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SOI II - Sistema Reprodutor - Aula XXII (Reprodutor Feminino) (1)

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Hellen Júlia

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GABRIEL MAIA 
AULA XXII – Hormônios Gestacionais e Sistema Reprodutor Feminino
Monitor – SOI e HAM
Gabriel Maia
@Algummaia
As glândulas suprarrenais formam uma rede importante 
de comunicação com ciclos regulatórios do corpo: 
Metabolismo e balanço hídrico.
A Aldosterona é o mineralocorticoide mais importe em 
termos fisiológicos e, é secretado pela zona glomerulosa, 
regulando o balanço hidroeletrolítico no sangue.
O cortisol é um hormônio esteroidal que interage com uma 
diversidade de sistemas orgânicos, poupa a glicose para que os 
tecidos possam utilizar, e também suprime a resposta imune
Conhecer a Morfofisiologia do Sistema Reprodutor Feminino
Gabriel Maia
@algummaia
OBJETIVO
Uma organização muito comum nos livros de anatomia é classificar os órgãos
genitais internos e externos. Além disso, deve-se considerar que algumas
estruturas fazem parte do sistema reprodutor e também do urinário (urogenital).
Atenção com essas classificações.
Os órgãos genitais femininos internos incluem os ovários, as tubas uterinas, o
útero e a vagina.
MUITA ATENÇÃO!
OVÁRIOS
Gônadas femininas, em forma de amêndoas, medindo 3 a 4 cm (porém, menores em
mulheres mais velhas). O ovário mantém-se suspenso entre duas fixações: (1)
lateralmente à parede pélvica através do ligamento suspensor do ovário (contém os
vasos ovarianos, linfáticos e fibras nervosas autônomas) e (2) medialmente ao útero
através do ligamento útero-ovárico (ovariano).
Gabriel Maia
@algummaia
TUBAS UTERINAS
As tubas uterinas (antigamente chamadas de ovidutos ou trompas de Falópio)
conduzem o oócito, que é liberado mensalmente de um ovário durante a vida fértil, da
cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina. Também são o local
habitual de fertilização. As tubas estendem-se lateralmente a partir dos cornos
uterinos e se abrem na cavidade peritoneal perto dos ovários. Na disposição “ideal”,
normalmente mostrada pelas ilustrações, as tubas estendem-se simetricamente em
direção posterolateral até as paredes laterais da pelve, onde se curvam anterior e
superiormente aos ovários no ligamento largo em posição horizontal.
As tubas uterinas podem ser divididas em quatro partes, da região lateral para a
medial:
1.INFUNDÍBULO: a extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade
peritoneal através do óstio abdominal. Os processos digitiformes da extremidade
fimbriada do infundíbulo (fímbrias) abrem-se sobre a face medial do ovário; uma
grande fímbria ovárica está fixada ao polo superior do ovário
2.AMPOLA: a parte mais larga e mais longa da tuba, que começa na extremidade
medial do infundíbulo; a fertilização do ovócito geralmente ocorre na ampola
3.ISTMO: a parte da tuba que tem parede espessa e entra no corno uterino
4.PARTE UTERINA: o segmento intramural curto da tuba que atravessa a parede do
útero e se abre, através do óstio uterino, para a cavidade do útero no corno do útero.
ÚTERO
O útero é um órgão muscular oco, piriforme, com paredes espessas. O embrião e o feto
se desenvolvem no útero. As paredes musculares adaptam-se ao crescimento do feto
e garantem a força para sua expulsão durante o parto. O útero não grávido
geralmente está localizado na pelve menor, com o corpo sobre a bexiga urinária e o
colo entre a bexiga urinária e o reto
Gabriel Maia
@algummaia
O útero é uma estrutura muito dinâmica, cujas dimensões e proporções modificam-se
durante as várias fases da vida Na mulher adulta, o útero geralmente encontra-se
antevertido (inclinado anterossuperiormente em relação ao eixo da vagina) e
antefletido (fletido ou curvado anteriormente em relação ao colo, criando o ângulo de
flexão), de modo que sua massa fica sobre a bexiga urinária.
A posição do útero muda com o grau de enchimento da bexiga urinária e do reto, e
também com a evolução da gravidez. Embora seu tamanho varie muito, o útero tem
cerca de 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2 cm de espessura e pesa cerca de
90 g. O útero pode ser dividido em duas partes principais: o corpo e o colo.
