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Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais - Tupy Educacional

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SOFTWARES APLICATIVOS 
E SISTEMAS OPERACIONAIS 
EDIÇÃO Nº 1 - 2007 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. MARCO ANDRÉ LOPES MENDES 
___________________________________________________________________ 
Apoio Gestão e Execução Conteúdo e Tecnologia 
 
• • 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina 
2 
 
 
 
 APRESENTAÇÃO 
 
Parabéns, você está recebendo o livro-texto da disciplina de Softwares 
Aplicativos e Sistemas Operacionais do Curso Técnico em Programação para 
Internet da Tupy Virtual. 
Este livro-texto foi construído especialmente para este curso, baseado no seu 
perfil e nas necessidades da sua formação. Estamos constantemente atualizando e 
melhorando este material, e você pode nos auxiliar, encaminhando sugestões e 
apontando melhorias, através do seu monitor, tutor ou professor. Desde já 
agradecemos a sua ajuda. 
Este livro-texto proporcionará a você o estudo dos softwares, incluindo 
aplicativos, sistemas operacionais e utilitários. Para sua melhor compreensão, o livro 
está estruturado em duas partes. Na primeira, que inclui os capítulos de um a três, é 
feito um estudo dos softwares aplicativos, e na segunda parte, que engloba os 
capítulos de quatro a seis, você estudará os sistemas operacionais e utilitários. 
Nossa recomendação é que você verifique as datas importantes dentro no 
cronograma de estudos e elabore um plano de estudos pessoal. Assim você poderá 
aproveitar o curso ao máximo, garantindo o retorno de todo o esforço investido. 
Estude as aulas virtuais, faça os exercícios, leia o livro-texto, e faça todas as 
atividades propostas. Sempre que possível, tire suas dúvidas com o monitor 
também. 
Lembre-se que a sua passagem por esta disciplina será também 
acompanhada pelo Sistema de Ensino Tupy Virtual, seja por correio postal, fax, 
telefone, e-mail ou Ambiente Virtual de Aprendizagem. Sempre entre em contato 
conosco quando surgir alguma dúvida ou dificuldade. Participe dos bate-papos 
(chats) marcados e envie suas dúvidas pelo Tira-Dúvidas. 
 Toda a equipe está à disposição para atendê-lo. Seu crescimento é o nosso 
maior objetivo. Acredite no seu sucesso e tenha bons momentos de estudo! 
Equipe Tupy Virtual. 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
AULA 1 - SOFTWARES APLICATIVOS ................................................................................7 
AULA 2 - SOFTWARES ORIENTADOS PARA TAREFAS .......................................................24 
AULA 3 - ÉTICA E SOFTWARE LIVRE ...............................................................................41 
AULA 4 - SISTEMAS OPERACIONAIS................................................................................50 
AULA 5 - CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS OPERACIONAIS .............................................76 
AULA 6 - PROGRAMAS UTILITÁRIOS................................................................................86 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina 
4 
 
 
CARTA DO PROFESSOR 
 
 
“Eu anseio por realizar uma grande e nobre tarefa, mas meu principal 
dever é realizar pequenas tarefas como se fossem grandes e nobres.” 
Helen Keller 
 
Caro aluno, 
 
 Você já percebeu quantos softwares diferentes existem disponíveis 
para o uso no seu computador? São editores de texto, planilhas eletrônicas, jogos, 
navegadores, softwares educativos, sistemas de gestão empresarial e uma 
infinidade de outras categorias. Quais desses softwares você precisará para 
desenvolver suas tarefas? Como eu posso adquiri-los? Essas e outras perguntas 
serão respondidas nesta disciplina que você está começando a estudar agora. 
O aprendizado dos conceitos que serão explorados nesta disciplina é 
fundamental ao futuro programador e servirão de suporte às demais disciplinas do 
curso. 
Queremos convidá-lo a se envolver a partir de agora no estudo dos softwares 
aplicativos e sistemas operacionais. 
Bom estudo! 
 
Professor Marco André Lopes Mendes 
 
 
 
 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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5 
 
 
 CRONOGRAMA DE ESTUDO 
 
Acompanhe no cronograma abaixo os conteúdos das aulas, e atualize as 
possíveis datas de realização de aprendizagem e avaliações. 
 
Semana Carga horária Aula Data/ Avaliação 
1 10 Softwares aplicativos _/_ a _/_ 
1 10 Softwares orientados para 
tarefas 
_/_ a _/_ 
2 10 Ética e software livre _/_ a _/_ 
2 10 Sistemas operacionais _/_ a _/_ 
3 10 Características dos 
sistemas operacionais 
_/_ a _/_ 
3 10 Programas utilitários _/_ a _/_ 
 
 
 
 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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 PLANO DE ESTUDO 
 
Bases Tecnológicas 
 
Sistema operacional; Gerenciador de arquivos; Ferramentas de Criação e 
Gerenciamento de Softwares; Camadas de Softwares; Princípios de Sistemas 
Operacionais; Instalação e remoção - aplicações. 
 
Objetivo Geral 
• Compreender a função dos softwares aplicativos e dos sistemas operacionais. 
 
Específicos 
• Relacionar as diversas formas através das quais as pessoas e organizações 
adquirem software; 
• Relacionar várias categorias de softwares orientados para tarefa; 
• Discutir questões éticas relacionadas aos softwares; 
• Descrever as funções de um sistema operacional; 
• Descrever as diversas características dos sistemas operacionais; 
• Relacionar diversas funções normalmente executadas por programas 
utilitários. 
 
Carga Horária: 60 horas/aula. 
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SOFTWARES APLICATIVOS 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
� Compreender que existem softwares específicos para 
cada necessidade; 
� Distinguir a função do hardware e do software no 
computador; 
� Descrever um software aplicativo; 
� Identificar as razões que levam as pessoas a adquirirem 
um computador; 
� Relacionar as diversas formas através das quais as 
pessoas e organizações adquirem software; 
� Escolher a melhor forma de adquirir softwares para cada 
situação. 
 
CONTEÚDO DA AULA 
 
Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir, assinale 
os conteúdos na medida em que for estudando. 
Nesta aula, veremos: 
 
� Um aplicativo para cada necessidade 
� Softwares aplicativos: realizando o trabalho 
� O que é software aplicativo? 
� Para que eu usaria um computador? 
� Adquirindo um software 
� Qual a melhor forma de comprar software comercial? 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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1.1 Um aplicativo para cada necessidade 
 
Olá! Seja bem-vindo à nossa primeira aula de Softwares Aplicativos e 
Sistemas Operacionais. Agora que você já estudou o hardware, a parte física e 
visível do computador, chegou a hora de estudar o software, a parte invisível, porém 
fundamental para funcionamento deste fascinante equipamento. Nesta primeira aula 
você vai compreender que existem softwares específicos para cada necessidade, vai 
distinguir a função do hardware e do software no computador e entender melhor o 
termo software aplicativo. Além disto, você vai Identificar as razões que levam as 
pessoas a adquirirem um computador e vai relacionar as diversas formas através 
das quais as pessoas e organizações adquirem software. Por fim, você vai aprender 
a escolher a melhor forma de adquirir softwares para cada situação. Como você 
pode ver, temos muito que aprender. 
Boa aula! 
 
Vamos começar esta aula com a história de Carla. Ela estáno primeiro 
ano da faculdade de Administração, e resolveu arrumar um emprego nas férias, 
trabalhando como garçonete numa Pousada em Bombinhas, no litoral de Santa 
Catarina. Seu objetivo é juntar algum dinheiro para ajudar a adquirir os livros para o 
próximo semestre da faculdade. Além do seu salário, Carla recebia gorjetas dos 
turistas, muitos deles estrangeiros. Carla preferia ter conseguido um emprego num 
escritório, mas no momento, a sua maior preocupação era fazer uma boa poupança 
para quando as aulas iniciassem. 
As coisas, no entanto, acabaram ficando mais interessantes do que Carla 
poderia ter imaginado. Os proprietários da Pousada descobriram que Carla havia 
tido aulas de Informática e que tinha certa habilidade com computadores, além de 
ter tido aulas básicas de contabilidade. Propuseram então que ela os auxiliasse 
durante algumas manhãs no escritório da Pousada. Carla aceitou imediatamente, 
percebendo ali uma oportunidade de adquirir um pouco mais de experiência 
profissional, melhorando o seu currículo. 
Sua primeira missão foi refazer os cartazes informativos espalhados pela 
pousada. Ela estudou os softwares, lendo manuais e a ajuda on-line, e aprendeu a 
acrescentar gráficos, ilustrações e diversos tipos de fontes e cores atraentes, dando 
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um toque profissional e com muita classe aos cartazes. Agora era muito mais fácil 
alterar os cartazes, conforme a necessidade, e reimprimi-los na impressora a jato de 
tinta da pousada. Logo os hóspedes perceberam a mudança e comentaram com os 
donos, o que os estimulou a passarem outras atividades a Carla. 
Carla desenvolveu outras atividades ao longo da temporada em que esteve lá, 
como crachás de identificação para os funcionários, menus para o restaurante, e 
uma lista de telefones úteis para o pessoal da recepção. Um de seus trabalhos mais 
gratificantes foi o desenvolvimento de uma planilha de custos a ser utilizada na 
confecção do cardápio semanal da pousada. Utilizando um software de planilha 
eletrônica, ela levantou o custo de cada item que poderia compor um almoço, 
separando-os entre carnes, pratos quentes, saladas e sobremesas. Verificou 
também quanto, em média, cada pessoa consumia num almoço. Desta forma ficou 
muito mais simples montar o cardápio, de forma balanceada e sem estourar o 
orçamento. 
Sabendo quantos hóspedes havia num determinado período, era possível até 
fazer a previsão de compra dos produtos, e calcular a margem de lucro. Gráficos 
feitos com os dados fornecidos na planilha permitiram uma análise visual, e 
alterações nos preços dos insumos, podiam agora ser inseridas imediatamente no 
software, que refazia automaticamente os cálculos e os gráficos. 
 
