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PRATICANDO TEORIA GERAL DO PROCESSO 1. Itens iniciais Apresentação Praticar é fundamental para o seu aprendizado. Sentir-se desafiado, lidar com a frustração e aplicar conceitos são essenciais para fixar conhecimentos. No ambiente Praticando, você terá a oportunidade de enfrentar desafios específicos e estudos de caso, criados para ampliar suas competências e para a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos. Objetivo Ampliar competências e consolidar conhecimentos através de desafios específicos e estudos de caso práticos. 1. Estudo de Caso Desafio Judicial: Revertendo uma Sentença Injusta Caso Prático Maria, advogada de uma pequena cidade, está representando um cliente em um processo civil. O caso envolve uma disputa de propriedade que se arrasta há anos. Recentemente, Maria descobriu que a sentença proferida no processo de seu cliente violou claramente uma norma jurídica importante, resultando em uma decisão manifestamente injusta. Além disso, a sentença foi proferida por um juiz que, segundo Maria, estava impedido devido a um relacionamento pessoal com a outra parte. Maria está agora enfrentando um dilema ético e profissional, pois seu cliente está sofrendo as consequências dessa sentença. A situação ocorre no tribunal local da cidade, onde a sentença foi emitida há seis meses. Diante da situação apresentada, discuta as possíveis ações legais que Maria pode tomar para reverter a sentença proferida no caso de seu cliente, considerando a violação da norma jurídica e o impedimento do juiz. Em sua resposta, avalie a adequação da ação rescisória como solução e os possíveis desafios que Maria pode enfrentar durante o processo. Chave de resposta Maria pode considerar entrar com uma ação rescisória para reverter a sentença injusta proferida contra seu cliente. A ação rescisória é apropriada neste caso, pois permite desconstituir uma decisão judicial transitada em julgado quando há violação manifesta de norma jurídica ou quando a sentença é proferida por um juiz impedido. Segundo o artigo 966 do Código de Processo Civil (CPC), são hipóteses de cabimento da ação rescisória a decisão que viola manifestamente a norma jurídica (inciso V) e a decisão proferida por juiz impedido (inciso II). Para iniciar a ação rescisória, Maria deve reunir provas concretas de que a norma jurídica foi claramente violada e de que o juiz estava impedido de julgar o caso devido ao relacionamento pessoal com a outra parte. A comprovação desses fatos é crucial para o sucesso da ação. Além disso, é importante destacar que a ação rescisória deve ser proposta no prazo de dois anos, contado do trânsito em julgado da decisão que se pretende rescindir, conforme o artigo 975 do CPC. Maria também deve estar ciente dos desafios que pode enfrentar. A ação rescisória é um processo complexo que requer um alto nível de detalhamento e fundamentação. A resistência da outra parte e o possível envolvimento emocional devido ao relacionamento pessoal com o juiz podem dificultar o processo. Além disso, Maria deve estar preparada para a possibilidade de que o tribunal demore a apreciar o caso, o que pode prolongar o sofrimento de seu cliente. Em resumo, a ação rescisória é uma via legal viável para reverter a sentença injusta, desde que Maria consiga demonstrar de forma clara e convincente a violação da norma jurídica e o impedimento do juiz. É uma medida que exige precisão técnica e estratégia jurídica bem delineada, mas pode resultar na anulação da decisão injusta e na obtenção de uma nova sentença favorável ao seu cliente. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Tema: Competência e Processo Tema: Sentença 2. Desafios Competência e processo Desafio 1 Você é um advogado especializado em Direito Processual Civil e está lidando com um caso onde a definição de competência do tribunal é essencial para o andamento do processo. Seu cliente está questionando a competência do tribunal escolhido pela parte contrária, e você precisa explicar a diferença entre competência absoluta e competência relativa para fundamentar a sua argumentação jurídica. Sobre competência absoluta e competência relativa: A Ambas são imodificáveis pela vontade das partes. B A competência relativa é modificável pela vontade das partes. C A competência relativa é imodificável pela vontade das partes. D A competência absoluta é modificável pela vontade das partes. E Nenhuma das alternativas. A alternativa B está correta. A correta é "A competência relativa é modificável pela vontade das partes" porque: A) Ambas são imodificáveis pela vontade das partes: Incorreta. A competência absoluta é realmente imodificável pela vontade das partes, pois diz respeito a questões de ordem pública, como matéria, função e hierarquia. No entanto, a competência relativa, que se relaciona a fatores territoriais ou pessoais, pode ser modificada por convenção das partes envolvidas no processo. B) A competência relativa é modificável pela vontade das partes: Correta. A competência relativa pode ser alterada por acordo entre as partes, uma vez que está ligada a aspectos de conveniência e localização, que podem ser ajustados conforme a necessidade dos envolvidos. Esse ajuste pode ocorrer através de cláusulas de eleição de foro, por exemplo. C) A competência relativa é imodificável pela vontade das partes: Incorreta. Essa afirmativa está incorreta porque a competência relativa, ao contrário da absoluta, é flexibilizada justamente para atender à conveniência das partes, permitindo que elas estipulem o foro de eleição para dirimir eventuais litígios. D) A competência absoluta é modificável pela vontade das partes: Incorreta. A competência absoluta é uma imposição legal que visa garantir a ordem pública e a segurança jurídica, sendo, portanto, inalterável pelas partes. Ela é determinada por critérios específicos como a natureza da causa e a hierarquia do tribunal. E) Nenhuma das alternativas: Incorreta. A alternativa correta está claramente descrita na letra B, onde a competência relativa pode ser modificada pela vontade das partes, ao contrário da competência absoluta. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Competência - Conceito e Princípios “Para alcançar essa finalidade, a competência se alicerça em três princípios: do juiz natural, da perpetuação da jurisdição e da competência-competência. O primeiro princípio impõe que o juízo responsável por processar e julgar um processo seja previamente estabelecido por lei. Por esse motivo, e conforme indicado no art. 44 do Código de Processo Civil (CPC), há regras de fixação de competência na Carta Magna, em diplomas legislativos federais, estaduais e, até mesmo, em regramentos dos tribunais brasileiros.” Desafio 2 Você é um advogado que atua na área de Direito Internacional e foi procurado por uma família que precisa abrir o inventário de um ente querido falecido recentemente. O falecido possuía bens em diversos países, e você deve orientar a família sobre qual país tem competência para processar o inventário dos bens localizados no Brasil. Bertulina, portuguesa, após viver longo período no Brasil, decide voltar à sua terra natal para viver ao lado de seu único irmão. Dois meses após desembarcar em Portugal, Bertulina veio a falecer vítima de acidente automobilístico. Seu vasto patrimônio é constituído por dois imóveis no Rio de Janeiro, cinco na Espanha e três em Portugal. Indique a alternativa correta, quando da abertura do inventário sobre os bens no Rio de Janeiro: A Caberia à justiça portuguesa por três motivos: a falecida era portuguesa, deixou bens neste país e o único herdeiro reside em Portugal. B Os herdeiros podem optar entre justiça brasileira ou portuguesa, uma vez que a falecida possuía bens em ambos os países. C Seria exclusivamente da justiça brasileira, pois somente a autoridade judiciária brasileira pode decidir acerca do inventário e da partilha de bens situados em território nacional. D Tendo em vista que a maior parte do patrimônio de Bertulina encontra-secorretamente o procedimento para a desistência da ação? A Depende da aceitação de Henrique e pode ser formulado até a sentença, que, se homologar a desistência, resolverá o mérito. B Independe da aceitação de Henrique e pode ser formulado apenas se a causa versar sobre direitos disponíveis. Se o juiz homologar a desistência, a sentença resolverá o mérito. C Depende da aceitação de Henrique e pode ser formulado apenas se tiver havido instrução. Se o juiz homologar a desistência, a sentença não resolverá o mérito. D Independe da aceitação de Henrique e pode ser formulado até a sentença, que, se homologar a desistência, não resolverá o mérito. E Depende da aceitação de Henrique e pode ser formulado até a sentença, que, se homologar a desistência, não resolverá o mérito. A alternativa E está correta. A correta é "Depende da aceitação de Henrique e pode ser formulado até a sentença, que, se homologar a desistência, não resolverá o mérito" porque: A) Incorreta. A aceitação de Henrique é necessária para a desistência da ação, mas a homologação da desistência pelo juiz não resolverá o mérito. A desistência implica na extinção do processo sem julgamento de mérito. O art. 485, § 6º, do CPC, estabelece que o processo será extinto sem resolução do mérito quando o autor desistir da ação, após a apresentação de contestação pelo réu. B) Incorreta. A desistência da ação não depende de a causa versar sobre direitos disponíveis. Além disso, a homologação da desistência pelo juiz não resolve o mérito, mas apenas extingue o processo sem julgamento de mérito. O CPC permite a desistência mesmo em causas que envolvam direitos indisponíveis, desde que observadas as formalidades processuais. C) Incorreta. A aceitação de Henrique é necessária, mas a desistência não está condicionada à instrução do processo. A homologação da desistência implica na extinção do processo sem julgamento de mérito, independentemente de haver instrução. O CPC não condiciona a desistência ao estágio processual, mas sim à aceitação do réu após a contestação. D) Incorreta. A aceitação de Henrique é necessária para a desistência da ação, e a homologação da desistência pelo juiz implica na extinção do processo sem julgamento de mérito, não podendo ser feita independentemente da aceitação de Henrique. O CPC prevê que a desistência após a contestação depende da concordância do réu. E) Correta. A desistência da ação depende da aceitação de Henrique e pode ser formulada até a sentença. Se o juiz homologar a desistência, a sentença não resolverá o mérito, mas apenas extinguirá o processo sem julgamento de mérito. O art. 485, § 4º, do CPC, estabelece que a desistência após a apresentação da contestação depende da aceitação do réu, sendo este o procedimento correto. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Sentenças Terminativas e Definitivas “As hipóteses que acarretam a prolação de sentença terminativa e definitiva estão previstas nos arts. 485 e 487, do CPC, respectivamente. Para melhor compreensão, passemos a analisar cada uma delas. O inciso I, do art. 485, estabelece o primeiro caso de sentença terminativa, qual seja, o indeferimento da petição inicial, o qual somente ocorre nas hipóteses do art. 330 do CPC. Os incisos II e III do art. 485 tratam dos casos em que há um desinteresse das partes ou do autor no prosseguimento do processo. São, respectivamente, os casos de abandono bilateral e unilateral do processo.” Desafio 3 Imagine que você está trabalhando como estagiário em um escritório de advocacia e precisa auxiliar na elaboração de um parecer jurídico. O parecer envolve explicar o ato judicial que põe fim à fase cognitiva do procedimento comum. Esse entendimento é essencial para a correta orientação dos clientes sobre as etapas do processo judicial. Qual é a classificação desse ato judicial? A Despacho. B Decisão interlocutória. C Sentença. D Acórdão. E Meramente ordinatório. A alternativa C está correta. A correta é "Sentença." porque: A) Incorreta. Despacho é um ato judicial que não possui caráter decisório, servindo apenas para dar andamento ao processo. Não põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, mas sim trata de questões administrativas do processo. Segundo o art. 203, caput, do CPC, o despacho é o ato pelo qual o juiz impulsiona o andamento do processo, sem decidir sobre o mérito ou extinguir a fase cognitiva. B) Incorreta. Decisão interlocutória é aquela proferida ao longo do processo, resolvendo questões incidentais sem encerrar a fase cognitiva ou o processo como um todo. Portanto, não é o ato que põe fim à fase cognitiva do procedimento comum. A decisão interlocutória, conforme o art. 203, § 2º, do CPC, é qualquer pronunciamento judicial que não se enquadre como sentença ou despacho. C) Correta. Sentença é o ato judicial que põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, conforme definido pelo art. 203, § 1º, do CPC. Ela pode resolver o mérito da causa ou extinguir o processo sem resolução de mérito, encerrando essa etapa do processo judicial. A sentença é o pronunciamento que decide, de forma definitiva, sobre as questões submetidas à apreciação judicial. D) Incorreta. Acórdão é a decisão proferida por um órgão colegiado de um tribunal, como em recursos ou ações originárias nos tribunais. Não se aplica ao encerramento da fase cognitiva em primeira instância. O acórdão, conforme o art. 204 do CPC, é a decisão colegiada que, geralmente, julga recursos ou ações originárias de tribunais superiores. E) Incorreta. Atos meramente ordinatórios são aqueles que têm por finalidade ordenar o andamento do processo, sem conteúdo decisório e sem pôr fim à fase cognitiva do procedimento comum. São atos de natureza administrativa, previstos no art. 203, caput, do CPC. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Conceito Legal “O art. 203, §1º, do CPC, estabelece que: ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. Pela leitura do dispositivo legal, nota-se que o legislador qualifica o pronunciamento judicial como sentença, tendo por base dois critérios distintos: a decisão judicial deve encerrar a fase cognitiva do procedimento comum ou extinguir a execução; a decisão judicial deve ter como fundamento uma das hipóteses previstas nos arts. 485 ou 487. Trata-se, assim, de um conceito híbrido, considerando não apenas o conteúdo, mas também as finalidades (os efeitos) da decisão judicial, para enquadrá-la na definição de sentença.” Desafio 4 Você é um advogado que representa Brenda, uma estudante universitária de 20 anos que recebe pensão após a morte do pai. Ela foi informada que seu benefício será extinto quando completar 21 anos. Brenda ajuizou uma ação para manter a pensão até os 24 anos, idade prevista para conclusão do curso. No entanto, o juiz rejeitou liminarmente seu pedido, alegando que a matéria já está pacificada nos tribunais superiores em desfavor de Brenda. Considerando a situação, identifique a alternativa correta sobre os recursos cabíveis para Brenda: A Uma vez que a matéria é pacífica nos tribunais superiores em favor da ré, poderia o magistrado, ao receber a petição inicial, sentenciar o feito e julgar desde logo procedente o pedido. B Mesmo que a demanda envolvesse necessidade de produção de prova pericial, o magistrado poderia se valer da improcedência liminar, tendo em vista a força dos precedentes dos tribunais superiores. C Se a matéria de mérito estivesse pacificada nos tribunais superiores em favor da autora, poderia o magistrado, ao receber a petição inicial, sentenciar o feito e julgar desde logo procedente o pedido. D No caso de eventual recurso de Brenda, o juízo que proferiu a sentença poderá, se assim entender, retratar- se. E A decisão acima mencionada, se transitada em julgado, não faz coisa julgada material, na medida em que a ausênciade citação do réu impede a formação regular do processo. A alternativa D está correta. A correta é "No caso de eventual recurso de Brenda, o juízo que proferiu a sentença poderá, se assim entender, retratar-se" porque: A) Incorreta. Se a matéria é pacífica nos tribunais superiores em favor da ré, o magistrado não poderia sentenciar o feito e julgar desde logo procedente o pedido da autora. Nesse caso, o pedido da autora seria improcedente. A improcedência liminar só se aplica quando o mérito é contrário ao autor, conforme prevê o art. 332, CPC. B) Incorreta. A improcedência liminar pode ser utilizada pelo magistrado quando a matéria já está pacificada nos tribunais superiores, mas isso não se aplica se a demanda necessitar de produção de prova pericial, pois essa necessidade indica que há questões fáticas a serem resolvidas. Conforme o art. 332, CPC, a improcedência liminar depende da matéria de direito já decidida pelos tribunais superiores, sem necessidade de prova. C) Incorreta. Mesmo que a matéria de mérito estivesse pacificada nos tribunais superiores em favor da autora, o magistrado ao receber a petição inicial não poderia sentenciar o feito e julgar desde logo procedente o pedido, sem a devida análise do processo. O CPC exige a produção de provas e contraditório antes da sentença favorável ao autor. D) Correta. No caso de eventual recurso de Brenda, o juízo que proferiu a sentença poderá, se assim entender, retratar-se, reformando a decisão anteriormente proferida, conforme previsto no art. 485, §7º, do CPC. O magistrado tem a faculdade de rever sua decisão antes de remeter os autos ao tribunal. E) Incorreta. A ausência de citação do réu em um processo impede a formação regular do processo e, consequentemente, a coisa julgada material, mas essa questão não está diretamente relacionada à improcedência liminar da demanda de Brenda. O CPC exige citação para formação válida do processo. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 2: Coisa Julgada Material e Formal “A coisa julgada formal corresponde à imutabilidade e indiscutibilidade da sentença dentro do processo em que é proferida. Tradicionalmente, a doutrina afirma que a coisa julgada formal é uma espécie de preclusão (preclusão máxima), à qual qualquer sentença está sujeita, seja ela terminativa ou definitiva, proferida em processo de conhecimento, cautelar ou executivo. Basta ter transitado em julgado (NEVES, 2017). Todas as sentenças produzem coisa julgada formal, inclusive as atingidas pela coisa julgada material. Transitada em julgado e produzida a coisa julgada formal, algumas sentenças chegam a ser atingidas, ainda, pela coisa julgada material.” 3. Conclusão Considerações finais Continue explorando, praticando e desafiando-se. Cada exercício é uma oportunidade de crescimento e cada erro, uma lição valiosa. Que sua jornada de aprendizado seja repleta de descobertas e realizações. Bons estudos e sucesso na sua carreira! Compartilhe conosco como foi sua experiência com este conteúdo. Por favor, responda a este formulário de avaliação e nos ajude a aprimorar ainda mais a sua experiência de aprendizado! https://forms.office.com/r/JXV3zaZitX https://forms.office.com/r/JXV3zaZitX PRATICANDO 1. Itens iniciais Apresentação Objetivo 1. Estudo de Caso Desafio Judicial: Revertendo uma Sentença Injusta 2. Desafios Competência e processo Fundamentos do direito processual contemporâneo Jurisdição e Ação Processo de conhecimento - fase inicial Processo de conhecimento - saneamento e instrução Sentença 3. Conclusão Considerações finaisna Espanha, a justiça deste país seria competente para processar o inventário. E Seria da justiça portuguesa em razão da nacionalidade de Bertulina e por ela ter falecido em território português. A alternativa C está correta. A correta é "Seria exclusivamente da justiça brasileira, pois somente a autoridade judiciária brasileira pode decidir acerca do inventário e da partilha de bens situados em território nacional" porque: A) Caberia à justiça portuguesa por três motivos: a falecida era portuguesa, deixou bens neste país e o único herdeiro reside em Portugal: Incorreta. Apesar de Bertulina ter falecido em Portugal e seu único herdeiro residir lá, a competência para inventariar os bens localizados no Brasil é da justiça brasileira, conforme a legislação nacional que rege a matéria. B) Os herdeiros podem optar entre justiça brasileira ou portuguesa, uma vez que a falecida possuía bens em ambos os países: Incorreta. A competência para o inventário dos bens situados no Brasil é exclusiva da justiça brasileira, independentemente da existência de bens em outros países. C) Seria exclusivamente da justiça brasileira, pois somente a autoridade judiciária brasileira pode decidir acerca do inventário e da partilha de bens situados em território nacional: Correta. Conforme o Código de Processo Civil brasileiro, a competência para processar o inventário e a partilha de bens situados no Brasil é da justiça brasileira, independentemente da nacionalidade do falecido ou do local de seu falecimento. O dispositivo legal correto no gabarito que rege abertura do inventário sobre os bens no Rio de Janeiro é o artigo 23 do CPC (s.m.j, inciso II) que fala sobre a competência exclusiva da Jurisdição brasileira para inventário de bens situados no Brasil. D) Tendo em vista que a maior parte do patrimônio de Bertulina encontra-se na Espanha, a justiça deste país seria competente para processar o inventário: Incorreta. A competência para o inventário dos bens situados no Brasil é da justiça brasileira, independentemente da quantidade de bens que o falecido possua em outros países. E) Seria da justiça portuguesa em razão da nacionalidade de Bertulina e por ter esta falecido em território português: Incorreta. A nacionalidade e o local de falecimento de Bertulina não determinam a competência para o inventário de seus bens situados no Brasil, que é exclusiva da justiça brasileira. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Critérios para Definição do Juízo Competente "A regra geral do CPC é que o juízo competente para processamento e julgamento de uma ação de direito pessoal ou real mobiliária é o domicílio do réu (art. 46 do CPC). Existem, contudo, regras específicas que merecem ser apresentadas esquematicamente: Ação de direito real imobiliária - Foro do local do imóvel (art. 47 do CPC). Inventário, partilha, arrecadação, cumprimento de disposições de última vontade, impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e todas as ações em que o espólio for réu - Foro de domicílio do autor da herança (art. 48 do CPC)." Desafio 3 Você é um procurador do Estado, trabalhando em um caso que envolve uma empresa que está tentando evitar responsabilidades financeiras através da manipulação de sua personalidade jurídica. Seu papel é esclarecer as condições sob as quais a personalidade jurídica de uma empresa pode ser desconsiderada. (Procuradoria do Estado do Rio de Janeiro - Estágio Forense - 2018). A respeito da desconsideração da personalidade jurídica, é correto afirmar que: A Implica a extinção da personalidade jurídica da pessoa jurídica. B Não conta com previsão expressa no ordenamento jurídico positivado brasileiro. C Constitui exceção à regra da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas. D A parte não pode requerer a desconsideração da personalidade jurídica, sendo medida adotada somente de ofício pelo juiz. E Não exige a instauração do incidente de desconsideração para ser reconhecida. A alternativa C está correta. A correta é "Constitui exceção à regra da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas" porque: A) Implica a extinção da personalidade jurídica da pessoa jurídica: Incorreta. A desconsideração da personalidade jurídica não extingue a personalidade jurídica da empresa. Ela apenas permite que, em casos específicos de abuso, os bens pessoais dos sócios sejam atingidos para satisfazer obrigações da empresa. B) Não conta com previsão expressa no ordenamento jurídico positivado brasileiro: Incorreta. A desconsideração da personalidade jurídica está expressamente prevista no ordenamento jurídico brasileiro, como nos artigos 50 do Código Civil e 133 a 137 do Código de Processo Civil. C) Constitui exceção à regra da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas: Correta. A desconsideração da personalidade jurídica é uma exceção à regra da autonomia patrimonial, onde os bens da empresa são distintos dos bens dos sócios. Ela ocorre em casos de abuso da personalidade jurídica, como desvio de finalidade ou confusão patrimonial. D) A parte não pode requerer a desconsideração da personalidade jurídica, sendo medida adotada somente de ofício pelo juiz: Incorreta. A desconsideração pode ser requerida por uma das partes interessadas, mediante a instauração de um incidente processual específico, e não apenas de ofício pelo juiz. E) Não exige a instauração do incidente de desconsideração para ser reconhecida: Incorreta. A desconsideração da personalidade jurídica exige a instauração de um incidente específico conforme o Código de Processo Civil, garantindo o contraditório e a ampla defesa dos envolvidos. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Incompetência “A desconsideração da personalidade jurídica será deferida caso haja o preenchimento dos requisitos previstos nas leis materiais aplicáveis para cada espécie de relação jurídica (v.g.: código civil, código de defesa do consumidor, dentre outros) e o respeito ao direito do contraditório e da ampla defesa, o que impõe a permissão do terceiro de produzir qualquer prova (CAMARA, 2015, p. 95-102).” Desafio 4 Você é um advogado de família, representando um menor impúbere em um processo de alimentos contra um dos pais. Seu desafio é identificar o juízo competente para processar e julgar a ação, considerando a situação específica do menor. Minervina Serra, menor impúbere, representada por seu pai Hildebrando Serra, propôs ação de alimentos em face de Maria Souza, sua mãe, objetivando receber R$ 1.000,00 (mil reais) mensais a título de alimentos. Indaga-se: qual o juízo competente para processar e julgar a demanda? A De domicílio do guardião do menor incapaz. B De domicílio do réu. C Do lugar onde devem ser pago os alimentos. D Como alimento é indispensável, fica a critério do autor. E De domicílio do alimentando. A alternativa E está correta. A correta é "De domicílio do alimentando" porque: A) De domicílio do guardião do menor incapaz: Incorreta. Embora o guardião do menor possa ser parte do processo, a competência para julgar a ação de alimentos é definida pelo domicílio do alimentando, ou seja, do menor que está solicitando os alimentos. B) De domicílio do réu: Incorreta. A competência para as ações de alimentos não é determinada pelo domicílio do réu, mas sim pelo domicílio do alimentando, conforme a legislação específica sobre alimentos. C) Do lugar onde deve ser pago os alimentos: Incorreta. A competência para ações de alimentos não é determinada pelo local de pagamento dos alimentos, mas sim pelo domicílio do alimentando. D) Como alimentos é indispensável, fica a critério do autor: Incorreta. A legislação processual civil brasileira especifica que a competência para ações de alimentos é do domicílio do alimentando, não sendo uma escolha arbitrária do autor. E) De domicílio do alimentando: Correta. Conforme o art. 53, II do Código de Processo Civil, a competência para as ações de alimentos é do domicílio ou residência do alimentando, garantindo maior facilidade de acesso à justiça para omenor impúbere. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Regras de Competência “A regra geral do CPC é que o juízo competente para processamento e julgamento de uma ação de direito pessoal ou real mobiliária é o domicílio do réu (art. 46 do CPC). Existem, contudo, regras específicas que merecem ser apresentadas esquematicamente: Ação de alimentos - Domicílio ou residência do alimentando (art. 53, II do CPC).” Fundamentos do direito processual contemporâneo Desafio 1 Você está trabalhando como advogado em um escritório de advocacia e um cliente busca dúvidas sobre os efeitos de uma nova lei processual que entrou em vigor recentemente. Ele está preocupado com um processo que está em andamento e quer saber como a nova legislação afetará o caso dele. Você precisa explicar ao seu cliente quais são os impactos imediatos da nova lei processual nos processos em andamento. A Será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. B Terá aplicação retroativa, anulando-se todos os processos em andamento. C Nova lei processual não poderá ser aplicada aos processos em andamento, tendo em vista o direito processual adquirido; D Somente retroagirá para beneficiário as partes, e, assim, haverá aplicação parcial da nova legislação; E Apenas retroagirá para beneficiário o réu, e, quanto ao autor, tem aplicação imediata, tanto para beneficiá-lo quanto para prejudicá-lo. A alternativa A está correta. A correta é "Será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada" porque: A) Correta. A nova lei processual será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitando os atos processuais e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. Isso significa que todos os procedimentos que já foram mantidos permanecem válidos e a nova legislação será aplicada daqui em diante. A aplicação imediata permite que a lei nova tenha eficácia sobre os atos futuros do processo em andamento, promovendo uma adaptação às novas regras sem deficiências dos direitos adquiridos ou atos jurídicos perfeitos. B) Incorreta. A aplicação retroativa que anularia todos os processos em andamento contrariamente ao princípio da segurança jurídica. A retroatividade, nesse contexto, significaria desfazer todos os atos processuais já praticados, o que seria inviável e causaria grandes transtornos aos jurisdicionados e ao sistema de justiça como um todo. Além disso, a Constituição Federal e o próprio Código de Processo Civil vedam uma retroatividade prejudicial. C) Incorreta. A ideia de que a nova lei não pode ser aplicada aos processos em andamento por conta do direito processual adquirido não é correta. O direito adquirido refere-se mais às situações de direito material. No direito processual, a aplicação imediata da nova lei é a regra, respeitando-se os atos processuais já realizados. A nova lei se aplica aos processos em andamento, ajustando-se às novas diretrizes processuais a partir de sua vigilância. D) Incorreta. A retroatividade parcial para beneficiar as partes não encontra suporte no ordenamento jurídico. O princípio da aplicação imediata visa garantir que todos os processos sigam as mesmas regras a partir da vigência da nova lei, sem retroatividade, mas respeitando os atos já realizados. A retroatividade parcial criaria insegurança e desigualdade entre as partes. E) Incorreta. A aplicação diferenciada da nova lei para beneficiário apenas o réu ou deficiente o autor não é compatível com os princípios processuais de igualdade e segurança jurídica. A lei processual deve ser aplicada de maneira uniforme e igualitária para ambas as partes, respeitando os atos processuais já praticados e implementando a nova legislação para os atos futuros. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 3: Norma Processual no Tempo e no Espaço “Sem dúvida é mais complexo resolver a questão da aplicação da lei processual no tempo que define sua eficácia no espaço. Até porque, quando da entrada de uma lei processual em vigor, é certo é que existirão consideráveis processos pendentes de julgamento, momento no qual a tarefa passará a ser de como a nova lei se aplicará aos processos iniciados sob a vigência da lei processual anterior (como ocorreu há pouco tempo, com a entrada em vigor do CPC/15, que substituiu o CPC de 1973). Na entrada da nova lei em vigor, ocorrem três situações disitntas: processos ainda a serem iniciados, processos pendentes de resolução definitiva e processos já encerrados O CPC, no seu art. 14, regula a sucessão de leis processuais no tempo e a sua aplicação aos processos pendentes disciplinares. do direito processual intertemporal, ao determinar que “a norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada” Desafio 2 Você é um advogado supervisor em um caso onde o processo está em andamento há 5 anos. Durante a revisão do processo, você percebe que não houve citação válida do réu, mas o julgamento ocorreu à revelia. Você precisa avaliar se houve alguma violação de princípios processuais devido a essa situação e preparar sua defesa para anular o julgamento. A O princípio do devido processo legal; B O princípio da boa-fé; C O princípio da cooperação; D O princípio da isonomia; E Não houve violação de princípios. A alternativa A está correta. A correta é "O princípio do devido processo legal" porque: A) Correta. O princípio do devido processo legal foi violado. Esse princípio garante que todas as partes envolvidas em um processo tenham a oportunidade de serem ouvidas e de participarem do processo de forma justa. A ausência de citação válida do réu significa que ele não foi devidamente notificado sobre a ação e, portanto, não teve chance de se defender. O julgamento à revelação sem a citação válida do réu configura uma clara violação desse princípio fundamental, pois compromete a legitimidade do processo. B) Incorreta. O princípio da boa-fé refere-se à conduta ética e honesta das partes e do juiz ao longo do processo. Embora a boa-fé seja essencial, a principal questão aqui é a falta de citação válida do réu, o que afeta diretamente o devido processo legal e não necessariamente a boa-fé das partes ou do juiz. C) Incorreta. O princípio da cooperação enfatiza a colaboração entre as partes e o juiz para alcançar uma solução justa e eficiente para o litígio. A falta de citação do réu prejudica a cooperação, mas não é a principal violação aqui. A violação principal é devido ao processo legal, que garante a citação adequada e a oportunidade de defesa. D) Incorreta. O princípio da isonomia trata da igualdade das partes no processo. Embora a falta de citação possa afetar a igualdade de tratamento, a questão central é a violação do devido processo legal. A isonomia é importante, mas a base para anular o julgamento é a violação do devido processo. E) Incorreta. A afirmação de que não houve violação de princípios é incorreta. A ausência de citação válida é uma falha grave que viola o devido processo legal, essencial para garantir que todos os envolvidos tenham a chance de participar e se defenderem no processo judicial. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Relação Jurídica Material e Processual: A Tríade Processual “Havendo a violação das normas do direito substantivo, em concreto, é dado ao lesionado o direito à pretensão de repelir essa conduta relativa ao Direito (contrária às leis), a fim de traduzir as leis abstratas em legalidade concreta (por meio das decisões judiciais) ). Afinal, o Estado há de manter o equilíbrio, o desenvolvimento e a pacificação da sociedade. O que pode fazer aquele que teve seu direito violado? É preciso analisar os institutos fundamentais da teoria geral do processoque, embora distintos entre si, imbricam-se em todo o momento do estudo, quais sejam: Ação, Jurisdição, Processo.” Desafio 3 Você é um consultor jurídico e foi contratado para dar uma palestra sobre os princípios informativos do processo civil. Durante a palestra, você precisa explicar um exemplo indireto sobre esses princípios para que os participantes possam identificar erros comuns. Qual das seguintes afirmações sobre os princípios informativos do processo civil está correta? A O princípio do devido processo legal. B O princípio da boa-fé; C O princípio da cooperação; D O princípio da isonomia; E Nenhuma das alternativas está correta. A alternativa A está correta. A correta é "O princípio do devido processo legal" porque: A) Correta. O princípio do devido processo legal foi violado. Esse princípio garante que todas as partes envolvidas em um processo tenham a oportunidade de serem ouvidas e de participarem do processo de forma justa. A ausência de citação válida do réu significa que ele não foi devidamente notificado sobre a ação e, portanto, não teve chance de se defender. O julgamento à revelia sem a citação válida do réu configura uma clara violação desse princípio fundamental, pois compromete a legitimidade do processo. B) Incorreta. O princípio da boa-fé refere-se à conduta ética e honesta das partes e do juiz ao longo do processo. Embora a boa-fé seja essencial, a principal questão aqui é a falta de citação válida do réu, o que afeta diretamente o devido processo legal e não necessariamente a boa-fé das partes ou do juiz. C) Incorreta. O princípio da cooperação enfatiza a colaboração entre as partes e o juiz para alcançar uma solução justa e eficiente para o litígio. A falta de citação do réu prejudica a cooperação, mas não é a principal violação aqui. A violação principal é devido ao processo legal, que garante a citação adequada e a oportunidade de defesa. D) Incorreta. O princípio da isonomia trata da igualdade das partes no processo. Embora a falta de citação possa afetar a igualdade de tratamento, a questão central é a violação do devido processo legal. A isonomia é importante, mas a base para anular o julgamento é a violação do devido processo. E) Incorreta. A afirmação de que não houve violação de princípios é incorreta. A ausência de citação válida é uma falha grave que viola o devido processo legal, essencial para garantir que todos os envolvidos tenham a chance de participar e se defenderem no processo judicial. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 3: Norma Processual “O CPC, no seu art. 14, regula a sucessão de leis processuais no tempo e a sua aplicação aos processos pendentes-disciplina do direito processual intertemporal, ao determinar que uma norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os Atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. Convém, desde logo, enumerar três notas iniciais. A observância do direito processual adquirido, do ato processual perfeito e da coisa julgada (art. 5º, XXXVI, CR/1988), tendo como premissas o princípio da irretroatividade da lei, cegando os atos processuais já realizados com base na legislação anterior.” Desafio 4 Você é um consultor jurídico e foi contratado para dar uma palestra sobre os princípios informativos do processo civil. Durante a palestra, você precisa explicar um exemplo indireto sobre esses princípios para que os participantes possam identificar erros comuns. Qual das seguintes afirmações sobre os princípios informativos do processo civil está incorreta? A A inafastabilidade do controle jurisdicional garante a todos os jurisdicionados o acesso ao poder judiciário. B O juiz natural consiste na jurisdição de instalação de tribunais de exceção. C O duplo grau de jurisdição está condicionado à ideia de que as decisões judiciais podem ser impugnadas, admitindo-se um novo julgamento. D O princípio do devido processo legal não pode ser considerado de natureza constitucional. E Nenhuma das anteriores. A alternativa D está correta. A correta é "O princípio do devido processo legal não pode ser considerado de natureza constitucional" porque: A) Incorreta. A inafastabilidade do controle jurisdicional é um princípio constitucional que garante o acesso ao poder judiciário para todos os jurisdicionados. Este princípio é fundamental para garantir que qualquer lesão ou ameaça a direitos possa ser apreciada pelo judiciário, sem exceção. B) Incorreta. O princípio do juiz natural proíbe a criação de tribunais de exceção e garante que todas as pessoas sejam julgadas por um juiz competente, imparcial e previamente estabelecido por lei. Esse princípio é essencial para a proteção dos direitos fundamentais e para garantir um julgamento justo. C) Incorreta. O duplo grau de jurisdição permite que as decisões judiciais sejam revisadas por uma instância superior, garantindo uma nova avaliação do caso. Esse princípio é importante para corrigir possíveis erros e garantir a justiça nas decisões judiciais. D) Correta. A afirmação de que o princípio do devido processo legal não pode ser considerado de natureza constitucional está incorreto. O processo devido legal é um princípio constitucional fundamental que garante que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Esse princípio está consagrado na Constituição Federal e é essencial para garantir a justiça e a equidade nos processos judiciais. E) Incorreta. A alternativa correta é a alternativa D. As demais alternativas são corretas e refletem os princípios fundamentais do processo civil. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 2: Princípios Informativos do Processo Civil “O devido processo legal é um princípio constitucional fundamental que garante que ninguém será privado de seus bens ou de sua liberdade sem um processo judicial adequado. Este princípio está consagrado na Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 5º, inciso LIV, e garante que todos os procedimentos judiciais realizados de maneira justa e correta, respeitando os direitos e garantias processuais das partes envolvidas. A inafastabilidade do controle jurisdicional, o princípio do juiz natural e o duplo grau de jurisdição são igualmente importantes para garantir o acesso à justiça, a imparcialidade. e a revisão das decisões judiciais, proporcionando um sistema jurídico justo e eficiente.” Jurisdição e Ação Desafio 1 Você é um advogado atuando em um caso de divórcio. Sua cliente, Joana, sofreu violência doméstica e descobriu que seu marido, José, mantém uma relação extraconjugal pública e notória. Joana deseja se divorciar de José e você precisa preparar a petição inicial para este caso. Como você descreveria os elementos essenciais do processo nesta situação? A Duas partes, um pedido e uma causa de pedir. B Duas partes, um pedido e duas causas de pedir. C Duas partes, dois pedidos e duas causas de pedir. D Uma parte, um pedido e uma causa de pedir. E Uma parte, um pedido e duas causas de pedir. A alternativa B está correta. A correta é "duas partes, um pedido e duas causas de pedir" porque: A) Duas partes, um pedido e uma causa de pedir: Incorreta. Apesar de haver duas partes no processo, há duas causas de pedir: a violência doméstica e a relação extraconjugal. Portanto, esta alternativa não abrange todas as causas de pedir envolvidas. B) Duas partes, um pedido e duas causas de pedir: Correta. Nesta situação, Joana é a autora e José o réu, configurando as duas partes. O pedido é o divórcio, e as causas de pedir são a violência doméstica e a relação extraconjugal. Esses elementos compõem corretamente a estrutura do processo. C) Duas partes, dois pedidos e duas causas de pedir: Incorreta. Há apenas um pedido, que é o divórcio. Esta alternativa incorretamente indica dois pedidos. D) Uma parte, um pedido e uma causa de pedir: Incorreta. Há duas partes no processo, Joana e José. Além disso, há duas causasde pedir, não apenas uma. E) Uma parte, um pedido e duas causas de pedir: Incorreta. Similar à alternativa anterior, há duas partes no processo, e não apenas uma. Portanto, esta alternativa está incorreta. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Conceito “Nos primórdios, os próprios titulares dos direitos violados promoviam a defesa de seus interesses (autotutela), prevalecendo, ao tempo da vingança privada, a imposição da solução do conflito pela parte mais forte. A partir do fortalecimento do Estado, este assumiu a função de resolver os conflitos entre os indivíduos, substituindo-se aos particulares, mediante a realização do direito material. Surge, então, como expressão da soberania estatal, a jurisdição, ao lado das funções administrativa e executiva. A autotutela no ordenamento jurídico é, em regra, vedada, constituindo crime o exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do Código Penal), com a ressalva das hipóteses previstas em lei, como o desforço possessório (art. 1210, § 1º do Código Civil) e o direito de retenção (arts. 578 e 1467 do Código Civil).” Desafio 2 Imagine que você é um juiz federal analisando diferentes formas de resolução de conflitos. Sua tarefa é orientar novos juízes sobre as características da jurisdição e dos equivalentes jurisdicionais, incluindo a jurisdição voluntária e a arbitragem. Quais são os pontos mais importantes a serem considerados? A Na jurisdição voluntária, a lei confere maior flexibilidade ao julgador para conduzir o processo, mas o obriga à observância de critérios de legalidade estrita quando da prolatação da sentença. B A imparcialidade é a característica da jurisdição contenciosa que impede o julgador de determinar, de ofício, a produção de prova em juízo. C A autodefesa, excepcionalmente permitida no direito brasileiro para a composição da lide, pode ocorrer antes ou durante o processo. D Na arbitragem, há heterocomposição, pois um terceiro imparcial, que é uma autoridade não estatal, soluciona um conflito de interesses. E Configura exceção à regra da indelegabilidade da jurisdição a expedição de carta precatória que delegue a oitiva de testemunha a outro juízo. A alternativa D está correta. A correta é "Na arbitragem, há heterocomposição, pois um terceiro imparcial, que é uma autoridade não estatal, soluciona um conflito de interesses" porque: A) Na jurisdição voluntária, a lei confere maior flexibilidade ao julgador para conduzir o processo, mas o obriga à observância de critérios de legalidade estrita quando da prolatação da sentença: Incorreta. A jurisdição voluntária não é rigidamente vinculada à legalidade estrita como nas questões contenciosas, permitindo maior flexibilidade na condução dos processos. B) A imparcialidade é a característica da jurisdição contenciosa que impede o julgador de determinar, de ofício, a produção de prova em juízo: Incorreta. A imparcialidade não impede o julgador de determinar, de ofício, a produção de provas; pelo contrário, o juiz pode e deve produzir provas necessárias para a resolução justa do litígio. C) A autodefesa, excepcionalmente permitida no direito brasileiro para a composição da lide, pode ocorrer antes ou durante o processo: Incorreta. A autodefesa é uma exceção no direito brasileiro e ocorre em situações muito específicas e restritas, geralmente antes do processo judicial. D) Na arbitragem, há heterocomposição, pois um terceiro imparcial, que é uma autoridade não estatal, soluciona um conflito de interesses: Correta. A arbitragem envolve um terceiro imparcial, o árbitro, que não faz parte do aparato estatal, para resolver o conflito de interesses entre as partes, caracterizando a heterocomposição. E) Configura exceção à regra da indelegabilidade da jurisdição a expedição de carta precatória que delegue a oitiva de testemunha a outro juízo: Incorreta. A expedição de carta precatória é um mecanismo de cooperação entre juízos e não uma delegação da função jurisdicional, mantendo a integridade da indelegabilidade. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 2: Elementos caracterizadores da jurisdição “A jurisdição somente atua mediante provocação, por meio da propositura de uma ação. Se a jurisdição pudesse atuar de modo espontâneo, haveria a “criação de conflitos” pelo Estado Juiz, que também teria a sua imparcialidade comprometida pela iniciativa na deflagração da atividade jurisdicional. Cite-se, como exceção à regra da inércia da jurisdição, a ação de restauração de autos, que pode ser iniciada de ofício. Como decorrência do princípio da inércia, o juiz somente pode decidir dentro dos limites do que foi pedido, sendo-lhe vedado conhecer sobre questões não suscitadas a respeito das quais a Lei exige iniciativa da parte (art.141 do CPC)” Desafio 3 Você é um oficial de justiça analisando um caso onde há dúvidas sobre a legitimidade de uma ação judicial. O autor está questionando a validade de um documento e deseja que o tribunal declare sua autenticidade. Quais são os principais pontos a considerar sobre a jurisdição e a ação neste contexto? A Carece de interesse o autor da ação que se limita a pleitear a declaração da autenticidade de documento. B É permitido pleitear direito alheio em nome próprio, independentemente de autorização normativa, desde que demonstrado interesse. C É inadmissível a ação meramente declaratória caso tenha ocorrido a violação do direito. D O interesse do autor pode se limitar à declaração do modo de ser de uma relação jurídica. E Havendo substituição processual, ao substituído não será admitido intervir como assistente litisconsorcial. A alternativa D está correta. A correta é "O interesse do autor pode se limitar à declaração do modo de ser de uma relação jurídica" porque: A) Carece de interesse o autor da ação que se limita a pleitear a declaração da autenticidade de documento: Incorreta. O autor pode ter interesse legítimo em obter a declaração judicial da autenticidade de um documento, especialmente se este for relevante para proteger seus direitos ou interesses. B) É permitido pleitear direito alheio em nome próprio, independentemente de autorização normativa, desde que demonstrado interesse: Incorreta. Em regra, pleitear direito alheio em nome próprio requer autorização normativa, exceto em casos de substituição processual ou legitimidade extraordinária. C) É inadmissível a ação meramente declaratória caso tenha ocorrido a violação do direito: Incorreta. A ação declaratória é admissível mesmo em caso de violação do direito, desde que o autor tenha interesse em ver declarado judicialmente o seu direito. D) O interesse do autor pode se limitar à declaração do modo de ser de uma relação jurídica: Correta. O interesse processual do autor pode ser apenas a obtenção de uma declaração judicial sobre a existência, inexistência ou modo de ser de uma relação jurídica. E) Havendo substituição processual, ao substituído não será admitido intervir como assistente litisconsorcial: Incorreta. O substituído pode intervir no processo como assistente litisconsorcial para defender seus interesses. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Elementos caracterizadores da jurisdição “A jurisdição não criaria direitos, mas reconheceria os preexistentes, declarando a vontade concreta da Lei. Com base na concepção de Giuseppe Chiovenda, o juiz realizaria a subsunção dos fatos ocorridos à moldura normativa, não podendo a atividade jurisdicional criar o direito, mas apenas declarar a vontade concreta da lei. Modernamente, tem-se reconhecido alguma atividade criativa na atuação judicial, pois ao interpretar, o juiz também criaria o direito.” Desafio 4 Você é um advogado especializado em direito internacional e foi contratado para ajudar uma empresa estrangeira a homologar uma sentença no Brasil. Seu cliente deseja entender melhor o processo de homologação e os possíveis obstáculos. Qual das opções a seguir é incorreta? A Cabe ao STJ homologar sentença estrangeira. B Concedido exequatur à cartarogatória, caberá ao juízo federal competente o cumprimento da decisão. C Para a homologação de sentença estrangeira, o STJ realiza um juízo de delibação que, em regra, é desnecessário para a concessão de exequatur (exequibilidade) às cartas rogatórias executórias. D São homologáveis decisões estrangeiras administrativas que pela lei brasileira possuem natureza jurisdicional. E A decisão estrangeira para produzir efeitos no Brasil não pode ofender a ordem pública, compreendida como os princípios fundamentais (jurídicos, sociais, econômicos) da República Federativa do Brasil. A alternativa C está correta. A correta é "Para a homologação de sentença estrangeira, o STJ realiza um juízo de delibação que, em regra, é desnecessário para a concessão de exequatur (exequibilidade) às cartas rogatórias executórias" porque: A) Cabe ao STJ homologar sentença estrangeira: Correta. A competência para homologar sentenças estrangeiras no Brasil é do Superior Tribunal de Justiça (STJ), conforme previsto na Constituição e na legislação brasileira. B) Concedido exequatur à carta rogatória, caberá ao juízo federal competente o cumprimento da decisão: Correta. Após a concessão do exequatur pelo STJ, a carta rogatória é enviada ao juízo federal competente para que a decisão seja cumprida. C) Para a homologação de sentença estrangeira, o STJ realiza um juízo de delibação que, em regra, é desnecessário para a concessão de exequatur (exequibilidade) às cartas rogatórias executórias: Incorreta. O juízo de delibação é necessário tanto para a homologação de sentenças estrangeiras quanto para a concessão de exequatur às cartas rogatórias executórias, verificando a conformidade com a ordem pública brasileira. D) São homologáveis decisões estrangeiras administrativas que pela lei brasileira possuem natureza jurisdicional: Correta. Decisões administrativas estrangeiras que possuam natureza jurisdicional segundo a lei brasileira podem ser homologadas pelo STJ. E) A decisão estrangeira para produzir efeitos no Brasil não pode ofender a ordem pública, compreendida como os princípios fundamentais (jurídicos, sociais, econômicos) da República Federativa do Brasil: Correta. A decisão estrangeira deve respeitar a ordem pública brasileira para ser homologada e produzir efeitos no Brasil. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 3: STJ e a homologação de sentença estrangeira “O procedimento de homologação de sentença estrangeira é disciplinado pelos arts. 960 e ss do CPC, arts. 216-A, 216-K, 216-O e 216-T do Regimento Interno do STJ, e por alguns tratados internacionais sobre matérias especificas. Por força do princípio da soberania, as sentenças produzem efeitos no Brasil somente após a sua homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. A distinção entre a ação de homologação de sentença estrangeira e a de concessão de exequatur (exequibilidade) à carta rogatória executiva reside principalmente no objeto.” Processo de conhecimento - fase inicial Desafio 1 Carlos, um advogado recém-formado, está diante de seu primeiro caso prático. Ele pretende mover uma demanda contra a empresa Delta YZ, mas enfrenta um problema: as consequências do ato ilícito praticado pela empresa não podem ser determinadas imediatamente. A situação exige que Carlos aplique seus conhecimentos sobre os requisitos de um pedido judicial na fase postulatória do procedimento comum, conforme previsto no Código de Processo Civil (CPC). Este cenário é comum no dia a dia dos profissionais de Direito, especialmente quando lidam com ações de responsabilidade civil. A dúvida de Carlos é sobre a possibilidade de formular um pedido genérico diante da impossibilidade de determinar desde logo as consequências do ato ilícito. A Carlos deve aguardar a apuração de todas as consequências para propor a demanda, pois a lei processual civil brasileira veda o pedido genérico. B Carlos deve mover a demanda baseado em uma estimativa das consequências, sem existir chance de apresentar pedido genérico. C Carlos deve formular pedido genérico, pois de acordo com o código de processo civil é lícito formular pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato. D Carlos não poderá propor demanda enquanto não tiver um pedido certo e determinado, pois não há como apurar posteriormente o pedido. E Carlos não poderá propor demanda, tendo em vista que o código de processo civil não autoriza a formulação de pedido genérico em hipótese alguma. A alternativa C está correta. A correta é "Carlos deve formular pedido genérico, pois de acordo com o código de processo civil é lícito formular pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato" porque: A) Carlos deve aguardar a apuração de todas as consequências para propor a demanda, pois a lei processual civil brasileira veda o pedido genérico: Incorreta. O CPC permite a formulação de pedido genérico em situações específicas, como quando não é possível determinar, desde logo, as consequências do ato ilícito. Portanto, Carlos não precisa aguardar a apuração completa para mover a demanda. B) Carlos deve mover a demanda baseado em uma estimativa das consequências, sem existir chance de apresentar pedido genérico: Incorreta. A estimativa das consequências não substitui a possibilidade legal de formular um pedido genérico. O CPC reconhece a licitude do pedido genérico em casos onde as consequências do ato ou fato não podem ser determinadas imediatamente. C) Carlos deve formular pedido genérico, pois de acordo com o código de processo civil é lícito formular pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato: Correta. Conforme o art. 324, §1º, II do CPC, é permitido formular pedido genérico quando não for possível determinar desde logo as consequências do ato ou fato. Isso se aplica perfeitamente à situação enfrentada por Carlos. D) Carlos não poderá propor demanda enquanto não tiver um pedido certo e determinado, pois não há como apurar posteriormente o pedido: Incorreta. O CPC permite o pedido genérico em casos específicos. A exigência de um pedido certo e determinado não impede a proposição da demanda quando as consequências do ato ilícito não podem ser imediatamente definidas. E) Carlos não poderá propor demanda, tendo em vista que o código de processo civil não autoriza a formulação de pedido genérico em hipótese alguma: Incorreta. O CPC autoriza a formulação de pedido genérico em situações específicas, como quando não for possível determinar de imediato as consequências do ato ou do fato, conforme descrito no art. 324, §1º, II. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Propositura da Demanda e Petição Inicial “A petição inicial é o instrumento formal por meio do qual a parte provoca o Poder Judiciário para buscar a tutela jurisdicional. Via petição inicial, o autor rompe a inércia da jurisdição, concretiza seu direito de ação (art. 5º, XXXV, da CF) e formula demanda que será apreciada pelo Poder Judiciário, objetivando a concessão da tutela jurisdicional pretendida. Na referida petição, o autor deve delimitar a amplitude e a natureza da atividade jurisdicional a ser desenvolvida, cabendo ao juiz apenas agir quando provocado e na medida da provocação. É, assim, a peça inaugural do processo, em que o autor deduz sua pretensão e fixa os limites da lide (art. 141 e art. 492 do CPC).” Desafio 2 Imagine que você, como advogado, está representando um réu que foi citado em uma ação judicial. Durante a fase de contestação, surge a oportunidade de apresentar uma reconvenção, ou seja, uma demanda própria conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. Esse mecanismo pode ser essencial para defender os interesses do seu cliente de forma mais ampla. Assim, é crucial entender quando e como a reconvenção pode ser proposta e quais são as suas implicações legais. Este conhecimento é fundamental para assegurar uma defesa eficaz e aproveitar todas as oportunidadesprocessuais disponíveis. A Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 10 (dez) dias. B A reconvenção pode ser proposta contra o autor e seu litisconsorte, sendo vedada contra terceiro. C O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. D A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. E A reconvenção não pode ser proposta em litisconsórcio com terceiro. A alternativa C está correta. A correta é "O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação" porque: A) Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 10 (dez) dias: Incorreta. O prazo para resposta à reconvenção não é especificamente de 10 dias no CPC. O correto é que o autor será intimado para apresentar resposta à reconvenção no prazo de 15 dias, conforme o prazo geral para contestações no procedimento comum. B) A reconvenção pode ser proposta contra o autor e seu litisconsorte, sendo vedada contra terceiro: Incorreta. Embora a reconvenção deva ser proposta contra o autor, não há vedação absoluta contra terceiros. O CPC permite a reconvenção contra terceiros em situações específicas, especialmente quando há conexão com a causa principal. C) O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação: Correta. O CPC permite que o réu apresente reconvenção mesmo que não ofereça contestação. Esta é uma estratégia que pode ser usada para introduzir uma demanda própria conexa sem necessariamente contestar os fundamentos da ação principal. D) A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção: Incorreta. A reconvenção tem autonomia em relação à ação principal. A desistência da ação ou causas extintivas não impedem necessariamente o prosseguimento da reconvenção, que pode ser julgada independentemente da ação principal. E) A reconvenção não pode ser proposta em litisconsórcio com terceiro: Incorreta. A reconvenção pode ser proposta em litisconsórcio, inclusive com terceiros, quando houver conexão entre as causas ou interesses comuns, conforme as regras de litisconsórcio no CPC. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 3: Contestação “Segundo o art. 335, o réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de quinze dias, cujo termo inicial será a data: Da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição. Do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ambas as partes se manifestarem expressamente contra a audiência. A data prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.” Desafio 3 Em seu papel de advogado, você se depara com um caso onde precisa lidar com a citação processual. Entender as regras sobre quem, quando e como pode ser citado é fundamental para garantir a validade do processo. Imagine que você está representando um cliente em um processo judicial e precisa aconselhá-lo sobre a citação de diferentes pessoas envolvidas, inclusive em situações delicadas como doenças graves ou eventos familiares importantes. Este conhecimento é crucial para evitar nulidades processuais e assegurar o andamento correto da ação. A Far-se-á, normalmente, a citação a quem estiver participando de ato de culto religioso. B Far-se-á, normalmente, a citação ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes. C Far-se-á, normalmente, a citação aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas. D Far-se-á, normalmente, a citação aos doentes, enquanto grave o seu estado. E Far-se-á, normalmente, a citação de quem estiver trabalhando. A alternativa E está correta. A correta é "Far-se-á, normalmente, a citação de quem estiver trabalhando" porque: A) Far-se-á, normalmente, a citação a quem estiver participando de ato de culto religioso: Incorreta. A citação durante a participação em um ato de culto religioso não é permitida, conforme o art. 244 do CPC, que visa proteger a inviolabilidade do direito à liberdade de crença e ao exercício de cultos religiosos. B) Far-se-á, normalmente, a citação ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes: Incorreta. O art. 244 do CPC proíbe a citação nessas circunstâncias, respeitando o período de luto e os rituais associados à morte de um ente querido. C) Far-se-á, normalmente, a citação aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas: Incorreta. A citação dos noivos nos três primeiros dias após o casamento também é vedada pelo art. 244 do CPC, respeitando a privacidade e a intimidade desse momento especial. D) Far-se-á, normalmente, a citação aos doentes, enquanto grave o seu estado: Incorreta. O CPC também proíbe a citação de pessoas cujo estado de saúde seja grave, conforme o art. 244, visando preservar a integridade e o bem-estar do citando. E) Far-se-á, normalmente, a citação de quem estiver trabalhando: Correta. A citação de uma pessoa que está trabalhando é permitida, desde que não interfira significativamente em suas atividades laborais, não havendo restrição específica no CPC que impeça essa prática. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 3: Citação “A citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual (art. 238 do CPC). O réu é aquele citado em processo cognitivo. O executado é o citado no processo de execução. O interessado é citado no processo de jurisdição voluntária. Para o processo ser válido, é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido (art. 239 do CPC). Nessas duas últimas hipóteses, transitada em julgado a sentença proferida em favor do réu antes de sua citação, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento (art. 241 do CPC).” Desafio 4 Você está representando um cliente em uma ação de indenização por danos materiais. Após a distribuição da ação, seu cliente deseja aditar a petição inicial para incluir um pedido de compensação por danos morais. Compreender as regras do Código de Processo Civil sobre a alteração do pedido ou da causa de pedir é essencial para proceder corretamente. Este conhecimento é vital para garantir que os direitos do seu cliente sejam plenamente exercidos e para evitar que a ação seja prejudicada por questões processuais. A Pode ocorrer a qualquer tempo, inclusive após o saneamento do processo, desde que haja consentimento do réu. B Pode ocorrer a qualquer tempo, inclusive após o saneamento do processo, independentemente de consentimento do réu. C Depende do consentimento do réu, se já tiver sido feita a citação, e não poderá ocorrer após o saneamento do processo. D É defesa antes da citação. E Sempre depende do consentimento do réu. A alternativa C está correta. A correta é "Depende do consentimento do réu, se já tiver sido feita a citação, e não poderá ocorrer após o saneamento do processo" porque: A) Pode ocorrer a qualquer tempo, inclusive após o saneamento do processo, desde que haja consentimento do réu: Incorreta. A alteração do pedido ou da causa de pedir depende do consentimento do réu se já tiver ocorrido a citação, mas não pode ocorrer após o saneamento do processo sem o consentimento do réu, conforme art. 329 do CPC. B) Pode ocorrer a qualquer tempo, inclusive após o saneamento do processo, independentemente de consentimento do réu: Incorreta. Após a citação, a alteraçãodo pedido ou da causa de pedir só pode ocorrer com o consentimento do réu, especialmente após o saneamento do processo, conforme disposto no art. 329 do CPC. C) Depende do consentimento do réu, se já tiver sido feita a citação, e não poderá ocorrer após o saneamento do processo: Correta. De acordo com o art. 329 do CPC, a alteração do pedido ou da causa de pedir após a citação do réu requer seu consentimento, e não pode ocorrer após o saneamento do processo sem tal consentimento. D) É defesa antes da citação: Incorreta. A defesa antes da citação se refere a outras situações processuais e não ao aditamento da petição inicial, que deve respeitar as regras específicas do CPC para alterações após a citação e o saneamento. E) Sempre depende do consentimento do réu: Incorreta. A alteração do pedido ou da causa de pedir antes da citação não depende do consentimento do réu. É apenas após a citação que o consentimento se torna necessário, conforme art. 329 do CPC. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 2: Pedidos “O pedido com suas especificações é um dos requisitos estruturais da petição inicial, nos termos do art. 319, IV, do CPC. Ele constitui um dos elementos da demanda (os outros dois são partes e causa de pedir), e pode ser entendido como a providência que se pede em juízo; a manifestação processual de uma pretensão. Inicialmente, o pedido deve ser certo (art. 322, caput, do CPC), ou seja, expresso e individualizado na petição inicial. Para tanto, deve o autor especificar o tipo de tutela jurisdicional que busca e o gênero do bem da vida que pretende obter.” Processo de conhecimento - saneamento e instrução Desafio 1 Como analista judiciário, você deve estar apto a identificar os atos que o juiz pode realizar no despacho saneador, que é uma etapa crucial para o andamento do processo. Imagine que você precisa preparar um relatório detalhando as ações que podem ser realizadas pelo juiz nesse momento. É essencial saber quais ações são permitidas e quais não são, para garantir a eficiência e a celeridade processual. A Definir a distribuição do ônus probatório. B Designar audiência de instrução. C Resolver questões processuais pendentes. D Delimitar as questões de direito controversas. E Avaliar o mérito, mesmo nos casos complexos, isso nas hipóteses em que entender viável com vistas ao princípio da celeridade processual. A alternativa C está correta. A correta é "Resolver questões processuais pendentes" porque: A) Incorreta. O juiz pode definir a distribuição do ônus probatório no despacho saneador, conforme previsto no art. 357, III, do CPC, para garantir que as partes saibam suas responsabilidades na produção de provas. B) Incorreta. Designar audiência de instrução é uma das atribuições do juiz no despacho saneador, conforme art. 357, V, do CPC, quando for necessário a produção de prova oral. C) Incorreta. O juiz resolve questões processuais pendentes no despacho saneador, conforme art. 357, I, do CPC, para assegurar que o processo siga sem vícios processuais. D) Incorreta. Delimitar as questões de direito controversas é uma função do juiz no despacho saneador, conforme art. 357, IV, do CPC, para definir os pontos de discussão entre as partes. E) Correta. Avaliar o mérito, mesmo nos casos complexos, não é uma atribuição do despacho saneador. O despacho saneador não se destina a julgar o mérito, mas sim a organizar o processo e definir as questões pendentes e as provas a serem produzidas, conforme art. 357 do CPC. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Julgamento Conforme o Estado do Processo “Após as providências preliminares, o juiz profere uma das seguintes decisões: extinção do processo sem resolução do mérito, extinção do processo com resolução do mérito, julgamento antecipado do mérito, total ou parcial, ou decisão de saneamento e organização do processo. O despacho saneador é utilizado para resolver questões processuais pendentes, delimitar as questões de fato e de direito, definir a distribuição do ônus da prova e designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.” Desafio 2 No exercício de suas funções, um defensor público precisa lidar frequentemente com a demonstração de fatos ocorridos em redes sociais. Imagine-se nessa situação, onde é crucial saber quais documentos são válidos para comprovar a ocorrência de um fato em uma rede social acessível pela internet. Este conhecimento é vital para fundamentar a defesa dos interesses de seus assistidos. De que documento o defensor público necessita nesse caso? A De declaração pessoal do autor. B De prova emprestada. C Do computador. D Da prova pericial. E De ata notarial. A alternativa E está correta. A correta é "De ata notarial" porque: A) Incorreta. A declaração pessoal do autor não possui a mesma força probatória que um documento público como a ata notarial, que é lavrada por um tabelião e presume-se verdadeira, conforme art. 384 do CPC. B) Incorreta. A prova emprestada é admissível, mas não é a melhor opção para demonstrar fatos específicos ocorridos em redes sociais, que requerem um documento que ateste diretamente o conteúdo e sua autenticidade, como a ata notarial. C) Incorreta. O computador pode ser utilizado para acessar e exibir conteúdos de redes sociais, mas não é um meio de prova oficial. A ata notarial é o documento adequado para registrar oficialmente o conteúdo acessado. D) Incorreta. A prova pericial é importante em muitos casos, mas para atestar a existência e o modo de existir de um fato em uma rede social, a ata notarial é mais direta e eficiente, conforme art. 384 do CPC. E) Correta. A ata notarial é o meio adequado para comprovar a ocorrência de um fato em uma rede social, pois é um documento público lavrado por um tabelião que atesta a existência e o modo de existir de algum fato, presumindo-se verdadeira, conforme art. 384 do CPC. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 2: Provas em Espécie - Ata Notarial “Ata notarial é um documento público lavrado por tabelião, a requerimento de interessado, no qual se atesta ou documenta a existência e o modo de existir de algum fato (art. 384 do CPC). Em razão da fé pública atribuída ao tabelião, os fatos por ele narrados na ata notarial presumem-se verdadeiros. Na ata notarial, o tabelião pode não apenas declarar a existência e o modo de existir de um fato que tenha presenciado, mas também pode constar dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos.” Desafio 3 Como advogado, você pode solicitar o depoimento pessoal das partes para esclarecer questões fundamentais em um processo. Imagine que você está em um julgamento e precisa determinar em quais situações o depoimento pessoal das partes pode ser requerido pelo juiz ou pela parte contrária. Conhecer essas regras é crucial para a estratégia processual. Em que circunstâncias o depoimento pessoal pode ser requerido? A A pedido da outra parte ou de ofício pelo juiz. B Somente a pedido da parte contrária. C Somente a pedido da própria parte. D Somente de ofício pelo juiz. E Por terceiro na audiência de conciliação ou mediação. A alternativa A está correta. A correta é "A pedido da outra parte ou de ofício pelo juiz" porque: A) Correta. O depoimento pessoal pode ser determinado a pedido da outra parte ou de ofício pelo juiz, conforme previsto no art. 385 do CPC. Isso permite que o juiz ou a parte contrária obtenha esclarecimentos diretamente das partes envolvidas. B) Incorreta. O depoimento pessoal não é restrito apenas ao pedido da parte contrária. O juiz também pode determinar de ofício, conforme art. 385 do CPC. C) Incorreta. Uma parte não pode requerer seu próprio depoimento pessoal. Se desejar se manifestar, deve fazê-lo por meio de petição assinada por seu procurador, conforme art. 385 do CPC. D) Incorreta. Embora o juiz possa determinar de ofício o depoimento pessoal, ele não é a única figura que pode solicitar esse depoimento. A parte contrária também pode requerê-lo, conformeart. 385 do CPC. E) Incorreta. Terceiros não têm o direito de requerer o depoimento pessoal das partes em audiências de conciliação ou mediação. Essa função cabe ao juiz ou à parte contrária, conforme art. 385 do CPC. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 2: Depoimento Pessoal “O depoimento pessoal, uma das espécies de prova oral, é o testemunho em juízo de uma das partes do processo, tomado na audiência de instrução e julgamento, a requerimento da parte contrária ou do juiz. Nesse sentido, estabelece o art. 385 do CPC que 'cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício'. É vedado à parte que requeira seu próprio depoimento.” Desafio 4 Como procurador municipal, você deve compreender as diferentes formas de julgamento conforme o estado do processo para fundamentar suas decisões. Imagine-se precisando explicar a um colega sobre a decisão parcial de mérito que se torna definitiva e produz coisa julgada. Esse conhecimento é vital para a condução adequada dos processos e para a definição de estratégias jurídicas. A O julgamento parcial de mérito só poderá ocorrer se a obrigação a ser reconhecida for líquida. B O julgamento antecipado do mérito feito após providências preliminares de saneamento baseia-se em cognição sumária. C A decisão parcial de mérito que se torna definitiva produz coisa julgada. D Caberá apelação contra a decisão que julgar antecipadamente parte do mérito. E O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um dos pedidos se mostrar controverso. A alternativa C está correta. A correta é "A decisão parcial de mérito que se torna definitiva produz coisa julgada" porque: A) Incorreta. O julgamento parcial de mérito pode ocorrer independentemente de a obrigação ser líquida ou ilíquida, conforme art. 356, §1º, do CPC. A decisão parcial de mérito pode ser executada mesmo que a obrigação ainda precise ser liquidada. B) Incorreta. O julgamento antecipado do mérito pode ser baseado em cognição exauriente, não se restringindo à cognição sumária, conforme art. 355 e 356 do CPC. A cognição exauriente ocorre quando não há necessidade de outras provas para a decisão. C) Correta. A decisão parcial de mérito que se torna definitiva produz coisa julgada, conforme art. 356, §3º, do CPC. Isso significa que a decisão não pode mais ser alterada e se torna imutável e indiscutível entre as partes. D) Incorreta. Cabe agravo de instrumento contra a decisão que julga antecipadamente parte do mérito, conforme art. 1.015, II, do CPC. Apelação é cabível contra a sentença que põe fim ao processo com julgamento de mérito. E) Incorreta. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um dos pedidos se mostrar incontroverso ou em condições de imediato julgamento, conforme art. 356, I e II, do CPC. Isso ocorre quando não há necessidade de produção de outras provas para decidir a questão. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Julgamento Antecipado do Mérito “O julgamento antecipado do mérito pode ser total (art. 355 do CPC) ou parcial (art. 356 do CPC). A decisão que julga antecipada e parcialmente o mérito pode reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida (art. 356, §1º do CPC), sendo autorizada a parte liquidar ou executar tal obrigação, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto (art. 356, §2º, do CPC). O legislador ressalta, ainda, que, na hipótese do § 2º, havendo o trânsito em julgado da decisão, ela se tornará definitiva (art. 356, §3º, do CPC) e fará coisa julgada (art. 503 do CPC).” Sentença Desafio 1 Você é um advogado contratado para representar Júlio em uma ação judicial contra Marcos, que foi contratado por Júlio para realizar obras de instalação elétrica no apartamento dele. Devido à negligência de Marcos, ocorreu um incêndio que causou grandes danos ao imóvel e aos móveis. Júlio conseguiu uma sentença condenando Marcos a pagar R$ 148.000,00. Após a sentença, Marcos entrou com apelação, que ainda está pendente de julgamento. Júlio, buscando garantir o futuro pagamento, registrou a hipoteca judiciária sobre um imóvel de Marcos no cartório de registro imobiliário. Com base nesse contexto, assinale a alternativa correta sobre a situação jurídica apresentada: A Júlio não pode solicitar o registro da hipoteca judiciária, uma vez que ainda está pendente de julgamento o recurso de apelação de Marcos. B Júlio, mesmo que seja registrada a hipoteca judiciária, não terá direito de preferência sobre o bem em relação a outros credores. C A hipoteca judiciária apenas poderá ser constituída e registrada mediante decisão proferida no tribunal, em caráter de tutela provisória, na pendência do recurso de apelação interposto por Marcos. D Júlio poderá levar a registro a sentença, e, uma vez constituída a hipoteca judiciária, esta conferirá a Júlio o direito de preferência em relação a outros credores, observada a prioridade do registro. E A hipoteca judiciária apenas não poderá ser constituída e registrada, apenas mediante decisão proferida no tribunal, em caráter de tutela inibitória, na pendência do recurso de apelação interposto por Marcos. A alternativa D está correta. A correta é "Júlio poderá levar a registro a sentença, e, uma vez constituída a hipoteca judiciária, esta conferirá a Júlio o direito de preferência em relação a outros credores, observada a prioridade do registro" porque: A) Incorreta. Júlio tem o direito de registrar a hipoteca judiciária mesmo com o recurso de apelação pendente. O artigo 495 do CPC estabelece que a sentença, ainda que impugnada por recurso, pode gerar a hipoteca judiciária. A apelação não impede a execução provisória da sentença. B) Incorreta. A hipoteca judiciária confere sim a Júlio o direito de preferência sobre o bem em relação a outros credores. Conforme o artigo 495 do CPC, a hipoteca judiciária garante ao credor a prioridade no recebimento do crédito, uma vez registrada. C) Incorreta. A constituição e o registro da hipoteca judiciária não necessitam de uma decisão de tutela provisória. A sentença que condena Marcos já é suficiente para o registro, independentemente de ser uma decisão provisória. D) Correta. Júlio pode registrar a sentença e constituir a hipoteca judiciária, que lhe dará o direito de preferência sobre o imóvel em relação a outros credores, conforme a prioridade do registro. A hipoteca judiciária é uma medida que visa garantir o cumprimento da obrigação de pagamento imposta pela sentença. E) Incorreta. A hipoteca judiciária não depende de uma decisão de tutela inibitória para ser constituída e registrada. A sentença condenatória já permite o registro da hipoteca para garantir o crédito de Júlio. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 1: Conceito Legal “O art. 203 do Código de Processo Civil (CPC) busca sistematizar os pronunciamentos judiciais em primeira instância, dividindo-os em sentença, decisão interlocutória e despacho. A definição de cada um desses pronunciamentos é relevante, considerando que, a depender de qual seja, será cabível um recurso distinto. Neste item do módulo, trataremos apenas do conceito legal de sentença, contra a qual cabe apelação. O art. 203, §1º, do CPC, estabelece que: ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.” Desafio 2 Imagine que você é um advogado representando Renato, que ajuizou uma ação de cobrança contra Henrique. Após Henrique apresentar sua contestação, Renato decidiu desistir da ação. Diante disso, é necessário entender quais são os procedimentos e requisitos legais para a desistência de uma ação judicial. Considere a situação em que você precisa orientar Renato sobre como proceder corretamente com seu pedido de desistência. Qual das seguintes opções descreve