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1 Teoria do Comportamento do Consumidor Simão Ternoski Material 04 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: � Demanda Individual: Quantidade de um bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir em certo período de tempo � Demanda = desejo de adquirir, a aspiração ou o plano e não propriamente sua realização � É o fluxo por unidade de tempo, se expressa por certa quantidade em dado período Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: � Demanda Individual: Quantidade de um bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir em certo período de tempo � Fatores ou variáveis que interferem na demanda Riqueza (e sua distribuição) Renda (e sua distribuição) Preço do bem Preço dos outros bens Fatores climáticos e sazonais Propaganda Hábitos, gostos, preferências dos consumidores Expectativas sobre o futuro Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. Juros, prazos, etc.) Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 2 Teoria Elementar da Demanda: � A teoria da demanda busca por meio das escolhas e preferências do consumidor e a partir do nível de renda (orçamento) verificar as combinações ou a melhor combinação possível de uma cesta de produtos que lhe trará maior nível de satisfação � Ex: Restaurante. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: � Qualquer situação o individuo terá variáveis que afetarão suas escolhas � Costuma-se apresentar Quatro determinantes da demanda individual I Preço do bem: II Preço dos outros bem; III Renda do consumidor; IV Gosto ou preferências do individuo. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: � Matematicamente representamos a equação por: Dx = f(px, p1, p2 ......pn-1, R, G) Onde: Dx = Demanda do bem x Px = Preço do Bem x P1 = Preço dos outros bens, i = 1, 2, 3 ... (Bens substitutos e complementares) R = Renda G = Preferências Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 3 Teoria Elementar da Demanda: � Para se analisar a influência de cada fator sobre a demanda � Podemos estudar o conjunto (exige um instrumental matemático avançado) � Podemos isolar cada variável e usar a condição “coeteris paribus” (tudo o mais constante) Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: Relação entre quantidade demandada e o preço do bem: Dx = f(px), tudo o mais permanece constante. � Neste caso tem-se uma relação inversa entre a quantidade demandada e o preço do bem. Assim: px Dx px Dx Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: Relação entre quantidade demandada e o preço do bem: Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 4 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO ELASTICIDADES: � Sabemos que mudanças nos preços dos bens, “coeteris paribus” provocam mudanças nas quantidades demandadas � Ou seja, quando o preço sobe a quantidade demandada deve cair e igualmente com a oferta a qual aumento quando os preços aumentam Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO CONCEITOS: � Contudo não temos idéia da magnitude, isto é, se o preço aumentar em 10% por exemplo em quanto irá cair a quantidade Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO EXEMPLO: � Vamos supor que o governo deseje aumentar o consumo de automóveis e conceda estímulos aos seus produtores � Estes reagem ao estímulo aumentando a oferta (deslocando a curva de oferta) 5 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Gráfico 01 Gráfico 02 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO � Se o mercado de automóveis for do tipo 01 o governo obterá bons resultados. Haverá grande aumento no consumo e pequena redução nos preços � Já o mesmo não ocorrerá com o caso apresentado pelo gráfico 02, nesta situação os resultados obtidos serão fracos, onde o aumento na quantidade consumida será pequeno, apesar da redução significativa de preços Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade- Preço da Demanda (EPd) � Lei da demanda: se o preço de um produto aumentar, coeteris paribus, a quantidade demandada desse produto deverá diminuir � A demanda é “sensível” e responde a mudanças de preço � A EPD é usada para medir a reação das pessoas e firmas frente a mudanças de preços. 6 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade-preço da demanda: � É a variação percentual de quantidade demandada do bem X, para cada unidade de variação percentual no preço do bem X � Matematicamente define-se elasticidade- preço da demanda como: Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade-preço da demanda: � A variação percentual da quantidade é dada por: � A variação percentual do preço é: Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade-preço da demanda: � A elasticidade-preço da demanda mede a sensibilidade da demanda a variação no preço. De acordo com o valor dessa elasticidade, dizemos que a demanda é elástica, inelástica ou tem elasticidade-preço unitária � Em valores absolutos, a elasticidade pode variar entre zero e infinito, neste sentido é que se divide as demandas de bens nas três categorias de elasticidades 7 