 
No estudo de caso acima, pudemos ver vários exemplos de uso de softwares 
aplicativos auxiliando na realização de tarefas do cotidiano das pessoas. Vamos 
entender um pouco melhor o que são estes aplicativos e como podemos classificá-
los. 
 
1.2 Softwares aplicativos: Realizando o trabalho 
 
Quando as pessoas pensam num computador, a primeira coisa que vem a 
sua mente é a máquina, ou seja, o hardware. Monitores modernos mostrando cores 
e muita ação, gabinetes com linhas elegantes, o som contínuo das teclas, as luzes 
piscando. No entanto, é o software – o conjunto de instruções logicamente 
ordenadas, necessárias para transformar dado em informação – que torna o plástico, 
metal e silício do computador em algo útil. 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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Podemos comparar o computador a um carro de corrida, que necessita 
de um piloto a altura para que se veja o seu potencial. Da mesma forma, de nada 
adianta ter um fogão moderno e um jogo completo de panelas se não houver uma 
cozinheira habilidosa para utilizá-los na preparação de uma gostosa refeição. São 
duas analogias para tentar comparar a importância do software em relação ao 
hardware quando se trata de computadores. 
Agora vamos adiante, por que este papo de comida acaba deixando a gente 
com fome. 
 
 
1.3 O que é software aplicativo? 
 
Segundo Capron e Johnson (2004), os softwares aplicativos podem ser 
personalizados ou oferecidos em pacotes. Algumas organizações preferem 
contratar programadores de software – pessoas que projetam, desenvolvem, 
testam e implementam software. Estes programadores desenvolvem um software 
personalizado, feito sob medida às necessidades específicas de uma organização. 
Softwares deste tipo podem levar anos para serem desenvolvidos e implantados, 
devido à sua complexidade e às particularidades de cada organização. 
 
Podemos comparar o desenvolvimento de um software personalizado a 
uma roupa desenhada, cortada e costurada por um alfaiate. Ela é feita com as 
medidas exatas da pessoa, portanto se ajusta perfeitamente ao seu corpo. 
 
A maioria dos usuários comuns utiliza softwares genéricos conhecidos como 
softwares comerciais ou pacotes de software. Estes softwares, muitas vezes 
comercializados em caixas coloridas, contêm as mídias, como CD ou DVD e um 
conjunto de manuais de instrução impressos. Eles podem ser encontrados em lojas 
especializadas, livrarias, hipermercados e lojas de departamento. Devido a este fato 
eles são muitas vezes chamados informalmente de software de prateleira. 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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Os manuais são muitas vezes chamados de documentação, e podem vir 
impressos, ou em meio eletrônico. É cada vez mais comum também a 
documentação estar disponível on-line, na Internet (Figura 1). 
 
 Você pode ver um exemplo de documentação on-line acessando a Ajuda 
do Microsoft Office, disponível em: http://office.microsoft.com/pt-br/help/default.aspx. 
 
 
Figura 1 - Site de ajuda on-line do Microsoft Office 
 
Podemos comparar um pacote de software a uma roupa que é vendida 
numa grande loja de departamentos. Ela procura atender ao gosto da maioria das 
pessoas. Você procura uma dentro do seu estilo e tamanho e a prova. A vantagem 
é que se gostar, o usuário pode levar na hora e usá-la imediatamente. 
 
Da mesma forma que organizações menores e você em seu computador, as 
grandes organizações também compram e usam uma série de softwares 
comerciais. Muitos dos softwares que elas utilizam são os mesmos que você utiliza 
em seu computador. A diferença talvez seja que estas grandes organizações 
compram seus softwares de um distribuidor ou mesmo diretamente do próprio 
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fabricante. É muito provável que elas também comprem softwares para auxiliar na 
gestão do seu negócio, como gestão da produção e de recursos humanos. Estes 
softwares são comprados diretamente dos fabricantes ou de empresas de 
consultoria por dezenas, ou até centenas de milhares de reais. 
Para cada software existe uma forma específica de uso, embora a maioria 
deles acabe seguindo certos padrões que os torna muito semelhantes na forma de 
utilização. De qualquer forma, a primeira coisa que deve ser feita após a aquisição 
de um software é a sua instalação. Na maioria das vezes, basta colocar o CD ou 
DVD na unidade e aguardar alguns segundos, ou executar o programa baixado da 
Internet, através de um duplo clique no mesmo. 
Os programas de instalação permitem que sejam feitas várias configurações 
durante o processo de instalação dos softwares. Estas configurações são 
especialmente úteis para usuários avançados. Para os iniciantes, no entanto, 
normalmente são fornecidas opções padrão de instalação, livrando-os de ter que 
conhecer uma série de detalhes técnicos.Este processo de instalação é muitas 
vezes chamado ironicamente de “Next-Next-Finish” ou “Próximo-Próximo-
Concluído”, devido às telas que são mostradas durante o processo de instalação. 
Alguns softwares são completamente instalados no disco rígido do 
computador durante o processo de instalação, enquanto outros exigem que a mídia 
original esteja na unidade sempre que o programa for executado. Depois de 
instalados, os softwares criam ícones (imagens que representam os programas), na 
área de trabalho ou opções em menus de programas. Para executar o programa, 
basta clicar no seu ícone ou opção de menu correspondente. Em alguns casos, 
também é possível executar os softwares digitando o nome do aplicativo numa linha 
de comando. 
Podemos afirmar que, atualmente, existem softwares para quase tudo o que 
um usuário doméstico ou profissional tenha necessidade. Desde a edição de textos, 
preparação de orçamentos, manipulação de fotos, imagens e vídeos até jogos e 
comunicação remota, tudo pode ser feito com um computador e o software certo. É 
por isso que podemos afirmar que os softwares tornam os computadores tão úteis. 
 
 Para saber a quantidade de softwares que você pode baixar e instalar 
em seu computador, acesse o site Superdownloads (Figura 2), disponível em 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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13 
 
 
http://superdownloads.uol.com.br/windows/index.html. Navegue por suas 
categorias e se surpreenda com a diversidade de áreas diferentes em que você 
pode encontrar softwares. Você vai ficar maravilhado! 
 
 
Figura 2 – Site superdownloads.com 
 
O objetivo da maioria dos desenvolvedores de software é que seus produtos 
sejam amigáveis e simples de utilizar. O termo amigável ao usuário (user-friendly) 
acabou se popularizando e hoje é utilizado de forma geral. O que se espera de um 
software deste tipo é que ele seja fácil e simples de operar, mesmo para um usuário 
iniciante e que seja intuitivo, necessitando de um mínimo de treinamento, 
documentação e suporte. 
 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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1.4 Para que eu usaria um computador? 
 
É comum vermos alguém interessado em comprar um computador verificando 
diferentes configurações e opcionais até decidir o que comprar. A surpresa, muitas 
vezes, surge quando esta pessoa descobre que não basta ligar o computador para 
poder fazer tudo o que deseja. Os computadores são vendidos normalmente com 
um conjunto básico de softwares, composto de um sistema operacional e mais 
alguns aplicativos. Para utilizá-lo no máximo do seu potencial, é necessário que se 
tenham os softwares certos para cada atividade. Cada pessoa ou perfil profissional 
terá provavelmente um conjunto de softwares necessário para as suas atividades. 
As dúvidas surgem na hora de escolher, adquirir e instalar estes softwares. Vamos 
ver alguns casos que exemplificam esta situação. 
 
