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DIR HUMANOS DF 02

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Os Direitos Humanos na Constituição Federal de 1988. “Dos Direitos Sociais” - Artigos 6º a 11º ...........2
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Os Direitos Humanos na Constituição Federal de 
1988. “Dos Direitos Sociais” - Artigos 6º a 11º
No Capítulo II, nos artigos 6º a 11º, da Constituição Federal estão relacionados os “Direitos 
Sociais”; direitos notadamente de segunda dimensão, ligados predominantemente ao valor igual-
dade, à igualdade material, substancial.
Muitos dos direitos ali arrolados implementam as disposições existentes em documentos inter-
nacionais de Direitos Humanos, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e o 
Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC). 
No artigo 6º estão previstos 10 (dez) direitos sociais, a saber: “a educação, a saúde, a alimenta-
ção, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados”.
No entanto, no Capítulo II, nos artigos 7º a 11º vamos encontrar apenas direitos individuais e 
coletivos dos trabalhadores. Sem, contudo, estarem vinculados especificadamente às relações de 
trabalho, deparamo-nos com os direitos sociais nominados no artigo 6º em outros dispositivos da 
Constituição Federal como, por exemplo, a Saúde, no artigo 196, a Previdência Social, no artigo 201 
e a Educação, no artigo 205.
Observe, ainda, que, apesar de estarmos tratando aqui de direitos “positivos”, que exigem uma 
prestação, um fazer por parte do Estado, podemos encontrar no Capítulo II disposições que impõem 
uma abstenção, uma atuação negativa, como, por exemplo, a não interferência do Estado nas organi-
zações sindicais (art. 8º) e o livre exercício do direito de greve (art. 9º). 
No artigo 7º, incisos I a XXXIV, estão relacionados especificadamente direitos que devem ser 
respeitados nas relações de trabalho urbanas ou rurais e que concretizam as previsões dos artigos 
XXIII e XXIV, da DUDH e dos artigos 6º e 7º, do PIDESC.
Ali, tentando implementar a garantia “a uma remuneração justa e satisfatória” que assegure 
ao trabalhador, “assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana”, 
prevista no artigo XXIII, parágrafo 3, da DUDH e, também, no artigo 7º, “a”, “II”, do PIDESC, a 
nossa Constituição Federal estabelece no artigo 7º, inciso IV, um piso remuneratório mínimo, um 
“salário mínimo” nacional.
 → A respeito da garantia constitucional do salário mínimo precisamos mencionar aqui, pelo menos 
as Súmulas Vinculantes n. 4, n. 6 e n. 16, do Supremo Tribunal Federal, as quais dispõem:
 ˃ Súmula Vinculante 4 - Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode 
ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de emprega-
do, nem ser substituído por decisão judicial.
A Súmula reafirma o que já estava disposto no inciso IV, do artigo 7º, da Constituição Federal, no 
sentido de vedar o uso do salário mínimo como indexador. Neste caso tratando especificadamente 
de vantagens remuneratórias do servidor público, como o adicional de insalubridade.
 ˃ Súmula Vinculante 6 - Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao 
salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
Dentre outras razões apresentadas quando da aprovação da Súmula, ficou consignado que 
as praças exerceriam um “múnus” público, um dever para com a nação, não se enquadrando no 
conceito estrito de trabalho e consequente contraprestação. 
 ˃ Súmula Vinculante 16 - Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, re-
ferem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público.
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Entende-se, aqui, que a garantia do inciso IV, do artigo 7º, deve ser aferida a partir da observação 
do total da remuneração recebida pelo servidor e não apenas o seu salário-base/vencimento.
Muitos daqueles direitos fundamentais dos trabalhadores são extensíveis aos servidores públicos 
civis, por força do artigo 39, parágrafo 3º, da Constituição Federal.
No artigo 8º trata-se do direito à associação profissional e sindical. Observemos que o dispo-
sitivo constitucional está garantindo direitos distintos, ou seja, de associação profissional e sindical.
