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RESUMO LEGISLAÇÃO - 8.112, 9.874 e 8.429

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LEGISLAÇÃO: Lei nº 8.112/1990 e alterações: Das Disposições Preliminares; Do Provimento, Da Vacância, Da Remoção, Da Redistribuição e Da Substituição; Dos Direitos e Vantagens: Do Vencimento e da Remuneração, Das Vantagens, Das Férias, Das Licenças e Dos Afastamentos; Do Regime Disciplinar: Dos Deveres, Das Proibições, Da Acumulação, Das Responsabilidades e Das Penalidades. Lei nº 9.784/1999. Lei nº 8.429/1992. Regimento Interno do TRT da 4ª Região.
LEI Nº 8.112/1990 E ALTERAÇÕES: DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES; DO PROVIMENTO, DA VACÂNCIA, DA REMOÇÃO, DA REDISTRIBUIÇÃO E DA SUBSTITUIÇÃO; DOS DIREITOS E VANTAGENS: DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO, DAS VANTAGENS, DAS FÉRIAS, DAS LICENÇAS E DOS AFASTAMENTOS; DO REGIME DISCIPLINAR: DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES, DA ACUMULAÇÃO, DAS RESPONSABILIDADES E DAS PENALIDADES.
REGIME JURÍDICO ÚNICO
Provimento: [Originário: nomeação], [Derivado: promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução. NO-PRO-REA-REV-APRO-REIN-RECON.
Originário: O provimento originário vincula inicialmente o servidor ao cargo, emprego ou função. Pode se dar por nomeação ou por contratação, conforme o caso. Para cargo, fala-se em nomeação. Para emprego e função temporária, fala-se em contratação. 
Derivado: decorrem de um vínculo anterior entre servidor e administração.
Vacância: exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável e falecimento.
Remoção: é o deslocamento do SERVIDOR, a pedido ou de oficio, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Redistribuição: é o deslocamento de CARGO de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito geral de pessoa, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC. Ocorrerá ex officio.
Substituição: os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de natureza especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.
Direitos e vantagens: do vencimento e da remuneração, Indenizações: indenizações (ajuda de custo, diárias, transporte e auxílio moradia: não se incorporam aos vencimentos para qualquer efeito), gratificações e adicionais (retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento, gratificação natalina, adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas, adicional pela prestação de serviço extraordinário, adicional noturno, adicional de férias, outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho e gratificação por encargo de curso ou concurso: incorporam-se nos casos e condições indicados em lei).
VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO; FÉRIAS; LICENÇAS; AFASTAMENTOS; CONCESSÕES; TEMPO DE SERVIÇO; DIREITO DE PETIÇÃO
Vencimento e remuneração
Art. 40.  Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
Art. 41.  Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
§ 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1º do art. 93.
Art. 93, § 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos.
Art. 48.  O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.
Férias
Art. 80.  As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. 
Parágrafo único.  O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. 
Licenças
Art. 81.  Conceder-se-á ao servidor licença:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração.  (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
Art. 84.  Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
        § 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.
         § 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
III - para o serviço militar;
Parágrafo único.  Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.
IV - para atividade política;
Art. 86.  O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
        § 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
        § 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
 Art. 87.  Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
   Parágrafo único.  Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - para tratar de interesses particulares;
Art. 91.  A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
 Parágrafo único.  A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
VII - para desempenho de mandato classista.
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso VIIIdo art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)  (Regulamento)
§ 1º A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo.
Art. 82.  A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.
Afastamentos
(Art. 93) Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade (reembolso)
(Art. 94) Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
(Art. 95 e 96) Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
(Art. 96-A) Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País
Concessões
Doação de sangue: 1 dia
Alistamento ou recadastramento eleitoral: 2 dias
Casamento ou falecimento: 8 dias
Horário especial para servidor estudante, com compensação de horários, respeitada a duração de horário semanal.
Horário especial para servidor portador de deficiência, comprovada por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário.
Para os dependentes com deficiência, aplica-se o mesmo, mas com compensação de horário do servidor.
Servidor que participar de banca de examinador ou como instrutor de curso de formação, também tem que compensar horário.
Ao servidor estudante que mudar de sede, juntamente com cônjuge e filhos, é assegurada matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga.
Art. 102.  Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
        I - férias;
        II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
        III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;
        IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
        V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;
        VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
        VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
        VIII - licença:
        a) à gestante, à adotante e à paternidade;
        b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
        c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005)
        d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
        e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
        f) por convocação para o serviço militar;
        IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
        X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;
        XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
DO REGIME DISCIPLINAR: DOS DEVERES, DAS PROIBIÇÕES, DA ACUMULAÇÃO
Dos deveres
Art. 116.  São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
        a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
        b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
        c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527, de 2011)
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Parágrafo único.  A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
Das Proibições
 Art. 117.  Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
 Parágrafo único.  A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ouentidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008
Da Acumulação
Art. 118.  Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 119.  O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único.  O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 120.  O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Constituição (Acumulação)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
Resumo
Art. 116 – Deveres dos servidores públicos
Importante saber que na prática de “Descumprimento de deveres”, é a Administração Pública quem escolhe a penalidade cabível.
