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SEDIMENTOS E PROCESSOS SEDIMENTARES

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GUILHERME RODRIGUES
LEANDRO GONÇALVES
INTRODUÇÃO
 A 
AGRONOMIA
Planícies do Rio Amazonas
LENÇOIS MARANHENSES
SERRA DO MAR
VILHA VELHA
LAGUNAS FLUMINENSES
DUNAS DO NORDESTE
PANTANAL MATOGROSSENSE
PRAIAS DO RIO DE JANEIRO
São várias as formas superficiais de relevo existentes no Brasil e no mundo.
Quando essas formações são, basicamente, originadas de processos de deposição de sedimentos, costuma-se denominar essas áreas como, forma de leito sedimentar.
Essas formas de leito podem variar gradativamente em suas escalas.
Micro-ondulações ou marcas onduladas 
Megaondulações
Existem também outros locais formados de diferentes relevos.
Serras, 
Escarpas, 
e Planícies
São formas modeladas na superfície terrestre a partir da combinação de processos erosivos e deposicionais
as serras e as escarpas diferem-se das planícies.
 Quantidades de materiais sedimentados
Maior ocorrência de processos erosivos.
Dunas e planícies, são basicamente formadas de sedimentos acumulados, principalmente nas áreas periféricas de montanhas e serras.
Classificação dos relevos
 Deposicionais
 Erosivos
A ação modeladora dos processos sedimentares não se restringe a áreas naturais, ou seja, pouco modificadas pelo homem.
Como Formas e Processos se Relacionam?
Cada forma de relevo deposicional corresponde a uma série se processos modeladores.
 Dunas
Formas sedimentares estão diretamente ligadas aos seus processos. 
Biografia de um Grão de Areia
Intemperismo da rocha-mãe: gestação e nascimento do grão
 Sedimento = Deposição
 Transporte => Deposição 
Físico ou Químico
Grão de areia constituído de quartzo.
Não se precipita Quimicamente
Transporte Mecânico 
Áreas elevadas
Planícies litorâneas
Formação do Grão
Serra 
(Estagio Pré-Grão)
Processos químicos ou físicos sobre a rocha
Desligamento da rocha-mãe
Intemperismo 
Transporte
Sedimento
O que move o grão?
A força gravitacional atua sobre a massa e o volume de um corpo.
 fluido/grão = empuxo
Outras forças atuantes são as de superfície.
Fricção, coesão e ascendente
As Forças de resistência podem dificultar o transporte individual do grão, mas podem também favorecer o transporte de materiais pesados, como o aumento da viscosidade de um fluido.
Forças de corpo e de superfície. 
 Quando atuam em cada grão individualmente.
Transporte de grãos livres.
 Quando atuam sobre a massa de grãos.
Transporte gravitacional ou fluxo denso.
Transporte sedimentar: a maturação do grão
Transporte inicial
(Torrentes pluviais ou movimentos Gravitacionais) 
Rios e/ou corredeiras da escarpa
Planícies Litorâneas
Durante este transporte, o grão passa por um longo período de transformações químicas ou físicas.
 Processos Intempéricos e transformadores 
O período de transformações físicas pode variar dependendo do grão, como por exemplo o quartzo e o feldspato.
FELDSPATO
(ROCHA METAMORFICA)
QUARTZO
As transformações químicas podem variam quanto a sua intensidade.
 pequenas modificações em fissuras, até a completa dissolução do mineral.
As transformações físicas:
 redução do tamanho e arredondamento de sua forma.
A maturação do grão varia de acordo com intensidade e tempo de acontecimento do transporte, de acordo a estabilidade de um mineral e da seleção granulométrica e arredondamento.
Principais cenários da existência do grão: conceitos de área-fonte, bacia sedimentar e nível base
Três cenários geográficos, ligados diretamente às três principais fases da biografia granular:
 a serra, 
 a escarpa, 
 e o oceano ou planície litorânea 
Quatro principais processos geológicos, que interferem na formação do grão: 
 o intemperismo,
 a erosão,
 o transporte 
 e a deposição.
Intemperismo
Ocorre através da manutenção e residência do grão juntamente com matéria orgânica geológica em um determinado local, o que favorece a ação do tempo sobre o mesmo.
Transporte
O transporte predomina em áreas em que o deposito de matéria negativo, favorece a remobilização de grãos e partículas
O transporte dá origem a um processo erosivo
É mais constante no pico da serra e nas partes mais íngremes da escarpa.
Pode variar de acordo com a hidrodinâmica e o clima do local.
 clima => intemperismo
Exemplos 
Em climas quentes e úmidos a decomposição da rocha se dá com mais intensidade, diferentemente de climas frios e áridos.
