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Contabilidade social - parte I • Produto Agregado = soma do valor dos bens e serviços finais • Produto = Σ PiQi • Onde: Pi = preço médio do produto i • Qi = bem ou serviço final • i = bens e serviços finais (i = 1, 2 ... n) e Pi Qi = valor da produção do setor i A ótica de mensuração do Produto 1 – Ótica do Produto (Valor Adicionado) É o valor bruto da produção menos o consumo de bens intermediários Exemplo: Suponha um país que produza um único bem final que seja consumido por seus habitantes: o pão. Para produzir pão, no entanto, é necessário produzir trigo e farinha. O processo de produção pode ser representado a seguir: Produto Valor do Produto Insumos Valor Adicionado Trigo 10 0 10 Farinha 15 10 5 Pão 20 15 5 Produto pela Ótica do Valor Adicionado • O Valor do Produto Agregado é 20 (soma do Valor da Produção menos o valor dos insumos utilizados em cada etapa do processo de produção). • Valor da Produção = 45 • Insumos = 25 • Valor do Produto = 45 – 25 = 20 Identidade Contábil O Produto pode ser mensurado, também, pelas óticas da renda e da despesa. Na primeira tem-se que o produto é soma de todas as remunerações pagas aos fatores de produção (salários + aluguéis +juros+lucros). Na segunda, tem-se que o produto é a soma de todas as despesas da economia. O cálculo do Produto pelas três óticas (Valor Adicionado, Renda e Despesa) deve ser idêntico, daí surge a identidade contábil básica da economia. Produto = Renda = Despesa Produto Agregado = Despesa Agregada = Renda Agregada (valor da produção final) (despesa com o produto) (salários + lucros +juros + aluguéis) Supor: i) uma economia fechada e sem governo. Neste caso a despesa é dada por: Y = C+I. Pela ótica da renda, tem-se que a sociedade pode distribuir sua renda da seguinte forma: Y = C + S Dado que pela identidade contábil básica Produto (Y) = Renda = Despesa Tem-se que: C+S=C+I O que nos dá: S=I Resultado: em uma economia fechada e sem governo, o investimento privado é financiado pela poupança privada. Supor: i) uma economia fechada e sem governo. Depreciação – parcela do capital consumida a cada período produtivo. Diferenciação de investimento bruto (IB) do Investimento líquido (IL) IL = IB – depreciação Conceito de produto : Produto Bruto (PB) e Produto Líquido (PL) PL = PB – depreciação ii) Supondo, agora, uma economia fechada e com governo. Como o G financia as suas atividades? a)Receitas tributárias => Impostos Diretos (i.e Imposto de renda) e Indiretos (i.e.ICMS). b)Receitas Não-Tributárias=> taxas cobradas por prestações de serviços, arrendamentos, propriedade, etc. c) Outras receitas correntes => taxas, dividendos, ativos mobiliários e imobiliários. Como o G gasta? i) Consumo ( custeio, administração pública, pagto de pessoal) ii) Investimento ( FBKF, Infra-estrutura) iii) Transferências ( previdência social, Bolsa Família) iv) Subsídios A despesa será dada por: Y = C+I+G. Já pela ótica da renda, os indivíduos darão o seguinte destino a sua remuneração: Y = C+S+RLG (Tributos) • Pela identidade básica, tem-se: Produto = Renda = Despesa Logo, C+S+RLG = C+I+G S+RLG=I+G I=S+(RLG-G) Resultado: o Investimento será financiado pela poupança privada (S) e pela poupança pública (Sg=RLG– G), que é a Renda Liquida do Governo, ou os tributos, menos os gastos do governo. Com a introdução do Governo temos dois conceitos de produtos: i- Produto a preço de mercado (Ppm) ii-Produto a custo de fatores (Pcf) Iii-Impostos indiretos embutidos nos preços dos bens → Ppm > Pcf Ppm = Pcf + impostos indiretos – subsídios iii) Suponha uma economia aberta e com governo. Oferta agregada global – produção interna (Y) mais as importações (M) Demanda agregada global – demanda agregada interna mais as exportações interna agregada Demanda interna agregada Oferta global agregada Demanda global agregada Oferta M -X G I C Y X G I C M Y iii) Suponha uma economia aberta e com governo. Quando abrimos a economia, o PIB será dado pela PNB + RLEE