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Contabilidade Social e Balanço de Pagamentos

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Contabilidade social - parte I 
 
• Produto Agregado = soma do valor dos bens e 
serviços finais 
• Produto  =  Σ  PiQi 
• Onde: Pi = preço médio do produto i 
• Qi = bem ou serviço final 
• i = bens e serviços finais (i = 1, 2 ... n) e Pi Qi = 
valor da produção do setor i 
A ótica de mensuração do Produto 
1 – Ótica do Produto (Valor Adicionado) 
É o valor bruto da produção menos o consumo de bens 
intermediários 
Exemplo: 
Suponha um país que produza um único bem final 
que seja consumido por seus habitantes: o pão. 
Para produzir pão, no entanto, é necessário 
produzir trigo e farinha. O processo de produção 
pode ser representado a seguir: 
 
 
Produto Valor do 
Produto 
Insumos Valor 
Adicionado 
Trigo 10 0 10 
Farinha 15 10 5 
Pão 20 15 5 
Produto pela Ótica do Valor Adicionado 
 
• O Valor do Produto Agregado é 20 (soma do 
Valor da Produção menos o valor dos insumos 
utilizados em cada etapa do processo de 
produção). 
• Valor da Produção = 45 
• Insumos = 25 
• Valor do Produto = 45 – 25 = 20 
Identidade Contábil 
 
O Produto pode ser mensurado, também, pelas 
óticas da renda e da despesa. 
Na primeira tem-se que o produto é soma de 
todas as remunerações pagas aos fatores de 
produção (salários + aluguéis +juros+lucros). 
 Na segunda, tem-se que o produto é a soma de 
todas as despesas da economia. 
 
 
O cálculo do Produto pelas três óticas (Valor 
Adicionado, Renda e Despesa) deve ser 
idêntico, daí surge a identidade contábil básica 
da economia. 
Produto = Renda = Despesa 
 
 
 Produto Agregado = Despesa Agregada = Renda Agregada 
(valor da produção 
final) 
(despesa com o 
produto) 
(salários + lucros +juros + 
aluguéis) 
 
Supor: i) uma economia fechada e sem 
governo. 
 
Neste caso a despesa é dada por: Y = C+I. 
 
Pela ótica da renda, tem-se que a sociedade pode distribuir sua renda 
da seguinte forma: 
Y = C + S 
Dado que pela identidade contábil básica 
Produto (Y) = Renda = Despesa 
Tem-se que: 
C+S=C+I 
O que nos dá: S=I 
 
Resultado: em uma economia fechada e sem governo, o investimento 
privado é financiado pela poupança privada. 
Supor: i) uma economia fechada e sem 
governo. 
 
Depreciação – parcela do capital consumida a cada período 
produtivo. 
 
Diferenciação de investimento bruto (IB) do Investimento líquido (IL) 
 
IL = IB – depreciação 
 
Conceito de produto : Produto Bruto (PB) e Produto Líquido (PL) 
 
PL = PB – depreciação 
 
 
 
ii) Supondo, agora, uma economia fechada e com 
governo. 
 
Como o G financia as suas atividades? 
 
a)Receitas tributárias => Impostos Diretos (i.e Imposto de renda) e Indiretos (i.e.ICMS). 
b)Receitas Não-Tributárias=> taxas cobradas por prestações de serviços, arrendamentos, 
propriedade, etc. 
c) Outras receitas correntes => taxas, dividendos, ativos mobiliários e imobiliários. 
 
