X lógica do razoável materializada em um caso concreto.
O caso concreto que apresentamos acima será debatido em aula.
STF nega reabertura do caso de calouro morto em trote
06 de junho de 2013 | 18h 53
"O Supremo Tribunal Federal (STF) está impedindo que essa triste história seja esclarecida", lamentou nesta quinta-feira, 6, o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, durante o julgamento no qual o STF confirmou o trancamento de um processo contra quatro médicos que foram acusados de participar da morte em 1999 de um calouro de medicina durante um trote na Universidade de São Paulo (USP).
Por 5 votos a 3, o Supremo rejeitou um recurso do Ministério Público Federal e manteve decisão tomada em 2006 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivando a ação penal que existia contra os quatro acusados pela morte de Edison Tsung Chi Hsueh, que morreu afogado numa piscina durante o trote. Veteranos na época dos fatos, Frederico Carlos Jaña Neto, Ari de Azevedo Marques Neto, Guilherme Novita Garcia e Luís Eduardo Passarelli Tirico são hoje médicos bem-sucedidos.
"Não é minha primeira vez nesses meus dez anos de STF que presencio situação como essa. O tribunal se debruçar sobre teorias, sobre hipóteses e esquecer aquilo que é essencial: a vítima. Não se fala da vítima, não se fala da família. É um jovem que acabara de ingressar na universidade que perdeu a vida. Estamos aqui chancelando a impossibilidade de punição aos que cometeram um crime bárbaro", afirmou Joaquim Barbosa, que foi 1 dos 3 ministros do Supremo a votar a favor da reabertura do caso e a consequente devolução do processo para o Tribunal do Júri.
O presidente do STF observou que Hsueh pertencia a uma minoria étnica brasileira. Ele disse que, ao trancar o processo em 2006, o STJ "fez um salto, para frente", para assegurar o não prosseguimento do processo. "A quem incumbiria verificar se eles são ou não culpados já que houve morte? O Tribunal do Júri ou um órgão burocrático da Justiça brasileira situado aqui em Brasília, o Superior Tribunal de Justiça?", indagou Barbosa.
Antes que o juiz responsável pelo caso decidisse se os quatro iriam a júri, a defesa protocolou um habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ) e posteriormente no STJ pedindo o trancamento da ação sob a alegação de que a denúncia era contraditória e obscura e que não existiam provas contra os veteranos.
"Ainda que fossem veementes todos os depoimentos (e não o são) em afirmar que houve excessos, violência, agressões e abusos no trote, tais elementos de prova não se mostram suficientes para sustentar a acusação de homicídio qualificado imputada aos réus, por não existir, como acentuado, o menor indício de que o óbito da vítima tenha resultado dessas práticas", afirmou durante o julgamento no STJ em 2006 o ministro Paulo Gallotti, que foi o relator do caso naquele tribunal. O ministro também disse que o processo revelava que tudo não passou de uma brincadeira "de muito mau gosto" em festa de estudantes.
Além de Joaquim Barbosa, o relator do recurso no STF, Marco Aurélio Mello, e o ministro Teori Zavascki votaram a favor da reabertura do processo. Segundo Marco Aurélio, o STJ substituiu-se ao Tribunal do Júri ao trancar a ação. Mas os ministros Rosa Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello formaram a maioria, confirmando o trancamento da ação penal.

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