O corpo do útero, que forma os dois terços superiores do órgão, inclui o fundo do útero,
a parte arredondada situada superiormente aos óstios uterinos. O corpo está situado
entre as lâminas do ligamento largo e é livremente móvel Tem duas faces: anterior
(relacionada com a bexiga urinária) e posterior (intestinal). O corpo do útero é
separado do colo pelo istmo do útero, um segmento relativamente estreitado, com
cerca de 1 cm de comprimento.
Gabriel Maia
@algummaia
O colo do útero é o terço inferior cilíndrico e relativamente estreito do útero, que tem
comprimento aproximado de 2,5 cm na mulher adulta não grávida. Para fins
descritivos, é dividido em duas porções: uma porção supravaginal entre o istmo e a
vagina, e uma porção vaginal, que se projeta para a parte superior da parede anterior
da vagina.
A porção vaginal arredondada circunda o óstio do útero e, por sua vez, é circundada
por um recesso estreito, o fórnice da vagina. A porção supravaginal é separada da
bexiga urinária anteriormente por tecido conjuntivo frouxo e do reto posteriormente
pela escavação retouterina.
A cavidade do útero, semelhante a uma fenda, tem cerca de 6 cm de comprimento do
óstio uterino até a parede do fundo do útero. Os cornos do útero são as regiões
superolaterais da cavidade do útero, onde penetram as tubas uterinas. A cavidade do
útero continua inferiormente como o canal do colo do útero.
O canal fusiforme estende-se de um estreitamento no interior do istmo do corpo do
útero, o óstio anatômico interno, atravessa as porções supravaginal e vaginal do colo,
comunicando-se com o lúmen da vagina através do óstio uterino. A cavidade do útero
(em particular, o canal do colo do útero) e o lúmen da vagina juntos constituem o
canal de parto que o feto atravessa ao fim da gestação.
Gabriel Maia
@algummaia
CAMADAS DO ÚTERO
1.Perimétrio – a túnica serosa ou revestimento seroso externo – consiste em
peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo
2.Miométrio – a camada média de músculo liso – é muito distendido (mais extenso,
porém muito mais fino) durante a gravidez. Os principais ramos dos vasos
sanguíneos e nervos do útero estão localizados nessa camada. Durante o parto, a
contração do miométrio é estimulada hormonalmente a intervalos cada vez
menores para dilatar o óstio do colo do útero e expelir o feto e a placenta. Durante a
menstruação, as contrações do miométrio podem causar cólica
3.Endométrio – O endométrio consiste em um epitélio simples colunar com células
ciliadas e uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo que contém glândulas
tubulosas simples que se abrem no lúmen uterino e que podem se ramificar nas
porções mais profundas (próximo do miométrio). O epitélio das glândulas uterinas é
semelhante ao epitélio superficial, mas células ciliadas são raras no interior das
glândulas.
As células secretoras da mucosa do colo do útero produzem uma secreção
denominada muco cervical, que é uma mistura de água, glicoproteínas, lipídios,
enzimas e sais inorgânicos.
Gabriel Maia
@algummaia
VASCULARIZAÇÃO DO ÚTERO
No endométrio, há duas camadas: (1) a camada basal, mais profunda, adjacente ao
miométrio, constituída de tecido conjuntivo e das porções finais das glândulas
endometriais; e (2) a camada funcional, formada pelo epitélio superficial, pelo tecido
conjuntivo da lâmina própria e pela maior parte do comprimento das glândulas.
A vascularização do útero provém principalmente das artérias uterinas, com possível
irrigação colateral das artérias ováricas. As veias uterinas penetram nos ligamentos
largos com as artérias e formam um plexo venoso uterino de cada lado do colo. As
veias do plexo uterino drenam para as veias ilíacas internas.
VAGINA
A vagina, um tubo musculomembranáceo distensível (7 a 9 cm de comprimento),
estende-se do meio do colo do útero até o óstio da vagina, a abertura na sua
extremidade inferior. O óstio da vagina, o óstio externo da uretrae os ductos da
glândula vestibular maior e as glândulas vestibulares menores abrem-se no
vestíbulo da vagina, a fenda entre os lábios menores do pudendo.
