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Prof. Drº Luiz Mendes Disciplina : CCA 017 Economia Rural CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS - CCAAB Contato: lgm46@hotmail.com Definição Deriva do grego: “OIKO =ECO NOMOS””. - A ciência que estuda a escassez. - A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos. - O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. Economia é uma ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. Definição Economia é uma ciência social que estuda como alocar recursos produtivos escassos, entre fins alternativos, na produção de bens e serviços, para satisfazer às necessidades humanas. Problemas econômicos fundamentais Necessidades Humanas > Ilimitadas ou Infinitas. Recursos Produtivos (Fat.de Produção) > Finito e Limitado (Recursos naturais, Mão de Obra, Capital) - Insumos - Escassez : Natureza limitada dos recursos da sociedade. (restrição física dos recursos) e fins alternativos Contradição Terra, matéria-prima, etc. 5 O QUE e QUANTO produzir ? A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e quanto ? COMO produzir ? Questão de eficiência produtiva. Capital, terra ou mão-de- obra intensiva. PARA QUEM produzir ? Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica. Quais os setores beneficiados. Problemas econômicos fundamentais 6 Necessidades humanas ilimitadas X Recursos produtivos escassos Escassez Escolha O que e quanto Como Para quem (produzir) Problemas econômicos fundamentais Sistema Econômico / Organização Econômica É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas. Atividades de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. Sistema Econômico / Organização Econômica Principais formas: •Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) •Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista) Economia de Mercado - Sistema de concorrência pura (sem interferências do governo) - Sistema de concorrência mista (com interferência governamental) Sistema de concorrência pura Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo. Mecanismo de Preço Promove o equilíbrio dos mercados Sistema de concorrência pura Excesso de oferta (escassez de demanda) Formam-se estoques Redução de preços Existirá concorrência entre empresas para vender os bens aos escassos consumidores. Até o equilíbrio Sistema de concorrência pura Excesso de demanda (escassez de oferta) Formam-se filas Tendência ao aumento de preços Existirá concorrência entre consumidores para compra. Até o equilíbrio Sistema de concorrência pura O QUE e QUANTO produzir ? (o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor). (quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de mercado. COMO produzir ? Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas. PARA QUEM produzir ? Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta de fatores de produção). Questão distributiva. Sistema de concorrência pura Base da filosofia do liberalismo econômico. (Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. Este deve responsabilizar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver as questões econômicas fundamentais). 15 Empresas Famílias Mercado de Bens e Serviços Mercado de Fatores de Produção Demanda de bens e serviços Sistema de concorrência pura Oferta de bens e serviços O que e quanto produzir Para quem produzir Como produzir Oferta de serviços dos fatores de produção Demanda de serviços dos fatores de produção. (mão-de-obra, terra, capital) Sistema de concorrência pura Críticas: - Grande simplificação da realidade; - os preços podem variar não devido ao mercado mas, em função de: - força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra); - poder de monopólios e oligopólios na forma- ção de preços no mercado; - intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mí- nimos, política cambial); Sistema de concorrência pura Críticas : (cont..) - o mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. Em países pobres, o Estado tende a promover a infra-estrutura básica, que exigem altos investimentos, com retornos apenas a longo prazo, afastando o setor privado; - o mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas. Sistema de concorrência pura Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados. Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro. 19 Sistema de mercado misto O papel econômico do governo Séc. XVIII - XIX Predominância : Sistema de mercado, próximo ao da concorrência pura. Início do Séc. XX O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos. Necessitando de maior atuação do Setor Público na economia. De que forma ? Evitar as distorções alocativas e distributivas Sistema de mercado misto - Atuação sobre a formação de preços, (via impostos, etc.); - complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.); - fornecimento de serviços públicos; - fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado. Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.); - compra de bens e serviços do setor privado. Atuação do setor público: Economia Centralizada Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. Meios de produção Estado Matéria-prima, residência, capital. Meios de sobrevivência Indivíduos Carros, roupas, televisores, etc. Economia Centralizada Características: Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas (não há desembolso monetário); Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa e o restante dividido entre os administradores e os trabalhadores. Sistemas Econômicos - Síntese Propriedade Privada X Propriedade Pública Problemas econômicos fundamentais resolvidos pelo mercado pelo órgão central Mercado Centralizada Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva Análise Positiva – Análise Normativa I. Declarações Positivas = Os economistas tentam descrever (Descritivas) o mundo como ele é. Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda reduziria a Taxa de Inflação. (Cientistas econômicos) I. Declarações Normativas = Os economistas prescrevem (Prescritivas) como o mundo deveria ser. Ex.: O Banco Central deveria reduzira quantidade de moeda emitida. (Envolve: Valores, ética, religião, política,etc.) (Formuladores de políticas) Autonomia e Inter-relação: Com o passar do tempo: Concepção Humanística A Economia repousa sobre os atos humanos, objetivando a satisfação das necessidades humanas (Ciência Social). Autonomia e Inter-relação: Dificuldade de separar os fatores essencialmente econômicos dos extra-econômicos. A Autonomia da cada um dos ramos das Ciências Sociais não deve ser confundida com um total isolamento, mas sim observada sob diferentes óticas e investigada em termos não unilaterais. As manifestações das modernas sociedades encontram-se interligadas. 