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www.romulopassos.com.br 1 PROFESSORA RENATA ROCHA Segurança do Paciente RDCs 63/11 e 36/13 + PNSP Aulas teóricas e esquematizadas Terça-feira, às 20h RDC nº 63/2011 Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde – DEFINIÇÕES Garantia da qualidade Totalidade das ações sistemáticas para garantir que os serviços prestados estejam dentro dos padrões de qualidade. Gerenciamento de tecnologias Procedimentos de gestão. Objetiva garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade, segurança e, em alguns casos, o desempenho das tecnologias de saúde. Abrange cada etapa do gerenciamento, desde o planejamento e entrada das tecnologias no estabelecimento de saúde até seu descarte, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública e do meio ambiente e a segurança do paciente. www.romulopassos.com.br 2 Humanização da atenção e gestão da saúde Valorização da dimensão subjetiva e social, em todas as práticas de atenção e de gestão da saúde. Compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação sexual e às populações específicas. Garantia de acesso dos usuários às informações sobre saúde, inclusive sobre os profissionais que cuidam de sua saúde. Respeito ao direito a acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha). Valorização do trabalho e dos trabalhadores. Licença atualizada Documento emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios. Permissão para o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária. Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS) Documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos. Contempla os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final. Abrange ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente. Política de qualidade Intenções e diretrizes globais relativas à qualidade. Formalmente expressa e autorizada pela direção do serviço de saúde. Profissional legalmente habilitado Profissional com formação superior ou técnica com suas competências atribuídas por lei. Prontuário do paciente Documento único. Conjunto de informações, sinais e imagens registrados, gerados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada. Caráter legal, sigiloso e científico. Possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional. Permite a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. Relatório de transferência Documento que deve acompanhar o paciente em caso de remoção para outro serviço. Contem minimamente dados de identificação, resumo clínico com dados que justifiquem a transferência e descrição ou cópia de laudos de exames realizados, quando existentes. www.romulopassos.com.br 3 Responsável técnico – RT Profissional de nível superior legalmente habilitado. Assume perante a vigilância sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de saúde. Segurança do paciente Conjunto de ações voltadas à proteção do paciente contra riscos, eventos adversos e danos desnecessários, durante a atenção prestada nos serviços de saúde. Serviço de saúde Estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência à população: prevenção de doenças; tratamento; recuperação; e reabilitação. www.romulopassos.com.br 4 As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) determinam que os serviços de saúde devem ser capazes de ofertar serviços dentro dos padrões de qualidade, atendendo aos requisitos legais e regulamentares. os serviços de saúde devem fornecer todos os recursos necessários, incluindo: a) quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e identificado; b) ambientes identificados; c) equipamentos, materiais e suporte logístico; e d) procedimentos e instruções aprovados e vigentes. as reclamações sobre os serviços oferecidos devem ser examinadas, registradas; as causas dos desvios da qualidade, investigadas e documentadas; e serviços com desvio da qualidade devem adotar providências para prevenir reincidências. Segurança do Paciente Identificação do paciente. Higienização das mãos. Prevenção e controle de eventos adversos. Segurança cirúrgica. Administração segura de medicamentos, sangue e hemocomponentes. Prevenção de quedas dos pacientes. Prevenção de úlceras por pressão. Participação do paciente na assistência prestada. O serviço de saúde deve estabelecer estratégias e ações voltadas para Segurança do Paciente, tais como: www.romulopassos.com.br 5 Condições Organizacionais Regimento interno Deve possuir regimento interno ou documento equivalente. Define as atividades técnicas, administrativas e assistenciais. Indica responsabilidades e competências. Licença de funcionamento Licença sanitária atualizada e afixada em local visível. Administração Pública: dispensa