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biocom 2015_resumo completo - analise fisico-quimica do +¦leo pinh+úo manso - submetido ao evento

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Caracterização da Identidade do Óleo Vegetal de Pinhão Manso (Jatropha curcas L.) Obtidos sob Diferentes Condições de Cultivo
AUTORES: Vinicius Emmanuel Viviani1, Jordana Camila Tagiariolli Stringaci1, Priscila Girdzyauskas Cottige1, Sabrina Mara Vilaça1, Irineu Pedro de Sousa Andrade2, Marcos Vinicius Follegatti2, Danilo Luiz Flumignan1.
1 – Instituo Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP Campus Matão; 2 ESALQ – USP; 
RESUMO
A Jatropha curcas L. é apontada como uma oleaginosa promissora para gerar matéria-prima para área de biocombustíveis. Vários esforços são feitos para compreender as necessidades da planta, afim, de aumentar sua produtividade e como consequência gerando óleo com qualidade adequada a ser usado na produção de biodiesel. Desta maneira realizamos o cultivo da Jatropha curcas explorando diferentes tipos de adubação e irrigação, afim de evidenciarmos a influência dos diferentes cultivos no rendimento e na composição do óleo extraído das sementes. De acordo com esse estudo, nos certificamos que não houve alteração significativa nas características físico-químicas do óleo de pinhão manso, segundo os ensaios de estabilidade oxidativa, densidade relativa, índice do peróxido, iodo, acidez e refração.
PALAVRAS CHAVE: Jatropha curcas L.; Qualidade do Óleo Vegetal; Controle de Qualidade.
INTRODUÇÃO
Atualmente a maior parte da energia consumida no mundo provém do petróleo, carvão e do gás natural. Entretanto, essas são fontes possuem previsão de esgotamento em um futuro próximo. Com a crescente necessidade de encontrar fontes alternativas de energia para substituir os combustíveis fósseis, diversas plantas vem sendo estudadas por institutos de pesquisas e empresas. A produção de biocombustíveis por meio do desenvolvimento dos setores agroenergéticos pode se tornar uma solução viável para o suprimento da demanda energética mundial.
O pinhão manso (Jatropha curcas L.) destaca-se entre as oleaginosas com potencial para a produção de biodiesel. A espécie apresenta características desejáveis, tais como: potencial de altos rendimentos de grãos e óleo, boa qualidade do óleo para a produção de biodiesel, adaptabilidade a diferentes regiões, precocidade e longevidade.
Apropriada ao cultivo em quase todo o país devido a sua rusticidade e resistência às condições adversas de clima e solo, principalmente ao estresse hídrico, a cultura do pinhão manso é tolerante à seca e pode ser usada em áreas marginais ou degradadas sem a competição com culturas para fins de alimentação. Contudo, limitações técnicas têm impedido a inserção plena do pinhão manso na matriz energética brasileira. Por ser ainda uma planta silvestre, suas características agronômicas não são completamente entendidas e os efeitos do ambiente sobre as plantas e sobre o seu óleo produzido não têm sido completamente investigados.
O objetivo deste trabalho foi de avaliar as características físico-químicas de identidade do óleo vegetal de pinhão manso submetido a diferentes condições de cultivo nas condições climáticas.
MATERIAL E MÉTODOS
As sementes de pinhão manso foram fornecidas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ/USP em Piracicaba-SP, onde as plantas de pinhão manso são cultivadas em uma área experimental e se encontram no terceiro ano de cultivo. As sementes colhidas são provenientes de diferentes tipos de manejo adotado, sendo cultivado em área irrigada e sem irrigação, cada uma com quatro diferentes doses de adubação nitrogenada que são: 150%, 100%, 50% e 0% da recomendação de adubação para a cultura (FACT, 2010). A extração do óleo foi realizada no laboratório de Agronomia do Instituto Federal de São Paulo - IFSP Campus Matão-SP por meio de extração química via Soxhlet, utilizando hexano como solvente. Após a extração, o óleo vegetal bruto foi armazenado em temperatura ambiente em frasco âmbar, ao abrigo da luz até o momento das análises.
Para a caracterização da qualidade do óleo do pinhão manso foram determinados a estabilidade oxidativa, índice do peróxido, índice de iodo, índice de acidez, índice de refração e densidade relativa. As características físico-químicas de identidade e de qualidade dos óleos vegetais foram realizadas conforme métodos oficiais da American Oil Chemists’ Society (AOCS, 2003). A densidade relativa foi realizada conforme o método Crude Oil, utilizando um densímetro automático.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O resultados das análises de caracterização e qualidade do óleo de pinhão manso são encontradas na Tabela 1.
Tabela 1. Propriedade físico-químicas do óleo vegetal de pinhão para todos os tratamentos avaliados.
	Tratamento
	Índice de peróxido
	Índice de iodo
	Índice de acidez
	