27 Aspecto Econômico Realidade -Aspecto Material do Objeto Aspecto Social Aspecto Político Aspecto Histórico Aspecto Geográfico Aspecto Demográfico Política é a arte de governar. O exercício do poder. Poder Político, Ideológico e Econômico Este poder tenta exercer o domínio sobre a coisa econômica. Uso da política do Estado para concessão de vantagens econômicas pelos grandes grupos econômicos. Ex.: Agricultores na época da política do café com leite. Crédito subsidiado e tarifas protecionistas para grandes industrias. Autonomia e Inter-relação: Economia e Política Os próprios sistemas econômicos estão condicionados à evolução histórica da civilização. As idéias que constroem as teorias são formuladas num contexto histórico onde se desenvolvem as atividades e as instituições econômicas. Ex. Ciclo da Borracha, café, ouro, cana-de-açúcar Autonomia e Inter-relação: Economia e História Os acidentes geográficos interferem no desempenho das atividades econômicas e, inúmeras vezes, as divisões regionais são utilizadas para se estudar as questões ligadas aos diferenciais de distribuição de renda, de recursos produtivos, de localização de empresas, dos efeitos da poluição, das aglomerações urbanas, etc. Ex. Economia Regional, Desenvolvimento Regional Autonomia e Inter-relação: Economia e Geografia Quando a política econômica visa atingir os indivíduos de certas classes sociais, interfere diretamente no objeto da sociologia, isto é, a dinâmica da mobilidade social entre as diversas classes de renda. Políticas salariais e gastos sociais ( educação, saúde, transporte, alimentação etc. ) são exemplos que direta ou indiretamente influenciam essa mobilidade. Autonomia e Inter-relação: Economia e Sociologia Autonomia e Inter-relação: Economia e Direito Leis Anti-truste: Atuam sobre as estruturas de mercado, assim como o comportamento das empresas. Ex.: Agências de Regulamentação: Ditam as regras de atuação em determinadas áreas (ex.: petróleo, telecomunicações,etc) Constituição Federal: Determina a competência para execução de política econômica. Estabelece os direitos e deveres dos agentes econômicos. Economia, Matemática e Estatística A Economia faz uso da lógica matemática e das probabilidades estatísticas. Muitas relações do comportamento econômico podem ser expressas através de funções matemáticas. Econometria - A estratégia de se estimar as relações econômicas, matematicamente formu- ladas, a partir da minimização dos desvios aleatórios. Autonomia e Inter-relação: Micro e Macroeconomia Microeconomia – é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens. – Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível de vendas no varejo, numa capital. Macroeconomia – é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento como um todo, procurando iden- tificar e medir as variáveis ( agregadas ) que determinam o volume da produção total ( crescimento econômico ), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial. Micro e Macroeconomia Micro e Macroeconomia Desenvolvimento Econômico – estuda modelos de desen- volvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem- estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per capita, distribuição de renda, evolução tecnológica). Economia Internacional – estuda as relações de troca entre países (transações de bens e serviços e transações monetá- rias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio, do co- mércio exterior e das relações financeiras internacionais. - Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção - É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. Modelo: 2 Bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção. Fronteira de Possibilidades de Produção 0 250 450 600 700 750 0 100 200 300 400 500 600 700 800 0 100 200 300 Qtd. Produzida de X Q td . P ro d . Y Tradeoff da sociedade Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção A obtenção de alguma coisa, porém, abrindo mão de outra. “Nada é de graça” Fronteira de Possibilidades de Produção Qtd. Produzida de X Q td . P ro d . Y A B C D 250 200 150 750 450 250 Neste ponto o custo de oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem, ou mesmo, dois bens. A – Capacidade Ociosa (Ineficiência) Cont. Fronteira de Possibilidades de Produção Q td . P ro d . Y Qtd. Produzida de X Fronteira de Possibilidades de Produção A B C D 250 200 150 750 450 250 B,C – Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. - Combinações de produto - (Nível de produto Eficiente / Pleno Emprego) D – Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato. Fronteira de Possibilidades de Produção Custo alternativo / Custo implícito É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. Custo de Oportunidade O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la. 42 Trade off B => C + Produto X - Produto Y Custo de Oportunidade Ex.: Ex.: C => B O custo de oportunidade de 200 unid. de Y é 50 de X. Fronteira de Possibilidades de Produção Qtd. Produzida de X Q td . P ro d . Y A B C D 250 200 150 750 450 250 Fronteira de Possibilidades de Produção => Lei dos custos de oportunidade crescentes Razão da Concavidade da Curva Devido a Inflexibilidade dos recursos de produção. Fronteira de Possibilidades de Produção Qtd. Produzida deX Q td . P ro d . Y 250 450 600 700 750 150 100 200 50 250 Fronteira de Possibilidades de Produção Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicio- nais de determinada classe de produto implica necessaria- mente a redução das quantidades de outra classe. Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicio- nais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso. Fronteira de Possibilidades de Produção => Lei dos custos de oportunidade crescentes Fronteira de Possibilidades de Produção Um avanço econômico na Indústria do bem Y desloca a fronteira de possibilidades de produção para fora, aumentando o número de bens Y que a economia pode Produzir. Ex.: Avanço Tecnológico de um dos produtos. Deslocamentos Positivos: Decorrem da expansão ou melhoria dos fatores de produção disponíveis. (Crescimento Econômico) Deslocamentos Negativos: Decorrem da redução, suca- teamento ou progressiva desqualificação do fatores de produção disponíveis. Positivo Negativo Fronteira de Possibilidades de Produção Gráficos de duas variáveis (Sistema de Coordenadas) 0 5 10 15 20 Correlação Positiva Nota Média 10 8 6 4 2 0 Tempo de Estudo (h. semanais) 0 5 10 15 20 Correlação Negativa Nota Média 10 8 6 4 2 0 Nº de Festas Freqüentadas ADENDO - Gráficos Fundamentos de Microeconomia Análise da Demanda de Mercado Análise da Oferta de Mercado O Equilíbrio de Mercado Exercícios Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado. Fundamentos de Microeconomia Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda o comportamento das : famílias (Consumidores) empresas (Firmas) mercados (Mercados específicos) -Preocupa-se mais com uma análise parcial. Fundamentos de Microeconomia Microeconomia analisa a formação de preços no mercado. Os preços formam-se com base em dois mercados: Remuneração mercado de bens e serviços mercado dos serviços dos fatores de produção preços dos bens e serviços salários, juros, aluguéis e lucros Fundamentos de Microeconomia Ceteris Paribus Expressão latina traduzida como “ outras coisas sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes. - “tudo o mais constante”. Fundamentos de Microeconomia Ceteris Paribus Analisar um mercado isoladamente Supor todos os demais mercados constantes - O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais. - Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis. Ex.: Preço sobre a procura de determinado bem Independente Outras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc. Análise da Demanda de Mercado Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período. A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar, a dados preços. A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço. Análise da Demanda de Mercado Fundamentos da Teoria da Demanda Baseia-se na teoria do Valor Utilidade. Dada uma Renda