O direito à associação sindical está garantido no artigo XXIII, parágrafo 4, da DUDH e, também, 
no artigo 8º, do PIDESC. O parágrafo 2, do artigo 8º, do PIDESC admite, contudo, que os Estados 
Partes possam estabelecer restrições ao exercício deste direito pelos “membros das forças armadas, 
da polícia ou da administração pública”.
Nossa Constituição Federal assegura o direito à associação sindical aos servidores públicos civis, 
no artigo 37, inciso VI, mas acaba vedando-o aos servidores militares, conforme dispõe o artigo 142, 
inciso IV.
Já o artigo 9º trata do direito de greve, o qual também se encontra previsto expressamente no 
artigo 8º, parágrafo 1, “d”, do PIDESC, e que deve ser exercido “de conformidade com as leis de cada 
país”.
O artigo 9º garante o direito de greve especificadamente aos trabalhadores da iniciativa privada. 
Este direito deverá ser exercido nos termos da Lei n. 7.783/1989.
A Constituição Federal também assegura o direito de greve aos servidores civis, no artigo 37, 
inciso VII, o qual pode ser exercido, segundo o Supremo Tribunal Federal, dentro dos parâmetros 
estabelecidos pela Lei nº 7.783/1989, até que seja editada a “lei especifica” de que trata aquele artigo.
Aos servidores militares veda-se, contudo, o exercício do direito de greve, conforme o artigo 142, 
inciso IV, da Constituição Federal.
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ÍNDICE
Os Direitos Humanos na Constituição Federal de 1988. “Da Nacionalidade” - Artigos 12º e 13º ...........2
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Os Direitos Humanos na Constituição Federal de 
1988. “Da Nacionalidade” - Artigos 12º e 13º
No Capítulo III, nos artigos 12 e 13, da Constituição Federal está previsto o direito à nacionali-
dade, um direito fundamental de primeira dimensão.
A nacionalidade é um vínculo jurídico-político que se forma entre o Estado e o indivíduo e que 
faz deste um componente do povo. Este vínculo confere aos indivíduos certos direitos e lhes impõe 
determinadas obrigações existentes naquele Estado de que é nacional.
Aquele que não possui uma nacionalidade é chamado de apátrida ou de “heimatlos”. O que 
possui múltiplas nacionalidades é chamado de polipátrida.
O direito
a uma nacionalidade está garantido em documentos internacionais, em primeiro lugar, 
na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), em seu artigo XV, o qual dispõe: 
Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacio-
nalidade.
Mas atentemos que, segundo o parágrafo 1, do artigo II, da DUDH, a titularidade dos Direitos 
Humanos e o dever de proteção dos mesmos pelos Estados-Membros não dependem da nacionali-
dade da pessoa ou mesmo do fato de ser ela apátrida: “Toda pessoa tem capacidade para gozar os 
direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja 
de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou 
social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”.
O Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) trata expressamente do direito 
à nacionalidade apenas quando faz referência, no artigo 24, parágrafo 3, ao direito que toda a 
criança tem de adquirir uma. Mas é claro que todas as pessoas têm, independentemente de sua idade, 
o direito a uma nacionalidade.
O PIDCP também prevê em seu artigo 2, parágrafo 1, o dever dos Estados Partes de assegurar o 
gozo dos Direitos Humanos a todas as pessoas, independentemente de sua nacionalidade: 
Os Estados Partes do presente pacto comprometem-se a respeitar e garantir a todos os indiví-
duos que se achem em seu território e que estejam sujeitos a sua jurisdição os direitos reconheci-
dos no presente Pacto, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, 
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento 
ou qualquer condição.
De sua parte, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH) já em seu preâmbulo 
informa que “os direitos essenciais do homem não derivam do fato de ser ele nacional de determina-
do Estado, mas sim do fato de ter como fundamento os atributos da pessoa humana (...)”.
O direito à nacionalidade está expresso no artigo 20, onde se assegura, inclusive, que “Toda 
pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido, se não tiver 
direito a outra.”
