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religiao na idade media

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Religião na Idade Média. 
 
Agora entraremos numa parte bem delicada da história medieval: o papel da 
igreja! 
 
A igreja teve forte influência nos povos bárbaros. Devido a confusão causada 
pelas invasões bárbaras e com a desestruturação no Império Romano, a igreja 
teve forças para manter e conservar sua identidade institucional. A igreja 
preservou elementos da cultura greco-romana, mas com um ponto de vista 
cristão e espalhando tudo isso entre os povos bárbaros. 
 
Mas o papel da igreja não ficou só no campo religioso. Ela atuou em diversos 
setores da vida medieval. Servindo como peça de união social, diante da 
divisão política do feudalismo. 
 
Com a expansão do feudalismo por toda a Europa Medieval, observamos a 
ascensão de uma das mais importantes e poderosas instituições desse mesmo 
período: a Igreja Católica. Aproveitando-se da expansão do cristianismo, 
observada durante o fim do Império Romano, a Igreja alcançou a condição de 
principal instituição a disseminar e refletir os valores da doutrina cristã. As 
raízes do cristianismo, como a palavra sugere, vêm de Cristo, daí o nome 
cristianismo. Oficialmente suas raízes são na antiga Palestina, da época do alto 
império Romano. 
 
Naquela época, logo depois do Primeiro Século, diversas interpretações da 
doutrina cristã e outras religiões pagãs se faziam presentes no contexto 
europeu. Foi através do Concílio de Nicéia, em 325, que se assentaram as 
bases religiosas e ideológicas da Igreja Católica Apostólica Romana. Através 
da centralização de seus princípios e a formulação de uma estrutura 
hierárquica, a Igreja teve condições suficientes para alargar o seu campo de 
influências durante a Idade Média. 
 
ORGANIZAÇÃO DO CLERO 
 
Estabelecida em uma sociedade marcada pelo pensamento religioso, a Igreja 
esteve nos mais diferentes extratos da sociedade medieval. A própria 
organização da sociedade medieval (dividida em Clero, Nobreza e Servos) era 
um reflexo da Santíssima Trindade. Além disso, a vida terrena era desprezada 
em relação aos benefícios a serem alcançados pela vida nos céus. Dessa 
maneira, muitos dos costumes dessa época estavam influenciados pelo dilema 
da vida após a morte. Os sacerdotes da igreja tinham suas categorias: 
 
Clero Secular - eram os sacerdotes que viviam fora dos mosteiros, divididos 
em padres, bispos e outros. 
 
 
Clero Regular – já refere-se aos sacerdotes que viviam nos mosteiros e 
obedeciam as regras de sua ordem religiosa. 
 
No topo da ordem eclesiástica estava o Papa, ou seja, o bispo de Roma. O 1º 
Papa da cristandade foi Leão I. 
 
Desde 756, o Papa era o administrador político do Patrimônio de São Pedro, 
ou, o estado da igreja, tinha o poder de acumular riquezas através de doações 
feitas pelos fiéis principalmente quando estas doações eram propriedades. 
 
Além de se destacar pela sua presença no campo das idéias, a Igreja também 
alcançou grande poder material. Durante a Idade Média ela passou a controlar 
grande parte dos territórios feudais, se transformando em importante chave na 
manutenção e nas decisões do poder nobiliárquico. A própria exigência do 
celibato foi um importante mecanismo para que a Igreja conservasse o seu 
patrimônio. O crescimento do poder material da Igreja chegou a causar reações 
dentro da própria instituição. 
 
Provavelmente a igreja tinha controlado um terço das terras férteis da Europa 
Ocidental. Isto mostra o forte poder econômico da igreja para a época. O poder 
da igreja levou o Papa a envolver-se em diversos conflitos políticos com 
monarquias medievais. 
 
Como exemplo: a Questão das Investiduras, que ocorreu no século X, quando 
o imperador Oto I , do Sacro Império Romano Germânico, começou a querer 
controlar os assuntos da igreja. Em troca da proteção que dava à igreja, 
controlava as ações do Papa, assim ele fundou bispados e abadias. 
 
As nomeações da parte do imperador eram por interesse pessoais e do 
governo. Isto abriu as portas para a corrupção entre os membros do clero. 
 
Já aqueles que viam na influência político-econômica da Igreja uma ameaça 
aos princípios religiosos, começaram a se concentrar em ordens religiosas que 
se abstinham de qualquer tipo de regalia ou conforto material. Essa cisão nas 
práticas da Igreja veio subdividir o clero em duas vertentes: o clero secular, que 
administrava os bens da Igreja e a representava nas questões políticas; e o 
clero regular, composto pelas ordens religiosas mais voltadas às praticas 
espirituais e a pregação de valores cristãos. 
 