É perceptível a direta ligação necessária entre o transporte e os processos intempéricos.
 terrenos menos acidentados => transporte lento => atuação climática de contato (intemperes).
A deposição dos sedimentos ocorre em maior intensidade em regiões de baixa altitude.
Dominância geográfica
Nos dois primeiros domínios, se dá a formação do sedimento, por é denominado área-fonte.
 O terceiro domínio onde a deposição é maior, é denominado Bacia Sedimentar.
O local onde é predominante o domínio deposicional, é denominado, basicamente como nível de base.
Sedimentos que Não São Grãos: o Transporte Químico
O transporte químico ocorre, com a mesma função do transporte físico ou mecânico, depositar sedimentos em uma bacia sedimentar
Ocorre o transporte de íons e não de partículas.
 íons (coloide) se integrarão para formar o sedimento
Na bacia sedimentar a transformação do soluto em sedimento pode ocorrer de três diferentes formas:
 pela precipitação química; 
 pela ação de organismos vivos; 
 ou pela precipitação química induzida pelo metabolismo de seres vivos.
Dando Nomes aos Sedimentos
Classifica-se esses materiais segundo a constituição mineralógica e aspectos texturais do grão, deposito ou rocha.
 Última origem do material
Sedimentos
Alóctones 
Autóctones
Formado em local diferente de onde se depositou
Formado exatamente onde se encontra
Transporte e deposição por processos físicos: materiais alóctones
O conceito de alóctones abrange tanto o grão de quartzo provindo de um granito, quanto o fragmento de lava lançado e consolidado no ar, durante uma explosão vulcânica. 
Classificação dos alóctones
Alóctones 
Piroclástico 
Epiclástico
Origem Externa da Terra
Origem Interna da Terra
O alóctone epiclástico faz referência a qualquer sedimento transportado de forma física, independente da distancia decorrida pelo mesmo.
Ele varia de acordo com proximidade da bacia sedimentar.
Epiclástico
Extraclástico
Intraclásticos
Fora da Bacia
Dentro da Bacia
Extraclásticos têm origem na superfície da área-fonte.
Origem interna: materiais intraclásticos
Formação química ou biológica?
 Componentes alobioquímicos de Robert Folk, para classificar rochas calcárias.
Componentes alobioquímicos:
 bioclastos, pellets, restos mineralizados de excrementos fecais, oóides e fragmentos líticos calcários.
sedimentos intraclásticos sem influência químico-biológica, eles correspondem a fragmentos de depósitos terrígenos pré-existentes, retirados mecanicamente do fundo da bacia e redepositados independente do tempo transcorrido entre estes dois processos.
Clasto é qualquer sedimento que experimentou transporte mecânico.
Transporte e deposição por processos bioquímicos: materiais autóctones 
Origem química ou biológica?
Quando são de origem biológica, acontece a deposição de substrato e seu crescimento gradual in situ, que posteriormente formará uma camada sólida, semelhante a um edifício.
Edifícios Sedimentares
Bioconstruidos
 fixação de organismos formadores, ainda em vida, a um substrato onde deixam suas carapaças.
 Ex.: recifes de corais e algas vermelhas.
Bioconstruidos
 Ocorre através do metabolismo de organismos formadores, que provocam mudanças
químicas e/ou hidrodinâmicas que geram a deposição de sedimentos. 
 Representados por construções calcárias, ou algumas vezes fosfáticas, formadas pelo metabolismo fotossintético das cianobactérias.
“Segundo o principio de Le Chatelier, a retirada de qualquer componente de um sistema aberto, em prejuízo de um dos lados da equação, é naturalmente compensado pelo deslocamento do equilíbrio para esse lado e pela reposição do componente consumido. Assim, a retirada de CO2 pela cianobactéria desloca o equilíbrio para a direita, repõe o gás carbônico consumido e favorece a precipitação de carbonato insolúvel, sob a forma de calcita ou aragonita. Deve-se ressaltar, no entanto, que a presença de carbonato nas construções microbianas pode também ter uma componente mecânica, isto é, a retenção ou filtragem de partículas finas pelos microrganismos.”
‘
Edifícios Estromatolíticos
são formados pela alternância regular concordante entre lâminas de esteira microbiana e lâminas de carbonato que as recobre.
Materiais ortoquímicos
Os materiais autóctones de origem química são denominados, ortoquímicos.
 Ex.: evaporito, caliches e espeleotemas.
Categorias de Transporte Mecânico
O transporte sedimentar mecânico ocorre sempre através de um fluido, parado ou em movimento, seja ele o ar, a água ou a massa formada pela mistura de sedimentos.