 
Como o G gasta? 
i) Consumo ( custeio, administração pública, pagto de pessoal) 
ii) Investimento ( FBKF, Infra-estrutura) 
iii) Transferências ( previdência social, Bolsa Família) 
iv) Subsídios 
 
 
A despesa será dada por: 
Y = C+I+G. 
Já pela ótica da renda, os indivíduos darão o seguinte destino a sua remuneração: 
Y = C+S+RLG (Tributos) 
 
• Pela identidade básica, tem-se: 
 
Produto = Renda = Despesa 
 
Logo, 
 
C+S+RLG = C+I+G 
S+RLG=I+G 
I=S+(RLG-G) 
 
Resultado: o Investimento será financiado pela poupança 
privada (S) e pela poupança pública (Sg=RLG– G), que é 
a Renda Liquida do Governo, ou os tributos, menos os 
gastos do governo. 
Com a introdução do Governo temos dois 
conceitos de produtos: 
 
i- Produto a preço de mercado (Ppm) 
ii-Produto a custo de fatores (Pcf) 
Iii-Impostos indiretos embutidos nos preços dos bens 
→  Ppm > Pcf 
 Ppm = Pcf + impostos indiretos – subsídios 
iii) Suponha uma economia aberta e com governo. 
Oferta agregada global – produção interna (Y) mais as 
importações (M) 
Demanda agregada global – demanda agregada interna 
mais as exportações 
 
   

interna agregada Demanda interna
 agregada Oferta
global
 agregada Demanda
global
 agregada Oferta
 M -X G I C Y
 X G I C M Y


iii) Suponha uma economia aberta e com 
governo. 
Quando abrimos a economia, o PIB será dado 
pela PNB + RLEE 
Pelo lado da despesa o produto (PIB) é dado 
por: 
Y=C+I+G+(X – M) 
Pelo lado da renda, tem-se: 
Y=C+S+RLG + (RLEE) 
Pela identidade contábil básica tem-se que: 
 
C+I+G+(X - M) = C+S+RLG + (RLEE) 
I+G+(X-M) = S+RLG + (RLEE) 
I = S + (RLG – G) + (RLEE) + (M – X) 
 
Resultado: em uma economia aberta e com governo o 
investimento pode ser financiado pela poupança 
privada, pela poupança do governo e pela poupança 
externa. 
A inclusão do setor externo cria duas medidas do 
produto: 
 
Produto interno ( PI) – Produção cuja renda é gerada 
dentro dos limites do território. 
 
Produto nacional (PN) – Produção cuja renda é de 
propriedade dos residentes do país, 
independentemente de ter sido gerada em outro país. 
Renda líquida enviada ao exterior (RLEE) 
PN = PI - RLEE 
 
Economia aberta com governo – conceitos 
de Produto 
 
 
 
PIBpm = Produto Interno Bruto a preço de mercado; 
PIBcf = Produto Interno Bruto a custo de fatores 
 = PIBpm – impostos indiretos + subsídios; 
PILcf = Produto Interno Líquido a custo de fatores 
 = PIBcf – depreciação; 
PNBpm = Produto Interno Bruto a preço de mercado; 
 = PIBpm – RLEE; 
Conceitos de Renda 
Renda Nacional (RN) 
RN = Produto Nacional Líquido a custo de fatores (PNLcf) 
 
Renda Pessoal (RP) = RN – lucros retidos nas empresas – 
impostos diretos sobre empresas – outras receitas do 
governo + transferências do governo 
 
Renda Pessoal Disponível (RPD) = RP – impostos diretos 
sobre as famílias 
Contabilidade Social - parte II 
 
 O Sistema de Contas Nacionais 
 
O aumento da complexidade da economia faz com que a 
idéia de funcionamento por um fluxo circular 
(simplificada e que não admite vazamentos) não consiga 
representar a dinâmica econômica. 
 
- Objetivos do Sistema de Contabilidade Social => 
mensuração da totalidade econômica nos países. 
 
 
1) Dois principais sistemas de contas 
 
i) Sistema de Contas Nacionais (doravante SCN) – mais difundido! 
ii) Matriz Insumo-Produto 
 
1.1) Sistema de Contas Nacionais 
 
Baseado em 4 contas => (i) Conta de PIB (produção); 
(ii) Conta Renda Nacional Disponível Líquida - apropriação 
(utilização da renda) ; 
(iii) Conta de Transações Correntes com o Resto do Mundo e 
(iv) Conta de Capital - (formação de capital) 
 
Agentes => Famílias, Empresas, Governo e Setor Externo. 
 