licença => mas deve atender às exigências técnicas e legais. Serviços terceirizados Devem ter contrato formalizado. Devem estar regularizados na autoridade sanitária (quando couber). Licença de funcionamento deve informar habilitação para atender serviços de saúde (quando couber). Cumprimento de normas Cumprir padrões sanitários da RDC e outras legislações aplicáveis. Cadastro no CNES Serviço deve estar inscrito e atualizado no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Responsável técnico (RT) Serviço deve ter um RT e um substituto. Alterações devem ser comunicadas ao órgão sanitário. Responsáveis por unidades funcionais Cada unidade funcional com profissional responsável. Responsável operacional Profissional legalmente habilitado responsável pelas operações diárias. Pode ser o RT ou um técnico designado. Gestão dos processos Direção e RT são responsáveis por planejar, implantar e garantir a qualidade dos processos. Continuidade da atenção Garantir mecanismos para remoção de paciente ou exames externos. Relatório de transferência obrigatório. Comissões e comitês Implantação obrigatória de Comissões, Comitês e Programas exigidos por lei. Controle de acesso e identificação Controlar o acesso de: trabalhadores; pacientes; acompanhantes; e visitantes. www.romulopassos.com.br 6 Documentação e registros obrigatórios Disponibilizar documentos e registros como: projeto básico de arquitetura (PBA) aprovado; controle de saúde ocupacional; educação permanente; comissões, comitês e programas; contratos de serviços terceirizados; controle de qualidade da água; manutenção da edificação e dos equipamentos; controle de vetores e pragas; PGRSS (plano de gerenciamento de resíduos); registros de nascimentos, óbitos, admissões e altas; eventos adversos e queixas técnicas; relatórios de controle de infecção; doenças de notificação compulsória; indicadores previstos em legislação; normas, rotinas e procedimentos internos; demais documentos exigidos por legislação local. Prontuário do Paciente Registro Responsável => profissionais que prestam o atendimento. Guarda Responsabilidade => serviço de saúde. Confidencialidade e integridade asseguradas. Local seguro, boa conservação, organização, acesso garantido. Conteúdo Dados de identificação + todos os procedimentos realizados. Preenchimento Legível. Realizado por todos os profissionais envolvidos. Assinatura e carimbo (em prontuários físicos). Acesso Dados pertencem ao paciente (Art. 28). Disponível ao: paciente; autoridade sanitária (quando necessário); representantes legais. www.romulopassos.com.br 7 Gestão de Pessoal Abrangência Profissionais de todos os níveis de escolaridade (próprios ou terceirizados). Dimensionamento Equipe multiprofissional compatível com o perfil de demanda. Qualificação Registros da formação e qualificação dos profissionais; Documentação dos registros em conselhos de classe (quando aplicável). Capacitação Iniciale Permanente Conteúdo das Capacitações Antes do início das atividades. Forma contínua. Registro da capacitação: - Data, horário, carga horária. - Conteúdo ministrado. - Nome e formação do instrutor. - Trabalhadores envolvidos. Riscos potenciais à saúde. Medidas de controle e prevenção. Normas e higiene. Uso de EPC, EPI e vestimentas. Prevenção de acidentes e incidentes. Condutas em caso de acidentes. Temas específicos conforme atividade. Gestão de Infraestrutura Projeto arquitetônico Projeto básico atualizado e aprovado pela vigilância sanitária e órgãos competentes. Instalações prediais Água, esgoto, energia, gases, climatização, incêndio, comunicação etc. Devem atender códigos de obras locais e normas técnicas específicas. Conservação dos ambientes Ambientes internos e externos: - conservados - seguros - organizados - limpos e confortáveis Gerenciamento de riscos Ações para minimizar acidentes inerentes às atividades desenvolvidas. www.romulopassos.com.br 8 Iluminação e ventilação Compatíveis com o tipo de atividade realizada. Qualidade da água Garantida pelo serviço. - Limpeza dos reservatórios a cada 6 meses - Registro da capacidade e da limpeza dos reservatórios. Continuidade do fornecimento (água) Garantia de fornecimento com água como insumo crítico. Continuidade do fornecimento (energia) Garantia de energia elétrica por sistemas de emergência nos locais críticos. Manutenção das instalações Preventiva e corretiva, própria ou terceirizada. Proteção à Saúde do Trabalhador Imunização Garantir orientação sobre vacinas: tétano; hepatite B; difteria; e outros agentes biológicos relevantes. Saúde ocupacional Avaliações periódicas + manutenção de registros. Agravos e lesões Avaliação médica obrigatória antes de iniciar atividades: Agravos agudos