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2014 user Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto PRÁTICA I – SIMULAÇÃO NO COMPUTADOR Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 201 PRÁTICA I – SIMULAÇÃO NO COMPUTADOR TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR LUIS FELIPE SILVA VISCONDE RIBEIRÃO PRETO – SP 2014 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto RELATÓRIO: PRÁTICA II – FUNÇÃO RENAL NO HOMEM: ANTIDIURESE RIBEIRÃO PRETO – SP 2013 Relatório apresentado à disciplina de Fisiologia – Fisiologia Renal, do curso de Medicina – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Prof.Dr. Wamberto Antonio Varanda Profa.Dra. Terezila Machado Coimbra Prof. Dr. Rafael Simone Saia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto umário 1. Introdução ................................................................................................. Erro! Indicador não definido. 2. Objetivos.................................................................................................... Erro! Indicador não definido. 3. Procedimento ............................................................................................ Erro! Indicador não definido. 3.1 Materiais .................................................................................... Erro! Indicador não definido. 3.2 Métodos .................................................................................... Erro! Indicador não definido. 4. Resultados .................................................................................................. Erro! Indicador não definido. Análise dos Resultados e Discussão ............................................ Erro! Indicador não definido. 4.1 Parte A – Exercício I: Dinâmica da Ultrafiltração ............................................................................... 5 4. 2 Parte B – Efeitos das Variações das Resistências nas Arteríolas Aferentes e Eferentes na Hemodinâmica Renal e na Filtração Glomerular ....................................................................................... 9 5. Conclusão ....................................................................................................................................................... 12 5.1 Autorregulação ......................................................................... Erro! Indicador não definido. 6. Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ 13 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS Os rins apresentam uma grande importância fisiológica na manutenção do meio interno. Por meio de mecanismos diversos, a função renal atua no controle da osmolalidade do fluído extracelular, da concentração de eletrólitos no plasma e da pressão arterial. O presente experimento tem, por objetivo, permitir que o aluno tenha contato com o software FISIOPAT, um simulador que concede ao estudante a possibilidade de se analisar a função renal em diversas situações hipotéticas, tanto fisiológicas quanto patológicas. O FISIOPAT possibilita uma análise dos diversos parâmetros que regem o funcionamento dos rins e atuam na regulação das funções renais, tais como o gradiente de pressão hidrostática entre os capilares glomerulares e a cápsula de Bowman, a taxa de filtração glomerular (TFG), a pressão oncótica, a concentração de eletrólitos no sangue. Dessa forma, o estudante pode avaliar quantitativamente e qualitativamente como os rins respondem a diferentes condições, relacionando tais dados com os conceitos apreendidos no curso de fisiologia renal. 2. PROTOCOLO DO EXPERIMENTO Para realização da aula prática, utilizou-se o software FISIOPAT, disponibilizado pelo laboratório de informática da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Inicialmente, os valores indicados na instrução de cada um dos exercícios foram inseridos no programa. Posteriormente, o software traçou gráficos que possibilitam a análise da função da renal. As conclusões da análise dos dados coletados serão demonstradas nesse trabalho. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1 Parte A – Exercício I: Dinâmica da Ultrafiltração VARIAÇÃO DO FLUXO PLASMÀTICO NO NÉFRON Pela análise do gráfico, nota-se que o aumento do fluxo plasmático no néfron (Qa) faz com que uma menor quantidade fracional de fluido seja filtrada, de tal forma que a fração de filtração diminui. Isto resulta em um aumento menos abrupto da pressão oncótica ao longo do capilar glomerular. O resultado é que a pressão efetiva de ultrafiltração aumenta, permitindo que a filtração por néfron (FPN) aumente, como mostrado no gráfico. Vale ressaltar que esse aumento da FPN não acontece infinitamente. À medida que o fluxo plasmático no néfron aumenta muito, a FPN tende a atingir um platô no gráfico. Isso se explica porque a área de filtração atua como um fator limitante, visto que a área não altera- se, e, assim, mesmo com o aumento do fluxo plasmático para o néfron, a FPN tende a permanecer em valores constantes Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto VARIAÇÕES DO GRADIENTE DE PRESSÃO HIDROSTÁTICA (ΔP) Após retornar a situação controle, varia-se a os valores do gradiente de pressão hidrostática (ΔP) de 10 em 10 mmHg, começando em 20 mmHg e indo até 80 mmHg,. Obtemos o seguinte gráfico: Podemos verificar que o aumento de ΔP também leva ao aumento da FPN e da FF. A pressão efetiva de ultrafiltração (Peuf) é expressa pela seguinte equação Essa relação demonstra que o valor de ΔP é um importante fator que influencia o processo de filtração glomerular. Sendo assim, o aumento de ΔP causa oaumento da FPN e, consequentemente, da FF. Como houve aumento de FF, mais líquido é filtrado do capilar glomerular para o espaço de Bowman, fator que levará a um aumento mais abrupto da pressão oncótico ao longo do capilar glomerular. Assim, um aumento progressivo de ΔP, tende a aumentar a FPN, como se vê pela curva no gráfico. Nota-se, também, pelo gráfico, que para valores mais elevados de ΔP, a curva Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto tende a uma constância, indicando que FPN tende a se estabilizar. Isso ocorre porque, quanto maior a ΔP, maior a quantidade de líquido filtrado, o que provoca um aumento abrupto da pressão oncótica no capilar glomerular; assim, o glomérulo se equilibra mais precocemente, reduzindo a pressão efetiva de ultrafiltração e, por consequência, levando à uma estabilização da FPN. A angiotensina causa a vasoconstrição das arteríolas eferentes, reduzindo o fluxo sanguíneo renal que sai dos glomérulos. Como consequência, há um aumento da pressão hidrostática glomerular, o que favorece a filtração, aumentando a fração de plasma que é filtrada (FF). VARIAÇÕES DO COEFICIENTE DE ULTRAFILTRAÇÃO (Kf) Outra variável analisada no simulador foi o coeficiente de filtração. Partindo-se de uma situação controle, o valor de Kf foi alterado de 1 em 1 nl/min/mmHg, partindo-se de 1 e indo até 10nl/min/mmHg. Os resultados podem ser observados no gráfico abaixo: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto O coeficiente de ultrafiltração (Kf)é uma grandeza que dimensiona a permeabilidade do glomérulo ao filtrado. O valor de Kf é diretamente proporcional à superfície total disponível para filtração (s) e à permeabilidade efetiva do capilar (A), podendo ser expressa através da expressão: A partir da análise do gráfico, pode-se verificar que o aumento de Kf resultou em um aumento da FPN e da FF no início do experimento. Porém, a partir de certo ponto (entre 6 e 7 ), a fração de filtração permanece constante, no valor de 0,31. Isso acontece por que, ao elevarmos muito o coeficiente de filtração, uma grande quantidade de fluido será filtrada ao passar pelo glomérulo. O resultado é que, dessa forma, a pressão oncótica nos capilares glomerulares subirá de maneira extremamente abrupta, e o glomérulo será equilibrado muito precocemente, reduzindo drasticamente a pressão efetiva de ultrafiltração. Assim, mesmo com um elevado valor de Kf, a quantidade percentual de plasma que será filtrada tende a se estabilizar, o que explica por que os valores de FF ficaram constantes. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 3.2 Parte B – Efeitos das Variações das Resistências nas Arteríolas Aferentes e Eferentes na Hemodinâmica Renal e na Filtração Glomerular RA FPN 0,5 85 1,0 49 1,5 29 2,0 16 2,5 7 3,0 2 Pela análise dos dados apresentados na tabela, percebe-se que o aumento da resistência da arteríola aferente (Ra) resultou em diminuição da FPN, FF, ΔP e Qa. O aumento na resistência vascular na aferente, irá diminuir o fluxo plasmático glomerular, e assim, a pressão hidrostática no interior do glomérulo sofrerá uma queda expressiva, o que explica a redução do gradiente de pressão hidrostática (ΔP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto A pressão efetiva de ultrafiltração é determinada, em grande parte, pelo gradiente de