A VAGINA:
•Serve como canal para o líquido menstrual
•Forma a parte inferior do canal de parto
•Recebe o pênis e o sêmen ejaculado durante a relação sexual
•Comunica-se superiormente com o canal do colo do útero e inferiormente com o
vestíbulo da vagina.
Gabriel Maia
@algummaia
A vagina geralmente encontra-se
colapsada. O óstio da vagina costuma
estar colapsado em direção à linha
mediana, de modo que suas paredes
laterais ficam em contato de cada
lado de uma fenda anteroposterior.
A vagina situa-se posteriormente à bexiga urinária e à uretra, sendo que esta se
projeta ao longo da linha mediana de sua parede anteroinferior. A vagina situa-se
anteriormente ao reto, passando entre as margens mediais do músculo levantador do
ânus (puborretal). O fórnice da vagina, o recesso ao redor do colo, tem partes anterior,
posterior e lateral. A parte posterior do fórnice da vagina é a mais profunda e tem
íntima relação com a escavação retouterina. Quatro músculos comprimem a vagina e
atuam como esfíncteres: pubovaginal, esfíncter externo da uretra, esfíncter
uretrovaginal e bulboesponjoso.
INERVAÇÃO DA VAGINA
Apenas os dois quintos inferiores da vagina têm inervação somática. A inervação
dessa parte da vagina provém do nervo perineal profundo, um ramo do nervo
pudendo, que conduz fibras aferentes simpáticas e viscerais, mas não fibras
parassimpáticas
A inervação simpática origina-se
nos segmentos torácicos inferiores
da medula espinal e atravessa os
nervos esplâncnicos lombares e a
série de plexos intermesentérico-
hipogástrico-pélvicos. A inervação
parassimpática origina-se nos
segmentos S2–S4 da medula
espinal e atravessa os nervos
esplâncnicos pélvicos até o plexo
hipogástrico inferior-uterovaginal
Gabriel Maia
@algummaia
Os ovários produzem (1) gametas, oócitos secundários que amadurecem após a
fertilização e (2) hormônios, inclusive progesterona e estrógenos (os hormônios
sexuais femininos), inibina e relaxina.
FISIOLOGIA GERAL DOS OVÁRIOS
HISTOLOGIA DO OVÁRIO
O mesotélio ovariano ou epitélio superficial é uma camada de epitélio simples
(cúbico ou pavimentoso), que recobre a superfície do ovário1
A túnica albugínea é uma cápsula esbranquiçada de tecido conjuntivo denso
não modelado localizado imediatamente abaixo do mesotélio ovariano
A medula ovariana está localizada profundamente em relação ao córtex. A
medula é constituída por tecido conjuntivo frouxo e contém vasos sanguíneos,
vasos linfáticos e nervos
Os folículos ovarianos estão localizados no córtex e consistem em oócitos em
vários estágios do desenvolvimento, mais as células que os circundam. Os
oócitos são imaturos. Quando as células circundantes formam uma única
camada, elas são denominadas células foliculares; em uma fase mais avançada
do desenvolvimento, quando elas formam várias camadas, passam a ser
denominadas células granulosas.
As células circundantes nutrem o oócito em desenvolvimento e começam a
secretar estrógenos enquanto o folículo ovariano aumenta de tamanho
O folículo ovariano terciário, também denominado folículo maduro ou folículo
de Graaf, é um folículo ovariano grande e preenchido por líquido, que está
prestes a se romper e expelir seu oócito secundário, em um processo
conhecido como ovulação
Um corpo lúteo contém os resquícios do folículo ovariano terciário após a
ovulação. O corpo lúteo produz progesterona, estrógenos, relaxina e inibina até
degenerar em tecido cicatricial fibrótico, conhecido como corpo albicante.
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Gabriel Maia
@algummaia
A formação de gametas nos ovários é denominada oogênese. Ao contrário da
espermatogênese, que começa nos homens por ocasião da puberdade, a oogênese
começa antes do nascimento nas mulheres.
GAMETOGÊNESE FEMININA (OOGÊNESE)
Durante o período inicial do desenvolvimento fetal, células germinativas primordiais
(primitivas) migram do saco vitelino para os ovários. Nos ovários as células
germinativas se diferenciam em oogônias. As oogônias são células diploides (2n) que
se dividem por mitose e produzem milhões de células germinativas.
