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Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar Autor: Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos 15 de Julho de 2024 39471799600 - Naldira Luiza Vieria Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 Índice ..............................................................................................................................................................................................1) Providencias que Recaem sobre as Pessoas 3 ..............................................................................................................................................................................................2) Questões Comentadas - Providências que Recaem sobre Pessoas - FGV 18 ..............................................................................................................................................................................................3) Questões Comentadas - Providências que Recaem sobre Pessoas - Multibancas 20 ..............................................................................................................................................................................................4) Questões Comentadas - Providências que Recaem sobre Pessoas - VUNESP 28 ..............................................................................................................................................................................................5) Lista de Questões - Providências que Recaem sobre Pessoas - FGV 30 ..............................................................................................................................................................................................6) Lista de Questões - Providências que Recaem sobre Pessoas - Multibancas 33 ..............................................................................................................................................................................................7) Lista de Questões - Providências que Recaem sobre Pessoas - VUNESP 37 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 2 39 PROVIDÊNCIAS QUE RECAEM SOBRE PESSOAS Temos aqui disposições sobre a prisão provisória, que, segundo Cícero Robson Coimbra Neves, é o gênero que comporta as espécies prisão preventiva e prisão em flagrante delito. O CPPM considera como prisão provisória toda aquela que ocorre durante o inquérito ou, no curso do processo, antes da condenação transitada em julgado. Lembre-se, porém, de que a prisão em flagrante e a prisão preventiva não são as únicas espécies de prisão provisória previstas no CPPM. Temos ainda, por exemplo, a detenção por decreto do encarregado do inquérito policial militar (art. 18) e a menagem-prisão (art. 266). Célio Lobão, porém, enxerga as providências de prisão de forma diferente, considerando a prisão provisória como espécie autônoma, diferenciando-a da prisão preventiva em razão da relevância da duração da primeira. Na realidade o CPPM não traz nenhum dispositivo expresso a respeito da duração da prisão provisória, mas Célio Lobão defende a aplicação do art. 18 (30 dias, prorrogáveis por mais 20). Art. 221. Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade competente. Reproduzi aqui este dispositivo para que você perceba uma diferença importante em relação ao seu correspondente no Processo Penal comum. A autoridade mencionada aqui não é necessariamente autoridade judiciária. É o que ocorre na detenção ordenada pelo encarregado do inquérito policial militar, por exemplo. Essa previsão se amolda à garantia estabelecida pelo art. 5o, LXI da Constituição Federal, que já prevê exceção para os crimes propriamente militares. Prisão em flagrante CONSIDERAÇÕES INICIAIS. Conforme visto no CPPM, na parte de inquérito, se, por si só for suficiente para a elucidação do fato e sua autoria, o auto de flagrante delito constituirá o inquérito, dispensando outras diligências, salvo no caso do exame de corpo e de delito no crime que deixe vestígios, a identificação da coisa e sua avaliação, quando o seu valor influir na aplicação da pena. A remessa dos autos, com breve relatório da autoridade policial militar, far-se-á sem demora ao juiz competente, devendo obedecer os prazos do art. 20, quanto ao término do IPM, quando o agente estiver preso. Com devido respeito, sobre a ótica de Neves, ainda que haja menção ao prazo do inquérito, não mais persiste os 20 dias, passando a ser considerado constrangimento ilegal a privação de liberdade do preso em flagrante, necessitando então instaurar o IPM1. O próprio art. 251 fala que após a prisão em flagrante, tendo-se lavrado o auto, a remessa deve ocorrer de forma imediata, ou no mais tardar em 5 dias, se depender de alguma diligência prevista no art. 246 do CPPM (exame de corpo de delito, busca e apreensão dos instrumentos do crime e qualquer outra diligência necessária ao seu esclarecimento.2 2 Lembrando que a letra de lei deve ser fundamental, acima de tudo! 1 NEVES, Cícero Robson Coimbra. Manual de Processo Penal Militar. 3a.ed. São Paulo: Saraiva, 2018, pág. 320 Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 3 39 Art. 243. Qualquer pessoa poderá e os militares deverão prender quem for insubmisso ou desertor, ou seja encontrado em flagrante delito. Qualquer pessoa do povo – flagrante facultativo – e os militares deverão prender quem for insubmisso ou desertor, ou quem seja encontrado na flagrância do delito – flagrante obrigatório. ATENÇÃO À DOUTRINA! Professor, no flagrante obrigatório, qualquer militar pode prender por qualquer crime militar? Esta dúvida é comum, e paira na cabeça do aluno, que tenta vislumbrar a cena do militar prendendo alguém por crime militar. De fato, funcionará da seguinte forma: a) Militares das Forças Armadas: obrigação da prisão em flagrante nos crimes militares federais b) Militares dos CBM’s: obrigação de prisão em flagrante por crime militar estadual que afete a sua organização c) Militares das PM’s: Obrigação de prender por qualquer crime, seja militar ou comum, seja federal ou estadual A justificativa para isso está na CRFB/88 e nos Estatutos de cada PM, nos quais estabelecem a manutenção da ordem pública como competência inerente aos policiais militares. Nesse sentido, Neves diz: “Nos casos de militares federais, o dever de detenção física será limitado aos crimes federais, não abrangendo, em absoluto, um dever de detenção nos casos de crimes comuns ou de crimes militares estaduais, quando terão apenas a faculdade como qualquer do povo. O mesmo se diga do militar do Corpo de Bombeiros, que somente possuirá o dever de efetuar a prisão no caso de militar do Estado que pratique crime militar que afete sua organização. Diferente, por fim, a condição do policial militar, que por incumbência constitucional (Art. 144, §5º) possui o dever de ação para a evitação de crimes e de repressão imediata pela prisão do infrator, alinhados à atuação de polícia ostensiva e preservação da ordem pública. Assim, o policial militar tem o dever de efetuar a detenção física do autor de crime militar, no âmbito de sua instituição (art. 243 do CPPM c/c o art. 144, §5º da CF) e também nos demais casos, ou seja, crimes comuns, crimes Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 4 39 militares federais, crimes militares no seio dos Corpos de Bombeiros Militares, tudo por aplicação direta do §5º do art. 144 da Carta Magna”34 PRESSUPOSTOS PARA A PRISÃO EM FLAGRANTE. Periculum in mora e fumus boni juris. Para qualquer medida cautelar que se aplique à pessoa, será necessário esses dois requisitos. De acordo com Cláudio Amin Miguel e Nelsondecretada, deverá o Juiz revogar a medida, bem como, se for o caso, de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. d) O Juiz de Direito do Juízo Militar poderá, de ofício, decretar a prisão preventiva. 6. CIAAR – Oficial Temporário – Serviços Jurídicos – 2012 – CIAAR. Marque a alternativa que apresenta uma hipótese de medida preventiva e assecuratória não prevista no Código de Processo Penal Militar. a) Menagem. b) Prisão preventiva. c) Prisão temporária. d) Prisão em flagrante. 7. Marinha do Brasil – Oficial – Direito – 2012 – Marinha do Brasil. De acordo com as disposições do Código de Processo Penal Militar acerca da "menagem", é correto afirmar que a a) menagem será concedida ao reincidente, mas a ela não terá direito o insubmisso. b) menagem a militar não poderá ser concedida em navio e nem em acampamento. c) menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha passado em julgado. d) concessão da menagem pelo juiz independe de ser ouvido, previamente, o Ministério Público. e) menagem concedida em residência ou cidade será levada em conta no cumprimento da pena. 8. PMMG – Oficial – 2011 – FUMARC. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 34 39 ==1365fc== A prisão em flagrante delito por crime militar está tipificada no artigo 243 e seguintes do CPM. Sobre tal instituto, é importante salientar: a) Em regra, qualquer um do povo pode prender o militar que esteja na prática de crime militar, exceto no que condiz ao crime de Deserção, que é propriamente militar, situação em que apenas um militar pode prender outro militar. b) Qualquer um do povo pode prender um militar que esteja na prática de crime militar e o superior hierárquico deve prender seu subordinado, nessa condição. No caso do autor do crime ser o superior hierárquico, o subordinado deve comunicar imediatamente a autoridade superior a ambos para que as providências legais sejam adotadas imediatamente. c) O estado de flagrância é prorrogado, no caso de crimes propriamente militares, que por definição sempre são permanentes. d) O preso em flagrante delito por crime militar deverá ser apresentado perante o Comandante ou Oficial de Dia/de Serviço para autuação, respeitando os preceitos hierárquicos para a elaboração do feito. 9. PMMG – Oficial – 2011 – PMMG. Analisando o instituto da MENAGEM, é importante saber que a) é um instituto aplicado ao policial militar que tenha mais de 20 anos de serviço e que praticou delito sem violência, mas incompatível com a função, e que, por seus bons antecedentes, merece ser reformado proporcionalmente ao tempo de serviço. b) é aplicável para policiais militares que possuem bons antecedentes, para crimes cuja pena aplicável não seja privativa de liberdade, permitindo que possam manter a função pública, ainda que condenados judicialmente. c) é um instituto que permite ao juiz a concessão do cumprimento da pena privativa de liberdade que não exceda quatro anos, para acusados que tenham bons antecedentes, no lugar de sua residência. d) é um instituto privativo do militar da ativa que permite a permuta do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade por serviço público regular, além das atividades ordinárias da rotina do profissional. 10. EsFCEx – Oficial – 2009 – Exército Brasileiro. Para a concessão da menagem é necessário que o acusado tenha bons antecedentes, que seja levado em consideração a natureza do crime e que a pena em abstrato (em seu grau máximo) não ultrapasse: a) 1 ano. b) 2 anos. c) 3 anos. d) 4 anos. e) 5 anos. 11. STM - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2018 – CESPE. Com relação à competência da justiça militar federal, a medidas preventivas e assecuratórias e a citação, intimação e notificação, julgue o item subsequente, considerando as disposições do Código de Processo Penal Militar. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 35 39 Situação hipotética: Um oficial cometeu crime militar com elevado dano ao patrimônio da administração castrense. Assertiva: Nessa situação, nas hipóteses previstas no Código de Processo Penal Militar, a autoridade judiciária militar poderá decretar arresto de bens móveis ou imóveis do acusado para satisfação do dano. 12. DPU - Defensor Público Federal - 2017 – CESPE. No que diz respeito ao juiz, aos auxiliares da justiça e às partes do processo militar, à organização da justiça militar da União e sua competência e à prisão preventiva, julgue o item que se segue. O capitão que, por designação, conduzir IPM para apurar suposto crime militar praticado por um soldado poderá, no curso do inquérito, representar à autoridade judiciária militar para que seja decretada a prisão preventiva do indiciado. GABARITO 1. ERRADO 2. D 3. B 4. A 5. B 6. C 7. C 8. D 9. C 10. D 11. CERTO 12. CERTO Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 36 39 LISTA DE QUESTÕES 1. VUNESP - Sarg (PM SP)/PM SP/2022 Com relação à prisão em flagrante prevista no Código de Processo Penal Militar, é correto afirmar: a) nas infrações continuadas, considera-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. b) quando o fato for praticado em presença da autoridade, no exercício de suas funções, deverá ela própria prender e autuar em flagrante o infrator, mencionando a circunstância. c) dentro de quarenta e oito horas, após a prisão, será dada ao preso nota de culpa assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. d) o auto de prisão em flagrante deve ser remetido em vinte e quatro horas ao juiz competente ou, no máximo, se depender de diligências, dentro de dez dias. 2. VUNESP - CFO/QC (EsFCEx)/EsFCEx/Direito/2021 Nos termos do Código de Processo Penal Militar, é correto afirmar que, nos crimes em que há violação do dever militar, se o agente invocar coação física irresistível, o magistrado, ao analisar o auto de prisão em flagrante, a) poderá conceder liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogar a concessão. b) deverá remeter os autos ao Conselho de Justiça, pois somente este pode avaliar os casos de concessão de liberdade provisória. c) não poderá conceder liberdade provisória, em razão da natureza (violação do dever militar), devendo, se houver, determinar o arquivamento de eventual pedido. d) após a análise do Ministério Público, poderá conceder liberdade provisória em razão do evidente erro de direito. e) deverá remeter os autos ao Tribunal, pois este é o competente para avaliar os casos de concessão de liberdade provisória. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 37 39 ==1365fc== GABARITO 01 02 B A Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 38 39Coldibelli, o primeiro se traduz na indispensabilidade da medida, enquanto que a segunda consiste na probabilidade de um resultado favorável no processo principal para aquele que vier a ser beneficiado com a medida cautelar5. Art. 244. Considera-se em flagrante delito aquêle que: a) está cometendo o crime; b) acaba de cometê-lo; c) é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar ser êle o seu autor; d) é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material ou papéis que façam presumir a sua participação no fato delituoso. Infração permanente Parágrafo único. Nas infrações permanentes, considera-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. ESPÉCIES DE FLAGRANTE DELITO. São espécies de flagrante delito: a) Próprio – Previsto no art. 244, alíneas “a” e “b”, nas quais, respectivamente estão em flagrante delito quem está cometendo o crime ou acaba de cometê-lo b) Impróprio – Previsto no art. 244, alínea “c”, na qual estará em flagrante delito aquele que é perseguido, logo após o fato delituoso, em situação que se faça acreditar ser ele o autor do crime c) Presumido – Previsto no art. 244, alínea “d”, na qual está em flagrante delito quem é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material ou papéis que façam presumir a sua participação no fato delituoso. d) Permanente - Aplica-se aos crimes habituais ou permanentes, conforme art. 244, parágrafo único LAVRATURA DO APF. Conforme a previsão do art. 245, caput, ao ser apresentado o preso ao comandante, ou ao oficial de dia e de serviço ou de quarto, ou à autoridade correspondente, ou 5 COLDIBELLI, Nelson; MIGUEL, Cláudio Amin. Elementos de direito processual penal militar. 3a.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008, pág. 89 4 No mesmo sentido: LOBÃO, Célio. Direito processual penal militar. São Paulo: Método, 2009, p. 321 3 NEVES, Cícero Robson Coimbra. Manual de Direito Penal Militar. 3a.ed. São Paulo: Saraiva, 2018, pág. 385-386 Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 5 39 à autoridade judiciária6, será, por qualquer deles, ouvido o condutor e as testemunhas, que o acompanharem, bem como inquirido o investigado sobre a imputação que lhe é feita, e especialmente sobre o lugar e a hora em que o fato aconteceu, lavrando-se de tudo auto, que será por todos assinado. Ausência de testemunha (§2º) – A falta de testemunha não impedirá o APF, que será assinado por duas pessoas, pelo menos, e que hajam testemunhado a apresentação do preso Recusa ou impossibilidade (§3º) – Havendo recusa por parte do conduzido em assinar o APF, ou este não pode fazê-lo ou ainda não souber, o auto poderá ser assinado por duas testemunhas que tenham ouvido a lavratura na presença do conduzido e das testemunhas do fato. Designação do escrivão (§4º) – A regra geral é que, no caso do conduzido ser oficial, será nomeado escrivão um capitão, capitão-tenente, primeiro ou segundo tenente. Nos demais casos, se o investigado for praça ou civil (somente em âmbito federal), poderá ser designado como escrivão um subtenente, suboficial ou sargento. Na falta de pessoas habilitadas, na forma do parágrafo acima, qualquer um poderá ser designado como escrivão, devendo, no entanto, prestar compromisso legal (art. 245 §5º) ATENÇÃO À DOUTRINA! Filio-me à posição na qual se entende que a previsão do art. 245 é extremamente defasada, por obrigar a todos os personagens do APF a assinar o documento em um mesmo momento, em uma única assentada. Entendo pela aplicação substitutiva do art. 304 do CPP, que foi alterado pela Lei n. 11.113/05, no qual, cada parte do APF que for ouvida, irá assinar e terá no