à saúde Lesões nos membros superiores Vestimentas para o trabalho Compatíveis com o risco e confortáveis. Pode ser do trabalhador ou fornecida pelo serviço. Obrigatoriamente fornecida e processada pelo serviço nos locais: a) Centros cirúrgicos. c) Unidades de isolamento. b) Centros obstétricos. d) CME. www.romulopassos.com.br 9 Prevenção de acidentes Garantir: - EPIs em número suficiente. - Uso compatível com a atividade. - Proibido sair do local de trabalho com EPI. Registro de acidentes Manter registro das comunicações de acidentes de trabalho. CIPA Obrigatória se houver mais de 20 trabalhadores. Informação e treinamento Disponibilizar a todos os trabalhadores: - Normas de segurança (biológica, química, física, ocupacional, ambiental). - Instruções sobre uso de EPI. - Procedimentos para incêndios e acidentes. - Orientações para manuseio e transporte de produtos contaminados. Gestão de Tecnologias e Processos Normas, procedimentos e rotinas Escritas. Atualizadas. Disponíveis em local de fácil acesso à equipe. Limpeza e higiene ambiental Ambientes limpos. Livres de resíduos. Sem odores incompatíveis. de acordo com o grau de criticidade da área. Disponibilidade de insumos Equipamentos, materiais, insumos e medicamentos: - compatíveis com a complexidade do serviço. - suficientes para a demanda. www.romulopassos.com.br 10 Gerenciamento de tecnologias Processos que garantam: - seleção; - aquisição; - armazenamento; - instalação; Uso correto de equipamentos Equipamentos e materiais devem ser utilizados apenas para os fins previstos. Revestimento de mobiliários Colchões, colchonetes e almofadados: - material lavável e impermeável; - sem furos, rasgos, sulcos ou reentrâncias. Desinfecção e esterilização Garantia da qualidade dos processos. Suporte imediato à vida Atendimento emergencial garantido aos usuários. Higienização das mãos Disponibilizar insumos, produtos e equipamentos para trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes. Assistência nutricional e alimentação Garantir qualidade nutricional e segurança dos alimentos. Notificação de doenças Informar autoridades competentes sobre suspeitas de doenças de notificação compulsória. Indicadores de monitoramento Calcular e manter registros de indicadores previstos em legislação. Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas O controle químico, quando for necessário, deve ser realizado por empresa habilitada e possuidora de licença sanitária e ambiental e com produtos desinfestantes regularizados pela Anvisa. Não é permitido comer ou guardar alimentos nos postos de trabalho destinados à execução de procedimentos de saúde. O serviço de saúde deve garantir ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos. www.romulopassos.com.br 11 SEGURANÇA DO PACIENTE - DEFINIÇÕES Boas práticas de funcionamento Garantem serviços com padrões de qualidade adequados. Cultura da segurança Conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que determinam o comprometimento com a gestão da saúde e da segurança. Substitui a culpa e a punição pela oportunidade de aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde. Dano Comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo. Inclui doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção. Pode ser físico, social ou psicológico. RDC Nº 36/2013 Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde. Abrangência: serviços de saúde, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. Não abrange: consultórios individualizados, laboratórios clínicos e os serviços móveis e de atenção domiciliar. www.romulopassos.com.br 12 Incidente Evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário à saúde. Núcleo de segurança do paciente (NSP) Instância do serviço de saúde criada para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à segurança do paciente. Plano de segurança do paciente Documento que aponta situações de risco e descreve as estratégias e ações definidas pelo serviço de saúde para a gestão de risco. Visa a prevenção e a mitigação dos incidentes, desde a admissão até a transferência, a alta ou o óbito do paciente. Segurança do paciente Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde. Serviço de saúde Estabelecimento destinado ao desenvolvimento de ações relacionadas à promoção, proteção, manutenção e recuperação da saúde, qualquer que seja o seu nível de complexidade, em regime de internação ou não, incluindo a atenção realizada em consultórios, domicílios e unidades móveis; Tecnologias em saúde Conjunto de equipamentos, medicamentos, insumos e procedimentos utilizados na atenção à saúde. Processos de trabalho, a infraestrutura e a organização do serviço de saúde. Evento adverso Incidente