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◉ Requisitos: Acordo entre as partes Não prejuízo ao trabalhador ◉ Inobservância: Nulidade ◉ Exceção: Exigência legal Princípio da inalterabilidade contratual lesiva ◉ Jus variandi (poder diretivo) à alterações unilaterais ALTERAÇÕES SUBJETIVAS : Pessoa ALTERAÇÕES OBJETIVAS: Conteúdo do contrato empregado empregador Sucessão trabalhista Alterações benéficas à SIM Alterações prejudiciais à NÃO Classificação (alterações objetivas) Normativas – normas jurídicas (estatais, negociação coletiva) Contratuais – entre as partes Obrigatórias – decorrente de lei Voluntárias – vontade de uma ou ambas as partes Qualitativas – natureza do trabalho (ex. cargo) Quantitativas – elementos quantitativos (jornada, salário, etc.) Circunstanciais – circunstâncias (ambiente, forma de trabalho, etc.) ALTERAÇÕES QUALITATIVAS: ◉ Função: ◦ Promoção para posição superior permanente vantajosa ao obreiro ◦ Retrocessão para posição inferior ilícita ◦ Rebaixamento retrocessão punitiva – ilícita ◦ Reversão de cargo de confiança para posição anterior (inferior) lícita Obs. Empresas com Plano de Cargos e Salários ou Quadro de Carreira estão obrigadas a observá-los. ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS: ◉ Jornada de trabalho ampliação - negociação coletiva ◉ Montante salarial ampliar – possível reduzir – apenas com negociação coletiva OBSERVAÇÕES: Obs. 1 – Alteração do regulamento empresarial Benéfica: todos Prejudicial: os que ingressarem posteriormente OBS. A Remoção é uma alteração circunstancial e representa a alteração do local de trabalho que importa modificação da residência Também se aplica para reduções salariais indiretas OBS. 2 – Readaptação funcional de empregado acidentado Nova função compatível SEM redução salarial OBS. 3 – Alteração decorrente de extinção de cargo/função Sem redução “moral” Sem redução patrimonial “Afinidade” entre cargos Real necessidade OBS. 4 – Alteração: horário diurno à horário noturno Depende de anuência (prejudicial) Pagamento de adicional CASOS PRÁTICOS 1-Jocélia trabalha há 20 na seguradora Y no setor de manutenção em informática. Ocorre que a empresa Y decidiu extinguir o cargo que Jocélia até então ocupava, alegando que esse tipo de serviço não era mais necessário na empresa, uma vez que a partir daquele momento essas atividades seriam contratadas via empresa terceirizada. Como decorrência da extinção do seu cargo, Jocélia foi reposicionada na condição de porteira, o que implicou em uma redução de 1/3 do seu salário. Pergunta-se: a conduta da seguradora Y foi juridicamente correta? 2- (CASA) Aurélio, proprietário de uma fábrica de parafusos, contratou Reinaldo para observar suas práticas empresariais e sugerir algumas modificações que julgasse necessárias para melhorar o andamento dos negócios. Reinaldo, após observar a vida empresarial por uma semana, formulou as seguintes sugestões: a) alteração do horário de funcionamento, que deveria começar e encerrar uma hora mais tarde para reduzir os atrasos dos trabalhadores; b) alteração do horário de almoço no refeitório da empresa, que deveria ocorrer 30 minutos mais cedo, para melhor se adequar à jornada das cozinheiras; c) alterar a cor dos uniformes para outra mais escura de modo que pudesse economizar com a lavagem e com a frequência de troca de uniformes; d) extinguir o setor de lavanderia própria, devendo contratar esse serviço de terceiros, recolocando as lavadeiras em outros (...) cargos, tendo sugerido os postos de faxineira, zeladora e copeira – todos com padrão