Pelo lado da despesa o produto (PIB) é dado por: Y=C+I+G+(X – M) Pelo lado da renda, tem-se: Y=C+S+RLG + (RLEE) Pela identidade contábil básica tem-se que: C+I+G+(X - M) = C+S+RLG + (RLEE) I+G+(X-M) = S+RLG + (RLEE) I = S + (RLG – G) + (RLEE) + (M – X) Resultado: em uma economia aberta e com governo o investimento pode ser financiado pela poupança privada, pela poupança do governo e pela poupança externa. A inclusão do setor externo cria duas medidas do produto: Produto interno ( PI) – Produção cuja renda é gerada dentro dos limites do território. Produto nacional (PN) – Produção cuja renda é de propriedade dos residentes do país, independentemente de ter sido gerada em outro país. Renda líquida enviada ao exterior (RLEE) PN = PI - RLEE Economia aberta com governo – conceitos de Produto PIBpm = Produto Interno Bruto a preço de mercado; PIBcf = Produto Interno Bruto a custo de fatores = PIBpm – impostos indiretos + subsídios; PILcf = Produto Interno Líquido a custo de fatores = PIBcf – depreciação; PNBpm = Produto Interno Bruto a preço de mercado; = PIBpm – RLEE; Conceitos de Renda Renda Nacional (RN) RN = Produto Nacional Líquido a custo de fatores (PNLcf) Renda Pessoal (RP) = RN – lucros retidos nas empresas – impostos diretos sobre empresas – outras receitas do governo + transferências do governo Renda Pessoal Disponível (RPD) = RP – impostos diretos sobre as famílias Contabilidade Social - parte II O Sistema de Contas Nacionais O aumento da complexidade da economia faz com que a idéia de funcionamento por um fluxo circular (simplificada e que não admite vazamentos) não consiga representar a dinâmica econômica. - Objetivos do Sistema de Contabilidade Social => mensuração da totalidade econômica nos países. 1) Dois principais sistemas de contas i) Sistema de Contas Nacionais (doravante SCN) – mais difundido! ii) Matriz Insumo-Produto 1.1) Sistema de Contas Nacionais Baseado em 4 contas => (i) Conta de PIB (produção); (ii) Conta Renda Nacional Disponível Líquida - apropriação (utilização da renda) ; (iii) Conta de Transações Correntes com o Resto do Mundo e (iv) Conta de Capital - (formação de capital) Agentes => Famílias, Empresas, Governo e Setor Externo. - Esquema utilizado pela ONU e adotado pelo IBGE (Partidas dobradas). -As atividades produtivas realizadas pelo Governo (estatais) são tratadas de forma equivalente às empresas privadas (ambos produzem bens e serviços para o mercado). a) Conta PIB Débito Pagamento dos fatos de produção pelas empresas Crédito Empresas receberam dos agentes que adquiriram bens e produtos finais Salários Consumo das famílias (Consumo pessoal) Excedente Operacional Bruto Consumo do Governo Impostos Indiretos FBKF (-) Subsídios Variação de Estoques X de bens e serviços não-fatores (-) M de bens e serviços não-fatores PIB a preços de mercado Despesa Interna Bruta a preços de mercado b) Conta Renda Nacional Disponível Líquida Débito Como as famílias e G usam a renda recebida Crédito Rendas recebidas pelas famílias + G + Resultado Líquido dos recebimentos e transferências (exterior). Consumo das famílias Salários Consumo dos G Excedente Operacional Bruto Saldo = Poupança Interna Impostos Indiretos (-) Subsídios (-) Depreciação (-) Renda enviada ao exterior Renda recebida do exterior Utilização da RNDL Apropriação da RNDL c) Conta de Transações Correntes com o Resto do Mundo Débito Gastos de não–residentes com bens e serviços produzidos internamente(X de não fatores), rendas e donativos recebidos, poupança externa. Crédito Compras por não-residentes (M de não fatores), pagamentos e transferências pagas aos não residentes (rendas e donativos enviados ao exterior). X de bens e serviços de não-fatores M de bens e serviços de não-fatores Renda recibida do Exterior Renda enviada ao exterior Saldo = Poupança Externa Utilização dos recebimentos correntes Recebimentos correntes d) Conta de Capital Débito Gastos com FBKF Crédito Recursos para Investimento (Poupança dos agentes) Investimentos em Bens de