	Irrigado
	Sequeiro
	Irrigado
	Sequeiro
	Irrigado
	Sequeiro
	150% N
	0
	0
	104,45
	99,30
	1,455
	7,025
	100% N
	0
	1,8
	100,55
	98,75
	1,395
	6,02
	50% N
	0
	0
	107,5
	96,1
	0,805
	5,35
	0% N
	1,15
	0
	102,8
	100,6
	0,86
	3,93
	CV (%)
	282,84
	282,84
	4,98
	5,72
	40,30
	89,04
	Tratamento
	Densidade
	Refração
	Estab. Oxidativa
	
	Irrigado
	Sequeiro
	Irrigado
	Sequeiro
	Irrigado
	Sequeiro
	150% N
	0,91003
	0,90787
	1,46265
	1,4626
	16,44
	20,56
	100% N
	0,90963
	0,91525
	1,46195
	1,46425
	21,84
	22,18
	50% N
	0,91437
	0,90384
	1,46355
	1,4599
	18,62
	24,87
	0% N
	0,91487
	0,9136
	1,4633
	1,46345
	23,95
	25,08
	CV (%)
	0,27
	0,74
	0,09
	0,15
	17,10
	26,38
As propriedades físico-químicas não apresentaram diferença estatística entre os tratamentos avaliados. De uma forma geral o óleo de pinhão manso apresentou um baixo índice de peróxido praticamente nulo ou muito baixo em todos os casos após seis meses do início da extração do óleo, mantendo as características de qualidade do óleo. Comparando os tratamentos irrigados e em sequeiro, o índice de acidez e a estabilidade oxidativa foram as propriedades que apresentaram os resultados mais contrastantes dentre os manejos irrigados com um baixo valor de acidez e estabilidade oxidativa para os tratamentos irrigados enquanto os tratamentos não irrigados obtiveram uma elevação no índice de acidez o que prejudica a qualidade do óleo, apresentando entretanto um maior valor de estabilidade oxidativa, o que apresenta dentre outras características um maior tempo de prateleira para estes óleos. As propriedades como índice de iodo, densidade relativa e refração, apresentaram pouquíssimas variações dentre os tratamentos avaliados.
CONCLUSÃO 
Os tratamentos avaliados não apresentaram diferenças dentro os tratamentos avaliados, chegando a conclusão da baixa interferência no manejo adotado na irrigação e na adubação nitrogenada no óleo extraído do cultivo do pinhão manso. De uma forma geral, o óleo de pinhão manso apresentou excelentes características como um índice de peróxido praticamente nulo e baixíssimos teores de acidez e excelentes valores de estabilidade de oxidação principalmente para os tratamentos não irrigados.
AGRADECIMENTOS
A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ/USP e ao Instituto Federal de São Paulo - IFSP Campus Matão.
REFERÊNCIAS
AOCS. Official methods and recommended practices of the AMERICAN OIL CHEMISTS’ SOCIETY. 5. ed. Champaign:, 2003.
FACT FOUNDATION. THE JATROPHA HANDBOOK: From cultivation to application. 174 p. 2010.
HELLER, J. Physic nut: Jatropha curcas L.: Promoting the conservation and use of underutilized and neglected crops. Rome: Institute of Plant Genetics and Crop Plant Research, 1996. 66 p.
SLUSZZ, T.; MACHADO, J. A. D. Culturas matérias-primas para biodiesel e o potencial de adoção pela agricultura familiar nas diferentes regiões brasileiras. In: PICHLER, N. A.; PADILHA, A. C. M.; ROCHA, J. M. (Org.). Biodiesel. Jaguarão/RS: UNIPAMPA, 2011, p. 161-182.

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