Dados os preços de mercado Consumidor Ao demandar um bem ou serviço Maximizando a utilidade (satisfação) que atribui ao bem ou serviço. Análise da Demanda de Mercado Utilidade Total e Utilidade Marginal Aumenta quanto maior a quantidade consumida do bem Satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem É decrescente porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome. Análise da Demanda de Mercado Umg = Ut q Quantidade que o consumidor deseja consumir. Qtd. consumida Utilidade total Qtd. consumida Utilidade marginal Utilidade Total e Utilidade Marginal Análise da Demanda de Mercado Paradoxo da Água e do Diamante Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata, e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado ? Ex: Utilidade Marginal Água Grande Utilidade Total Baixa Utilidade Marginal (encontrada em abundância) Diamante Grande Utilidade Marginal (escasso) Análise da Demanda de Mercado Variáveis que afetam a Demanda Riqueza (e sua distribuição) Renda (e sua distribuição) Preço do bem Preço dos outros bens Fatores climáticos e sazonais Propaganda Hábitos, gostos, preferências dos consumidores Expectativas sobre o futuro Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos) Análise da Demanda de Mercado Variáveis que afetam a Demanda qdi = f( pi , ps , pc , R, G) qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i pi = preço do bem i ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes pc = preço dos bens complementares R = renda do consumidor G = gostos, hábitos e preferências do consumidor Função Geral da Demanda Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese ceteris paribus Análise da Demanda de Mercado qdi = f( pi ) Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem Supondo ps , pc , R e G constantes Função Convencional qdi pi < 0 Lei Geral da Demanda Tudo o mais constante (ceteris paribus), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. Por que ? Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem Efeito preço total: Efeito substituição Efeito renda O bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com que a qtd. demandada aumente. Com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a qtd. demandada do bem deve aumentar. Representa o efeito do preço de um bem sobre a quantidade do bem que os consumidores estão dispostos a comprar e não a compra efetiva (ceteris paribus). Como o preço e a quantidade demandada têm relação nega- tiva, a curva de demanda se inclina para baixo. Ex.: Gráfico - Curva de Demanda – Função Linear Análise da Demanda de Mercado 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade adquirida de livros Ex.Renda de R$ 2 mil qdi = 25 – 0,25pi qdi = a – b.pi Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bem substituto = o consumo de um bem substitui o consumo ou concorrente do outro. Dois bens para os quais, tudo o mais man- tido constante (ceteris paribus), um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e margarina. qdi = f( ps ) Supondo pi , pc , R e G constantes qdi ps > 0 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Ex.: 1- Carne de vaca,frango e peixe. 2- Cerveja Antarctica e Brahma. 3- Coca-cola e Guaraná. Bem substituto ou concorrente 0 5000 10000 15000 20000 Preço da Coca-cola(R$) 80 60 40 20 0 Qtd. consumida de Coca-cola (Supondo um aumento no preço do guaraná) D0 D1 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bens complementares = são bens consumidos em conjunto. qdi = f( pc ) Supondo pi , ps , R e G constantes qdi pc < 0 Bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem. Ex.: Computador e software. Análise da Demanda de Mercado Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Ex.: 1- Camisa social e gravata; 2- Pneu e câmara. 3- Pão e manteiga. 4- Sapato e meia. 5- Litro de gasoli- na e automóvel. Bens complementares 0 10000 20000 30000 40000 Preço do litro de gasolina (R$) 8 6 4 2 0 Qtd. de litros de gasolina (Supondo um aumento no preço dos automóveis) D0 D1 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) qdi = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes Em relação à renda dos consumidores, há três situações distintas: qdi R > 0 Bem Normal = tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada do bem. Análise da Demanda de Mercado qdi R < 0 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Bem Inferior = tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuição na quantidade demandada do bem. Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda. qdi R = 0 Bem de consumo saciado = se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem. Caso da demanda de alimentos básicos, como o açucar, sal, arroz. Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Essa classificação depende da classe de renda dos Consumidores. Para consumidores de baixa renda não existem muitos bens inferiores. Com a renda mais elevada, maior nº de produtos passa a ser classificado como bem inferior. Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) BEM NORMAL Preço da carne de 1ª (R$) Qtd. de carne de 1ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D0 D1 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) BEM INFERIOR Preço da carne de 2ª (R$) Qtd. de carne de 2ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D1 D0 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Preço do arroz (R$) Qtd. de arroz (Supondo um aumento na renda do consumidor) BEM SACIADO Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G) qdi = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, “manipulados”por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens. 74 Análise da Demanda de Mercado Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G) Campanha do tipo “beba mais leite” 0 5 10 15 20 Preço do Bem (R$) Quantidade adquirida do bem 80 60 40 20 0 Redução Aumento D1-Cigarro D0 D 1-Leite Campanha do tipo “o fumo é prejudicial à saúde” Desloca p/ direita Desloca p/ esquerda Análise da Demanda de Mercado Resumo Principais variáveis determinantes da função de demanda, bem como as relações entre essas variáveis e a demanda do consumidor, podem ser assim resumidas: qdi = f( pi , ps , pc , R, G) Função Geral da Demanda qdi pi < 0 qdi ps > 0 qdi pc < 0 qdi R qdi G > < = 0 e Análise da Demanda de Mercado Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais. Dmercado = dconsumidores individuais i = 0 n i = 1,2,...,n consumidores. A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos consumidores individuais. Análise da Demanda de Mercado 0 50 100 150 200 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 0 Qtd - Consumidor A 0 100 200 300 400 Preço do Bem R$) Qtd - Consumidor B Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço 78 Análise da Demanda de Mercado Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço 0 150 300 450 600 Preço do Bem R$) Total do Mercado 80 60 40 20 0 Análise da Demanda de Mercado Observações adicionais sobre a demanda Variações na Demanda e variações na quantidade demandada Variações na demanda = Dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações em ps , pc , R, G (ou seja, mudança na condição ceteris paribus). Variações na quantidade demandada = refere-se ao movi- mento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem pi , mantendo as demais variáveis constantes (ceteris paribus). Renda Preços de bens relacionados Gostos Expectativas Número de compradores Desloca