Lucia Ramos é uma advogada que possui um pequeno escritório em 
sua casa e utiliza um computador para dirigir seu negócio. Junto com seu 
computador ela recebeu um pacote de automação de escritório cujo principal 
software que ela utiliza é um processador de textos. Ela adquiriu também um 
conjunto de CD-ROMs contendo a legislação brasileira e um outro CD-ROM com 
um aplicativo para auxiliá-la a controlar os exercícios físicos que ela faz 
semanalmente. Para acessar à Internet, ela contratou os serviços de Internet Banda 
Larga de um Provedor de Serviços de Internet. Feito isto, baixou diretamente do site 
da Receita Federal o programa para fazer a declaração do seu Imposto de Renda. 
Depois disto, comprou um software diretamente pela Internet para auxiliar os 
estudos de matemática do seu filho de 8 anos. Algum tempo depois, ela comprou 
um conjunto de softwares didáticos para sua filha de 6 anos e baixou da Internet um 
software que permite ver imagens de satélite do mundo todo. Para auxiliá-la no seu 
trabalho, comprou um Dicionário Eletrônico e está agora estudando a aquisição de 
um sistema de gerenciamento de escritórios de advocacia. 
 
Veja agora outro exemplo: 
Outro exemplo é o de Josué Moreira, que trabalha como representante 
comercial, visitando seus clientes e anotando os seus pedidos. Mesmo sem ter 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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15 
 
 
grandes necessidades de computador no início do seu trabalho, ele comprou um, 
assim que recebeu as primeiras comissões de vendas. Ele começou comprando 
softwares para o seu lazer: um simulador de vôo e um jogo de corridas de carros. 
Depois assinou um serviço gratuito de Internet pela linha telefônica discada, que 
tem lhe atendido bem até o momento. Baixou e instalou um programa simples para 
fazer pequenos retoques e visualizar as fotos tiradas com sua câmera digital. No 
momento, está aprendendo com outros colegas a utilizar um software de planilha 
eletrônica que faz parte do pacote de automação de escritórios que veio junto com o 
computador. Ele também está verificando a possibilidade de passar seus relatórios 
por através de correio eletrônico, em vez de passar fax, como é feito hoje. Seu 
próximo objetivo é catalogar todos os seus clientes e agendar as visitas num 
software de gerenciamento pessoal. 
 
 
Figura 3 - Site da Brasoftware 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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16 
 
 
 
O que você pode perceber através destes exemplos é que existem softwares 
diferentes para cada tipo de aplicação. Observando as prateleiras de uma revenda 
de softwares ou visitando um site especializado como o da Brasoftware (Figura 3), 
você poderá perceber a quantidade de softwares diferentes disponíveis para a 
venda. Quer seja para aprender digitação, fazer partituras de música, guardar 
receitas de comida, organizar fotos (Figura 4) ou qualquer outra tarefa, por mais 
estranho ou incomum que você possa considerar, existe um software que pode lhe 
auxiliar. 
 
 
Figura 4 - Picasa, um aplicativo de gerenciamento de fotos 
 
1.5 Adquirindo um software 
 
Uma vez que você já sabe que os softwares são necessários para a 
realização das tarefas, é importante saber as diversas formas pelas quais os 
softwares são fornecidos. 
 
Em alguns casos, os softwares são conhecidos como freewares. Nestes 
casos, o autor do software optou por distribuí-lo de forma gratuita, porém mantendo 
os direitos autorais. Isto significa que o autor pode impor restrições ao uso do 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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17 
 
 
software. Normalmente estes softwares são liberados sem o código-fonte, que 
permitiria serem feitas alterações no software. O “software freeware pode ser 
utilizado por período indeterminado (não deixa de funcionar nem perde parcialmente 
sua funcionalidade após transcorrido certo período).” (Wikipédia:2007) Um exemplo 
bastante conhecido de software freeware é o Acrobat Reader da Adobe, utilizado 
para a leitura de documentos no formato PDF (Figura 5). 
 
 
Figura 5 - Leitor de PDFs Adobe Acrobat Reader 
 
Existem também softwares que não são protegidos por direito autoral, uma 
vez que o autor relega a propriedade do software e este se torna bem comum. Eles 
são conhecidos como softwares de domínio público. (WIKIPEDIA:2007) Capron e 
Johnson (2004) ainda explica que, nestes casos, o software pode ser usado, 
alterado e incorporado a outros softwares sem restrição alguma. 
Software aberto (open-source software) é uma variação do software 
freeware. Normalmente um software freeware é distribuído em um formato legível 
apenas pelo computador, chamado de código demáquina ou código executável. 
Para que ele pudesse ser modificado e novamente utilizado, seria necessário que o 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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18 
 
 
código-fonte dele, isto é, as instruções escritas em uma linguagem de programação 
e compreensíveis por um programador, estivessem também disponíveis. Não tendo 
acesso ao código-fonte, um desenvolvedor não consegue alterar um programa, 
mesmo que ele encontre um erro e saiba como consertá-lo. Um software aberto é 
aquele que os desenvolvedores optam por disponibilizar o código-fonte juntamente 
com o código de máquina, permitindo que qualquer desenvolvedor possa ler, 
compreender, copiar, modificar e redistribuir este software. Quando diversos 
desenvolvedores de software podem ter acesso ao mesmo código-fonte, erros 
(conhecidos como bugs) podem ser mais rapidamente encontrados e corrigidos e o 
programa pode ser aperfeiçoado. Softwares abertos de nível profissional são cada 
vez mais comuns, como o Open Office, o Firefox e o Linux. O software aberto é 
muitas vezes chamado de software livre. Devido ao crescimento deste tipo de 
software e às freqüentes dúvidas que surgem na discussão deste termo, vamos 
explorar melhor o tema em um capítulo específico mais à frente. 
Shareware é uma categoria de software muitas vezes confundida com o 
software freeware. Como o software freeware, ele também é distribuído 
gratuitamente, porém apenas por um período de tempo, suficiente para ser instalado 
e testado. Após este período, entende-se que existe um compromisso moral do 
usuário em pagar uma taxa para continuar utilizando-o. Normalmente o custo de um 
software shareware é inferior ao de outros softwares proprietários. Segundo a 
WIKIPEDIA, “passado o tempo de avaliação, o software pode parar de funcionar, 
perder algumas funções ou ficar emitindo mensagens incômodas de aviso de prazo 
de avaliação expirado.” Conforme Capron e Johnson (2004), “muitos autores 
oferecem incentivos, como documentação gratuita, suporte e atualizações para as 
pessoas que optem por registrá-lo.” Existem muitos exemplos famosos de software 
shareware, como WinZip, WinRar, e GetRight. 
 
Para conhecer a quantidade e variedade de softwares shareware 
disponíveis, bem como os preços e tipos de restrições impostas após o período de 
expiração, acesse um site de downloads de software, como o Superdownloads. 
Pesquise por softwares do tipo shareware e ordene a pesquisa pela quantidade de 
downloads. Você ficará surpreso com a quantidade de softwares e a variedade de 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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19 
 
 
áreas que eles cobrem. Um exemplo de link para consulta é este: 
http://superdownloads.uol.com.br/search.cfm?licenca=2&ordem=3. 
 
Por fim, software comercial é aquele que o desenvolvedor ou organização 
espera lucrar com a sua utilização. O Portal Software Livre (2006) alerta que 
software comercial e software proprietário não são o mesmo. Normalmente o 
software comercial é software proprietário, ou seja, o autor não libera os fontes e 
nem permite qualquer tipo de cópia ou alteração do seu software. No entanto, 
existem softwares proprietários não-comerciais, bem como software abertos 
comerciais. Exemplos de softwares comerciais, são o pacote de automação de 
escritório Microsoft Office, o editor de imagens vetoriais Corel Draw e a ferramenta 
de engenharia AutoCAD. Os jogos que dominam os computadores das LAN Houses, 
como o Age of Empires, Counter Strike e o Need For Speed também são softwares 
comerciais proprietários. O software comercial é protegido por direito autoral e custa 
geralmente mais que o software shareware. Muitas vezes ele vem em belas e 
coloridas caixas, contendo as mídias de instalação (CDs ou DVDS normalmente), 
manuais e uma cópia da licença de uso. Você não deve copiar um software 
comercial sem a autorização do fabricante. As empresas de software chamam a 
cópia ilegal de software comercial de pirataria. Este é um ato ilegal, sujeito a penas 
duras ao responsável pela infração e multas à organização que comete o crime. 
 
A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) possui na 
sua página uma seção chamada “Denuncie a pirataria, acessível em 
http://www.abes.org.br/templ2.aspx?id=224&sub=224. Nela é possível fazer 
denúncias anônimas por meio eletrônico ou telefone de pessoas ou empresas que 
estejam utilizando de forma ilegal software comercial. 
 
1.6 Qual a melhor forma de comprar software comercial? 
 
Pequenas lojas especializadas em software praticamente não existem mais, 
devido às pequenas margens de lucro oferecidas. Desta forma, o mais comum é 
encontrá-los em lojas que misturam a venda de softwares, computadores e 
acessórios ou em grandes lojas de departamento e em livrarias. A venda pela 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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Internet, feita por grandes portais de comércio eletrônico, com milhares de títulos, 
também é uma forma bastante comum. 
 