O que faz com que os grãos se movam são as forças atuantes presentes no fluido.
que quanto mais viscoso e denso for o fluido maior será a quantidade de grãos transportados e vice-versa. 
Fluxos de baixa ou alta Viscosidade
Fluxo de baixa viscosidade
Nos fluidos de baixa viscosidade estacionários as forças de corpo e de superfície atuam individualmente sobre cada grão.
Nos fluidos em movimento as forças de corpo atuam sobre o fluido, fazendo-o se movimentar declive abaixo, enquanto isso ele repassa esta ação a cada grão, podendo ou não transportá-lo, através do esforço tangencial. 
A trajetória, a velocidade e o modo de deslocamento do grão podem influenciar as forças que atuam sobre ele, podendo ocorrer, durante o transporte, a seleção granulométrica dos sedimentos.
Quanto mais grossa a granulação, tende aumentar a velocidade mínima ou crítica necessária para iniciar o seu movimento.
Uma vez que a corrente coloca o grão em movimento, sua velocidade e mecanismos transportadores variam de acordo com o tamanho das partículas transportadas.
Os principais mecanismos são a suspenção, a saltação, o arrasto e o rolamento.
Suspensão
Ocorre quando o grão fica suspenso sobre a interface sedimento/fluido. E pode ocorrer a partir de três condições básicas: existência de turbulência, baixa densidade e comportamento coloidal.
Saltação
ocorre quando o grão fica temporariamente suspenso após a ação da corrente, e ao retornar à superfície deposicional causa um choque que produz ricochetes, ou seja, a saltação induzida que pode através do impacto entre as partículas provocar outros movimentos continuados.
Arrasto
É o deslocamento do grão subparalelo e rente à interface sedimento/fluido, e assim como no movimento de saltação o contato entre grão pode ocasionar novos movimentos, como o remanejamento de grãos através do empurrão.
Rolamento 
é provocado quando o grão inicia um processo de rotação, no próprio eixo, sobre outros grãos
O transporte feito pelo arrasto e pelo rolamento, é denominado tração.
Quanto menor o grão maior as chances de ocorrer suspensão e saltação.
Quando depositados por estes transportes, os sedimentos tendem a formar uma área plana, denominada de leito plano.
Fluxos densos ou gravitacionais 
Este tipo de movimentação de sedimentos é caracterizado pela elevada viscosidade do fluido em contato com o grão.
as forças de corpo e de superfície não atuam individualmente sobre cada grão
É caracterizado pela associação preferencial a declives, pela formação de depósitos na base destes declives e pelo transporte rápido de uma grande quantidade de sedimentos.
Neste caso as forças atuam com mais intensidade sobre os grãos, por influencia da elevação da força peso exercida sobre um determinado local. 
Podem ocorrer devido à dinâmica incessante das encostas, que pode variar com uma taxa mais alta de pluviosidade na região, por exemplo, ou também pela variação da força-peso e das forças de resistência.
Regimes de transporte de alta viscosidade
A matéria-prima do transporte gravitacional é uma mistura de fluido com sólido.
Regimes reológicos rúptil, plástico e fluidal.
No regime rúptil, os grãos mantem contato sistemático e permanente entre si, rompendo-se somente ao longo de superfícies definidas. 
No regime plástico, existe movimento entre os grãos, com choques ou atrito, comportando-se como um falso fluido. 
Já no regime fluidal os grãos encontram-se mergulhados em agua, por isso chamada de fluido.
Outros fluxos densos
Estes fluxos são representados pelo escorregamento, deslizamento, fluxo granular, fluxo de lama, liquefação e corrente de turbidez.
Fluxos densos de reologia rúptil: escorregamentos e deslizamentos
São caracterizados pelo desequilíbrio localizado de tensão interna, ao longo de uma superfície de fraqueza.
Fluxos de reologia plástica (fluxos granulares)
Ocorrem quando a razão grãos/fluido é elevada, e são caracterizados pela integração granular, tipicamente, friccional e por ocorrerem geralmente entre grãos puros.
Quando a lama comanda o movimento: fluxos de lama ou de detritos
Este transporte é caracterizado pela formação de matriz pelítica de interação entre os grãos. Quanto mais fina for a matriz maior será seu potencial ligante e lubrificante entre materiais grossos.
Areias movediças: o fenômeno da liquidificação
A liquefação é o estado intermediário que se encontra entre a reologia plástica e fluidal, em que ocorre a suspensão dos grãos em seus próprios poros.
Fluxos densos de reologia fluidal: correntes de turbidez
Este mecanismo de transporte ocorre em mistura de água e sedimentos e se movem junto ao fundo sedimentar. 
