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▪ Relembrar os principais tópicos de embriologia 
▪ Aprender a circulação placentária e a fisiologia do 
líquido amniótico 
▪ Entender a organogênese dos principais sistemas 
fetais de interesse para a obstetrícia 
▪ Dominar o entendimento das modificações do 
organismo materno induzidas pela gestação 
 
 
▪ O folículo maduro, de Graaf ou pré-ovulatório é 
composto por: 
 Teca 
− Interna 
− Externa 
 Antro (cavidade): 
− Recoberto pelas células da granulosa 
▪ Ao redor do ovócito, há a corona radiata 
− Junto com o gameta, a corona radiata é ligada às 
células da granulosa pelo cumulus oophorus 
 
 
▪ Lembrar que o gameta feminino apresenta meiose 
em etapas: 
 Diplóteno da prófase da Meiose I → Nascimento 
 Metáfase da Meiose → Ovulação 
 Completar a segunda divisão → Fecundação 
▪ Todo mês, durante o ciclo menstrual, há: 
 Proliferação da coorte de folículos 
 Produção de estrogênio 
 Proliferação endometrial 
 Pico de LH → ovulação 
 Formação do corpo lúteo 
 Produção de progesterona → aguardar 
fecundação 
 Se fecundação não ocorre: 
− Corpo lúteo degenera 
− Redução dos hormônios 
− Descamação endometrial → menstruação 
− Novo ciclo se inicia 
 Se a fecundação ocorre: 
− Surge o HCG, que mantém o corpo lúteo 
funcionando até que a placenta assuma a 
produção 
− Formação do embrião 
 
 
▪ É o encontro do ovócito com o espermatozoide; 
▪ Ocorre na ampola tubária; 
▪ Dura de 12-24h 
▪ Zigoto (ovo) → célula diploide. 
▪ Clivagem ou segmentação: 
 Começa cerca de 30h após a fecundação e é o 
processo de divisão celular; 
 Formação da mórula (16 células) no 3º dia; 
 É no estágio de mórula que ele atinge a cavidade 
endometrial. 
▪ Blastulação: 
 4º dia: blastocisto → formação de cavidade 
preenchida com líquido; 
Folículo 
maduro Teca externa 
Teca interna 
Antro 
Células da granulosa 
Corona radiata 
Cumulus oophorus 
− Trofoblasto → camada externa do 
blastocisto; irá dar origem à placenta; 
− Embrioblasto → camada interna do 
blastocisto; irá dar origem ao embrião; 
 No 5º dia a zona pelúcida se degenera 
permitindo a implantação do embrião na parede 
do endométrio. 
▪ Nidação: 
 Geralmente ocorre no 6º dia; 
 É a fixação do blastocisto na parede endometrial 
que, em geral, ocorre na porção mais posterior e 
superior do útero (região mais vascularizada). 
 
Figura 3: https://www.biotadofuturo.com.br/embriologia-dafecundacao-ao-nascimento/ 
 
 
Após a nidação, o trofoblasto se divide em 
citotrofoblasto, que é responsável por dar origem a 
uma estrutura para ancorar o trofoblasto à decídua 
uterina, e em sinciciotrofoblasto, que é responsável 
pelas funções placentárias de troca de nutrientes e 
gases entre a mãe e o feto. 
 
 
▪ Fecundação do gameta feminino pelo masculino → 
fertilização 
▪ Gameta masculino passa pela capacitação 
espermática: 
 Reação acrossômica (Hialuronidase e Acrosina): 
− Membrana celular do espermatozoide e a 
membrana do acrossomo se fundem com liberação 
da Hialuronidase e Acrosina na corona radiata do 
ovócito → penetração do espermatozoide 
 Hiperatividade da cauda do espermatozoide 
(mobilidade) 
 Ligação à zona pelúcida (ZP) 
 
▪ 1ª: Penetração ria Corona Radiata: 
 Movimento da cauda + Hialuronidase 
▪ 2ª: Penetração na ZP 
 Espermatozoide + proteína ZP3 + movimento da 
cauda 
 Estímulo à reação acrossômica (estearase, 
acrosina, neuraminidase) 
 "Caminho" pela ZP 
▪ 3ª: Fusão das membranas (E+0) 
 Entra a cabeça e a cauda 
 Bloqueio da poliespermia → nenhum outro 
espermatozoide se ligará ao gameta feminino 
após fusão 
− Rápido = despolarização 
− Lento = reação da zona (ZP2) 
▪ 4ª: Formação e fusão dos pró-núcleos 
 
