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AULA 02 – 
1. ESCOLAS PENAIS 
2. CRIMINOLOGIA
3.POLÍTICA CRIMINAL
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1. As escolas penais
As escolas penais são um sistema de ideias e teorias políticas-jurídicas e filosóficas que, num determinado momento histórico, expressaram o pensamento dos juristas sobre as questões criminais fundamentais".José Leal
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1.1. Escola Clássica 
Idealista, Filsófico-jurídico, Crítica Forense, nasceu sob os ideais iluministas ( séculos XVII e XVIII), nos chamados séculos das Luzes; Voltaire, Rosseau, Montesquieu, Locke, Diderot.
Possuiu caráter político liberal e humanitário, objetivando estabelecer limites e justificativas ao poder de punir frente à liberdade individual.
Delito é uma escolha baseada no livre arbítrio.
Despreocupação com as causas da delinquência.
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...
A pena é um mal imposto ao indivíduo que cometeu um crime, voluntária e conscientemente.
 Importantíssima para o Direito Penal porque defendeu o indivíduo contra o arbítrio do Estado. 
Possuiu caráter político liberal e humanitário,objetivando estabelecer limites e justificativas ao poder de punir frente à liberdade individual.
Objetos de estudo: delito, pena e o processo.
Dos Delitos e das Penas, Cesare Beccaria.
Dogmática Jurídica, Francesco Carrara
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1.2. A Escola Positivista
Precursor Augusto Comte (filósofo e sociólogo), fim do século XIX, ascensão da burguesia emergente em 1789. 
Em alta a sociologia e biologia. O crime começou a ser examinado sob o prisma sociológico, o criminoso passou a ser estudado sob o ângulo biopsicológico.
Nova orientação nos estudos criminológicos, com influência da Antropologia, Psiquiatria, Psicologia, Sociologia, Estatística, etc.
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Fases da Escola Positivista
1.2.1 Fase antropológica 
 Cesare Lombroso , médico,1835-1909
Fundador da escola positivista biológica
Escreveu L´uomo delinqüente (1875).
Para ele o criminoso era atávico nato.
Crime é patologia.
Foi mudando ao longo dos estudos, atavismo, epilepsia, loucura moral.
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Criminoso Nato de Lombroso
FÍSICOS: no rosto,dentição superior prominiente, orelhas grandes,cabelos abundantes;
PSICOLÓGICOS: insensibilidade moral, impulsividade, vaidade, preguiça, imprevidência.
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	 1.2.1. Fase Sociológica
 Enrico Ferri (advogado criminalista ) 1856-1929
Consolidou a Sociologia Criminal
Sustentou em 1877, na Universidade de Bolonha, a inexistência do livre-arbítrio, sendo a pena imposta em defesa da sociedade. 
Deixando de lado a ressocialização priorizando a Defesa Social ( através da pena).
Inicialmente ressaltava somente a Intimidação Geral, mais tarde adere a prevenção especial.
 ...
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1.2.2 Fase Jurídica
 Rafael Garofalo, jurista. 1851-1934 
Escreveu a obra “Criminologia”-1885
Periculosidade como fundamento da responsabilização.
Prevenção especial como fim da pena.
Favorável a pena de morte.
Seleção natural ao processo social (darwinismo social).
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Resumo dos fundamentos da Escola Positivista
 O DP é um produto social, obra humana.
A responsabilidade social deriva do determinismo (vida em sociedade)
O delito é um fenômeno natural e social.
A pena é um meio de defesa social, com função preventiva.
Método indutivo-experimental
Objetos de estudo do DP: o crime, o delinquente, a pena e o processo.
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1.3. Escola Moderna Alemã ou Escola Eclética
Franz Von Liszt, Tratado do Direito Penal alemão – 1881
Direito Penal deve ser útil
A pena é justa quando necessária
Pena ao imputável
Medida de segurança ao perigoso
Busca de alternativas à pena de prisão
Criminologia e Política Criminal
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1.4. Escola Técnico-Jurídica
Arturo Rocco, 1905 – 
 reação à escola positivista
Restaura o critério jurídico da ciência penal
Reorganização do Direito Penal – ciência autônoma
Refuta o emprego da filosofia no campo penal.