E, da mesma forma como ocorreu na DUDH e no PIDCP, o artigo 1, parágrafo 1, do Pacto 
de São José da Costa Rica também impõe aos Estados-Partes a obrigação de respeitar os Direitos 
Humanos, a todos, independentemente de sua nacionalidade: “Os Estados-Partes nesta Convenção 
comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e 
pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por 
motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, 
origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social”.
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No entanto, o fato de os documentos internacionais citados não permitirem distinções fundadas 
na nacionalidade, no que diz com o reconhecimento dos Direitos Humanos, não significa que todos, 
nacionais e estrangeiros possam gozar, indistintamente, dos mesmos direitos.
A partir das regras contidas em nossa Constituição Federal, o povo brasileiro compreende duas 
espécies de nacionais, os natos e os naturalizados. 
Será brasileiro nato - nacionalidade primária, originária ou involuntária – aquele que se 
enquadre nas hipóteses do artigo 12, inciso I, alíneas “a”, “b” ou “c”, da Constituição Federal. Por sua 
vez, brasileiro naturalizado - nacionalidade secundária, derivada ou voluntária – é aquele que opta 
por tal condição, nos termos do artigo 12, inciso II, da Constituição Federal e da Lei n. 6.815/1980.
Como se podem ver, nós adotamos no Brasil um sistema misto de reconhecimento da nacio-
nalidade primária ou originária: o local de nascimento (critério territorial ou jus solis) e o vínculo 
consanguíneo (critério consanguíneo, de parentesco ou jus sanguinis).
A nossa Constituição Federal, no parágrafo 2º, do artigo 12, não admite sejam estabelecidas dife-
renças na concessão e gozo dos direitos aos brasileiros natos e naturalizados, além daquelas hipó-
teses previstas no próprio texto Magno. Dentre as distinções constitucionalmente previstas atente-
mos para a proibição aos brasileiros naturalizados de ocupar os cargos previstos no parágrafo 3º, do 
artigo 12.
Por sua vez, as hipóteses de perda da nacionalidade são aquelas taxativamente previstas no pa-
rágrafo 4º, do artigo 12, da Constituição Federal. Observe que tanto o nato quanto o naturalizado 
podem perder a nacionalidade brasileira. Assim, poderá cair na condição de apátrida o brasileiro 
nato que adquirir outra nacionalidade fora das hipóteses das alíneas “a” e “b”, do inciso II, do pará-
grafo 4º, do artigo 12, da Constituição Federal.
Atentemos, por fim, que a nossa Constituição Federal, no artigo 5º, inciso XLVII, alínea “d” 
reproduz o quanto disposto no artigo 22, parágrafo 5, da CADH vedando a expulsão (banimento) 
de nacionais brasileiros.
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Os Direitos Humanos na Constituição Federal de 1988. “Dos Direitos Políticos” - Artigos 14º a 16º ......2
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Os Direitos Humanos na Constituição Federal de 
1988. “Dos Direitos Políticos” - Artigos 14º a 16º
No Capítulo IV, nos artigos 14 a 16 foram relacionados os Direitos Políticos, direitos funda-
mentais marcadamente de primeira dimensão.
São direitos conferidos às pessoas para participar da vida e dos negócios políticos do Estado. 
Eles são a expressão da soberania popular, do poder popular.
 → Na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), no artigo XXI, os direitos políticos 
aparecem assegurados com a seguinte redação:
 ˃ Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por intermé-
dio de representantes livremente escolhidos. (...) 
 ˃ A vontade do povo será à base da autoridade do governo. Esta vontade será expressa em eleições 
periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que 
assegure a liberdade de voto.
O direito de participação na vida política do Estado pode se dar, então, de forma direta ou 
indireta; neste último caso, por meio de pessoas que representam a vontade popular. E é a vontade 
popular, expressa de forma direta ou indireta, o que legitima as ações governamentais.
 → Já o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) assegura, no artigo 25, que 
Todo cidadão terá o direito e a possibilidade, sem qualquer das formas de discriminação mencio-
nadas no artigo 2 e sem restrições infundadas: 
 ˃ De participar da condução dos assuntos públicos, diretamente ou por meio de representantes 
livremente escolhidos;
 ˃ De votar e de ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio universal e 
igualitário e por voto secreto, que garantam a manifestação da vontade dos eleitores.