a curva de demanda Desloca a curva de demanda Desloca a curva de demanda Desloca a curva de demanda Desloca a curva de demanda Análise da Demanda de Mercado Variações na Quantidade Demandada Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de demanda Variações na Demanda Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva Variação na quantidade demandada Demanda 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 0 No. De cigarros fumados/dia. Ex.: Imposto que aumenta o preço Do cigarro. D 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 0 No. Cigarros fumados/dia. Ex.: Política de combate ao fumo. D D’ Análise da Demanda de Mercado 82 Análise da Demanda de Mercado Paradoxo (Bem) de Giffen É uma exceção à Lei Geral da Demanda, em que a curva é positivamente inclinada (relação direta) entre a quanti- dade demandada e o preço do bem. Preço da Batata (R$) Qtd demandada de Batata Análise da Demanda de Mercado Paradoxo (Bem) de Giffen Comunidade Inglesa muito pobre. Ocorreu uma queda no preço da Batata. Como a população gastava a maior parte da renda com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou e como estavam saturados de batata, passaram a gas- tar com outros produtos. O preço da Batata caiu, bem como a qtd. demandada (curva positivamente inclinada). Bem de Giffen (nome do economista) é um tipo de bem inferior, embora nem todo bem de Giffen seja um bem de Giffen. Análise da Demanda de Mercado Formato da Curva de Demanda Calculada estatisticamente e empiricamente (Curso de Econometria). Funções: Tipolinear, potência, hiperbólica, etc. Exemplos: qdi = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R Coeficientes em relação a qdi <0 >0 <0 >0 A variável “Gosto” não é observável empiricamente. Análise da Demanda de Mercado Exercícios sobre a demanda de mercado qdx = 3 – 0,5.px – 0,2.py + 5.R 1- Dados: Pede-se: 1- O Bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ? 2- O bem x é normal ou inferior? Por que? 3- Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 100 ) qual a qtd. procurada de x ? Análise da Demanda de Mercado Exercícios sobre a demanda de mercado qdx = 500 – 1,5.px + 0,2.py – 5.R 1- Dados: Pede-se: 1- O bem x é normal ou inferior? Por que? 2- O bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ? 3- O bem x seria um bem de Giffen ? Por que ? 4- Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 40 ) qual a qtd. demandada de x ? 5- Se a renda aumentar 50%, ceteris paribus, qual a qtd. demandada de x ? Análise da Oferta de Mercado Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos preços, em um determinado período. Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção. Análise da Oferta de Mercado Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço qoi = f( pi , pfp , pn , T, M) qoi = quantidade ofertada do bem i pi = preço do bem i Pfp = preço dos fatores e insumos de produção m (matéria-prima, mão-de-obra, etc.) pn = preço de outros n bens, substitutos na produção T = tecnologia M = objetivos e metas de empresário Análise da Oferta de Mercado qoi pi > 0 Tudo o mais constante (ceteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Para pro- duzir mais, os custos serão maiores, e o preço do bem deve ser aumentado. Função Geral da Oferta Como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço, ceteris paribus. Aumentando a qtd. ofertada Análise da Oferta de Mercado 0 5 10 15 20 Preço Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros O Função Geral da Oferta Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e preço do fator (Insumo) de produção (Pfp) qoi = f(Pfp ) Supondo pi , pn , T, M constantes Preço do Fator de produção (Pfp). Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, ceteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc. qoi Pfp < 0 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’ O” a) b) a) Aumento do preço do fator de produção, ceteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do fator de produção, ceteris paribus, há um aumento na oferta do bem. Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (Pn) qoi = f(Pn ) Supondo pi , pfp , T, M constantes Preço de outro bem substituto na produção (Pn). Ex.: Se o preço do bem substituto aumenta, e dado o preço do bem (ceteris paribus), os produtores diminuirão a pro- dução do bem, para produzir mais do bem substituto. qoi Pn < 0 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T) qoi = f(T) Supondo pi , pfp , pn , M constantes Q-oi T > 0 Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia, ceteris paribus, aumenta a oferta do bem. Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’ O” b) a) a) Aumento da tecnologia, ceteris paribus, há um aumento na oferta do bem. b) Redução da tecnologia, ceteris paribus, há uma redução na oferta do bem. Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas do empresário (M) qoi = f(M) Supondo pi , pfp , pn , T constantes qoi M > < = 0 Objetivos e Metas dos empresários. Poderá haver interesse do empresário de aumentar ou reduzir a produção. Análise da Oferta de Mercado Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. Omercado = qfirmas individuais j = 0 n j = 1,2,...,n firmas. A cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais. Análise da Oferta de Mercado 80 60 40 20 0 Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço 0 5 10 15 20 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida pela Firma A O 0 10 20 30 40 Preço do Bem (R$) Quantidade oferecida pela Firma B O Análise da Oferta de Mercado 0 15 30 45 60 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida pelo mercado O Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço Variação da oferta e Variação da quantidade ofertada Variação da Oferta = Deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em pfp , pn , T, M (ou seja, mudança na condição ceteris paribus). Variações na quantidade ofertada = refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as demais variáveis constantes (ceteris paribus). Análise da Oferta de Mercado O Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demanda (quantidade de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 0 Quantidade do Bem. Oferta Demanda Equilíbrio O Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço Demanda Lei da Oferta e da Demanda O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço). Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda (qte que os consumidores querem comprar = qte que os produtores desejam vender). O Excesso de Oferta Situação em que a quantidade oferecida (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade demandada (Ex.: 5 unidades). Excesso do Bem Fornecedores reduzem preços Mercado atinge o Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 0 Quantidade do Bem.O D Excesso de Oferta O Equilíbrio de Mercado O Excesso de Demanda Situação em que a quantidade demandada (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade oferecida (Ex.: 5 unidades). Escassez do Bem Fornecedores aumentam preços Mercado atinge o Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 0 Quantidade do Bem. O D Excesso de Demanda O Equilíbrio de Mercado O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio Excesso de Demanda O Equilíbrio de Mercado Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 0 Quantidade do Bem. O D Excesso de Oferta Como um aumento na Demanda afeta o Equilíbrio. Ex:As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura (ceteris paribus). 