No caso de prática de alguma proibição, implica na aplicação de um processo administrativo, no qual as penalidades são previstas em lei.
Art. 117 – Proibições aos servidores públicos
I ao VIII e XIX – advertência escrita (não existe advertência verbal)
XVII (desvio de função) e XVIII (exercer atividades estranhas à função e ao horário de trabalho), rescendência das penalidades puníveis com advertência – Suspensão
IX a XVI – 	demissão
ou destituição de função ou cargo de confiança
cassação de aposentadoria ou de disponibilidade
Penalidades
Advertência (Art. 129)
Suspensão (Art. 130)
Demissão (Art. 132, I, IV, VIII, X e XI – Nunca mais volta ao serviço público)
Destituição 
Multa
Prescrição da ação disciplinar (data a partir da qual a Administração tomou ciência da infração)
Advertência – 180 dias
Suspensão – 2 anos
Demissão – 5 anos
Cancelamento de registros das penalidades na pasta funcional
Advertência – 3 anos
Suspensão – 5 anos
Responsabilidade civil (danos ao erário ou a terceiros), penal (prática de crime ou contravenção) e administrativa (infrações disciplinares):
Art. 121.  O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício IRREGULAR de suas atribuições. 
Art. 122.  A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
§ 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. 
§ 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. 
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. 
Art. 123.  A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
Art. 124.  A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. 
Art. 125.  As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. 
Art. 126.  A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
Art. 127.  São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada.
Processo Disciplinar
Sindicância (Art. 145) – investigação
A sindicância, se houver, deve acontecer antes do processo administrativo, mas não é um pré-requisito. Conhecendo o servidor que praticou a infração, pode partir direto para o PAD, sem a sindicância. A sindicância NÃO É FASE DO PAD.
Da sindicância pode resultar:
Arquivamento
Aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 dias (aqui, abre-se ao servidor a ampla defesa e contraditório).
Indicação de penalidade mais grave (demissão ou suspensão maior que 30 dias). Nesses casos, ocorre o encerramento da sindicância e a abertura de um processo administrativo disciplinar.
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (Art. 151)
Fases:
Instauração (Nomeação da comissão, formada por 3 servidores estáveis)
Inquérito administrativo (Instrução, defesa [10 dias, 20 dias, para processos com mais de um indiciado, e 15 dias, para indiciados em local incerto e não sabido], e relatório)
Julgamento (art. 167 – 20 dias)
Processo Administrativo Sumário (art. 133 e 140)
Abandono, inassiduidade e acumulação ilícita de cargos públicos.
Fases:
Instauração (comissão com 2 servidores estáveis)
Instrução sumária (indiciação, defesa [5 dias] e o relatório)
Julgamento – 5 dias
Revisão do processo (Art. 174 a 182)
Ministro ou autoridade equivalente, autoriza a revisão e monta uma comissão com 3 servidores estáveis.
A revisão será apensada ao processo originário.
A comissão tem 60 dias para concluir os trabalhos.
O julgamento caberá a autoridade que aplicou a penalidade.
O prazo para julgamento será de 20 dias.
Procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se os direitos do servidor. Nos casos de cargos em comissão, apenas se converte em exoneração.
Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.
5 PODERES ADMINISTRATIVOS
Poder Hierárquico: é o poder conferido ao administrador para distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e reaver a atuação de seus agentes, estabelecendo uma relação de hierarquia, de subordinação. A hierarquia é uma característica encontrada exclusivamente no exercício da função administrativa, que inexiste, portanto, nas funções legislativa e jurisdicional típicas.Poder Disciplinar: é o poder conferido à Administração que lhe permite punir e apenar a prática de infrações funcionais dos servidores.
Poder regulamentar: é o poder conferido ao Administrador para a edição de decretos e regulamentos para fiel execução à lei.
Poder de Polícia: é o poder conferido ao administrador que lhe permite condicionar, restringir, frenar o exercício de atividade e direitos pelos particulares em nome do interesse da coletividade. Poder de polícia somente incide sobre BENS – ATIVIDADES E DIREITOS. Não pode ser delegado a particulares e nem a entidades privadas.
Uso e abuso de Poder: é o fenômeno que se verifica sempre que uma autoridade ou um agente público embora competente para a prática de um ato ultrapasse os limites das suas atribuições ou se desvie das finalidades anteriormente previstas. 
- Duas situações (modalidades): 
 
O agente atua fora dos limites de sua competência = excesso de poder
O agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público = desvio de poder (ou de finalidade)
LEI Nº 9.784/1999 (PROCESSO ADMINISTRATIVO)
Regula o processo administrativo no âmbito da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
Entidade
Unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. 
Órgão 
Unidade de atuação integrante da estrutura da Administração. 