▪ Quando o espermatozoide se liga ao gameta 
feminino, entram o pro-núcleo masculino e a cauda, 
a qual degenera 
▪ Pró-núcleos masculino e feminino se juntam → 
junção dos cromossomos 
 Divisão celular inicia 
 Mórula (16 células) → blastocistos (forma 
cavidade) 
▪ Blastocisto: 
 Inicial: ainda possui zona pelúcida 
 Tardio: sem zona pelúcida, com embrioblasto e 
trofosblasto 
 
▪ Trofoblasto → citotrofoblasto e sincíciotrfoblasto 
▪ Embrioblasto → disco bilaminar (epiblasto + 
hipoblasto) 
 Epiblasto: formação da cavidade amniótica 
 Hipoblasto: formação da vesícula vitelínica (uma 
parte é desprezada depois) 
▪ Entre o hipoblasto e o citotrofoblasto, há o 
mesênquima extraembrionário → formação da 
cavidade coriônica 
▪ Há um pedículo que une o embrião ao trofoblasto → 
formação do cordão umbilical 
 
▪ Gastrulação → conversão do disco bilaminar do 
embrioblasto em trilaminar (folhetos germinativos) 
na 3ª semana 
 Surge o terceiro folheto, o mesoderma, entre o 
ecto e o endoderma 
▪ Neurulação → formação do tubo neural ocorre na 4ª 
semana 
 Ocorre no ectoderma por invaginação e fusão 
das cristas neurais, formando o tubo neural 
 Formação da crista neural que dará origem aos 
gânglios espinhais 
 
▪ Os três folhetos embrionários dão origem a vários 
tecidos do corpo: 
Ectoderme Mesoderme Endoderme 
Tecido epitelial e 
nervoso 
Tecido conjuntivo, 
epitelial e muscular 
Tecido epitelial 
• Epiderme e anexos 
• Sistema nervoso 
• Glândulas 
mamárias 
• Derme 
• Músculos e ossos 
• Sistemas 
cardiovascular, 
urogenital e 
cardiovascular 
• Serosas 
• Revestimento 
interno do TGI e 
seus anexos 
• Sistema respiratório 
• Revestimento da 
bexiga 
• Tireoide 
 
 
▪ Na fase embrionária, a placenta é dividida em duas 
partes: 
 Corio frondoso → com vilosidades coriônicas 
(trocas materno-fetais) 
 Corio liso → sem vilosidades, reveste o restante 
do saco gestacional 
▪ Decídua - cavidade endometrial modificada pela 
gravidez: 
 Decídua basal → trocas materno-fetais 
 Decídua parietal → localizada na parte da 
parede uterina onde não aconteceu a 
implantação do embrião 
 Decídua capsular → envolve o restante do saco 
gestacional 
▪ Conforme o crescimento do saco gestacional, as 
decíduas parietal e capsular se fundem 
 
▪ Funções da placenta: 
 Imunológica 
 Transporte 
 Nutrição 
 Endocrinológica → HLP (hormônio lactgênio 
placentário) envolvido na fisiologia do DM 
gestacional 
 
▪ Implantação do embrião → sinciciotrofoblasto 
invade parede uterina → destruição de vasos → 
formação de circulação desorganizada→ fase 
lacunar → lacunas (cavidades cheias de sangue) 
fonte de nutrientes 
▪ Final da 2ª semana até o 4º mês → formação da 
circulação placentária é mais eficaz: 
 Vilos primários → trofoblasto invade lacunas 
 Vilos secundários → trofoblasto + mesênquima 
 Vilos terciários → trofoblastos + mesênquima + 
vasos → circulação feto-placentária estabelecida 
▪ Sistema tambor (parte fetal da circulação): 
 Vaso central do qual derivam-se outros vasos 
 O vaso central se conecta ao cordão umbilical 
nos territórios arterial e venoso 
 Há vários sistemas tambor que confluem para o 
cordão umbilical: 
 
▪ Na parte materna da circulação placentária: 
 Artéria uterina →artérias arqueadas entre o 
endo e o miométrio → artérias radiais → artérias 
espiraladas → vilosidades coriônicas → lacunas 
→ sistema tambor do feto 
 A circulação da mãe e do feto são isoladas uma 
da outra, não há contato direto entre as 
vilosidades e o sistema tambor do feto → 
BARREIRA PLACENTÁRIA 
 