final a cópia de seu depoimento, sem precisar esperar o conduzido ser ouvido para que todos assinem RECOLHIMENTO À PRISÃO. No caso de houver fundada suspeita contra a pessoa conduzida de que ela realmente teve participação na infração penal militar, a autoridade mandará recolhê-la à prisão, procedendo, se necessário, imediatamente a realização do exame de corpo de delito, à busca e apreensão dos instrumentos do crime e qualquer outra diligência necessária ao seu esclarecimento 6 Somente uma autoridade de polícia judiciária militar poderá lavrar o APF. Contudo, sendo oficial de serviço, o art. 245 do CPPM conferiu-lhe atribuição de polícia judiciária militar, não carecendo de ato homologatório por outra autoridade superior Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 6 39 NOTA DE CULPA. Deve ser dada ao preso após 24 horas da sua prisão, assinada pela autoridade que lavrou o ato, contendo o motivo da prisão, o nome do condutor e das testemunhas. O condutor recusando a assinar, não podendo ou não sabendo, a nota de culpa será assinada por duas testemunhas INEXISTÊNCIA DE INFRAÇÃO PENAL MILITAR OU DESCARACTERIZAÇÃO DA AUTORIA. Situação muito importante, que consta apenas no CPPM. No caso de entendimento fundamentado pela autoridade que recebeu o conduzido de que não houve infração penal militar, ou que ele não era autor ou tivesse ligação com o crime, aquela poderá deixar de lavrar o APF, relaxando a prisão deste. Perceba que o dispositivo trouxe a possibilidade de relaxamento de prisão por atipicidade, o que leva a muitos dos aplicadores do direito penal castrense admitirem somente esta possibilidade para a não lavratura do APF. No entanto, não é a posição que prospera na jurisprudência majoritária. Entende-se também pela possibilidade de não lavratura do APF, e de pronto, a ausência de prisão em flagrante, quando agente praticou o crime em excludente de ilicitude, ou até mesmo em excludente de culpabilidade. Isso se deve ao entendimento do art. 253 que dispõe as situações de liberdade provisória ao agente que praticar o crime nas condições do art. 35 – erro de direito – art. 38 – coação moral irresistível e obediência hierárquica – art. 40 – coação física irresistível – e art. 42 – excludentes de ilicitude – todos do CPM. “Mas professor, o artigo fala que é o juiz que concede a liberdade provisória e não o a autoridade que lavraria o APF” Entendo sua dúvida, caro Estrategista, mas no caso nós temos que também olhar para o art. 5º, LXVI, da CRFB/88, que dispõe que: “ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”. Assim, sabendo da aplicabilidade imediata do dispositivo mencionado, qualquer autoridade no decorrer do procedimento de prisão em flagrante que se deparar com uma das possibilidades de liberdade provisória, não deverá em hipótese alguma manter o conduzido preso. Isso, por outro lado, não permite que à autoridade não proceda a outro instrumento apuratório que, para nosso estudo do CPPM, seria o IPM. Nesse sentido, Neves bem coloca da seguinte forma: “À guisa de exemplo, a prisão em flagrante delito não deve ocorrer quando a autoridade de polícia judiciária militar verificar a patente existência de causa de excludente de antijuricidade (ilicitude), como a legítima defesa (art. 44 do CPM). Da mesma forma, constatando-se uma excludente de culpabilidade, a exemplo do estado de necessidade exculpante (art. 39 do CPM) e do erro de fato essencial (art. 36 do CPM), a autoridade deve prestigiar a instauração do IPM em detrimento da prisão em flagrante”7 Assim, no caso de prisão ilegal, inexistência de infração penal ou não participação da prática do crime, e ainda nas situações de excludente de ilicitude e culpabilidade, não haverá prosseguimento na lavratura do APF, devendo o conduzido ser de imediato posto em liberdade. 7NEVES, Cícero Robson Coimbra. Manual de Direito Processual Penal Militar. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2018, p. 388 Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br39471799600 - Naldira Luiza Vieria 7 39 Lembrando que, para os casos das mencionadas excludentes, se deixa apenas de se proceder com o APF, mas irá se instaurar o IPM para verificar os fatos ocorridos. Peço encarecidamente que, no entanto, para provas objetivas, LEVEM COM ENTUSIASMO A LETRA DA LEI! Fato praticado em presença da autoridade Art. 249. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra ela, no exercício de suas funções, deverá ela própria prender e autuar em flagrante o infrator, mencionando a circunstância. Prisão em lugar não sujeito à administração militar Art. 250. Quando a prisão em flagrante fôr efetuada em lugar não sujeito à administração militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade militar do lugar mais próximo daquele em que ocorrer a prisão. Remessa do auto de flagrante ao juiz Art. 251. O auto de prisão em flagrante deve ser remetido imediatamente ao juiz competente, se não tiver sido lavrado por autoridade judiciária; e, no máximo, dentro em cinco dias, se depender de diligência prevista no art. 246. Passagem do prêso à disposição do juiz Parágrafo único. Lavrado o auto de flagrante delito, o preso passará imediatamente à disposição da autoridade judiciária competente para conhecer do processo. FATO PRATICADO NA PRESENÇA DE AUTORIDADE. Conforme previsão legal, ocorrendo o fato delituoso na presença de autoridade, podemos aqui supor a judiciária ou a militar, ou ainda contra esta, estando ela no exercício de suas funções, deverá ela mesmo prender e efetuar o APF, mencionando as circunstâncias. PRISÃO EM LUGAR NÃO SUJEITO À ADMINISTRAÇÃO MILITAR. Conforme art. 250 do CPPM, ocorrendo a prisão em flagrante em local diverso da administração penal militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade policial civil, ou ainda pela autoridade militar mais próxima que ocorreu a prisão. Entretanto, façamos uma breve análise do art. 144, §4º da CRFB/88, “Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares”. Dessa forma, podemos identificar que de forma alguma a polícia civil poderá apurar as infrações penais militares, justamente por mandamento constitucional. Compete exclusivamente à autoridade de polícia judiciária militar a prisão e a lavratura de APF por crime militar. Nesse sentido, Neves explicita: “Efetuada a detenção física, seguirá para a lavratura do auto de prisão em flagrante delito, este somente cabível a uma autoridade de polícia judiciária militar. Entendamos não recepcionado totalmente pela Constituição Federal o disposto pelo art. 250 do CPPM (...).”8 8 NEVES, Cícero Robson Coimbra. Manual de Direito Processual Penal Militar. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2018, p. 386 Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 8 39 REMESSA DO APF AO JUIZ. Como já falamos no início do estudo de prisão em flagrante, o APF deve ser remetido imediatamente ao juiz, ou em até 5 dias, levando em consideração a necessidade de que se realize outras diligências. IMPORTANTE OBSERVAR QUE O PACOTE ANTICRIME NÃO SE ESTENDEU AO CPPM! CUIDADO COM AS CONFUSÕES EM PROVA, ESTRATEGISTA!9 PASSAGEM DO PRESO À DISPOSIÇÃO DO JUIZ. Após lavrado o APF, o preso passará imediatamente para a disposição da autoridade judiciária. ATENÇÃO! Professor, e a audiência de custódia do DPPM? Senhores, antes mesmo do Pacote Anticrime, por força da Resolução n. 213/2015 do CNJ, já se aplicava na JMU e na JME, sendo cada estado autônomo para sua formulação, a audiência de custódia. As alterações do Pacote Anticrime, quanto à prisão em flagrante e a audiência de custódia, não afetam integralmente, o DPPM. Por outro lado, no que couber em cima das resoluções em que cada Justiça Militar se predispôs a regulamentar, poderá o CPP, quanto à Audiência de Custódia, suprir lacunas no CPPM, desde que obedeça aqueles preceitos previstos na parte inicial da legislação processual penal militar. DEVOLUÇÃO DO AUTO. O auto poderá ser devolvido a autoridade de polícia judiciária militar, seja por determinação do juiz ou membro do MP, por requerimento, se novas diligências forem julgadas necessárias ao esclarecimento do fato. Naturalmente, a letra da lei prosperará para qualquer questão de concurso público. Contudo, para uma prova subjetiva, que tenha que discorrer sobre o assunto, indico adotar a posição de que, no caso de devolução dos autos para a autoridade de polícia judiciária militar, deverá então descer, juntamente com os autos, a requisição para abertura de IPM. Ora, prevalece na CRFB/88 que o status libertatis prevalece como regra, em âmbito de investigação ou processo penal, devendo o investigado ou acusado estar preso apenas por tempo suficiente necessário e que atenta a alguns requisitos como o fumus bonis iuris e 9 Há doutrinadores que entendem pela aplicabilidade subsidiária, da qual me filio, conforme art. 3° do CPPM. CONTUDO, LEVEM A LETRA DE LEI SEMPRE! Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 9 39 periculum libertatis. Assim, havendo o retorno dos autos, cabe o juiz tomar a decisão de liberdade provisória, podendo incorrer em abuso de autoridade. CONCESSÃO DA LIBERDADE PROVISÓRIA. Verificando o Juiz no APF que o agente praticou o fato criminoso na prevalência de erro de direito, coação irresistível ou obediência hierárquica, coação física, estado de necessidade exculpante, ou qualquer excludente de ilicitude, poderá conceder liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena revogação da concessão. (CBM-PA - 2024) A respeito da prisão em flagrante prevista no Código de Processo Penal Militar (CPPM), assinale a opção correta. a) Não poderá ser preso, em flagrante delito por crime militar, o comandante de unidade que deixar de manter a força sob seu comando em estado de eficiência. b) Não poderá ser preso em flagrante delito o militar que acabou de cometer o crime militar de dormir em serviço. c) Nos crimes categorizados como permanentes, o militar não poderá ser preso em flagrante delito se cessar a permanência. d) A falta de testemunhas impedirá o auto de prisão em flagrante, que deve ser assinado por duas pessoas que tenham testemunhado o fato delituoso. e) O auto de prisão em flagrante poderá ser lavrado pelo oficial de dia, de serviço ou de quarto, todavia não poderá ser lavrado pelo comandante. COMENTÁRIOS: A alternativa A está incorreta, pois trata-se de crime do art. 198 do CPM, crime de omissão de eficiência de força, que inclusive a doutrina considera-o como crime instantâneo, de efeitos permanentes. Neste caso, enquanto o comandante deixa de empregar ação, o estado de ineficiência vai se postergando, o que possibilita a qualquer tempo a prisão em flagrante A alternativa B está incorreta, pois trata-se do crime do art. 203 do CPM, dormir em serviço. Crime permanente, no qual o agente, enquanto está adormecido, está colocando em risco sua unidade. Por isso, a prisão em flagrante pode ocorrer a qualquer tempo, enquanto não cessada a permanência. A alternativa C está correta, pois enquanto não cessada a permanência, a prisão poderá ocorrer A alternativa D está incorreta, pois a falta de testemunhas oculares do fato não impedirá a lavratura do APF, devendo no entanto assinar pelo menos 2 pessoas que tenham presenciado a apresentação do preso Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 10 39 A alternativa E está incorreta, pois o art. 245 do CPPM permite inclusive o comandante assinar o APF GABARITO: Letra C Prisão preventivaATENÇÃO! EM REGRA, as alterações do Pacote Anticrime, quanto à necessidade de provocação ao juiz para que este converta o flagrante em preventiva, ou mesmo nos casos previstos em lei, a qualquer tempo da investigação ou processo, não se aplicam ao CPPM, por ausência de previsão legal que se estenda à legislação castrense adjetiva. A prisão preventiva é uma outra modalidade de prisões provisórias. Acredito que esteja seja um dos temas mais importantes da aula de hoje, apesar de pouco menos detalhada que a prisão em flagrante, como vimos anteriormente Art 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada do inquérito policial-militar, em qualquer fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos seguintes: a) prova do fato delituoso; b) indícios suficientes de autoria. Logo de cara podemos perceber que a prisão preventiva pode ser decretada de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação do encarregado do inquérito policial militar. A prisão preventiva, portanto, pode ser decretada em qualquer fase do processo. Os requisitos previstos pelo art. 254 nada mais são do que os requisitos gerais das medidas cautelares: certeza do fato e indícios suficientes de autoria. A prisão preventiva pode ser decretada pelo juiz federal (ou juiz de direito do juízo militar) ou pelo Conselho de Justiça. No caso dos Tribunais essa competência cabe ao Relator do feito. Da decisão que decretar ou não a medida, ou ainda da decisão que revogar a prisão preventiva, caberá recurso em sentido estrito, nos termos do art. 516 do CPPM. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 11 39 Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo anterior, deverá fundar-se em um dos seguintes casos: a) garantia da ordem pública; b) conveniência da instrução criminal; c) periculosidade do indiciado ou acusado; d) segurança da aplicação da lei penal militar; e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado. Além dos requisitos cautelares gerais, deve haver outro elemento que recomende fortemente que o acusado não seja mantido em liberdade durante o inquérito ou o processo. Essas situações são justamente as listadas pelo art. 255. A prisão preventiva deverá fundar-se em um dos seguintes casos a) garantia da ordem pública; b) conveniência da instrução criminal; c) periculosidade do indiciado ou acusado; d) segurança da aplicação da lei penal militar; e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado. Nesse sentido, quanto ao cúmulo dos requisitos do art. 254 e 255, entende o STM: "EMENTA: HABEAS CORPUS. DPU. ART. 240 DO CPM. CONVERSÃO DO FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÕES DO IMPETRANTE. INADEQUAÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. TESES INSUBSISTENTES. REITERAÇÃO CRIMINOSA. REQUISITOS FUNDAMENTADORES PRESENTES. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME. 1. Para a prisão preventiva ser decretada, deve-se preencher os requisitos dos arts. 254 e 255, ambos do CPPM. Evidenciadas a gravidade da conduta, a reiteração delitiva, a periculosidade do agente e o periculum libertatis, a referida constrição cautelar visa, à luz dos ditames do Princípio do Devido Processo Legal, preservar o normal andamento do feito. 2. A reiteração de prática delitiva que atenta contra a Ordem Pública justifica a custódia do agente, inexistindo, nessa medida, qualquer ofensa ao Princípio da Presunção de Inocência, o qual terá maior espectro de incidência por Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 12 39 ocasião do julgamento do mérito da ação penal militar. 3. O STF exige requisitos simultâneos para aplicar o Princípio da Insignificância: a mínima ofensividade da conduta do agente; a inexistência de periculosidade social da ação; o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e a relativa inexpressividade da lesão jurídica provocada. Portanto, a análise dessas premissas assume maior relevância na fase de conhecimento do processo. Nesse contexto, a isolada apreciação do valor econômico da res furtiva torna-se inapropriada. 4. Observado o regramento, constitucional e legal, aplicável à espécie, a segregação cautelar determinada pela Instância a quo não merece ser reformada. 5. Ordem denegada. Decisão unânime.”10 Art. 257. O juiz deixará de decretar a prisão preventiva, quando, por qualquer circunstância evidente dos autos, ou pela profissão, condições de vida ou interesse do indiciado ou acusado, presumir que este não fuja, nem exerça influência em testemunha ou perito, nem impeça ou perturbe, de qualquer modo, a ação da justiça. Nesses casos não haverá o próprio fundamento da prisão preventiva, ou seja, não haverá risco à aplicação da lei penal militar, à instrução, etc., e que isso torna a prisão desnecessária. Essa decisão poderá ser revogada a todo o tempo, desde que se modifique qualquer das condições previstas neste artigo. Temos ainda a regra do art. 258, segundo a qual a prisão preventiva não será decretada se o juiz verificar que, de acordo com as provas que constam nos autos, o agente praticou o fato em erro de direito (art. 35 do CPM), sob coação irresistível ou por obediência hierárquica (arts. 38 e 40 do CPM), sob estado de necessidade (art. 39 do CPM) ou sub qualquer circunstância excludente de ilicitude (art. 42 do CPM). Art. 260. A prisão preventiva executar-se-á por mandado, com os requisitos do art. 225. Se o indiciado ou acusado já se achar detido, será notificado do despacho que a decretar pelo escrivão do inquérito, ou do processo, que o certificará nos autos. Após a decretação da prisão preventiva, deverá ser expedido o respectivo mandado judicial. Se o acusado já estiver detido, será notificado da decisão. Uma vez decretada a prisão preventiva, o preso passará à disposição da autoridade judiciária. Menagem A menagem é um instituto peculiar do Processo Penal Militar, funcionando quase como uma prisão provisória fora do cárcere. Alguns doutrinadores ligam essa espécie de medida a institutos da antiguidade greco-romana, em que certas personalidades podiam beneficiar-se da possibilidade de não serem presas, sendo isto considerado uma espécie de “homenagem”. Há alguns autores, ainda, que consideram a menagem não apenas como uma modalide de prisão provisória, mas também de liberdade provisória. Não vamos entrar em detalhes acerca desse debate doutrinário, mas alguns autores dizem que em alguns casos a menagem assume contornos de liberdade, que pode ser aplicada diante de certos requisitos, substituindo a prisão. 