 
- Esquema utilizado pela ONU e adotado pelo IBGE (Partidas 
dobradas). 
 
-As atividades produtivas realizadas pelo Governo (estatais) são 
tratadas de forma equivalente às empresas privadas (ambos 
produzem bens e serviços para o mercado). 
 
a) Conta PIB 
 
 
 
 
 
Débito 
Pagamento dos fatos de produção pelas empresas 
Crédito 
Empresas receberam dos agentes que adquiriram bens e 
produtos finais 
Salários Consumo das famílias (Consumo pessoal) 
Excedente Operacional Bruto Consumo do Governo 
Impostos Indiretos FBKF 
(-) Subsídios Variação de Estoques 
 X de bens e serviços não-fatores 
 (-) M de bens e serviços não-fatores 
PIB a preços de mercado Despesa Interna Bruta a preços de mercado 
 
b) Conta Renda Nacional Disponível Líquida 
 
 
 
 
Débito 
Como as famílias e G usam a renda recebida 
Crédito 
Rendas recebidas pelas famílias + G + Resultado 
Líquido dos recebimentos e transferências (exterior). 
Consumo das famílias Salários 
Consumo dos G Excedente Operacional Bruto 
Saldo = Poupança Interna Impostos Indiretos 
 (-) Subsídios 
 (-) Depreciação 
 (-) Renda enviada ao exterior 
 Renda recebida do exterior 
Utilização da RNDL Apropriação da RNDL 
 
c) Conta de Transações Correntes com o Resto do Mundo 
 
 
 
Débito 
Gastos de não–residentes com bens e serviços 
produzidos internamente(X de não fatores), rendas e 
donativos recebidos, poupança externa. 
Crédito 
Compras por não-residentes (M de não fatores), 
pagamentos e transferências pagas aos não residentes 
(rendas e donativos enviados ao exterior). 
X de bens e serviços de não-fatores M de bens e serviços de não-fatores 
Renda recibida do Exterior Renda enviada ao exterior 
Saldo = Poupança Externa 
Utilização dos recebimentos correntes Recebimentos correntes 
 
d) Conta de Capital 
 
 
 
Débito 
Gastos com FBKF 
Crédito 
Recursos para Investimento (Poupança dos agentes) 
Investimentos em Bens de Capital Poupança Interna 
Variação de Estoques Poupança Externa 
(-) Depreciação 
Total da formação de capital Financiamento da Formação de Capital 
 
 - Conta Complementar do Governo => discrimina a participação do G na geração 
de renda e produto (C do G, Impostos Indiretos e subsídios); transferências ao 
setor privado e exterior; impostos diretos; contribuições previdenciárias; juros da 
dívida. 
 
 
 
 
Débito 
 
Crédito 
 
Consumo final das administrações públicas (ws, 
encargos, compras de bens e serviços) 
Impostos indiretos 
Subsídios Impostos diretos 
Transferências de assistência e previdência Outras receitas correntes líquidas do G 
Juros da dívida pública Total da Receita Corrente 
Saldo= Poupança em conta corrente do G 
Utilização da Receita Corrente Total de Receita Corrente 
 