1- O “hábito” aumenta a demanda A oferta permanece inalterada, pois este determinante não afeta direta- mente as livrarias. 2 - A curva de demanda se desloca para a direita. 3 - O preço e a qtd são aumentados (novo ponto de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Livro 80 60 40 20 0 Quantidade de livros O D2 D1 O Equilíbrio de Mercado Como um redução na Oferta afeta o Equilíbrio. Ex: Um terremoto destrói várias editoras. 1- O terremoto afeta a curva de oferta. A curva de demanda perma- nece inalterada, pois o terremoto não muda diretamente a quantidade demandada pelos compradores. 2- A curva de oferta se desloca para a esquerda (a qualquer preço a qtd ofertada é menor). 3- O preço aumenta e a qtd diminui (novo ponto de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Livro 80 60 40 20 0 Quantidade de livros O’ D O O Equilíbrio de Mercado Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda Ex:As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras. 1- Ambas as curvas se deslocam. 2- A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda. 3- Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslo- camentos das curvas. (b) A qtd diminui e o preço aumenta. 0 5 7 10 15 20 Preço do Livro 80 65 40 20 0 Quantidade de livros O1 D2 D1 65 O2 2o Caso O Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 1 – Dados D = 22 – 3p (função demanda) S = 10 + 1p (função oferta) a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade. b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ? O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 2 – Dados: qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R qox = 2 + 0,1.px e supondo a renda R = 100 pede-se: a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x. b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x. O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 3 – Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qo = 48 + 10.P Qd = 300 – 8.P Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade ofertada, quantidade demandada e o preço do produto. Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio ? Conceito Elasticidade-Preço da Demanda Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda Elasticidade-Renda da Demanda Elasticidade-Preço da Oferta Exercícios Elasticidades Elasticidades Conceito É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, ceteris paribus. Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. Elasticidades Exemplos na Microeconomia: Elasticidade-preço da demanda : Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, ceteris paribus. Elasticidade-renda da demanda : Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, ceteris paribus. Elasticidades Exemplos na Microeconomia: Elasticidade-preço cruzada da demanda : Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, ceteris paribus. Elasticidade-preço da oferta : Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, ceteris paribus. Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, ceteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. Epd = % qd % preço = q1 – q0 q0 p1 – p0 p0 qd qd p p = = p qd qd p x Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Epd = p qd qd p x >0 <0 Lei Geral da Demanda A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expresso em módulo |Epd | = 1,5 que equivale a Epd = -1,5 ). Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Exemplo: Calcule a Elastici- dade-preço da demanda em um ponto específico. P0 = preço inicial = R$ 20,00 P1 = preço final = R$ 16,00 Q0 = quantidade demandada, ao preço p0 = 30 Q1 = quantidade demandada, ao preço p1 = 39 0 15 30 39 50 Preço do Bem (R$) 30 20 16 8 0 Quantidade demandada D p1 p0 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Solução: p1 – p0 p0 p p = Variação Percentual (%) = 16 - 20 20 = - 0,2 = 20% q1 – q0 q0 q q = = 39 - 30 30 = 0,3 = 30% Epd = 30% -20% = -1,5 ou | Epd | = 1,5 Para uma queda de 20% no preço,a quantidade demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%. Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Classificação: Demanda Elástica, inelástica e de elasticidade unitária. Demanda Elástica: | Epd | > 1 - Ex: |Epd | = 1,5 Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em 15%, ou seja, 50% a mais, ceteris paribus. Isso revela que a quantidade é bastante sensível à variação de seu preço. Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Demanda Inelástica: | Epd | < 1 - Ex: | Epd | = 0,4 Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda des- se bem de apenas 4% (sem sentido contrário). Elasticidades Demanda de elasticidade unitária: | Epd | = 1 ou Epd = - 1 Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%, ceteris paribus. Elasticidade-preço da demanda Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Exemplo: Seja as elasticidades-preço da demanda dos bens A e B; Epd A = -2 e Epd B = -0,8. Neste caso, e supondo que o com- sumo dos dois bens é independente, o bem A apresenta uma demanda mais elástica que o bem B, pois um aumento de10% no preço de ambos levaria a uma queda de 20% na quantidade demandada do bem A, e de apenas 8% na do bem B, ceteris paribus. Os consumidores são mais sensíveis, reagem mais a variações de preços no bem A do que no bem B. Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Fatores que afetam: Disponibilidade de bens substitutos Essencialidade do bem Importância relativa do bem no orçamento do consumidor Horizonte de tempo Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Disponibilidade de bens substitutos Quanto mais substitutos Mais elástica a demanda Pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse produto, provocando uma queda em sua demanda mais que proporcional à varia- ção do preço. Assim, quanto mais específico o mercado, maior a elasticidade. Ex: Elasticidade do Guaraná > Refrigerante. Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Essencialidade do bem Quanto mais essencial Mais inelástica a demanda Esse tipo de bem não traz muitas opções para o consumidor “fugir” do aumento de preços. Ex: Sal, açúcar. Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Importância relativa do bem no orçamento do consumidor Quanto maior o peso no orçamento Mais elástica a demanda A importância relativa, ou peso do bem no orçamento, é dada pela proporção de quanto o consumidor gasta no bem, em relação a sua despesa total. O consumidor é muito afetado, por alterações nos preços, quanto mais gasta com o produto, dentro de sua cesta de consumo. Ex. Elasticidade da Carne > Fósforo. Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Horizonte de tempo Quanto maior o horizonte de tempo Mais elástica a demanda Dependendo do horizonte de tempo de análise, um intervalo de tempo maior permite que os consumi- dores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta. Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Interpretação geométrica A elasticidade-preço da demanda varia, ao longo de uma mesma curva de demanda. Quanto maior o preço do bem, maior a elas- ticidade. Preço do Bem (R$) Quantidade demandada a b c |Epd|ponto b > 1 (elástica) |Epd|ponto a = 1 (unitária) |Epd|ponto c < 1 (inelástica) Preço do Sal (R$) Qtd adquirida de sal Preço do CD´s (R$) Qtd adquirida de CD´s Inclinação acentuada : As compras variam pouco com o aumento dos preços. (Insensível aos preços) (Inelástica) Inclinação pequena : As compras variam muito com o aumento dos preços. (Sensível aos preços) (Elástica) Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Preço do Bem (R$) Qtd adquirida do Bem Inclinação Infinita : As compras não variam com o aumento dos preços. Perfeitamente Inelástica: (Ex.: Bens Essenciais) Inclinação zero : As compras variam muito com o aumento dos preços. Sensível aos preços. Perfeitamente Elástica: (Ex.: Mercados perfeitamente compe- titivos. Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Casos Extremos Epd = 0 Preço do Bem (R$) Qtd adquirida do Bem Epd = 00 Elasticidades Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda Receita Total = RT = preço unitário x quantidade comprada do bem RT = p . q O que pode acontecer com a receita total (RT), quando varia o preço de um bem ? Elasticidades Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda Resposta: Vai depender da elasticidade-preço da demanda a) Se Epd for elástica % qd > % preço RT segue o sentido da quantidade (prepondera a variação da quantidade sobre a variação do preço). - se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá. - se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará. Elasticidades Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda b) Se Epd for inelástica % qd < % preço RT segue o sentido do preço (prepondera a variação do preço sobre a variação da quantidade). - se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará. - se p cair, qd aumentará, e a RT cairá. Elasticidades Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda c) Se Epd for unitária % qd = % preço Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT) permanece constante. Elasticidades Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda Conclusão: Demanda inelástica É vantajoso aumentar o preço (ou diminuir a produção) Até onde Epd = -1 Pois, embora a quantidade caia, O aumento de preço mais que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta. Ex.: Produtos agrícolas. (principalmente os essenciais). Se, o aumento do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT). Elasticidades Elasticidade-preço cruzada da Demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, ceteris paribus. Epd AB = pB qA qA pB x Epd AB > 0 => A e B são substitutos (o aumento do preço de y aumenta o consumo de x, ceteris paribus). Epd AB < 0 => A e B são complementares (o aumento do preço de y diminui o consumo de x, ceteris paribus). Elasticidades Elasticidade-renda da Demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda do consumidor, ceteris paribus. ERd = R q q R x ERd > 1 => Bem superior (ou bem de luxo) : dada uma variação da renda, o consumo varia mais que proporcionalmente. ERd > 0 => Bem normal : o consumo aumenta quando a renda aumenta. Elasticidades Elasticidade-renda da Demanda ERd = R q q R x ERd < 0 => Bem inferior : a demanda cai quando a renda aumenta. ERd = 0 => Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o consumo do bem. Elasticidades Elasticidade-renda da Demanda Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos. Mais elevada a renda Maior consumo de manufaturados (ex.: carro, eletrônicos), relativamente aos alimentos. Elasticidades Elasticidade-preço da oferta Epo = p qo qo p x Epo > 1 => Bem de oferta elástica. Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, ceteris paribus. Epo < 1 => Bem de oferta inelástica. Epo = 1 => elasticidade-preço de oferta unitária. Elasticidades Elasticidade-preço da oferta Epo > 1 => Bem de oferta elástica. Epo < 1 => Bem de oferta inelástica. Epo = 1 => elasticidade-preço de oferta unitária. Preço do Bem Quantidade do Bem. Epo > 1 Epo = 1 Epo < 1 Obs.: Corrente estruturalista da inflação: A oferta de produtos agrícolas seria inelástica a estímulos de preços, em virtude da baixa produtividade da agri- cultura, provocada pela estrutura agrária. Não responderia ao aumento da demandade alimentos, aumentando assim os custos de produção e com- seqüente repasse aos preços dos produtos. Aplicações da Análise Microeconômica em Políticas Públicas Aplicações da Análise Microeconômica em Políticas Públicas Introdução Vamos destacar alguns tópicos especiais utilizando aplicações de conceitos já vistos, distinguindo quatro importantes aspectos da atuação do setor público em nível microeconômico: Incidencia de impostos sobre vendas Fixação de preços mínimos na agricultura Correção de externalidades Provisão de bens públicos INCIDÊNCIA DE UM IMPOSTO SOBRE VENDAS Introdução “Sobre quem efetivamente recai o ônus do imposto, se sobre consumidores ou vendedores?” Os impostos sobre vendas podem ser: IMPOSTOS DIRETOS INDIRETOS INDIRETOS IMPOSTO ESPECÍFICO IMPOSTO ad valorem INCIDÊNCIA DE UM IMPOSTO SOBRE VENDAS OS IMPOSTOS SOBRE VENDAS IMPOSTOS DIRETOS: incidem diretamente sobre a renda das pessoas INDIRETOS INDIRETOS: incidem sobre os preços das mercadorias INCIDÊNCIA DE UM IMPOSTO SOBRE VENDAS OS IMPOSTOS SOBRE VENDAS IMPOSTO ESPECÍFICO: representa um valor em $ fixo por unidade vendida, independente do valor da mercadoria. Ex.: se o imposto for $ 1.000,00, esse será o valor fixo cobrado sobre qualquer mercadoria, não importa se ela custa $ 5.00,00 ou $ 500.000,00 IMPOSTO ad valorem: aplica-se uma alíquota (percentual) fixa sobre o valor em $ de cada unidade vendida. A alíquota é fixa ( como no ICMS e IPI), mas o valor em $ do imposto aumenta, conforme aumenta o preço do bem. Ex.: Supondo uma alíquota de 20%, se a mercadoria custar $ 50.000,00, o valor em $ do imposto será $10.000,00; se a mercadoria custar $ 100.000,00, o valor em $ do imposto será $ 20.000,00. EFEITO DE UM IMPOSTO DE VENDAS SOBRE O EQUILÍBRIO DE MERCADO IMPOSTO ESPECÍFICO: com o estabelecimento do imposto podemos construir duas curvas de oferta: uma sem imposto e outra com imposto S= f (p) sem imposto S’ = f (p’) com imposto Sendo ( p )o preço de mercado, pago pelo consumidor, e ( p’)o preço relevante para o produtor ( que é o preço de mercado menos o valor do imposto T ) p’=p - T Suponha: S = - 20 +2p T = $ 10,00 S´= - 20 + 2( p-10) S´= - 40 +2p Efeito de um imposto ESPECÍFICO sobre a OFERTA de mercado S’ -20 P q S Sem imposto -40 20 10 T=10 Efeito de um imposto ESPECÍFICO sobre o equilíbrio de mercado D Preço S’ S Preço de quilíbrio com imposto Preço de quilíbrio sem imposto Preço recebido pelo produtor Quantidade IMPOSTO ad valorem: Sendo ( p )o preço de mercado, pago pelo consumidor ( ou preço de mercado) ( p’ ) o preço relevante para o produtor Temos que: p’=p – tp = p (1-t ) sendo t a alíquota ou percentual do imposto. Ou seja, se p = 10,00 e t=20% ou 0,2, então: p’ = 10 – 0,2 * 10 = 8,00 O preço de mercado é $ 10,00 mas o preço recebido pelo produtor é $8,00. Como a alíquota do imposto é 20%, o valor do imposto é $2,00, quando o preço é $10,00. Se o preço fosse p = 30,00 p’ = 30 – 0,2 * 30 = 24,00 A alíquota continua 20%, mas o valor do imposto aumentaria para $6,00. Efeito de um imposto AD VALOREM sobre A OFERTA de mercado P q S 20 10 T S’ -20 INCIDÊNCIA DO IMPOSTO QUEM ARCA EFETIVAMENTE COM O ÔNUS DO IMPOSTO? S= f (p) sem imposto S’ = f (p’) com imposto Sendo ( p )o preço de mercado, pago pelo consumidor, e ( p’)o preço relevante para o produtor ( que é o preço de mercado menos o valor do imposto T ) p’=p - T Incidência de um imposto ESPECÍFICO D Preço S’ S P1 P0 p’ T Parcela paga pelo consumidor Parcela paga pelo produtor Arrecadação