GUILHERME RODRIGUES
LEANDRO GONÇALVES
INTRODUÇÃO
 A 
AGRONOMIA
Introdução
Estudo dos processos subsequentes que conduzem a formação da rocha sedimentar.
Os depósitos sedimentares podem ser divididos em terrígenos e carbonáticas.
Terrígenos
São formados de sedimentos ricos em quartzo e outros materiais como feldspatos, micas e argilominerais.
Carbonáticas
São sedimentos ricos em minerais de origem alobioquímico e autóctone, e de composição química, contendo a presença de sulfatos, fosfatos. Nitratos e sais haloides.
Transformando sedimentos em rochas sedimentares
o conjunto de transformações que o deposito sedimentar sofre após sua decomposição, em resposta a estas novas condições, dá-se o nome de diagênese. 
A diagênese é uma transformação em adaptação a novas condições físicas (pressão e temperatura) e químicas (Eh, pH e pressão de agua), onde o material original é exclusivamente sedimentar
Processos e produtos diagenéticos
A diagênese é caracterizada por um conjunto de processos e por seus respectivos produtos.
Os processos mais conhecidos são: compactação, dissolução, cimentação e recristalização diagenética.
Compactação 
A compactação diagenética pode ser mecânica ou química.
A compactação química resulta do efeito de dissolução de minerais sobre pressão.
A compactação mecânica resulta no empacotamento intergranular e a quebra ou deformação de grãos individuais.
Dissolução
A dissolução diagenética pode ocorrer sem ou com efeito significativo da pressão de soterramento.
A dissolução sem pressão ocorre apenas pelo efeito da percolação de soluções pós deposicionais, ainda
na diagênese precoce.
Cimentação
É a precipitação química de minerais a partir de íons em solução na água intersticial.
Os cimentos mais comuns em rochas sedimentares são os siliciosos, os carbonáticas, os férricos e ferrosos e os aluminossilicatos.
Recristalização Diagenéticas 
o termo recristalização diagenética designa modificação da mineralogia e textura cristalina de componentes sedimentares pela ação de soluções intersticiais em condições de soterramento.
As duas modificações mais comuns são a transformação de aragonita em calcita e carbonato em sílica.
Componentes de Rochas Sedimentares
Os processos diageneticos modificam a textura e a mineralogia dos grãos, alteram a forma e a taxa de porosidade e criam novos componentes mineralógicos sob a forma de cimentos.
O deposito sedimentar pode ser dividido em dois grupos de componentes:
Deposicionais (primários)
Diageneticos ( secundários)
Componentes deposicionais
Os componentes deposicionais de um agregado sedimentar são três:
 o arcabouço
 a matriz
 e a porosidade primária 
Componentes diageneticos 
Os processos diageneticos incluem dissolução e fragmentação, o que equivale a criar poros, sendo também capaz de fechar estes poros por meio da compactação.
Dando nome às rochas sedimentares
Inicialmente, para a nomenclatura da rochas, as mesmas são classificadas quanto ao tipo de rocha:
 terrígenas ou carbonáticas 
Classificação das Rochas Terrígenas
O conceito de textura refere-se às propriedades físicas de partícula.
Essas propriedades texturais são o tamanho do grão (granulação), a forma (proporção da Matriz), e suas feições superficiais (arredondamento)
As propriedades mineralógicas ficam caracterizadas pela proporção QFL (Quartzo, feldspato e Líticos) e pela diversidade ou pureza composicional.
Classificação das rocha terrígenas
Nomes Texturais
 nomes granulométricos: rochas rudáceas, arenáceas e lutáceas.
Nomes baseados na quantidade relativa de matriz: arenitos, wackes, ortoconglomerados e paraconglomerados
Classificação das rocha terrígenas
 nomes alusivos ao arredondamento dos grãos: brechas e conglomerados.
Classificação das rocha terrígenas
Nomes Mineralógicos
 nomes mineralógicos de rochas arenáceas.
 Nomes mineralógicos de rochas rudáceas
 nomes mineralógicos de rochas lutáceas.
 nomes relativos a estruturas sedimentares: folhelho e ritmitos
Classificação das rochas carbonáticas 
Nomes Texturais
 nomes granulométricos: calcarenitos, calcirruditos e calcilutitos.
 Nomes granulométricos para rochas não-carbonáticas, formadas de material de dentro da bacia 
Classificação das rocha terrígenas
Nomes baseados no tipo de grão
Nomes químico-mineralógicos: dolomitos e calcários 
OBRIGADO
PELA
ATENÇAO

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