Capital Poupança Interna Variação de Estoques Poupança Externa (-) Depreciação Total da formação de capital Financiamento da Formação de Capital - Conta Complementar do Governo => discrimina a participação do G na geração de renda e produto (C do G, Impostos Indiretos e subsídios); transferências ao setor privado e exterior; impostos diretos; contribuições previdenciárias; juros da dívida. Débito Crédito Consumo final das administrações públicas (ws, encargos, compras de bens e serviços) Impostos indiretos Subsídios Impostos diretos Transferências de assistência e previdência Outras receitas correntes líquidas do G Juros da dívida pública Total da Receita Corrente Saldo= Poupança em conta corrente do G Utilização da Receita Corrente Total de Receita Corrente OBS=> Para detalhamento do Sistema de Contas Nacionais ver o site do IBGE = > http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/default_SCN.shtm Contabilidade Social Contabilidade Social –– parte 4parte 4 4 - O Sistema de Contas Nacionais O aumento da complexidade da economia faz com que a idéia de funcionamento por um fluxo circular (simplificada e que não admite vazamentos) não consiga representar a dinâmica econômica. - Quais os objetivos do Sistema de Contabilidade Social ? 4.1) Dois principais sistemas de contas i) Sistema de Contas Nacionais (doravante SCN) –mais difundido! ii) Matriz Insumo-Produto 4.1.1) Sistema de Contas Nacionais Baseado em 4 contas => (i) Conta de PIB (produção); (ii) Conta Renda Nacional Disponível Líquida - apropriação (utilização da renda) ; (iii) Conta de Transações Correntes com o Resto do Mundo e (iv) Conta de Capital - (formação de capital) Agentes => Famílias, Empresas, Governo e Setor Externo. - Esquema utilizado pela ONU e adotado pelo IBGE (Partidas dobradas). -As atividades produtivas realizadas pelo Governo (estatais) são tratadas de forma equivalente às empresas privadas (ambos produzem bens e serviços para o mercado). a) Conta PIB Débito Pagamento dos fatos de produção pelas empresas Crédito Empresas receberam dos agentes que adquiriram bens e produtos finais Salários Consumo das famílias (Consumo pessoal) Excedente Operacional Bruto Consumo do Governo Impostos Indiretos FBKF (-) Subsídios Variação de Estoques X de bens e serviços não-fatores (-) M de bens e serviços não-fatores PIB a preços de mercado Despesa Interna Bruta a preços de mercado b) Conta Renda Nacional Disponível Líquida Débito Como as famílias e G usam a renda recebida Crédito Rendas recebidas pelas famílias + G + Resultado Líquido dos recebimentos e transferências (exterior). Consumo das famílias Salários Consumo dos G Excedente Operacional Bruto Saldo = Poupança Interna Impostos Indiretos (-) Subsídios (-) Depreciação (-) Renda enviada ao exterior Renda recebida do exterior Utilização da RNDL Apropriação da RNDL c) Conta de Transações Correntes com o Resto do Mundo Débito Gastos de não–residentes com bens e serviços produzidos internamente (X de não fatores), rendas e donativos recebidos, poupança externa. Crédito Compras por não-residentes (M de não fatores), pagamentos e transferências pagas aos não residentes (rendas e donativos enviados ao exterior). X de bens e serviços de não-fatores M de bens e serviços de não-fatores Renda recibida do Exterior Renda enviada ao exterior Saldo = Poupança Externa Utilização dos recebimentos correntes Recebimentos correntes d) Conta de Capital Débito Gastos com FBKF Crédito Recursos para Investimento (Poupança dos agentes) Investimentos em Bens de Capital Poupança Interna Variação de Estoques Poupança Externa (-) Depreciação Total da formação de capital Financiamento da Formação de Capital - Conta Complementar do Governo => discrimina a participação do G na geração de renda e produto (C do G, Impostos Indiretos e subsídios); transferências ao setor privado e exterior; impostos diretos; contribuições previdenciárias; juros da dívida. Débito Crédito Consumo final das administrações públicas (ws, encargos, compras de