Mesmo antes do nascimento, muitas dessas células germinativas degeneram em um
processo denominado atresia. Algumas, entretanto, tornam-se células maiores
denominadas oócitos primários, que entram na prófase da meiose I durante o
desenvolvimento fetal, mas só completam essa fase após a puberdade.
Durante esse estágio de desenvolvimento arrastado, cada oócito primário é
circundado por uma camada única de células foliculares planas, e a estrutura como
um todo é denominada folículo ovariano primordial. O córtex ovariano que circunda
os folículos primordiais consiste em fibras de colágeno e células estromais
semelhantes a fibroblastos.
Todos os meses após a puberdade até a menopausa, as gonadotropinas (FSH e LH)
secretadas pela adeno-hipófise estimulam ainda mais o desenvolvimento de vários
folículos ovarianos primordiais, embora, normalmente apenas um alcance a
maturidade necessária para a ovulação. Alguns folículos ovarianos primordiais
começam a aumentar de tamanho e se tornam folículos ovarianos primários
Cada folículo ovariano primário consiste em um oócito primário que é circundado em
um estágio posterior do desenvolvimento por várias camadas de células cúbicas e
colunares baixas denominadas células granulosas. As células granulosas mais
externas estão apoiadas em uma membrana basal. Enquanto o folículo ovariano
primário cresce, forma-se uma camada de glicoproteína clara, denominada zona
pelúcida entre o oócito primário e as células granulosas. Além disso, as células
estromais em torno da membrana basal começam a formar uma camada
organizada denominada teca folicular.
Gabriel Maia
@algummaia
O folículo ovariano primário amadurece e se torna um folículo ovariano secundário.
No folículo ovariano secundário, a teca se diferencia em duas camadas:
(1) a teca interna, uma camada interna extremamente vascularizada de células
cúbicas que secretam androgênios.
(2) a teca externa, uma camada externa de células estromais e fibras de colágeno.
Além disso, as células granulosas começam a secretar líquido folicular, que se
acumula em uma cavidade denominada antro no centro do folículo ovariano
secundário. A camada mais interna de células granulosas se torna firmemente
conectada à zona pelúcida e passa a ser denominada coroa radiada.
O folículo ovariano secundário acaba se tornando um folículo ovariano terciário
(maduro).
Enquanto está nesse folículo ovariano, e pouco antes da ovulação, o oócito primário
diploide completa a meiose I, produzindo duas células haploides (n) de dimensões
diferentes – cada uma delas com 23 cromossomos. A célula menor produzida pela
meiose I, denominada primeiro corpúsculo polar, é essencialmente um condensado
de material nuclear descartado. A célula maior, conhecida como oócito secundário,
recebe a maior parte do citoplasma. Após a formação do oócito secundário, começa
a meiose II, mas esta é interrompida na metáfase. O folículo terciário logo se rompe e
libera seu oócito secundário, em um processo conhecido como ovulação.
Gabriel Maia
@algummaia
ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES
Gabriel Maia
@algummaia
EIXO REGULATÓRIO
O GnRH secretado pelo hipotálamo controla os ciclos ovariano e uterino. O GnRH
estimula a liberação do FSH e do LH pela adeno-hipófise. O FSH inicia o crescimento
folicular, enquanto o LH estimula o desenvolvimento adicional dos folículos ovarianos.
Além disso, tanto o FSH como o LH estimulam os folículos ovarianos a secretar
estrógenos. O LH estimula a teca de um folículo em desenvolvimento a produzir
androgênios. Sob a influência do FSH, os androgênios são captados pelas células
granulosas do folículo e, depois, convertidos em estrógenos.
No meio do ciclo, o LH deflagra a ovulação e, depois, promove a formação do corpo
lúteo, daí serdenominado hormônio luteinizante. O corpo lúteo, estimulado pelo LH,
produz e secreta estrógenos, progesterona, relaxina e inibina. Pelo menos seis
estrógenos diferentes já foram isolados no plasma das mulheres, mas apenas três
deles são encontrados em concentrações significativas: beta (β)-estradiol, estrona e
estriol. Na mulher não grávida o estrógeno mais abundante é o β-estradiol, que é
sintetizado a partir do colesterol nos ovários.
Os estrógenos secretados pelos folículos ovarianos desempenham várias funções
importantes:
•Os estrógenos promovem o desenvolvimento e a manutenção das estruturas reprodutoras
femininas, características sexuais secundárias e mamas.