▪ Fora da gravidez, as artérias espiraladas são vasos de 
alta resistência, com camada muscular espessa 
▪ Na gestação, há maior demanda por sangue na 
região 
 Gestação normal: o trofoblasto invade as 
artérias espiraladas e 
Destrói a camada íntima desses vasos → 1ª onda de 
invasão trofoblástica (6-12 sem) 
 Destrói camada média→ 2ª onda de invasão 
trofoblástica (16-20 sem) 
Isso origina vasos mais largos com baixa resistência 
→ alto fluxo placentário 
 Pré-eclâmpsia 
− Deficiência na 2ª onda de invasão trofoblástica 
 
 
▪ Pré-clínico: 
 Ausência 2ª onda de invasão (20 sem) 
 Isquemia/Hipóxia placentária 
 Estresse oxidativo: 
− Fatores inflamatórios/antiangiogênicos 
− Queda das prostaciclinas e óxido nítrico 
− Elevação do tromboxano A2 
▪ Clínico 
 Lesão endotelial sistêmica 
 HAS + lesões de órgão-alvo 
 
▪ Funções: 
 Movimentação e desenvolvimento fetal → 
desenvolvimento dos membros 
 Regulação térmica 
 Proteção mecânica → para o cordão e para o 
embrião 
 Propriedades antibacterianas 
 Proteção do cordão umbilical (compressões) 
 Desenvolvimento de órgãos e sistemas → ex.: o 
fluxo de líquido amniótico nos pulmões fetais faz 
parte do desenvolvimento normal do pulmão 
fetal 
 Avaliação da vitalidade fetal (informações 
indiretas) 
− Uma parte da produção do líquido amniótico 
deriva da função de filtração glomerular do rim 
fetal → se há insuficiência placentária, há 
redução de líquido amniótico pela redução da 
filtração glomerular → há menos urina para 
formar o líquido amniótico 
 
A membrana coriônica e a amniótica estão 
fundidas no meio para o final da gravidez 
 
▪ Até 17 -22 semanas, o líquido amniótico é, 
basicamente, transudato do plasma 
 A partir de 17-20 semanas → queratinização da 
pele fetal 
 A partir de 20 semanas: 
− Diurese (inicia na 14ª semana) → produção de 
líquido amniótico 
− Deglutição → equilibra o volume de líquido 
amniótico 
▪ Redução fisiológica do líquido amniótico ao final da 
gravidez 
 Gestação avança → placenta perde vida útil e 
não funciona como antes→diminuição da 
filtração glomerular → queda da quantidade de 
líquido amniótico 
 Também contribuem com o líquido amniótico: 
placenta, cordão, TGI e pulmão 
▪ Há dois mecanismos relacionados à produção de 
líquido amniótico: 
 Passagem intramembranosa 
− Transudação da face fetal da placenta, pele e 
cordão umbilical 
 Passagem transmembranosa 
− Através das membranas fetais 
 
▪ Volume do líquido amniótico pode ser medido por 
dois métodos: 
 ILA (Índice de Líquido Amniótico) → medição dos 
o bolsão de líquido amniótico nos 4 quadrantes 
do abdome materno e soma desses valores 
 MBV (Maior Bolsão Vertical) → medição do 
maior bolsão apenas 
▪ Oligoâmnio = ILA 24 ou MBV > 8 
 Distúrbios da deglutição fetal 
 Más formações do SNC 
 Diabetes 
 
 
 
▪ A fase embrionária acaba em torno da 8-9ª semana 
de gestação → a partir daí, o embrião agora será 
considerado feto 
▪ A partir de 8-10ª semana de gestação → coração 
desenvolvido 
▪ A partir da 12ª semana: 
 Centros de ossificação, movimentos 
espontâneos e movimentos respiratórios 
 Genitália externa (inicial) 
▪ 16ª semana → diferenciação da genitália externa se 
completa 
▪ 24ª semana: 
 Órgãos funcionantes 
 Início da produção de surfactante 
 Viabilidade fetal extra-uterino é melhor a partir 
dessa idade gestacional para prematuros 
 