Com uma redação muito parecida àquela do PIDCP, a Convenção Americana sobre Direitos
Humanos (CADH) dispõe em seu artigo 23, parágrafo 1, ao tratar dos Direitos Políticos, que:
 → Todos os cidadãos devem gozar dos seguintes direitos e oportunidades: 
 ˃ De participar da direção dos assuntos públicos, diretamente ou por meio de representantes li-
vremente eleitos; 
 ˃ De votar e ser eleitos em eleições periódicas autênticas, realizadas por sufrágio universal e igual 
e por voto secreto que garanta a livre expressão da vontade dos eleitores.
Apesar de os Estados terem assumido o compromisso de garantir os Direitos Humanos a todos 
(artigo 1, parágrafo 1, da CADH), inclusive independentemente de sua nacionalidade, origem 
nacional, a fruição de alguns deles pode ser limitada em vista de uma qualidade especial da pessoa e 
da natureza do próprio direito.
 → Este é o caso em relação aos direitos políticos que, conforme prevê o parágrafo 2, do artigo 23, da 
CADH pode ser limitado nos seguintes termos:
 ˃ “A lei pode regular o exercício dos direitos e oportunidades a que se refere o inciso anterior, 
exclusivamente por motivos de idade, nacionalidade, residência, idioma, instrução, capacidade 
civil ou mental, ou condenação, por juiz competente, em processo penal”.
Nossa Constituição Federal, no parágrafo 2º, do artigo 14, estabelece expressamente algumas 
restrições ao exercício dos direitos políticos, prevendo que “Não podem alistar-se como eleitores os 
estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos”.
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Como se pode ver são, então, direitos que somente podem ser exercidos pelos cidadãos, ou seja, 
pelos brasileiros natos ou naturalizados. O exercício dos direitos políticos tem, dessa forma, como 
pressuposto, a aquisição da nacionalidade brasileira. 
E os brasileiros adquirem os direitos políticos, por sua vez, com o alistamento eleitoral.
Na sistemática adotada pela Constituição Federal, os direitos políticos podem ser positivos ou 
negativos. 
Os direitos políticos positivos asseguram, efetivamente, a participação do cidadão no processo 
político e nos órgãos governamentais. São eles o direito de sufrágio (art. 14, da CF) – ativo (votar) 
e passivo (ser votado), que é exercido nas eleições, nos plebiscitos, e nos referendos -, a iniciativa 
popular (art. 61, “caput”, da CF), a ação popular (art. 5º, LXXIII, da CF) e a organização e participa-
ção em partidos políticos (art. 17, da CF).
Já os direitos políticos negativos são previsões constitucionais que conduzem à privação do 
direito de participar do processo político e dos órgãos governamentais, como a perda ou suspen-
são dos direitos políticos (art. 15, da CF) e as hipóteses de inelegibilidades (art. 14, parágrafos 4º 
a 8º, da CF). 
Estas - as inelegibilidades - podem ser diretas (atingem a pessoa do candidato, como, por 
exemplo, aquela do artigo 14, parágrafo 5º, da CF) ou indiretas (quando atingem pessoas ligadas a 
um ocupante de mandato eletivo), sendo que as últimas podem ser encontradas especificadamente 
no parágrafo 7º, do artigo 14, da Constituição Federal.
Em relação às inelegibilidades indiretas relacionadas aos cônjuges, conferir a Súmula Vincu-
lante n. 18, do Supremo Tribunal Federal (STF) que proclama: “A dissolução da sociedade ou do 
vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º, do artigo 14, da 
Constituição Federal”. 
Por fim, atentemos ao fato de que a Constituição Federal, seguindo as disposições constantes nos 
documentos internacionais de Direitos Humanos prevê no artigo 15 que é vedada a cassação (que é a 
retirada arbitrária) de direitos políticos, permitindo, contudo a perda ou suspensão dos mesmos em 
algumas hipóteses ali relacionadas, como o “cancelamento da naturalização por sentença transitada 
em julgado” (art. 15, alínea “a”, da CF).