•Ajudam na distribuição de tecido adiposo em áreas como mamas, abdome, monte do púbis
e quadris, influenciam o tom de voz, largura da pelve e crescimento de pelos corporais.
•Aumentam o anabolismo proteico, contribuindo para ossos fortes, em sinergia com o
hormônio do crescimento (GH).
•Reduzem os níveis de colesterol no sangue, o que diminui o risco de doença da artéria
coronária em mulheres com menos de 50 anos.
•Estimulam a proliferação da camada basal do endométrio após a menstruação, formando
uma nova camada funcional.
•Níveis moderados de estrógenos inibem a liberação de GnRH pelo hipotálamo e a secreção
de LH e FSH pela adeno-hipófise.
Gabriel Maia
@algummaia
EFEITOS DA PROGESTERONA
A progesterona, secretada principalmente pelas células do corpo lúteo,
coopera com os estrógenos na preparação e na manutenção do
endométrio para implantação de um oócito fertilizado e na preparação
das glândulas mamárias para secreção de leite. Níveis elevados de
progesterona também inibem a secreção de GnRH e LH.
A pequena quantidade de relaxina produzida pelo corpo lúteo durante
cada ciclo mensal relaxa o útero ao inibir as contrações do miométrio.
Presume-se que a implantação de um oócito fertilizado seja mais fácil
quando o útero está “relaxado”.
Durante a gravidez, a placenta produz muito mais relaxina e mantém o
relaxamento da musculatura lisa uterina. Ao final da gravidez, a relaxina
também aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e ajuda a dilatar o colo
do útero, promovendo o parto.
A inibina é secretada pelas células granulosas dos folículos em
crescimento e pelo corpo lúteo após a ovulação e inibe a secreção de FSH
e, em menor grau, de LH.
EFEITOS DA PROGESTERONA 
Normalmente, a duração do ciclo reprodutor feminino varia de 24 a 36 dias. Para esta
discussão, será considerada uma duração de 28 dias, e o ciclo será dividido em quatro fases:
a fase menstrual, a fase pré-ovulatória, a ovulação e a fase pós-ovulatória
FASE MENSTRUAL
A fase menstrual, também denominada menstruação, dura aproximadamente os 5 primeiros
dias do ciclo. (Por convenção, o primeiro dia da menstruação é o dia 1 de um novo ciclo.)
EVENTOS NOS OVÁRIOS. Sob a influência do FSH, vários folículos ovarianos primordiais se
tornam folículos ovarianos primários e, depois, folículos ovarianos secundários. Esse processo
de desenvolvimento pode demorar alguns meses para ocorrer. Portanto, um folículo ovariano
que começa a se desenvolver no início de um dado ciclo menstrual pode não alcançar a
maturidade nesse ciclo. Isso pode ocorrer vários ciclos menstruais depois.
FLUXO MENSTRUAL consiste em 50 a 150 mL de sangue, líquido tecidual, muco e células
epiteliais do endométrio. Esse fluxo ocorre pela diminuição de progesterona e estrógenos, que
estimulam a liberação de prostaglandinas e causam constrição dos ramos helicinos uterinos.
A falta de oxigênio provoca a morte das células, resultando na descamação das camadas
funcional e compacta do endométrio. Com isso, o endométrio se reduz a 2 a 5 mm, restando
apenas a camada basal. O fluxo é então expelido pela cavidade uterina, colo do útero e vagina.
Gabriel Maia
@algummaia
Ciclo reprodutivo feminino. O ciclo reprodutivo feminino tem, normalmente, 24 a 36
dias (Segundo o Guyton pode ser de 20 a 45 dias, com média de 28); a duração da
fase pré-ovulatória é mais variável que a das outras fases. A Os eventos nos ciclos
ovariano e uterino e a liberação de hormônios pela adeno-hipófise estão
correlacionados com a sequência das quatro fases do ciclo. No ciclo mostrado não
ocorreram fertilização nem implantação.
Concentrações relativas de hormônios da adeno-hipófise (FSH e LH) e de hormônios
ovarianos (estrógenos e progesterona) durante as fases de um ciclo reprodutivo
feminino normal.
FASE PRÉ-OVULATÓRIA é o intervalo de tempo entre o final da menstruação e a
ovulação. A duração da fase pré-ovulatória do ciclo é mais variável do que a das
outras fases e isso explica a maioria das diferenças de duração do ciclo; dura dos
dias 6 a 13 em um ciclo de 28 dias.