salarial mais baixo -; e) converter, imediatamente, 1/6 da mão de obra para o período noturno; f) ampliar a jornada de trabalho de todos os empregados, passando-a de 6 para 8 horas. Analise todas as alterações sugeridas por Reginaldo, indicando se estão corretas ou não, justificando seu ponto de vista. Cessam alguns efeitos do contrato sem que haja a sua extinção SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO NÃO há trabalho. NÃO há trabalho NÃO há salário. HÁ salário. NÃO há cômputo do tempo. HÁ cômputo do tempo. Suspensão: Paralisação completa do contrato? ----- Garantias do empregado (art. 471, CLT): Retorno ao posto Recebimento de garantias concedidas aos demais Extinção do contrato: Impossibilidade de rescisão imotivada Possibilidade de justa causa Possibilidade de demissão Prazo de retorno: Suspensão à regra: 30 dias Interrupção à não há Art. 474, CLT - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. HIPÓTESES: 1) Acidente de trabalho/doença profissional Até 15º dia à interrupção Após 15º dia à suspensão Mesmo durante a suspensão: Há contagem do tempo (FGTS, férias – até 6 meses -) 2) Descanso semanal remunerado à interrupção 3) Férias à interrupção 4)”Suspensão” para ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave (garantia de emprego) Suspensão opcional Prazo suspensão à NÃO há Prazo ajuizamento da ação à 30 dias da suspensão -Inquérito julgado procedente à suspensão -Parcialmente procedente (culpa concorrente + reintegração) à suspensão -Improcedente àinterrupção + reintegração 5) Suspensão disciplinar àsuspensão 6) Greve à Suspensão Art. 853, CLT - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado g a r a n t i d o c o m e s t a b i l i d a d e , o empregador apresentará reclamação por escrito à Jun ta ou Ju ízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado. OBS. Suspensão e interrupção no CPD: C1: Não altera o termo final C2: Prorroga o prazo até o fim da causa suspensiva ou interruptiva (após à extinção imediata) CASOS PRÁTICOS 1- Elba acidentou-se em trabalho no dia 2 de abril. Hoje, dia 4 de maio, tendo se recuperado plenamente do acidente, voltou ao trabalho. Contudo, ficou surpresa ao encontrar Joelma em seu lugar e receber do seu empregador a notícia de que tinha se informado sobre o prazo máximo da suspensão do contrato – que era de 30 dias – e que, pelo fato de Elba não ter voltado dentro desse prazo, entendeu que houve um pedido de demissão. Dessa maneira, o patrão de Elba havia, inclusive, deixado o seu acerto rescisório pronto. Tudo baseado na data em que Elba deixou de trabalhar, ou seja, 2 de abril. Responda: O patrão de Elba agiu de modo correto? Por quê? 2- (CASA) Aendria está há 6 dias gozando sua licença-maternidade e recebeu de Jussara a notícia de que sua patroa, Rebeca, estava furiosa com as fofocas que chegaram aos seus ouvidos. Jussara contou a Aendria que todos estavam dizendo que Aendria andava falando mal de Rebeca e espalhando por aí que ela é ladra. Além disso, ainda havia a fofoca de que Aendria estava dizendo que os produtos que Rebeca vende são de baixa qualidade, todos comprados no Paraguai, muito inferiores àqueles vendidos por Rochelle, maior concorrente de Rebeca. Diante de tudo isso, Rebeca decidiu mandar Aendria embora e pediu que a avisassem que em sua loja ela não colocava mais seus pés. Analise o caso salientando se houve alguma irregularidade jurídica. Se sim, indique qual medida seria correta. ◉ Fundamento: Princípio da continuidade da relação de emprego ◉Para quem? Empregador urbanos, rurais e domésticos em