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BIOÉTICA EUTANÁSIA PROF. FLORIACY STABNOW SANTOS ANA VITORIA FERREIRA MACHADO ANA VITORIA GOMES DA SILVA PAULA CAMILA D’AVILA LIMA FERREIRA DAVILLA STEFFANY DIAS OLIVEIRA SUMÁRIO 01 02 03-04 06 07 08 09 O QUE É A EUTANÁSIA? HISTÓRICO E CONTEXTO GERAL 10 11-12 ARGUMENTOS A FAVOR DA EUTANÁSIA ARGUMENTOS CONTRA A EUTANÁSIA ASPECTOS LEGAIS E RESPONSABILIDADES DA ENFERMAGEM NO AMBITO INTERNACIONAL CUIDADOS PALIATIVOS : UMA ALTERNATIVA ÉTICA PERSPECTIVA DOS ENFERMEIROS SOBRE A EUTANÁSIA CONCLUSÃO 15 ASPECTOS LEGAIS E RESPONSABILIDADES DA ENFERMAGEM NO BRASIL 14 REFERÊNCIAS RELEVÂNCIA DA EUTANÁSIA PARA A ENFERMAGEM E CODIGO DE ETICA DO ENFERMEIRO 01 Oque é eutanásia Eutanásia é o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa. Objetivos do trabalho O objetivo desse trabalho é refletirmos sobre os aspectos éticos e legais. Avaliarmos o papel do enfermeiro no cuidado paliativo. Explorar a relação entre enfermeiro, paciente e família. Analisar os impactos psicológicos para os profissionais de enfermagem. 02 Contexto histórico A eutanásia não é uma concepção nova; ela tem raízes profundas na história. Filósofos gregos como Platão e Sócrates discutiam sobre a questão da morte e sobre a possível libertação que ela proporcionaria ao doente grave. Já os povos antigos, como os celtas e os indianos, praticavam formas de eutanásia em casos de doenças incuráveis. Com o passar dos séculos, e a partir das reflexões do filósofo Francis Bacon, a prática ficou associada à ação médica em favor do alívio do sofrimento de seus pacientes, quando o tratamento prescrito não surtia mais efeito. Assim, recebeu o nome precisamente de eutanásia devido ao significado de seus vocábulos. O vocábulo eu significa “bem”, enquanto thanasia deriva do nome do deus Thanatos que, para os gregos, tinha relação com a morte. O trabalho sobre a eutanásia na enfermagem tem grande relevância para a formação dos profissionais de saúde, pois aborda não só a ética e a técnica, mas também o lado humano dos profissionais. Visamos oferecer um espaço para reflexão sobre a complexidade de atuar no fim da vida, destacando a importância dos enfermeiros em proporcionar alívio do sofrimento, suporte emocional e garantir que os pacientes vivenciem seus últimos momentos de forma digna. 03 Relevância da eutanásia para a enfermagem EN TRETANTO! CABE RESSALTAR QUE A EUTANÁSIA É CARACTERIZADA COMO CRIME DE HOMICÍDIO PRIVILEGIADO , DISPOSTO NO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO EM SEU ART . 1º Conforme o Código de Ética de Enfermagem (2017), o art. 29 menciona que o profissional enfermeiro é proibido de promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente; o art. 74 refere a proibição de promover ou participar de prática destinada a antecipar a morte da pessoa, e o art. 9º cita a proibição de praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais. Cabe ressaltar que a eutanásia é caracterizada como crime de homicídio privilegiado, disposto no Código Penal Brasileiro em seu art. 1º. 05 Código de Ética RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017 EUTANÁSIA: A MORTE É ANTECIPADA. DISTANÁSIA: A MORTE É PROLONGADA ARTIFICIALMENTE, CAUSANDO SOFRIMENTO AO PACIENTE. A SEDAÇÃO PALIATIVA CONSISTE EM SUAVIZAR, POR MEIO DE MEDICAMENTOS, A DOR DO PACIENTE. ELA PROCURA EVITAR (OU DIMINUIR) O SOFRIMENTO DA PESSOA EM ESTADO TERMINAL. MAS NESSE CASO NÃO SE ANTECIPA O MOMENTO DA MORTE ORTOTANÁSIA: A MORTE OCORRE DE FORMA NATURAL, SEM INTERVENÇÃO DE TERCEIROS OU DO PRÓPRIO PACIENTE. O SUICÍDIO ASSISTIDO É UMA PRÁTICA QUE ENVOLVE O ATO VOLUNTÁRIO DE MORRER SEM DOR E COM ASSISTÊNCIA MÉDICA. NO BRASIL, O SUICÍDIO ASSISTIDO É ILEGAL E É CONSIDERADO CRIME. 06 Argumentos a Favor da Eutanásia O dois principais argumentos apresentados a favor da legalização e prática da eutanásia e do suicídio assistido são o alívio da dor e do sofrimento, considerados insuportáveis pelo paciente, e o respeito pela sua autonomia e liberdade individual. Autonomia do paciente permite que o mesmo escolha uma morte sem dor. Direito à escolha reconhece o direito do paciente de decidir sobre sua vida e morte. Alívio do sofrimento pode evitar sofrimento físico e emocional para o paciente e para seus familiares. Término da vida: qualquer um definiria o fim da própria vida de uma outra pessoa, de forma ativa e, portanto, desconsiderando seu processo natural. Perspectiva religiosa: para algumas crenças (vertentes monoteístas), a vida deve ser preservada até o fim natural, considerando a eutanásia como um tipo de suicídio. Assim sendo, ela vai de encontro com o valor da vida humana dada por Deus e com a moral religiosa. Argumento da ilegalidade: é considerada homicídio em alguns países que defendem em suas constituições a inviolabilidade do direito à vida. Assim, pela legislação desses países, a prática é proibida. 07 Argumentos Contra da Eutanásia Preservação da Vida: Para muitos enfermeiros, preservar a vida é um princípio fundamental da profissão. o Juramento Ético: O juramento de "não causar dano" e as implicações para enfermeiros que não querem participar de ações que terminem a vida de um paciente. o Risco de Abusos e Pressão Social: Discussão sobre os riscos de pressão para a prática da eutanásia, principalmente em pacientes mais vulneráveis. 