OBS=> Para detalhamento do Sistema de Contas Nacionais ver o site do IBGE = > 
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/default_SCN.shtm 
Contabilidade Social Contabilidade Social –– parte 4parte 4
4 - O Sistema de Contas Nacionais
O aumento da complexidade da economia faz com que a 
idéia de funcionamento por um fluxo circular 
(simplificada e que não admite vazamentos) não consiga 
representar a dinâmica econômica. 
- Quais os objetivos do Sistema de Contabilidade Social ?
4.1) Dois principais sistemas de contas 
i) Sistema de Contas Nacionais (doravante SCN) –mais difundido!
ii) Matriz Insumo-Produto 
4.1.1) Sistema de Contas Nacionais
Baseado em 4 contas => (i) Conta de PIB (produção); 
(ii) Conta Renda Nacional Disponível Líquida - apropriação 
(utilização da renda) ; 
(iii) Conta de Transações Correntes com o Resto do Mundo e 
(iv) Conta de Capital - (formação de capital) 
Agentes => Famílias, Empresas, Governo e Setor Externo.
- Esquema utilizado pela ONU e adotado pelo IBGE (Partidas 
dobradas). 
-As atividades produtivas realizadas pelo Governo (estatais) são 
tratadas de forma equivalente às empresas privadas (ambos 
produzem bens e serviços para o mercado).
a) Conta PIB 
Débito 
Pagamento dos fatos de produção pelas empresas 
Crédito 
Empresas receberam dos agentes que adquiriram bens e 
produtos finais 
Salários Consumo das famílias (Consumo pessoal) 
Excedente Operacional Bruto Consumo do Governo 
Impostos Indiretos FBKF 
(-) Subsídios Variação de Estoques 
 X de bens e serviços não-fatores 
 (-) M de bens e serviços não-fatores 
PIB a preços de mercado Despesa Interna Bruta a preços de mercado 
 
b) Conta Renda Nacional Disponível Líquida
Débito 
Como as famílias e G usam a renda recebida 
Crédito 
Rendas recebidas pelas famílias + G + Resultado 
Líquido dos recebimentos e transferências (exterior). 
Consumo das famílias Salários 
Consumo dos G Excedente Operacional Bruto 
Saldo = Poupança Interna Impostos Indiretos 
 (-) Subsídios 
 (-) Depreciação 
 (-) Renda enviada ao exterior 
 Renda recebida do exterior 
Utilização da RNDL Apropriação da RNDL 
 
c) Conta de Transações Correntes com o Resto do Mundo
Débito 
Gastos de não–residentes com bens e serviços 
produzidos internamente (X de não fatores), rendas e 
donativos recebidos, poupança externa. 
Crédito 
Compras por não-residentes (M de não fatores), 
pagamentos e transferências pagas aos não residentes 
(rendas e donativos enviados ao exterior). 
X de bens e serviços de não-fatores M de bens e serviços de não-fatores 
Renda recibida do Exterior Renda enviada ao exterior 
Saldo = Poupança Externa 
Utilização dos recebimentos correntes Recebimentos correntes 
 
d) Conta de Capital
Débito 
Gastos com FBKF 
Crédito 
Recursos para Investimento (Poupança dos agentes) 
Investimentos em Bens de Capital Poupança Interna 
Variação de Estoques Poupança Externa 
(-) Depreciação 
Total da formação de capital Financiamento da Formação de Capital 
 
- Conta Complementar do Governo => discrimina a participação do G na geração 
de renda e produto (C do G, Impostos Indiretos e subsídios); transferências ao 
setor privado e exterior; impostos diretos; contribuições previdenciárias; juros da 
dívida.
Débito 
 
Crédito 
 
Consumo final das administrações públicas (ws, 
encargos, compras de bens e serviços) 
Impostos indiretos 
Subsídios Impostos diretos 
Transferências de assistência e previdência Outras receitas correntes líquidas do G 
Juros da dívida pública Total da Receita Corrente 
Saldo= Poupança em conta corrente do G 
Utilização da Receita Corrente Total de Receita Corrente 
 