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ÍNDICE
Exercícios Relativos ao Encontro .......................................................................................................................2
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Exercícios Relativos ao Encontro
01. Os direitos sociais, de estatura constitucional, correspondem aos chamados direitos de 
segunda geração. Entre esses direitos, incluem-se a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, 
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência 
aos desamparados.
Certo ( ) Errado ( )
02. Em capítulo próprio da Constituição Federal, é apresentado o rol de todos os direitos sociais a 
serem considerados no texto constitucional.
Certo ( ) Errado ( )
03. Na condição de direitos fundamentais, os direitos sociais são autoaplicáveis e suscetíveis de 
defesa mediante ajuizamento de mandado de injunção sempre que a omissão do poder público 
inviabilize seu exercício.
Certo ( ) Errado ( )
04. Acerca dos direitos sociais é CERTO afirmar que eles são exemplos de liberdades negativas, 
sendo que o cerceamento à liberdade de expressão é uma clara afronta aos direitos sociais 
capitulados na CF. 
Certo ( ) Errado ( )
05. Os direitos sociais previstos na Constituição, por estarem submetidos ao princípio da reserva 
do possível, não podem ser caracterizados como verdadeiros direitos subjetivos, mas, sim, 
como normas programáticas. Dessa forma, esses direitos devem ser tutelados pelo poder 
público, quando este, em sua análise discricionária, julgar favoráveis as condições econômicas 
e administrativas.
Certo ( ) Errado ( )
06. Caracteriza-se como violação à CF o estabelecimento de remuneração inferior ao salário 
mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial. 
Certo ( ) Errado ( )
07. O artigo 8º da CF estabelece que é livre a associação profissional ou sindical. Acerca da liberda-
de sindical é CERTO afirmar que ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos 
ou individuais da categoria, com exceção das questões judiciais e, que ninguém será obrigado a 
filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato.
Certo ( ) Errado ( )
08. O STF entende que, enquanto não houver a regulamentação do direito de greve para os ser-
vidores públicos, é possível a aplicação, no que couber, da lei que disciplina a matéria para os 
empregados privados.
Certo ( ) Errado ( )
09. Hans, ainda que tenha nascido em território brasileiro, não adquiriu nacionalidade originária 
brasileira, não obstante o fato de o Brasil adotar, em regra, o jus soli, como critério de atribui-
ção da nacionalidade originária. Apesar disso, Hans, de nacionalidade germânica, tem capa-
cidade para ser titular de direitos e deveres na ordem civil, de acordo com o direito brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )
10. Um cargo de tenente do Exército apenas poderá ser exercido por brasileiro nato.
Certo ( ) Errado ( )
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11. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde 
que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, pela 
nacionalidade brasileira.
Certo ( ) Errado ( )
12. Consideram-se direitos políticos negativos as restrições e os impedimentos ao exercício da ca-
pacidade eleitoral ativa e passiva.
Certo ( ) Errado ( )
13. Os analfabetos são inalistáveis e inelegíveis.
Certo ( ) Errado ( )
14. Em nenhuma hipótese o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau 
ou por adoção, do presidente da República, de governador de estado ou de prefeito municipal, 
podem ser candidatos a cargos eletivos no território de jurisdição do titular.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - CERTO
02 - ERRADO
03 - CERTO
04 - ERRADO
05 - ERRADO
06 - ERRADO
07 - ERRADO
08 - CERTO
09 - CERTO
10 - CERTO
11 - ERRADO
12 - CERTO
13 - ERRADO
14 - ERRADO
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Exercícios Relativos ao Encontro .......................................................................................................................2
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Exercícios Relativos ao Encontro
01. Pelos princípios que embasam a DUDH e a CF, é possível inferir que ambos os documentos 
impelem ao combate a todas as formas de preconceito e discriminação por motivo de raça, 
sexo, religião, cultura, condição econômica, aparência ou condição física.