 
▪ O desenvolvimento completo do sistema 
respiratório só ocorre no período pós-natal 
▪ Seu desenvolvimento passa por fases: 
 Período embrionário 
− Início 26-28 dias pós-fecundação Botão 
pulmonar→ 2 brotos pulmonares → 
segmentos broncopulmonares (até 6ª semana) 
 Período pseudoglandular (fetal) 
− Condutos aéreos e ácinos primitivos, exceto 
unidades de trocas gasosas 
− Início da síntese do surfactante 
 Período canalicular (16 a 26 semanas) 
− Bronquíolos terminais e capacidade de trocas 
rudimentar 
− Diferenciação de pneumocitos I e ll 
 Período Sacular (26% até o termo) 
− Ductos alveolares e alvéolos 
− Vascularização e adelgaçamento do epitélio 
 Período alveolar (após o nascimento) 
− Formação e maturação alveolar 
− Se completa após os 8 anos 
 
 
▪ O sistema urinário primitivo é formado por: 
 Pronefro (rudimentar) → involui em 2 semanas 
 Mesonefro → funciona até a 5ª semana e 
degenera-se após 11ª semana 
 Metanefro → começa a funcionar entre 9-12 
semanas e dá origem aos rins 
▪ Essas três estruturas estão ligadas à cloaca do feto 
na vida embrionária 
▪ Conforme desenvolvimento do feto, algumas dessas 
estruturas regridem e sobra o matanefro junto com 
a parte externa do sistema urinário 
▪ Haverá migração do rim primitivo em direção à 
glândula adrenal → estrutura completa 
▪ Origem de outras estruturas do sistema urinário: 
 Mesoderma → rins e ureteres 
 Seio urogenital → bexiga e uretra 
 Parte da bexiga → alantoide 
 
 
Embrião Feto 
Centros de ossificação, 
Genitália externa (inicial) 
Movimento espontâneos 
Movimentos respiratórios 
(11s) 
Órgãos funcionantes 
Início da produção 
de surfactante 
pulmonar 
Coração 
desenvolvido 
Genitália externa 
(diferenciada) 
 
 
▪ O desenvolvimento do sistema reprodutor está 
muito ligado ao do sistema urinário 
▪ Embrioblasto origina 3 folhetos: 
 Mesoderma 
− Cista urogenital→ gônada indiferenciada; rim; 
ductos Wolf/ductos de Muller (participam da 
formação da genitália INTERNA) 
 Endoderma 
− Seio urogenital na mulher →uretra, glândulas 
uretrais/parauretrais (Skene), 1/3 inferior da 
vagina, epitélio vaginal, glândulas vestibulares 
maiores (Bartholin), vestíbulo, hímen 
− Seio urogenital no homem → uretra e 
glândulas prostáticas e bulbouretral 
− O seio urogenital é responsável por formar as 
estruturas da genitália EXTERNA. 
 Ectoderma 
− Origina a pele da genitália externa 
▪ Formação da genitália interna 
 Em fase embrionária precoce → genitália 
indiferenciada e mesonefro 
 Ductos mesonéfricos (Wolff)→ passam no meio 
do mesonefro, e originam: 
− Ureter 
− Epidídimo 
− Vaso deferente 
− Ductos ejaculatórios 
− Vesícula seminal 
 Ductos paramesonéfricos (Muller) → ao lado do 
mesonefro, originam: 
− Tubas uterinas 
− Útero 
− 2/3 superiores da vagina 
 
 
Ductos de Muller → ductos da Mulher 
Anti-Mulleriano → Anti-Mulheriano 
(regressão dos ductos da Mulher/Muller) 
▪ Como saber se a genitália interna será feminina ou 
masculina? 
 Geneticamente, a genitália interna em formação 
evoluiria passivamente para uma genitália 
feminina 
 Isso não acontecerá caso exista o fator 
determinante testicular presente na região SRY 
do cromossomo Y do homem 
 O fator determinante testicular faz com que a 
gônada se torne testículo 
− Testículo → testosterona = desenvolvimento 
dos ductos de Wolff 
− Testículo → hormônio anti-Mulleriano = 
regressão dos ductos de Muller que 
originariam a genitália feminina 
▪ Formação da genitália externa: 
 Deriva do seio urogenital, que é formado por 3 
estruturas: 
− Tubérculo genital 
− Pregas urogenitais 
− Eminências labioescrotais 
 