bens e serviços) Impostos indiretos Subsídios Impostos diretos Transferências de assistência e previdência Outras receitas correntes líquidas do G Juros da dívida pública Total da Receita Corrente Saldo= Poupança em conta corrente do G Utilização da Receita Corrente Total de Receita Corrente * Poupança do Governo, do setor privado e interna. Poupança interna = saldo da RNDL (não discrimina poupança do G e privada). Poupança do setor privado = Poupança interna – poupança do G (saldo da conta corrente da administração pública) Poupança do Governo* não deve ser associada ao déficit ou superávit primário do G**!!! *Refere-se às transações correntes (ou despesas de custeio e não inclui os gastos do setor público em bens de k) **Inclui todas as transações do setor público (exceto juros nominas da dívida pública). Para detalhamento do Sistema de Contas Nacionais ver o site do IBGE = > http:/ /www.ibge.gov.br/home/estatistica / indicadores/pib/default_SCN.shtm 1. Nova série do SCN brasileiro A série do SCN caracteriza-se pela amplitude das atualizações introduzidas realiza cujo sistema sistema passa a ser referenciado por fontes anuais que fornecem dados a preços correntes e, desta forma, estabelecem um marco que permite controlar a evolução das série do SCN, evitando vieses característicos do uso de índices de volume e preço por períodos demasiado longos (“nova série das contas nacionais – referência 2000”). A série das contas nacionais divulgada em março de 2007 incorpora : i) Nova classificação de produtos e atividades integrada com a CNAE. ii ) Dados das pesquisas anuais contínuas realizadas pelo IBGE: Pesquisa Anual da Indústria (PIA), Pesquisa Anual de Serviços (PAS), Pesquisa Anual de Comércio (PAC) e Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC). Os resultados destas pesquisas foram integrados no SCN como referência para os valores correntes da parcela da produção coberta por estas pesquisas. iii ) Dados da declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ) para complementar o universo e para a construção das contas das empresas. iv ) Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2002 como referência para o consumo das famílias. v ) Uso de software específico para contas nacionais permitindo a articulação direta entre as operações de bens e serviços e setores institucionais . vi ) Desagregação dos trabalhos por modo de produção o que possibilita a realização de estimativas considerando determinadas características das unidades produtivas. vi i) Desenvolvimento da metodologia de cálculo do consumo de capital fixo pelas Administrações Públicas e Instituições Privadas sem Fins de Lucro tornando com isso possível estimar seus valores de produção brutos. viii) Distribuição dos Serviços de Intermediação Financeira Indiretamente Medidos pelos utilizadores ix ) Atualização das metodologias de cálculo de índices de volume. Atividades econômicas que não fazem parte do âmbito das pesquisas do IBGE - Eletricidade, gás e água quente - Captação, tratamento e distribuição de água - Transporte regular em bondes, funiculares, teleféricos ou trens próprios para exploração de pontos turísticos - Transporte dutoviário (transporte de petróleo, gás natural, etc)- Transporte espacial - Condomínios prediais - Outras atividades de informática - Pesquisa e desenvolvimento das ciências físicas e naturais - Educação - Saúde - Atividades associativas - Atividades de biblioteca - Serviços domésticos - Organismos internacionais Dados conjunturais => Carta de Conjuntura do IPEA (http:/ /agencia.ipea.gov.br/ images/stories/PDFs/conjuntura /cc12_nivelatividade.pdf) Produto Interno Bruto (PIB) => registro de crescimento de 0,7% na passagem entre o terceiro e o quarto trimestres de 2010. -Forte dinamismo devido à absorção interna (consumo das famílias + G + FBKF). Sinais de arrefecimento (queda na taxa de FBKF). Está passando o efeito de políticas governamentais ant i-cíclicas (expansão do mercado de traba lho, crescimento do