CPI ◉ Verificado o aviso prévio: CPI à CPD ◉ Direito potestativo ◉ Formalidade (não é exigida) X Prova (empregador) ◉ Poderá ser: Trabalhado Indenizado (não trabalhado) ◉ Pagamento do aviso (art. 477, § 6º, CLT): Trabalhado – 1º dia útilapós a projeção do aviso Indenizado – 10 dias após o aviso A escolha cabe ao empregador Súmula 276, TST - Aviso Prévio - Pedido de Dispensa de Cumprimento – Pagamento: O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. DI AP (30 dias) -‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐|-‐-‐-‐-‐-‐X-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐|-‐-‐X-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐> t 10 dias 1º dia ú<l ◉ Busca por nova ocupação: Aviso trabalhado – redução 2h/dia ou 7 dias (interrupção) ◉ Não observância: Penalidade: indenização de um novo aviso (Vs prorrogação contrato) Escolha cabe ao empregado TST Enunciado nº 230 - Aviso Prévio - Pagamento das Horas Correspondentes ao Período que se Reduz da Jornada de Trabalho - É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. PROBLEMA: Empregador à aviso trabalhado Empregado à recusa O que acontece? Pagamento dos prejuízos + Desconto do AP das verbas rescisórias Teto à Art. 487, § 2º da CLT: A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. Art. 477, § 5º da CLT - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. PRAZO: Contagem: exclui o primeiro dia e conta o último Lei? Lei 12.506 (13 de outubro/2011) - Efeitos não retroativos. Aplicação: avisos posteriores ou em andamento Art. 7º, XXI, CR/88: o aviso será proporcional ao tempo de serviço, de no mínimo 30 dias, nos termos da lei. " A r t . 1 º O a v i s o p r é v i o , d e q u e t r a t a o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. " Regra: 30 dias + 3 dias por ano (máx 60 dias) = 90 dias Conclusões: Até 1 ano à 30 dias 1 ano à 30 dias + 3 dias = 33 dias 2 anos à 30 dias + 3 dias + 3 dias = 36 dias ... Até 90 dias (20º ano). Modulação dentro do critério anual: NÃO há 1 ano e 6 meses à 33 dias 1 ano e 10 meses à 33 dias Cuidado: a projeção do aviso prévio integra o período contratual 1 ano e 11 meses à 36 dias ----------------I-------I------------------> t 1 ano e 11 meses 33 dias Art. 487,§ 1º da CLT - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito a o s s a l á r i o s co r responden tes ao p r a z o d o a v i s o , garantida sempre a i n t e g r a ç ã o d e s s e período no seu tempo de serviço. Proporcionalidade do AP – a quem se aplica? Só aos empregados Empregadores – 30 dias. Pagamento do AP feito fora do prazo: Multa administrativa + Multa em benefício do empregado (1 mês de salário) CASOS PRÁTICOS: 1- Mafalda recebeu hoje se seu patrão, Jerônimo, um aviso prévio. Na verdade, Mafalda não foi pega de surpresa, pois já estava “careca de saber” que o seu santo e o do chefe não batiam. Jerônimo disse que quer que Mafalda cumpra aviso trabalhado, mas ela já “tá de saco cheio” e decidiu que não vai trabalhar “coisa nenhuma”. Analisando o presente caso responda: quem escolhe se o aviso será trabalhado ou não? O que acontece à Mafalda se ela decidir que não quer trabalhar durante o aviso? Salário = parcelas contraprestativas (E à e) Salário = SB + outras verbas salariais (OVS) Remuneração = S + G Remuneração = SB + OVS + G Gorjeta – faz parte do salário ? REFLEXOS SALARIAIS * Empregados com até 1 ano de serviço SB = R$ 2.000,00 + R$1.000,00 HE à S = R$ 3.000,00 FGTS (8%) = R$ 160,00 FGTS (8%) = R$ 240,00 Férias (S + 1/3) = R$ 2.666,66 Férias (S + 1/3) = R$ 4.000,00 13º salário = R$ 2.000,00 13º