Certo ( ) Errado ( )
02. Os direitos e garantias fundamentais são fruto de lenta evolução histórica. Por meio de suas 
fases, percebe-se a construção da própria sociedade e da figura do Estado. Acerca dos direitos e 
das garantias fundamentais expressos na atual Carta Política brasileira é CERTO afirmar que 
ela veda a adoção da pena de morte, salvo nos casos de crimes hediondos.
Certo ( ) Errado ( )
03. A teoria dos direitos fundamentais leva ao estudo daqueles de natureza indisponível por parte 
dos cidadãos, na medida de sua titularidade pela comunidade como um todo, como a essência 
mínima de caracterização da própria definição de sociedade humana. A respeito dos direitos 
e garantias fundamentais, é CERTO afirmar que na evolução das conhecidas dimensões dos 
direitos fundamentais, há, sucessivamente, substituição de direitos na medida do atingimento 
de novos estágios.
Certo ( ) Errado ( )
04. As violações a direitos fundamentais ocorrem tanto nas relações entre o cidadão e o Estado 
quanto nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado.
Certo ( ) Errado ( )
05. A característica de relatividade dos direitos fundamentais possibilita que a própria Consti-
tuição Federal de 1988 (CF) ou o legislador ordinário venham a impor restrições ao exercício 
desses direitos.
Certo ( ) Errado ( )
06. Sendo os direitos fundamentais válidos tanto para as pessoas físicas quanto para as jurídi-
cas, não há, na Constituição Federal de 1988 (CF), exemplo de garantia desses direitos que se 
destine exclusivamente às pessoas físicas.
Certo ( ) Errado ( )
07. A Constituição da República consagra a inviolabilidade do domicílio no sentido restrito 
do local, onde o indivíduo estabelece residência com o ânimo definitivo. Não está sujeito à 
proteção constitucional o consultório profissional de um cirurgião-dentista, que prescinde 
de mandado judicial para efeito de ingresso de agentes públicos para efetuarem uma busca e 
apreensão requerida por autoridade policial.
Certo ( ) Errado ( )
08. A imparcialidade do Poder Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal são ga-
rantidas, dentre outras, pelo princípio do juiz natural, afirmadas no PIDCP/ONU/1966 e em 
nossa Constituição Federal, onde é assegurado a todo e qualquer indivíduo, brasileiro e es-
trangeiro, abrangendo, inclusive, pessoas jurídicas.
Certo ( ) Errado ( )
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09. A ordem postulada em sede de mandado de injunção, também chamado de ação direta de in-
constitucionalidade por omissão, deve ser concedida quando a falta de regra regulamentadora 
impossibilitar o exercício de direitos fundamentais ou de prerrogativas inerentes à nacionali-
dade, à soberania ou à cidadania.
Certo ( ) Errado ( )
10. Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa 
do impetrante ou à de terceiros, constantes de registros ou bancos de dados de entidades go-
vernamentais ou de caráter público.
Certo ( ) Errado ( )
11. São privativos de brasileiro nato os cargos de ministro de Estado da Defesa, ministro de Estado 
da Fazenda e de oficial da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.
Certo ( ) Errado ( )
12. O ato de aquisição de outra nacionalidade não acarreta a perda da nacionalidade do brasilei-
ro nato ou naturalizado, residente em estado estrangeiro, quando a norma estrangeira, por 
motivos profissionais ou para o exercício de direitos civis, impor a sua naturalização como 
condição para a permanência naquele país.
Certo ( ) Errado ( )
13. O status de cidadão tem duas dimensões: a ativa, que se traduz pela capacidade de exercício do 
sufrágio, e a passiva, traduzida pela legitimação para o acesso a cargos públicos. 
Certo ( ) Errado ( ) 
14. Considere que João seja reconhecidamente analfabeto. Nessa situação, por não dispor de capa-
cidade eleitoral ativa e passiva, João não pode votar ou ser candidato às eleições, salvo quando 
expressamente autorizado pela justiça eleitoral.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - CERTO
02 - ERRADO
03 - ERRADO
04 - CERTO
05 - CERTO
06 - ERRADO
07 - ERRADO
08 - CERTO
09 - ERRADO
10 - ERRADO
11 - ERRADO
12 - CERTO
13 - CERTO
14 - ERRADO
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