do governo Quantidade P1= Preço pago pelo consumidor Po= Preço de equilibrio sem imposto P´= Preço recebido pelo produtor O “PESO MORTO” DO IMPOSTO D P S P1 P0 A C q1 q0 B D Quantidade INCIDÊNCIA DO IMPOSTO E AS ELASTICIDADES-PREÇO DA OFERTA E DA DEMANDA D P q S’ S P1 P0 P’ D P S’ S Produtor Consumidor P1 P0 P’ a) Demanda elástica b) Demanda inelástica Consumidor Produtor q INCIDÊNCIA DE UM IMPOSTO SOBRE VENDAS FIXAÇÃO DE PREÇOS MÍNIMOS NA AGRICULTURA Política de preços mínimos visa dar uma garantia de renda ao agricultor. O governo anuncia, antes da época de plantio, um preço mínimo pelo qual ele garante que compra a safra após a colheita. Se o preço de mercado for maior que o preço mínimo o agricultor vende no mercado; POLíTICAS DE PREÇOS MÍNIMOS NA AGRICULTURA Pc qs D Pm P S qd q excedente subsídio no preço Preço mínimo Gastos do governo nas POLíTICAS DE PREÇOS MÍNIMOS NA AGRICULTURA D Pm P S q Gastos do governo na política de compras Pm * (q s-qd) Gastos do governo nas POLíTICAS DE PREÇOS MÍNIMOS NA AGRICULTURA D Pm S q ( Pm - Pc ) *q d Pc Gastos do governo na política de subsídios P Políticas de preços mínimos, e as elasticidades- PREÇO da demanda e da oferta qs D Pm P S qd q Pc qs D Pm P S qd Pc A B C D C B A Demanda Inelástica Demanda Elástica q EXTERNALIDADES Externalidades ou economias externas ocorre quando a produçao ou consumo de determinado bem gera efeitos colaterais positivos ou negativos. Consequencias: Beneficios e custos privados passam a diferir dos beneficios e custos sociais devido a incapacidade dos sistema de preços orientar a sociedade na alocaçao dos recursos escassos. O governo intervem cobrando impostos ou concedendo subsidios para forçar o sistema de preços igualar os custos e beneficios privados e sociais . Introdução Conceitos Básicos Produção com um Fator Variável e um Fixo (uma análise de curto prazo) Produção a Longo Prazo Exercícios Teoria da Produção Introdução Teoria da Firma Curva de Oferta Teoria da Produção Teoria dos Custos de produção Inclui os preços dos insumos Relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados. Produção – Conceitos Básicos Produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou servi- ços para a venda no mercado. inputs Combinação dos Fatores de Produção outputs Compra insumos Vende produtos no Mercado Produção – Conceitos Básicos Mão-de-obra (N) Capital Físico (K) Área, Terra (T) Matéria-prima (Mp) Insumos Processo de Produção Produto (q) Obs.: Intensivo – Fator que é utilizado em maior quantidade Em função da eficiência Produção Função de ProduçãoÉ a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção e a quantidade física do produto em determinado período de tempo. q = f (N, K, M, T) quantidade do produto = f (quantidade dos fatores de produção) quantidade produzida/t mão-de-obra utilizada/t capital físico utilizado/t matérias-primas utilizadas/t área cultivada/t Produção Função de Produção Supõe-se que foi atendida a eficiência técnica (máxima produção possível, em dados níveis de mão-de-obra, capital e tecnologia). Função de Produção Função Oferta = Função Oferta = Relaciona a produção com os preços dos fatores de produção. Função Produção = Relaciona a produção com as quantidades físicas dos fatores de produção. Produção Distinção entre Fatores de Produção Fixos e Variáveis e entre Curto e Longo Prazos Fatores de Produção Fixos – Permanecem inalterados quando a produção varia. Fatores de Produção Variáveis – Se alteram, com a quantidade produzida. Ex.: O capital físico e as instalações da empresa Ex.: Mão-de-obra e as matérias-primas utilizadas Produção Distinção entre Fatores de Produção Fixos e Variáveis e entre Curto e Longo Prazos Curto Prazo – Período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo. Longo Prazo – Todos os fatores se alteram. Obs.1: O curto prazo para uma metalúrgica é maior do que o de uma fábrica de biscoitos (as alterações de equipamentos ou instalações daquela demandam mais tempo que a desta). Obs.2: Na teoria Microeconômica, a questão de prazo está definida em termos da existência ou não de fatores fixos de produção. Produção Produção com um fator variável e um fixo: Uma análise de curto prazo. q = f ( N, K ) Dois fatores de produção => Mão-de-obra Capital Supondo constante ou fixo no curto prazo. q = f ( N ) O nível do produto varia apenas em função de alterações na mão-de-obra, a curto prazo, ceteris paribus. Produção Conceitos de Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal. Produto Total (PT) – É a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. PT = q Produto Média – É a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. da mão-de-obra do capital PMeN = PT/N PMeK = PT/K Produção Conceitos de Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal. Produto Marginal – É a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo. da mão-de-obra do capital PMgN = PT / N = q / N PMgK = PT / K = q / K Produção K N PT PMe = PT/N PMg = /\PT / /\N 10 0 0 10 1 3 3,0 3 10 2 8 4,0 5 10 3 12 4,0 4 10 4 15 3,8 3 10 5 17 3,4 2 10 6 17 2,8 0 10 7 16 2,3 -1 10 8 13 1,6 -3 Produto Total, Médio e Marginal 175 Produção Produção Total 0 5 10 15 20 1 2 3 4 5 6 7 8 9 PT Produtividade Média (PMe) e Marginal (PMg) -4,0 -2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 1 2 3 4 5 6 7 8PM e e PM g Prod. Média Prod. Marginal PT Máximo PMg = ZERO Fator de Produção (N) Fator de Produção (N) Produção Lei dos Rendimentos Decrescentes O formato das curvas PMgN e PMeN dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes. “Ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa.” Essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo). Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada). Produção Produção a Longo Prazo q = f ( N, K ) Dois fatores de produção => (Ambos Variáveis) Mão-de-obra Capital Considera que todos os fatores de produção (mão-de-obra, capital, instalações, matérias-primas) variam. É uma função de produção representada por uma curva chamada de Isoquanta. Produção Isoquanta de Produção Pode ser definida como sendo uma linha na qual todos os pontos represen- tam infinitas combinações de fatores, que indicam a mesma quantidade pro- duzida. Significa de igual quantidade. 6 4 2 Isoquanta (K) 50 80 100 150 (N) Capital Mão-de-obra q = 1000 Produção Isoquantas de Produção Família de isoquantas ou mapa de produção A escolha de uma isoquanta, corresponde à escolha que o fornecedor deseja produzir, dependendo dos custos de produção e da demanda pelo produto. Isoquanta (K) (N) Capital Mão-de-obra q = 1000 q = 2000 q = 3000 Produção Rendimentos de escala ou economia de escala Análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho, demandando mais fatores de produção. Rendimentos crescentes de escala Rendimentos decrescentes de escala Rendimentos constantes de escala Produção Rendimentos crescentes de escala Se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce numa proporção maior. 