Apontou o objeto do DP: o crime como fenômeno jurídico.
Pena uma reação e consequência do crime.
Pena e medida de segurança.
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1.5. Escola Correicionista
1839, surgiu na Alemanha, mas obteve seguidores na Espanha
Correção do delinquente como fim único e exclusivo da pena. A pena não se dirige ao homem em abstrato, mas ao homem real.
Delinquente é um ser anormal e constitui um perigo para a sociedade.
Pena idônea é a privação de liberdade.
Principal representante: Carlos Davi Augusto Roder
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2. Criminologia
Criminologia: crimino (crime) e logos (estudo)
2.1. Conceito: Criminologia é uma ciência que usa o método empírico, ou seja, baseia-se na análise e observação da realidade.
=> Ciência empírica, interdisciplinar que estuda o fenômeno criminal utilizando-se principalmente do método causal-explicativo.
Estuda o criminoso, o crime, a vítima e o controle social.
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Estudo antropológico, jurídico e sociológico e jurídico.
A Criminologia utiliza-se de outras ciências como a História, Sociologia, Biologia, Ética, Psicologia e outras ciências humanas e sociais para visando solucionar problemas da criminalidade no decorrer da incidência e reincidência do crime.
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OBJETO DE ESTUDO
CRIME: estudado apenas como problema social.
CRIMINOSO: estudo do indivíduo, sua personalidade, causas hereditárias, sociais, etc.
VÍTIMA: consequencias do crime para vítima.
CONTROLE SOCIAL: meios de controlar a criminaldiade.
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A política criminal transforma as informações da criminologia em opções, alternativas e programas científicos, os quais serão transformados em normas jurídicas pelo Direito Penal.
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3.Política Criminal
 1.1. Conceito: 
Lacto sensu são todas as medidas, inclusive a lei penal, usadas para prevenir e reprimir a criminalidade. 
 Strictu sensu é o programa de objetivos, métodos de procedimentos e de resultados referentes a prevenção e repressão da criminalidade.
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1.2. Atuais tendências em política criminal
Punitivistas: Crêem no Direito Penal como prima ratio, sendo utilizado, por isso, até em infrações de menor relevância, como instrumento de controle da classe que o detiver, como mecanismo de transformação da sociedade. Para esses, a coação e a repressão representam as únicas formas de resposta ao fato criminoso, independente do bem jurídico por ele lesado. Ex:  broken windows theory (repressão de pequenos delitos)
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Teoria das janelas quebradas
1982, o cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminologista George Kelling.
Estudo em cima de um veículo estacionado em uma rua, de um bairro de classe média alta, por duas semanas.
Ausência de poder público.
Relação entre desordem e criminalidade.
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Programa Tolerância Zero
1993, Nova York
Rudolf Giuliani
Combate aos pequenos delitos
Policiamento comunitário
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Redução de 80% da criminalidade em 20 anos.
Motivos apontados para redução: ação policial, encrudescimento da legislação penal,crescimento econômico, mudanças demográficas, drugs courts. 
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Abolicionistas: Defendem o banimento do Direito Penal devido as suas falhas de fundamento ético-político; desequilíbrio no custo-benefício.
Expoente Willian Godwin, aponta como caminho a “conciliação e a educação”.
Hoje destaca-se Raúl Zaffaroni.
Extinção da pena e do sistema penal.
Os mais radicais defendem que a prática de crime aspecto positivo da liberdade do indivíduo.
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Os ditos “criminosos” são somente uma pequena parte dos autores de crimes e são os “desfavorecidos”.
A seletividade do direito penal não é acidental, mas proposital.
Solução: Substituição do Direito Penal pelo Direito Civil
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Garantistas: Ferrajoli, 2007. Doutrina Justificacionista ( traça condições de justificação do DP)
Fonte o pensamento iluminista, pena humanizada, bem como necessária e proporcional ao delito cometido.
O direito penal justifica-se pela negação da “vingança” privada”.