* Poupança do Governo, do setor privado e interna.
Poupança interna = saldo da RNDL (não discrimina poupança do G e privada).
Poupança do setor privado = Poupança interna – poupança do G (saldo da conta 
corrente da administração pública)
Poupança do Governo* não deve ser associada ao déficit ou superávit primário do G**!!!
*Refere-se às transações correntes (ou despesas de custeio e não inclui os gastos do setor 
público em bens de k)
**Inclui todas as transações do setor público (exceto juros nominas da dívida pública).
Para detalhamento do Sistema de Contas Nacionais ver o site do IBGE = > 
http:/ /www.ibge.gov.br/home/estatistica / indicadores/pib/default_SCN.shtm
1. Nova série do SCN brasileiro
A série do SCN caracteriza-se pela amplitude das atualizações introduzidas 
realiza cujo sistema sistema passa a ser referenciado por fontes anuais que 
fornecem dados a preços correntes e, desta forma, estabelecem um marco 
que permite controlar a evolução das série do SCN, evitando vieses 
característicos do uso de índices de volume e preço por períodos 
demasiado longos (“nova série das contas nacionais – referência 2000”). 
A série das contas nacionais divulgada em março de 2007 incorpora :
i) Nova classificação de produtos e atividades integrada com a CNAE.
ii ) Dados das pesquisas anuais contínuas realizadas pelo IBGE: Pesquisa 
Anual da Indústria (PIA), Pesquisa Anual de Serviços (PAS), Pesquisa 
Anual de Comércio (PAC) e Pesquisa Anual da Indústria da Construção 
(PAIC). Os resultados destas pesquisas foram integrados no SCN como 
referência para os valores correntes da parcela da produção coberta por 
estas pesquisas.
iii ) Dados da declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ) para
complementar o universo e para a construção das contas das empresas.
iv ) Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2002 como referência 
para o consumo das famílias.
v ) Uso de software específico para contas nacionais permitindo a articulação 
direta entre as operações de bens e serviços e setores institucionais .
vi ) Desagregação dos trabalhos por modo de produção o que possibilita a 
realização de estimativas considerando determinadas características das 
unidades produtivas.
vi i) Desenvolvimento da metodologia de cálculo do consumo de capital fixo 
pelas Administrações Públicas e Instituições Privadas sem Fins de Lucro 
tornando com isso possível estimar seus valores de produção brutos.
viii) Distribuição dos Serviços de Intermediação Financeira Indiretamente 
Medidos pelos utilizadores
ix ) Atualização das metodologias de cálculo de índices de volume.
Atividades econômicas que não fazem parte do âmbito das pesquisas do IBGE
- Eletricidade, gás e água quente
- Captação, tratamento e distribuição de água
- Transporte regular em bondes, funiculares, teleféricos ou trens próprios para
exploração de pontos turísticos
- Transporte dutoviário (transporte de petróleo, gás natural, etc)- Transporte espacial
- Condomínios prediais
- Outras atividades de informática
- Pesquisa e desenvolvimento das ciências físicas e naturais
- Educação
- Saúde
- Atividades associativas
- Atividades de biblioteca
- Serviços domésticos
- Organismos internacionais
Dados conjunturais => Carta de Conjuntura do IPEA
(http:/ /agencia.ipea.gov.br/ images/stories/PDFs/conjuntura /cc12_nivelatividade.pdf) 
Produto Interno Bruto (PIB) => registro de crescimento de 0,7% na passagem entre o 
terceiro e o quarto trimestres de 2010.
-Forte dinamismo devido à absorção interna (consumo das famílias + G + FBKF). Sinais 
de arrefecimento (queda na taxa de FBKF). Está passando o efeito de políticas 
governamentais ant i-cíclicas (expansão do mercado de traba lho, crescimento do crédito, 
isenções fiscais quanto os programas de transferências de renda, que deram um 
impulso ainda maior no consumo privado). 
-Além disso, já antevendo a retirada de a lguns destes estímulos, os agentes acabaram 