Um exemplo de portal especializado em software é o da Brasoftware, em 
http://www.brasoftware.com.br/. Sites de comércio eletrônico também possuem 
seções de software, como o caso do Amercianas.com em 
http://www.americanas.com.br/cat/19026/Catalogo?i=1 (Figura 6). 
 
Figura 6 - Seção de softwares de Americanas.com 
 
Para que os estudantes se familiarizem com seus softwares, muitos 
fabricantes oferecem seus produtos a preços mais populares a instituições de ensino 
e seus alunos e professores. Desta forma alunos e professores podem utilizar estes 
softwares no campus e até mesmo em seus computadores pessoais em alguns 
casos. Agindo assim, estas empresas criam uma massa de pessoas que conhecem 
e eventualmente indicam os seus softwares a outras organizações, aumentando sua 
colocação no mercado. 
 
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21 
 
 
Exemplos deste tipo de promoção feita pelos fabricantes são o MSDN 
Academic Alliance (MSDN AA) da Microsoft, disponível 
http://msdn.microsoft.com/academic/ e a IBM Academic Initiative, da IBM, disponível 
em http://www.ibm.com/br/university/. 
 
Uma organização também precisa adquirir softwares para todos os seus 
computadores. Seja um pequeno escritório, um órgão público, uma multinacional ou 
uma organização sem fins lucrativos, todos precisam de softwares e podem ter a 
necessidade de utilizar softwares comerciais. A aquisição de softwares destas 
organizações varia um pouco em relação à utilizada pelo usuário doméstico, e é 
muitas vezes feita diretamente com o fabricante ou através de distribuidores 
autorizados. É comum os fabricantes oferecem preços diferenciados para a 
aquisição de grandes quantidades de licenças, ou mesmo a possibilidade de 
pagamento de uma única taxa para uso irrestrito de um software em todos os 
computadores da organização. Alguns permitem até mesmo que os funcionários da 
organização utilizem este mesmo software em seu computador doméstico ou móvel. 
Com a disseminação das redes de computadores locais (LANs) é cada vez 
mais comum a aquisição de versões para rede dos softwares, que permitem o seu 
uso simultâneo por diversos usuários na rede, até o limite estabelecido na aquisição 
do software. Para permitir que mais usuários utilizem o software ao mesmo tempo, 
basta instalar, adquirir mais licenças e instalá-las no servidor de licenças. 
Vendo a quantidade de downloads feitos em portais especializados em 
distribuição de softwares, muitos fabricantes têm optado pela distribuição eletrônica 
de software. O interessado pode baixar o software gratuitamente do site do 
fabricante e utilizá-lo por um período experimental.Passado este período, o usuário 
é convidado a registrá-lo, normalmente através do pagamento por cartão de crédito, 
transferência direta ou boleto bancário. Os softwares não registrados no período 
estipulado podem deixar de funcionar, ter seus recursos reduzidos ou mostrar 
mensagens pedindo o seu registro. 
Os provedores de aplicativos (Application Service Provider – ASP) são 
outra forma de distribuição de software através da Internet. O provedor de aplicativos 
é uma empresa que configura e mantém os softwares aplicativos em seus próprios 
sistemas de computação, ou ainda terceiriza em grandes centros de dados 
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22 
 
 
(datacenters) e os torna disponíveis através da Internet ou de uma rede privada. Ao 
utilizar um ASP para aplicações complexas, uma empresa pode evitar os custos de 
instalação e manutenção desses aplicativos em seu próprio sistema de computação. 
Ela também não precisa adquirir os servidores, nem se preocupar com questões 
como cópia de segurança ou disponibilidade do sistema. Simplificando, podemos 
dizer que a empresa para um aluguel pelo uso do sistema, e que o serviço é 
garantido pelo provedor de aplicação. 
 
Grandes produtores de software de gestão empresarial, como a Datasul 
têm oferecido o serviço de provedor de aplicação. Acesse 
http://www3.datasul.com.br/html/servicos.asp e saiba mais a respeito. 
 
Uma tendência que tem se firmado cada vez mais é o uso de aplicações 
web, softwares que são executados diretamente da Internet, sem a necessidade da 
sua instalação no computador do usuário. Tudo o que o usuário precisa é de um 
navegador e de uma conexão com a Internet. 
 
Você provavelmente já ouviu falar de algumas destas aplicações: Gmail, 
Google Calendar, Google Chat, del.icio.us, Google Docs and Spreadsheets e tantos 
outros. 
 
 
 
 
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23 
 
 
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
1) Cite pelo menos três tipos de softwares que você tem interesse em utilizar. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
2) Com relação à forma de licenciamento, quais as categorias de softwares que 
estudamos? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
 SÍNTESE 
 
 Nesta aula vimos que existem softwares específicos para cada necessidade 
e que o hardware adianta muito pouco pra nós se não tivermos o software certo. 
Compreendemos a função do hardware e do software no computador e entendemos 
melhor o termo software aplicativo. Depois verificamos que existem diversas razões 
que levam as pessoas a adquirirem um computador e relacionamos diversas formas 
através das quais as pessoas e organizações adquirem software, seja pagando ou 
simplesmente baixando de sites especializados. Pra finalizar a aula aprendemos 
que podemos escolher entre diversas formas de se adquirir softwares em cada 
situação. Na próxima aula vamos conhecer melhor os softwares orientados a 
tarefas. 
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24 
 
 
SOFTWARES ORIENTADOS PARA 
TAREFAS 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
� Relacionar várias categorias de softwares orientados 
para tarefa; 
� Descrever brevemente várias categorias de softwares 
orientados para tarefa; 
� Identificar os diversos tipos de softwares que estão 
disponíveis tanto para pequenos quanto para grandes 
negócios. 
 
 CONTEÚDO DA AULA 
 
Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir, 
assinale os conteúdos na medida em que for estudando. 
Nesta aula, veremos: 
 
� De que softwares eu preciso? 
� Processador de texto 
� Planilha eletrônica 
� Gerenciador de banco de dados 
� Software de apresentação 
� Suítes de programas de escritório 
� Gerenciadores de informações pessoais 
� Softwares de comunicação 
� Softwares de negócios 
 
 
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25 
 
 
Olá! Seja bem-vindo à nossa segunda aula de Softwares Aplicativos e 
Sistemas Operacionais. Nesta aula você vai aprender a relacionar várias categorias 
de softwares orientados para tarefa, bem como descrever brevemente várias 
categorias de softwares orientados para tarefa. Vai ainda conhecer os diversos tipos 
de softwares que estão disponíveis tanto para pequenos quanto para grandes 
negócios. 
Boa aula! 
 
2.1 De que softwares eu preciso? 
 
Como você aprendeu na aula anterior, cada perfil profissional ou pessoal 
necessita de um conjunto diferente de softwares para realizar suas atividades. 
Existem, no entanto um conjunto de softwares que são utilizados pela grande 
maioria dos usuários de computador para realizar tarefas específicas. Eles são 
conhecidos como softwares orientados a tarefas, ou ainda de softwares de 
produtividade. Podemos incluir nesta categoria os processadores de texto e 
editoração eletrônica, as planilhas eletrônicas, os gerenciadores de bancos de 
dados, softwares de apresentação e gráficos e softwares de comunicação. Alguns 
pacotes de automação de escritório oferecem um bom número destes softwares 
na forma de um pacote integrado. Alguns sistemas operacionais também têm 
oferecido alguns destes softwares de forma integrada. A seguir você vai entender o 
que são estas categorias e que softwares podemos incluir em cada uma. 
 
2.2 Processador de texto 
 
O processador de textos é um dos softwares mais populares e úteis para 
um usuário de computador pessoal. Nas organizações, ele é utilizado para redigir 
comunicações internas, relatórios, procedimentos, atas de reunião e qualquer outro 
documento que necessite ser digitado. Pode-se também criar formulários, que 
podem ser preenchidos no computador ou impressos para serem preenchidos à 
mão. Você pode utilizá-lo em casa para escrever uma resenha, uma carta, um 
trabalho escolar, um livro de receitas e muito mais. Você pode ainda criar cartazes, 
boletins, e manuais, misturando texto, gráficos, ilustrações e fotos. Um processador 
de texto permite criar, editar, formatar, armazenar e imprimir documentos. O 
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26 
 
 
documento feito fica armazenado em disco no computador, podendo ser 
novamente editado, alterado e reimpresso quantas vezes forem necessárias. As 
partes já digitadas não precisam ser escritas novamente, você pode fazer alterações 
e imprimir como se fosse um documento novo. 
 
 
Figura 7 - Processador de textos Microsoft Word 
 
O Openoffice Writer e o Microsoft Word (Figura 7) são dois exemplos de 
processadores de textos bastante utilizados atualmente. 
 