10 STM, HC Nº 7000802-80.2023.7.00.0000/PE, Rel. Min. Marco Antônio de Farias, j. 23.11.2023 Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 13 39 Bom, em resumo, a menagem é a manutenção do acusado, de maneira provisória, em local determinado pela autoridade judiciária, em vez de ser preso. Dependendo da situação, portanto, em vez de enfrentar a prisão, o acusado pode submeter-se à menagem. Art. 263. A menagem poderá ser concedida pelo juiz, nos crimes cujo máximo da pena privativa da liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em atenção a natureza do crime e os antecedentes do acusado. Para a concessão da menagem devem ser observados alguns requisitos de natureza objetiva e de natureza subjetiva. MENSAGEM - REQUISITOSREQUISITOS OBJETIVOS - Previsão da pena privativa de liberdade de no máximo quatro anos; - Não haver condenação pelo crime. REQUISITOS SUBJETIVOS - Deve ser verificada a natureza do crime; - Devem ser verificados os antecedentes do acusado; - O acusado não pode ser reincidente. A menagem do militar poderá ser efetuada no lugar em que ele residia quando ocorreu o crime, ou seja, na sede do juízo que o estiver apurando. Nem sempre, porém, o local onde o crime ocorreu será o mesmo onde está havendo, já que no Brasil a Justiça Militar (em especial na esfera federal) não está presente em muitas cidades. Neste caso o local da menagem deve ser o mais conveniente para o acusado (lembre-se de que estamos falando de uma “homenagem”). É possível ainda que a menagem de militar seja cumprida em quartel, navio, acampamento ou em estabelecimento ou sede de órgão militar. Nesses casos, antes de decretar a medida o juiz deverá pedir informações sobre a conveniência da sua concessão, podendo a autoridade militar responsável manifestar-se contrariamente à medida. Essa manifestação obviamente não vincula o magistrado, mas deve sempre ser levada em consideração. A menagem de civil, por sua vez, ocorrerá na sede do juízo ou em lugar sujeito à administração militar, se assim entender necessário a autoridade que conceder a medida. O Ministério Público deverá ser sempre ouvido previamente sobre a concessão da menagem, devendo emitir parecer no prazo de 3 dias. Art. 265. Será cassada a menagem àquele que se retirar do lugar para o qual foi ela concedida, ou faltar, sem causa justificada, a qualquer ato judicial para que tenha sido intimado ou a que deva comparecer independentemente de intimação especial. A cassação da menagem deve ser sempre motivada, podendo ocorrer quando o acusado deixar o local determinado ou faltar injustificadamente a ato ao qual deva comparecer. Art. 266. O insubmisso terá o quartel por menagem, independentemente de decisão judicial, podendo, entretanto, ser cassada pela autoridade militar, por conveniência de disciplina. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 14 39 Esta é uma possibilidade específica de menagem, aplicável ao insubmisso que se apresentar ou for capturado. Neste caso estamos falando de uma menagem por imposição legal (art. 464 do CPPM), que inclusive independe de decisão judicial. A cassação da menagem neste caso também obedeceria a regras diferentes, podendo ser decretada pela autoridade militar, por conveniência da disciplina, não sendo necessária decisão judicial, mas, segundo Célio Lobão, essa cassação deve depender de ato da autoridade judiciária, pois termina convertendo a menagem em encarceramento total. Por fim, você precisa saber que a menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha passado em julgado. Além disso, a autoridade judiciária obviamente pode determinar a cessação da menagem a qualquer tempo, quando julgá-la desnecessária. No caso específico da insubmissão, a condenação cessa a menagem, mas na prática isso não faz muita diferença, já que a pena para a insubmissão é o impedimento, que sujeita o condenado a permanecer na Unidade Militar, participando normalmente da instrução militar. Liberdade provisória A liberdade provisória é um instrumento posto à disposição do Poder Judiciário para impedir que o acusado seja preso, especialmente nos casos de flagrante delito. É preciso tomar cuidado para não confundir a liberdade provisória com a revogação da prisão provisória. São institutos diferentes, que atuam em sentido oposto. Há ainda a possibilidade de relaxamento da prisão em flagrante, que está relacionada a um juízo de valor imediato acerca do flagrante por meio do qual se constata uma ilegalidade cometida. Art. 270. O indiciado ou acusado livrar-se-á solto no caso de infração a que não for cominada pena privativa de liberdade. Parágrafo único. Poderá livrar-se solto: a) no caso de infração culposa, salvo se compreendida entre as previstas no Livro I, Título I, da Parte Especial, do Código Penal Militar; b) no caso de infração punida com pena de detenção não superior a dois anos, salvo as previstas nos arts. 157, 160, 161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177, 178, 187, 192, 235, 299 e 302, do Código Penal Militar. Célio Lobão chama essa possibilidade de liberdade provisória obrigatória, pois o CPPM estabelece requisitos puramente objetivos. O CPPM estabelece ainda casos em que o juiz poderá conceder a liberdade provisória, tanto para infrações culposas quanto para aquelas punidas com detenção não superior a dois anos, com diversas exceções: I. Violência contra superior (att. 157); II. Desrespeito a superior (art. 160); III. Desrespeito a símbolo nacional (art. 161); IV. Recusa de obediência (art. 164); V. Oposição a ordem de sentinela (art. 164); VI. Publicação ou crítica indevida (art. 166); VII. Abuso de requisição militar (art. 173); VIII. Ofensa aviltante a inferior (art. 176); IX. Resistência mediante violência ou ameaça (art. 177); X. Fuga de preso ou internado (art. 178); Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 15 39 ==1365fc== XI. Deserção (art. 187); XII. Deserção por evasão ou fuga (art. 192); XIII. Pederastia ou outro ato de libidinagem (art. 235); XIV. Desacato a militar (art. 299); e XV. Ingresso clandestino (art. 302) Aplicação provisória de medidas de segurança A medida de segurança serve para que pessoas que cometeram crimes e apresentam perigo venham a reincidir. Não se trata de uma pena, mas de uma consequência penal que pode advir inclusive de sentença absolutória. No passado essas medidas já foram aplicadas aos menores e às pessoas que sofriam de doença mental, mas hoje só se admite sua aplicação a esse segundo grupo, já que as crianças e adolescentes estão sujeitos a medidas específicas, que fazem parte do arcabouço do chamado Direito da Infância e da Juventude. No Direito Penal Militar temos algumas peculiaridades em relação à aplicação da medida de segurança, mas não vou entrar em detalhes sobre isso agora, pois trata-se de matéria afeta ao Direito material. Sobre as definições básicas acerca das medidas de segurança, o único fato interessante para nós é que o art. 276 do CPPM trata a suspensão provisória do exercício do pátrio poder, da tutela ou da curatela como uma espécie de medida de segurança, determinando que esta deve ser processada no juízo civil. Pois bem, o CPP, assim como o CPPM, traz a previsão de aplicação provisória de medidas de segurança. A doutrina processualista, contudo, é quase unânime ao apontar a impossibilidade da aplicação desses dispositivos diante da proibição geral trazida pela Lei de Execução Penal, que não permite a execução de medida de segurança sem a expedição de guia. Essa expedição, por sua vez, depende de decisão transitada em julgado. A aplicação desse entendimento ao Processo Penal Militar é defendida por Célio Lobão e por Jorge César de Assis. Há, porém, visões diferentes, representadas principalmente por Sérgio da Ponte e Renato Brasileiro. Não recomendo o aprofundamento nessa divergência doutrinária, pois as provas de Direito Processual Militar para concursos públicos em geral não cobram muito além da legislação. Art. 272. No curso do inquérito, mediante representação do encarregado, ou no curso do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, enquanto não for proferida sentença irrecorrível, o juiz poderá, observado o disposto no art. 111, do Código Penal Militar, submeter às medidas de segurança que lhes forem aplicáveis: a) os que sofram de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou retardado, ou outra grave perturbação de consciência; b) os ébrios habituais; c) os toxicômanos; d) os que estejam no caso do art. 115, do Código PenalMilitar. O art. 272 nos traz a possibilidade de decretação de medidas de segurança ainda durante o inquérito, mediante representação do encarregado, ou no curso do processo, de ofício ou a requerimento do Ministério Público. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 16 39 Entre as hipóteses previstas temos os ébrios habituais e os toxicômanos. Para esses casos a doutrina aponta a necessidade de constatação de que o autor do fato sofra de uma das doenças correlatas a essas condições, gerando a inimputabilidade prevista no art. 48 do CPM. O § 1° do art. 272 determina que o juiz poderá decretar, por até 5 dias, a interdição de estabelecimento industrial ou comercial, de de sociedade ou de associação que esteja no caso do art. 118 do Código Penal Militar (estabelecimento sendo utilizado para a prática de infração penal), a fim de ser nela realizada busca ou apreensão ou qualquer outra diligência permitida para elucidação de crime. Esta e qualquer outra medida que estamos estudando obviamente deve ser devidamente fundamentada. Da decisão que conceder ou negar a medida não caberá recurso, mas pode haver requerimento para que a própria autoridade judiciária a revogue ou modifique. Se estivermos falando de uma medida de internação, esta poderá ser atacada por habeas corpus. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 17 39 Q UESTÕES COMENTADAS 1. (FGV - Cabo (PM SP)/PM SP/2023) Acerca das disposições previstas no Código de Processo Penal Militar, é correto afirmar que a) o inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime militar e de sua autoria, tendo caráter de instrução definitiva. b) nas infrações permanentes, considera-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. c) é definitiva a prisão que ocorre durante o inquérito, ou no curso do processo, ainda que antes da condenação. d) somente os militares poderão prender quem for insubmisso ou desertor. Comentários: A) Incorreta . O inquérito policial militar não possui caráter de instrução definitiva, mas sim provisória! Lembrar da característica precária que o IPM possui B) Correta . Nos crimes permanentes, enquanto não cessada a permanência, poderá qualquer um do povo, e os militares deverão prender quem estiver em flagrante delito por crime militar C) Incorreta . Tudo que ocorrer no IPM é provisório, por conta da sua natureza procedimental e precária D) Incorreta . A redação do art. 243 do CPPM nos leva a crer que qualquer um poderá prender em flagrante delito o insubmisso e o desertor. O “poderá” nos remete ao flagrante facultativo , sem imposição legal Gabarito: B 2. (FGV - Sold (CBM AM)/CBM AM/2022) João, soldado bombeiro militar, viu que Pedro estava furtando a bicicleta de Antônio: tinha rompido o cadeado, sentara no banco da bicicleta e estava começando a pedalar. Nesse caso, é correto afirmar que, no instante em que se desenvolvia a última parte da narrativa, Pedro a) não poderia ser preso por João, já que essa atividade é própria da Polícia Civil. b) não poderia ser preso por João, já que essa atividade é própria da Polícia Penal. c) não poderia ser preso por João, já que essa atividade é própria da Polícia Militar. d) poderia ser preso por João ou por qualquer outra pessoa que tivesse conhecimento dos fatos. e) somente poderia ser preso por Antônio, em razão do desforço imediato em defesa do seu patrimônio. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 18 39 Comentários: Importante é o posicionamento de Neves nesse sentido, que diz: “O mesmo se diga (comparando com os militares federais e a “qualquer um do povo) ao militar integrante do do Corpo de Bombeiros, que somente possuirá dever de efetuar a prisão no caso de militar de seu Estado que pratique crime militar que afete a sua organização”. Ou seja, o bombeiro é equiparado a qualquer um do povo, principalmente no que tange aos crimes comuns. Lembrando que o Policial Militar é o único que DEVERÁ prender em flagrante delito no caso de crimes comuns, crimes militares estaduais (independente se PM ou BM) e crimes militares federais, por previsão do art. 144, §4° da Carta Magna. Gabarito: D 3. (FGV - Alun Of (PM AM)/PM AM/2022) Avalie as assertivas a seguir. I. O flagrante irreal ou impróprio ocorre quando o agente é perseguido logo após cometer o ilícito em situação que faça presumir que ele é o autor da infração. II. A prisão preventiva com fundamento para a manutenção das normas e princípios da hierarquia e disciplina aplica-se apenas nos crimes propriamente militares. III. É vedada a realização de busca e apreensão no período noturno, salvo se houver consentimento do morador. Está correto o que se afirma em a) I e III, apenas. b) II e III , apenas. c) II, apenas. d) III , apenas. e) I, II e III. Comentários: A afirmativa I está correto , pois vai ao encontro da literalidade do art. 244, “c” do CPPM A afirmativa II está incorreta , pois a prisão preventiva se aplica aos crimes militares como todo, sejam eles propriamente e impropriamente militares A afirmativa III está correta , pois ao encontro da literalidade do art. 175, parágrafo único, do CPPM Gabarito: A Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 19 39 ==1365fc== QUESTÕES COMENTADAS 1. DPU – Defensor Público – 2010 – Cespe. Em caso de concessão da menagem a militar da reserva ou reformado, o cumprimento deverá ocorrer no interior do estabelecimento castrense coincidente com a sede do juízo de apuração do crime, devendo o militar ficar subordinado às normas de caráter geral da caserna e sendo vedado seu afastamento dos limites do estabelecimento militar. Comentários Essa questão gerou alguma polêmica, pois o CPPM não fala especificamente na menagem aplicada ao militar da reserva ou reformado. Como regra geral, esses militares são tratados como civis, e por essa razão a menagem ocorrerá no lugar da sede do juízo, ou em lugar sujeito à administração militar, se assim o entender necessário a autoridade que a conceder (art. 264 do CPPM). A regra trazida pela questão está mais parecida com a da menagem legal, aplicada ao insubmisso que se apresenta ou é capturado, e que deve permanecer no quartel. GABARITO: ERRADO 2. PMSC – Oficial – 2015 – IOBV. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada do inquérito policial-militar, em qualquer fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos de prova do fato delituoso; indícios suficientes de autoria. Além destes requisitos, a prisão preventiva, de acordo com o artigo 255 do Código de Processo Penal Militar, deverá fundar-se, dentre outros, em um dos seguintes casos, exceto: a) Garantia da ordem pública. b) Segurança da aplicação da lei penal militar. c) Exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando ficaremameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado. d) Quando necessária e imprescindível para apaziguar o clamor público. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 20 39 Comentários Os possíveis fundamentos da prisão preventiva encontram-se no art. 255 do CPPM. Vamos relembrar!? Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo anterior, deverá fundar-se em um dos seguintes casos: a) garantia da ordem pública; b) conveniência da instrução criminal; c) periculosidade do indiciado ou acusado; d) segurança da aplicação da lei penal militar; e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado. Você deve ter percebido que o apaziguamento do clamor público não aparece como fundamento da prisão preventiva, não é mesmo!? Imagine se o clamor popular fosse suficiente para que alguém fosse preso...! GABARITO: D 3. PMMG – Oficial – 2014 – PMMG. Um militar foi preso, em flagrante delito, pelo cometimento, em tese, de ilícito penal militar. Dada a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante é CORRETO afirmar que: a) Apresentado o preso ao oficial de dia, de serviço ou de quarto, serão, por ele, ouvidos o acusado, o condutor e as testemunhas que o acompanharem, nesta ordem, sob pena de nulidade. b) Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à administração militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade militar do lugar mais próximo daquele em que ocorrer a prisão. c) A falta de testemunhas não impedirá o auto de prisão em flagrante, que será assinado por três pessoas, pelo menos, que hajam testemunhado a apresentação do preso. d) Dentro em vinte e quatro horas após a prisão, se a autoridade militar ou judiciária verificar a manifesta inexistência de infração penal militar ou a não participação da pessoa conduzida, revogará a prisão. Comentários A alternativa A está incorreta porque não há necessidade de ouvir o acusado, o condutor e as testemunhas nesta ordem. Como regra geral, no processo penal, o acusado fala por último... A alternativa C está incorreta porque diante da falta de testemunhas o auto de prisão em flagrante será assinado por duas (e não três) pessoas que tenham testemunhado a apresentação do presdo. A alternativa D está incorreta porque o ato aqui é chamado de relaxamento da prisão, e não de revogação. GABARITO: B 4. Marinha do Brasil – Oficial – Direito – 2013 – Marinha do Brasil. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 21 39 Assinale a opção que NÃO corresponde a um dos fundamentos da prisão preventiva previstos no art. 255 do Código de Processo Penal Militar. a) garantia da ordem econômica. b) conveniência da instrução criminal. c) periculosidade do indiciado. d) segurança da aplicação da lei penal militar. e) exigência da manutenção das normas ou princípios da hierarquia e da disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado. Comentários Mais uma questão com foco nos fundamentos para prisão preventiva! Dessa vez o fundamento que não aparece no art. 255 é a garantia da ordem econômica! Na realidade o que aparece lá é a garantia da ordem pública! ☺ GABARITO: A 5. PMMG – Oficial – 2013 – PMMG. Quanto à prisão preventiva, marque a alternativa INCORRETA. a) São requisitos da prisão preventiva a prova do fato delituoso e indícios suficientes de autoria. b) A se evitar a vingança, por exemplo, por parte de membros de associação criminosa, de quadrilha ou bando, é perfeitamente possível decretar a prisão preventiva visando à proteção do policial militar que praticou o fato amparado por excludente de ilicitude. c) Desaparecendo os motivos ensejadores da prisão preventiva anteriormente decretada, deverá o Juiz revogar a medida, bem como, se for o caso, de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. d) O Juiz de Direito do Juízo Militar poderá, de ofício, decretar a prisão preventiva. Comentários Entre os possíveis fundamentos para decretação da prisão preventiva não aparece nada especificamente relacionado à proteção do policial militar diante da possibilidade de vingança. Por essa razão nosso erro está na alternativa B. GABARITO: B 6. CIAAR – Oficial Temporário – Serviços Jurídicos – 2012 – CIAAR. Marque a alternativa que apresenta uma hipótese de medida preventiva e assecuratória não prevista no Código de Processo Penal Militar. a) Menagem. b) Prisão preventiva. c) Prisão temporária. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 22 39 ==1365fc== d) Prisão em flagrante. Comentários Entre as medidas preventivas e assecuratórias que estudamos não se encontra a prisão temporária. Esta figura ainda existe no Direito Processual Penal comum, mas não no CPPM. GABARITO: C 7. Marinha do Brasil – Oficial – Direito – 2012 – Marinha do Brasil. De acordo com as disposições do Código de Processo Penal Militar acerca da "menagem", é correto afirmar que a a) menagem será concedida ao reincidente, mas a ela não terá direito o insubmisso. b) menagem a militar não poderá ser concedida em navio e nem em acampamento. c) menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha passado em julgado. d) concessão da menagem pelo juiz independe de ser ouvido, previamente, o Ministério Público. e) menagem concedida em residência ou cidade será levada em conta no cumprimento da pena. Comentários A alternativa A está incorreta porque o reincidente não pode ser beneficiado com a menagem, ao tempo em que a menagem do insubmisso é obrigatória. A alternativa B está incorreta porque o art. 264 prevê expressamente a possibilidade de menagem ocorrendo em navio e em acampamento, bem como no quartel ou em estabelecimento ou sede de órgão militar. A alternativa D está incorreta porque o CPPM determina que o juiz deve ouvir o Ministério Público previamente, devendo emitir parecer no prazo de 3 dias. A alternativa E está incorreta porque o art. 268 determina claramente que a menagem concedida em residência ou cidade não será levada em conta no cumprimento da pena. GABARITO: C 8. PMMG – Oficial – 2011 – FUMARC. A prisão em flagrante delito por crime militar está tipificada no artigo 243 e seguintes do CPM. Sobre tal instituto, é importante salientar: a) Em regra, qualquer um do povo pode prender o militar que esteja na prática de crime militar, exceto no que condiz ao crime de Deserção, que é propriamente militar, situação em que apenas um militar pode prender outro militar. b) Qualquer um do povo pode prender um militar que esteja na prática de crime militar e o superior hierárquico deve prender seu subordinado, nessa condição. No caso do autor do crime ser o superior hierárquico, o subordinado deve comunicar imediatamente a autoridade superior a ambos para que as providências legais sejam adotadas imediatamente. c) O estado de flagrância é prorrogado, no caso de crimes propriamente militares, que por definição sempre são permanentes. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 23 39 d) O preso em flagrante delito por crime militar deverá ser apresentado perante o Comandante ou Oficial de Dia/de Serviço para autuação, respeitando os preceitos hierárquicos para a elaboração do feito. Comentários O erro da alternativa Aestá em tratar a deserção como um caso diferente, quando o art. 243 do CPPM deixa claro que qualquer pessoa poderá e os militares deverão prender quem for insubmisso ou desertor, ou seja encontrado em flagrante delito. A alternativa B está incorreta porque, diante do flagrante delito, qualquer pessoa pode e qualquer militar deve efetuar a prisão, independentemente de grau hierárquico. A alternativa C está incorreta porque, em regra, os crimes propriamente militares não são permanentes. GABARITO: D 9. PMMG – Oficial – 2011 – PMMG. Analisando o instituto da MENAGEM, é importante saber que a) é um instituto aplicado ao policial militar que tenha mais de 20 anos de serviço e que praticou delito sem violência, mas incompatível com a função, e que, por seus bons antecedentes, merece ser reformado proporcionalmente ao tempo de serviço. b) é aplicável para policiais militares que possuem bons antecedentes, para crimes cuja pena aplicável não seja privativa de liberdade, permitindo que possam manter a função pública, ainda que condenados judicialmente. c) é um instituto que permite ao juiz a concessão do cumprimento da pena privativa de liberdade que não exceda quatro anos, para acusados que tenham bons antecedentes, no lugar de sua residência. d) é um instituto privativo do militar da ativa que permite a permuta do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade por serviço público regular, além das atividades ordinárias da rotina do profissional. Comentários A alternativa A faz uma enorme confusão ao misturar menagem com reforma. Na realidade a menagem poderá ser concedida nos crimes cujo máximo da pena privativa da liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em atenção a natureza do crime e os antecedentes do acusado. Além disso, o reincidente não pode ser beneficiado com a menagem. A alternativa B está incorreta porque, mais uma vez, a menagem se aplica quando o crime é punível com pena privativa de liberdade de até quatro anos. A alternativa D está incorreta porque a menagem não está relacionada à permuta do tempo de pena por serviço público, e sim ao cumprimento da pena de forma alternativa ao encarceramento. GABARITO: C 10. EsFCEx – Oficial – 2009 – Exército Brasileiro. Para a concessão da menagem é necessário que o acusado tenha bons antecedentes, que seja levado em consideração a natureza do crime e que a pena em abstrato (em seu grau máximo) não ultrapasse: a) 1 ano. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 24 39 b) 2 anos. c) 3 anos. d) 4 anos. e) 5 anos. Comentários A esta altura você já está cansado de saber que a menagem pode ser aplicada quando a pena privativa de liberdade não ultrapassar quatro anos, não é mesmo!? ☺ GABARITO: D 11. STM - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2018 – CESPE. Com relação à competência da justiça militar federal, a medidas preventivas e assecuratórias e a citação, intimação e notificação, julgue o item subsequente, considerando as disposições do Código de Processo Penal Militar. Situação hipotética: Um oficial cometeu crime militar com elevado dano ao patrimônio da administração castrense. Assertiva: Nessa situação, nas hipóteses previstas no Código de Processo Penal Militar, a autoridade judiciária militar poderá decretar arresto de bens móveis ou imóveis do acusado para satisfação do dano. Comentários Corretíssimo! O arresto é medida preventiva cujo objetivo é satisfazer o dano causado pela infração penal ao patrimônio da administração castrense, podendo incidir tanto sobre os bens móveis quanto sobre os imóveis do acusado. Neste sentido, preceitua o art. 215 do CPPM que: Art. 215. O arresto de bens do acusado poderá ser decretado pela autoridade judiciária militar, para satisfação do dano causado pela infração penal ao patrimônio sob a administração militar: a) se imóveis, para evitar artifício fraudulento que os transfira ou grave, antes da inscrição e especialização da hipoteca legal; b) se móveis e representarem valor apreciável, tentar ocultá-los ou dêles tentar realizar tradição que burle a possibilidade da satisfação do dano, referida no preâmbulo deste artigo. GABARITO: CERTO 12. DPU - Defensor Público Federal - 2017 – CESPE. No que diz respeito ao juiz, aos auxiliares da justiça e às partes do processo militar, à organização da justiça militar da União e sua competência e à prisão preventiva, julgue o item que se segue. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 25 39 O capitão que, por designação, conduzir IPM para apurar suposto crime militar praticado por um soldado poderá, no curso do inquérito, representar à autoridade judiciária militar para que seja decretada a prisão preventiva do indiciado. Comentários Certo! A autoridade encarregada de conduzir o IPM poderá requerer à autoridade judiciária militar, em qualquer fase do inquérito ou do processo penal militar, a prisão preventiva do investigado, desde que haja prova do fato delituoso e indícios suficientes de autoria. É o que estipula o art. 254, CPPM: Art. 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada do inquérito policial-militar, em qualquer fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos seguintes: a) prova do fato delituoso; b) indícios suficientes de autoria. GABARITO: CERTO Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 26 39 Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 27 39 Q UESTÕES COMENTADAS 1. VUNESP - Sarg (PM SP)/PM SP/2022 Com relação à prisão em flagrante prevista no Código de Processo Penal Militar, é correto afirmar: a) nas infrações continuadas, considera-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. b) quando o fato for praticado em presença da autoridade, no exercício de suas funções, deverá ela própria prender e autuar em flagrante o infrator, mencionando a circunstância. c) dentro de quarenta e oito horas, após a prisão, será dada ao preso nota de culpa assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. d) o auto de prisão em flagrante deve ser remetido em vinte e quatro horas ao juiz competente ou, no máximo, se depender de diligências, dentro de dez dias. Comentários: A) Errado . Nas infrações PERMANENTES, enquanto não cessar a permanência, vigorará o estado de flagrância B) Certo . Conforme a redação do art. 249 do CPPM C) Errado . Dentro do prazo de 24 horas após a prisão D) Errado . Deve ser remetido imediatamente ao juiz competente. O CPPM ainda traz a possibilidade da remessa do APF ocorrer em até 5 dias, quando depender de alguma diligência pertinente. Gabarito: B 2. VUNESP - CFO/QC (EsFCEx)/EsFCEx/Direito/2021 Nos termos do Código de Processo Penal Militar, é correto afirmar que, nos crimes em que há violação do dever militar, se o agente invocar coação física irresistível, o magistrado, ao analisar o auto de prisão em flagrante, a) poderá conceder liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogar a concessão. b) deverá remeter os autosao Conselho de Justiça, pois somente este pode avaliar os casos de concessão de liberdade provisória. c) não poderá conceder liberdade provisória, em razão da natureza (violação do dever militar), devendo, se houver, determinar o arquivamento de eventual pedido. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 28 39 d) após a análise do Ministério Público, poderá conceder liberdade provisória em razão do evidente erro de direito. e) deverá remeter os autos ao Tribunal, pois este é o competente para avaliar os casos de concessão de liberdade provisória. Comentários: Coação física irresistível é possível de ser invocada, ainda quando praticado com violação de dever militar. No entanto, o mesmo não se pode dizer quanto à coação moral, que nessas condições não pode ser invocada. Seguindo a linha de raciocínio do enunciado, e o art. 253 do CPPM, se o agente pratica ato mediante coação física irresistível, o juiz poderá conceder liberdade provisória, mediante o comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação da concessão. Gabarito: A Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 29 39 ==1365fc== L ISTA DE Q UESTÕES 1. (FGV - Cabo (PM SP)/PM SP/2023) Acerca das disposições previstas no Código de Processo Penal Militar, é correto afirmar que a) o inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime militar e de sua autoria, tendo caráter de instrução definitiva. b) nas infrações permanentes, considera-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. c) é definitiva a prisão que ocorre durante o inquérito, ou no curso do processo, ainda que antes da condenação. d) somente os militares poderão prender quem for insubmisso ou desertor. 2. (FGV - Sold (CBM AM)/CBM AM/2022) João, soldado bombeiro militar, viu que Pedro estava furtando a bicicleta de Antônio: tinha rompido o cadeado, sentara no banco da bicicleta e estava começando a pedalar. Nesse caso, é correto afirmar que, no instante em que se desenvolvia a última parte da narrativa, Pedro a) não poderia ser preso por João, já que essa atividade é própria da Polícia Civil. b) não poderia ser preso por João, já que essa atividade é própria da Polícia Penal. c) não poderia ser preso por João, já que essa atividade é própria da Polícia Militar. d) poderia ser preso por João ou por qualquer outra pessoa que tivesse conhecimento dos fatos. e) somente poderia ser preso por Antônio, em razão do desforço imediato em defesa do seu patrimônio. 3. (FGV - Alun Of (PM AM)/PM AM/2022) Avalie as assertivas a seguir. I. O flagrante irreal ou impróprio ocorre quando o agente é perseguido logo após cometer o ilícito em situação que faça presumir que ele é o autor da infração. II. A prisão preventiva com fundamento para a manutenção das normas e princípios da hierarquia e disciplina aplica-se apenas nos crimes propriamente militares. III. É vedada a realização de busca e apreensão no período noturno, salvo se houver consentimento do morador. Está correto o que se afirma em a) I e III, apenas. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 30 39 b) II e III , apenas. c) II, apenas. d) III , apenas. e) I, II e III. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 31 39 ==1365fc== 01 02 03 B D A Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 32 39 LISTA DE QUESTÕES 1. DPU – Defensor Público – 2010 – Cespe. Em caso de concessão da menagem a militar da reserva ou reformado, o cumprimento deverá ocorrer no interior do estabelecimento castrense coincidente com a sede do juízo de apuração do crime, devendo o militar ficar subordinado às normas de caráter geral da caserna e sendo vedado seu afastamento dos limites do estabelecimento militar. 2. PMSC – Oficial – 2015 – IOBV. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada do inquérito policial-militar, em qualquer fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos de prova do fato delituoso; indícios suficientes de autoria. Além destes requisitos, a prisão preventiva, de acordo com o artigo 255 do Código de Processo Penal Militar, deverá fundar-se, dentre outros, em um dos seguintes casos, exceto: a) Garantia da ordem pública. b) Segurança da aplicação da lei penal militar. c) Exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado. d) Quando necessária e imprescindível para apaziguar o clamor público. 3. PMMG – Oficial – 2014 – PMMG. Um militar foi preso, em flagrante delito, pelo cometimento, em tese, de ilícito penal militar. Dada a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante é CORRETO afirmar que: a) Apresentado o preso ao oficial de dia, de serviço ou de quarto, serão, por ele, ouvidos o acusado, o condutor e as testemunhas que o acompanharem, nesta ordem, sob pena de nulidade. b) Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à administração militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade militar do lugar mais próximo daquele em que ocorrer a prisão. c) A falta de testemunhas não impedirá o auto de prisão em flagrante, que será assinado por três pessoas, pelo menos, que hajam testemunhado a apresentação do preso. d) Dentro em vinte e quatro horas após a prisão, se a autoridade militar ou judiciária verificar a manifesta inexistência de infração penal militar ou a não participação da pessoa conduzida, revogará a prisão. Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 11 PM-DF (Oficial - CFO) Direito Processual Penal Militar www.estrategiaconcursos.com.br 39471799600 - Naldira Luiza Vieria 33 39 4. Marinha do Brasil – Oficial – Direito – 2013 – Marinha do Brasil. Assinale a opção que NÃO corresponde a um dos fundamentos da prisão preventiva previstos no art. 255 do Código de Processo Penal Militar. a) garantia da ordem econômica. b) conveniência da instrução criminal. c) periculosidade do indiciado. d) segurança da aplicação da lei penal militar. e) exigência da manutenção das normas ou princípios da hierarquia e da disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado. 5. PMMG – Oficial – 2013 – PMMG. Quanto à prisão preventiva, marque a alternativa INCORRETA. a) São requisitos da prisão preventiva a prova do fato delituoso e indícios suficientes de autoria. b) A se evitar a vingança, por exemplo, por parte de membros de associação criminosa, de quadrilha ou bando, é perfeitamente possível decretar a prisão preventiva visando à proteção do policial militar que praticou o fato amparado por excludente de ilicitude. c) Desaparecendo os motivos ensejadores da prisão preventiva anteriormente