que resulta em dano à saúde. Garantia da qualidade Totalidade das ações sistemáticas para garantir serviços prestados dentro dos padrões de qualidade. Gestão de risco Aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional. www.romulopassos.com.br 13 Para o funcionamento sistemático e contínuo do NSP Criação do Núcleo de Segurança do Paciente A direção do serviço de saúde deve constituir o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e nomear a sua composição. Os membros terão autoridade, responsabilidade e poder para executar as ações do Plano de Segurança do Paciente. A direção do serviço de saúde pode utilizar a estrutura de comitês, comissões, gerências, coordenações ou núcleos já existentes para o desempenho das atribuições do NSP. No caso de serviçospúblicos ambulatoriais, pode ser constituído um NSP para cada serviço de saúde ou um NSP para o conjunto desses, conforme decisão do gestor local do SUS. www.romulopassos.com.br 14 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO NSP Melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde. Disseminação sistemática da cultura de segurança. Articulação e a integração dos processos de gestão de risco. Garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde. COMPETÊNCIAS DO NSP Promover ações para a gestão de risco. Desenvolver ações para a integração e a articulação multiprofissional. Promover mecanismos para identificar e avaliar a existência de não conformidades nos processos e procedimentos realizados e na utilização de equipamentos, medicamentos e insumos. Propor ações preventivas e corretivas. Elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de Segurança do Paciente. Acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente. Implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar o monitoramento dos seus indicadores. Estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes nos serviços de saúde. Desenvolver, implantar e acompanhar programas de capacitação em segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde. Analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde. Compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do serviço de saúde os resultados da análise e avaliação dos dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde. Notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde. Manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade sanitária, quando requisitado, as notificações de eventos adversos. Acompanhar os alertas sanitários e outras comunicações de risco divulgadas pelas autoridades sanitárias. www.romulopassos.com.br 15 O Plano de Segurança do Paciente deve estabelecer estratégias e ações de gestão de risco para: Identificação, análise, avaliação, monitoramento e comunicação dos riscos, de forma sistemática. Integrar os diferentes processos de gestão de risco desenvolvidos nos serviços de saúde. Implementação de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Identificação do paciente. Higiene das mãos. Segurança cirúrgica. Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, de sangue e hemocomponentes. Segurança no uso de equipamentos e materiais. Manter registro adequado do uso de órteses e próteses quando este procedimento for realizado. Prevenção de quedas dos pacientes. Prevenção de úlceras por pressão. Prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde. Segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral. Comunicação efetiva entre profissionais do serviço de saúde e entre serviços de saúde. Estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada. Promoção do ambiente seguro. O monitoramento dos incidentes e eventos adversos será realizado pelo Núcleo de Segurança do Paciente - NSP. A notificação dos eventos adversos deve ser realizada mensalmente pelo NSP, até o 15º dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, por meio das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa - NOTIVISA . Os eventos adversos que evoluírem para óbito devem ser notificados em até 72 horas a partir do ocorrido. www.romulopassos.com.br 16 Compete à ANVISA, em articulação com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária: I - monitorar os dados sobre eventos adversos notificados pelos serviços de saúde; II - divulgar relatório anual sobre eventos adversos com a análise das notificações realizadas pelos serviços de saúde; III - acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital, estadual e municipal as investigações sobre os eventos adversos que evoluíram para óbito. Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNPS) www.romulopassos.com.br 17 São objetivos específicos do PNSP (BRASIL, 2013a): Vejamos as estratégias de implementação do PNSP (BRASIL, 2013a): www.romulopassos.com.br 18 www.romulopassos.com.br 19 Vamos Relembrar! RDC 36/2013 Conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que determinam o comprometimento com a gestão da saúde e da segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde. Cultura da Segurança Totalidade das ações sistemáticas necessárias para garantir que os serviços prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos para os fins a que se propõem. Garantia da Qualidade Aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional. Gestão de Risco Instância do serviço de saúde criada para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à segurança do paciente; Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) Documento que aponta situações de risco e descreve as estratégias e ações definidas pelo serviço de saúde para a gestão de risco visando à prevenção e à mitigação (a craseado) dos incidentes, desde a admissão até a transferência, a alta ou o óbito do paciente no serviço de saúde; Conjunto de equipamentos, medicamentos, insumos e procedimentos utilizados na atenção à saúde, bem como os processos de trabalho, a infraestrutura e a organização do serviço de saúde. Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde Tecnologias em Saúde www.romulopassos.com.br 20 Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (CIPNSP) O CIPNSP é composto por representantes, titular e suplentes dos seguintes órgãos e entidades (Portaria do MS nº 529/2013, art. 8º): cinco do Ministério da Saúde (MS); Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); três de Instituições Superiores de Ensino e Pesquisa com notório saber no tema Segurança do Paciente; Órgãos e entidades com apenas 1 representante: Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS); Conselho Federal de Medicina (CFM); Conselho Federal de Enfermagem (COFEN); Conselho Federal de Odontologia (CFO); Conselho Federal de Farmácia (CFF); Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); e Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Compete ao CIPNSP - Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente I - propor e validar protocolos, guias e manuais voltados à segurança do paciente em diferentes áreas, tais como: infecções relacionadas à assistência à saúde; procedimentos cirúrgicos e de anestesiologia; prescrição, transcrição, dispensação e administração de medicamentos, sangue e hemoderivados; processos de identificação de pacientes; comunicação no ambiente dos serviços de saúde; prevenção de quedas; úlceras por pressão; transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e uso seguro de equipamentos e materiais; www.romulopassos.com.br 21 II - aprovar o Documento de Referência do PNSP; III - incentivar e difundir inovações técnicas e operacionais que visem à segurança do paciente; IV - propor e validar projetos de capacitação em Segurança do Paciente; V - analisar quadrimestralmente os dados do Sistema de Monitoramento incidentes no cuidado de saúde e propor ações de melhoria; VI - recomendar estudos e pesquisas relacionados à segurança do paciente; VII - avaliar periodicamente o desempenho do PNSP; e VIII elaborar seu regimento interno e submetê-lo à aprovação do Ministro de Estado da Saúde. A coordenação do CIPNSP será realizada pela ANVISA, que fornecerá, em conjunto com a SAS/MS e a FIOCRUZ, os apoios técnico e administrativo necessários para o seu funcionamento.Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) Plano de Segurança do Paciente (PSP) Documento que demonstra a relevância da segurança do paciente Na organização, por meio da definição de prioridades, na implementação de práticas de segurança. Na gestão de riscos e no redesenho de processos. Identificação de estratégias que conectem a liderança e os profissionais da linha de frente do cuidado às necessidades de formar e de avaliar a cultura de segurança do paciente. www.romulopassos.com.br 22 10 Passos para a segurança do paciente Cultura de Segurança - 5 características operacionalizadas pela gestão de segurança da organização: 1. Todos os trabalhadores (profissionais e gestores) assumem responsabilidade pela própria segurança e pela segurança de seus colegas, dos pacientes e dos familiares. 2. Prioriza a segurança acima de metas financeiras e operacionais. 3. Encoraja e recompensa a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança. 4. A partir da ocorrência de incidentes, promove o aprendizado organizacional. 5. Proporciona recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da segurança. www.romulopassos.com.br 23 Agora resolva muitas questões, de diversas bancas, para fixar o conteúdo. Clique na aba “Questões”, no Curso Completo.