 Autoridade 
Servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Legalidade
I - Atuação conforme a lei e o Direito;
Indisponibilidade ou finalidade pública
II - Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;
Impessoalidade
III - Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;
Moralidade
IV - Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
Publicidade
 V - Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;
Razoabilidade e proporcionalidade
VI - Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
Motivação
VII - Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;
Devido processo legal ou devido processo administrativo
VIII – Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;
Segurança jurídica e informalismo (formalismo moderado)
IX - Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;
Ampla Defesa e contraditório
X - Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
Gratuidade
XI - Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;
Oficialidade
XII - Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;
Impessoalidade e segurança jurídica
XIII - Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
Direitos e deveres dos administrados
�
Início do processo
De ofício ou a pedido
Formulado por escrito
Dever de protocolo
Formulário padronizado
Requerimento em conjunto
Dados do pedido: órgão ou entidade a que se dirige, identificação do interessado ou de quem o represente, domicílio ou local para receber comunicações, formulação do pedido (com exposição dos fatos e fundamentos, data e assinatura do interessado ou de seu representante).
VEDADA a recusa imotivada de recebimento; deve-se orientar se necessário o suprimento de falhas. 
PLURALIDADE DE PEDIDOS IDÊNTICOS é possível a reunião em único requerimento, SALVO disposição legal. 
Interessados
Direitos ou interesses coletivos: atinge um grupo de pessoas indeterminado, mas determinável (por exemplo, metalúrgicos, ou moradores da Vila Mariana). 
Direitos ou interesses difusos: diz respeito a um grupo de pessoas indeterminado e indeterminável, mais abrangente, mais disperso.
Competência
(O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial)
�
Impedimento e suspeição
Forma, tempo e lugar dos atos do processo 
(Onde lê-se: “reconhecimento de forma”, leia-se: “reconhecimento de firma”)
Comunicação dos atos
(Intimação, antecedência de 3 dias úteis, comparecimento espontâneo, não caracterização de revelia e garantia de ampla defesa)
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Instrução e dever de decidir
(Menor onerosidade, inadmissibilidade de prova ilícita, consulta pública, audiência pública, ônus da prova cabe ao interessado, relatório motivado, parecer obrigatório e vinculante ou não vinculante (15 dias), prazo de 10 dias para manifestações finais)
Motivação
Desistência e outras formas de extinção do processo
(A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige)
Anulação, revogação e convalidação
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Recurso Administrativo (pode agravar) e Revisão (não pode agravar)
(O recurso, é um fato interno, e a revisão, é quando o processo já foi encerrado, encaixotado. Para um recurso, basta alegar injustiça. Para a revisão, é preciso provar novos fatos)
(Razões de legalidade e de mérito, prazo de 5 dias para reconsideração, independe de caução, motivação (súmula vinculante), máximo de 3 instâncias, legitimados, prazo de 10 dias para recorrer, prazo de 30 dias, prorrogável, para decidir, sem efeito suspensivo, em regra)
Prazos
(A contagem em dias é corrida, e no caso de anos, de data a data).
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LEI nº 8.429/1992 (IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA)
	
	Enriquecimento ilícito
	Prejuízo ao Erário
	Afronta aos princípios da Administração
	Ressarcimento integral
	Se houver dano
	Sim
	Se houver dano
	Perda da função pública
	Sim
	Sim
	Sim
	Suspensão dos direitos políticos
	De 8 a 10 anos
	De 5 a 8 anos
	De 3 a 5 anos
	Multa civil
	Até 3x o valor do acréscimo
	Até 2x o valor do dano
	Até 100x o valor da remuneração
	Proibição de contratar com a Administração
	10 anos
	5 anos
	3 anos
	Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio
	Sim
	Se houver acréscimo
	Não
Fundamento da lei: princípio da moralidade (Art. 37, § 4º, CF/88)
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão 
1) a suspensão dos direitos políticos, 
2) a perda da função pública, 
3) a indisponibilidade dos bens e 
4) o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Atos de Improbidade
Enriquecimento ilícito (Art. 9º)
“Ter para si mesmo”
“Receber, perceber, utilizar, adquirir, aceitar, incorporar, usar”
Prejuízo ao erário (Art. 10º)
“Favorecer”
“Facilitar, permitir, doar, conceder, ordenar, liberar”
Atentado aos princípios (Art. 11º)
Qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições
“Nem ter para si, nem favorecer”
Do procedimento Administrativo e do Processo Judicial
Qualquer pessoa poderá representar contra prática de ato de improbidade.
A comissão processante dará conhecimento ao MP e ao TC da existência de procedimento administrativo para apurar prática de ato de improbidade, que poderão designar representantes para acompanhar o procedimento.Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao MP ou a procuradoria do órgão, para que requeira ao juízo competente a decretação de sequestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecimento ilicitamente, causando danos patrimônio público.
A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo MP ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar de sequestro de bens.
A sentença que julgar procedente a ação civil de reparação do dano ou decretar a perda de bens havidos ilicitamente, determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito, sem prejuízo das sanções cabíveis.
A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
Da prescrição (perda do direito de ingressar com uma ação)
Até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou função de confiança.
Dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares.
Outros detalhes
Constitui crime (com pena de seis a dez meses e multa) a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

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