crédito, isenções fiscais quanto os programas de transferências de renda, que deram um impulso ainda maior no consumo privado). -Além disso, já antevendo a retirada de a lguns destes estímulos, os agentes acabaram antecipando algumas decisões de consumo para o primeiro trimestre de 2010, o que serviu para aumentar ainda mais a demanda naquele período. -Apesar do dinamismo na demanda interna (impulsionada pelo bom desempenho do comércio varejista e do mercado de trabalho), a produção industrial permaneceu estagnada durante todo o 2º semestre de 2010 (resquício de estoques + crescente entrada de insumos importados em vários níveis da cadeia produtiva, estimulada pelo nível excessivo de apreciação da taxa de câmbio). - descolamento das expectativas de inflação futura em relação à meta, levou a autoridade monetária a adotar medidas para refrear o ritmo da demanda. E as expectativas para 2011? -O ritmo de crescimento da demanda interna, particularmente do consumo das famílias, sofra rápida desaceleração ainda não foi corroborada pelos indicadores de atividade que antecipam os resultados do primeiro trimestre. -Encarecimento do crédito + encurtamento dos prazos afetou alguns setores, como foi o caso das vendas de veículos em janeiro, no entanto, os níveis de confiança dos agentes ainda se encontram em patamares elevados, mantendo, dessa forma, os estímulos ao consumo. Grande parte da confiança dos agentes pode ser explicada pelo desempenho do mercado de trabalho, que continua apresentando forte dinamismo, especialmente na categoria de emprego formal. Já pelo lado da oferta, a produção industrial, embora continue sofrendo as restrições impostas por uma taxa de câmbio apreciada. *************Fatores de influência positiva na economia => 1) Sustentação do poder de compra da parcela de consumidores de baixa renda, em função do aumento do salário mínimo e da manutenção dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família e o Seguro Desemprego. 2) Forte dinamismo ainda presente no mercado de trabalho, com destaque especial para a criação de vagas formais de emprego, fator este que, além de remunerar melhor e aumentar o contingente de consumidores com acesso ao crédito, gera mais estabilidade nos movimentos cíclicos da população ocupada, uma vez que as demissões tornam-se mais custosas ao empregador. 3) Manutenção da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como um dos principais instrumentos do governo para disponibilizar aos empresários linhas de crédito a menores taxas e melhores condições. 4) Incentivos à construção civil, provenientes dos efeitos posit ivos associados aos projetos demandados pelos eventos esportivos a serem realizados no país (Copa do Mundo e Olimpíadas) e pelo pré-sal. 5) Ampliação dos programas de desoneração da atividade industrial voltada para exportação como, por exemplo, o drawback, que consiste em desonerar a aquisição de insumos naciona is ou importados utilizados na fabricação de bens para exportação. 6) Boas perspectivas para o comportamento dos preços internacionais de commodities, gerando um impacto positivo no nível geral de preços das exportações brasileiras. 7) O cenário mundial benigno, embora existam algumas incertezas no horizonte. Espera-se uma recuperação mais consistente das economias desenvolvidas, particularmente a dos Estados Unidos e a dos países europeus, gerando boas perspectivas para o comportamento da demanda mundial. A despeito disso, os chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) continuarão liderando o crescimento mundial. No entanto, este cenário poderia ser negativamente afetado pelos possíveis efeitos da crise no Japão, cujos desdobramentos ainda são incertos. *************Fatores com influência negativa na economia 1) A manutenção do vazamento externo, est imulado por uma demanda interna crescendo acima do produto e, principalmente, por uma taxa de câmbio apreciada. 2) O aumento das taxas de inflação corrente gerando um impacto negativo no poder aquisitivo da população. 