10% na qte. de mão-de-obra 10% na qte. de capital A produção aumenta em mais de 10% Ex.: Devido à : Indivisibilidade na produção Divisão do trabalho Operações de pesquisa e marketing Facilidades de empréstimos, etc. Economia de escala técnica Eco. de escala pecuniária Produção Rendimentos decrescentes de escala Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor. 10% na qte. de mão-de-obra 10% na qte. de capital A produção aumenta em 5%. Ex.: Motivo provável: A expansão de uma empresa pode provocar uma dificuldade de comunicação entre a direção e as linhas de montagem. Produção Rendimentos decrescentes de escala Lei dos rendimentos decrescentes Algum fator de produção é fixo (curto prazo) Não há fator de produção fixo (longo prazo) Rendimentos constantes de escala Se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção. A produtividade média dos fatores de produção são constantes. Introdução Custo de oportunidade X Custos Contábeis Conceito de Externalidade Custos de Curto Prazo Custos de Longo Prazo Maximização do Lucro Total Exercícios Custos de Produção Introdução Teoria da Firma Curva de Oferta Teoria da Produção Teoria dos Custos de produção Inclui os preços dos insumos Relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados. que determinará Custos de Produção Avaliação privada e avaliação social Avaliação Privada – Avaliação financeira, específica da empresa. Avaliação social – Custos (e benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. Aumenta a produção da indústria extrativa de madeira Há perdas ecológicas derivadas do desmatamento Custos de Produção Avaliação privada e avaliação social Externalidades ou Economias externas Externalidade positiva – Comerciantes de lustres próximosum do outro. - Alterações de custos e benefícios para a sociedade, derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa. Externalidade negativa – Indústria química poluidora dos rios, impõe à indústria pesqueira. Custos de Produção Custos a Curto Prazo Custo Fixo Total (CFT) – Mantém-se fixa, quando a produção varia. Ex.: Aluguéis, depreciação, etc. Custo Variável Total (CVT) – Varia com a produção. Depende da quantidade produzida. Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc. Custo Total (CT) – Soma do custo variável total com o custo fixo total. Custos de Produção Custos a Curto Prazo Qtd Prod. C. Fixo C. Variável C. Total C.F. MédioC.V. Médio C. Médio (q) (CFT) (CVT) (CT) (CFMe) (CVMe) (CTMe) (1) (2) (3) (4)=(2)+(3) (5)=((2)/(1) (6)=((3)/(1) (7)=(5)/(6) 0 15 0 15,00 1 15 2,00 17,00 15,00 2,00 17,00 2 15 3,50 18,50 7,50 1,75 9,25 3 15 4,50 19,50 5,00 1,50 6,50 4 15 5,75 20,75 3,75 1,44 5,19 5 15 7,25 22,25 3,00 1,45 4,45 6 15 9,25 24,25 2,50 1,54 4,04 7 15 12,51 27,51 2,14 1,79 3,93 8 15 17,50 32,50 1,88 2,19 4,06 9 15 25,50 40,50 1,67 2,83 4,50 10 15 37,50 52,50 1,50 3,75 5,25 Custos de Produção Custos a Curto Prazo Custos de Produção 0 20 40 60 1 3 5 7 9 11 Quantidade produzida Cu st os To ta is (R $) Custo Fixo Custo Variável Custo Total Custos declinantes Custos a taxas crescentes Lei dos rendimentos decrescentes = Lei dos custos crescentes Custos de Produção Custos a Curto Prazo Custo Fixo Médio (CFMe) = CFT / q Custo Variável Médio (CVMe) = CVT / q Custo Médio (CMe ou CTMe ) = Custos totais = CT Qtd produzida q CTMe = CVMe + CFMe Custos de Produção Custos a Curto Prazo 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Quantidade Produzida Custo Médios (R$) C. Fixo Médio C. Var. Médio C. Total C. Fixos tendem a zero c/ aumento de “q”. CTMe e CVMe tendem a igualar-se. Custos de Produção Custos a Curto Prazo Obs.: O formato de U das curvas CTMe e CVMe “a curto prazo” também se deve à lei dos rendimentos decrescentes, ou lei dos custos crescentes. Inicialmente: Custos médios declinantes: Pouca mão-de-obra p/ grande capital. Vantajoso absorver mão- de- obra e aumentar a produção, pois o custo médio cai. Em certo ponto, satura-se a utilização do capital (que é fixo) e a admissão de mais mão-de-obra não trará aumentos proporcionais de produção (custos médios ou unitários começam a elevar- se). Custos de Produção Custos a Curto Prazo CUSTO MARGINAL – Diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a produção. Custo Marginal (CMg) = variação do CT = variação do q CT q É o custo de se produzir uma unidade extra do produto. Custos de Produção Custos a Curto Prazo - Custo Marginal Qtd Prod. C. Total C. Marginal (q) (CT) (CMg) 0 7,00 1 16,00 9,00 2 19,00 3,00 3 21,50 2,50 4 22,75 1,25 5 24,25 1,50 6 26,25 2,00 7 29,51 3,26 8 34,50 4,99 9 42,50 8,00 10 54,50 12,00 Custos de Produção Custos a Curto Prazo - Custo Marginal C. Marginal (CMg) 0 5 10 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Quantidade produzida (q) C . M a rg in a l ( R $ ) Obs.: Como CFT = 0,e Cmg = CVT + CFT q Logo: Cmg = CVT q * Os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (invariáveis a curto prazo). Custos de Produção Custos a Curto Prazo Relação entre Custo Marginal e os Custos Médios Total e Variável Custos Médios e Marginais 0 5 10 15 20 1 3 5 7 9 11 Qtd (q) Cu sto s ( R$ ) C. Marginal C. Var. Médio C. Total Médio Custos de Produção Custos a Curto Prazo Relação entre Custo Marginal e os Custos Médios Total e Variável Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio, o médio só poderá cair. Conclusão : Quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio. Custos de Produção Custos a Curto Prazo Relação entre Custo Marginal e os Custos Médios Total e Variável Ex.: 10 unidades de um produto. Custo Total = 5.000,00 Custo Médio = 500,00 Se 11ª unidade = C. Marginal = R$ 400,00 ( < C. Médio) Custo total = R$ 5.400,00 => C. Médio = R$ 490,91 (Decrescente) Se 11ª unidade = C. Marginal = R$ 600,00 ( > C. Médio) Custo total = R$ 5.600,00 => C. Médio = R$ 509,09 (Crescente) Custos de Produção Custos a Longo Prazo Não existem custos fixos: todos os custos são variáveis. Planeja a longo prazo. Um agente econômico Opera a curto prazo Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que podem escolher. Custos de Produção Custos a Longo Prazo (R$) (q) Custos Quantidade q1 q2 q3 q4 CMeC1 CMeC2 CMeC3 (K=10) (K=15) (K=20) Supondo 3 escalas de produção. 10, 15 e 20 máquinas. Curvas de Custo Médio de Curto Prazo. Se planeja prod. q1 => CMeC1 < CMeC2 e CMeC3 Se planeja prod. q3 => CMeC2 < CMeC1 e CMeC3 Se planeja prod. q2 => CMeC2 = CMeC1 q4 => CMeC2 = CMeC3 Opção normalmente utilizada. Custos de Produção Custos a Longo Prazo A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo (CMe-Lp) (Curva de Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Mostra o menor custo unitário (CMe). Rendimentos Crescentes ou Decrescentes de Escala (R$) (q) Custos Quantidade q CMe-Lp Tamanho (escala) ótimo Lei dos rendimentos decrescentes (Curto Prazo) Mínimo custo Custos de Produção Custos a Longo Prazo Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes (ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo prazo deve -se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa. Custos de Produção Custos a Longo Prazo (R$) Custos CMe-Lp (q) Quantidade - Formato mais freqüente Plantas iniciais, mais freqüente as economias de escala, mas a medida que a empresa expande, observa-se rendi- mentos constantes de escala (são raros os casos de deseconomias de escala). Custos de Produção Maximização dos Lucros (concorrência perfeita e curto prazo) Teoria Microeconômica ( Teoria Neoclássica ou Teoria Marginalista) Empresas têm como objetivo maior a maximização dos lucros (a curto ou a longo prazo) LT = RT – CT LT = Lucro total; RT = Receita total de vendas; CT = Custo total de produção. Custos de Produção Maximização dos Lucros Deverá escolher o nível de produção para qual a diferença positiva entre RT e CT seja a maior possível (máxima). Receita Marginal (RMg) = é o acréscimo
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