Nos ovários, alguns folículos secundários começam a secretar estrógenos e inibina.
Por volta do dia 6, um folículo se torna dominante e inibe o crescimento dos outros,
que degeneram. O folículo dominante cresce até mais de 20 mm, formando uma
protrusão no ovário, e aumenta a produção de estrógenos. A fase pré-ovulatória,
junto com a fase menstrual, é chamada de fase folicular, devido ao desenvolvimento
dos folículos.
Gabriel Maia
@algummaia
Eventos no útero. Estrógenos liberados para o sangue pelos folículos ovarianos em
crescimento estimulam o reparo do endométrio; as células da camada basal sofrem
mitose e produzem novas camadas funcional e compacta. Enquanto o endométrio se
espessa, as glândulas endometriais curtas e retas se desenvolvem, as arteríolas se
tornam alongadas e espiraladas enquanto penetram na camada funcional. A
espessura do endométrio quase dobra, passando para aproximadamente 4 a 10 mm.
Em relação ao ciclo uterino, a fase pré-ovulatória também é denominada fase
proliferativa por causa da proliferação do endométrio.
OVULAÇÃO. A ovulação, que é a ruptura do folículo ovariano maduro e a liberação do
oócito secundário para a cavidade pélvica, ocorre habitualmente no 14o dia de um
ciclo de 28 dias. Durante a ovulação, o oócito secundário permanece circundado pela
zona pelúcida e pela coroa radiada.
Os elevados níveis de estrógenos durante a parte final da fase pré-ovulatória
exercem um efeito de feedback positivo nas células que secretam LH e GnRH e
causam ovulação, da seguinte maneira :
O LH causa ruptura do folículo ovariano terciário e expulsão de um oócito
secundário aproximadamente 9 horas após o ápice do pico do LH. O oócito e
sua coroa radiada são, geralmente, impelidos para a tuba uterina.
Uma concentração elevada de estrógenos estimula a liberação mais
frequente de GnRH pelo hipotálamo. Além disso, estimula diretamente os
gonadotrofos na adeno-hipófise a secretar LH.
O GnRH promove a liberação de FSH e LH adicional pela adeno-hipófise.
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Gabriel Maia
@algummaia
Ocasionalmente, um oócito é perdido para a cavidade pélvica, na qual
posteriormente se desintegra. O pequeno volume de sangue que, às vezes, extravasa
para a cavidade pélvica a partir do folículo roto pode provocar dor, conhecida como
dor intermenstrual (do alemão mittelschmerz), na época da ovulação.
FASE PÓS-OVULATÓRIA. A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo feminino é o
período entre a ovulação e o início da menstruação seguinte. Em termos de duração,
é a parte mais constante do ciclo reprodutivo feminino; dura 14 dias em um ciclo de
28 dias, desde o dia 15 até o dia 28
Eventos em um ovário: Após a ovulação, o folículo ovariano maduro colapsa, a
membrana basal se rompe, e forma-se um coágulo, transformando-o no corpo
hemorrágico. Sob a influência do LH, as células da teca interna e as células granulosas
se tornam células do corpo lúteo, que secreta progesterona, estrógenos, relaxina e
inibina, absorvendo o coágulo.
Essa fase é chamada fase lútea do ciclo ovariano. Se o oócito não for fertilizado, o
corpo lúteo degenera em 2 semanas, formando o corpo albicante, e os níveishormonais caem, reiniciando o ciclo. Caso o oócito seja fertilizado, o corpo lúteo
persiste devido à hCG, hormônio detectado nos testes de gravidez.
Eventos no útero: Progesterona e estrógenos produzidos pelo corpo lúteo promovem
o crescimento e o espiralamento das glândulas endometriais, a vascularização do
endométrio superficial e espessamento do endométrio para 12 a 18 mm. Por causa
da atividade secretora das glândulas endometriais, que começam a secretar
glicogênio, esse período é denominado fase secretora do ciclo uterino. Essas
alterações preparatórias atingem seu máximo aproximadamente 1 semana após a
ovulação, quando um oócito fertilizado poderia chegar ao útero. Se não ocorrer
fertilização, os níveis de progesterona e estrógenos caem devido à degeneração do
corpo lúteo. A redução dos níveis de progesterona e estrógenos causa a
menstruação.