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27 
 
 
Você pode também utilizar o Google Docs & Spreadsheets,se precisa 
de um editor com poucos recursos. Ele fica disponível na web, podendo ser 
acessado de qualquer computador que possua um navegador e acesso à Internet. 
O endereço é http://docs.google.com/. 
 
2.3 Planilha eletrônica 
 
As planilhas são tabelas compostas de linhas e colunas e utilizadas 
principalmente como uma ferramenta de negócios há muito tempo. Numa planilha 
manual, a cada alteração dos dados, diversos cálculos precisam ser refeitos. As 
planilhas eletrônicassurgiram como uma solução, recalculando os resultados 
automaticamente a cada alteração dos valores. Basta para isto que as fórmulas 
sejam informadas. Além de recalcular os valores, as planilhas eletrônicas podem 
ainda gerar gráficos, facilitando a interpretação dos resultados. 
 
É possível criar uma planilha para calcular quanto será gasto de 
combustível para se realizar uma viagem, informando a quantidade de quilômetros a 
serem percorridos, o valor do litro do combustível e quantos quilômetros com um 
litro o carro faz. De posse destes valores, pode-se fazer simulações, verificando 
quanto seria gasto caso o combustível fosse mais barato, o carro fosse mais 
econômico, a viagem fosse mais longa e assim por diante. Todas as alterações nos 
valores geram alterações imediatas nos resultados, sem necessidade de gastar 
dinheiro ou sair de casa antes de tomar a melhor decisão. 
 
Você deve estar se perguntando: e um usuário doméstico, como pode obter 
benefícios com uma planilha eletrônica? O controle do orçamento doméstico, pra 
verificar onde está se gastando em excesso, uma simulação de gastos pra saber se 
será possível pagar aquele financiamento de uma moto, ou quanto vai sobrar no 
final do ano para as férias, são alguns dos exemplos tarefas que podem ser 
realizadas com uma planilha eletrônica por qualquer pessoa. 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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28 
 
 
 
Figura 8 - Planilha Eletrônica Microsoft Excel 
 
O Openoffice Calc e o Microsoft Excel (Figura 8) são dois exemplos de 
planilhas eletrônicas bastante utilizados atualmente. Os principais recursos 
utilizados por um usuário comum estão presentes nas duas ferramentas. 
 
Você pode também utilizar o Google Docs & Spreadsheets, se precisar 
de uma planilha eletrônica e não tiver uma instalada no seu computador. Ele fica 
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29 
 
 
disponível na web, podendo ser acessado de qualquer computador que possua um 
navegador e acesso à Internet. O endereço é http://docs.google.com/. 
 
 
2.4 Gerenciador de banco de dados 
 
Um banco de dados é um conjunto de dados relacionados e armazenado de 
forma estruturada. Um gerenciador de banco de dados é um software que permite 
armazenar dados, atualizá-los, manipulá-los, recuperá-los, gerar relatórios e imprimi-
los numa grande variedade de formatos. Uma coleção de CDs, um conjunto de 
receitas de comidas, um cadastro de clientes ou um conjunto de informações de 
criminosos são exemplos de bancos de dados que podem ser criados e mantidos 
por este tipo de software. Perguntas como quais são os clientes com maior número 
de pedidos em aberto e que estejam localizados fora da cidade, podem ser 
rapidamente respondidas e relatórios podem ser gerados. 
 
O sistema de Imposto de Renda para pessoas físicas da Receita 
Federal é um exemplo de software que possui um gerenciador de banco de dados. 
Ele é responsável por armazenar todos os dados financeiros de uma pessoa e 
depois alimenta um sistema maior, contendo as declarações de toda a população 
brasileira. De posse destes dados, os técnicos da receita podem analisar as 
declarações individuais e cruzar informações dentre pessoas e organizações à 
procura de inconsistências. É a conhecida “malha fina”. 
 
 
2.5 Software de apresentação 
 
Os softwares de apresentação permitem que o projeto de apresentações 
seja em texto ou gráficos. Com eles é possível criar slides, transparências ou ricas 
apresentações multimídia. Este tipo de software possui um vasto conjunto de 
ferramentas, como a inserção de som, imagens, efeitos automáticos e formatação de 
vários elementos. Um vendedor pode utilizá-lo para criar a apresentação de um novo 
produto, contendo gráficos comparativos, planilhas de custos e listas dos benefícios 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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30 
 
 
que este novo produto traz em relação à concorrência. Um usuário doméstico pode 
juntar fotos, som e textos para apresentar um poema ou texto comemorativo em um 
evento da família. 
 
 
Figura 9 - Software de Apresentação Microsoft Powerpoint 
 
 
O Openoffice Impress e o Microsoft Powerpoint (Figura 9) são dois 
exemplos de softwares de apresentação bastante utilizados no mercado. O 
Powerpoint se destaca pela grande quantidade de modelos de apresentações já 
prontas, que facilitam a criação aos usuários menos experientes. Já o Impress 
possui um recurso de exportação das apresentações no formato Macromedia Flash 
(SWF), permitindo que seja visualizada em qualquer computador com o Flash 
Player instalado. 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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31 
 
 
2.6 Suítes de programas de escritório 
 
Como este conjunto de software que foi apresentado neste capítulo é 
necessário à grande maioria dos usuários de computadores, muitos optam por uma 
suíte – um conjunto de softwares que funciona de forma integrada. Estes softwares 
trabalham em conjunto, permitindo que dados possam ser facilmente transferidos de 
um para outro software do pacote. 
Muitas vezes você nem percebe quando passa de um software para outro, 
editando uma planilha eletrônica de dentro de um software de apresentações, por 
exemplo. Normalmente os softwares de uma suíte possuem aparência e forma de 
funcionamento semelhantes, facilitando o aprendizado de outros softwares do 
pacote uma vez que você já conheça um deles. 
 
O Openoffice.org e o Microsoft Office e o são dois exemplos de suítes 
de escritório. O Microsoft Office é utilizado na grande maioria dos computadores 
pessoais. O Openoffice.org tem se apresentado como um competidor que pode 
incomodar esta supremacia, uma vez que possui os principais recursos e uma 
interface semelhante ao software da Microsoft, além de ser gratuito. Já o MS Office 
possui um custo alto de licenciamento. 
 
 
2.7 Gerenciadores de informações pessoais 
 
Os gerenciadores de informações pessoais (Personal Information 
Managers – PIMs) são softwares feitos para auxiliar no controle das atividades de 
pessoas atarefadas. Eles normalmente incluem uma agenda de compromissos, um 
gerenciador de pessoas de contato, um gerenciador de listas de tarefas e um bloco 
de notas para anotações diversas. Podem ainda incluir uma calculadora, um 
gerenciador de fotos e outros softwares relacionados. Normalmente eles permitem 
várias formas de visualização dos compromissos agendados e tarefas a serem 
concluídas, com visões diárias, semanais, mensais e anuais, e a possibilidade de 
filtrar as informações por categorias, ou ordená-las por data de conclusão. Muitos 
destes softwares também permitem configurar um alarme, para avisar o usuário do 
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32 
 
 
compromisso. A maioria dos computadores de mão, como pdas, handhelds e 
smart-phones possuem as funções dos PIMs e ainda permitem a sincronização 
com o software do computador pessoal para que ambos contenham as mesmas 
informações. 
 
 
 
Figura 10 - Gerenciador de informações pessoais Palm Desktop 
 
O Palm Desktop (Figura 10) é um gerenciador de informações pessoais 
que permite a sincronização das informações nele armazenadas com palmtops. 
Mesmo que você não tenha um palmtop, vale a pena utilizar um software deste para 
organizar as sua atividades. 
 
O Palm Desktop para Windows pode ser baixado gratuitamente de 
http://www.palm.com/us/support/downloads/windesk414_legal.html. 
 
 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
SOCIESC - Sociedade Educacional de Santa Catarina33 
 
 
 
2.8 Softwares de comunicação 
 
Uma das maiores motivações para a aquisição de um computador nos dias de 
hoje é a possibilidade de acessar a Internet, buscar os mais diversos sites, serviços 
disponíveis na web, trocar mensagens através de correio eletrônico, bater papo 
através de softwares de mensagem instantânea e baixar softwares e jogos. Para que 
um usuário doméstico tenha acesso à Internet, ele necessita de uma conexão 
através da linha discada ou de um serviço de Internet conhecido com banda larga, 
normalmente através da linha telefônica ou por rádio. Além da ligação física, é 
necessário que o usuário assine um serviço de autenticação e que possua um 
conjunto de softwares que possibilite desfrutar de todos os recursos da Internet. 
O software mais importante para o acesso à Internet é o navegador web 
(browser) (Figura 11), utilizado para acessar os sites web e outros serviços. O 
navegador pode ser um software independente ou vir junto com outros softwares. 
 