salário = R$ 3.000,00 Aviso prévio*= R$ 2.000,00 Aviso prévio* = R$ 3.000,00 DSR = x DSR = x + 1/2x PARCELAS SALARIAIS 1-Salário base a) Irredutibilidade (salvo NC) b) ≥ Salário mínimo (2012: R$ 622,00) c) Periodicidade – art. 459, CLT máxima:1 mês 5º dia útil Problematizando: O que ocorre se houver aumento no salário nos 5 primeiros dias úteis de um mês, antes que tenha havido o pagamento do salário? O pagamento já deverá ser feito considerando o aumento? d) Atraso no pagamento – Súm 381, TST Multa? Correção monetária (1º dia) e) Ausência de pagamento Rescisão indireta (justa causa do empregador) Critério: 3 meses 2-Abono: Adiantamento Abono de férias ? 3-Gratificação: a) Evento/circunstância relevante Lei Empregador b) Natureza? Lei Empregador - habitualidade c) Habitualidade: Critério? Antigos funcionários X novos funcionários d) Gratificação natalina = 13º salário Motivo: natal Base de cálculo: R (dez) Integral/proporcional Momento: 1ª Parcela: fev – nov 2ª Parcela: até 20 dez Calculando: 1/12 por mês ou fração ≥ 15 dias Problematizando: O que acontece se um empregado receber em fevereiro 6/12 do valor do 13º e é mandado embora em março? Problematizando: O que ocorre se um empregado receber a primeira parcela em fevereiro e receber um aumento salarial em julho? e) Gratificação de função cargo de confiança 4-Prêmio: a) Evento/circunstância relevante Quem? Empregador (não por lei) b) Conduta do empregado c) Natureza ? Salarial – habitualidade Problematizando: Um empregado recebe há 10 anos prêmio por produtividade (sempre superando a meta X). O que ocorre se no 11º ano ele não atingir a meta? Ele terá direito ou não ao prêmio? Indaga-se: qual a diferença existente entre a gratificação concedida por ato de vontade do empregador e o prêmio? 5- Participação nos lucros (lei 10.101/00): a) Poderá ser: gratificação ou prêmio b) NÃO tem natureza salarial (lei) c) Requisitos: Acordo prévio (individual; NC) Distribuição por 2x ao ano (no máximo) d) Inobservância dos requisitos: Natureza salarial 6- Comissão: a) Salário/remuneração variável à produtividade b) Pode ser Pura Mista c) Garantia do salário mínimo Problematizando: se o empregador tiver que pagar uma diferença ao empregado para que ele receba, pelo menos, o valor do salário mínimo, poderá, o empregador, descontar do empregado esse valor posteriormente? 7- Utilidades: a) Bens de valor pecuniário b) Natureza salarial à habitualidade Exemplo: SB = R$ 2.000,00 + R$ 200,00 para alimentação à S = 2.200,00 c) Hipóteses à exclusão Súmula nº 367 - TST -Utilidades "In Natura" - Habitação - Energia Elétrica - Veículo - Cigarro - Integração ao Salário I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quandoindispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V – seguros de vida e de acidentes pessoais; VI – previdência privada; Resumindo: NÃO tem natureza salarial: PARA realizar o serviço x PELA execução do serviço Obrigações, em tese, estatais 8- Adicionais: a) Trabalho em condição mais gravosa b) Salário-condição Vs direito adquirido ◉ Adicional de insalubridade (art. 192, CLT): - Objeto tutelado: Saúde - Agentes químicos, físicos ou biológicos acima do limite (NR 15) (ruído, calor, frio, umidade, etc.) - Valor: - Perícia (médico/engenheiro do trabalho) 10% - risco mínimo 20% - risco médio à Salário mínimo 40% - risco máximo Problematizando: O que ocorre quando o trabalhador está sujeito a mais de um agente insalubre? Eles são cumulados? O fornecimento de equipamento de proteção individual afasta o pagamento do adicional? ◉ Adicional de periculosidade (art. 193, CLT): - Objeto tutelado: vida - Valor: - Agentes: Inflamáveis/explosivos Radiotivos Alta tensão -Perícia obrigatória (médico/engenheiro do trabalho) 30% à Salário base Problematizando: O que ocorre se um mesmo trabalhador estiver sujeito a uma condição insalubre e a outra perigosa? ◉ Adicional de transferência (art. 469, CLT): - Objeto tutelado: vida social - Transferência/ remoção: Relevante Irrelevante – suplemento salarial apenas (Sum 29, TST) Definitiva – despesas com a transferência (art. 470, CLT) Provisória – ajuda de custo + adicional - Valor: 25 % à Salário (SB + OVS) -Deve ser: Relevante Provisória - Requisitos da transferência Real necessidade – Sum 43, TST Autorização Contratual Legal (cargo de confiança) Problematizando: A ocorrência de transferências sucessivas importa a cumulação de adicionais? A regra é a mesma caso a transferência seja relevante e provisoria, mas a pedido do obreiro? Empregado menor pode ser transferido? CASOS PRÁTICOS 1- Roberval, casado com Oyama há 15 anos, foi transferido para outra cidade, situada no norte do país, em razão da extinção do estabelecimento em que trabalhava, localizado no sul do país. Havendo apenas aquele outro estabelecimento, a empresa propôs a Roberval a transferência como via alternativa a uma eventual dispensa. Roberval aceitou a transferência. Afinal, seria pior perder o emprego e agora, a essa altura da vida, ter que buscar uma nova ocupação. Contudo, Roberval está indignado, pois a mudança causou grande transtorno a sua família e seu chefe não lhe estaria pagando o adicional a que fazia direito. Além disso, acreditava que merecia adicional de periculosidade, pois estaria agora exposto a diversos animais selvagens e a insetos, aos quais é extremamente alérgico, correndo, assim, risco de vida. Além disso, o clima era muito diferente da sua região, o calor era excessivo, o que considerava verdadeira insalubridade. Não era só. Durante todos os anos de trabalho, Roberval recebeu anualmente prêmio por assiduidade e pontualidade, mas, no último ano, seu chefe havia se recusado a pagar-lhe o prêmio alegando a ocorrência de atrasos e saídas antecipadas. Ora, Roberval somente saía 30 minutos mais cedo do trabalho porque tinha que pegar uma balsa para voltar para casa e não gostava de fazer isso muito tarde devido ao seu medo de crocodilos. Tendo em vista toda a narração, analise as reclamações de Roberval concluindo pela sua pertinência ou não. Explique. 2- (CASA) Felícia trabalha para uma marmoraria há 20 anos. Após conhecer seu atual namorado, Tolentino, que é advogado, mas nunca atuou na área, começou a repensar todas as circunstâncias de seu contrato, pretendendo encontrar alguma eventual irregularidade, ingressar na Justiça contra sua patroa e receber uma “bufunfa” para poder viajar para a Europa com Tolentino. Nesse esforço, lembrou-se dos seguintes fatos: a) Por diversas vezes, sua patroa, Ediviges, deixou de pagar-lhe no prazo combinado, chegando a fazê-lo até dois meses depois; b) Ao longo dos anos Ediviges pagou-lhe o 13º certinho, por volta do dia 15 de dezembro, mas durante uns dois ou três anos, sem que houvesse consultado Felícia, parcelou o pagamento do 13º, dividindo-o em dois pagamentos, um mais ou menos na metade do ano e outro no início de dezembro; c) Durante o ano de 2008, Felícia havia sido suspensa durante 28 dias por Ediviges em virtude falta disciplinar cometida. Ediviges havia lhe punido duas vezes, pois, além de deixá-la 28 dias sem salário, também descontou-lhe 1/12 de 13º; d) Em 2009, Ediviges teria