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Texto base_Seminário 2_Relação entre campo e cidade, desenvolvimento urbano e rural e qualidade de vida

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Leo Silva

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1 
 
ATUALIDADES EM FOCO 
 
TEMA: RELAÇÃO ENTRE CAMPO E CIDADE, DESENVOLVIMENTO 
URBANO E RURAL E QUALIDADE DE VIDA 
PROFESSOR: LEONARDO CAMPOS 
 
 1 Introdução 
 
Olá estudante, como estão os estudos? 
 
Nesta jornada, torna-se importante investir em revisões ao longo de nossa 
caminhada, bem como algum investimento em Conhecimentos Gerais e tópicos 
temáticos de Atualidades que englobem assuntos diversos. Na aula de hoje, 
dialogaremos sobre a Relação entre campo e cidade, desenvolvimento urbano e 
rural e qualidade de vida. 
 
Vamos nessa? 
 
 2 Desenvolvimento 
 
Campo e cidade são formas que os teóricos consideram concretas. Urbano e rural 
seriam representações sociais, elementos que compõem os conteúdos das práticas de 
cada sujeito, instituição, dentre outros. Os trabalhos acadêmicos oriundos de 
pesquisas científicas na área nos últimos anos têm destacado que as relações entre 
campo e cidade, rural e urbano passaram por muitos avanços, pois ambos compõem 
um continuum, são partes de um todo, mesmo que em alguns momentos, o campo 
não seja tão rural e a cidade não seja tão urbana. Em linhas gerais, são polos que se 
complementam, não se opõem, justamente por suas diferenças, sem se excluírem 
mutuamente, como geralmente as pessoas acreditam. Com o processo de 
industrialização constante da agricultura, desde as revoluções dos séculos passados, 
tem se eliminado a separação entre cidade e campo, rural e urbano. O 
desenvolvimento do capitalismo moldou o que antes era constatado como separado, 
sabe? É uma temática para muitos debates. Vejamos o que Milton Santos descreveu 
sobre esta divisão, por exemplo, ao colocar que as regiões urbanas possuem 
atividades rurais, assim como áreas agrícolas possuem demandas urbanas, e vice-
versa. No geral, são paisagens sonoras diferentes, com visuais distintos, mas que se 
complementam. Os debates sobre tais definições ganharam mais força nos anos 
1970, quando diversas áreas do conhecimento, tais como a Sociologia, a Economia e 
a Geografia começaram a buscar renovação para este tópico temático cheio de 
paradoxos. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Espaço rural 
 
O campo, ou como alguns designam, o rural, é tido como o local onde as pessoas 
viviam dispersamente, um lugar do trabalho natural, território que, na concepção dos 
dicionários, traz palavras-chave do tipo rudeza, rusticidade etc. Como coloca P. Bagli 
em Rural e Urbano: Harmonia e Conflito Cadência da Contradição, texto de 
referência, publicado em 2006, o rural, quando denominado fora da ideia do continuum 
anteriormente mencionado, é apresentado com as seguintes características: rústico, 
inculto, grosseiro, tosco, labrego, saloio, desajeitado, sem elegância, ingênuo, 
simplório, atilado, estúpido, esquivo, bisonho, inacessível ao amor, agreste, dentre 
outros. Rural vem da raiz “rus”, conceituada como antagonismo de “urbs”, por isso, o 
que é “rusticus” está constantemente conectado ao que é inferior, ao desajeitado, 
excessivamente simplório. A diferença ocupacional é outro ponto tratado como critério 
para compreensão desta relação, sendo o rural o lugar de atividades ocupacionais 
diferentes do urbano, com trabalhadores que exercem as suas funções ao ar livre, em 
maior proporção que aqueles das zonas urbanas, mais próximos da natureza. No 
geral, no rural, os hábitos se edificam com base na intensidade das relações entre 
terra e trabalho, isto é, é desta dinâmica que os rendimentos são extraídos, seja em 
forma de produtos para o autoconsumo, seja em forma de produtos para gerar 
comercialização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Espaço urbano 
 