O navegador mais utilizado atualmente é o Microsoft Internet Explorer, 
que vem junto com todas as versões do Windows, desde o Windows 95. Um outro 
navegador que vem crescendo em uso nos últimos anos é o Firefox, software livre 
mantido pela Fundação Mozilla. O Firefox é pequeno para ser baixado, utiliza 
poucos recursos do computador e permite a instalação de extensões, aumentando 
os recursos disponíveis. 
 
As últimas versões do Microsoft Internet Explorer podem ser baixadas 
diretamente do site da Microsoft em 
http://www.microsoft.com/brasil/windows/ie/default.mspx. A última versão do Firefox 
está disponível em http://br.mozdev.org/firefox/download.html. 
 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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34 
 
 
 
Figura 11 - Navegador web Firefox 
 
Além de navegar pela Internet, é bem provável que você queira criar uma 
conta de correio eletrônico (se já não possuir uma) para trocar mensagens com as 
pessoas com quem você tem contato. Você ainda pode querer conversar em tempo 
real com colegas que estejam conectados à Internet, utilizando sistemas de 
mensagens instantâneas. Embora você possa instalar programas específicos para 
realizar estas atividades, é também possível realizá-las através do navegador, 
utilizando aplicações na web. 
 
O estudo de todas as aplicações disponíveis na web e dos softwares 
necessários ao seu uso foge dos objetivos deste curso. Como exemplos de 
aplicações deste tipo, podemos citar o Gmail (http://mail.google.com/) que é um 
serviço de correio eletrônico gratuito e possui embutido um cliente de mensagens 
instantâneas, chamado Google Talk, e ainda um site de relacionamentos, chamado 
Orkut (http://orkut.com/). 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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35 
 
 
2.9 Softwares de negócios 
 
Algumas organizações necessitam contratar programadores particulares para 
o desenvolvimento de softwares personalizados. Veja o caso de uma montadora 
de veículos como a GM, que precisa de um software para controlar os diversos 
processadores instalados em um automóvel. Ela não encontrará um software deste 
tipo pronto para usar. Por outro lado, nem todos os seus softwares precisam ser 
desenvolvidos internamente. Muitas empresas utilizam softwares de gestão de 
terceiros, enquanto desenvolvem internamente aplicações específicas ao negócio. 
Outras organizações se especializam no desenvolvimento de softwares específicos, 
para atender a clientes semelhantes, como ferramentarias ou clínicas médicas. 
Entre as categorias de softwares de negócios mais conhecidos podemos citar 
os softwares de ERP, CRM, e CMS. 
 
2.10 ERP - Planejamento de Recursos Empresariais 
 
Um tipo de software de negócios bastante utilizado, sobretudo em médias e 
grandes organizações é o ERP (Enterprise Resource Planning, Planejamento de 
Recursos Empresariais). Segundo a wikipédia, o ERP é um sistema de informações 
cuja função é armazenar, processar e organizar as informações geradas nos 
processos organizacionais agregando e estabelecendo relações de informação entre 
todas as áreas de uma companhia. Os ERPs (Figura 12), em termos gerais, são 
uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos 
de uma empresa, possibilitando a automação e o armazenamento de todas as 
informações de negócios. 
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Figura 12 - Exemplos de telas de um ERP 
 
Alguns ERPs conhecidos são: Corpore RM da RM Sistemas, o R/3 da 
SAP, o Protheus da Microsiga, o EMS da Datasul e o Logix da Logocenter, entre 
outros. 
 
 
2.11 CRM - Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente 
 
 
Segundo a Wikipédia (2007), CRM (Customer Relationship Management), 
pode ser traduzido para o português como Gerenciamento de Relacionamento com 
o Cliente. O termo CRM foi criado para definir toda uma classe de ferramentas que 
automatizam as funções de contato com o cliente. Essas ferramentas (Figura 13) 
compreendem sistemas informatizados e fundamentalmente uma mudança de 
atitude corporativa, que objetiva ajudar as companhias a criarem e manterem um 
bom relacionamento com seus clientes, armazenando e inter-relacionando 
informações de forma inteligente sobre suas atividades e interações com a empresa. 
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Figura 13 – Software de CRM 
 
O CRM abrange, de forma geral, três grandes áreas: 
� Automatização da gestão de marketing; 
� Automatização da gestão comercial, dos canais e da força de vendas; 
� Gestão dos serviços ao cliente. 
 
Os processos e sistemas de gestão de relacionamento com o cliente 
permitem que se tenha controle e conhecimento das informações sobre os clientes 
de maneira integrada, principalmente através do acompanhamento e registro de 
todas as interações com o cliente. Estas interações podem ser consultadas e 
comunicadas a diversas partes da empresa que necessitem dessa informação para 
guiar as tomadas de decisões. 
Uma das atividades do Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente 
implica em registrar os contatos realizados pelos clientes, de forma centralizada. Os 
registros não dependem do canal de comunicação que o cliente utilizou (voz, fax, 
email, chat, SMS, etc.), e servem para que se tenham informações úteis e 
catalogáveis sobre os clientes. Qualquer informação relevante para as tomadas de 
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38 
 
 
decisões podem ser registradas, analisadas periodicamente, de forma a produzir 
relatórios gerenciais dos mais diversos interesses. 
 
2.12 CMS - Sistema de Gerenciamento de Conteúdo 
 
O CMS (Content Management Systems - Sistema de Gerenciamento de 
Conteúdo) é um gerenciador para websites, portais e intranets. Seu grande 
diferencial é permitir que o conteúdo de seu website possa ser modificado de forma 
rápida e segura de qualquer computador conectado à Internet. A Wikipédia (2007) 
afirma que um sistema de gerenciamento de conteúdo web (Figura 14) reduz custos 
e ajuda a suplantar barreiras potenciais à comunicação web reduzindo o custo da 
criação, contribuição e manutenção de conteúdo. 
Tem-se observado que ferramentas como Gerenciadores de Conteúdo podem 
se tornar excelentes ambientes para o processo de ensino e aprendizado e para a 
organização da informação produzida em ambientes com fins educacionais. Sejam 
eles em ambientes acadêmicos, sejam em ambientes empresariais. 
A própria Wikipédia pode ser considerada um "gerenciador de conteúdo", 
assim fomentando a busca, localização ecriação de conhecimento em um ambiente 
distribuído e colaborativo. 
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Figura 14 – Plone, um exemplo de CMS 
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 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
 
1) Analise as categorias de softwares orientados a tarefas estudados nessa aula e 
cite as três categorias que você considera mais importantes para o seu dia-a-dia. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
2) Que outros exemplos de softwares de comunicação você poderia citar além dos 
listados nessa aula? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
 
 SÍNTESE 
 Nesta aula vimos que existem várias categorias de softwares orientados 
para as mais diversas tarefas e pudemos estudar as principais categorias, 
conhecendo alguns exemplos desses softwares. Pudemos também identificar os 
diversos tipos de softwares que estão disponíveis tanto para pequenos quanto para 
grandes negócios e a forma que cada um deles é desenvolvido e comercializado. Na 
próxima aula, a última sobre softwares aplicativos, vamos estudar a ética que deve 
envolver o uso de softwares e compreender o que é software livre ou software de 
código aberto. 
 
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ÉTICA E SOFTWARE LIVRE 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
� Discutir questões éticas relacionadas aos softwares; 
� Compreender o que é software livre; 
� Distinguir entre software livre e código aberto; 
� Relacionar exemplos de softwares livres. 
 
 
 CONTEÚDO DA AULA 
 
Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir, 
assinale os conteúdos na medida em que for estudando. 
Nesta aula, veremos: 
 
� Ética e softwares 
� O que é software livre 
� Software livre X código aberto 
� Exemplos de softwares livres 
 
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42 
 
 
Olá! Seja bem-vindo a nossa terceira aula de Softwares Aplicativos e 
Sistemas Operacionais. Esta é a última aula de softwares aplicativos, antes de 
estudarmos os sistemas operacionais. Nesta aula vamos discutir as questões éticas 
relacionadas aos softwares, e compreender o que é software livre. Vamos também 
distinguir entre software livre e código aberto e relacionar softwares livres que 
merecem destaque. 
Permaneça firme e tenha uma boa aula! 
 