3) A deterioração do cenário de inflação deflagrou a adoção das chamadas medidas macroprudenciais, com o objetivo de reduzir a liquidez e inibir a expansão do crédito, assim como o início de um ciclo de aperto da taxa básica de juros, que deve exercer um efeito redutor sobre a demanda agregada durante o ano de 2011. 4) O ajuste fiscal traduzido no anúncio de um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União em 2011 tende a reduzir o ritmo da economia. 5) Os recentes conflitos no Oriente Médio e na região Norte da África, envolvendo importantes países produtores de petróleo podem acarretar um aumento dos preços internacionais do produto, gerando pressões inflacionárias em diversos países. 6) A crise no Japão provocada pelos desastres naturais é ma is um ponto de incerteza afetando as perspectivas para o cenário mundial. Seus possíveis desdobramentos podem gerar efeitos negativos sobre o PIB mundial, sobre os preços das commodities e sobre os mercados financeiros internacionais. O BalanO Balançço de Pagamentoso de Pagamentos (Referência Vasconcelos (Referência Vasconcelos etet alal, 2010, 3, 2010, 3ªª ediediçção)ão) “No primeiro trimestre, houve déficit de US$ 14,631 bilhões, ou 2,61% do Produto Interno Bruto (PIB). Em mesmo período de 2010, o resultado negativo era menor, de US$ 11,949 bilhões. Nos 12 meses até março, o déficit em conta corrente foi de US$ 50,047 bilhões, o correspondente a 2,33% do PIB. Nos 12 meses imediatamente antecedentes, esse resultado era negativo em US$ 49,388 bilhões, ou 2,32% do PIB. Os números abrangem dados da balança comercial, da conta de serviços e das transferências unilaterais do país. A conta de transações correntes mensura o desempenho das compras e vendas de bens e serviços de um país com o exterior. (...) Em fevereiro, o déficit na conta corrente foi consequência de resultado negativo de US$ 7,433 bilhões na conta de serviços e rendas. Na ba lança comercial, houve superávit de US$ 1,552 bilhão. Foi verificado ainda ingresso de US$ 204 milhões nas transferências unilaterais correntes”. (“Conta corrente naciona l tem déficit de US$ 5,67 bilhões em março” . Por Azelma Rodrigues | Valor Econômico) – 26/04/2011. “No primeiro trimestre, houve déficit de US$ 14,631 bilhões, ou 2,61% do Produto Interno Bruto (PIB). Em mesmo período de 2010, o resultado negativo era menor, de US$ 11,949 bilhões. Nos 12 meses até março, o o ddéé ficit em conta corrente foi de US$ 50,047 bilhõesficit em conta corrente foi de US$ 50,047 bilhões, o , o correspondente a 2,33% do PIB. Nos 12 meses imediatamente antecedentes, esse resultado era negativo em US$ 49,388 bilhões, ou 2,32% do PIB. Os números abrangem dados da balança comercial, da conta de serviços e das transferências unilaterais do país. A conta de transações correntes mensura o desempenho das compras e vendas de bens e serviços de um país com o exterior. (...) Em fevereiro, o déficit na conta corrente foi consequência de resultado negativo de US$ 7,433 bilhões na conta de serviços e rendas. Na ba lança comercial, houve superávit de US$ 1,552 bilhão. Foi verificado ainda ingresso de US$204 milhões nas transferências unilaterais correntes”. (“Conta corrente naciona l tem déficit de US$ 5,67 bilhões em março” . Por Azelma Rodrigues | Valor Econômico) – 26/04/2011. O que O que éé?? O Balanço de pagamentos de um país resume contabilmente as transações de um país com o resto do mundo. Quem o elabora?Quem o elabora? No Brasil é o Banco Central do Brasil (BACEN). Desde 2001 o BP segue a 5ª edição do Manual do Balanço de Pgtos do FMI. O que considera?O que considera? Registra as transações efetuadas entre residentes e no país e em outras nações. MMéétodo das partidas dobradas:todo das partidas dobradas: A transação que cria um direito => crédito A transação que cria uma obrigação => débito Crédito Débito X de bens e serviços M de bens e serviços Recebimento de doações e indenizações de estrangeiros Pagto de doações e indenizações de