A cidade é tida como o espaço da reunião, das aglomerações, dos encontros de todo 
tipo: políticos, religiosos etc. O que é urbano, na concepção geral, é mais móbil que a 
dinâmica rural, deslocando-se mais de lugar, de suas ocupações e lugares sociais, 
diferente nas correntes de migração, além de seu suposto sistema de integração 
social, pois acredita-se que os moradores rurais teriam menos contato com um 
número específico de pessoas em suas trajetórias. Os habitantes das cidades são 
separados do contato maior com a natureza, diante das paredes das gigantes 
construções urbanas e pelo ambiente artificial da cidade erguida por concreto. A 
calmaria e tranquilidade do campo, algo que também associo com poemas do 
Arcadismo e suas ressonâncias na cultura contemporânea, diferenciam-se dos sons e 
movimentos da sociedade tecnológica do Modernismo e do Pós-Modernismo. 
Ademais, para complementar essa ideia, nos ambientes urbanos, dizem que é um 
espaço de mero chão, onde nada se retira para cultivar com o fim de termos a 
obtenção de sobrevivência ou rendimentos, um território que assume a seguinte 
dimensão: é uma terra onde as relações se realizam por meio daquilo que sobre ela se 
encontra construído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Os episódios da série citada na imagem acima são curtos e muito envolventes, além 
de permitirem entendimento até mesmo daqueles que desconhecem o que aconteceu 
anteriormente em sua linha narrativa. Em O Campo e a Cidade, temos a protagonista 
Carrie Bradshaw, interpretada por Sarah Jessica Parker, tendo que realizar 
concessões com o seu namorado. Ela vive uma relação segura, saudável, coisa que 
há tempos não acontece em sua vida, por isso, se permite passar alguns dias no 
campo, espaço visto aqui dentro do paradoxo que o delineia como ambiente do atraso, 
do rústico, algo totalmente diferente de sua rotina cosmopolita pelas ruas 
novaiorquinas. Ela é a cidadã da grande metrópole, lugar onde se dorme pouco, fuma-
se muito, encontra-se os amigos em boates e restaurantes badalados, muito diferente 
do campo apresentado no episódio, lugar onde os animais cruzam a linha da floresta e 
invadem o cotidiano daqueles que ali habitam. Considero esta uma ilustração ideal 
para refletir sobre as concepções do que muitos ainda definem em relação aos eixos 
de rural e urbano. No caso de Vidas Secas, como mencionado anteriormente, delineio 
o romance de Graciliano Ramos para permitir ampliação do repertório cultural dos 
participantes, pois além de debater a noção de campo/rural do Romance de 30, 
dialogo com uma das obras-primas da literatura brasileira moderna, algo importante 
para um encontro de Conhecimentos Gerais. 
 
Qualidade de vida na relação entre campo e cidade 
 
Vejo que muita gente sequer tem noção do que de fato é qualidade de vida. No caso 
deste encontro, versar sobre qualidade de vida é pensar a presença do ser humano 
nos espaços urbanos e como estes indivíduos lidam com os fatores ecológicos, 
sociais, econômicos, ambientais, dentre outros, envolvendo o território em que vivem. 
Conscientizar-se sobre o que são seus direitos e deveres nesta dinâmica também é 
algo essencial. A ONU define qualidade de vida como o bem-estar espiritual, físico, 
psicológico e emocional, além de prezar pelo bom relacionamento social dos 
indivíduos, bem como habitação, lazer, segurança e outras circunstâncias de vida, 
devidamente asseguradas em suas dinâmicas sociais. A comunicação, como salientei, 
ocupa um posicionamento importantíssimo neste processo, afinal, com o 
estabelecimento das sociedades tecnológicas, as informações chegam no fluxo bem 
maior que antigamente e além de informar, que é o básico, a comunicação também se 
torna grande responsável por permitir, em tese, que as pessoas tenham acesso ao 
que acontece e instigue o poder público no que concerne as respostas/resoluções 
para tudo aquilo que é problema e que ameaça a sua qualidade de vida na cena 
urbana, principalmente em nosso país, conhecido por seus projetos desumanizados, 
opressores das populações mais pobres e de alta especulação imobiliária para 
aqueles detentores de maior capital. Acho que trechos de O Cortiço, de Aluísio de 
Azevedo, e cenas de Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, ajudaram bastante nas 
ilustrações deste tópico.5 
 
 3 Encerramento 
 
 
Esse tema foi revisado neste encontro, mas você, estudante, precisa ter uma noção 
básica dos tópicos que foram levantados, pois o mundo, o mercado de trabalho e as 
nossas relações pedem isso. Indivíduos críticos, leitores, debatedores, pessoas 
cidadãs e questionadoras que sejam especialistas em suas áreas, mas que dominem 
uma noção geral das coisas. E para isso uma aula de revisão não consegue dar conta, 
apenas sugerir caminhos para rememorar tópicos. Torna-se necessário que o 
estudante seja uma pessoa leitora, não apenas de textos verbais e não-verbais, mas 
observador do mundo que o cerca.

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