concedido à Felícia um prêmio de R$ 1.000,00, pois, durante um curto circuito, Ediviges teria conseguido, sozinha, reverter a situação e evitar que o maquinário fosse destruído e os colegas sofressem lesões. Felícia só recebeu aquele prêmio uma vez, mas Tolentino havia lhe explicado que isso não podia acontecer, pois aquele aumento salarial vincularia Ediviges a seu pagamento até o fim do contrato; (...) e) Do mesmo modo, durante os anos de 2004 e 2007, Ediviges distribui lucro entre seus funcionários, pois aqueles anos foram, sem dúvida, muito lucrativos e superaram a expectativa. Felícia está convencida também de que o lucro distribuído uma vez, vincula o empregador à distribuição todos os anos. Além disso, ainda que a patroa tenha feito um acordo coletivo com o sindicato para a distribuição do lucro, Felícia acreditou que o sindicato falhou nesse momento, pois esqueceu de obrigar Felícia a considerar essa parcela como parte integrante do salário e, assim, base de cálculo de outras parcelas como, por exemplo, as horas extras que realizava com frequência. Levando em consideração todas as suposições de Felícia, indique se elas são devidas ou não. ◉ Adicional noturno: -objeto tutelado: saúde do trabalhador que labora durante a noite *Trabalhador urbano: -horário: 22:00h- 05:00h -hora ficta: |------------------------------------------------------| 22:00h 7h de relógio, que “valem” 8h 05:00h -valor: 20 % -Prorrogação (horas posteriores) – Súm 60, II e OJ 388, SDI, TST Ex. Empregado X trabalha em regime de 12 x 36: 19:00h 22:00h 05:00h 07:00h |----------|-----------------------------|-------| Prorrogação do adicional à AGRICULTURA PECUÁRIA Hora noturna: 21:00h a 05:00h Hora noturna: 20:00h a 04:00h * NÃO há hora ficta. Não há hora ficta. *Trabalhador rural:-Horário: -Hora ficta: NÃO -Prorrogação: SIM -valor: 25% Pergunta-se: o empregador pode alterar unilateralmente o horário noturno para o diurno? ◉ Adicional de horas extras: -Espécie de hora suplementar (extra; para compensação) -Valor: 50% ◉ Diárias para viagem e ajuda de custos (art. 457, § 2º, CLT): -Natureza: em regra, indenizatória. - Exceção: Valor das diárias ultrapassar 50% do valor do salário Para pensar: E se o valor pago ao empregado for realmente inferior a 50%, mas ele, a despeito de ter recebido a parcela, nunca houver efetivamente viajado? E se o valor pago for superior a 50%, mas esse for realmente o valor gasto com as despesas de hospedagem em razão de só ter conseguido alojar-se em um hotel de luxo? Disciplina legal: art. 461, CLT e Súmula 6 do TST Visa evitar tratamento discriminatório Prova cabe ao empregado: 1-identidade de funções (atividades) 2-identidade de empregadores 3- Mesma localidade (município à região metropolitana) Obs.1- Facultativo: mesma produtividade/perfeição técnica Obs. 2 – é irrelevante o nome dado aos cargos do paradigma e do paragonado Prova cabe ao réu: 1-diferença de tempo na FUNÇÃO superior a 2 anos 2-diferença de perfeição técnica/produtividade 3- Existência de quadro de carreira (reconhecido pelo MT) - promoções alternadas por merecimento e antiguidade 4-Paradigma é empregado readaptado Pedido: Diferenças salariais e seus reflexos Partes: Paradigma Paragonado Exemplo: R$ - salário F – função e 1- empregado 1 e 2 – empregado 2 Possibilidade de equiparação: O3/01/00 – 24/01/00 - SIM 24/01/00 – 07/01/00 - NÃO OBSERVAÇÕES: 1- Caso o paradigma tenha sido contratado após o paragonado, pouco importa o tempo na função 2-Perfeição técnica: a do paragonado deve ser igual ou superior à do paradigma 3-Necessária