08 Regulamentação Internacional : Colômbia A Colômbia é o único país da América Latina onde a eutanásia é permitida. A prática está regulamentada pela Resolução 12.116/2015 do Ministério da Saúde e Proteção Social, que estabelece critérios e procedimentos para garantir o direito à morte com dignidade 6,7. Suíça O suicídio assistido é permitido na Suíça, e, de acordo com o artigo 115 do Código Penal de 1918, a prática só é passível de pena quando realizada por motivos “não altruístas” 3,4. Ao contrário de outros países, como Holanda, e de alguns estados dos EUA, o suicídio assistido não é regulamentado de maneira clara, e não existem leis específicas que determinam sob quais condições uma pessoa pode solicitar assistência 36. Canadá Em fevereiro de 2015 Bélgica Desde setembro de 2002 Luxemburgo Em 16 de março de 2009 Holanda Em abril de 2002 09 Legalização da Eutanásia no Brasil Apesar de ainda não regulamentada, a questão no Brasil vem sendo amplamente discutida entre médicos, filósofos, religiosos e profissionais do direito, que buscam a melhor forma de inseri-la em nosso ordenamento jurídico . A eutanásia é considerada crime de homicídio, segundo o artigo 121 do Código Penal, e, dependendo das circunstâncias, a conduta do agente também pode configurar-se como crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, como consta no artigo 122 38. O Código de Ética de Enfermagem proíbe que o enfermeiro promova ou participe de práticas que antecipam a morte do paciente. Objetivo: Aliviar o sofrimento, promover conforto e dignidade. Atuação do Enfermeiro: Controle da dor e sintomas. Suporte emocional ao paciente e família. Planejamento de cuidados personalizados. Ética: Respeita o curso natural da vida. 10 Objetivo: Provocar a morte para cessar sofrimento insuportável. Atuação do Enfermeiro: Envolvimento limitado, variando por legislação. Ética: Gera debates sobre intencionalidade e valores morais. Cuidados Paliativos, Perspectiva dos Enfermeiros Cuidados Paliativos: Uma Alternativa Ética Cuidados Paliativos x Eutanásia Cuidados Paliativos, Perspectiva dos Enfermeiros Importância da Enfermagem nos Cuidados Paliativos A Enfermagem é essencial nos cuidados paliativos, promovendo conforto, alívio da dor e apoio emocional. O enfermeiro assegura dignidade ao paciente, acolhe famílias e coordena equipes, focando na qualidade de vida. Sua atuação é central para umcuidado humano e integral até o fim da vida. Alívio de sintomas: o enfermeiro administra medicamentos e terapias para controlar dor, náuseas e outros desconfortos. Apoio emocional: oferece acolhimento ao paciente e à família, reduzindo sofrimento e ansiedade. Coordenação do cuidado: organiza a equipe multiprofissional para garantir um atendimento integrado. Humanização: promove dignidade e respeita os desejos do paciente no fim da vida. Educação: orienta familiares sobre cuidados básicos e decisões clínicas. 11 Os enfermeiros enfrentam um dilema ético entre respeitar a autonomia do paciente em casos de sofrimento extremo e seguir suas crenças pessoais e legais, já que a eutanásia é ilegal no Brasil. Enquanto alguns apoiam a prática em situações específicas, outros a rejeitam por valores religiosos ou morais, optando pelos cuidados paliativos ou ortotanásia como alternativas para aliviar o sofrimento sem antecipar a morte. Cuidados Paliativos, Perspectiva dos Enfermeiros Perspectiva dos Enfermeiros sobre a Eutanásia 12 A enfermeira indiana Aruna Shanbaug morreu após 42 anos em estado vegetativo, causado por graves danos cerebrais após ser estuprada por um faxineiro do hospital onde trabalhava, em 1973, quando tinha 25 anos. O caso gerou um intenso debate sobre eutanásia na Índia. Em 2001, a Suprema Corte rejeitou um pedido de eutanásia feito pela jornalista Pinki Virani, que argumentava pela insuportável agonia de Shanbaug. O pedido foi negado, pois o hospital alegava que ela respondia a estímulos básicos. Apesar disso, o julgamento legalizou a eutanásia passiva no país. Shanbaug morreu de pneumonia em 2015, deixando um marco na legislação indiana. 13 A Eutanásia apresenta argumentos pró e contra: defensores destacam a autonomia do paciente, o alívio do sofrimento e o respeito ao desejo por uma morte digna, enquanto opositores enfatizam a preservação da vida, o juramento ético de não causar dano e o risco de abusos, especialmente para pacientes vulneráveis. Esses pontos refletem os dilemas éticos e práticos enfrentados pela enfermagem, que atua no equilíbrio entre a compaixão e os princípios profissionais. Dada a complexidade do tema, é essencial uma abordagem ética e cuidadosa, respeitando tanto as leis quanto os valores individuais e coletivos envolvidos. CONCLUSÃOCONCLUSÃO 14 15 REFERENCIAS REFERENCIAS https://www.scielo.br/j/bioet/a/DhvhJgpN9ykykc9L8cpFtxN https://www.scielo.br/j/bioet/a/DhvhJgpN9ykykc9L8cpFtxN https://www.scielo.br/j/bioet/a/DhvhJgpN9ykykc9L8cpFtxN