Gabriel Maia
@algummaia
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS
Compreender as alterações no corpo feminino
durante a gestação
OBJETIVO
Próximo ao final do terceiro mês de gravidez, o útero ocupa a maior parte da
cavidade pélvica. À medida que o feto continua a crescer, o útero se estende cada
vez mais para dentro da cavidade abdominal. No final de uma gestação a termo, o
útero preenche quase toda a cavidade abdominal, alcançando a margem costal
próxima ao processo xifoide do esterno. Ele empurra os intestinos, fígado e
estômago superiormente, eleva o diafragma e alarga a cavidade torácica da mãe. A
pressão no estômago pode forçar o conteúdo do estômago superiormente no
esôfago, resultando em azia. Na cavidade pélvica, ocorre a compressão dos ureteres
e da bexiga urinária.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
Nascimento a termo: 37° a 42° Semana
Também ocorrem alterações fisiológicas induzidas pela gravidez, incluindo ganho de
peso devido ao feto, líquido amniótico, placenta, aumento uterino e acréscimo de
água corporal total; aumento do armazenamento de proteínas, triglicerídeos e
minerais; aumento acentuado das mamas no preparo para a lactação; e dor lombar
devida à lordose.
Gabriel Maia
@algummaia
O sistema digestório também sofre alterações. As mulheres grávidas experimentam
um aumento no apetite devido à adição de demandas nutricionais do feto. Uma
diminuição geral na motilidade do canal digestório pode causar constipação intestinal,
retardo no tempo de esvaziamento gástrico e produzir náuseas, vômitos e azia.
Ocorrem várias mudanças no sistema cardiovascular materno. O volume sistólico
aumenta em cerca de 30% e o débito cardíaco se eleva em 20 a 30% devido ao
aumento do fluxo sanguíneo materno para a placenta e aumento do metabolismo. A
frequência cardíaca aumenta 10 a 15%, e o volume sanguíneo se eleva em 30 a 50%,
principalmente durante a segunda metade da gestação.
Esses aumentos são necessários para atender às demandas adicionais do feto por
nutrientes e oxigênio. Quando uma mulher grávida está deitada de costas, o útero
aumentado pode comprimir a aorta, resultando em diminuição do fluxo sanguíneo
para o útero. A compressão da veia cava inferior também diminui o retorno venoso, o
que leva ao edema nos membros inferiores e pode produzir varizes. A compressão da
artéria renal pode levar à hipertensão de origem renal.
A função respiratória também é alterada durante a gravidez para atender às
demandas adicionais de oxigênio do feto. O volume corrente pode aumentar em 30 a
40%, o volume expiratório de reserva pode ser reduzido em até 40%, a capacidade
residual funcional pode diminuir em até 25%, a ventilação por minuto (o volume total
de ar inalado e exalado a cada minuto) pode aumentar em até 40%, a resistência das
vias respiratórias na árvore brônquica pode diminuir em 30 a 40%, e o consumo total
de oxigênio corporal pode aumentar em aproximadamente 10 a 20%. Também
ocorre dispneia (respiração difícil).
A pressão na bexiga urinária pelo aumento do útero pode produzir sintomas urinários,
como aumento da frequência e urgência da micção e incontinência de esforço ou
estresse. Um aumento no fluxo plasmático renal de até 35% e um aumento na taxa de
filtração glomerular de até 40% elevam a capacidade de filtração renal, o que permite
a eliminação mais rápida dos resíduos adicionais produzidos pelo feto.
As alterações na pele durante a gravidez são mais aparentes em algumas mulheres do
que em outras. Algumas mulheres manifestam aumento da pigmentação ao redor dos
olhos e maçãs do rosto em um padrão em máscara (cloasma), nas aréolas das mamas
e em uma linha ao longo do abdome inferior chamado de linha nigra. Podem ocorrer
estrias sobre o abdome quando o útero aumenta e aumento da perda de cabelo.
As alterações no sistema genital incluem edema e vascularização aumentada da vulva
e maior flexibilidade e vascularização da vagina. O útero aumenta a partir de sua
massa não grávida de 60 a 80 g a 900 a 1.200 g a termo devido à hiperplasia das fibras
musculares no miométrio no início da gravidez e hipertrofia das fibras musculares
durante o segundo e terceiro trimestres.

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