Figura 11 - Uptodate 2020; Normal sex development 
 
 Na mulher: 
− Tubérculo genital → clitóris 
− Pregas urogenitais → pequenos lábios 
− Eminências labioescrotais → grandes lábios 
 No homem (testosterona + Diidrotestostenora – 
DHT): 
− Tubérculo genital → pênis 
− Pregas urogenitais → rafe peniana 
− Eminências labioescrotais → bolsa escrotal 
 Se o embrião do sexo masculino produzir 
testosterona → testosterona convertida 
perifericamente em DHT (forma ativa) pela 5-
alfa-redutase 
− O DHT torna o seio urogenital na genitália 
externa masculina 
 
 
 
▪ O corpo feminino prepara a mulher para sangrar no 
parto 
 Parto normal = - 500ml de sangue 
 Cesárea = - 1000ml de sangue 
▪ Volume plasmático: 
 Aumento de 45-50% → ocorre para preparar 
para hemorragias. 
 Aumenta mais proporcionalmente do que os 
eritrócitos → anemia dilucionalda gestação 
▪ Volume das hemácias 
 Aumento de 30% 
 
 
 
Anemia fisiológica da gestação: 
Como a demanda materna e fetal de 
oxigênio está elevada, ocorre um aumento 
no volume das hemácias (20-30%). 
Entretanto, como o aumento do volume 
plasmático é proporcionalmente maior 
quando comparado às hemácias, ocorre 
queda do hematócrito, gerando a anemia 
fisiológica da gestação. 
 
▪ Leucócitos: 5-14 mil/mm³ sem desvio. 
 A gestação é um estado de imunossupressão 
− O feto tem metade do genoma de outro ser 
humano, por isso os leucócitos podem aumentar 
− 5-14 mil leucócitos é considerado valor normal 
 Ocorre no 2º e 3º trimestre de gestação; 
▪ Fatores de coagulação: 
 Aumento nos fatores VII, VII, IX e vW (exceto XI e 
XIII) 
 Aumento do fibrinogênio 
 Esses aumentos evitam hemorragias, mas 
aumentam o risco tromboembólico na gestação 
 
 
Na gestação, não há aumento dos fatores XI e XIII. 
 
▪ Viscosidade sanguínea e hematócrito diminuem: 
 Pois plasma aumenta mais que quantidade de 
hemácias → anemia dilucional da gestação 
▪ Quimiotaxia reduzida: 
 Atração leucocitária reduzida na gestação, para 
que não reconheçam o feto como aloenxerto 
▪ Sistema fibrinolítico reduzido 
 A fim de evitar as hemorragias 
 
▪ Placenta é shunt de baixa resistência vascular 
 A PA no início da gestação é parecida com a PA 
antes da gestação 
 No meio da gravidez, o shunt placentário faz com 
que haja queda da pressão, principalmente a 
PAD 
− Redução de 5-10mmHg na PAS e de 10-15mmHg na 
PAD 
− Reflete a baixa resistência vascular periférica (RVP) 
 No final da gravidez, os níveis pressóricos 
costumam voltar aos níveis anteriores à 
gestação 
▪ Aumento do débito cardíaco (50%) e FC (↑15-20 
bpm) → estado hiperdinâmico da gravidez → 
aumenta aporte sanguíneo para o feto 
 Pode surgir sopro sistólico de ejeção sem frêmito 
▪ Aumento da pressão venosa MMII 
 Ocorre devido à compressão das veias pélvicas e 
da veia cava inferior pelo útero. 
 Faz com que surjam edema dos membros 
inferiores, varizes e doença hemorroidária 
▪ PA = RVP X DC? 
 Apesar do débito cardíaco aumentar, a PA 
sistêmica cai, pois, a queda da RVP causada pelo 
shunt placentário é muito mais pronunciada que 
o aumento do DC 
▪ Coração: 
 Desviado para cima, esquerda e anterior por 
causa do crescimento uterino 
 Aumento do volume pelo estado hiperdinâmico 
 ESV (extrassístoles ventriculares) e TPSV 
(taquicardia paroxística ventricular) → podem 
ser achados normais 
▪ ECG 
 Desvio do eixo 15-20º para esquerda, pelo 
crescimento do útero 
 Alterações de onda Q, T e segmento ST 
 
 
Aumentam: FC, DC e pressão venosa dos 
membros inferiores. 
Diminuem: PA e RVP. 
 