Sob outro aspecto, a Igreja também teve grande monopólio sob o mundo 
letrado daquele período. Exceto os membros da Igreja, pouquíssimas pessoas 
eram alfabetizadas ou tinham acesso às obras escritas. Por isso, muitos 
mosteiros medievais preservavam bibliotecas inteiras onde grandes obras do 
Mundo Clássico e Oriental eram preservadas. São Tomás de Aquino e Santo 
Agostinho, por exemplo, foram dois membros da Igreja que produziram 
tratados filosóficos que dialogavam com os pensadores da Antiguidade. 
 
 
No século XI houve um movimento reformista: Ordem Religiosa de Cluny, com 
o objetivo de recuperar o poder da igreja. As medidas por ele adotadas foram: 
 
Instituição do celibato e a proibição da investidura religiosa pelo imperador. 
Claro que isso não agradou a todos, um rei que não gostou disso foi Henrique 
IV, imperador do Sacro Império. O resultado não foi agradável. Um foi 
excomungado e o outro foi deposto e mais atrito entre imperador e Papa. O 
problema só foi resolvido em 1122 pela Concordata de Worms: onde o Papa 
teria o poder da investidura espiritual dos bispos e o imperador a investidura 
temporal. 
Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do 
poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as 
formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder 
econômico, pois possuía terras em grandes quantidades e até mesmo servos 
trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela 
proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e 
copiando livros e a Bíblia. 
No ano de 391, a religião cristã foi transformada em religião oficial do Império 
Romano. A partir deste momento, a Igreja Católica começou a se organizar e 
ganhar força no continente europeu. Nem mesmo a invasão dos povos 
bárbaros (germânicos) no século V atrapalhou o crescimento do catolicismo. 
A influência da Igreja 
Durante a Idade Média (século V ao XV) a Igreja Católica conquistou e manteve 
grande poder. Possuía muitos terrenos (poder econômico), influenciava nas 
decisões políticas dos reinos (poder político), interferia na elaboração das leis 
(poder jurídico) e estabelecia padrões de comportamento moral para a 
sociedade (poder social). 
Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições 
contrárias aos seus dogmas (verdades incontestáveis). Aqueles que 
desrespeitavam ou questionavam as decisões da Igreja eram perseguidos e 
punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício 
(Inquisição) no século XIII, para combater os hereges (contrários à religião 
católica). A Inquisição prendeu, torturou e mandou para a fogueira milhares de 
pessoas que não seguiam às ordens da Igreja. 
Por outro lado, alguns integrantes da Igreja Católica foram extremamente 
importantes para a preservação da cultura. Os monges copistas dedicaram-se a 
copiar e guardar os conhecimentos das civilizações antigas, principalmente, dos 
sábios gregos. Graças aos monges, esta cultura se preservou, sendo retomada 
na época do Renascimento Cultural. 
Mesmo contando com tamanho poder e influência, a Igreja também sofreu com 
manifestações dissidentes. Por um lado, as heresias, seitas e ritos pagãos 
interpretavam o texto bíblico de forma independente ou nãoreconheciam o 
papel sagrado da Igreja. Em 1054, a Cisma do Oriente marcou uma grande 
ruptura interna da Igreja, que deu origem à Igreja Bizantina. 
Enquanto parte do alto clero (bispos, arcebispos e cardeais) preocupavam-se 
com as questões políticas e econômicas, muitos integrantes da Igreja Católica 
colocavam em prática os fundamentos do cristianismo. Os monges 
franciscanos, por exemplo, deixaram de lado a vida material para dedicarem-se 
aos pobres. 
A cultura na Idade Média foi muito influenciada pela religião católica. As 
pinturas, esculturas e livros eram marcados pela temática religiosa. 
Os vitrais das igrejas traziam cenas bíblicas, pois era uma forma didática e 
visual de transmitir o evangelho para uma população quase toda formada por 
analfabetos. Neste contexto, o papa São Gregório (papa entre os anos de 590 e 
604) criou o canto gregoriano. Era uma outra forma de transmitir as 
informações e conhecimentos religiosos através de um instrumento simples e 
interessante: a música. 
A Igreja Católica Hoje 
Atualmente, a Igreja Católica é muito diferente do que era na Idade Média. 
Hoje, ela não tem mais todo aquele poder e não pratica atos de violência. Pelo 
contrário, posiciona-se em favor da paz, liberdade religiosa e do respeito aos 
direitos dos cidadãos. O papa, autoridade máxima da Igreja, pronuncia-se 
contra as guerras, terrorismo e atos violentos. Defende também a união das 
pessoas, principalmente dos países mais ricos, na luta contra a pobreza e a 
miséria. Contudo, ainda assim há muito que se questionar dos valores que a 
igreja impõe à vida de seus fies, muitas vezes estes valores contribuem para a 
disseminação da pobreza e da fome mundial, bem como manutenção de 
doenças como o problema da AIDS/HIV & DST’s. 
 
 
Fonte: A Igreja Medieval, tutorial JULIOBATTISTI.COM.BR; 
Igreja na Idade Média, Mundo Educação;

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