antecipando algumas decisões de consumo para o primeiro trimestre de 2010, o que 
serviu para aumentar ainda mais a demanda naquele período.
-Apesar do dinamismo na demanda interna (impulsionada pelo bom desempenho do 
comércio varejista e do mercado de trabalho), a produção industrial permaneceu 
estagnada durante todo o 2º semestre de 2010 (resquício de estoques + crescente 
entrada de insumos importados em vários níveis da cadeia produtiva, estimulada pelo 
nível excessivo de apreciação da taxa de câmbio). 
- descolamento das expectativas de inflação futura em relação à meta, levou a 
autoridade monetária a adotar medidas para refrear o ritmo da demanda.
E as expectativas para 2011?
-O ritmo de crescimento da demanda interna, particularmente do consumo das famílias, 
sofra rápida desaceleração ainda não foi corroborada pelos indicadores de atividade que 
antecipam os resultados do primeiro trimestre.
-Encarecimento do crédito + encurtamento dos prazos afetou alguns setores, como foi o
caso das vendas de veículos em janeiro, no entanto, os níveis de confiança dos agentes 
ainda se encontram em patamares elevados, mantendo, dessa forma, os estímulos ao 
consumo. Grande parte da confiança dos agentes pode ser explicada pelo desempenho do 
mercado de trabalho, que continua apresentando forte dinamismo, especialmente na 
categoria de emprego formal. Já pelo lado da oferta, a produção industrial, embora 
continue sofrendo as restrições impostas por uma taxa de câmbio apreciada. 
*************Fatores de influência positiva na economia => 
1) Sustentação do poder de compra da parcela de consumidores de baixa renda, em função do 
aumento do salário mínimo e da manutenção dos programas de transferência de renda, como o 
Bolsa Família e o Seguro Desemprego. 
2) Forte dinamismo ainda presente no mercado de trabalho, com destaque especial para a 
criação de vagas formais de emprego, fator este que, além de remunerar melhor e aumentar o 
contingente de consumidores com acesso 
ao crédito, gera mais estabilidade nos movimentos cíclicos da população ocupada, uma vez que 
as demissões tornam-se mais custosas ao empregador. 
3) Manutenção da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES) como um dos principais instrumentos do governo 
para disponibilizar aos empresários linhas de crédito a menores taxas e 
melhores condições.
4) Incentivos à construção civil, provenientes dos efeitos posit ivos associados aos 
projetos demandados pelos eventos esportivos a serem realizados no país (Copa 
do Mundo e Olimpíadas) e pelo pré-sal.
5) Ampliação dos programas de desoneração da atividade industrial voltada para 
exportação como, por exemplo, o drawback, que consiste em desonerar a 
aquisição de insumos naciona is ou importados utilizados na fabricação 
de bens para exportação. 
6) Boas perspectivas para o comportamento dos preços internacionais de 
commodities, gerando um impacto positivo no nível geral de preços das 
exportações brasileiras. 
7) O cenário mundial benigno, embora existam algumas incertezas no horizonte. 
Espera-se uma recuperação mais consistente das economias desenvolvidas, 
particularmente a dos Estados Unidos e a dos países europeus, 
gerando boas perspectivas para o comportamento da demanda mundial. A 
despeito disso, os chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) continuarão 
liderando o crescimento mundial. No entanto, este cenário poderia 
ser negativamente afetado pelos possíveis efeitos da crise no Japão, cujos 
desdobramentos ainda são incertos.
*************Fatores com influência negativa na economia
1) A manutenção do vazamento externo, est imulado por uma demanda interna 
crescendo acima do produto e, principalmente, por uma taxa de câmbio 
apreciada. 
2) O aumento das taxas de inflação corrente gerando um impacto negativo no 
poder aquisitivo da população. 
3) A deterioração do cenário de inflação deflagrou a adoção das chamadas 
medidas macroprudenciais, com o objetivo de reduzir a liquidez e inibir a 
