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Hipersensibilidade III

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Hipersensibilidade III
A doença do soro foi descoberta após a administração por mais de uma vez de um soro para tratamento de algumas doenças.
Os soros são utilizados para tratar intoxicações provocadas pelo veneno de animais peçonhentos ou por toxinas de agentes infecciosos, como os causadores da difteria, botulismo e tétano.
A descoberta das antitoxinas
Foi visto que quando era inoculada no cavalo uma toxina e depois transferiam o soro do cavalo para outro animal, esse outro animal não desenvolvia a forma grave da doença quando era exposto ao antígeno que foi inoculado no primeiro cavalo. Então foi concluído que deveria ter alguma coisa no soro que protegia e poderia ser transferido para outro organismo e traria a proteção imunológica.
A escolha pelo cavalo para produção de soros é pelo fato de ser um animal de baixo custo, além de produzir uma grande quantidade de soro. Existe algumas reações que ocorrem quando alguém recebe um soro heterólogo (soro de outra espécie), devido o soro conter algumas proteínas e o nosso organismo produzir reação contra elas. Um soro da mesma espécie (homólogo) seria menos imunogênico, mas a produção de soro humano se torna inviável para o tratamento de algumas doenças por que ele tem um alto custo de produção, é necessária uma quantidade muito grande de imunizações em indivíduos para poder obter uma quantidade adequada de soro. O soro humano também pode transferir algumas doenças, quando não devidamente controlado, como as doenças virais.
Soros para infecções
Existem soros para o tratamento contra infecções e tem-se estudado para prevenção de rejeição de órgãos.
Soros contra difteria, botulismo e tétano são preparados com o toxóide das bactérias. Já o soro anti-rábico é produzido com a inoculação do vírus rábico inativado.
A produção de soros heterólogos vai gerar respostas imunológicas devido a essas proteínas, que são altamente imunogênicas, contidas no soro desses animais. A introdução de soro de cavalo em humanos pode gerar reações de hipersensibilidade.
Complexos imunes
O principal problema na administração dos soros heterólogos é a formação de complexos imunes. Esses complexos são formados pela ligação de vários anticorpos a algum antígeno que acabam se depositando em alguns locais estratégicos no organismo.
Fatores que influenciam a deposição dos complexos
A formação dos complexos imunes é benéfica, acontece normalmente para que o organismo se livre dos antígenos. A formação desses complexos se torna maléfica quando esses complexos não conseguem ser retirados.
O tamanho do imunocomplexo: complexos muito pequenos não depositam e não são fagocitados facilmente, por que os fagócitos necessitam de moléculas maiores para fagocitar. Os complexos grandes são fagocitados por macrófagos, se depositam mais facilmente.
A carga é outro ponto considerável. Por exemplo, complexos com cargas positivas tendem a se depositar com maior frequência na membrana basal dos glomérulos renais. 
O fluxo sanguíneo também determina onde o complexo vai ser depositado. Quando se tem um ateroma na parede do vaso, há um fluxo sanguíneo reduzido que vai facilitar a deposição de alguns complexos.
Situações em que são produzidos complexos grandes ou pequenos
Isso está relacionado com a proporção antígeno/anticorpo. Essa proporção relativa é importante, pois o excesso de anticorpo que é visto quando há lesão localizada, faz com que sejam formados complexos grandes, de deposição rápida no local.
Quando se tem o excesso de antígeno, esses complexos não são facilmente depositados, não são facilmente fagocitados. Dessa forma, acabam caindo na circulação e vão se depositar em filtros naturais do sangue, como a sinóvia e glomérulos renais.
Deposição de complexos imunes
Nós podemos observar num experimento que caracteriza a deposição desses complexos imunes em função da relação antígeno/anticorpo.

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