Não prega a extinção das penas, mas sim a substituição da penas privativa liberdade, de morte, de prisão perpétua, por penas alternativas.
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DEZ AXIOMAS:
A1 Nulla poena sine crimine, NÃO HÁ PENA SEM CRIME, Princípio da Retributividade 
A2 Nullum crimen sine lege, NÃO HÁ CRIME SEM LEI, Princípio da legalidade;
A3 Nulla lex (poenalis) sine necessitate,NÃO HÁ LEI PENAL SEM NECESSIDADE, Princípio da Necessidade;
A4 Nulla necessitas sine injuria, NÃO HÁ NECESSIDADE DE LEI PENAL SEM LESÃO, Princípio da Lesividade ou Ofensividade;
A5 Nulla injuria sine actione, NÃO HÁ LESÃO SEM CONDUTA, Principio da Materialidade;
A6 Nulla actio sine culpa, NÃO HÁ ACÃO TÍPICA SEM CULPA, tradução do Princípio da Culpabilidade;
A7 Nulla culpa sine judicio, A CULPA DEVE SER VERIFICADA EM PROCESSO JUDICIAL, que expressa o Princípio da Jurisdicionariedade;
A8 Nullum judicium sine accusatione, A ACUSAÇÃO NÃO PODE SER FEITA PELO PRÓPRIO JUIZ, ou Princípio Acusatório;
A9 Nulla accusatio sine probatione, A ACUSAÇÃO DEVE SER PROVADA, ou princípio da verificação ou do ônus da prova;
A10 Nulla probatio sine defensione, SEM DEFESA E CONTRADITÓRIO NÃO HÁ ACUSAÇÃO, Princípio do Contraditório 
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Minimalistas: o Direito Penal é apenas uma das formas que o Estado possui para reduzir a criminalidade, não a única.
Direito Penal Mínimo.
Evitar excessos na aplicação do Direito Penal.
“Dizer que a intervenção do Direito Penal é mínima significa dizer que o Direito Penal deve ser a 'ultima ratio, limitando e orientando o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta somente se justifica se constituir um meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. O Direito Penal somente deve atuar quando os demais ramos do Direito forem insuficientes para proteger os bens jurídicos em conflito (QUEIROZ, Paulo. Sobre a Função do Juiz Criminal na Vigência de um Direito Penal Simbólico. IBCcrim, nº 74, 1999).”
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Funcionalistas
Funcionalismo moderno ou moderado
Claus Roxin
utilidade social do Direito Penal
Doutrina penal deve solucionar os problema sociais
As penas justificam-se para manter a estabilidade normativa
Necessidade da Política Criminal penetrar na dogmática penal
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 Funcionalismo sistêmico ou Radical – GÜNTHER JAKOBS
 DIREITO PENAL DO INIMIGO 
 O Direito Penal tem a função primordial de proteger a norma (só indiretamente tutelaria os bens jurídicos fundamentais)- Derecho penal del enemigo – 2003
Inimigo-> não-pessoa
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Questiona a verdadeira função do Direito Penal diante da sociedade.
A Sociedade deve se curvar diante do DP e não ao contrário.
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Críticas:
Uma nova modalidade de direito penal do autor, pune o sujeito pelo o que ele é não pelo que fez. Oposição do direito penal do fato.
Direito Penal prospectivo, ou seja, pune o sujeito pelo que ele representa de perigo para o futuro.
 “demonização” de alguns grupos delinquentes.
É inconstitucional porque concebe medidas excepcionais em tempos normais, não de guerra.
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Quem são os inimigos?
Criminosos econômicos, terroristas, delinquentes organizados, estupradores e outras infrações penais perigosas.
Afasta-se permanentemente do Direito
O inimigo não é uma pessoa
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Como dever ser tratado o inimigo?
Punido não com pena, mas com medida de segurança, mas com caráter apenas detentivo.
Punido conforme sua periculosidade
Inimigo não é sujeito de direito, mas objeto de coação = flexibilização do princípio da legalidade
Para JAKOBS há dois direitos penais, o do cidadão e o do inimigo
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