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade-preço da demanda: � Demanda elástica: quando nD<- 1 ou |nD|> 1 � Uma elasticidade-preço maior que 1 em termos absolutos indica que a variação percentual na quantidade é maior que a variação percentual no preço, ou seja, a elevação dos preços provoca redução percentual na quantidade demandada relativamente maior a elevação de preços � Isso pode ser interpretado como uma sensibilidade relativamente alta da demanda em relação ao preço da mercadoria Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade-preço da demanda: � Demanda inelástica: quando nD>-1 ou |nD|<1 � Uma elasticidade-preço menor do que 1, em termos absolutos, indica que a variação percentual na quantidade é menor que a variação percentual no preço, ou seja, uma elevação no preço provoca uma redução na quantidade demandada menor que essa elevação de preços � Isso pode ser interpretado como uma sensibilidade relativamente baixa da demanda em relação ao preço da mercadoria Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade-preço da demanda: � Elasticidade-preço unitária: quando nD = - 1 ou |nD| = 1, dizemos que a demanda tem elasticidade-preço unitária. Uma elasticidade- preço igual a 1, em termos absolutos � Indica que a variação percentual na quantidade é exatamente igual á variação percentual no preço 8 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade-preço da demanda: � Freqüentemente a elasticidade-preço da demanda apresentarásinal negativo, a razão para que isto ocorra decorre do fato de que, quando os preços aumentam a quantidade demandada diminui. O contrário ocorre quando os preços caem � As variações de preços e quantidades têm sentidos opostos Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade-preço da demanda: Os casos I e II, podem apresentar dois extremos: 1) De demanda inelástica, onde nD = 0. Isso significa que qualquer variação nos preços não provocará variação na quantidade demandada Figura A elasticidade de várias curvas de demanda. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade-preço da demanda: Os casos I e II, podem apresentar dois extremos: 2) De demanda elástica, onde a quantidade demandada pode variar sem que haja modificação no preço Figura A elasticidade de várias curvas de demanda. 9 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Exercícios Calcule a Elasticidade-preço da demanda, e classifique o tipo de elasticidades P0 = preço inicial = R$ 20,00 P1 = preço final = R$ 16,00 Q0 = quantidade demandada, ao preço p0 = 30 Q1 = quantidade demandada, ao preço p1 = 39 D p1 p0 0 15 30 39 50 Preço do Bem (R$) 30 20 16 8 0 Quantidade demandada D p1 p0 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO ELASTICIDADES Relação entre receita total e elasticidade Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre receita total e elasticidade � Um modo interessante de observar o significado da elasticidade-preço da demanda é analisar o impacto sobre a receita de venda da mercadoria caso houvesse uma variação no preço 10 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre receita total e elasticidade � Vamos supor que em um certo mercado, o preço de equilíbrio seja P0 e a quantidade Q0 � Em um segundo momento a oferta aumenta para Q1 e o preço cai para P1, A esse novo preço a receita de empresa será menor ou maior? Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre receita total e elasticidade � Neste Mercado a Receita total dos produtores será RT0 = P0.Q0 � Supondo-se a variação a receita total será RT1 = P1.Q1 � A receita RT1 é maior ou menor que RT0? � O preço é menor, mas a quantidade é maior. Apenas com essas informações nada se pode afirmar Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre receita total e elasticidade � Existe, entretanto, uma forma de saber se houve ou não aumento da receita � Podemos identificar este aumento ou redução por meio da comparação entre as variações na receita total e a elasticidade- preço da demanda 11 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Exemplo � Suponha que você seja o diretor de uma companhia de transporte urbano, e que a tarifa de ônibus seja R$ 1,00. De acordo com as informações existentes, sabe-se que com essa tarifa o número de passagens vendidas mensalmente é de 30.000. Suponha, então, que, com a intenção de aumentar a receita da firma, você resolva aumentar a tarifa para R$ 1,10. Com essa nova tarifa, o número de passagens vendidas cai para 26.000. Do ponto de vista da firma, terá sido um bom negócio a elevação na tarifa? Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre receita total e elasticidade Voltando-se ao exemplo da tarifa de ônibus onde: P0= R$ 1,00 tarifa Q0 = 30.000 passagens RT0 = P0 * Q0 RT0 = 1 * 30.000 RT0 = R$ 30.000 RT0>RT1 P1= R$ 1,10 tarifa Q1 = 26.000 passagens RT1 = P1.Q1 RT1 = 1.10 * 26.000 RT1 = R$ 28.600 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre receita total e elasticidade Com relação ao exemplo a elasticidade da demanda será: 12 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO | nD | = 1,3-1.3 ou =- 13% 10% nD = = - 0.1333 = 13,34% 30.000 - 4.000 =30.000 26.000 - 30.000 =q q 0.10 = 10% 1,10 - 1 1 =p0 p1 – p0 = p p Solução: Variação Percentual (%) Para uma aumento de 10% no preço,a quantidade demandada diminui 1.3333 vezes os 10%, ou seja, 13,34% Demanda elástica nD<- 1 ou | nD|> 1 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre receita total e elasticidade Com relação ao exemplo podemos constatar que: Valor numérico da elasticidade Preço de X Receita Total nD < -1 aumenta (ou diminui) diminui (ou aumenta) nD = -1 aumenta (ou diminui) permanece constante nD > -1 aumenta (ou diminui) aumenta (ou diminui) Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: Relação entre a demanda de um bem e o preço dos outros bens Dx = f(pi), tudo o mais constante. � Neste caso não se tem uma relação geral. Assim: pi Dx pi Dx Tudo depende da relação existente entre estes bens Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 13 Relação entre a demanda de um bem e o preço dos outros bens Bens Substitutos ou concorrentes � Se o aumento do Preço do bem i elevar a demanda do bem x os bens i e x serão substitutos ou concorrentes � Ex: File e massas, Margarina e Manteiga, transporte de Trem e Avião, Chá e Café, etc. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre a demanda de um bem e o preço dos outros bens Bens Substitutos ou concorrentes � Bens Substitutos: aqueles quando o aumento do preço de um eleva a demanda pelo outro � Bens Concorrentes: quando se guarda uma relação de substituição, ou seja, quando se consome um em lugar de outro. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre a demanda de um bem e o preço dos outros bens Bens Substitutos ou concorrentes Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 14 Relação entre a demanda de um bem e o preço dos outros bens Bens Complementares � O aumento do bem i diminui a demanda do bem x. � Ex: Computador e Software, Pneu e câmara de ar, pão e manteiga, caneta e tinta � São consumidos conjuntamente. - Técnica - Psicológica Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre a demanda de um bem e o preço dos outros bens Bens Complementares Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: Relação entre a Demanda por um bem e a renda do consumidor Dx = f(R), coeteris paribus � Em geral o aumento da renda tende a elevar a demanda por algum tipo de bem. O individuo aumenta seu padrão de consumo � Mas existem exceções: Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 15 Teoria Elementar da Demanda: Relação entre a Demanda por umbem e a renda do consumidor a) O individuo pode estar totalmente satisfeito com o consumo e mesmo que altere a renda não vai aumentar o consumo (Consumo saciado) b) Bens inferiores onde a demanda reduz quando se aumenta a renda Ex: Carne de segunda e carne de primeira Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: Relação entre a Demanda por um bem e a renda do consumidor � 1 - Bens Normais: A elevação da renda eleva o consumo � 2 - Bens Saciados: O aumento de renda não altera o consumo do Bem � 3 - Bens Inferiores: diminui a Demanda com o aumento do nível de renda Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre a Demanda por um bem e a renda do consumidor Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 16 Teoria Elementar da Demanda: Relação entre a demanda de um bem e o Gosto do consumidor Dx = f(G), coeteris paribus Influência do gosto ou preferência por um produto. Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, “manipulados” por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: Relação entre a demanda de um bem e o Gosto do consumidor Exemplo: Campanha do tipo “beba mais leite” demonstrando benefícios e valor nutritivo. Campanha do tipo “o fumo é prejudicial à saúde” Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Relação entre a demanda de um bem e o Gosto do consumidor Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 17 Teoria Elementar da Demanda: Curva de Demanda de Mercado � Falamos somente sobre a demanda individual � Mas tem-se a demanda de Mercado que é a soma das demandas individuais. Dmercado = ∑ dconsumidores individuais i = 0 n i = 1,2,...,n consumidores. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: Curva de Demanda de Mercado � A curva de demanda de mercado é soma horizontal das curvas de demanda individual que compõem este mercado. (somam-se as quantidades e não os Preços) PREÇO CONSUMIDOR A CONSUMIDOR B CONSUMIDOR C MERCADO 2500 4 5 12 21 2000 14 10 22 46 1500 24 15 32 71 1000 34 20 42 96 500 44 25 52 121 Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Demanda: Paradoxo (Bem) de Giffen: É uma exceção à Lei Geral da Demanda, em que a curva é positivamente inclinada (relação direta) entre a quantidade demandada e o preço do bem. Preço (R$) Qtd Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 18 Teoria Elementar da Demanda: Paradoxo (Bem) de Giffen: Comunidade Inglesa muito pobre. Ocorreu uma queda no preço da Batata. Como a população gastava a maior parte da renda com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou e como estavam saturados de batata, passaram a gastar com outros produtos. O preço da Batata caiu, bem como a quantidade demandada (curva positivamente inclinada). Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Oferta: � Oferta: Quantidade de um bem ou serviço que os produtores desejam vender por unidade de tempo � Da mesma forma que a demanda a oferta é um desejo, um plano, uma aspiração Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Oferta: � Função Geral da Oferta: Tudo o mais constante (coeteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Para produzir mais, os custos serão maiores, e o preço do bem deve ser aumentado. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 19 Teoria Elementar da Oferta: Matematicamente a Oferta é Representada por: Ox = f(px, p1...pn-1, π1, π2, πm, T) Onde: Ox = Quantidade Ofertada de x px = Preço do bem x p1= Preço do bem i, i = 1, 2 ......n-1 πj = O Preço dos fatores de produção, j+1+2....m T = Tecnologia Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Oferta: Fatores que determinam a oferta: � Seu próprio Preço (coeteris paribus) � Quanto maior o preço, mais interessante é produzi-lo e a oferta é maior, ou seja. Ox = f(px) Coeteris paribus Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Oferta: Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 20 Elasticidade- Preço de Oferta � Assim como a elasticidade-preço da demanda mede a sensibilidade da demanda a variações no preço, a elasticidade-preço da oferta mede a sensibilidade da oferta a essas variações � Sendo assim a elasticidade da oferta se define como a variação percentual na quantidade ofertada de um bem para cada unidade de variação percentual no preço do bem Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Elasticidade- Preço de Oferta Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO p x p qEpo = q Epo = 1 => elasticidade-preço de oferta unitária. Epo > 1 => Bem de oferta elástica. Epo < 1 => Bem de oferta inelástica. Elasticidade- Preço de Oferta � Ao contrário da elasticidade da demanda, a elasticidade-preço da oferta é positiva � Isso ocorre porque as variações de preço e quantidade são no mesmo sentido � Ao aumentar o preço, aumenta a quantidade ofertada e vice-versa Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 21 Quantidade (unidades/mês) P2 P1 QO1 QO2 10% O 0 Pr e ço ($/ u n id ad e) 20% E0 > 1 Curva de oferta elástica Elasticidade da Oferta Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO P2 P1 QO1 QO2 10% O 0 5% E0 < 1 Quantidade (unidades/mês) Pr e ço ($/ u n id ad e) Curva de oferta Inelástica Elasticidade da Oferta Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Curva de oferta com elasticidade unitária P2 P1 QO1 QO2 10% O 0 10% E0 = 1 Quantidade (unidades/mês) Pr e ço ($/ u n id ad e) Elasticidade da Oferta Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 22 Pr eç o Elasticidade da Oferta A Elasticidade da Oferta e o Tempo P2 P1 Qo1 O1 0 D2 D1 Quantidade Pr eç o Curtíssimo prazo Curva perfeitamente inelástica P2 P1 Qo1 Qo2 O2 0 D2 D1 Quantidade Pr eç o Curto prazo Elasticidade positiva P2 P1 Qo1 Qo3 O3 0 D2 D1 Quantidade Longo prazo Aumento da elasticidade Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTROTeoria Elementar da Oferta: Fatores que determinam a oferta: � Preço dos fatores de produção � Juntamente com a tecnologia empregada determinam o custo de produção � Bens com utilização de demasiados fatores e alto nível tecnológico tem seus custos com elevação significativa e vice versa Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Oferta: Fatores que determinam a oferta: � Preço dos fatores de produção Ex: Elevação do custo da terra = aumento do custo de produção do café, soja. Elevação do Custo da Tecnologia As mudanças no preço do fator = alteração na lucratividade ocasionando deslocamentos nas curvas de oferta das mercadorias Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 23 Teoria Elementar da Oferta: Fatores que determinam a oferta: � Preço dos fatores de produção Ox = f(πj) Supondo px , p1 , T constantes Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Oferta: Fatores que determinam a oferta: � Preço dos fatores de produção Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Oferta: Deslocamentos da curva em função do fator de produção 5 10 15 20 25 Preço 100 80 60 40 20 0 Quantidade a) Aumento do preço do fator de produção, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do fator de produção, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 24 Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T) (utilização) Ox= f(T) Coeteris paribus Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Deslocamentos da curva em função da utilização de Tecnologia a) Aumento da tecnologia, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. b) Redução da tecnologia, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. 