 
3.1 Ética e softwares 
 
Um dos problemas éticos mais visíveis quando se pensa em software, 
atualmente, é a questão da aquisição e uso de cópias ilegais, conhecida como 
pirataria de software (Figura 15). Você provavelmente já deve ter feito uma cópia 
de um CD de músicas ou de um livro. Estas duas ações são ilegais, porém não 
causam tanto impacto quanto a cópia ilegal de software. Um dos motivos é que é 
muito trabalhoso fazer uma grande quantidade de cópias de livros de forma 
amadora. Além disto, estas cópias ficarão claramente com uma qualidade inferior 
aos originais. Quando tratamos com material digital, como um software, o custo da 
cópia torna-se muito pequeno, e cada cópia é tão perfeita quanto o original. Junte a 
isto o fato de que muitos softwares custam muitas vezes o valor de uma mídia de CD 
ou DVD, e você começa a entender por que se criou um mercado tão grande em 
torno da pirataria de software. 
Os fabricantes de software não perdem muito tempo tentando processar 
usuários domésticos, pois um processo judicial custaria muito dinheiro e gastaria 
muito tempo, além do mais este tipo de usuário dificilmente compraria estes 
softwares de qualquer maneira. O que tem preocupado os fabricantes é o uso cada 
vez mais comum de softwares piratas por empresas de pequeno é médio porte. 
Muitas destas organizações acabam fazendo isto por desconhecimento das leis, ou 
devido ao custo alto dos softwares, que impossibilita a aquisição de forma legal. 
Temos visto no Brasil uma série de campanhas patrocinadas pela ABES e por 
grandes fabricantes de software, como a Microsoft, tentando explicar as questões 
relacionadas à pirataria de software, com o objetivo de diminuir esta prática em 
nosso país. 
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Figura 15 - Pirataria de software 
 
Vejamos um exemplo comum do que acontece. Gilberto fez um curso 
técnico em mecânica na Escola Técnica Tupy, em Joinville, Santa Catarina. Nessa 
instituição ele aprendeu a utilizar um importante software na área de projetos 
mecânicos. Na conclusão do curso, tornou-se estagiário em uma pequena 
ferramentaria, justamente na área de projetos. Quando percebeu que grande parte 
dos projetos era desenvolvida à mão ou em softwares inferiores, não teve dúvida, 
fez uma cópia dos CDs do software que havia aprendido durante o curso e passou a 
usá-lo na nova empresa. Quando o professor França, orientador de estágios, foi 
visitá-lo na empresa, ele mostrou, orgulhoso, as inovações no setor de projeto que 
haviam sido feitas por conta do uso do novo software. Sabendo do alto custo do 
software, o professor lhe perguntou se eles haviam adquirido uma cópia de forma 
legal. “Claro que não, o custo é muito alto e não teríamos como pagar!”, ele 
respondeu. O professor então explicou para ele as questões relacionadas à pirataria 
de software e as penas que a empresa poderia sofrer se fossem pega em uma 
fiscalização. Gilberto ficou surpreso, pois nunca tinha sido alertado sobre estas 
questões, e se comprometeu a encontrar uma solução rapidamente. O professor 
França relatou o fato à coordenação, que decidiu incluir o tema nas aulas de todas 
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as turmas de curso técnico da instituição, para evitar problemas semelhantes no 
futuro. 
 
A questão da pirataria de software vai muito além da questão ética: é uma 
questão legal. A lei Nº 9.609, de 19 de Fevereiro de 1998 dispõe sobre a proteção 
da propriedade intelectual de programa de computador e sua comercialização no 
País. Isto significa que não é apenas uma escolha pessoal escolher entre um 
software ou outro, mas sim uma opção com conseqüências legais, podendo levar 
uma organização a ser processada e multada e pessoas a serem presas. 
 
A lei Nº 9.609 pode ser lida integralmente a partir do site do Governo 
Federal, em http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L9609.htm. 
 
 
3.2 O que é software livre 
 
Devido ao alto custo dos softwares proprietários e a impossibilidade de 
modificar, corrigir ou adaptar estes softwares, muitas organizações têm optado pelo 
uso do software livre, também conhecido como software aberto. Você já deve ter 
ouvido estes termos é talvez até mesmo utilize softwares deste tipo sem nem 
mesmo saber. Vamos nos aprofundar um pouco neste assunto agora. 
Software Livre, ou Free Software, conforme a definição criada pela Free 
Software Foundation, é o software que pode ser usado, copiado, estudado, 
modificado e redistribuído sem restrição. A forma usual de um software ser 
distribuído livremente é sendo acompanhado por uma licença de software livre 
(como a GPL ou a BSD), e com a disponibilização do seu código-fonte. 
Como já vimos anteriormente, software livreé diferente de software em 
domínio público. O primeiro, quando utilizado em combinação com licenças típicas 
(como as licenças GPL e BSD), garante os direitos autorais do programador ou da 
organização. O segundo caso acontece quando o autor do software renuncia à 
propriedade do programa (e todos os direitos associados) e este se torna bem 
comum. 
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Figura 16 - Stallman fundador da Free Software Foundation 
 
O Software Livre, como movimento organizado teve início em 1983, quando 
Richard Stallman (Figura 16) deu início ao Projeto GNU e, posteriormente, à Free 
Software Foundation. 
Software Livre se refere à existência simultânea de quatro tipos de 
liberdades para os usuários do software, definidas pela Free Software Foundation. 
Veja abaixo uma explicação sobre as 4 liberdades, baseada no texto em português 
da Definição de Software Livre publicada pela FSF: 
 
As 4 liberdades básicas associadas ao software livre são: 
 
0. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0) 
1. A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas 
necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para 
esta liberdade. 
2. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu 
próximo (liberdade nº 2). 
3. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de 
modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código-
fonte é um pré-requisito para esta liberdade. 
 
Um programa é software livre se os usuários têm todas essas liberdades. 
Portanto, você deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações, 
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seja de graça ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um em 
qualquer lugar. Ser livre para fazer essas coisas significa (entre outras coisas) que 
você não tem que pedir ou pagar pela permissão, uma vez que esteja de posse do 
programa. Você deve também ter a liberdade de fazer modificações e usá-las 
privativamente no seu trabalho ou lazer, sem nem mesmo mencionar que elas 
existem. Se você publicar as modificações, você não deve ser obrigado a avisar a 
ninguém em particular, ou de nenhum modo em especial. 
A liberdade de utilizar um programa significa a liberdade para qualquer tipo de 
pessoa física ou jurídica utilizar o software em qualquer tipo de sistema 
computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário 
comunicar ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade em especial. 
A liberdade de redistribuir cópias deve incluir formas binárias ou executáveis 
do programa, assim como o código-fonte, tanto para as versões originais quanto 
para as modificadas. De modo que a liberdade de fazer modificações, e de publicar 
versões aperfeiçoadas, tenha algum significado, deve-se ter acesso ao código-fonte 
do programa. Portanto, acesso ao código-fonte é uma condição necessária ao 
software livre. 
Para que essas liberdades sejam reais, elas têm que ser irrevogáveis desde 
que você não faça nada errado; caso o desenvolvedor do software tenha o poder de 
revogar a licença, mesmo que você não tenha dado motivo, o software não é livre. 
 
3.3 Software livre X Código aberto 
 
Em 1998, um grupo de personalidades da comunidade e do mercado que 
gravita em torno do software livre, insatisfeitos com a postura filosófica do 
movimento existente e acreditando que a condenação do uso de software 
proprietário é um instrumento que retarda, ao invés de acelerar, a adoção e o apoio 
ao software livre no ambiente corporativo, criou a Open Source Initiative, que adota o 
termo Open Source (Código Aberto) para se referir aos softwares livres, e tem uma 
postura voltada ao pragmatismo visando à adoção do software de código aberto 
como uma solução viável, com menos viés ideológico que a Free Software 
Foundation. 
De modo geral, as licenças que atendem à já mencionada Definição de 
Software Livre (da Free Software Foundation) também atendem à Definição de 
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Código Aberto (da Open Source Initiative), e assim pode-se dizer (na ampla maioria 
dos casos, ao menos) que, se um determinado software é livre, ele também é de 
código aberto, e vice-versa. A diferença prática entre as duas entidades está em 
seus objetivos, filosofia e modo de agir, e não nos softwares ou licenças. 
 
3.4 Exemplos de softwares livres 
 
Alguns softwares livres notáveis são o Linux (Figura 17), o ambiente gráfico 
KDE, o compilador GCC, o servidor web Apache, o OpenOffice.org e o navegador 
web Firefox, entre muitos outros. 
 