expansão do crédito, assim como o início de um ciclo de aperto da taxa 
básica de juros, que deve exercer um efeito redutor sobre a demanda agregada 
durante o ano de 2011. 
4) O ajuste fiscal traduzido no anúncio de um corte de R$ 50 bilhões no 
Orçamento da União em 2011 tende a reduzir o ritmo da economia. 
5) Os recentes conflitos no Oriente Médio e na região Norte da África, 
envolvendo importantes países produtores de petróleo podem acarretar um 
aumento dos preços internacionais do produto, gerando pressões inflacionárias 
em diversos países. 
6) A crise no Japão provocada pelos desastres naturais é ma is um ponto de 
incerteza afetando as perspectivas para o cenário mundial. Seus possíveis 
desdobramentos podem gerar efeitos negativos sobre o PIB mundial, sobre 
os preços das commodities e sobre os mercados financeiros internacionais. 
O BalanO Balançço de Pagamentoso de Pagamentos
(Referência Vasconcelos (Referência Vasconcelos etet alal, 2010, 3, 2010, 3ªª ediediçção)ão)
“No primeiro trimestre, houve déficit de US$ 14,631 bilhões, ou 2,61% do Produto 
Interno Bruto (PIB). Em mesmo período de 2010, o resultado negativo era menor, de 
US$ 11,949 bilhões.
Nos 12 meses até março, o déficit em conta corrente foi de US$ 50,047 bilhões, o 
correspondente a 2,33% do PIB. Nos 12 meses imediatamente antecedentes, esse 
resultado era negativo em US$ 49,388 bilhões, ou 2,32% do PIB.
Os números abrangem dados da balança comercial, da conta de serviços e das 
transferências unilaterais do país. A conta de transações correntes mensura o 
desempenho das compras e vendas de bens e serviços de um país com o exterior.
(...)
Em fevereiro, o déficit na conta corrente foi consequência de resultado negativo de 
US$ 7,433 bilhões na conta de serviços e rendas. Na ba lança comercial, houve 
superávit de US$ 1,552 bilhão. Foi verificado ainda ingresso de US$ 204 milhões nas 
transferências unilaterais correntes”.
(“Conta corrente naciona l tem déficit de US$ 5,67 bilhões em março” . Por Azelma
Rodrigues | Valor Econômico) – 26/04/2011.
“No primeiro trimestre, houve déficit de US$ 14,631 bilhões, ou 2,61% do Produto 
Interno Bruto (PIB). Em mesmo período de 2010, o resultado negativo era menor, de 
US$ 11,949 bilhões.
Nos 12 meses até março, o o ddéé ficit em conta corrente foi de US$ 50,047 bilhõesficit em conta corrente foi de US$ 50,047 bilhões, o , o 
correspondente a 2,33% do PIB. Nos 12 meses imediatamente antecedentes, esse 
resultado era negativo em US$ 49,388 bilhões, ou 2,32% do PIB.
Os números abrangem dados da balança comercial, da conta de serviços e das 
transferências unilaterais do país. A conta de transações correntes mensura o 
desempenho das compras e vendas de bens e serviços de um país com o exterior.
(...)
Em fevereiro, o déficit na conta corrente foi consequência de resultado negativo de 
US$ 7,433 bilhões na conta de serviços e rendas. Na ba lança comercial, houve 
superávit de US$ 1,552 bilhão. Foi verificado ainda ingresso de US$204 milhões nas 
transferências unilaterais correntes”.
(“Conta corrente naciona l tem déficit de US$ 5,67 bilhões em março” . Por Azelma
Rodrigues | Valor Econômico) – 26/04/2011.
O que O que éé??
O Balanço de pagamentos de um país resume contabilmente 
as transações de um país com o resto do mundo. 
Quem o elabora?Quem o elabora?
No Brasil é o Banco Central do Brasil (BACEN). Desde 2001 o BP 
segue a 5ª edição do Manual do Balanço de Pgtos do FMI. 
O que considera?O que considera?
Registra as transações efetuadas entre residentes e no 
país e em outras nações. 
MMéétodo das partidas dobradas:todo das partidas dobradas:
A transação que cria um direito => crédito
A transação que cria uma obrigação => débito
Crédito Débito
X de bens e serviços M de bens e serviços
Recebimento de doações e indenizações de estrangeiros Pagto de doações e indenizações de estrangeiros
Recebimento de empréstimos de estrangeiros Reembolso de K a estrangeiro