▪ Ocorre aumento do fluxo sanguíneo renal e, 
consequentemente, aumento da taxa de filtração 
glomerular (50%) → leva à ↓ dos níveis séricos de 
ureia e creatinina 
 A reabsorção de glicose e proteína não aumenta 
na gestação → aparecimento de glicosúria 
(fisiológica) e proteinúria (fisiológica até 300mg) 
▪ Progesterona promove ↓ do tônus vesical → 
aumenta a estase sanguínea e predispõe à ITU, além 
de dilatar ureteres e pelve renal. 
 O crescimento do útero comprime o ureter e 
dificulta ainda mais o trânsito da urina 
▪ Há ↓ da capacidade residual da bexiga → causa 
polaciúria e refluxo vesicoureteral. 
 
▪ O útero cresce e limita a expansão do diafragma 
 Para compensar, há aumento do diâmetro 
torácico e do volume corrente 
▪ Há diminuição da complacência pulmonar 
(capacidade de expansão dos pulmões): 
 Causada pela elevação do diafragma. 
 É compensada pelo aumento do volume 
corrente. 
▪ Volume corrente: está aumentado com frequência 
respiratória mantida → dispneia fisiológica 
 Há aumento do volume inspiratório e do 
expiratório → aumento da pO2 (mais O2 para o 
feto) 
 O aumento do tempo expiratório 
(hiperventilação) leva à excreção do CO2 (queda 
da pCO2 arterial) → alcalose respiratória 
 O rim excreta bicarbonato para compensar = 
alcalose respiratória compensada 
 
Há duas fases na gestação: 
▪ Fase anabólica (1ª metade) 
 Mediado por Estrogênios e Progesterona 
 Armazenamento de gordura, glicogênese 
hepática 
 Transferência de glicose para o feto 
▪ Fase catabólica (2ª metade) 
 Mediado por hormônios contra insulínicos: GH, 
CRH, Progesterona e HLP → aumento da 
resistência periférica à insulina na mãe 
 Gliconeogênese e aumento resistência periférica 
à insulina 
 Lipólise → fonte de energia para à mãe 
▪ A mãe vive em estado diabetogênico da gravidez 
 Os tecidos fetais se “alimentam” exclusivamente 
de glicose: 
− Hipoglicemia de jejum → glicose vai para o 
feto por difusão facilitada 
− Hiperglicemia pós-prandial (aumento da 
resistência periférica à insulina) 
− Hiperinsulinemia compensatória → se o 
pâncreas não consegue compensar, a mãe 
desenvolve DMG por persistência da 
hiperglicemia 
▪ Lipídeos: 
 Mãe produz energia através dos lipídios para 
economizar glicose para o feto: os hormônios 
contrainsulínicos estimulam a lipólise e, 
consequentemente, ↑ a produção de 
triglicerídeos 
− Consumo de ácidos graxos e corpos cetônicos. 
Em algumas situações, há o risco de cetonúria. 
▪ Tireoide: 
 O HCG sobe no início da gravidez, sendo que o 
HCG tem semelhança molecular com o TSH → 
aumento do T4 
 Gravidez progride → estrogênio estimula a 
produção da proteína ligadora dos hormônios da 
tireoide (TBG) → o T4 se liga à TBG → redução 
das formas livres 
 Gravidez progride → queda do HCG → TSH volta 
ao normal 
 Resumindo: 
− Aumentam: produção e glicolisação (E) da TBG; 
aumento das formas ligadas à TBG (T3 e T4); 
estimulação dos receptores de TSH e volume da 
tireoide (controverso) 
− Diminuem: iodo sérico (pelo aumento da TFG e 
consumo dos hormônios da tireoide) e formas 
livres (T3 e T4 livres) 
▪ Na gravidez, a tireoide aumenta, mas se houver bócio 
é patológico 
 
▪ Progesterona lentifica 
 Diminui o tônus do esfíncter esofagiano inferior 
→ causa pirose 
 ↓ do esvaziamento gástrico que, quando 
associado à redução do tônus do esfíncter 
esofagiano inferior, facilita o aparecimento de 
refluxo gastroesofágico. 
 Também há distensão abdominal 
− Vesícula biliar: progesterona lentifica o seu 
esvaziamento, causando estase e favorecendo a 
litíase 
− Pode haver aumento fisiológico da FA (fosfatase 
alcalina na gestação) por produção placentária 
 
▪ Com o aumento do peso, o centro de gravidade se 
desloca para frente (lordose lombar e aumenta a 
base de sustentação), adotando a marcha anserina 
(passos curtos e rápidos). 
 
Figura 12 - Zugaib Obstetrícia, 3ª edição 
▪ Dor lombar e cervical 
▪ A progesterona afrouxa ligamentos e das 
articulações 
 
 
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