estrangeiros Recebimento de empréstimos de estrangeiros Reembolso de K a estrangeiro Recebimento de reembolso de k estrangeiro Compra de ativos de estrangeiros Venda de ativos para estrangeiros Pagto de fretes Recebimento de fretes Estrutura do BalanEstrutura do Balançço de Pagamentos o de Pagamentos Dois conjuntos de contasDois conjuntos de contas i) Contas de transação autônomas => motivada pelos interesses dos agentes. (Contas dos itens A e B) ii) Contas Compensatórias => usadas para financiamento do saldo final das transações autônomas. Conta de ajuste para “zerar” o BP. (Conta D – variação de reservas – que financia o saldo de A, B, C). Obs = Como o BP “tem que zerar”, na prática, por saldo devedor do balanço de pagamentos refere-se a saldo devedor na balança de transações correntes ou na balança de capitais e não no balanço de pagamentos como um todo. Detalhamento das contasDetalhamento das contas Conta Definição Observação Balanço de transações correntes (Total de X - M) - Saldo de Transações Unilaterais Se + => país recebe recursos que podem ser utilizados para pagto de dívidas ou aumento de reservas. Se - => implica a necessidade de contrair empréstimo para se financiar, diminuir as reservas, aumento do controle estrangeiro sobre o país. Obs => Déficit nas transações correntes = Poupança Externa do país Em termos reais, há maior absorção de recursos do resto do mundo. Conta Definição Observação Balança Comercial (Total de X - M) Se + => superávit da BC Se - => déficit da BC Obs -Exportações e Importações FOB (free on board) => acrescentam as despesas incorridas no valor das mercadorias até o embarque da mesma. -Exportações e Importações CIF (Cost, insurance, freight) => custo, seguro e frete são acrescentados ao valor da mercadoria até o seu destino (em termos do BP, são considerados este tipo porque despesas com fretes e seguros estão incluídas na Balança de serviços!) O que determina o saldo da BC? A renda do resto do mundo, a taxa de câmbio e os termos de troca. Conta Definição Observação Conta de serviços e rendas Negociação internacional dos bens intangíveis e rendimentos de investimentos Subcontas Transporte e seguros Saldo das receitas e despesas dos fretes e prêmios de seguros efetuados Viagens internacionais Saldo das receitas e despesas com turistas Rendas de Capital Rendimentos de capital auferidos ou pagos pelos país Inclui juros pagos e recebidos no exterior, lucros das matrizes de transnacionais, lucros enviados por empresas nacionais ao exterior. Diversos Saldo das receitas e despesas dos fretes e prêmios de seguros efetuados Saldos diversos. Ex. gastos com diplomacia no exterior, transferências dos outros países para relações diplomáticas no Brasil, royalties, patentes, etc Transferências Unilaterais (Donativos) Sem contrapartida de um país para outro Ex. remessa de empregados migrantes para o país de origem e doações governamentais Conta Definição Observação Conta Capital e Financeira Modificação de direitos e obrigações de residentes para não-residentes no país Subcontas Conta de Capital Transferências Unilaterais relativas ao patrimônio de migrantes internacionais + bens não-financeiros não produzidos (assim como marcas e patentes) Conta Financeira* (Principa l conta nesta parte do balanço!!) Fluxo com ativos e passivos financeiros (IED e em carteira) + Investimentos de residentes no país no exterior Ex. IED, Investimento em carteira, Derivativos e outros Investimentos. Erros e Omissões Conta residual => equívoco de informações contábeis (+) Balanço de Transações Correntes (+) Conta Capital e Financeira (+)Erros e Omissões Saldo do Balanço de Pagamentos A contrapartida do saldo do BP é feita com a conta D (Transações Compensatórias ou Variação de reservas) (É comum constar nesta conta compensatória os chamados “atrasados”, ou seja, quando o país não consegue cobrir com empréstimos os saldos negativos, nem reservas, nem crédito junto ao FMI)
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