simultaneidade no tempo – medida de isonomia 4- Efeitos ex tunc – retroativos 5- É possível que haja equiparação salarial em cascata Equiparação em cascata: R$ -salário Tf – tempo na função e1 – empregado 1 e2 –empregado 2 e3 – empregado 3 e2 à e1 possível e3 à e2 possível Fator: tempo na função e3 à e1 impossível Observe que se e2 pedir equiparação com e1 e obtiver procedência, e3 poderá pedir equiparação com e2 à haverá equiparação em cascata! Obs. e1, e2 e e3 exercem a mesma função para o mesmo empregador DURAÇÃO: intervalo entre o 1º e o último dia do CONTRATO JORNADA: tempo à disposição durante 1 DIA de trabalho (mensal, semanal) HORÁRIO: horário de entrada e de saída Empregado Y trabalha de segunda à sexta de 08:00 às 17:00h, com intervalo de almoço de 12:00h a 13:00h. Qual é: Horário? Jornada? Controle de jornada: OBRIGATÓRIO se houver mais de 10 empregados (art. 74, §2º, CLT) Cartão de ponto “britânico” – entradas e saídas uniformes – NÃO vale como meio de prova TST Enunciado nº 338 -Determinação Judicial - Registros de Horário - Ônus da Prova I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. Ausência de controle: - Trabalhadores a domicílio - Trabalhadores externos (se impossível) - Cargo de confiança Jornada não tipificada: Domésticos Jornada padrão: é a MÁXIMA. Art. 7º, XIII, CR: 8h diárias e 44h semanais à semana inglesa. Pergunta-se: Pode, o empregador, posteriormente reduzir a jornada? Caso o empregador reduza a jornada ele pode, unilateralmente, reduzir o salário? Possibilidades dentro da jornada padrão 8h 8h 8h 8h 8h 4h Semana inglesa: S T Q Q S S 07:20h 07:20h 07:20h 07:20h 07:20h 07:20h Outra possibilidade: S T Q Q S S Jornada especial: prevista em lei específica - Ex. bancários Jornada contratual: JP ≥ JE ≥ JC Semana espanhola: Semana 1: 48h à Semana 2: 40 h T r a b a l h a u m sábado e folga no seguinte O J 3 8 3 , T S T - A C O R D O D E COMPENSAÇÃO DE JORNADA. “SEMANA ESPANHOLA”. VALIDADE. É válido o sistema de compensação de horário quando a jornada adotada é a denominada "semana espanhola", que alterna a prestação de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, não violando os arts. 59, § 2º, da CLT e 7º, XIII, da CF/1988 o seu ajuste mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Obs. Turno ininterrupto de revezamento: Jornada deverá ser de 6h Ex. Semana 1: 00h a 06h Semana 2: 06h a 12h Semana 3: 12h a 18h Semana 4: 18h a 24h Indagações: O não funcionamento da empresa aos domingos afasta a configuração do turno ininterrupto? O não trabalho em alguma das fases do dia afasta a configuração do turno ininterrupto? Negociação coletiva pode ampliar a jornada no turno ininterrupto? Qual será o máximo? Quando laborar em período noturno, o trabalhador em turno ininterrupto de revezamento fará jus ao respectivo adicional? Regime de tempo parcial: -Trabalha por, no máximo, 25h semanais - Jornada máxima: 8h - Salário: poderá ser proporcional às horas trabalhadas - NÃO pode realizar HE HORAS SUPLEMENTARES: Horas suplementares Hora suplementar é aquela que ultrapassa a jornada contratual e não a padrão! Hora extra Hora para compensação Hora extra: - Máximo: 2h diárias - Paga com adicional de, no mínimo, 50% Compensação de jornada: -Necessária negociação coletiva -Hoje admite-se previsão no contrato de trabalho TST Enunciado nº 85 - Regime de Compensação de Horário Semanal - Pagamento das Horas Excedentes I - A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. II - O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. à nulidade III - O mero