Figura 17 - Linux e outros softwares livres 
 
3.5 Softwares livres notáveis 
 
A Wikipédia (2007) traz uma lista bastante completa de softwares livres 
notáveis. Abaixo segue um resumo: 
 
� Automação de escritório: OpenOffice.org. 
� Navegadores Web: Firefox e Konqueror. 
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� Mensagens instantâneas: gaim, amsn, kopete. 
� Cliente de correio eletrônico: thunderbird, evolution, kmail. 
� Editor de imagens: Gimp. 
� Linguagens de programação e compiladores: C, C++, Java, Perl, PHP, Python, 
Ruby e Tcl. 
� Ambientes de desenvolvimento: eclipse, cygwin, devcpp, codeblocks. 
� Bancos de dados relacionais: MySQL e PostgreSQL. 
� Programas de interface gráfica: GNOME, KDE e X Window System. 
� Sistemas operacionais: BSD, Darwin (Mac OS) e GNU/Linux. 
� CAD: QCad, Varicad 
� Editores de texto avançados: vi, emacs. 
� Desenho vetorial: Inkscape, Sodipodi 
� Editoração eletrônica: Scribus 
� EaD, Educação à distância: Moodle 
� Servidores de rede: bind(DNS), sendmail, qmail, postfix, apache, samba 
� Modelagem Tridimensional Blender3d 
� Renderização (imagem estática): Yafray, POV-Ray 
� Sistema matemático : Scilab. 
� Sistemas de editoração: TeX e LaTeX. 
� Sistema wiki: sistema wiki da Wikipédia: MediaWiki. 
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 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 
1) Como a cópia ilegal de softwares pode afetar os usuários e as organizações? 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
2) Liste os softwares abertos que você já teve a oportunidade de utilizar. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
 SÍNTESE 
 
Nesta aula discutimos as questões éticas relacionadas aos softwares e como 
a cópia ilegal traz problemas a usuários, organizações e fabricantes de software. 
Compreender o que é software livre e a distinção entre esse e o software de código 
aberto. Por fim, relacionamos vários exemplos de softwares livres notáveis que 
utilizamos no nosso cotidiano. Esta aula encerra a primeira parte deste módulo, onde 
estudamos os softwares aplicativos. Na próxima aula vamos conhecer os sistemas 
operacionais. 
 
 
 
 
 
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SISTEMAS OPERACIONAIS 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
� Descrever as funções de um sistema operacional; 
� Estabelecera diferença entre os principais sistemas 
operacionais de uso em computadores pessoais; 
� Explicar as diferenças entre Linux, GNU/Linux e núcleo 
do Linux; 
� Explicar a necessidade dos sistemas operacionais de 
redes. 
 
 CONTEÚDO DA AULA 
 
Acompanhe o conteúdo desta aula. Se você preferir, 
assinale os conteúdos na medida em que for estudando. 
Nesta aula, veremos: 
 
� Sistemas operacionais: software oculto 
� O que é a plataforma de um sistema? 
� Sistemas Operacionais: 
o MS-DOS, Microsoft Windows XP e CE, Apple 
Mac OS, Unix e Linux 
� O que é Linux 
� Linux ou GNU/Linux? 
� O núcleo Linux 
� Download ou aquisição do Linux 
� Linux ou Windows? 
� Sistema operacional para redes 
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Olá! Seja bem-vindo a nossa quarta aula de Softwares Aplicativos e 
Sistemas Operacionais. Nesta aula conheceremos os sistemas operacionais. 
Vamos aprender a descrever as funções de um sistema operacional e a estabelecer 
a diferença entre os principais sistemas operacionais de uso em computadores 
pessoais. Você vai saber a diferença entre Linux, GNU/Linux e núcleo do Linux e 
também descobrirá a razão da necessidade dos sistemas operacionais de redes. 
E então, o que estamos esperando? Boa aula! 
 
Juliana teve seu primeiro contato com um sistema operacional na 
faculdade, nas aulas de metodologia. Foi ali que ela descobriu que o sistema 
operacional é um software que fica em segundo plano e é essencial para o 
funcionamento do computador, ainda que você não pense muito a respeito dele. Ao 
sistema, o Microsoft Windows XP, ela tinha que informar um nome de usuário e uma 
senha e depois disto tinha acesso a uma série de aplicativos, disponíveis através de 
ícones na área de trabalho do computador e também de menus onde ela podia 
navegar. A partir dali ela conseguia abrir o processador de textos Microsoft Word, e 
o software de apresentações Microsoft Powerpoint, para desenvolver as atividades 
da aula. Foi uma experiência bastante recompensadora para alguém que tinha um 
certo receio de utilizar o computador antes de entrar na faculdade. 
No seu primeiro emprego, como facilitadora da qualidade numa pequena 
indústria de transformação de polímeros, Juliana utilizava diariamente planilhas 
eletrônicas, trocava mensagens de correio eletrônico com clientes e fornecedores e 
redigia procedimentos no processador de textos. Além das tarefas que ela já havia 
aprendido na faculdade, Juliana aprendeu a compactar arquivos antes de enviá-los 
como anexos de mensagens de correio eletrônico, a fazer cópias de segurança em 
CD-ROM e a organizar todos os documentos em pastas por assunto na sua pasta 
no servidor de arquivos da rede. 
Passados alguns meses, Juliana foi informada pelo Gerente de TI da empresa 
que haveria uma migração de todos os computadores para o sistema operacional 
Linux, e a suíte de escritórios utilizada passaria a ser o Openoffice.org. Juliana ficou 
um pouco assustada no início, pois pensou que poderia não se adaptar ao novo 
sistema, uma vez que não o havia visto na faculdade. “Bem agora que estava tão 
acostumada com o novo sistema”, ela pensou. No entanto, não comentou nada, e 
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procurou pensar que o mundo da informática é assim mesmo, está em constante 
evolução. Quando o sistema foi demonstrado e ela teve a oportunidade de utilizá-
lo, manipulando seus documentos, viu que todo o temor era infundado. Os 
princípios de funcionamento e as funções eram muito semelhantes e, salvo uma ou 
outra dúvida que a equipe de suporte ajudou a resolver, toda a migração ocorreu 
sem traumas. 
Passados alguns anos, Juliana recebeu uma proposta para ir trabalhar numa 
grande multinacional. Um grande ponto a favor da sua contratação foi a sua 
resposta ao fato da empresa utilizar um sistema operacional ainda pouco utilizado 
aqui no Brasil. “Todos os sistemas operacionais seguem um mesmo princípio, e 
depois de um tempo nos adaptamos ao seu funcionamento. Já passei por este tipo 
de migração antes e não terei problemas desta vez também.” Juliana foi contratada 
e descobriu que estava certa. O novo sistema foi aprendido rapidamente e ela 
auxiliou os colegas com mais resistências a se adaptar ao novo sistema. 
 
 
4.1 Sistemas operacionais: software oculto 
 
Um computador recém-saído da sua linha de montagem é mais inútil que um 
abajur quebrado. Para cumprir seu propósito, este hardware precisa de software que 
o faça funcionar. Os softwares aplicativos, como processadores de textos e planilhas 
eletrônicas, utilizados para realizar tarefas específicas, são uma parte importante 
deste conjunto de softwares necessários. No entanto, falta-lhes uma característica 
importante: a capacidade de interagir diretamente com o hardware. É neste ponto 
que entra o sistema operacional. 
Segundo Capron e Johnson (2004), sistema operacional (Figura 18) é um 
conjunto de programas que se encontra entre o software aplicativo e o hardware; é o 
software fundamental que controla todos os recursos de hardware e software. 
Para Tanenbaum (1999) e Silberschatz (2005), dois conceituados autores a 
respeito do assunto, existem dois modos distintos de conceituar um sistema 
operacional. O primeiro, pela perspectiva do usuário (visão "de-cima-a-baixo” ou top-
down"), é uma abstração do hardware, fazendo o papel de intermediário entre o 
software aplicativo e os componentes físicos do computador (hardware). No segundo 
modo, numa visão “de-baixo-a-cima” (“bottom-up”), é um gerenciador de recursos, 
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isto é, controla quais aplicações (processos) podem ser executadas e quando, e 
que recursos do computador (memória, disco, periféricos) podem ser utilizados. 
Portanto, se não existissem os sistemas operacionais, todo programa desenvolvido 
deveria saber como comunicar-se com os dispositivos do computador que 
precisasse utilizar. 
 
Figura 18 - Diagrama conceitual de um sistema operacional 
 
Na época em que os computadores utilizavam o sistema operacional 
MS-DOS, a maioria dos programas tinha que fazer grande parte das funções do 
sistema operacional. Isto incluía conhecer todos os tipos de monitores de vídeos, 
impressoras e dispositivos de entrada. A interface com o usuário também era 
definida por cada aplicação, principalmente quando se desejava uma interface 
“gráfica”, Isto tornava muito mais complexa a tarefa de desenvolver softwares 
aplicativos, além de dificultar a comunicação entre aplicativos e a troca de dados. 
Os sistemas se tornavam também muito mais instáveis e sujeitos a travamentos. 
 
Você deve ter observado que dissemos que o sistema operacional é um 
conjunto de programas. O núcleo (kernel) do sistema operacional é a parte mais 
importante deste conjunto de programas. Sua função é gerenciar todos os recursos 
do computador, controlando o sistema e carregando para a memória outros 
programas do sistema operacional quando necessário. 
Em todos os computadores pessoais, o núcleo do sistema operacional é 
carregado para a memória quando o computador é ligado, tornando-o disponível. 
Softwares Aplicativos e Sistemas Operacionais 
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Este processo é chamado de inicialização (booting) do sistema. Quando o 
computador é ligado, um pequeno programa localizado em um chip no computador 
realiza alguns testes de componentes de hardware e depois carrega o núcleo do 
disco rígido. 
Podemos relacionar três funções principais que os sistemas operacionais 
possuem: 
1. gerenciar os recursos do computador,

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