5 10 15 20 25 Preço 100 80 60 40 20 0 Quantidade Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Teoria Elementar da Oferta: Fatores que determinam a oferta: � Preço dos outros Bens � A oferta pode ser alterada em virtude de mudanças nos preços dos demais bens � Se os preços aumentarem e o bem x permanecer inalterado, sua produção pode tornar-se menos atraente em relação a produção dos demais bens. Consequentemente diminui sua oferta. � Ocorre um deslocamento da curva de oferta para a esquerda Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 25 Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (P1) Ox = f(P1 ) Coeteris Paribus Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Deslocamentos da curva de oferta em função da alteração nos preços dos outros bens a) Aumento do preço do bem substituto, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do bem substituto, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. 5 10 15 20 25 Preço 100 80 60 40 20 0 Quantidade Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 75 A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. Omercado = qfirmas individuais j = 0 n j = 1,2,...,n firmas. A cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 26 Exercícios �Suponha que uma loja tenha aumentado o preço de microcomputadores de R$1700,00 para R$2000,00 por unidade, e que devido a isso a venda desse produto tenha diminuído de 200 para 150 unidades por mês. Calcule a elasticidade-preço da demanda, verifique qual a relação da elasticidade com a receita total Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Exercícios � O que acontece com a receita total nos seguintes casos: a) O preço aumenta e a demanda é inelástica; b) O preço cai e a demanda é elástica; c) O preço cai e a demanda é inelástica; d) O preço aumenta e a demanda é elástica; e) O preço aumenta e a elasticidade é unitária; f) O preço cai e a elasticidade é unitária. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Equilíbrio de Mercado Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 27 Equilíbrio de Mercado: � Preço: Na economia é Determinado tanto pela oferta quanto pela demanda � Curva de Demanda: Desejo consumidor, é decrescente em relação ao Preço � Curva de Oferta: Crescente em relação ao Preço Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Equilíbrio de Mercado: Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Equilíbrio de Mercado: � Para qualquer Preço P0 a quantidade a ser vendida é maior que aquela que os consumidores desejam comprar (excesso de oferta) � Para qualquer Preço P0 surgirá excesso de demanda. Quanto menor o Preço maior será o excesso de Demanda “Em ambas as situações não existe compatibilidade de desejos Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 28 Equilíbrio de Mercado: 1). Quando existir excesso de demanda ocorrerão pressões para o aumento dos Preços. a) Os compradores, incapazes de comprar tudo o que desejam ao preço existente, dispõem-se a pagar mais; e b) Os vendedores, veem a escassez e percebem que podem elevar os Preços sem queda em suas vendas Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Equilíbrio de Mercado: 2). Quando existir excesso de oferta surgirão pressões para a queda dos Preços a) Os vendedores percebem que não podem vender tudo o que desejam, seus estoques aumentam e assim passam a oferecer a Preços menores; e b) Os compradores notam a fartura e passam a regrar os Preços Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Equilíbrio de Mercado: No ponto E(p0q0) não existe pressões para alteração dos preços, os planos dos compradores são consistentes com o plano dos vendedores. Sendo único nessas condições. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 29 Mudanças do Ponto de equilíbrio devido ao deslocamento da curva de oferta e demanda: Vários fatores podem deslocar as curvas de oferta e demanda Supondo-se um bem (x ou y) em equilíbrio, bem normal Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Mudanças do Ponto de equilíbrio devido ao deslocamento da curva de oferta e demanda: Preço de Equilíbrio é P e a quantidade é Q. Suponha um aumento da Renda (poder aquisitivo). Consequentemente a demanda aumenta (mantido o preço constante).Desloca a curva de demanda para a direita D’. Incorre-se no excesso de Demanda e força os Preços para P’ até que o excesso de demanda se acabe Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO 30 Mudanças do Ponto de equilíbrio devido ao deslocamento da curva de oferta e demanda: Da mesma forma, o deslocamento da curva de oferta afeta a quantidade e o Preço de equilíbrio. Ex: Redução no custo de matérias-primas de um produto, ou vice-versa, elevação da utilização do fator tecnológico. Consequentemente a oferta do bem X desloca-se para a direita. Ocorre a redução dos preços e aumento da quantidade Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO REFERÊNCIAS PINDYCK, Robert s. e RUBINFELD, Daniel L. Microeconomia, 7a. Edição. São Paulo: Pearson, 2010. MANKIW, N. Gregory. Princípios de Microeconomia, Tradução da 6a. Edição norte-americana. São Paulo: Cengage. 2013 VASCONCELLOS, Marco Antonio S. de et al. Manual de Microeconomia. 3a. Edição. São Paulo: Atlas. 2011. Universidade Estadual do CentroUniversidade Estadual do Centro--OesteOeste UNICENTROUNICENTRO
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