não-atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. IV - A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. ATENÇÃO (1) A compensação depende de previsão contratual ou negociação coletiva Se não houver à HE (adicional) Se não ultrapassada a CHS, será pago somente o adicional e não a hora à Exemplo: 9h 9h 9h 9h 8h X S T Q Q S S Contrato que prevê CHS = 44h ATENÇÃO (2) Compensação com hora extra habitual não pode Se houver à pagamento HE Se não ultrapassada a CHS, pagamento só do adicional Se ultrapassada a CHS, pagamento da hora normal e do adicional Exemplo: 9h 9h 9h 9h 9hX S T Q Q S S CHS: 45h BANCO DE HORAS: -Necessário negociação coletiva (não se admite por contrato) -Período máximo: 1 ano -Se não compensadas no prazo à HE (adicional) -Limite: 2h diárias sob pena de HE (adicional) Pergunta-se: A Administração pública, como empregadora, pode recorrer ao banco de horas? Regime 12 X 36 horas: -Trabalha em uma semana, 48 h e, em outra, 36h -Média: 42 h ( < CHS máx) Horário S T Q Q S S D 00:00 à 12:00 T D T D T D T 12:00 à 00:00 D D D D D D D Horário S T Q Q S S D 00:00 à 12:00 D T D T D T D 12:00 à 00:00 D D D D D D D 12 X 36: Prorrogação por necessidade imperiosa: Hipóteses: -Força maior Força maior (previsível, mas inevitável) Caso fortuito (imprevisível e inevitável) -Serviços inadiáveis Ex. concretagem -Serviços cuja inexecução cause prejuízo manifesto Ex. entrega de um bolo de casamento Art. 61, CLT. “Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto”. Prorrogação máxima: 4h, salvo força maior (não há limite) Pagamento: Necessário, salvo força maior. Interrupção do trabalho por causa acidental ou força maior: -Prorrogação por, no máximo, 2h. -Período máximo: 45 dias -Pagamento: desnecessário (pois já ocorreu) Prorrogação da jornada em ambiente insalubre: Autorização do MT (art. 60, CLT) X Negociação coletiva (Sum 349, TST) COMPOSIÇÃO DA JORNADA: 1- Tempo efetivamente trabalhado 2- Tempo à disposição 3- Horas in itinere 4- Tempo de descanso exigido por lei (art. 72 e art. 253, CLT) 5- Intervalos intra e inter-jornadas não concedidos (pagos como HE) Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo. Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho. CASO PRÁTICO Iaçanã trabalha na Empresa Beta há 15 anos, exercendo funções de arquivo e serviços gerais. Ocorre que recentemente ingressou na mesma empresa Sandrelise recebendo salário superior ao seu – recebia em dobro -, exercendo, contudo, as mesmas funções. Ao reclamar com seu patrão a esse respeito, ele lhe relatou que Sandrelise era mais jovem, mais produtiva e, além disso, ocupava um cargo com nomenclatura diferente: “chefe dos auxiliares gerais”. Iaçanã relata, ainda, que às vezes trabalhava para além do seu horário de trabalho, que deveria se encerrar às 21:00h, permanecendo no serviço até às 22:00, 22:30h. Seu patrão, porém, nada lhe pagava a mais, alegando que seu cargo era digno de muita confiança e, além disso, era direito seu compensar horas de seus empregados, como bem entendesse, dentro do prazo de dois anos. Salienta, por fim, que há dois meses, houve uma tempestade e a rede elétrica se danificou bastante, levando 10 dias para que fosse retificada. O serviço parou sem a energia e, após esses dez dias, seu patrão passou a exigir dela e de todos os demais empregados 1h a mais de trabalho diário durante aproximadamente um mês para compensar o prejuízo sem nada lhes pagar. Analisando toda a narrativa de Iaçanã, destaque em quais pontos ela está correta ou não. Justifique.
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