pressão hidrostática entre o glomérulo e o espaço de Bowman. Com a queda de ΔP, a filtração não será tão favorecida. Assim, uma menor parcela percentual do fluxo plasmático que passa pelo glomérulo será filtrada, resultando na queda, também, da fração de filtração (FF). - Posteriormente, analisou-se as relações entre o aumento da resistência na arteríola eferente (Re) e as seguintes variáveis: Qa, FF, FPN e ΔP. Os dados foram resumidos na tabela e no gráfico abaixo: Re FPN FF ΔP Qa 0,5 10 0,06 26 179 1,0 39 0,29 39 138 1,5 44 0,39 47 112 2,0 41 0,44 52 95 2,5 38 0,46 56 82 3,0 35 0,48 60 72 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Analisando-se os dados nota-se que um aumento da resistência da arteríola eferente leva a um aumento da pressão hidrostática no capilar glomerular e diminuição do fluxo, uma vez que o sangue encontra resistência e dificuldade para prosseguir no trajeto ao longo dos capilares. Inicialmente notamos um aumento da ΔP, já que a pressão hidrostática no capilar glomerular aumentou. O resultado é que, com o aumento da diferença de pressão hidrostática, a pressão efetiva de ultrafiltração também sofre um aumento, gerando uma maior taxa de filtração por néfron (FPN) e, consequentemente, aumentando a fração de filtração (FF), isso porque a ΔP influencia mais a FPN do que a variação de Qa. Em seguida, no entanto, o aumento da ΔP é acompanhado de uma diminuição da FPN e um discreto aumento de FF, evidenciando que a variação de Qa passa a influenciar a FPN mais do que a variação da ΔP.Tal fenômeno ocorre porque mesmo que a ΔP esteja e o Qa esteja baixo demais, não há efeitos significativos para a FPN. Isso nos leva a conclusão sobre o papel da ação da Angiotensina II na arteríola eferente. O efeito da mesma deve ter curta duração, para que ocorra apenas o relatado inicialmente. Aumento de resistência da arteríola aferente tende a reduzi ΔP e Qa, o que leva à redução da FPN e da FF. O aumento da resistência da arteríola eferente: tende a aumentar ΔP e reduzir Qa , o que leva em um primeiro momento ao aumento da FPN e da FF e em um segundo momento a redução da FPN, com o aumento da FF. Na tabela abaixo, mostra-se como as alterações da resistência vascular na arteríola aferente pode interferir nos demais parâmetros da função renal: Ra FPN FF ΔP Qa 0,5 85 0,42 56 202 1,0 49 0,32 43 152 1,5 29 0,24 34 121 2,0 16 0,16 29 101 2,5 7 0,08 25 87 3,0 2 0,02 21 76 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 4. CONCLUSÃO O experimento mostrou que o rim dispõe de diversos mecanismos para controle dos parâmetros que regem seu funcionamento. O fenômeno da autorregulação renal permite que mesmo entre amplas faixas de variação da pressão arterial sistêmica, o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular (TFG) permaneçam praticamente constantes. Isto significa que modificações da pressão de perfusão são acompanhadas por alterações da resistência vascular, determinando que o FSR permaneça inalterado. A autorregulação persiste mesmo após completa desnervação renal e também no rim isolado in vitro, perfundido com plasma. Isso se explica por que a autorregulação é um fenômeno puramente vascular, que ocorre graças a uma resposta miogênica da musculatura lisa das arteríolas glomerulares. Assim, como o próprio nome indica, a autorregulação é um fenômeno renal intrínseco, que se manifesta quando a pressão de perfusão arterial renal é alterada. O mecanismo responsável pela autorregulação renal ainda não está completamente identificado. Acredita-se que envolva dois processos básicos, igualmente importantes: o mecanismo miogênico e o balanço tubuloglomerular. Quando ocorre um aumento da pressão arterial sistêmica, a arteríola aferente se contrai, ocasionando uma queda da pressão hidrostática no néfron e impedindo que o excedente de pressão seja transferido aos delicados capilares glomerulares. Isso evita danos na integridade dos glomérulos; já em caso de queda da pressão arterial sistêmica, há uma diminuição do tônus da arteríola aferente e um aumento da pressão hidrostática no néfron, o que tende a manter o fluxo sanguíneo que passa pelo glomérulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GUYTON e HALL. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª edição, Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro – RJ, 2002. ZATZ R. Fisiopatologia Renal 2ª ed. São Paulo, Atheneu, 2011
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