Recebimento de reembolso de k estrangeiro Compra de ativos de estrangeiros
Venda de ativos para estrangeiros Pagto de fretes
Recebimento de fretes
Estrutura do BalanEstrutura do Balançço de Pagamentos o de Pagamentos 
Dois conjuntos de contasDois conjuntos de contas
i) Contas de transação autônomas => motivada pelos 
interesses dos agentes. (Contas dos itens A e B)
ii) Contas Compensatórias => usadas para financiamento 
do saldo final das transações autônomas. Conta de 
ajuste para “zerar” o BP. (Conta D – variação de 
reservas – que financia o saldo de A, B, C). 
Obs = Como o BP “tem que zerar”, na prática, por saldo devedor do 
balanço de pagamentos refere-se a saldo devedor na balança de 
transações correntes ou na balança de capitais e não no balanço de 
pagamentos como um todo.
Detalhamento das contasDetalhamento das contas
Conta Definição Observação
Balanço de transações 
correntes
(Total de X - M) - Saldo 
de Transações 
Unilaterais 
Se + => país recebe recursos 
que podem ser utilizados para 
pagto de dívidas ou aumento 
de reservas. 
Se - => implica a necessidade 
de contrair empréstimo para se 
financiar, diminuir as reservas, 
aumento do controle 
estrangeiro sobre o país.
Obs => Déficit nas transações correntes = Poupança Externa do país
Em termos reais, há maior absorção de recursos do resto do mundo. 
Conta Definição Observação
Balança Comercial (Total de X - M) 
Se + => superávit da BC
Se - => déficit da BC
Obs
-Exportações e Importações FOB (free on board) => acrescentam as 
despesas incorridas no valor das mercadorias até o embarque da mesma.
-Exportações e Importações CIF (Cost, insurance, freight) => custo, seguro e 
frete são acrescentados ao valor da mercadoria até o seu destino (em termos 
do BP, são considerados este tipo porque despesas com fretes e seguros 
estão incluídas na Balança de serviços!) 
O que determina o saldo da BC? A renda do resto do mundo, a 
taxa de câmbio e os termos de troca.
Conta Definição Observação
Conta de serviços e rendas
Negociação internacional dos bens 
intangíveis e rendimentos de 
investimentos
Subcontas
Transporte e seguros Saldo das receitas e despesas dos fretes e prêmios de seguros efetuados
Viagens internacionais Saldo das receitas e despesas com turistas
Rendas de Capital Rendimentos de capital auferidos ou pagos pelos país
Inclui juros pagos e recebidos 
no exterior, lucros das 
matrizes de transnacionais, 
lucros enviados por empresas 
nacionais ao exterior. 
Diversos Saldo das receitas e despesas dos fretes e prêmios de seguros efetuados
Saldos diversos. Ex. gastos 
com diplomacia no exterior, 
transferências dos outros 
países para relações 
diplomáticas no Brasil, 
royalties, patentes, etc
Transferências Unilaterais 
(Donativos)
Sem contrapartida de um país para outro
Ex. remessa de empregados 
migrantes para o país de 
origem e doações 
governamentais
Conta Definição Observação
Conta Capital e Financeira
Modificação de direitos e 
obrigações de residentes 
para não-residentes no país
Subcontas
Conta de Capital
Transferências Unilaterais 
relativas ao patrimônio de 
migrantes internacionais + 
bens não-financeiros não 
produzidos (assim como 
marcas e patentes)
Conta Financeira*
(Principa l conta nesta parte do 
balanço!!)
Fluxo com ativos e passivos 
financeiros (IED e em 
carteira) + Investimentos 
de residentes no país no 
exterior
Ex. IED, Investimento em 
carteira, Derivativos e outros 
Investimentos. 
Erros e Omissões Conta residual => equívoco de informações contábeis
(+) Balanço de Transações Correntes
(+) Conta Capital e Financeira
(+)Erros e Omissões
Saldo do Balanço de Pagamentos
A contrapartida do saldo do BP é feita com a conta D 
(Transações Compensatórias ou Variação de reservas) 
(É comum constar nesta conta compensatória os 
chamados “atrasados”, ou seja, quando o país não 
consegue cobrir com empréstimos os saldos negativos, 
nem reservas, nem crédito junto ao FMI)

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